Gerenciamento_Pag. 150 a 161:Alimentação ininterrupta_contagem.qxd 17/3/2011 23:54 Page 150 CONSUMO INDUSTRIAL Características e benefícios dos sistemas de gerenciamento de energia A integração de hardware de medição, supervisão e controle em um sistema de gerenciamento de energia permite ao consumidor acompanhar o comportamento da planta industrial com foco na eficiência energética, o que é cada vez mais necessário para diminuir os custos em face do acirramento da competição. Este artigo descreve as propriedades desses sistemas e seu Daniel Alves, Denise Ribeiro, Leandro Santos, processo de implantação, José Carlos Camilo e Rinaldo Anjos, com um exemplo real ao final. do Cefet-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais S istemas de gerenciamento de energia são sistemas de automação que coletam dados de medição de energia do campo e os disponibilizam aos usuários, por meio de relatórios, gráficos, ferramentas de monitoração online e analisadores de eventos de qualidade de energia, permitindo assim a gestão de recursos energéticos de uma planta industrial. A disponibilização das informações a funcionários das áreas técnicas/engenharia/comissões de conservação de energia confere à empresa um diferencial competitivo: os dados Halma PR on-line e a massa histórica são analisados e convertidos em informações úteis para a eficientização, economia e otimização do uso da energia. Processo de implantação A primeira etapa para implantação de um sistema de gerenciamento de energia em uma planta industrial é a determinação dos principais pontos a serem monitorados. A instalação de sistemas de medição de energia elétrica tem como ponto de partida a subestação principal, monitorando-se desde a entrada de serviço da concessionária e os seus alimentadores principais, conforme ilustrado na figura 1. Na entrada, os dados são medidos pela concessionária e disponibilizados para o usuário através de uma saída pulsada (protocolo ABNT2) ou por um canal de comunicação Ethernet. Esses dados podem ser gravados pelo consumidor em um registrador, que armazena os dados e os transmite ao sistema de gerenciamento de energia. Esse registrador pode também ter acoplados módulos de saídas digitais que acionam cargas como bancos de capacitores e filtros de harmônicos, para controle de fator de potência, ou desligam cargas para controle da demanda elétrica da planta — evitando, assim, o pagamento de multas por ultrapassagem de fator de potência e da demanda contratada, respectivamente. Nos alimentadores, os dados são medidos através da transdução de sinais de transformadores de potencial (TPs) e transformadores de corrente (TCs) instalados nos bays de alimentação das subestações e centros de controle de motores (CCMs). É usual instalar um Ferramenta de gestão industrial – Acompanhamento do comportamento da planta com foco na eficientização energética e no controle da demanda e do fator de potência 150 EM MARÇO, 2011 Gerenciamento_Pag. 150 a 161:Alimentação ininterrupta_contagem.qxd 17/3/2011 23:55 Page 152 CONSUMO INDUSTRIAL Fig. 1 – Diagrama de medição medidor com TCs e TPs no barramento de entrada, subseqüente ao registrador que captura os dados da concessionária, para que o consumidor possa conferir as medições no caso de haver discrepância ou discordância em relação aos valores faturados pela concessionária. A quantidade de medidores instalados na planta industrial dependerá da avalia ção do custo/benefício de se ter um siste ma de gerenciamento de energia com maior ou menor nível de complexidade. Pode-se optar por aumentar o nú mero de equipamentos de medição e de comunicação em uma etapa posterior, isto é, sistemas de medição instalados na entrada da planta podem ser depois ampliados com a introdução de medidores em CCMs e nos alimentadores dos principais equipamentos do chão de fábrica, obten do-se assim uma gestão mais detalhada da matriz energética da planta industrial. Telemetria A comunicação dos medidores com o sistema de gerenciamento de energia é fundamental para a consolidação dos dados da matriz energética em uma planta industrial. Atualmente, o meio mais comum de transmissão de dados é via rede Ethernet conectando as subestações em que os medidores estão instalados ao computador ou servidor em que Fig. 2 – Rede de medidores RS485/IP 152 EM MARÇO, 201 1 os dados são processados e armazenados. O sistema de gerenciamento aqui utilizado como exemplo realiza a comunicação dos dados dos medidores