SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Cinesioterapia Aplicada a Pacientes Mastectomizadas Alessandra Gomes de Oliveira Discente do Curso de Fisioterapia Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá [email protected] Jocelinda Sá de Sousa Discente do Curso de Fisioterapia Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá [email protected] Michele Maia da Silva Discente do Curso de Fisioterapia Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá [email protected] Vanessa Fernandes Freitas Discente do Curso de Fisioterapia Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá [email protected] Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee Resumo: O câncer de mama é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres de países desenvolvidos ou em desenvolvimento. O controle da doença abrange a prevenção (auto-exame), o diagnóstico médico precoce e a mamografia. A detecção precoce propicia um tratamento conservador e não mutilante. A reabilitação de pacientes mastectomizadas envolve diversos aspectos: físico, psicológico e social. O tratamento fisioterapêutico tem como metas: controle da dor no pós-operatório, prevenir complicações pulmonares pós-operatórias, prevenir ou tratar linfedema, melhorar o aspecto e maleabilidade da cicatriz, prevenindo ou tratando fibroses. Porém o objetivo deste estudo é mostrar a atuação da fisioterapia com aplicações de cinesioterapia a pacientes mastectomizadas, tais como: manutenção da postura, manter amplitude de movimento do membro superior envolvido, alongamento muscular, manter ou aumentar a força no ombro envolvido (fortalecimento muscular), melhorar a tolerância aos exercícios, resultando num retorno precoce às atividades de vida diária destas pacientes e melhor qualidade vida. Palavras-chave: Cinesioterapia, Mastectomia, Fisioterapia. 1 Seção 1 – Curso de Fisioterapia – Meio Ambiente Apresentação: Oral 1. Introdução O câncer de mama, refere-se ao carcinoma que se origina nas estruturas glandulares e ductos da mama. É provavelmente, a doença mais temida pelas mulheres, devido à sua alta frequência, morbidade e pelos seus efeitos psicológicos que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem sexual. Quanto à carcinogênese, por ser este câncer altamente susceptível a metástases, ele vem desempenhando um papel muito importante à equipe multidisciplinar, pois se trata de um acontecimento devastador, abrangendo aspectos familiares, sociais e ocupacionais. Ao crescer no interior da mama, o carcinoma invade os linfáticos, e as células neoplásicas são impulsionadas, através dos fenômenos de embolização e permeação. A propagação é feita para a cadeia axilar, cadeia supraclavicular e cadeia mamária interna. (GUIRRO e GUIRRO, 2004) A mastectomia é o procedimento cirúrgico que se caracteriza pela remoção da mama para retirada total do tecido mamário, ela pode ser realizada de várias maneiras, comprometendo as funções da paciente a depender do quadro já instalado. Existem vários tipos de mastectomia, são elas: - Mastectomia Radical (HALSTED)- é a retirada da glândula mamária associadas à retirada dos músculos peitorais e dos linfonodos axilares. - Mastectomia Radical Modificada- é a retirada da glândula mamária e dos linfonodos axilares com preservação de um ou ambos os músculos peitorais (maio e menor). É denominado de Mastectomia Radical Modificada de Patey, quando o músculo peitoral maior é preservado, e mastectomia radical modificada de Madden, quando os músculo peitoral maio e menor são preservados. Realizadas nas pacientes com câncer estágio I, II e III. - Mastectomia Total (Simples)- é a retirada da glândula mamária, incluindo complexo aureolar e aponeurose do músculo peitoral maior ; e os linfonodos axilares são preservados. É indicada nos casos de carcinoma ductal in situ. - Mastectomia Subcutânea- é a retirada da glândula mamária, conservandos os músculos peitorais e suas aponeuroses, pele, e complexo auréolo-patelar. Devido as cirurgias serem extremamente invasivas, causando incapacidade física, devemos iniciar um programa de reabilitação física no pós-operatório imediato, para que possamos evitar alterações posturais, fibroses cicatriciais, diminuição de força do membro homolateral , redução de linfedemas e principalmente diminuição de amplitude de movimento (ADM). 