Normas Gerais Os parâmetros gerais deste manual seguem as orientações das Instruções Gerais criada pela Comissão Permanente de Implantação da CBHPM da Unimed do Brasil Este Manual foi desenvolvido com base nas condutas adotadas e desenvolvidas pela Federação do Estado de Santa Catarina e nas reuniões do Colégio Nacional de Auditores Médicos UNIMED, realizadas bimestralmente, com pauta prévia e assuntos de interesse geral. BIBLIOGRAFIA • Manual de Auditoria Médica elaborado pela Federação Santa Catarina; • A elaboração das regras contidas neste manual contou também com a participação ativa dos membros do Colégio Nacional de Auditores Médicos UNIMED, representando: • Federações: Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Bandeirantes, Central Nacional Unimed e Unimed Seguro Saúde. • Unimeds: Fortaleza, Uberlândia, Santa Bárbara D’Oeste e Americana, Sul Capixaba, Nordeste/RS, Goiânia, Porto Alegre, Campinas, Central RS, Juiz de Fora, Cruz Alta, Curitiba, Florianópolis, Nova Iguaçu, Ubá, Vitória, Natal, Belém, Rio, Aracaju, Paulistana e Recife; • Editora responsável: Maria do Carmo H M de Moraes – Consultora de Intercâmbio da UNIMED do Brasil e Viviam Siqueira Goor – Analista de Intercâmbio; • Médico Coordenador responsável: Jurimar Alonso – Assessor Médico da UNIMED do Brasil; • Diretor responsável: João Batista Caetano – Diretor de Integração Cooperativista – UNIMED do Brasil. Diretoria de Integração Cooperativista 1 Índice Normas Gerais 1. Acupuntura 09 2. Alergologia 10 3. Anestesiologia 11 4. Angiologia – Cirurgia Vascular 12 5. Cardiologia 20 6. Cirurgia Buço-Maxilo-Facial 27 7. Cirurgia Cardíaca – hemodinâmica 28 8. Cirurgia do Aparelho Digestivo 30 9. Cirurgia Geral 39 10. Cirurgia Plástica 42 11. Cirurgia Torácica 43 12. Consulta Médica 44 13. Dermatologia Clínica – Cirúrgica 46 14. Endoscopia Digestiva 51 15. Fisiatria 55 16. Ginecologia e Obstetrícia 57 17. Hematologia 64 18. Neurologia 70 19. Nutrição Parenteral e Enteral 73 20. Oftalmologia 74 21. Ortopedia 80 22. Otorrinolaringologia 98 23. Pediatria 105 24. Pneumologia 106 25. Quimioterapia e Medicina Nuclear (Radioterapia) 110 26. Urologia 111 Diretoria de Integração Cooperativista 2 Serviços Auxiliares de Diagnose e Terapia 1. Analises Clínicas 122 2. Densitometria 125 3. Radiologia Geral 129 4. Ressonância Magnética 132 5. Tomografia Computadorizada 138 6. Ultra-Sonografia 144 7. Observações 147 Anexo I – Referência de Permanência Hospitalar Hospitalar por Patologia Cirúrgica Período de Autorização Inicial - Internação Hospitalar para Cirurgia 1. Angiologia – Cirurgia Vascular e Linfática 01 2. Cirurgia Cardíaca – Hemodinâmica 04 3. Cirurgia da Cabeça e Pescoço 05 4. Dermatologia – Clínica Cirúrgica 09 5. Cirurgia do Aparelho Digestivo, Órgãos Anexos e 10 Parede Abdominal 6. Cirurgia Endocrinológica 16 7. Ginecologia e Obstetrícia 17 8. Microcirurgia Reconstrutiva 20 9. Cirurgia de Mama 25 10. Cirurgia de Mão 26 11. Neurocirurgia 30 12. Oftalmologia 33 13. Otorrinolaringologia 36 14. Ortopedia e Traumatologia 39 15. Cirurgia Pediátrica 50 16. Cirurgia Plástica 52 17. Cirurgia Torácica 62 18. Urologia 65 Diretoria de Integração Cooperativista 3 Anexo II – Referência de Permanência Hospitalar por Patologia Patologia Clínica – Períodos de Autorização Inicial 1. Doenças Infecciosas 01 2. Neoplasias Malignas 01 3. Endocrinologia 02 4. Deficiências Nutricionais e Imunológicas 02 5. Anemias e Doenças Hematológicas 02 6. Neurologia 02 7. Otorrinolaringologia 03 8. Cardiologia – Aparelho Circulatório 03 9. Pneumologia 03 10. Aparelho Digestivo 04 11. Aparelho Geniturinário 04 12. Obstetrícia 04 13. Dermatologia 05 14. Reumatologia 05 Anexo III Materiais Cirúrgicos e Anestésicos utilizados nas principais cirurgias. 1. Colpoperineoplastia 01 2. Cesárea 02 3. Parto Normal ou Fórceps 03 4. Postectomia 03 5. Cirurgia de Hemorróidas 04 6. Adenoamigdalectomia 04 7. Colecistectomia/Coledocoplastia com ou sem Colangiografia 05 8. Cirurgia das Hérnias: Inguinal – Umbilical – Incisional 06 9. Safenectomia Uni ou Bilateral 06 10. Apendicectomia 07 11. Histerectomia 08 12. Histerectomia (Radical Wertheim) 09 Diretoria de Integração Cooperativista 4 Material Anestésico nas Cirurgias mais Freqüentes 1. Anestesia – Apendicectomia – Herniorrafias 10 2. Anestesia para Adulto 10 3. Anestesia Geral 11 4. Anestesia – Histerectomia 11 5. Anestesia Geral – Gastrectomia 12 6. Anestesia – Safenectomia Uni ou Bilateral 13 7. Anestesia – Cesariana 13 8. Anestesia – Colpoperineoplastia 14 9. Anestesia – Parto Normal ou Fórceps 14 10. Anestesia Crianças – Postectomia 14 11. Anestesia Geral – Colecistectomia 15 12. Anestesia – Hemorroidectomia 15 13. Anestesia para Crianças – Amigdalectomia/Adenoidectomia 16 Normas de Análise de Procedimentos – Relação de Materiais utilizados em Cirurgias Ambulatoriais 1. Endoscopia Digestiva Alta 17 2. Retossigmoidoscopia/Colonoscopia 17 3. Laringoscopia Diagnóstica e para Procedimentos 18 4. Curativo Vascular de Extremidades e Curativo de Úlcera de Perna 18 5. Broncoscopia Diagnóstica e Cirúrgica 18 6. Retirada de Corpo Estranho do Reto 19 7. Ressecção de Colaterais 19 8. Abscesso Anorretal 20 9. Ligadura de Hemorróidas I 20 10. Cauterização de Lesão Anal 20 11. Exérese de Trombo Hemorroidário 21 12. Biópsia Nasal 21 13. Retirada de Corpo Estranho Nasal 21 14. Infiltração de Cornetos 22 Diretoria de Integração Cooperativista 5 15. Cauterização de Epistaxe 22 16. Tamponamento Nasal Anterior 22 17. Tamponamento Nasal Posterior 23 18. Polipectomia Nasal 23 19. Punção de Seio Maxilar 24 20. Biópsia de Orofaringe 24 21. Retirada de Corpo Estranho de Orofaringe 24 22. Cauterização Química de Faringe 25 23. Punção Pleural 25 24. Fratura de Ossos Nasais 25 25. Sutura de Ferimento da Mucosa Oral 26 26. Sutura de Ferimentos (pequenos) da Pele 26 27. Biópsia Pleural 26 28. Paracentese de Tímpano 27 29. Exérese de Pterígio 27 30. Remoção de Cerúmen 27 31. Drenagem de Abscesso ou Hematoma Nasal/Biópsia Nasal 28 32. Drenagem de Furúnculo de Conduto Auditivo 28 33. Cauterização de Colo Uterino 28 34. Broncoscopia 29 35. Infiltração 29 36. Cirurgias Dermatológicas e Plásticas Ambulatoriais 30 37. Amniocentese 30 38. Colposcopia 31 39. Cauterização de Condiloma 31 40. Bartholinectomia 32 41. Exérese de Lesões de Vulva e Períneo 32 42. Biópsia de Vulva de Períneo 33 43. Biópsia de Colo Uterino 33 44. Punção – Biópsia de Mama 33 45. Biópsia de Mama 34 Diretoria de Integração Cooperativista 6 46. Cistoscopia 34 47. Cateterismo Vesical 35 48. Instalação Vesical ou Dilatação Uretral 35 49. Massagem Prostática 35 50. Biópsia Genital 36 51. Drenagem de Abscesso ou Cisto de Bolsa Escrotal 36 52. Eletrocoagulação de Lesões Genitais 36 53. Postectomia 37 54. Frenuloplastia 38 Materiais e Medicamentos 38 Reutilização de Materiais 39 Serviços Complementares de Diagnose e Terapia 41 Anexo IV – Padronização da Codificação de Procedimentos para Apresentação de Conta Hospitalar Diária Hospitalar 1. Conceito 01 2. Descrição das Acomodações 02 3. Composição de diárias 03 Anexo V 1. Internações 01 2. UTI - Conceitos 02 3. Critérios Baseados no Diagnóstico 07 4. Critérios Baseados em Parâmetros Objetivos 10 5. Critérios de Alta 11 6. UTI Pediátrica – Critérios de Admissão 12 7. Conceito de UTI e UTSI 17 Diretoria de Integração Cooperativista 7 Anexo VI Rol de Procedimentos Médicos Unimed Anexo VII Formulário de Perícia Médica – Cirurgia Bariátrica Anexo VIII Formulário – Relatório de Perícia Médica Anexo IX Formulário – Auditoria Médica de Intercâmbio Anexo X Formulário – Termo de Ciência Anexo XI Formulário – Solicitação de Autorização para Prescrição de Medicamentos Oncológicos Diretoria de Integração Cooperativista 8 1 – Acupuntura a) Será autorizada uma consulta/mês, através do código CBHPM 3.16.01.01-4. b) As sessões serão liberadas de acordo com o valor mencionado na planilha de equivalência vigente na data do atendimento. (estão incluídos os materiais e medicamentos). c) Não haverá limitação para a realização de sessões de acupuntura. Diretoria de Integração Cooperativista 9 2 – Alergologia 1) Teste de contato: pagar através do código CBHPM 4.14.01.42-5, até 30 substâncias. Não pagar o código CBHPM 4.14.01.43-3 (teste de contato por substância, acima de 30). Exceções ao número de testes somente com justificativa e avaliação da auditoria médica. 2) Os testes cutâneos de leitura imediata, código AMB 19.01.011-7, foi correlacionado para o código CBHPM 4.14.01.42-5, portanto, seguirá a regra descrita anteriormente. 3) Não há indicação, em princípio, para repetição de teste alérgico para o mesmo paciente. 4) Não existe taxa de sala, materiais e medicamentos para teste alérgico. 5) IgE total (código CBHPM 4.03.07.27-1): Liberar até 4 (quatro) grupos específicos. Deverão ter análise do auditor local. Justificativas plausíveis para rast: • Dermografismo – impossibilita testes cutâneos; • Crianças na primeira infância (0 a 7 anos); • Dermatite atópica – idem dermografismo; • Investigação de urticária. 6) Código CBHPM 4.14.01.44-1 (teste de contato com fotossensibilização – até 30 substâncias) pagar somente 1 vez. Raramente será necessário maior número e deve ser justificado adequadamente. 7) Código 19.01.016-8 (teste imunoalérgico in vitro): utilizado apenas para pesquisa em ambiente universitário. Diretoria de Integração Cooperativista 10 3 – Anestesiologia 1) No caso de não ser previsto porte anestésico, será pago Porte 3, ou seja, quando excepcionalmente houver necessidade da presença do Anestesiologista em procedimentos cirúrgicos que não tenham honorários especialmente previstos nas Instruções Gerais do Rol de Procedimentos Médicos Unimed. A remuneração desse especialista será efetuada mediante laudo justificativo do cirurgião. Em se tratando de procedimento eletivo, deverá haver autorização prévia. 2) Nas situações acima previstas, será pago o correspondente a apenas um porte anestésico, não importando o tempo de duração nem a simultaneidade com outro procedimento sem porte anestésico. 3) Nos procedimentos anestésicos múltiplos em curso, o porte 0, não sendo determinante da cirurgia, não será remunerado. 4) A analgesia de parto deve ser paga quando solicitada pelo médico obstetra, independentemente da cobertura contratual. 5) Não haverá pagamento de anestesia se o mesmo profissional for realizar a cirurgia, conforme legislação. 6) A visita pré-anestésica durante a internação está incluída no porte anestésico da cirurgia, conforme Instruções Gerais do Rol de Procedimentos Médicos Unimed. 7) No Intercâmbio Nacional prevalece a Resolução 1.802/06 do Conselho Federal de Medicina onde há a recomendação que os pacientes de cirurgias eletivas sejam submetidos avaliação pré-anestésica, prévia ao procedimento, prévia à internação e em consultório, ou seja, não poderá haver cobrança da consulta pré-anestésica associada à cobrança da Internação hospitalar. Diretoria de Integração Cooperativista 11 4 – Angiologia – Cirurgia Vascular 1. Escleroterapia de veias, código CBHPM 3.09.07.06-3: Planos regulamentados sem cobertura. Planos não-regulamentados, respeitar as cláusulas contratuais. 2. Todos os pedidos de cirurgias de varizes de MMII devem obrigatoriamente submeter o paciente à perícia médica com cirurgião vascular ou o angiologista. 3. Para curativos crônicos seqüenciais (úlcera ou necrose), autorização da UNIMED Origem. 4. A avaliação vascular periférica com Doppler sem registro, está hoje incorporada à propedêutica armada do consultório vascular, não cabendo remuneração adicional à consulta. 5. Exames angiográficos e de ecodoppler. Sendo exames de alto custo, devem observar o disposto no Manual de Intercâmbio Nacional com relação à cobertura do plano padrão e se existe a necessidade ou não de autorização prévia. Sugere-se que os mesmos sejam solicitados por especialista da área, sustentados por indicações clínicas e normatizados por consenso da especialidade. 6. Quando houver solicitação de ecodoppler arterial e venoso de dois membros simultaneamente, submeter à perícia médica. 7. Nas angiografias ou exames de Doppler vascular, o pagamento será efetuado por região anatômica. 8. Nos casos de exames angiográficos que envolvam segmentos contínuos e de avaliação simultânea, aorta abdominal e vasos ilíacos, esta é considerada região anatômica única. Diretoria de Integração Cooperativista 12 9. Para a ressecção de colaterais ou perfurantes, onde não se justifica a utilização do código para cirurgia de varizes, será adotado o pagamento por analogia do código CBHPM 3.09.13.09-8 e/ou múltiplos desse código. 10. Simpatectomia torácica para tratamento de Hiperhidrose localizada. A liberação desta cirurgia está condicionada a realização obrigatória da perícia médica. Deverá ser preenchido pelo usuário e médico o termo de ciência, no caso da realização da cirurgia, devido a grande incidência de complicações. O código a ser liberado para a realização deste procedimento é CBHPM 3.14.03.34-4 Simpatectomia (1.7 x para procedimento bilateral - qualquer técnica). Fica recomendado que o profissional que irá realizar a referida cirurgia seja cirurgião habilitado pela Singular Prestadora. Para o Intercâmbio Nacional, não será liberado o pagamento do Ultra-Cision. • Indicações: - Palmar - quando funcional. - Axilar - somente quando o usuário manifestou a doença também Palmar. - Usuários com idade maior ou igual 16 anos. 11. Stent de carótidas Os membros do Colégio Nacional de Auditores Médicos Unimed aprovaram o estudo abaixo: • Objetivo Rever as evidências disponíveis sobre a eficácia, efetividade, eficiência e segurança dos procedimentos de angioplastia de estenose de carótida com a colocação de stent, com ou sem o uso de dispositivos de proteção vascular. ➣ Profissional alvo Cirurgiões vasculares, Neurocirurgiões, Neurologistas, Radiologistas intervencionistas, Auditores médicos. Diretoria de Integração Cooperativista 13 ➣ Metodologia Fonte de dados: Foram revistos artigos sobre stents carotídeos, registrados no MEDLINE, Biblioteca do Cochrane, e no Clinical Evidence entre 1.990 e 2.003. Palavras-chaves: Stent and Carotid; Angioplasty and Carotid; Protected Carotid Stenting. Desenhos dos estudos buscados: Revisões sistematizadas, Ensaios Clínicos Randomizados, Ensaios Clínicos Não Randomizados, série de casos. População incluída e excluída: Foram avaliados os estudos que abrangessem população masculina e/ou feminina, adulta, sintomática ou não. Resultados da busca bibliográfica: Foram selecionadas 31 referências. Revisão sistematizada: 11 Ensaio clínico randomizado: 4 Ensaio clínico randomizado, precocemente interrompido: 2 Ensaio clínico randomizado, resultados iniciais: 1 Ensaio clínico não randomizado: 2 Série de casos (seguimento): 9 Comentários sobre os resultados de estudos clínicos randomizados: 2 ➣ Fundamentação A endarterectomia de estenose de carótida, que na grande maioria das vezes é causada por ateromas, tem sido o procedimento terapêutico de escolha, porém de indicação limitada para pacientes de alto risco cirúrgico, além de que pode desencadear fenômenos trombo-embólicos, ou até mesmo isquemias transitórias ou definitivas, pela interrupção obrigatória do fluxo vascular durante a sua execução. Para fazer frente a estas limitações procedimentos endovasculares têm sido desenvolvidos. A angioplastia com Diretoria de Integração Cooperativista 14 a colocação de stent, que de início mostrou limitações pela possibilidade de embolização durante o procedimento, o que determinou o desenvolvimento de dispositivos de proteção contra a disseminação destes êmbolos. Tais técnicas estão sob investigação, e as limitações potenciais, tais como embolização durante a passagem do dispositivo de proteção, ou pela angioplastia, hipotensão arterial desencadeada pela estimulação do seio carotídeo, hemorragias cerebrais causadas pelo hiperfluxo pós-dilatação e pelos medicamentos anticoagulantes usados, e a dificuldade potencial em realizar uma endarterectomia em um vaso re-estenosado, submetido previamente a stent, precisam ser mais bem estudadas. ➣ Conclusões da Revisão Como não estão disponíveis os resultados de ensaios clínicos randomizados de grande porte completos, para avaliar o uso de angioplastia com stent e dispositivos de proteção, não há evidências definitivas para subsidiar a tomada de decisão sobre a indicação da angioplastia com colocação