através do protocolo RS485 Modbus. Esses dados trafegam em um “varal” RS485 até um conversor 485/IP, onde são encapsulados em Ethernet (figura 2). Cada conversor 485/IP possui um endereço IP na rede de automação, e cada medidor tem um endereço RTU na rede Modbus. O meio físico de transmissão entre os medidores é constituído de fios metálicos, em rede RS485 até o adaptador 485/IP. A partir desse conversor, a rede é conectada por meio de cabo UDP a um switchde comunicação. Este switch está integrado a uma rede de comunicação industrial, aqui chamada de rede TA (de “Tecnologia da Automação”), que disponibiliza os dados ao sistema de gerenciamento de energia instalado em um computador remoto (figura 3). Este servidor roda o software de gerenciamento e armazena e disponibiliza as informações aos usuários. Os switchs da rede TA estão interligados através de DIOs e fibras ópticas, constituindo uma rede local de automação. As redes locais, por sua vez, são troncalizadas em centrais telefônicas e podem fazer a interconexão com outras redes locais de automação. Dessa forma, o sistema de Gerenciamento_Pag. 150 a 161:Alimentação ininterrupta_contagem.qxd 17/3/2011 23:55 Page 154 CONSUMO INDUSTRIAL gerenciamento de energia pode receber dados de medição de diversas subestações, CCMs e equipamentos de várias unidades industriais. Muitos dos medidores de energia disponíveis no mercado possuem memória interna para armazenamento de 35 ou mais dias de medição. Isso possibilita que, mesmo ocorrendo uma falha de comunicação, os dados armazenados nos medidores sejam registrados no sistema, recompondo-se o histórico de dados assim que a rede de comunicação for restabelecida. O servidor que armazena os dados do sistema de gerenciamento permanece ligado 24 horas por dia, permitindo que os dados sejam constantemente atualizados e acessados pelos usuários. Objetivos dos sistemas de gerenciamento de energia Tais sistemas são implantados basicamente para monitorar as grandezas elétricas e acompanhar o perfil histórico de medições de energia de uma unidade consumidora. Sua instalação muitas vezes é motivada pela necessidade de reduzir custos ocasionados por multas de ultrapassagem de demanda e fator de potência, eficientizar o uso da energia e, conseqüentemente, diminuir o valor das contas, além de propiciar ganhos de produtividade, pois trata-se de uma ferramenta que facilita a manutenção e a operação das plantas industriais. Segundo [1], “o gerenciamento e a conservação de energia elétrica têm destaque crescente, em progressão geométrica, por razões específicas: crescente rigidez nos critérios de faturamento e nas tarifas de energia elétrica, e sua aplicação à quase que totalidade dos processos industriais”. Já em [2], temos que “a importância do gerenciamento vem crescendo também dada a sua potencialidade de facilitar a manutenção e a operação das plantas, trazendo ganhos de produtividade, em termos de manutenção e vida útil de equipamentos e sistemas”. Através de um sistema de gerenciamento é possível monitorar uma série de variáveis em tempo real e armazená-las para análises que potencializem o uso eficiente da energia elétrica. Dentre as grandezas/eventos que podem ser armazenadas, podemos citar: 154 EM MARÇO, 2011 Fig. 3 – Exemplo de redes de medidores de uma subestação integrados a rede TA • corrente; • tensão; • consumo de energia ativa; • consumo de energia reativa; • demanda; • fator de carga (FC = demanda média/demanda máxima); • fator de utilização (FU = demanda média/demanda contratada); • fator de potência; • demanda máxima; • produção (unidades produzidas pela atividade-fim da empresa); • consumo específico (consumo de energia/unidades produzidas); • afundamentos de tensão; • elevações momentâneas de tensão; • transientes; • distorção harmônica de V e I; • interrupções de energia da concessionária; • interrupções de energia em alimentadores internos; e • data/hora das cargas retiradas por atuação do controle de demanda e fator de potência. Sistemas proprietários e sistemas abertos O software do sistema de gerenciamento geralmente é proprietário, disponibilizado pelo fabricante dos medidores. Em função da variedade de tecnologias empregadas na indústria, e da necessidade de que esses equipamentos interajam, os fabricantes tentam convencer ou até mesmo forçar o cliente a padronizar as instalações utilizando apenas a sua linha de produtos, para que os sistemas comuniquem-se em um mesmo padrão