2 2. Anatomia mamária As mamas são órgãos glandulares pares, suscetíveis a estímulos neurohormonais, destinados primordialmente à secreção do leite (FERRARI et al, 2002). A função primordial da mama é nutrir a prole, auxiliando na perpetuação das espécies. Está localizada no interior da fáscia supercial da parede anterior do tórax, estendendo-se a face ântero-lateral do tórax, entre a segunda e a sexta costela, e o mamilo à altura do quarto espaço intercostal. Este parênquima tem como limite a borda medial do esterno, lateralmente ao músculo grande dorsal e a linha axilar anterior ou média, superiormente a clavícula e inferiormente, o sulco submamário, podendo às vezes atingir a parede abdominal superior. Na porção superior, a glândula estende-se externamente até a axila, constituindo um prolongamento da axila (BIÁZUS et al, 2001). As mamas são constituídas de um parênquima (tecido glandular propriamente dito), estroma (tecido que envolve o parênquima), e a pele ( dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas (DANGELO e FATTINI, 1998). O tecido glandular é um parênquima epitelial formado por dois sistemas: o lobular e o ductal. O sistema lobular é composto pelos lobos mamários que são a unidade anatomo-funcional da mama, em número de 10 a 20, que são constituídos pelo agrupamento inúmeros lóbulos, que por sua vez é composto por pequenas formações saculares – alvéolos ou ácinos – reunidos em número de 10 a 100. Já o sistema ductal é constituído por um ducto principal e suas ramificações intra e extralobulares, também conhecido como ductos galactóforos. É comprovada a existência de prolongamentos do sistema ductal para diversas regiões, principalmente a axila, e mais raramente para a região epigástrica, esternal e clavicular (CAMARGO e MARX, 2000; BIÁZUS et al, 2001). Os músculos e os elementos ósseos das cinturas escapulares e membros superiores recobrem grande parte da parede torácica anterior lateral e posterior. Conseqüentemente, qualquer abordagem na mama irá repercutir funcionalmente sobre a cintura escapular e no membro superior homolateral. A parede torácica é composta por 12 vértebras torácicas, 12 costelas com suas cartilagens costais e o esterno. Os espaços entre as costelas são preenchidos pelos músculos intercostais externos e internos. Tem-se ainda a clavícula que articula-se com o esterno e a primeira costela medialmente, o acrômio lateralmente, além de ser local de inserção dos músculos subclávio e grande peitoral. A escápula situa-se posteriormente, e é um ponto importante de fixação dos músculos subescapular na face anterior; na borda medial insere-se o músculo serrátil maior; na apófise coracobraquial, insere-se a porção curta do bíceps e o peitoral menor. A escápula articula-se com o úmero pela cavidade glenóide, recebendo a inserção de vários músculos (subescapular, bíceps, redondo maior, grande peitoral, grande do dorsal, supraespinhoso, infraespinhoso e redondo menor) (MOORE, 1994). 3 Outros músculos situados na região da mama são os músculos intercostais, que estão localizados aos pares, internos e externos, entre as costelas com função respiratória. Os últimos três músculos citados na tabela anterior (músculo oblíquo externo do abdômen, reto anterior do abdômen e o grande dorsal) são de grande importância nas cirurgias de reconstrução mamária (CAMARGO e MARX, 2000; GUIRRO e GUIRRO, 2002). 2.1. Complicações pós-operatórias 2.1.1. Fraqueza do membro superior envolvido Caso o músculo peitoral maior seja removido, há uma redução da força ativa do membro superior homolateral. O nervo torácico pode ser temporariamente traumatizado durante a dissecação axilar e remoção dos nodos linfáticos axilares. A biomecânica comprometida do ombro e o uso de movimentos compensatórios com os músculos trapézio superior e levantador da escápula durante atividades de alcance acima da cabeça, pedem causar compressão subacromial, resultando em algia no ombro. A força da garra geralmente é diminuída como resultado do linfedema e rigidez secundária dos dedos (GUIRRO e GUIRRO, 2004). 2.1.2. Aderências teciduais na parede torácica Podem desenvolver-se cicatrizes restritivas no tecido adjacente à mama na parede torácica como resultado de cirurgia, fibrose por radiação, ou infecção da ferida. O ato cirúrgico poderá ocasionar diminuição da ADM no ombro homolateral, além de alterações posturais, bem como suas consequências (GUIRRO e GUIRRO, 2004). 2.1.3. Linfedemas O sistema linfático tem por função principal a manutenção da retirada das proteínas plasmáticas extra vasculares. O linfedema (edema dos vasos linfáticos), pode ocorrer em um ou vários segmentos do corpo devido a obstrução, destruição, remoção cirúrgica ou ausência de alguma rede linfática. O linfedema pós mastectomia radical é devido a várias causas, cujo substrato básico é a destruição do sistema linfático e dificuldade de regeneração do mesmo. Por consequência causa: aumento do volume do membro, tensionamento da pele, risco de infecções, alterações sensitivas na mão, diminuição da função do membro superior envolvido. (GUIRRO e GUIRRO, 2004). 