de Stent em estenose de artéria carotídea ou vertebral. Portanto é necessário aguardar pelos resultados de novas pesquisas para clarificar a relevância clínica do método. É provável que até o final do ano de 2.004 alguns destes estudos estejam completos. Em um editorial publicado pelo Stroke em agosto de 2.003, Eckert e Zeumer (13), após proceder a uma revisão da questão do uso de stent e dispositivos de proteção concluem que: “Nós todos devemos confessar que nossas atuais decisões são, simplesmente, não embasadas em evidências. É muito cedo para tomar decisões com todas as conseqüências clínicas e econômicas.” Atualmente a indicação do procedimento endovascular, para estenose de carótida, tem sido defendida para os pacientes sintomáticos com lesões críticas, => 70% à angiografia, e que apresentem alto risco para o procedimento cirúrgico (estenose coronária, insuficiência cardíaca, Diretoria de Integração Cooperativista 15 hipotensão arterial, insuficiência renal), e realizadas por profissionais capacitados. ➣ Avaliação dos artigos Angioplastia com colocação de stent, sem o uso de dispositivos de proteção: A maioria dos ensaios clínicos disponíveis são estudos com pequeno número de observações (baixo poder estatístico) e com um tempo curto de observação. Dois ensaios clínicos (1, 25) foram interrompidos antes dos prazos, e sem atingir o número de participantes previamente programados, em função dos maus resultados observados para o uso stent, na avaliação após 30 dias dos procedimentos. O único ensaio clínico randomizado completo, e com amostra razoável, CAVATAS (5), encontrou resultados semelhantes entre os dois métodos, entretanto com níveis inesperadamente elevados de complicações para os dois, com relação a estudos prévios (11), que avaliaram as taxas de complicações da endarterectomia. As evidências disponíveis, favoráveis ao novo método endovascular, são fundamentadas particularmente em série de casos tratados pelo método, com análise de seguimento quanto a resultados e efeitos colaterais, mas não foram estudos com comparação concomitante. Angioplastia com colocação de stent, com o uso de dispositivos de proteção: Os grandes ensaios clínicos montados, para avaliar o uso de stent em associação com dispositivos de proteção contra a embolização, ainda estão em execução, estando disponível apenas uma análise parcial inicial. (31) Vários estudos de casos submetidos a angioplastia e colocação de stent e uso de dispositivos de proteção, foram comparados a séries de casos submetidos a endarterectomia, mas não são comparações concomitantes ou randomizadas. (4, 20) Diretoria de Integração Cooperativista 16 ➣ Síntese da Informação Uma revisão do Clinical Evidence, de 2.002, considerou que a angioplastia transluminal percutânea, para estenose de artérias carótida e vertebral, não foi suficientemente avaliada entre pessoas que tiveram isquemia transitória ou AVC que evolui sem seqüelas. Duas revisões da Cochrane Library (8;9) que avaliaram angioplastia percutânea transluminal e stent para estenose de artéria carótida, e para artéria vertebral, consideraram que não há evidências disponíveis para subsidiar a tomada de decisão, em função de que os grandes ensaios clínicos randomizados desenhados para responder a esta questão ainda não foram concluídos, até a última atualização da revisão. Nylor e colaboradores (25) publicaram os resultados de um ensaio clínico randomizado, interrompido precocemente, onde, na avaliação após 30 dias do procedimento, não foram encontradas complicações entre os 10 casos submetidos a endarterectomia, e onde se observaram 5 casos de AVC entre os 7 casos submetidos a angioplastia com colocação de stent. Alberts e colaboradores (1) divulgaram os resultados de um ensaio clínico com 107 submetidos a stent, e 112 casos submetidos a endarterectomia, onde, na avaliação de 30 dias, houve 12,1% de AVC ou óbitos entre os submetidos a stent, e 4,5% entre os submetidos a endarterectomia. O estudo CAVATAS (5) (Carotid and Vertebral Artery Transluminal Angioplasty Study), um ensaio clínico que envolveu 504 pacientes, concluiu que o tratamento endovascular tinha efetividade e taxas de riscos semelhantes a endarterectomia, em uma avaliação de até 3 anos. Entretanto tem sido apontado que as taxas de complicações para os casos submetidos a endarterectomia foram inesperadamente muito elevadas, em comparação a outros estudos realizados(11), o que faz considerar que os centros, que participaram do estudo, deveriam ter pouca experiência com os métodos. Portanto seus achados são questionáveis. Diretoria de Integração Cooperativista 17 As conclusões de uma revisão sistematizada (7), publicada pelo American Journal of Neuroradiology, em 2.000, foram: “Há um alto nível de interesse sobre a colocação de stents carotídeos, mas faltam provas definitivas sobre segurança, eficácia e durabilidade. Os relativos bons resultados alcançados com a realização do procedimento entre certas instituições são encorajadores, entretanto, deve-se considerar que estes resultados têm sido alcançados com o uso de múltiplos recursos médicos e o envolvimento de pessoal treinado em várias disciplinas. Até ser clinicamente validada, a angioplastia com stent da artéria carótida deveria ser reservada para aqueles pacientes que têm alto risco de complicações, os melhores candidatos evidenciam alto risco cirúrgico, pacientes sintomáticos, que apresentam comorbidades significativas, e deveria ser realizada por uma equipe ou indivíduo qualificado, com treinamento e experiência apropriados. A angioplastia e a colocação de Stent sob estas circunstâncias, pode oferecer uma maneira menos invasiva que a endarterectomia para influenciar favoravelmente o risco de AVC, e pode ser visto como aceitável, mas ainda não provado.” O estudo de Gray e colaboradores (17), publicado pelo Stroke de 2.002, avaliou retrospectivamente, e de forma não randomizada, os custos e a efetividade da colocação de Stent e a endarterectomia, entre 136 pacientes submetidos a cada método, e mostrou resultados de menor tempo de hospitalização e custo para o grupo de Stent, e com resultados de efetividade semelhantes com o grupo de endarterectomia na análise de 2 anos de acompanhamento. Os resultados da avaliação dos primeiros 30 dias pós-procedimento com proteção, do estudo SAPPHIRE (31), mostram vantagens significativas para o grupo em que foi usada a proteção, embora o estudo não esteja completo. Castriota e colaboradores (4) realizaram um ensaio clínico não randomizado, em que encontraram uma redução de 79% de complicações embólicas com o uso dos dispositivos de proteção. Diretoria de Integração Cooperativista 18 Kastrup e colaboradores (20) realizaram uma revisão sistemática, válida, de artigos publicados até junho de 2.002, sobre o uso de stent e dispositivos de proteção, concluem que: Para validar a efetividade da angioplastia e stent de carótida como uma alternativa para a endarterectomia de carótida, nem os resultados da colocação de stent sem proteção, nem os resultados favoráveis com relação apresentados nesta a utilização revisão dos dispositivos sistematizada podem de proteção substituir, apropriadamente, os ensaios clínicos randomizados. Estão sendo realizados vários estudos de seguimento ou ensaios clínicos, para avaliar os dispositivos de proteção de embolização, porém os resultados estarão disponíveis nos próximos anos (26). Diretoria de Integração Cooperativista 19 5 – Cardiologia 1. Os exames autogerados em cardiologia - ECG Convencional de 12 derivacoes (CBHPM 4.01.01.01-0), Teste ergometrico convencional - 3 ou mais derivacoes simultaneas (inclui ECG basal convencional) (CBHPM 4.01.01.04-5), Holter, Ecocardiograma, Monitorizacao ambulatorial da pressao arterial - MAPA (24 horas) (CBHPM 2.01.02.03-8), Cintilografia do miocardio perfusao - repouso e estresse (CBHPM 4.07.01.06-9), entre outros - estão estimados em 0,67 exame autogerado por consulta com desvio padrão de 25%. 2. Eletrocardiograma (CBHPM 4.01.01.010). Estimado em 70% do total de consultas (exames autogerados). Caso haja necessidade além do número acima previsto, uma justificativa médica se faz necessária. 3. Teste Ergométrico (CBHPM 4.01.01.04-5). Estimado em 25% do total de consultas (exames autogerados), sendo que o exame inclui ECG de repouso, não sendo pertinente a cobrança de ECG e TE no mesmo período para o mesmo paciente. Caso haja necessidade além do número acima previsto, uma justificativa médica se faz necessária. 4. Holter. Estimado em 5% do total das consultas (exames autogerados). 5. Ecocardiograma. Estimado em 20% do total de consultas (exames autogerados). Permite-se 1 (um) exame/paciente/ano, a não ser nos casos em que houver justificativa médica, sendo necessária análise do auditor, solicitação e autorização da UNIMED Origem, conforme regras do Manual de Intercâmbio Nacional. 6. Monitorizacao ambulatorial da pressao arterial - MAPA (24 horas) (CBHPM 2.01.02.03-8). Estimado em 5% do total de consultas 7. Cintilografia do miocardio perfusao - repouso e estresse (CBHPM 4.07.01.06-9). É permitido 1 (um) exame/paciente/ano. Nos casos em que houver a necessidade da realização de mais de um exame ao ano, haverá a Diretoria de Integração Cooperativista 20 necessidade da justificativa médica por parte do médico-assistente e da análise do auditor local. A autorização para a realização do exame, deve-se seguir as regras constantes do Manual de Intercâmbio Nacional. Foi aprovada a liberação de 01 código + o valor de 02 insumos. 8. Cateterismo Cardiáco: ficou decidido pelos Membros do Colégio que o Cateterismo Cardiáco é considerado Procedimento Ambulatorial. Observação: a) Por se tratar de exame de alto custo, os exames acima citados deverão ter análise do auditor, solicitação e autorização da UNIMED Origem desde que previsto no Manual de Intercâmbio Nacional. 9. INDICAÇÕES MAIS FREQÜENTES A) Eletrocardiograma de Esforço (Teste Ergométrico) • Angina pectoris clássica; • Angina pectoris atípica ou dor precordial atípica; • Pós-infarto do miocárdio; • Doença cardíaca valvular; • Avaliação terapêutica; • Avaliação da capacidade funcional na insuficiência cardíaca. B) Ecocardiograma Bidimensional Doppler e/ ou Color b1) Ecocardiograma Clássico Transtorácico (de repouso); 1. Hipertensão arterial moderada ou grave (hipertrofia miocárdica); 2. Valvulopatias; 3. Cardiopatias congênitas; Diretoria de Integração Cooperativista 21 4. Infarto do miocárdio (agudo ou crônico), quando a questão específica possa ser resolvida pela ecocardiografia; 5. Diagnóstico diferencial de dor torácica; 6. Avaliação da gravidade da insuficiência cardíaca. Observação: Não deve ser indicado como screening para o diagnóstico de cardiopatia isquêmica na população em geral. Ecocardiograma b2) E cocardiograma Transesofágico 1. Pesquisa de trombos e outras fontes de embolia; 2. Estudo morfológico e funcional de próteses valvares; 3. Investigação de vegetações endocardíacas e complicações da endocardite infecciosa; 4. Avaliação de cardiopatia congênita no adulto; 5. Diagnóstico de dissecção aórtica ( aguda ou não); 6. Estudo de tumores e massa intracardíaca. b3) Ecocardiograma com Mapeamento de Fluxo a Cores (Doppler em Cores ou Color Doppler) 1. Insuficiência coronariana aguda – na identificação das complicações (exemplo ruptura de septo e ruptura de músculo papilar); 2. Cardiopatias congênitas; 3. Nos sopros (valvulopatias e outros). Observação: O referido exame quantifica shunts e refluxos valvares com muito mais rapidez e precisão. b4) Ecocardiograma Fetal 1. História de conceptos anteriores com má-formação congênita; Diretoria de Integração Cooperativista 22 2. Gestante: com cardiopatia congênita, idosa, diabética ou portadora de lúpus; 3. Uso de drogas durante a gravidez com lítio, anticonvulsivantes, álcool, contraceptivos orais; 4. Más-formações extracardíacas detectadas na USG Obstétrica; 5. Rubéola materna. Observação: O exame é indicado a partir da 20ª semana de gravidez. b5) Ecocardiografia com Estresse Físico ou Farmacológico 1. Clínica sugestiva de insuficiência coronariana (ICO) e Teste Ergométrico (TE) negativo ou duvidoso; 2. Presença de bloqueio de ramo esquerdo; 3. Pacientes em uso de drogas que podem alterar o TE; 4. Pacientes com sintomas sugestivos de ICO impossibilitados de realizar o TE devido a problemas neurológicos, ortopédicos, vasculares ou à idade avançada; 5. Pacientes com doença coronariana conhecida (angioplastia transluminal percutânea, revascularização miocárdica) que devem ser submetidos a cirurgia não-cardíaca e estão impossibilitados de realizar o TE; 6. Infradesnivelamento do segmento ST em repouso, sem sintomas sugestivos de ICO; 7. Avaliação de isquemia miocárdica na fase subaguda do IAM não complicado. Observação: a) Quando for utilizado estresse físico, o modo de provocar isquemia miocárdia será com esteira ou bicicleta ergométrica; Diretoria de Integração Cooperativista 23 b) No caso de estresse farmacológico, será utilizado dobutamina ou dipiridamol; c) Aconselhável verificar a solicitação do médico-assistente. Intra--Operatório b6) Ecocardiograma Intra 1. Cirurgias cardíacas de qualquer natureza, inclusive em cardiopatia congênita Observação: Nos casos de troca ou reparo valvar, seu uso é mandatário e permite monitorar a função do VE durante o ato cirúrgico. b7) Ecocardiograma Intravascular 1. Avaliar grau de obstrução das artérias coronárias; 2. Determinar significado fisiológico de uma lesão; 3. Definir escolha do procedimento terapêutico (angioplastia, laser, stent, endarterectomia, etc). C) Monitorização Arterial da Pressão Arterial ( MAPA) 1. Estudo da PA em hipertensos sem lesão órgão-alvo; 2. HAS lábil; 3. Dúvida entre a medida de consultório (hipertensão avental branco) e a medida domiciliar; 4. HAS refratária ao tratamento; 5. HAS que evolui em crises; 6. História de tonturas e síncopes; 7. Avaliação terapêutica. Diretoria de Integração Cooperativista 24 D) Holter 1. Arritmias; 2. Insuficiência coronariana; 3. Síncopes. E) Cintilografia Perfusional Miocárdia (Com TálioTálio-201 ou TecnécioTecnécio-99) 1. Teste de esforço convencional alterado; 2. Isquemia residual em infartos; 3. Pós-infarto não complicado visando estratificação de risco; 4. Dor torácica atípica com teste de esforço alterado, inconclusivo 5. Dor com ECG de repouso anormal (Wolf-Parkinson-White, bloqueio de ramo, impregnação digitálica) 6. Avaliação pós-terapêutica: angioplastia ou cirurgia de revascularização; 7. Prolapso valvar mitral com TE isquêmico. Observação: O TE ainda não é a técnica de escolha sempre que possível. A partir de seus resultados ou suas contra-indicações e limitações, serão utilizados os métodos de imagem por meio do Ecocardiograma ou da Medicina Nuclear, bem como o Holter. 10. Não autorizar dois códigos no caso de colocação de filtro de veia casa + arteriografia. Diretoria de Integração Cooperativista 25 11. Pagamento de honorários médicos para avaliação de marca-passo: a remuneração da avaliação está inclusa na consulta médica do avaliador. Diretoria de Integração Cooperativista 26 6 – Cirurgia BucoBuco-MaxiloMaxilo-Facial 1) O Colégio Nacional de Auditores Médicos Unimed concluiu que nas cirurgias de fraturas Lefort I, II ou III existe a necessidade de um médico cooperado responsável pelo paciente, conforme parecer do Conselho Federal de Medicina, entendendo que nas urgências pode-se autorizar a realização dos procedimentos acima por um odontólogo. Diretoria de Integração Cooperativista 27 7 – Cirurgia Cardíaca – Hemodinâmica 1. Nos casos da realização do procedimento Implante de Endoprótese Intracoronariana, somente será autorizado o código CBHPM 3.09.12.18-0 (Recanalização arterial no IAM por angioplastia com implante de stent), pois entende-se que o ato de implantação do stent já está incluído na angioplastia. 