e possa assim haver interação. Muitas vezes os dados são mantidos em um formato proprietário, e isso implica que os usuários somente poderão acessálos utilizando ferramentas de gerencia- mento do mesmo vendedor que originalmente forneceu os equipamentos e o sistema. Isso obriga a empresa cliente a recorrer àquele vendedor toda vez que for necessária uma mudança ou expansão do sistema. Alguns fornecedores de equipamentos e sistemas vêem isso como uma vantagem competitiva; os clientes vêem isso como uma barreira. Porém, há fornecedores de sistemas de medição e controle que utilizam uma estratégia oposta de fidelização de seus clientes, isto é, abrem seus dados de medição. Eles disponibilizam os dados em sua fonte original, já que isso possibilita a compactação, mas também fornecem conversores de protocolos e uma série de conectores para diversos padrões de banco de dados em linguagem SQL, ou exportadores que “fornecem” dados para aplicações-clientes no formato de conversão desejado pelo usuário [4]. É importante que os gestores do sistema verifiquem suas funcionalidades, avaliando se ele está preparado para adições de equipamentos sem a necessidade de manutenção do software, e se a integração com equipamentos de outros fornecedores é permissível. Para isso, o fornecedor deve dispor de recursos como conectores de banco de dados em linguagem SQL e serviços como servidor OPC. A abertura do padrão do protocolo de medidores e outros hardwares de gerenciamento de energia pode ser utilizada em contraposição às estratégias de transformar o cliente em refém de tecnologias, como um diferencial competitivo. Isso pode ser verificado quando um fornecedor desenvolve seus dispositivos buscando interoperabilidade com os de outros fabricantes do mercado, por meio da implementação de drives de comunicação [5]. Gerenciamento_Pag. 150 a 161:Alimentação ininterrupta_contagem.qxd 17/3/2011 23:55 Page 156 CONSUMO INDUSTRIAL Fig. 4 – Interface principal de um sistema de gerenciamento de energia Módulos de comunicação Usualmente, buscando uma interface homem-máquina amigável, os sistemas de gerenciamento de energia dispõem suas aplicações de monitoração e análise de dados em módulos de comunicação. Abaixo são listados alguns módulos disponíveis no software de uma empresa de automação e controle especializada na área de energia, sediada em São Paulo [5] (a figura 4 mostra a interface principal desse sistema). Esse sistema utiliza protocolo Modbus e os parâmetros de comunicação — como endereço RTU, endereço IP, velocidade de comunicação e porta de comunicação dos medidores de energia do campo — são configurados previamente na interface de comunicação, para que a coleta e monitoração de dados sejam iniciadas. A coleta de dados para a base histórica de informações é realizada de forma automática com periodicidade definida pelo usuário. Controle de demanda – O controle de demanda realizado pelos sistemas de gerenciamento de energia pode ser implementado através de algoritmos de controle portados por dispositivos de hardware. Nesse caso, o programa roda em microprocessadores internos aos registradores de energia, que recebem dados dos medidores de fronteira e 156 EM MARÇO, 2011 executam cálculos para verificação de tendência a ultrapassagem de demanda. Caso a tendência se configure, os registradores enviam comandos aos contatos de placas de saídas digitais para que se efetue o desligamento de cargas pré-selecionadas da planta industrial. O controle também pode ser realizado através de software: nesse caso os dados são enviados dos registradores a um computador que roda o algoritmo de controle de demanda e envia o comando de desligamento das cargas às placas de saídas digitais. Em ambos os casos, o controlador de demanda atuará comandando relés para desligamento das cargas programadas, habilitando seu religamento apenas quando a demanda baixar para o valor contratado. O sinal dos relés é enviado para a lógica ladder do controlador lógico da planta industrial. As cargas são desligadas gradativamente, de modo a não ir além do estritamente necessário, e seu religamento também é gradativo. Controle de fator de potência – O controle de fator de potência é realizado de forma análoga ao controle de demanda, variando aqui a grandeza elétrica monitorada. Neste caso, as cargas acionadas são filtros de harmônicos e Gerenciamento_Pag. 150 a 161:Alimentação ininterrupta_contagem.qxd 17/3/2011 23:55 Page 158 CONSUMO INDUSTRIAL