2.1.4. Complicações respiratórias Embora a cirurgia para a retirada do câncer de mama, não invada o tórax, as pacientes podem desenvolver problemas pulmonares secundários a imobilidade. A respiração profunda pode ser dolorosa, logo a mobilização precoce pode evitar a maioria das complicações pulmonares. Com a instrução dos pacientes quanto aos malefícios da imobilidade e a estimulação da 4 mobilidade no leito, pode-se evitar as complicações causadas pela imobilidade (IRWIN e TECKLIN, 2002). Segundo Camargo e Marx (2000) também é possível ocorrer disfunções respiratórias em conseqüência ao medo, à fibrose e aderência cicatricial, e até mesmo a retrações musculares. As posturas antálgicas (adução, depressão, protusão de ombro e rotação interna do ombro) na tentativa de esconder a ausência da mama ou mesmo fraqueza muscular dos músculos da cintura escapular vão ocasionar problemas como hipoventilação em hemitórax comprometido e deformidade (a longo prazo) como cifose e escoliose. 3. Cinesioterapia pós mastectomia A cinesioterapia é técnica de reabilitação, onde são usados os conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica p/ proporcionar ao paciente um melhor e mais eficaz trabalho de reabilitação. Adicionados aos conceitos acima, o terapeuta usa ainda seus conhecimentos de técnicas manuais para facilitar ou resistir ao movimento específico solicitado. O terapeuta atua na terapia auxiliando, assistindo, resistindo ativa ou passivamente a fim de atingir um objetivo específico pré-determinado. Essa atuação passiva ou ativa depende do objetivo traçado do movimento, ou conscientização corporal solicitada, etc... Com o trabalho cinesioterapêutico, esperamos reabilitar ou melhor reequilibrar as forças mecânicas atuantes em nosso organismo como um todo, proporcionando uma melhor qualidade de movimento (ou de forças) levando a uma melhora da qualidade de vida. O programa de exercícios pode iniciar-se no pós-operatório imediato, durante a fase de internação hospitalar, com ênfase para exercícios respiratórios e de relaxamento. O membro superior comprometido deve ser posicionado sobre uma cunha de espuma ou almofada em abdução e flexão de aproximadamente 30º. Ainda nesta fase, deve-se dar-se início aso exercícios isométricos, visando a manutenção da massa muscular, bem como no auxílio da drenagem linfática e venosa. Já no segundo dia pós-operatório, a paciente deve ser estimulada a movimentar o membro acometido, dentro dos limites de retração e dor. A automassagem, durante o banho, ajudará na drenagem do edema. No dia seguinte o programa deve ser incrementado com exercícios ativos livres, evitando somente os movimentos de abdução e rotação lateral do braço. Neste período os movimentos da escápula e do pescoço deve fazer parte do programa, visando aumento da amplitude de movimento e relaxamento muscular. Nos casos em que a paciente não apresenta complicações, os exercícios devem ser realizados em todos os arcos de movimento, seguindo um nível de complexidade cada vez maior.. Após a alta hospitalar a paciente deve ser encaminhada para o serviço de fisioterapia para dar prosseguimento ao tratamento. Nesta fase os exercícios de resistência serão mais intensos, sendo acrescentados de alongamentos. (GUIRRO e GUIRRO, 2004). 5 3.1. Fortalecimento muscular Para a mensuração da força muscular poderão ser realizadas as provas de função muscular para os grupos de flexão, extensão, abdução e adução do braço, flexão e extensão do antebraço e flexão e extensão da mão (Kendall et al). Tendo em vista as características apresentadas pós mastectomias, a fisioterapia tem por objetivo, além de prevenir seqüelas como linfedema, manter e/ou melhorar a força muscular remanescente. Os exercícios de fortalecimento podem ser realizados com auxílio de elásticos, respeitando os padrões de movimento. 3.2. Alongamento muscular Diferentes técnicas de alongamento são realizadas na prática fisioterapêutica. A ênfase, na maioria das vezes, é voltada ao tecido muscular, esquecendo-se da ação de remodelamento das fibras colágenas que pode ocorrer durante o período de cicatrização dos diferentes tecidos. As respostas decorrentes da lesão tecidual, quando negligenciadas, podem proporcionar em casos extremos a incapacidade funcional. O ato cirúrgico, bem como qualquer outra origem de lesão tecidual, vai gerar respostas que visam a reparação do tecido. A restrição de movimento não é necessariamente decorrente das alterações dos tecidos contráteis, o tecido cicatricial pode desencadear respostas que levem a limitações importantes. 