2. Stents coronarianos revestidos com drogas – Indicações de uso e efetividade. Não há evidências disponíveis para estabelecer diferença significativa de resultado com o uso de Stent como rapamicina e Stent com Taxol. Os dois stents são nacionalizados e a recomendação para o Intercâmbio Nacional é para o pagamento do de menor valor. APROVADA A RECOMENDAÇÃO DA CÂMARA DE MEDICINA BASEADO EM EVIDÊNCIA 3. Levosimendan - SIMDAX Não existe literatura médica suficiente até o momento que recomende a utilização deste medicamento. Abaixo, estudo realizado pela Unimed Belo Horizonte e autorizado sua divulgação pela Unimed do Brasil. APROVADA A RECOMENDAÇÃO DA CÂMARA DE MEDICINA BASEADO EM EVIDÊNCIA 4. Efetividade da ressincronização cardíaca no tratamento da insuficiência cardíaca. APROVADA A RECOMENDAÇÃO DA CÂMARA DE MEDICINA BASEADO EM EVIDÊNCIA 5. Eletrofisiológico Cardíaco Diretoria de Integração Cooperativista 28 1) CBHPM 3.09.11.11-7: Estudo eletrofisiológico do sistema de condução com ou sem ação farmacológica. Porte 7C; Nº de Aux: 1; Porte Anestésico: 3. 2) CBHPM 3.09.11.15-0: Mapeamento de feixes anômalos e focos ectópicos por eletrofisiologia intracavitária, com provas. Porte 9C; Nº de Aux: 1; Porte Anestésico: 3. 3) CBHPM 3.09.12.01-6: Ablação de circuito arritmogênico por cateter de radiofreqüência. Porte 11C; Nº de Aux: 2; Porte Anestésico: 5 Valorar os três códigos acima descritos em 100%. 4) Havendo necessidade da Punção Trans-septal, utilizar o código 3.09.12.16-4 com valoração de 50%. Diretoria de Integração Cooperativista 29 8 – Cirurgia do Aparelho Aparelho Digestivo 1. Hiatoplastia – liberar apenas o código CBHPM 3.10.02.20-0 2. Cardioplastia – liberar apenas o código CBHPM 3.10.02.20-0 3. Obesidade Mórbida - Gastroplastia 3.10.02.21-8 – Gastroplastia para obesidade mórbida - qualquer técnica 3.10.02.21-8 – Gastroplastia para obesidade mórbida - qualquer técnica + Colecistectomia (se realizada) Valores: • Cirurgião: porte 10 C • Auxiliares - 2 • Porte anestésico - 6 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.766/05 (Publicada no D.O.U., 11 jul 2005, Seção I, p. 114) Estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos aceitos e equipe. O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268/57, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958, e CONSIDERANDO que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional (Art.2º do CEM); CONSIDERANDO que o médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente (Art.5º do CEM); Diretoria de Integração Cooperativista 30 CONSIDERANDO que é vedado ao médico efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida (Art. 46 do CEM); CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina é órgão supervisor da ética profissional em toda a República e, ao mesmo tempo, julgador e disciplinador da classe médica, cabendo-lhe zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerça legalmente (Art.2º da Lei nº 3.268/57); CONSIDERANDO a necessidade de normatização do tratamento cirúrgico da obesidade mórbida; CONSIDERANDO o parecer aprovado na sessão plenária de 13/05/05, Resolve: Art. 1º - Normatizar, nos termos dos itens do anexo desta resolução, o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. Art. 2º - Novos procedimentos serão analisados pela Câmara Técnica sobre Cirurgia Bariátrica para Tratamento de Obesidade Mórbida. Art. 3º - O paciente e seus familiares devem ser esclarecidos sobre os riscos da Cirurgia e a conduta a ser tomada no pós-operatório. Art. 4º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Brasília-DF, 13 de maio de 2005. Dr. Edson de Oliveira Andrade Dra. Lívia Barros Garção Presidente Presidente 1- INDICAÇÕES GERAIS Pacientes com Índice de Massa Corpórea (ICM) acima de 40 kg/m2. Diretoria de Integração Cooperativista 31 Pacientes com IMC maior que 35 kg/m2 e co-morbidades (doenças agravadas pela obesidade e que melhoram quando a mesma é tratada de forma eficaz) que ameacem a vida, tais como diabetes, apnéia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, osteo-artrites e outras. Idade.– maiores de 18 anos. Idosos e jovens entre 16 e 18 anos podem ser operados, mas exigem precauções especiais e o custo/benefício deve ser muito bem analisado. Obesidade estável há pelo menos cinco anos. Pelo menos dois anos de tratamento clínico prévio, não eficaz. Ausência de drogas ilícitas ou alcoolismo. Ausência de quadros psicóticos ou demenciais graves ou moderados. Compreensão, por parte do paciente e de seus familiares, dos riscos e mudanças de hábitos inerentes a uma cirurgia de grande porte e da necessidade de acompanhamento pós-operatório com a equipe multidisciplinar por toda a vida do paciente. 2 - RISCO CIRÚRGICO Deve ser compatível com o procedimento cirúrgico proposto e ausência de doenças endócrinas de tratamento clínico. 3 - EQUIPE Precisa ser capacitada para cuidar do paciente nos períodos pré e transoperatório, e fazer o seguimento do mesmo. Composição: cirurgião com formação específica, clínico, nutrólogo e/ou nutricionista, psiquiatra e/ou psicólogo, fisioterapeuta, anestesiologista, enfermeiros e auxiliares de enfermagem familiarizados com o manejo desses pacientes. 4 - HOSPITAL Diretoria de Integração Cooperativista 32 Precisa apresentar condições adequadas para atender obesos mórbidos, bem como possuir UTI e aparelho anestésico regulável para ciclagem com grandes volumes e baixa pressão. 5 - PROCEDIMENTOS ACEITOS A) RESTRITIVOS. 1- Balão intragástrico Colocação de um balão intragástrico com cerca de 500 ml de líquido, com 10% de Azul de Metileno, objetivando diminuir a capacidade gástrica do paciente, provocando a saciedade e diminuindo o volume residual disponível para os alimentos. Método provisório: o balão deve ser retirado no prazo máximo de seis meses. Indicação: adjuvante do tratamento de perda de peso, principalmente no preparo pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m2), com associação de patologias agravadas e/ou desencadeadas pela obesidade mórbida. Contra-indicações: esofagite de refluxo; hérnia hiatal; estenose ou divertículo de esôfago; lesões potencialmente hemorrágicas como varizes e ângiodisplasias; cirurgia gástrica ou intestinal de ressecção; doença inflamatória Intestinal; uso de antiinflamatórios, anticoagulantes, álcool ou drogas e transtornos psíquicos. Complicações: aderências ao estômago; passagem para o duodeno; intolerância ao balão, com vômitos incoercíveis; úlceras e erosões gástricas; esvaziamento espontâneo do balão; obstrução intestinal por migração do balão; perfuração gástrica; infecção fúngica em torno do Balão. VIA DE ACESSO: endoscópica. 2- Gastroplastia vertical bandada ou cirurgia de mason Diretoria de Integração Cooperativista 33 Nestes procedimentos é criado um pequeno reservatório gástrico na região da cárdia, com capacidade em torno de 20 ml, regulando-se a saída por um anel de polipropileno. Estas cirurgias provocam cerca de 20% de perda de peso. Indicações: pacientes não compulsivos, que não tenham o hábito de ingestão de doces em abundância e não se desviem da orientação nutricional, ingerindo líquidos ricos em calorias; caso contrário, os resultados são desanimadores. Vantagens: causa mínimas alterações metabólicas, com baixa morbimortalidade e baixo custo. Procedimento reversível, preserva a absorção e a digestão. O estômago e o duodeno permanecem acessíveis à investigação endoscópica e radiológica. Desvantagens: perda de peso insatisfatória (menos de 50% do excesso de peso) por fístula gastrogástrica ou por intolerância progressiva maior à ingestão de líquidos ou pastosos hipercalóricos; maior ocorrência de vômitos; possibilidade de deiscência das linhas grampeadas, seguida de complicações intra-abdominais; procedimento inadequado tanto para pacientes que ingerem muito doce como para portadores de esofagite de refluxo. Vias de acesso: convencional (laparotômica) ou por videocirurgia. 3- Banda Gástrica Ajustável Ajustável É uma prótese de silicone que, colocada em torno do estômago proximal, faz com que este passe a ter a forma de uma ampulheta ou uma câmara acima da banda. O diâmetro interno da banda pode ser regulado no pós-operatório por injeção de líquido no reservatório situado no subcutâneo, de fácil acesso. Vantagens: método reversível, pouco agressivo, permite ajustes individualizados no diâmetro da prótese. Com sua retirada é possível realizar de outros procedimentos bariátricos, mínimas repercussões nutricionais. Não Diretoria de Integração Cooperativista 34 há secção e sutura do estômago. Baixa morbimortalidade operatória e retorno precoce às atividades habituais. Desvantagens: custo elevado; perda de peso freqüentemente insuficiente a longo prazo; exige estrita cooperação do paciente em seguir as orientações dietoterápicas; riscos inerentes ao uso permanente de corpo estranho; inadequada para pacientes que ingerem muito doce e/ou apresentam esofagite de refluxo e hérnia hiatal; possibilidade de ocorrência de complicações a longo prazo, como migração intragástrica da banda, deslizamento da banda e complicações com o reservatório. Via de acesso: convencional (laparotômica) ou por videocirurgia. B) CIRURGIAS DISABSORTIVAS: Essas cirurgias (PAYNE OU BYPASS JEJUNO-JEJUNAL) estão proscritas em vista da alta incidência de complicações metabólicas e nutricionais a longo prazo. O princípio fundamental das mesmas é a perda, pelas fezes, das calorias ingeridas. As complicações ocorrem pela grande quantidade de intestino desfuncionalizado, que leva a um supercrescimento bacteriano no extenso segmento intestinal excluído, provocando alta incidência de complicações digestivas, tais como diarréia, cirrose, pneumatose intestinal e artrites. Pelo exposto, não mais devem ser realizadas. C) CIRURGIAS MISTAS. As cirurgias mistas para tratamento de obesidade mórbida associam restrição e disabsorção em maior ou menor grau do intestino, dependendo da técnica empregada e da extensão do intestino delgado excluído do trânsito alimentar. 1 - CIRURGIA MISTA COM MAIOR COMPONENTE RESTRITIVO Esse grupo de cirurgias compreende as diversas modalidades de bypass gástrico com reconstituição do trânsito intestinal em “Y de Roux”. Diretoria de Integração Cooperativista 35 ➣ CIRURGIAS MAIS EMPREGADAS: Cirurgia de Fobi, Cirurgia de Capella e Cirurgia de Wittgrove e Clark Estas cirurgias, além da restrição mecânica representada pela bolsa gástrica de 30 a 50 ml, restringem a alimentação por meio de um mecanismo funcional do tipo Dumping (mal-estar provocado pela ingestão de alimentos líquidos ou pastosos hipercalóricos) e, ainda, pela exclusão da maior parte do estômago do trânsito alimentar. Com isso, o hormônio ghrelina, que aumenta o apetite e é produzido no estômago sob estímulo da chegada do alimento, tem sua produção minimizada. Pode-se acrescentar um anel estreitando a passagem pelo reservatório antes da saída da bolsa para a alça jejunal – o que retarda o esvaziamento para sólidos, aumentando, ainda mais, a eficácia dos procedimentos. Vantagens: perda de peso adequada e duradoura, com baixo índice de insucesso. Tratam a doença do refluxo. São eficientes em comedores de doces e têm baixo índice de complicações a longo prazo. Fácil controle metabólico e nutricional do paciente. São reversíveis, embora com dificuldade técnica. Apresentam ótimos resultados em termos de melhora da qualidade de vida e das doenças associadas. São as mais usadas no Brasil e nos Estados Unidos, com maior tempo de acompanhamento. Desvantagens: tecnicamente mais complexas; acesso limitado ao estômago e ao duodeno para métodos radiológicos e endoscópicos; passíveis de complicações como deiscência de suturas; maiores chances de deficiências protéicas e anemia do que as cirurgias restritivas. Vias de acesso: convencional (laparotômica) ou videocirurgia. 2- CIRURGIA MISTA COM MAIOR COMPONENTE DISABSORTIVO São procedimentos que envolvem menor restrição da capacidade gástrica, o que permite maior ingestão alimentar, com predomínio do componente disabsortivo. Diretoria de Integração Cooperativista 36 ➣ CIRURGIAS MAIS USADAS: • Cirurgia de scopinaro (derivação bílio-pancreática com gastrectomia distal). • Cirurgia de Duodenal-Switch (derivação bílio-pancreática com gastrectomia vertical da grande curvatura e preservação do piloro). Nestas cirurgias o intestino delgado é seccionado a cerca de 250 cm da válvula íleo-cecal. O segmento distal é anastomosado ao estômago. O • segmento proximal é anastomosado ao íleo a 50, 100 ou 150 cm da válvula íleo-cecal, dependendo da técnica escolhida. Vantagens: não há restrição de alimentos ingeridos; muito eficazes em relação à perda de peso e manutenção a longo prazo; reservatório gástrico completamente acessível aos métodos de investigação radiológica e endoscópicos. Desvantagens: mais sujeitos a complicações nutricionais e metabólicas de difícil controle; maior chance de haver deficiência de vitamina B12, cálcio, e ferro; maior chance de haver desmineralização óssea; alta incidência de úlcera de boca anastomótica; aumento do número de evacuações diárias, com fezes e flatos muito fétidos. Itens que devem ser avaliados na Perícia Médica: • Preenchimento dos critérios de indicação para tratamento cirúrgico. • Técnica cirúrgica programada. • Procedimentos concomitantes. • Nível de orientação e esclarecimento do cliente sobre o tratamento. • Aspectos psiquiátricos inerentes. Deve ser preenchido pelo médico e paciente um formulário, que contenha declaração (médica e do usuário) e assinatura de ambas as partes sobre a Diretoria de Integração Cooperativista 37 opção da realização ou não da cirurgia para evitar possíveis processos judiciais. O profissional médico deve comprovar ‘’Curso de Especialização`` reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica ou comprovação da realização de 50 cirurgias, no mínimo. O procedimento será liberado em regime de internação, com liberação inicial de 4 (quatro) dias. * Recomenda-se seguir o Protocolo Clínico - Indicação de tratamento cirúrgico da Obesidade Mórbida (Gastroplastia) publicado pelo Ministério da Saúde, Portaria vigente. Autorização: • Solicitação do médico cooperado cirurgião geral em Guia Única de Serviços. • Perícia médica programada a ser realizada pelo médico auditor da Unimed Prestadora do atendimento. 4. O código do ajuste de banda gástrica deve ser o mesmo da Paracentese Abdominal – CBHPM 3.10.09.24-7. Nos casos de Recolocação da banda gástrica foi aprovado pagar o mesmo código da Colocação de Banda Gástrica – CBHPM 3.10.02.01-3. Diretoria de Integração Cooperativista 38 9 – Cirurgia Geral 1. A UNIMED pagará taxa de sala para cirurgias ambulatoriais porte 0 (em Pronto-Socorro e em Clínicas, quando houver sala cirúrgica específica), respeitando a singularidade de cada UNIMED. 2. Os curativos de pós-operatórios, bem como a retirada de pontos, têm os honorários médicos incluídos no valor da cirurgia. 3. A UNIMED pagará curativo pós-operatório e retirada de pontos aos hospitais e/ou clínicas, para cobrir gastos de materiais, conforme contrato individual entre o hospital/a clínica credenciada e a UNIMED. 4. Para todas as cirurgias múltiplas de caráter eletivo, será necessário parecer da auditoria médica local e solicitação e autorização da UNIMED Origem. 5. Nos procedimentos cirúrgicos em que houver retirada de peças, deverá ser solicitado exame anatomo patológico. 6. Todo relatório de gastos e materiais do centro cirúrgico deverá ser assinado pelo cirurgião; a folha de anestesia, pelo anestesista. 7. Os gastos de sala , quando exagerados (fora do padrão), deverão ser justificados pelo cirurgião na descrição da cirurgia. 8. No relatório cirúrgico e anestésico deverão constar: ➣ Dados pessoais do usuário; ➣ Diagnóstico e CID; ➣ Relatório de cirurgia; ➣ Relatório da anestesia; ➣ Tempo de cirurgia; ➣ Boletim de sala de recuperação pós-anestésica (permanência mínima de 30 minutos); ➣ Se teve alta após, ou se foi transferido para a unidade; Diretoria de Integração Cooperativista 39 ➣ Na folha de anestesia, deverá constar o nome e o volume dos halogenados utilizados, o nome e o volume do antiemético e o nome e a quantidade de descartáveis, juntamente com a rubrica do anestesista. 9. Analisar com muito cuidado as Cirurgias de Hérnias para descrição cirúrgica. ➣ Herniorrafia com ressecção intestinal – estrangulada ............3.10.09.07-7 ➣ Herniorrafia sem ressecção intestinal – encarcerada ............3.10.09.15-8 ➣ Herniorrafia recidivante ...........................................................3.10.09.14-0 10. Ressutura da parede abdominal (por deiscencia total ou evisceracao) (CBHPM 3.10.09.29-8). Paga-se somente quando envolver anestesia. 11. Protocolo Pré-Cirúrgico ➣ Criança e paciente abaixo de 40 anos que não possuem história anterior de sangramento – indica-se exclusivamente hematócrito (até 2 meses anteriores); ➣ 41 a 60 anos – indica-se solicitar hematócrito e ECG; ➣ acima de 60 anos – incluir RX do tórax, creatinina e glicemia. 