bancos de capacitores da planta industrial. Relatórios, gráficos e análises – Os dados dos medidores são coletados pelo sistema de gerenciamento com periodicidade definida pelo usuário. As informações são apresentadas em gráficos e relatórios para análise e também podem ser exportadas para o Excel. Supervisão – O sistema apresenta, por meio de uma interface gráfica, os medidores para seleção. Quando selecionado um medidor, o programa mostra uma tela de supervisão que disponibiliza os dados registrados por aquele equipamento em tempo real, como se o usuário estivesse na frente do próprio medidor (figura 5). Alarmes – O módulo de alarmes envia mensagens de variações de grandezas monitoradas e status de equipamentos para celulares, via mensagem SMS, ou por e-mail, segundo condições definidas pelo usuário. Eventos – Essa interface disponibiliza dados históricos referentes a desligamentos de alimentadores, indicando com precisão o horário de início e término de cada ocorrência, o que permite o acompanhamento de indicadores de disponibilidade física da planta: DIC, FIC, DEC, FEC, e atuações dos controladores de demanda e de fator de potência. Programação – Através destes módulos é possível alterar e manipular todos os parâmetros programados nos diversos modelos de medidores de energia. Configuração – Permite a configuração dos parâmetros de segurança do gerenciador de energia e dos caminhos de armazenamento de dados do sistema. Uma aplicação Web O SGME - Sistema de Gestão de Matriz Energética é um sistema Web que disponibiliza as informações de mais de mil medidores de energia na Intranet de uma planta industrial de extração e beneficiamento de minério. Essas informações são consolidadas a partir dos sistemas de gerenciamento de energia instalados na rede de automação das unidades mineradoras. A tela inicial do SGME é apresentada na figura 6. 158 EM MARÇO, 2011 Fig. 5 – Interface de supervisão As informações estão disponíveis a todos os usuários que precisem de dados de gestão da matriz energética, em qualquer ponto em que o portal corporativo da empresa seja acessível. O sistema mostra as grandezas de energia elétrica estruturadas de acordo com o diagrama unifilar de alimentação de energia de cada unidade mineradora. Para consolidar as informações dos diversos sistemas de gerenciamento de energia em um único sistema Web, os dados de todos os medidores de energia são gravados em um servidor conectado à rede de automação da empresa, que assume a função de gerenciador de energia principal. Um segundo servidor hospeda as telas do “ambiente” Web e disponibiliza as informações solicitadas pelos usuários a partir da Intranet da empresa. Todas as solicitações de dados feitas ao servidor Web são requeridas apenas por esse servidor ao gerenciador de energia principal. Isso é apresentado de forma simplificada na figura 7 (pág. 161). O SGME disponibiliza todas as grandezas medidas de cada medidor na forma de gráficos, relatórios e dados on-line, em tempo real, além de mostrar também os históricos de medição de pontos com até dez anos de dados registrados. O projeto do sistema foi concebido com base nos conceitos de: • Escalabilidade: à medida que a rede de medidores cresce, esses novos pontos de medição são alocados na interface Web (o sistema pode integrar milhares de pontos); • Custo: o sistema Web foi implementado utilizando a infra-estrutura de rede de medição e gerenciamento de energia que já existia, ou seja, a implementação centrou-se na elaboração de telas Web e CGIs, sem necessidade de desenvolvimento de novas funcionalidades no sistema de gerenciamento de energia; • Segurança: o uso de interfaces Web e autenticação digital garante mais segurança — a massa de dados do gerenciador de energia está totalmente disponível aos usuários, mas estes não podem alterar as informações do servidor gerente; • Conexões simultâneas: o sistema propicia a conexão de usuários em diversos pontos da empresa simultaneamente, através do terminal server e do conector padrão IIS do Windows, via browser Internet Explorer; • Facilidade de desenvolvimento evolutivo: a solução não deve ficar obsoleta em um curto/médio prazo. O desen- Gerenciamento_Pag. 150 a 161:Alimentação ininterrupta_contagem.qxd 17/3/2011 23:55 Page 160 CONSUMO INDUSTRIAL volvimento de novas telas, funcionalidades e relatórios é facilitado por que existem diversos prestadores de serviços para aplicação Web no mercado. Vantagens dos sistemas Web