3.2.1. No processo cicatricial É sabido que o estresse mecânico promove melhora nas características de elasticidade e força durante o processo de cicatrização. Especificamente o alongamento deve ser indicado durante a fase subaguda (remodelamento) dos tecidos moles, sendo que a sua irrigação deve ser compatível tanto com o grau de lesão, quanto de reparação. Forças excessivas durante o início do processo de cicatrização podem ser prejudiciais pela possibilidade de rompimento do tecido conjuntivo neoformado, bem como do leito vascular, resultando em um maior sangramento. Consequentemente, haverá aumento do processo inflamatório, o qual poderá resultar em dor e espasmo musculares. A fase de reparação é caracterizada pelo aumento da produção de colágeno. Este período varia de 14 a 21 dias após o surgimento da lesão. Durante esta fase, é produzido um tecido conjuntivo imaturo que é fino e desorganizado, sendo facilmente danificado com uma carga excessiva. A sua orientação pode ser facilitada adição de forças ao sistema de forma gradual e persistente, sendo possível até a décima semana após a lesão, caso o tecido cicatricial não receba a sobrecarga apropriada, as fibras poderão aderir-se aos tecidos vizinhos e formar uma cicatriz aderente. O tratamento sobre a aderência cicatricial requer alongamento adaptativo nos tecidos vizinhos à cicatriz. Os exercícios com o bastão podem ser incentivados a partir da retirada do dreno. Nos casos em que 6 a paciente está sendo submetida aso tratamento de rádio e quimioterapia deve ser trabalhada com cautela, respeitando a amplitude de movimento, uma vez que essa intervenções ocasionam miastenia. Nesta fase deve-se dar ênfase aos exercícios isométricos. O alongamento também estimula o distanciamento entre as fibras, evitando assim que as mesmas, se toquem e se colabem, minimizando a perda de flexibilidade. A resposta do tecido conjuntivo ao alongamento depende de vários parâmetros, como por exemple a força aplicada, a temperatura do tecido e o tempo de estimulação. Para se conseguir um aumento da extensão ativa do movimento, fortalecer a musculatura, produzir um correto direcionamento do movimento e ainda reduzir a fadiga, pode-se optar pelo Princípio de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva - Método Kabat. O alongamento muscular também é beneficiado por estar ocorrendo de forma ativa, sendo mais efetivo e rápido. Deve-se , portanto, buscar padrões de movimento que contemplem as restrições de força e de amplitude de movimento de cada paciente individualmente. 4. Objetivos Mostrar a atuação da fisioterapia na reabilitação pós-operatório, principalmente nos casos de diminuição de força muscular e ADM e manutenção da postura através da cinesioterapia.. 5. Métodos O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, revisando artigos científicos e publicações de diversas áreas como fisioterapia, fisiologia, anatomia, oncologia, ginecologia e cinesioterapia. 6. Conclusão Através desse trabalho de revisão bibliográfica, podemos concluir que, a saúde da mulher, principalmente no que se diz respeito ao câncer de mama, deve ser sempre abordada por uma equipe multidisciplinar (médicos, psicólogos, fisioterapeutas, etc.). A reabilitação no pós-operatório de câncer de mama, seguramente será mais eficaz quando a fisioterapia atuar, auxiliando na melhora da condição física e psicológica da paciente. 7. Bibliografia BIÁZUS, J.V; et al. Hormonioterapia no Câncer de Mama. In: FREITAS, F; MENKE, C.H; PASSOS, E.P; RIVOIRE, W. Rotinas em Ginecologia. 4. Ed. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 2001. CAMARGO, M.C; MARX, A.G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. São Paulo: ED. Roca, 2000. 7 DANGELO, J.G; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2. Ed. [s.l.]: Atheneu, 1998. FERRARI, B.L; MARINHO, R.M; ROCHA, M.L.L; SILVA, H.M.S. Considerações Sobre as Doenças da Mama. In: BARACHO, E. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia: Aspectos de Ginecologia e Neonatologia. 3. Ed. Rio de janeiro: Medsi Ltda, 2002. GUIRRO, R.; GUIRRO, E. Fisioterapia Dermato Funcional: Fundamentos, Recursos e Patologias. 3. ed. São Paulo: Manole Ltda, 2004. 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