12. Pagamento da Taxa de Sala: será pago 100% para o maior procedimento e 50% para o menor, desde que realizadas por equipes distintas. 13. Eletrocoagulação. Utilização de eletrocoagulação e da lâmina de shaving no mesmo procedimento para a mesma lesão.. Foi consensuado que não se paga os dois procedimentos, apenas um código para cada lesão. 14. Xigris – foi aprovado adotar o trabalho da AMB para o Intercâmbio Nacional, e será autorizado somente mediante as indicações previstas. cirurgias as acima de 1 hora e 15. Taxa de hora adicional de centro cirúrgico para cirurgi 6 horas: horas não se paga taxa de hora adicional de centro cirúrgico. 16. Taxa de sala de recuperação no centro cirúrgico em cirurgia ambulatorial: conforme procedimento. 17. Taxa de RX na sala de cirurgia: não se paga. Diretoria de Integração Cooperativista 40 18. Taxa de sala – multiplicidade: será pago 100% do maior procedimento da primeira equipe e 50% do maior procedimento da segunda equipe. 19. Não será permitida a cobrança de taxas de insumos cirúrgicos e ambulatoriais no Intercâmbio Nacional. Diretoria de Integração Cooperativista 41 10 – Cirurgia Cirurgia Plástica 1) Não há cobertura para cirurgia plástica estética, nem para mamoplastia por problemas ortopédicos. Todas as solicitações referentes ao procedimento de mamoplastia redutora devem obrigatoriamente submeter-se à perícia médica com cirurgião plástico e as participações de ortopedista e ginecologista ou mastologista. 2) Para os procedimentos múltiplos, a UNIMED obedecerá à tabela de Honorários Médicos Unimed vigente na data do atendimento; 3) Para curativos de queimados realizados por médico cooperado, a UNIMED obedecerá à Tabela de Honorários Médicos Unimed vigente. Diretoria de Integração Cooperativista 42 11 – Cirurgia Torácica 1 – Toracotomia – Drenagem de Tórax e Retirada de dreno Fica deliberado que a retirada do dreno de tórax é inerente ao ato inicial, ou seja, drenagem de tórax Diretoria de Integração Cooperativista 43 12 – Consulta Médica 1. A entrega e a avaliação de exames complementares solicitadas pelo próprio médico não serão consideradas como consulta. 2. Deverão ser respeitadas as instruções gerais nas especialidades em que estão cadastrados os profissionais. 3. Quando as consultas forem realizadas com usuário excluído de posse do cartão de identificação dentro do prazo de validade, a UNIMED deverá pagar o procedimento. 4. Consulta marcada e não comparecida (ato médico não-realizado) não poderá ser cobrada e, conseqüentemente, não será paga. 5. Serão pagas 2 consultas realizada por um mesmo usuário em um mesmo prestador pela mesma patologia, dentro de um período 30 (trinta) dias, independente do tempo em que forem realizadas. 6. Atendimento eletivo e solicitação de exames por médico não-cooperado: autorizar apenas quando não existir especialista cooperado na região e de acordo com o estabelecido na Lei 9.656/98. 7. A consulta decorrente da alta hospitalar deve ser paga. 8. Quando o cooperado realizar consulta e procedimento ao mesmo tempo, a UNIMED pagará: Quando eletivo: consulta + procedimento Quando urgência: consulta (valor da consulta em pronto socorro) + procedimento. 9. A realização da consulta pré-anestésica deverá ser feita pelo cooperado em ambiente apropriado (consultório). 10. A realização da consulta pré-anestésica deverá ser feita antes da cirurgia eletiva agendada. Nessa consulta deverão constar: anamnese; dados vitais, exame físico, análise de exames solicitados pelo cirurgião executante e/ou Diretoria de Integração Cooperativista 44 clínico/cardiologista que acompanhava o paciente ou avaliou o mesmo. Foi consensuado adotar a Resolução 1.802/06 do Conselho Federal de Medicina. 11. A critério do anestesiologista poderão ser solicitados exames adicionais ou contra referência ao clínico/cardiologista ou cirurgião executante. Nessa circunstância, em um eventual retorno do paciente com o anestesiologista, não será paga nova consulta pré-anestésica para uma mesma proposição cirúrgica eletiva. 12. Não será paga consulta pré-anestésica aos pacientes que serão submetidos às cirurgias de emergência ou à internação clínica em caráter de urgência que evoluiu para um tratamento cirúrgico. Nesse item, seguem-se as instruções gerais contidas nas tabelas AMB e LPM na especialidade Anestesiologia: “O ato anestésico se inicia com a visita pré-anestésica, prossegue com a administração da técnica anestésica indicada, que compreende o acesso venoso, intubação traqueal (quando indicada), instalações de controles e equipamentos necessários à anestesia e administração de drogas, encerrando-se com a recuperação dos parâmetros vitais, exceto nos casos que haja indicação de seguimentos em UTI”. 13. Consulta de retorno - Na realização de consultas de um mesmo usuário, por um mesmo prestador, pela mesma patologia dentro de um período inferior ou igual a 20 (vinte) dias incluindo o dia da realização da consulta, exceto consultas em pronto socorro. Diretoria de Integração Cooperativista 45 13 – Dematologia Clínica – Cirúrgica 1. Não há cobertura contratual para tratamentos dermatológicos estéticos e cosméticos. 2. Excisão e sutura com plástica em “Z” (zetaplastia), somente quando houver cicatriz sob tensão, com limitação funcional. Deverá haver perícia médica. 3. As rotações de retalho serão autorizadas quando houver dificuldade na aproximação das bordas da ferida cirúrgica ou então próximas dos olhos, da boca, do nariz (orifícios naturais). 4. Para o código CBHPM 3.01.01.92-1(Exérese e sutura de hemangioma, linfangioma ou nevus (por grupo de até 5 lesões), liberar somente se pelo menos uma das lesões (até 5) tiver 1 (um) cm de diâmetro no seu maior eixo. Se as lesões forem menores, liberar com código CBHPM 3.01.01.49-2 (Exerese e sutura simples de pequenas lesoes, grupo de ate 5 lesoes). Obs.: Nevus rubi é considerado estético (extração). Somente autorizar se houver sangramento, área de atrito ou friabilidade. 5. Para excisão e sutura de unha encravada para dobra ungueal, liberar com o código CBHPM 3.07.22.18-7 (mão) ou CBHPM 3.07.29.07-6 (pé) (Cantoplastias). 6. Cauterização química, código CBHPM 3.01.01.10-7 e eletrocoagulação CBHPM 3.01.01.29-8 estão limitadas a 2 (dois) grupos de 5 (cinco) lesões. Na necessidade de mais grupos, deverá haver perícia prévia. 7. Quando for solicitado exame anatomo patológico, pagar o correspondente ao número de peças solicitado. 8. P.U.V.A. para Vitiligo e Psoríase: será liberado de acordo com a solicitação do médico-assistente. Para alopécia, não será liberada P.U.V.A.. 9. Nos códigos de cirurgia plástica que encontram correspondentes em dermatologia e desde que não seja na face ou pescoço, sugerimos a Diretoria de Integração Cooperativista 46 liberação como procedimento dermatológico. O porte de sala é menor e o valor pago ao médico é o mesmo. Desconsiderar este item, pois a CBHPM não contempla os procedimentos por especialidades. Portanto, para os procedimentos acima, os códigos correspondentes da CBHPM encontram-se no capítulo 3 (3.01.01........). 10. Botox: os membros do Código Nacional de Auditores Médicos Unimed definiram que será utilizado o protocolo do Ministério da Saúde, conforme abaixo: ➣ Ação da TBA • Bloqueio transitório da liberação da acetilcolina na terminação pré-sináptica; duração de 3 a 6 meses. ➣ Indicações (evidência grau A) • Hipertonia espática em grupos musculares ou músculos localizados interferindo nas AVDs, ou hipertonia de antagonistas interferindo nas atividades funcionais. • Falha dos métodos conservadores no controle da amplitude de movimento com risco de deformidade. • Efeitos adversos da medicação oral, ou falha no controle da espasticidade por meio de medicamentos VO. Diretoria de Integração Cooperativista 47 ➣ Outras indicações: • distonias • torcicolo espasmódico • blefaroespasmo • espasmo hemifacial A indicação para enxaqueca não tem grau de evidência recomendado, portanto, não será autorizada. ➣ ContraContra-indicações: • Absolutas: alergia, infecção local, gravidez, estado vegetativo, lesão medular completa e espasticidade abaixo da lesão. • Relativas: doença neuro-muscular associada, coagulopatia, falta de colaboração, contraturas fixas, lactação, uso de potencializadores, calcificação heterotópica produzindo anquilose da articulação nos músculos que se pretende injetar. Código: 25.09.004-6 (bloqueio fenólico ou TBA de pontos motores) = 175 CH ➣ Critérios para normatização: • uso de guia de eletroestimulação ou EMG para localização muscular a critério do MA e sem honorário adicional • agulha de eletroestimulação teflon-coated (Teca ou A50 stimuplex B/Braun) e toxina botulínica não são fornecidas • fisiatras, neurologistas, ortopedistas e anestesiologistas autorizados ➣ Autorização do procedimento • Deve ser especificado o padrão de espasticidade, a patologia e respectivo CID, músculos que se pretende injetar e a resposta funcional esperada; • máximo de 5x o código por paciente; • pode ser solicitado exame pericial prévio se a auditoria julgar necessário; • deve ser respeitado intervalo mínimo de 4 meses entre cada sessão; • o medicamento será liberado somente para pacientes internados. ➣ Procedimento Procedimento bilateral • somente os pacientes classificados no CID G80.1, G82.1 e G82.4, desde que não possuam contra-indicações Diretoria de Integração Cooperativista 48 • duplicidade do código apenas nos padrões espásticos dos MsSs e MsIs, não se aplicando na face, cabeça e pescoço • permanece o máximo de 5 x o código por paciente ➣ Padrões usuais de espasticidade nos MsSs ➣ Padrões usuais de espasticidade nos MsIs Diretoria de Integração Cooperativista 49 ➣ Padrões usuais de espasticidade nos MsSs ➣ Cabeça e Pescoço ➣ Face Diretoria de Integração Cooperativista 50 14 – Endoscopia Digestiva Deve ser o primeiro exame a ser solicitado na suspeita de patologias esofágicas, gástricas e duodenais. 1. Investigação de anemia ferropriva ou megaloblástica (gastrite atrófica, lesão sangrante, doença celíaca); 2. Diagnóstico de hemorragia digestiva alta; 3. 1º em paciente com enterorragia volumosa, pois pode ser manifestação de HDA; 4. Controle pós-tratamento de Helicobacter pylori (após 90 dias); 5. Controle de úlcera gástrica. Tendo em vista a neoplasia, pode- se fazer controle com menor prazo; 6. Lesão suspeita de neoplasia em esôfago, estômago e duodeno com anatomopatológico negativo - deve ser repetida em seguida; 7. Controle de Barret: • Sem displasia ou sem lesão suspeita em duas endoscopias sistematizadas: a cada 12 – 24 meses; • Com displasia leve: 4 a 6 meses nova endoscopia e, após, a cada 12 meses, na pendência do resultado histopatológico; • Com displasia moderada ou grave: cirurgia ou seguimento endoscópico a cada 3 meses; • Controle de gastrite atrófica: sem lesão suspeita, em 12 a 18 meses;. 8. Os exames endoscópicos estão estimados em 50% do total de consultas quando autogerados; 9. Não há pagamento diferenciado para videoendoscopia; 10. Para o teste da urease utiliza-se o código CBHPM 4.02.02.61-5; Diretoria de Integração Cooperativista 51 11. Paga-se biópsia independentemente do número de fragmentos ou áreas biopsiadas. Em caso de úlcera gástrica, deve ser pago por lesão, independente do segmento comprometido; 12. Em caso de procedimento diagnóstico por meio de colonoscopia, paga-se o segmento anatômico. Se houver associação de procedimento, segue-se a regra das Instruções Gerais editada pela Comissão de Implantação da CBHPM. INDICAÇÃO DE COLONOSCOPIA: • Alteração e alternância do ritmo intestinal; • Enterorragia; • Sangue oculto nas fezes positivo; • Anemia ferropriva sem explicação; • Dor abdominal persistente; • Achados de patologia ao enema opaco; • História familiar de neoplasia de cólon; • Pós-operatório de neoplasia de cólon; • Achado de pólipo na retossigmoidoscopia, devido à alta incidência de pólipos múltiplos; • Segmento de paciente com diagnóstico prévio de pólipo; • Acompanhamento de Doenças Inflamatórias Intestinais. (RCUI e D. Crohn); • Aumento do CEA. Obs.: no Intercâmbio Nacional a realização do exame de colonoscopia com necessidade de sedação, será pago, desde que haja comprovação da utilização de anestesia e a justificativa médica. Diretoria de Integração Cooperativista 52 13. Quando existir diagnóstico prévio de lesão endoscópica e for realizado procedimento terapêutico, paga-se apenas o procedimento. 14. No caso de polipectomia (CBHPM 4.02.02.55-0 e 4.02.02.54-2) o pagamento deve ser por grupo de até cinco pólipos ressecados, sendo necessário exame anátomo-patológico. 15. A presença do anestesista para a realização da endoscopia digestiva alta será liberada, somente quando for devidamente justificada pelo médico assistente. 16. pH-METRIA ESOFÁGICA DE 24 HORAS: Exame padrão ouro (gold standard) para diagnóstico de Doença do Refluxo Gastroesofágico - DRGE. (Utilizar o I CONSENSO BRASILEIRO DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO para análise das solicitações.). Não há indicação de pH-metria quando a EDA já estabelecer o diagnóstico de refluxo. 17. MANOMETRIA ESOFÁGICA: Indicada em suspeita de alterações motoras esofágicas tais como: dor torácica não-cardíaca, disfagia em pacientes com endoscopia normal, suspeita de acalásia, pré-operatório de fundoplicatura, localização do esfíncter inferior do esôfago para pH-metria, para pesquisa de hérnia hiatal com endoscopia não-conclusiva. 18. USG COM DOPPLER: NÃO DEVE SER SOLICITADA para investigação de DRGE, pois não detecta lesão da mucosa secundária ao refluxo detectada pela endoscopia; além disso, o período de 10 minutos é insuficiente para diagnóstico de DRGE, pois pode dar falso positivo e falso negativo, visto que 100% das pessoas têm refluxo fisiológico de até 47 episódios e/ou 4% do período de 24 horas. As últimas diretrizes (guidelines) da Sociedade Americana de Gastroenterologia nem citam o método. 19. COLANGIOPANCREATOGRAFIA ENDOSCÓPIA, este procedimento deve ser liberado, conforme segue: • Código: CBHPM 4.02.02.51-8 (Papilotomia Endoscópica - para retirada de cálculos coledocianos ou drenagem biliar). Diretoria de Integração Cooperativista 53 • O pagamento dos honorários do anestesista equivale ao Porte 3 e, mais o pagamento de 1/3 (um terço) do valor do Papilótomo. Diretoria de Integração Cooperativista 54 15 – Fisiatria 1. Todos os procedimentos fisioterápicos deverão ser acompanhados de solicitação médica devidamente especificada, visto que a prescrição de fisioterapia é ato médico. 2. As patologias da coluna vertebral devido a desvios posturais receberão o código CBHPM 2.01.03.18-2, bem como as solicitações de RPG (Reeducação Postural Global). O diagnóstico deve ser claro e justificado. 3. As patologias da coluna lombo-sacra (lombalgias e lombociatalgias) e as radiculopatias receberão o código CBHPM 2.01.03.50-6. 4. O código CBHPM 2.01.03.51-4 só será utilizado quando houver concomitância de repercussão da patologia em um segmento da coluna vertebral, em conjunto com mais de um membro. 5. As patologias afetando mais de um membro receberão o código CBHPM 2.01.03.49-2. 6. Com relação aos sistemas de auxílio à cinesioterapia respiratória, a UNIMED não pagará Flutter, Treshold, máscaras EPAP, CPAP e válvulas de PEEP, por serem órteses respiratórias (não cobertas pelos planos; além disso, são equipamentos passíveis de esterilização e reutilização). 7. Por se tratar de procedimento estético, não será liberada sessão de fisioterapia para ganho muscular. 8. A hidroterapia poderá ser liberada por ser considerada uma técnica de fisioterapia, porém, deve-se observar se o paciente possui indicação para sua realização. O código a ser liberado deve constar do Rol de Procedimentos Médicos Unimed. 9. O procedimento biofeedback (CBHPM 2.01.03.13-1), deve ser liberado no máximo 10 (dez) sessões para o Intercâmbio Nacional, pois considera-se o número de sessões necessárias para o correto aprendizado dos exercícios, sob acompanhamento especializado. Este procedimento é indicado nos Diretoria de Integração Cooperativista 55 casos de incontinência urinária de esforço e mista. O estudo urodinâmico é muito importante na classificação dos tipos de incontinência urinária e para a liberação da fisioterapia. Diretoria de Integração Cooperativista 56 16 – Ginecologia e Obstetrícia 1. Não há cobertura contratual para tratamento e cirurgias para controle de infertilidade e esterilidade e suas conseqüências. 