para os usuários Sistemas de gerenciamento de energia disponibilizados em ambiente Web, como o SGME, trazem uma série de benefícios para as indústrias que os utilizam, os quais são listados a seguir: • Medição e coleta de dados independente da concessionária; • Conferência dos dados de faturamento e gerenciamento das contas de energia; • Controle de demanda automático, impedindo a ocorrência de multas por ultrapassagem do valor contratado; • Controle de fator de potência através do acionamento/desligamento de disjuntores que alimentam os bancos de capacitores/filtros de harmônicos, permitindo economias pelo controle mais preciso e evitando o pagamento de multas; • Disponibilidade de informações em tempo real e históricos de dados, através de gráficos e relatórios, diretamente aos requisitantes de dados, permitindo decisões e ações imediatas; • Automatização do monitoramento e controle da operação de circuitos de alimentação; • Individualização dos custos de con- Fig. 6 – Tela inicial do SGME sumo de energia, através da medição setorial, permitindo o acompanhamento e o controle em níveis mais detalhados do processo e a conseqüente identificação de novas oportunidades de redução de custos; • Gerenciamento do consumo específico global e setorial da empresa; • Melhorias na eficiência e produtividade, decorrentes das decisões operacionais permitidas pelas informações referentes à melhor utilização de ativos; • Alarme e notificação de situação emergencial, reduzindo os impactos de sobrecargas, desligamentos intempestivos com parada de processo e agilizando os religamentos; • Provimento de dados a comissões internas de conservação de energia, permitindo o monitoramento da eficiência e identificação de possíveis melhorias; • Disponibilização de métricas para justificar e implementar projetos de aumento de eficiência, comprovando-se a viabilidade desses projetos; • Viabilização do estabelecimento de metas de redução de consumo; • Planejamento e orçamento da utilização da energia elétrica, através de um refinado gerenciamento do uso e dos custos de forma setorizada e ao nível gerencial; • Otimização do fornecimento de energia e gestão do contrato de fornecimento, permitindo a adequação da demanda contratada quando necessário; • Melhoria do fator de carga do sistema; • Melhoria do fator de utilização do sistema; Fig. 7 – Estrutura de servidores • Avaliação dos índices de qualidade de fornecimento e de utiliza- comercialização de energia, historiação da energia elétrica; dores de dados e sistemas de gestão es• Alavancagem de negócios através da tratégica da empresa. informação qualificada, permitindo à empresa obter vantagens competitivas Conclusões A implementação de sistemas de através da negociação de energia no gerenciamento de energia permite ao mercado; • Descentralização da informação e consumidor utilizá-los como ferradisponibilização de dados para análise menta de gestão industrial, com o a funcionários dos níveis estratégicos e acompanhamento do comportamento táticos da empresa, com a redução do da planta com foco na eficientização trabalho de geração de relatórios para energética, no controle de demanda e de fator de potência e na disponibilizaclientes de dados específicos; e • Interoperabilidade com sistemas de ção de dados para estudo, obtendo, as- sim, vantagem competitiva. A disponibilização dos dados dos sistemas gerenciamento de energia por meio de sistemas de interface Web permite a descentralização da informação, que passa a ser disponível para análise de funcionários dos níveis estratégicos e táticos da empresa. Isso permite a transformação dos dados de medição em informações consistentes para a melhor gestão da energia utilizada na planta industrial. Referências [1] Ferreira Franco, E.; Lapa, C.: Novidades em geren ciamento energético. Revista “Controle & Instrumentação”, edição de março de 1999. [2] Ferreira Franco, E.: Gerenciamento de energia – Controle de demanda e fator de potência em uma indústria de be bidas. Revista Eletricidade Moderna, edição n 295, outubro de 1998. [3] Gomes, F.: Soluções em automação para eficiência ener gética. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2003. [4] ht tp://w w w.cck.com.br: Gerenciamento de Energia. Sistema – Implantação - Conectividade. CCK Automação (acessado em 05/10/2010). [5] ht tp://w w w.cck.com.br/sistema/drivers.shtml: Com patibi lida de de equipamentos Modbus (drivers). CCK Automação (acessado em 05/10/2010).