2. Exame a Fresco: limitado a 20% das consultas (exame autogerado). Somente haverá utilidade para os casos de tricomoníase e monilíase, não cabendo a cobrança rotineira na consulta médica. 3. Cauterização do Colo do Útero (CBHPM 3.13.03.19-6). Não serão pagos gastos ou curativos após o procedimento realizado. Não se paga taxa de sala. 4. Para Incontinência Urinária (CBHPM 3.11.03.35-9) associada com retocistocele e rotura perineal (CBHPM 3.11.03.37-5), pagar apenas o código 3.11.03.37-5; 5. Para Colpoplastia Anterior (3.13.02.04-1) e Colpoplastia Posterior (3.13.02.05-0), pagar 100% para o primeiro procedimento e 70% para o segundo procedimento. 6. Em Laparoscopia a UNIMED pagará: ➣ Quando diagnóstica: laparoscopia ➣ Quando Cirúrgica: somente o procedimento, utilizando os códigos conforme o procedimento convencional. 7. Em procedimento de urgência/emergência emitir o laudo em 24 horas, acompanhado dos exames complementares (quando se fizer necessário). Na ausência deles, cabe à auditoria médica a decisão de não autorizar o referido laudo ou glosar os honorários médicos. 8. Rotina para laudos em gineco-obstetrícia Diretoria de Integração Cooperativista 57 As patologias abaixo necessitam acompanhamento de exames complementares que devem ser sempre solicitados por meio de laudos. Lembramos que em todo procedimento endoscópico, o diagnóstico deverá acompanhar o laudo e, quando for cirúrgico, deverá acompanhar laudo e anatomo patológico. • 16.1. Terapia Ambulatorial 4.02.01.15-5 Histeroscopia diagnóstica com ou sem biopsia 3.13.03.19-6 Cauterização química, ou eletrocauterização, ou criocauterização de lesões de colo uterino (por sessão) 3.13.03.18-8 Histeroscopia cirúrgica com ressectoscopio para miomectomia, polipectomia, metroplastia e endometrectomia 3.13.07.20-5 Liberação laparoscopica de aderências pélvicas com ou sem ressecçãoo de cistos peritoneais ou salpingolise Laparoscopia cirúrgica para miomectomia, salpingectomia e ooforectomia. 16.2. Cirurgia Ginecológica • Vulva 3.13.01.12-6 Vulvectomia ampliada 3.13.01.13-4 Vulvectomia simples • Útero 3.13.03.05-6 Curetagem uterina (se tiver exames) 3.13.03.11-0 Histerectomia total ampliada 3.13.03.10-2 Histerectomia total 3.13.03.08-0 Histerectomia subtotal 3.13.07.09-4 Ligamentopexia pélvica Diretoria de Integração Cooperativista 58 3.13.03.12-9 Histerectomia total com anexetomia uni ou bilateral 3.13.03.14-5 Miomectomia uterina 3.13.07.03-5 Culdoplastia (Mac Call, Moschowicz, etc). • Trompas 3.13.04.03-6 Recanalização tubária (qualquer técnica), uni ou bilateral (com microscópio ou lupa) 3.13.04.04-4 Salpingectomia uni ou bilateral 45.06.003-7 Recanalização tubária (qualquer técnica), uni ou bilateral, (sem microscópico ou lupa). • Ovários 3.13.05.01-6 Ooforectomia uni ou bilateral ou ooforoplastia uni ou bilateral • Mama 3.06.02.18-1 Punção ou biopsia percutânea de agulha fina - por nódulo (máximo de 3 nódulos por mama) 3.06.02.09-2 Exerese de nódulo 3.06.02.15-7 Mastectomia simples 3.06.02.14-9 Mastectomia radical ou radical modificada 3.06.02.20-3 Quadrantectomia - ressecção segmentar 3.06.02.19-0 Quadrantectomia e linfadenectomia axilar • 16.3 Para o TPP – Trabalho de Parto Prematuro serão autorizados inicialmente 3 (três) dias de hospitalização e é necessário comprovar o uso de medicação uterolítica endovenosa na prescrição. Caso contrário, será glosado. A prorrogação precisa justificar plenamente a permanência hospitalar. • 16.4. Cito Cito--Hormonal – os códigos CBHPM 4.06.01.16-1 Procedimento diagnostico em citologia hormonal isolada e 4.06.01.14-5 Procedimento Diretoria de Integração Cooperativista 59 diagnostico em citologia hormonal seriado, deverão ser solicitados em requisições individuais, com justificativa do médico-assistente, e autorizados previamente pela UNIMED. • 16.5. A realização da biópsia de vulva – CBHPM 3.13.01.02-9 e Exerese de Lesão da vulva e/ou do perineo (por grupo de ate 5 lesões) 3.13.01.08-8, na mesma paciente e no mesmo ato, é considerada sobreposição do procedimento. Pagar somente o código CBHPM 3.13.01.08-8 • 16.6. Microcolposcopia será liberada com o mesmo código de Histeroscopia diagnóstica com ou sem biópsia (CBHPM 4.02.01.15-5), somente para pacientes que apresentem alterações no citopatológico com colposcopia prévia que mostre a JEC (junção-escamo colunar) não-visível e só poderá ser liberada pela auditoria médica, por meio de laudo. • 16.7. Colposcopia Consiste na observação do colo uterino por meio de um aparelho dotado de lentes de aumento e iluminação própria denominada colposcópio. É importantíssimo na detecção de lesões precursoras e malignas de colo do útero e para orientar a biópsia. Equipamento para Colposcopia: colposcópio binocular com vários aumentos, sendo o menor de seis ampliações e filtro verde. Indicação para Colposcopia: citopatológico do colo uterino com as seguintes alterações: NIC I, NIC II, NIC III e/ ou presença de HPV, Ca in situ. Uma colposcopia por ano e por paciente, de acordo com as indicações; A solicitação de colposcopia será feita no laudo médico e deverá conter explicitamente o motivo (indicação) do exame, mais exames complementares, se houver; para laboratórios, permanece no formulário de exames complementares. Diretoria de Integração Cooperativista 60 Para toda colposcopia realizada pelo médico no consultório, a paciente deve receber o respectivo laudo colposcópico, assinado pelo médico que realizou o exame. A segunda colposcopia ou as demais no ano (quatro no total) deverão vir acompanhadas de exames complementares e justificativa médica para a liberação do exame pelo auditor. Para paciente que realizar a primeira colposcopia com um determinado médico e que vier a consultar outro médico, se esse não aceitar o laudo fornecido pelo primeiro médico, a nova colposcopia somente será liberada para ser realizada em laboratório específico. • 16.8. Outras Informações Evitar internações nos seguintes casos: • Nódulos de mama; • Curetagens uterinas (semiótica/terapêutica); • Bartolinectomia; • Marsupialização; • Drenagem de glândula de Bartholim 9. Para a cirurgia de ginecomastia será necessário perícia médica para avaliar os aspectos estéticos ou de pré-existência; 10. 10. Somente mastologista (titulado pela SBM) pode usar códigos específicos da tabela de honorários vigente. Quando os procedimentos de mama forem realizados por ginecologistas, usar código 45. 11. Re-consulta em GO. Em final de gravidez (8 meses), admite-se consulta quinzenal e pode haver uma terceira consulta, que seria por “pós-datismo” (45 dias = 3 consultas). Diretoria de Integração Cooperativista 61 12. Gravidez de Alto Risco. Pode ter mais de uma consulta mensal, desde que não haja acompanhamento simultâneo de outro especialista (pré-eclâmpsia com cardio e/ou nefro; diabete com endócrino e assim por diante). 13. Histerectomias/Tumores Pélvicos (Ovários etc). Necessita laudo de imagem (USG) com diagnóstico estabelecido: ioma / miomatose / adenomiomatose / endometrioma / coriocarcinoma / outros. Medidas uterinas normais – 90 cm3 - 140 cm³ (multíparas) Ovário – 5 cm x 3 cm x 2 cm (quando perde uma dimensão torna-se “cístico” : exemplo – 8 cm x 7 cm) 14. Cistos Ovarianos. “Funcionais” (foliculares, lúteo, hemorrágico, etc.) com menos de 7 ou 8 cm de diâmetro em paciente jovens (menos de 30 anos) , sem bridas e/ou septos, devem ter conduta expectante e o tratamento é induzir a ovulação por pelo menos 3 ciclos (pílula anticoncepcional) Com mais de 30 anos, imagem heterogênea (sólido e liquido), bridas e/ou septos presentes, tem indicação de cirurgia (ou videolaparoscopia) Cisto de ovário torcido justifica internação de emergência e intervenção cirúrgica. Nesse caso, deverá acompanhar anatomopatológico comprobatório. 15. SECOND-LOCK em caso de endometriose deverão ser sistematicamente negados (já tem diagnóstico anatomopatológico; controle e evolução devem ter parâmetros clínicos). 16. DIP Aguda. Atualmente com arsenal antiobiótico não determina ato cirúrgico, com exceção em caso de abscesso pélvico não-remissível no controle ultra-sonográfico ou clínico. 17. Abscessos Pélvicos. Podem ser puncionados sob controle ultra-sonográfico (radiologia intervencionista não tem cobertura em plano básico, mas tem menor custo que videolaparoscopia ou laparotomia exploradora). Diretoria de Integração Cooperativista 62 18. DIP Crônica. Deverá ter no mínimo 6 (seis) meses de evolução e, quando não se determinou a etiologia, é indicada videolaparoscopia. 19. Verificar a veracidade quando é cobrado consulta + cauterização de colo uterino. Na realidade, faz-se uma consulta para diagnosticar, outra para realizar o procedimento e mais uma para revisão, o que equivale a 300 UTs. 20. Citopatológico. Paga-se apenas para laboratório de anatomia patológica e 1 (uma) vez a tabela de honorários vigente, para todos os planos. 21. Quando solicitado histerectomia subtotal + salpingectomia + ooferectomia, paga-se como histerectomia total ou paga-se histerectomia subtotal + anexectomia. 22. Os profissionais necessitam título da FEBRASGO associada com a Sociedade correlata para realizar histerectomia, utra-som, laparoscopia, densitometria e colposcopia. 23. Para os procedimentos de videocolposcopia, remunera-se uma vez (1x) conforme tabela de honorários médicos vigente. 24. De acordo com a Portaria nº 2334/GM de 04 de dezembro de 1996 do Ministério da Saúde e revisada em 09 de junho de 1997, o teste para determinação de anticorpos Anti-HIV (Elisa) deverá ser oferecido a todas as gestantes, independentemente de referirem ou não situação de risco – CBHPM 4.03.07.17-4. 25. Com a implantação da CBHPM no Intercâmbio Nacional, os honorários médicos a serem pagos para a assistência ao trabalho de parto, visando o estimulo à realização de partos normais, foram resolvidos. Deve-se estimular as Singulares através das Federações sobre a normatização. Diretoria de Integração Cooperativista 63 17 – Hematologia 1– Cell Saver Indicações da Autotransfusão Intraoperatória – Cell Salvage / Kit separador de células Serviço de Medicina Baseada em Evidências Federação das UNIMEDs do Estado do Paraná Abril de 2.005 ➣ Objetivo Rever as evidências disponíveis sobre a eficácia, efetividade, eficiência e segurança do uso da autotransfusão intraoperatória ou kit separador de células. Profissionais alvos: Anestesistas, Especialistas em cirurgias de grande porte (cirurgiões cardiovasculares, ortopedistas), auditores. ➣ Metodologia Fonte de dados: Foram pesquisados artigos sobre o uso da autotransfusão intraopertória registrados no MEDLINE, Biblioteca do Cochrane, Clinical Evidence, Medscape, ICSI, CCOHTA, DARE. Palavras-chaves: cell salvage, cell saving, cell saver, intraoperative autotransfusion. Desenhos dos estudos: buscados: Revisões sistematizadas, meta-análises, guidelines e ensaios clínicos randomizados, estudos de custo-efetividade. População incluída e excluída: foram avaliados os estudos que abrangessem população masculina e/ou feminina, adulta e infantil. Resultados da busca bibliográica: foram selecionados, e estavam acessíveis, 8 artigos: Diretoria de Integração Cooperativista 64 Guidelines / diretrizes: 1Revisões Sistemáticas: 1Revisões Narrativas:1Estudo de custo-efetividade: 4 ➣ Fundamentação A segurança da transfusão de sangue alogênico (doador voluntário desconhecido) têm sido adequadamente manejada através de screenig, sendo extremamente baixos os riscos de transmissão do vírus HIV e da hepatite C. Há relatos que esse risco pode ser maior em países em desenvolvimento (1), onde este screenig não seria tão rigoroso. Considerando os riscos da transfusão (reações transfusionais, transmissão de doenças infecciosas), os custos em saúde associados aos bancos de sangue, e questões religiosas (Testemunhas de Jeová), tem havido considerável interesse para as tecnologias que reduzem o uso de sangue alogênico. Essas intervenções são divididas em três grupos: (1) a administração de agentes que diminuem a perda sanguínea durante a cirurgia (p.ex. aprotinina, ácido tranexamico, acido aminocaproico), (2) agentes que estimulam a produção de hemácias (eritropoitina), e (3) técnicas para reinfundir o sangue do próprio paciente (doação autóloga pré-operatória, hemodiluição normovolêmica aguda, e o separador de células ‘’cell salvage’’) O kit separador de células pode ser utilizado no intra ou no pós-opertório. O sangue é aspirado por vácuo e anticoagulado, sendo armazenado em um reservatório onde é filtrado. Então é lavado com solução salina por um processo rápido, e as hemácias concentradas lavadas livres de hemoglobina no plasma, solução anticoagulante e restos de células são bombeados para a bolsa de coleta para ser reinfundidos ao paciente. A autotransfusão intra-operatória é utilizada especialmente em cirurgias Cardíacas, Ortopédicas, e vasculares, onde há previsão de grandes perdas sanguíneas. Diretoria de Integração Cooperativista 65 Por se tratar de uma intervenção cuja custo-efetividade não está estabelecida, faz-se necessário uma busca na literatura para tentar clarear essa lacuna de conhecimento. ➣ Conclusões da revisão • O separador de células é efetivo para reduzir as transfusões peri-operatórias de hemácias alogênicas nas cirurgias eletivas em adultos, entretanto, as evidências disponíveis são contraditórias com relação a custo-efetividade da intervenção, e influenciadas pela condição de controle sanitário de cada país (1,4,7,8). • Mortalidade, re-operação por sangramento, infecção, infarto do miocárdio não fatal, trombose, AVC, duração da internação hospitalar não parecem ser influenciados pelo separador de células (1). • O separador de células para transfusão intraoperatória deve ser considerado para pacientes em que a estimativa de perda sanguínea intraoperatória seja maior que 1000 a 1500 ml, e no pós-operatório com dreno deve ser considerado em pacientes que a perda seja entre 750 a 1500 ml (ex.: prótese de joelhos) • Pacientes com perdas estimadas menor que 1000 ml o separador de células não é custo efetivo (4,5). • Se uma quantidade adequada de sangue autólogo é obtida previamente à cirurgia, usualmente duas unidades, o uso rotineiro do kit separador de células provavelmente será desnecessário (2). • Na cirurgia ortopédica, o separador de células que utiliza hemácias lavadas ou não, pode ser considerado como meio de reduzir significativamente o risco de exposição a sangue alogênico (3,4). • As contra-indicações do separador de células são em operações de campos não estéreis e nas cirurgias oncológicas. Diretoria de Integração Cooperativista 66 ➣ Síntese da Informação O kit separador de células intraoperatório é uma técnica eficaz e aceita para diminuir a necessidade de sangue alogênico. Entretanto, a lavagem das hemácias com solução salina pode trazer consequências como desordens metabólicas (acidose metabólica e depleção de cálcio e magnésio), que podem ser evitadas com o uso de uma solução de eletrólitos balanceada. Portanto, monitorizações periódicas e eventuais correções do equilíbrio ácido-básico são recomendadas durante períodos prolongados de uso do separador de células (6). O embolismo gasoso é uma complicação potencialmente fatal. A análise desses casos revelou que o sangue processado foi infundido sob pressão. Tradicionalmente, o separador de células é contra-indicado em operações de campos não estéreis e nas cirurgias oncológicas. Outras desvantagens são as complicações como a nefrotoxicidade e as coagulopatias (3) Se uma quantidade adequada de sangue autólogo é obtida, usualmente duas unidades, o uso rotineiro do kit separador de células provavelmente será desnecessário (2). Na cirurgia ortopédica, o separador de células diminui a proporção de pacientes que recebem transfusão alogênica perioperatória (3). ➣ Avaliação dos artigos A revisão sistemática do Cochrane (1) e o Guideline do National Guideline Clearinghouse (4) são dois artigos de boa qualidade metodológica e de recente publicação. A meta-análise de Huët (3) e colaboradores também apresenta boa qualidade metodológica, porém é uma publicação mais antiga (1999). ➣ Resumo do artigo mais relevante (em inglês) • Carless PA, Henry DA, Moxey AJ, O'Connell DL, Fergusson DA. Cell salvage for minimising perioperative allogeneic blood transfusion (Cochrane Review). Diretoria de Integração Cooperativista 67 In: The Cochrane Library, Issue 1, 2005. Oxford: Update Software. http://cochrane.bireme.br/cochrane/main.php?lang= ➣ Background Concerns regarding the safety of transfused blood, have prompted reconsideration of the use of allogeneic (blood from an unrelated donor) red blood cell (RBC) transfusion, and a range of techniques to minimise transfusion requirements. ➣ Objective To examine the evidence for the efficacy of cell salvage in reducing allogeneic blood transfusion and the evidence for any effect on clinical outcomes. ➣ Selection criteria: Controlled parallel group trials in which adult patients, scheduled for non-urgent surgery, were randomised to cell salvage, or to a control group, who did not receive the intervention. ➣ Main results results: Overall, the use of cell salvage reduced the rate of exposure to allogeneic RBC transfusion by a relative 40% (relative risk [RR] = 0.60: 95% confidence interval [CI] = 0.51 to 0.70). The absolute reduction in risk (ARR) of receiving an allogeneic RBC transfusion was 23% (95%CI = 16% to 30%). In orthopaedic procedures the relative risk (RR) of exposure to RBC transfusion was 0.42 (95%CI = 0.32 to 0.54) compared to 0.78 (95%CI = 0.68 to 0.88) for cardiac procedures. The use of cell salvage resulted in an average saving of 0.64 units of allogeneic RBC per patient (weighted mean difference [WMD] = 0.64: 95%CI = -0.86 to -0.46). Cell salvage did not appear to impact adversely on clinical outcomes. ➣ Reviewers' conclusions: The results suggest cell salvage is efficacious in reducing the need for allogeneic red cell transfusion in adult elective surgery. However, the methodological quality of trials was poor. As the trials were unblinded and lacked adequate concealment of treatment allocation, transfusion practices may have been influenced by knowledge of the patient's treatment status biasing the results in favour of cell salvage. Diretoria de Integração Cooperativista 68 ➣ Bibliografia 1 Carless PA, Henry DA, Moxey AJ, O'Connell DL, Fergusson DA. Cell salvage for minimising perioperative allogeneic blood transfusion (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 1, 2005. Oxford: Update Software. http://cochrane.bireme.br/cochrane/main.php?lang= 2 Guerra JJ, Cuckler J M. Cost effectiveness of intraoperative autotransfusion in total hip arthroplasty surgery. Clinical Orthopaedics & Related Ressearch 1995;315:212-222. 3 Huet C, Salmi L R, Fergusson D, et al. A meta-analysis of the effectiveness of cell salvage to minimize perioperative allogenic blood transfusion in cardiac and orthopedic surgery. Anesthesia and Analgesia 1999;89: 861-869. 4 4. National Guideline Claeringhouse. (1) Perioperative blood transfusion for elective surgery. A national clinical guideline. (2) Perioperative blood transfusion for elective surgery. Update to printed guideline. http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?doc_id=5693&nbr=3831& string=cell+AND+salvage 5 Goodnough LT. Intraoperative salvage in patients undergoing elective abdominal aortic aneurysm repair: an analysis of cost and benefit. J Vasc Surg -01-AUG-1996; 24(2):213-8. 6 Spahn, D R; Casutt, M. Eliminating Blood Transfusions: New Aspects and Perspectives. American Society of Anesthesiologists. Jul 2000, Vol 93(1), pp 242-255. 7 Szpisjak D.F; Potter P.S; Capehart B.P; Economic Analysis of an Intraoperative Cell Salvage Service. Anesth Analg 2004;98:201–5. 8 Huber T.S; McGorray S.P; Carlton L.C. Intraoperative autologous transfusion (IOAT) during elective infrarenal aortic reconstruction: a decision analysis model. Journal of vascular Surgery 1997;25(6):984-994. Diretoria de Integração Cooperativista 69 18 – Neurologia 1. EEG de rotina – CBHPM 4.01.03.17-0. Limitado a 20% (vinte por cento) do total de consultas (exame autogerado). Normalmente se faz um procedimento. Não pagar 2 (dois) procedimentos ao mesmo tempo. Exemplo: 4.01.03.17-0 + 4.01.03.21-8 2. Eletrencefalograma digital + mapeamento cerebral (EEG/MC) CBHPM 4.01.03.22-6. Limitado a 5% (cinco por cento) do total de consultas (exame autogerado). Necessita autorização prévia com justificativa médica. Permanece apenas como instrumento de pesquisa em doenças como síndrome pós-concussional, distúrbios de aprendizado, déficit de atenção, esquizofrenia, depressão, alcoolismo e dependência de droga. Importantes: Pontos Impor tantes: a. Representa um substituto estabelecido para o estudo adicional ao EEG convencional, pois acrescenta claros avanços técnicos. b. Realizado apenas por médicos especialistas em Neurofisiologia Clínica com habilitação em Eletroencefalografia (necessário o R.Q.E no CRM). Indicações: a. Análise de frequências em certos casos com doença cerébro vascular, em quadros demenciais e em encefalopatias, principalmente quando outros testes, como os exames de imagem e o EEG convencional se mostrarem inconclusivos. b. Análise topográfica e temporal de voltagens e dipolos de espículas na avaliação pré-cirúrgica de alguns tipos de epilepsia. 3. Eletroneuromiografia. Avalia lesão do nervo (compressiva, isquêmica e neurite). Indicado para Síndrome do Desfiladeiro Cérvico-Torácico (compressão da artéria, veia e nervo), dor em região cervical e braço, patologia da coluna lombo-sacra, compressão neurológica, reumatológica e Diretoria de Integração Cooperativista 70 ortopédica. O código inclui honorários e custos operacionais, remunerandose por segmento. 4. Eletrencefalograma Especial (CBHPM 4.01.03.20-0). Por hora, terá seu uso restrito à monitorização intra-hospitalar de pacientes com epilepsia ou com suspeita de epilepsia. 5. Videoeletrencefalograma. Deverá ser feito em centros especializados em epilepsia e unidades que tratam epilepsia. Necessária a existência de neurofisiologista na equipe. 6. Derivação Ventrículo Peritoneal. Este procedimento será liberado por meio do código 3.14.01.05-8 (Derivação Ventricular Externa), seja qual for o método utilizado. 7. Embolização de Aneurisma Cerebral por Micromolas. Fatores relevantes a serem analisados na liberação do procedimento de Embolização de Aneurisma cerebral por Micromolas, conforme segue: Fatores relevantes: • Localização. • Tamanho do aneurisma. • Tamanho do colo. Os aneurismas de circulação posterior, artéria carótica interna intracavernosa e segmento oftálmico, constituem-se nas grandes indicações, os aneurismas da artéria cerebral média, não são recomendados para embolização. Os aneurismas gigantes apresentam maior índice de complicações com o uso de micromolas. Os aneurismas de colo largo ainda têm menor probabilidade de oclusão com terapia endovascular. Outros aspectos a serem considerados: Diretoria de Integração Cooperativista 71 • Se houve ruptura ou não do aneurisma. • Presença de hematoma intraparenquimatoso associado. • Co-morbidades clínicas concomitante. • Melhor experiência do serviço com a técnica cirúrgica convencional ou neurorradiológica. • Necessidade de auditoria especializada ou parecer neurocirúrgico requerido em todos os casos. 8. Eletroconvulsoterapia: a Eletroconvulsoterapia está embasada na Resolução CFM º 1640/2002, porém ficou decidido que o exame não possui cobertura contratual no rol de Procedimentos Médicos vigente, editado pela ANS, tanto para planos regulamentados como para não-regulamentados. Diretoria de Integração Cooperativista 72 19 – Nutrição Parenteral e Enteral 1. Avaliar a liberação de todo e qualquer Avaliação Enteral/ Parenteral com base nas Portarias da Anvisa que tratam exclusivamente sobre este assunto. Vigilância Sanitária nº 337 – 14/04/1999; ANVISA Resolução nº 449 – 09/09/1999; Portaria DINAL nº 8 – 26/06/1989 (revogada pela Resolução nº 449 ANVISA de 09/09/1999). 2. Bioimpedanciometria Este exame será liberado somente quando o usuário apresentar as seguintes indicações: • Índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 e menor que 35, associada a uma das seguintes patologias: • Diabete. • Hipertensão. • Dislipidemia. 3. Nutrição enteral – foi aprovado que o alimento pode ser administrado por Sonda ou VO, porém, quando administrado por VO não deve ser remunerado como procedimento de Terapia Nutricional, por ser procedimento de Nutrição Oral Especializada (NOE). Diretoria de Integração Cooperativista 73 20 – Oftalmologia 1. Curva Tensional Diária (CBHPM 4.13.01.12-9). Limitado a 1% (um por cento) do total de consultas. Normalmente são feitas 5 (cinco) medidas, com mapa especificando-as. 2. Mapeamento de Retina (CBHPM 4.13.01.25-0). Limitado a 10% (dez por cento) do total de consultas. Necessita justificativa médica e indicação precisa. Não procede a cobrança de materiais e medicamentos. 3. Tonometria (CBHPM 4.13.01.32-3 / AMB 50.01.017-4). Limitado a 50% (cinqüenta pro cento) do total de consultas (procedimento autogerado). Limitado a 1 (um) exame/paciente/ano, a não ser em caso de glaucoma. Realizado em pessoas com idade acima de 30 anos ou, abaixo dessa idade, com justificativa médica. Não procede a cobrança de materiais e medicamentos. Aprovado o estudo da Câmara de Medicina Baseada em Evidência. 4. Retinografia (CBHPM 4.13.01.31-5). Limitado a 4% (quatro por cento) do total de consultas, necessitando de justificativa médica e indicação precisa. Recomenda-se o acompanhamento do laudo. Paga-se 1/3 do valor com nota fiscal. 5. Campimetria (CBHPM 4.13.01.07-2). Limitado a 7% (sete por cento) do total de consultas (procedimento autogerado) realizado a cada 6 (seis) meses ou com justificativa médica . 6. Ceratoscopia Computadorizada (CBHPM 4.13.01.08-0). Utilizado em adaptação difícil de lente de contato e em cirurgias refrativas. Limitado a 1,5% (um e meio por cento) do total de consultas (procedimento autogerado). Não procede a cobrança de materiais e medicamentos. 7. Teste de Adaptação de Lentes de Contato (CBHPM 2.01.01.19-8). A incidência é muito baixa. Todos os pacientes que colocam lentes devem fazer esse tipo de teste, porém poucos cobram esse código. Não procede a cobrança de materiais e medicamentos. Diretoria de Integração Cooperativista 74 8. Microscopia Especular de Córnea (CBHPM 4.13.01.26-9). Com o avanço da idade, algumas células oculares morrem e as que sobram se hipertrofiam. Esse exame serve exatamente para verificar essa anomalia (GUTATA – hipertrofia das células). Autorização mediante justificativa médica (córnea em GUTATA grave ou distrofia de Fuchs – patologia de córnea). Normalmente é utilizado em 10% (dez por cento) dos pacientes com catarata. 9. Exame de Motilidade Ocular (CBHPM 4.13.01.20-0). Limitado a 1,5% (um e meio por cento) do total de consultas. Recomenda-se justificativa médica e indicação precisa. Para realização desse exame é necessário um equipamento chamado sinoptóforo. Deve-se verificar se o profissional possui esse equipamento para autorizá-lo a realizar esse tipo de exame. Não procede a cobrança de materiais e medicamentos. 10. Paquimetria (CBHPM 4.15.01.12-8). Recomenda-se justificativa médica e indicação precisa. É a medida de espessura da córnea. Utilizado para patologias de córnea. Alguns profissionais têm solicitado para cirurgia de catarata (não há nenhuma indicação). 11. Visão Subnormal. Exame muito pouco utilizado. Indicado para pessoas com deficiência visual grave que devem fazer teste para utilização de lupa. Não procede a cobrança de materiais e medicamentos. 12. Biometria Ultra-sônica. Utilizado no pré-operatório de cirurgia de catarata. 13. Gonioscopia. Utilizado quando existe glaucoma, trauma ocular e hemorragias. 14. Acuidade Visual com Laser. Realizado quando o paciente possui catarata. 15. Dermatocalázio e Xantelasma. Atentar para o fato de que podem ser procedimentos estéticos. 16. Fotocoagulação de Retina. Indicações: Diretoria de Integração Cooperativista 75 • Retinopatia diabética não-proliferativa com maculopatia focal: são necessárias 2 (duas) sessões um olho por vez e devem ser pagos os materiais e medicamentos utilizados • Retinopatia não-proliferativa com maculopatia difusa: são necessárias 4 (quatro) sessões ou mais, sendo autorizada 1(uma) sessão semanal. • Retinopatia diabética pré-proliferativa com maculopatia focal: são necessárias de 8 a 10 sessões, sendo autorizada 1(uma) por semana. 17. Blefaroplastia. O cliente deve submeter-se obrigatoriamente à perícia médica realizada pelo oftalmologista com a participação do cirurgião plástico. 18. Cirurgia refrativa. Deve ser liberada, conforme previsto na lei vigente. Não será liberado “retoque”, independentemente do grau, para os casos de cirurgia refrativa. 19. Cirurgia de Estrabismo. Deverá ser liberado, conforme os códigos CBHPM 3.03.11.03-9 e 3.03.11.04-7. 20. Cirurgia facectomia por facoemulsificação. Ficou decidido que no Intercâmbio Nacional será considerado procedimento ambulatorial; salvo justificativa médica, liberar hospital dia ou até internação. Honorários médicos de acordo com o tipo de plano do usuário. 21. Facectomia com implante de LIO. Ficou decidido pagar o código CBHPM 3.03.06.02-7 (Facectomia com lente intra-ocular com facoemulsificação) 22. Transplante Autólogo de Conjuntiva. Ficou decidido pagar os códigos CBHPM 3.03.03.06-0 (exérese de pterígio) e 3.03.03.01-0 (transplante de conjuntiva) quando solicitado, sendo 100% para o maior e 50% para o menor. Foi sugerida uma perícia pré ou pós-operatória. Se não tiver auditor na Unimed para fazer a perícia, será autorizado. 23. Biometria (CBHPM 4.15.01.01-2). Limitado a 1,5% (um e meio por cento) do total de consultas. Diretoria de Integração Cooperativista 76 Observações: Aproximadamente 50% (cinqüenta por cento) dos pacientes oftalmológicos utilizam outros procedimentos, além da consulta clínica. BSS (líquido substitutivo do humor aquoso) – normalmente 1 (um) frasco de 500 ml é suficiente para 2 (duas) cirurgias com sobra. Recomenda-se pagar frasco de 250 ml por cirurgia. Cirurgia de pterígio – o que encarece a cirurgia é o valor do fio. 24. 24. Rotinas Cirúrgicas Oftalmológicas PréPré-Operatório de Cirurgia Refrativa • Ceratoscopia Computadorizada Monocular (CBHPM 4.13.01.08-0) + Paquimetria Ultra-sônica Monocular (CBHPM 4.15.01.12-8) PréPré-Operatório de Cirurgia de Catarata • Biometria Ultra-sônica Monocular (CBHPM 4.15.01.01-2) + Microscopia Especular de Córnea Monocular (CBHPM 4.13.01.26-9) • A indicação de Ultra-sonografia Diagnóstica Monocular (CBHPM 4.09.01.53-0) ou Acuidade Visual Monocular (CBHPM 4.13.01.30-7) poderá ser solicitada em função do tipo de catarata. • Cirurgias de Retina: • Retinopexia Pneumática + Criopexia Profilática (CBHPM 3.03.12.09-4); • Retinopexia com introflexão por implante escleral + Criopexia Profilática (CBHPM 3.03.12.08-6); • Retinopexia Profilática (criopexia) (CBHPM 3.03.12.10-8) quando procedimento único e isolado; • Vitrectomia via pars plana. (CBHPM 3.03.07.12-0); • Óleo de silicone (CBHPM 3.03.07.04-0). Esse código será utilizado para o procedimento de troca fluído-gasosa. Será contemplado isoladamente como procedimento único, agrupado ao item 3 ou agrupado ao item 5. Diretoria de Integração Cooperativista 77 25. 25. Transplante de Células Límbicas: após considerações acerca de indicações do procedimento concluiu-se que este não deve ser liberado por não constar no ROL de procedimentos da ANS RN82. 26. 26. LIO Artisan: Alternativas com melhor resultado refrativo envolvem o implante de uma lente intraocular (LIO) em pacientes fácicos* e ainda a facectomia refrativa. Esta última parece estar relacionada a um aumento do risco de descolamento de retina, além de promover a perda da acomodação em pacientes jovens. Portanto, as LIOs fácicas se apresentam como a melhor opção para a correção de altas ametropias. Entretanto, de acordo com a Resolução CFM nº 1.622/01, art. 2º, incisos IV e V, este tratamento é ainda considerado como experimental; 27. 27. Anel de Ferrara: após breve consideração acerca da patologia, estabeleceu-se que pelo fato do implante de anel intra-estromal não constar no ROL de procedimentos da ANS RN82, a liberação passa a não ser de caráter obrigatório. Em adição, com a publicação da Resolução CFM Nº 1762, de 14 de Janeiro de 2005-DOU 26.01.2005, que revoga o contido no inciso II do Art. 2º da Resolução 1622/2001 do Conselho Federal de Medicina, o implante do anel de Ferrara passou ser considerado como procedimento terapêutico usual na prática médico-oftalmológica, reservado para o tratamento de pacientes com CERATOCONE nos estágio III e IV, ressalvadas as contra-indicações contidas no parecer CFM nº 02/2005, de 14 de janeiro de 2005, relacionadas abaixo: 1. Ceratocone avançado com ceratometria mais que 75,0 dioptrias; 2. Ceratocone com opacidade severa da córnea; 3. Hidropsia da córnea; 4. Associação com processo infeccioso local ou sistêmico; 5. Síndrome de erosão recorrente da córnea. Diretoria de Integração Cooperativista 78 28. Não serão cobrados/pagos taxas para a realização dos exames de Paquimetria e Campimetria no Intercâmbio Nacional. 21 – Ortopedia Diretoria de Integração Cooperativista 79 1. As coberturas para órteses e próteses ortopédicas, bem como a artroplastia com implantes, serão regulamentadas segundo o plano do usuário e deverão ter parecer do auditor e autorização prévia da UNIMED Origem. 2. As cirurgias que envolvam materiais de síntese (parafusos, pinos, placas etc.) deverão ter parecer do médico auditor da UNIMED prestadora do atendimento. 3. Essas contas deverão ser acompanhadas de nota fiscal (material de síntese utilizado) de acordo com o valor do mercado. Recomenda-se que todo o material em consignação seja negociado entre a empresa fornecedora e a UNIMED prestadora do atendimento. 4. A imobilização faz parte do tratamento conservador. Para imobilização provisória não-gessada, não se paga taxa de sala. 5. No caso de artroscopia cirúrgica, deve-se utilizar os códigos para liberação do atendimento baseado na CBHPM, ou seja, 3.07.08.15-0, 3.07.08.11-7, etc, sendo que somente será utilizado um código para cada procedimento artroscópico, negando os múltiplos códigos; 6. Nas cirurgia de dedo em martelo – 3.07.22.28-4, hálux valgo uni ou bilateral 3.07.29.18-1, instabilidade crônica do joelho – 3.07.26.15-8, não cabe cobrança de osteotomia. 7. No hálux valgo uni ou bilateral não cabe cobrar transposição única de tendões – CBHPM 3.07.31.22-4 / 3.07.31.21-6. 8. Se a lesão for na região metacarpiana, pagar apenas RX de mão (duas incidências) e não RX da mão e punho. 9. Síndrome do Túnel do Carpo: para este procedimento deve ser liberado o código CBHPM 3.14.03.28-0 (Neurólise das Síndromes Compressivas) ou 3.07.31.09-7 (Tenolise no túnel osteo fibroso) 10. Parafusos Bioabsorvível em cirurgia de tornozelo. Estudo de medicina baseada em Evidências realizado pela Federação das Unimeds do Estado de Paraná conclui que para as fraturas de tornozelo as evidências são fracas Diretoria de Integração Cooperativista 80 e não mostraram superioridade em relação aos metálicos, além deste material ser importado. Desta forma, deve permanecer somente a liberação de parafusos metálicos. ESTUDO DE MEDICINA BASEADO EM EVIDÊNCIA OBJETIVO: Rever as evidências disponíveis sobre a eficácia, efetividade, eficiência e segurança do uso de parafusos de interferência bio-absorvíveis em fraturas do tornozelo. Profissional alvo: Ortopedistas e auditores médicos. METODOLOGIA: Fonte de dados: Foram revistos artigos sobre o uso de parafusos bio-absorvíveis em fraturas do tornozelo, registrados no MEDLINE, Biblioteca do Cochrane, e no Clinical Evidence entre 1996 e 2004. Palavras-chaves: Bioabsorbable screws; biodegradable screws; ankle frature and surgery. Desenhos dos estudos buscados: Revisões sistematizadas, Ensaios Clínicos Randomizados, Ensaios Clínicos Não Randomizados, séries de casos tratados. População incluída e excluída: Foram avaliados os estudos que abrangessem população masculina e/ou feminina, adulta. Resultados da busca bibliográfica: Foram selecionados 15 artigos. (Não foram encontradas revisões sistematizadas, e nem revisões críticas da Biblioteca do Cochrane, e no Clinical Evidence). Revisão não sistematizada: 4 Ensaio clínico randomizado, de pequeno porte: 2 Série de casos tratados: 8 Fundamentação: Diretoria de Integração Cooperativista 81 Dispositivos bio-absorvíveis são alternativas para a fixação de fraturas, osteotomias, artrodeses, lesões ligamentares e dos meniscos, mantendo a fixação durante o período de cicatrização e, posteriormente, decompondo-se gradativamente, e as tensões são transferidas gradualmente para o tecido cicatrizado (10). A principal indicação de implantes bio-absorvíveis tem sido para as fraturas maleolares desalinhadas de tornozelo, com níveis de sucesso terapêutico citado como superiores a 90% dos casos, evitando-se uma segunda cirurgia para a retirada do material de síntese (1, 2, 3, 4, 7, 10, 14). Entretanto é necessário demonstrar que os parafusos bio-absorvíveis tenham a resistência necessária para a sua colocação, e para resistir às tensões sofridas no período inicial do processo de recuperação, que sejam biocompatíveis, não desencadeando reações teciduais à presença de corpo estranho, e que tenham uma velocidade de decomposição suficientemente lenta para proteger o tecido até a sua cicatrização, e suficientemente curto para que não haja a necessidade de retirar o material em uma revisão do procedimento (14), e que impliquem em uma evolução clínica pelo menos semelhante aos casos tratados com os dispositivos metálicos.Em função do uso relativamente recente, e da variabilidade de materiais re-absorvíveis disponíveis, é necessário rever as evidências com relação à eficácia e eficiência do seu emprego. CONCLUSÕES DA REVISÃO: As evidências disponíveis são classificadas como fracas, e não permitem uma decisão consistente sobre se há melhores resultados do tratamento de fraturas de tornozelo, com ou sem comprometimento da sindesmose, com o uso de parafusos re-absorvíveis ao invés dos dispositivos metálicos. Embora o seu uso não interfira com a utilização da ressonância magnética, e possa evitar a necessidade de retirada do material de fixação em uma cirurgia posterior, as descrições de reações teciduais durante o seguimento dos casos tratados, e a falta de evidências de resultados superiores aos do uso Diretoria de Integração Cooperativista 82 de dispositivos metálicos, ainda não permitem uma definição. É necessário avaliar mais estudos, com maior duração do seguimento, particularmente com relação às reações teciduais. SÍNTESE DA INFORMAÇÃO: Não foram encontradas revisões sistematizadas críticas sobre esta questão na Biblioteca do Cochrane, e no Clinical Evidence.Os estudos comparativos sobre a eficiência destes materiais re-absorvíveis, na fixação de fraturas de tornozelo, embora não mostrem diferenças significativas na evolução clínica comparada ao uso de parafusos metálicos (13, 15), são estudos de média duração, e de pequeno número de casos avaliados, além de que em função das diferenças da composição dos materiais utilizados, não permitem agrupar os resultados. Os estudos não comparativos mostram resultados considerados bons em torno de 90% dos casos tratados, mas não apresentam comparações com os resultados utilizando material metálico, além de evidenciarem taxas de reações teciduais inflamatórias que variaram de 1,7 a 5,3% (2, 5, 6, 9, 10). Avaliação dos artigos: Não foram encontradas revisões sistematizadas, e nem revisões críticas da Biblioteca do Cochrane, e no Clinical Evidence.As quatro revisões narrativas encontradas (1, 3, 11, 14) são abordagens genéricas sobre dispositivos bioabsorvíveis, e não específicos para fraturas de tornozelo. Os dois ensaios clínicos randomizados encontrados (13, 15) são estudos de pequeno porte, e pequeno período de seguimento dos pacientes, e não encontraram diferenças significativas entre o uso de dispositivos bioabsorvíveis e o material metálico, na fixação de fraturas do tornozelo. Entretanto é importante lembrar que não encontrar diferenças significativas entre as intervenções em estudos, com pequeno número de elementos estudados, pode não significar real similitude, mas sim o pequeno poder estatístico dos estudos. Os estudos restantes são descrições de séries de Diretoria de Integração Cooperativista 83 casos tratados (2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12), sem comparações, e portanto, de pouca repercussão em termos de evidências. Resumo dos artigos mais relevantes (em inglês): • Stroud CC. Absorbable implants in fracture management. Foot Ankle Clin. 2002 Sep;7(3):495-9. The use of absorbable implants has been studied extensively in the clinic and the laboratory. The limitations of absorbable implants are now well-known and include a finite life span and strength profile, the possible development of an inflammatory response, and their limitation to use in fractures that do not require traditional compression techniques. Advantages of these implants include the lack of necessity for removal at a later date, which has cost savings potential, their ease of use, and their strength, which may be sufficient for healing in certain situations. The most likely scenarios for the use of these implants in fracture management of the foot and ankle include syndesmotic disruptions, dislocations about the midfoot, and fractures of the medial malleolus. • Bostman OM, Pihlajamaki HK. Adverse tissue reactions to bioabsorbable fixation devices. Clin Orthop. 2000 Feb;(371):216-27. Among 2528 patients operated on using pins, rods, bolts, and screws made of polyglycolic acid or polylactic acid, 108 (4.3%) were affected by a clinically significant local inflammatory, sterile tissue reaction. The three most common indications for the use of these fixation devices were a displaced malleolar fracture, a chevron osteotomy for hallux valgus, and a displaced fracture of the radial head. In 107 patients, the reaction was elicited by a polyglycolic acid implant, and in one patient by a polylactic acid implant. The incidences were 5.3% (107 of 2037) and 0.2% (one of 491), respectively. The adverse tissue responses to polyglycolic acid were seen 11 weeks after the operation, on average, whereas the reaction to polylactic acid occurred 4.3 years after fixation of an ankle fracture. The mild reactions consisted of a painful Diretoria de Integração Cooperativista 84 erythematous papule of a few weeks' duration. Those of medium severity had a sinus that discharged remnants of the implant for up to 6 months. In the patients affected by severe reactions, extensive osteolytic lesions developed at the implant tracks. Several markers of increased risk of the occurrence of a foreign body reaction were found. These included a poorly vascularized bone section such as scaphoid, use of a quinone dye as an additive in the polymer, and an implant geometry with large surface area (screw versus pin or rod). For polyglycolic acid implants, the risk of an adverse tissue response in a given clinical situation can be estimated from the findings of this study. For slow degrading polymers like polylactic acid, however, the ultimate biocompatibility still is unsettled, and additional clinical research with long followup is required. • Burkhart SS. The evolution of clinical applications of biodegradable implants in arthroscopic surgery. Biomaterials. 2000 Dec;21(24):2631-4.. Arthroscopic surgery is the most recent orthopaedic discipline to embrace biodegradable implant technology. Osteochondral fractures have been shown to be amenable to arthroscopic fixation with biodegradable pins. The areas of most recent interest have been biodegradable interference screw fixation for ACL reconstruction in the knee, biodegradable suture anchors for rotator cuff repair and capsulolabral repair in the shoulder. Biodegradable implants have allowed a paradigm shift away from bionic (mechanical replacement) engineering and toward true biologic solutions to reconstructive problems in arthroscopic surgery. • Rokkanen PU, Bostman O, Hirvensalo E, Makela EA, Partio EK, Patiala H, Vainionpaa SI, Vihtonen K, Tormala P. Bioabsorbable fixation in orthopaedic surgery and traumatology. Biomaterials. 2000 Dec;21(24):2607-13. Bioabsorbable internal fixation devices were introduced clinically in the treatment of fractures and osteotomies of the extremities at the Department of Orthopaedics and Traumatology, Helsinki University, in 1984. Since November 5, 1984, a total of 3200 patients were managed using bone or Diretoria de Integração Cooperativista 85 ligament fixation devices made of self-reinforced (matrix and fibres of the same polymer) bioabsorbable alpha-hydroxy polyesters. The devices used included cylindrical rods, screws, tacks, plugs, arrows, and wires. The most common indication for the use of bioabsorbable implants was the displaced malleolar fracture of the ankle. Transphyseal fixation with small-diameter, mainly polyglycolide pins was used in children. The postoperative clinical course was uneventful in more than 90% of the patients. The complications included bacterial wound infection in 4% and failure of fixation in 4%. In onefifth of the latter cases, however, re-operation was not necessary. The occurrence of non-infectious foreign-body reactions two to three months postoperatively has been observed in 2% of the patients operated in the last few years with polyglycolide implants but none of the patients managed with polylactide implants. This inflammatory tissue response often required aspiration with a needle but did not influence the functional or radiologic result of the treatment. Owing to the biodegradability of these internal fixation devices, implant removal procedures were avoided. This results in financial benefits and psychological advantages. Bioabsorbable implants can also be used in open fractures and infection operations. ➣ Bibliografia 1. Ashammakhi N, Rokkanen P. Absorbable polyglycolide devices in trauma and bone surgery. Biomaterials. 1997 Jan;18(1):3-9. 2. Bostman OM, Pihlajamaki HK. Adverse tissue reactions to bioabsorbable fixation devices. Clin Orthop. 2000 Feb;(371):216-27. 3. Burkhart SS. The evolution of clinical applications of biodegradable implants in arthroscopic surgery. Biomaterials. 2000 Dec;21(24):2631-4. 4. George K, Becker D, Seligson D. Absorbable fasteners for the fixation of ankle fractures. J Ky Med Assoc. 1999 Mar;97(3):105-8. 5. Hovis WD, Bucholz RW. Polyglycolide bioabsorbable screws in the treatment of ankle fractures. Foot Ankle Int. 1997 Mar;18(3):128-31. Diretoria de Integração Cooperativista 86 6. Hovis WD, Kaiser BW, Watson JT, Bucholz RW. Treatment of syndesmotic disruptions of the ankle with bioabsorbable screw fixation. J Bone Joint Surg Am. 2002 Jan;84-A(1):26-31. 7. Miller SD, Carls RJ. The bioresorbable syndesmotic screw: application of polymer technology in ankle fractures. Am J Orthop. 2002 Jan;31(1 Suppl):18-21. 8. Pelto-Vasenius K, Hirvensalo E, Vasenius J, Partio EK, Bostman O, Rokkanen P. Redisplacement after ankle osteosynthesis with absorbable implants. Arch Orthop Trauma Surg. 1998;117(3):159-62. 9. Pihlajamaki H, Bostman O, Rokkanen P. Absorbable Polyglycolide and Polylactide Devices for Fracture Fixation. Surg Technol Int. 1998;VII:395401. 10. Rokkanen P, Bostman O, Vainionpaa S, Makela EA, Hirvensalo E, Partio EK, Vihtonen K, Patiala H, Tormala P. Absorbable devices in the fixation of fractures. J Trauma. 1996 Mar;40(3 Suppl):S123-7. 11. Rokkanen PU, Bostman O, Hirvensalo E, Makela EA, Partio EK, Patiala H, Vainionpaa SI, Vihtonen K, Tormala P. Bioabsorbable fixation in orthopaedic surgery and traumatology. Biomaterials. 2000 Dec;21(24):260713. 12. Sinisaari I, Patiala H, Bostman O, Makela EA, Hirvensalo E, Partio EK, Tormala P, Rokkanen P. Metallic or absorbable implants for ankle fractures: a comparative study of infections in 3,111 cases. Acta Orthop Scand. 1996 Feb;67(1):16-8. 13. Sinisaari IP, Luthje PM, Mikkonen RH. Ruptured tibio-fibular syndesmosis: comparison study of metallic to bioabsorbable fixation. Foot Ankle Int. 2002 Aug;23(8):744-8. 14. Stroud CC. Absorbable implants in fracture management. Foot Ankle Clin. 2002 Sep;7(3):495-9. Diretoria de Integração Cooperativista 87 15. Thordarson DB, Samuelson M, Shepherd LE, Merkle PF, Lee J. Bioabsorbable versus stainless steel screw fixation of the syndesmosis in pronation-lateral rotation ankle fractures: a prospective randomized trial. Foot Ankle Int. 2001 Apr;22(4):335-8. 11. Equipo simples ou com sensor para Cirurgias artroscópicas do joelho. Realizado Estudo de Medicina baseado em Evidências pela Unimed Campinas e Federação das Unimeds do Estado do Paraná. O estudo demonstrou que não existe literatura que comprove a superioridade do equipo com sensor pra o equipo simples nas cirurgias artroscópicas de joelho. Abaixo pareceres sobre o assunto: • Os equipos para uso em bomba de infusão são usados em cirurgias artroscópicas do joelho e ombro para facilitar o controle do fluxo de infusão do soro fisiológico na articulação, a opção é utilizar vários frascos de soro ligados por equipos de múltiplas vias e pendurados em um nível elevado, o fluxo é dado pela ação da gravidade, não permitindo um controle homogêneo do fluxo de soro. • Procedi à busca de artigos que abordassem a questão entre os bancos de referências eletrônicas (PUBMED; Medscape, Clinical Evidence) e não encontrei referências que abordassem diretamente a vantagem de um tipo de infusão sobre o outro. • Os profissionais que procedem a este tipo de intervenção consideram que há melhores condições técnicas para o exame, e melhor controle do sangramento com o uso da bomba de infusão. ESTUDO DE MEDICINA BASEADO EM EVIDÊNCIA Descrição: Diretoria de Integração Cooperativista 88 Trata-se de um equipamento que pode ser acoplado a bomba de infusão para infusão de líquido durante procedimento artroscópico de joelho. Levantamento bibliográfico e análise da literatura: Pesquisas realizadas no MEDLINE, Biblioteca Cochrane e National Guideline Clearinghouse mostraram: • Não foi encontrada revisão sistemática da literatura sobre o tema. • Não foi encontrada diretriz clínica sobre o tema. • Nenhum estudo randomizado foi encontrado sobre o tema, utilizando os termos ‘’knee arthroscopy`` e ‘’ pump`` ou ‘’ irrigation``. Conclusão: Não encontramos estudos adequados sobre o tema. Existe a possibilidade disso ter ocorrido devido à nomenclatura utilizada, já que não tínhamos informação prévia sobre isto. Sugerimos que seja enviada bibliografia sobre o tema, para realizar nova pesquisa. 12. Prótese total de quadril não cimentada importada com superfície de atrito em cerâmica: Será oferecido sempre o material Nacional, quando não tiver o Nacional será oferecido o Nacionalizado, e em último caso o importado, desde que não exista nenhum material similar. 13. Cirurgia Instrumentalizada de Coluna Cirurgia em Coluna - Diretrizes Gerenciais • Incidência de cirurgia de hérnia discal lombar de 24 cirurgias por 100.000 pacientes ano. Jansson KA, Nemeth G, Granath F, Blomqvist P J; Bone Joint Surg Br. 2004 Aug; 86(6):841-7. • Relação entre cirurgias da coluna lombar em relação cervical 10:1. • Métodos diversos na literatura médica e não existe consenso sobre a técnica. A review of spinal fusion for degenerative disc disease: need for Diretoria de Integração Cooperativista 89 alternative treatment approach of disc arthroplasty? Lee CK, Langrana NA Spine J. 2004 Nov-Dec;4(6 Suppl):173S-176S. • Explosão de instrumentalização à partir de 1990 nos EUA e Europa com aumento de riscos, complexidade e custos. Metodos 1. Percutâneo (1960): químicos, mecânicos, calor. 2. Dissecectomia: com microscopia (1975), vídeo endoscopia (1965). 3. Instrumentalização (1950): placas, pinos, parafusos, Cage, espaçadores. 4. Discos sintéticos (1950): titânio e material plástico. ➣ Instrumentalização • Disseminação da técnica no Brasil à partir de 2000. • Trabalho estratégico das empresas de material com disseminação e popularização indiscriminada das cirurgias de coluna, grande incentivo financeiro. ➣ Riscos da instrumentalizaç instrumentalização ão desnecessária • Aumento do porte da cirurgia, com complicações para o paciente: sangramento, UTI, infecção, danos neurológicos, tempo de internação, óbito. (18% de complicações na cirurgia de artrodese e 7% sem artrodese) 5-year reoperation rates after different types of lumbar spine surgery, Malter AD, McNeney B, Loeser JD, Deyo RA, Spine. 1998 Apr1;23(7):814-20. • Aumento de custos desnecessários diretos e processuais. ➣ Sobrecarga no nível adjacente à cirurgia 1. Doença do disco intervertebral adjacente e sintomática em 12,2 à 18,5% necessitando reintervenção cirurgia, contra 5,2 a 5,6% das sem instrumentação Adjacent segment disease after lumbar or lumbosacral fusion: review of the literature. Diretoria de Integração Cooperativista 90 2. Park P, Garton HJ, Gala VC, Hoff JT, McGillicuddy JE, Spine. 2004 Sep 1;29(17):1938-44. 3. Reoperação em 16,5% dos casos em 5 anos e 36,1% em 10 anos Adjacent segment degeneration in the lumbar spine. Ghiselli G, Wang JC, Bhatia NN, Hsu WK, Dawson EG, J Bone Joint Surg Am. 2004 Jul;86A(7):1497-503 ➣ Riscos da instrumentalização desnecessária exemplo para Cage • Complicações estimada em 44% dos pacientes em 6 anos de seguimentos pós operatário, destes 50% necessitaram reoperação Three- to six-year follow-up of stand-alone BAK cages implanted by a single surgeon. • Button G, Gupta M, Barrett C, Cammack P, Benson D , Spine J. 2005 MarApr;5(2):155-60. ➣ Resultados a longo prazo • (Micro)Dissectomia: Excelente e bom em 90% Microdiscectomy in the treatment of lumbar disc herniation. • Salvi V, Boux E, Cicero G, Zerbinati P, Piana R, Chir Organi Mov. 2000 Oct-Dec;85(4):337-44. • Com instrumentalização (Cage com fusão): Excelente e bom em 88%. The Lumbar I/F Cage for posterior lumbar interbody fusion with the variable screw placement system: 10-year results of a Food and Drug Administration clinical trial.Brantigan JW, Neidre A, Toohey JS, Spine J. 2004 Nov-Dec;4(6):681-8 ➣ Vantagens e desvantagens das técnicas • (Micro)Dissectomia: menor tempo de internação, sangramento muito raro, complicações menores, custos menores. • Com instrumentalização: maior tempo de internação, sangramento com necessidade de transfusão freqëente, UTI, custos mais elevados. ➣ Instrumentalização Vantagens financeiras prováveis Diretoria de Integração Cooperativista 91 • Redesconto da nota fiscal para o hospital. • Taxa de material para o hospital. • Estadia prolongada com uso de UTI, insumos hospitalares em relação à dissecectomia. • Valor envolvido não declarado de 40% à 90% do original. Índices de instrumentalização • Unimed Paulistana 2002: 46,50%. 2003: 49,07%. 2004: 52,71%. • Literatura: 16% 5-year reoperation rates after different types of lumbar spine surgery. Malter AD, McNeney B, Loeser JD, Deyo RA . Spine. 1998 Apr 1;23(7):814-20. • Medicina de grupo local 13,3%. • Hospital São Luiz 2003: 46,15% (130 cirurgias). 2004: 59,85% (137 cirurgias). 2005: 38,46% (39 cirurgias, 3 meses) ➣ Custos dos procedimentos (2002 - Unimed Paulistana) Por procedimento: • Sem instrumentalização: R$ 4.012,00. • Com instrumentalização: R$ 16.998,00. ➣ Por Hospital, sem instrumentalização • Parceiro: R$ 5.778,27. • Credenciado: R$ 7.969,00. Diretoria de Integração Cooperativista 92 ➣ Indicado Indicadores res • Unimed Paulistana: 2002: 40 cirurgias por 100.000 usuários 2003: 52,57 cirurgias por 100.000 usuários 2004: 52,71 cirurgias por 100.000 usuários • Suécia: 24 cirurgias por 100.000 pacientes ao ano Jansson KA, Nemeth G, Granath F, Blomqvist P J; Bone Joint Surg Br. 2004 Aug;86(6):841-7. • Brasil: 18,75 cirurgias por 100.000 pacientes no ano de 2004. ➣ Medidas estratégicas para racionalização 1. Negociação direta com fornecedores e direcionamento com redução estimada de 30% sobre custos de materiais. 2. Direcionamento para hospitais que reduzam ou não cobram taxa de comercialização do instrumental, economia média de 30%. 3. Estímulo a uso de hospitais parceiros. 4. Cadastro de fornecedores, compra dirigida, controle de superfaturamento e materiais desnecessários. 5. Pagamento direto com desconto, motiva beneficio para a cooperativa e fornecedor, elimina o desconto da fatura no hospital. 6. Quebra parcial do vínculo fornecedor e médico. 7. Medida econômica simples que tem como resistência o ganho fácil de valores expressivos pelo hospital. 8. Importância da pressão em conjunto com outras operadoras com relação aos fornecedores de materiais. 9. Medida a ser tomada com outros materiais. ➣ Medidas estratégicas para racionalização: • Treinamento do auditor para familiarização com materiais, procedimentos e as indicações cirúrgicas; Diretoria de Integração Cooperativista 93 • Implantação da Comissão de Análise Especializada em outubro de 2004, sob os preceitos éticos. ➣ Aspectos Éticos É direito do médico Art. 21 - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no País. É vedado ao médico Art. 42 - Praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou proibidos pela legislação do País. Art. 46 - Efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida. Art. 59 - Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu responsável legal. Art. 60 - Exagerar a gravidade do diagnóstico ou prognóstico, complicar a terapêutica, ou exceder-se no número de visitas, consultas ou quaisquer outros procedimentos médicos. Art. 64 - Opor-se à realização de conferência médica solicitada pelo paciente ou seu responsável legal. Art. 65 - Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou política. Art. 79 - Acobertar erro ou conduta anti-ética de médico. ➣ Comissão de Análise Especializada • Composição: neurocirurgiões e ortopedistas com conhecimento no assunto, auditor geral que faz o papel de secretário da reunião. Diretoria de Integração Cooperativista 94 • Postura ética, não conduzir externamente nenhum caso. • Discussão em conjunto com análise dos exames e história clínica fornecida pelo solicitante. • Contato viva voz gravado quando existir dúvida ou discordância da conduta. • Procurar sempre o critério conciliador, entre os profissionais médicos. • Tentar orientar sobre a importância de utilizar materiais com negociação direta. • Todas as decisões são tomadas por consenso. • Suporte e trabalho em conjunto com o Comitê Educativo nos casos de conflito ou conduta inadequada. • Embasados nos preceitos éticos, nos casos de condutas discordantes e não solúveis, poderá ser realizada uma liberação administrativa, orientando o paciente sobre a opinião da Comissão. Desta forma, procura-se resguardar a cooperativa sobre possível processo civil. ➣ Comissão de Análise Especializada Conduta: • Próteses de disco e métodos percutâneos não são liberados (exceto vertebroplastia). • Artrocare, Fator de Crescimento não são liberados. • Instrumentalização de coluna apenas em casos de compressão medular ou radicular com instabilidade. • Dor cervical isolada não é critério para instrumentalização. • Hérnia discal lombar em um nível deve ser feito apenas a dissecectomia. • Instabilidade como indicação para instrumentalização quando queixa clínica compatível e comprovação radiológica. • Cirurgia de cisto de faceta simples não deve ser submetidos a artrodese. Diretoria de Integração Cooperativista 95 • Revisões de artrodese somente com exames que justifiquem a indicação. • Cirurgia que remova uma faceta articular por si, não é indicativo de artrodese. • Cross link apenas em mais de dois níveis de artrodese. Resultados: • Identificação de desvios de conduta. • Identificação de cooperados que não são executores do procedimento (terceirização de cirurgias). • Redução direta de custos e procedimentos. • Fator educacional nas solicitações. • Normatização; • Orientação na seleção de fornecedores; • Elaboração de termo de consentimento informado cirúrgico específico. • Dr. José Tarcísio Buschinelli - Superintendente Médico de Ações de Saúde • Dr. Sócio Graziano - Diretor do Comitê Educativo • Dra. Elaine Aparecida Sclearuc - Gerente Divisão Otimização de Custos • Drs. Jean-Luc Fobe, Paulo Satiro e Prof. Dr. Fernando Braga Comissão de Análise Especializada - Cirurgia de Coluna • Dra. Ana Paula Herbella de Deus - Médica Auditora 14. Artroscopia Artroscopia por Radiofreqüência: Indicações: Indicações Ombro. ContraContra-indicações: Joelho, exceto Sinovite vilo-nodular. 15. Âncoras em patologia do ombro: foi decidido autorizar as âncoras metálicas. Diretoria de Integração Cooperativista 96 16. Suture Lasso – no momento este material está negado. 17. Cirurgia vídeo vídeoeo-artroscópica de ombro - será remunerada da seguinte forma: - Cirurgia realizada por via única: será remunerado somente o procedimento 3.07.08.11-7; - Cirurgia realizada por mais de uma via de acesso: será remunerado o procedimento 3.07.08.09-5 (100%) + 3.07.31.16-0 (70%) ou 3.07.31.22-4 (70%). 18. Segmentos da coluna em procedimentos cirúrgicos ortopédicos: será pago o procedimento Dissectomia por nível anatômico e Laminectomia por segmentos. 19. 19 O procedimento 3.07.15.10-5, deve ser remunerado por segmento: cervical, torácico, lombar e sacral. 22 – Otorrinolaringologia 1. Não há cobertura para aparelhos auditivos, bem como para testes e manutenção dos mesmos. 2. Nas autorizações prévias, caracterizar os seguintes procedimentos cirúrgicos com finalidade estética ou não. Diretoria de Integração Cooperativista 97 Rinoplastia reparadora .................................................3.05.01.34-2 Rinoseptoplastia funcional ...........................................3.05.01.35-0 Septoplastia cartilaginosa ............................................3.05.01.36-9 3. Rinosseptoplastia (3.05.01.35-0). O cliente será obrigatoriamente submetido à perícia médica com o otorrinolaringologista. 4. Septoplastia cartilaginosa (qualquer técnica) (3.05.01.36-9): a Septoplastia / Ressecção são procedimentos totalmente distintos, não excludentes entre si, e devem ser realizados independentemente, quando da indicação médica. Quando solicitado Septoplastia + Turbinectomia, remunerá-se 100% para Septoplastia e 50% para Turbinectomia. Caso a Turbinectomia seja bilateral, remunerá-se 50% 2 vezes. 5. Adenoidectomia (CBHPM 3.02.05.04-2). É importante o RX de Cavum e a Nasofaringoscopia Anterior para autorização prévia. 6. Remoção de Cerúmem (CBHPM 2.01.04.06-5). Limitado a 15% (quinze por cento) do total de consultas (procedimento autogerado). 7. Audiometria (CBHPM 4.01.03.07-2). Limitado a 30% (trinta por cento) do total de consultas (procedimento autogerado). 8. Auditometria Tonal Limiar ao Neonato. Não há responsabilidade de pagamento. 9. Nasofibrolaringoscopia para dignostico e/ou biopsia (CBHPM 4.02.02.48-8). Limitado a 20% (vinte por cento) do total de consultas (procedimento autogerado). • Procedimentos cirúrgicos – Limitados a 10% (dez por cento) do total de consultas. • Procedimentos gerais e exames complementares – Limitados a no máximo 50% (cinqüenta por cento) do total de consultas. Diretoria de Integração Cooperativista 98 10. Sinusectomia. Utilizar o código CBHPM 3.05.02.24-1, que abrange todos os seios da face. Sendo bilateral, remunerar em 1,7 vezes (conforme tabela de honorários médicos vigente), não se justificando solicitar vários códigos separados. 11. Cirurgia para Apnéia do Sono (CBHPM 3.02.05.24-7 Uvulopalatofaringoplastia (qualquer técnica local)). Deverá acompanhar laudo do exame de polissonografia indicando a cirurgia. Recomendamos perícia pós-operatória. Quando o resultado da polissonografia for normal, solicitar justificativa médica e perícia. 12. Para as videolaparoscopias com ou sem estroboscopia utilizar o código CBHPM 4.02.02.42-9 13. Otoemissões evocadas transientes – (CBHPM 4.01.03.46-3). A liberação deve ocorrer com base nos seguintes indicadores: 1. História familiar de deficiência auditiva congênita. 2. Infecção congênita (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes). 3. Anomalias craniofaciais (más-formações do pavilhão auricular, meato acústico externo, ausência de filtrum nasal, implantação baixa da raiz do cabelo). 4. Peso ao nascimento inferior a 1500g. 5. Hiperbilirrubinemia (níveis séricos indicativos de exsanguineotransfusão). 6. Medicação ototóxica por mais de 5 dias (aminoglicosídeos ou outros, associados ou não a diuréticos de alça). 7. Meningite bacteriana. 8. Boletim Apgar de 0-4 no 1° minuto ou 0-6 no 5° minuto. 9. Ventilação mecânica por período mínimo de 48 horas. 10. Sinais ou síndromes associadas à deficiência auditiva c ondutiva ou neurossensorial. Diretoria de Integração Cooperativista 99 14. O Colégio Nacional de Auditores Médicos Unimed sugere que não seja paga a taxa de vídeo para cirurgias endoscópicas. 15. Implante Coclear: deve ser liberado de acordo com os seguintes critérios: • Crianças até 03 (três) anos completos com surdez neurossensorial profunda bilateral (confirmanda pelo BERA). • Surdez adquirida: perda neurossensorial bilateral profunda (via aérea igual ou maior a 90 decibéis, e/ou via óssea igual ou maior que 70 decibéis). 16. Rinomanometria Computadorizada. Realizado pela Federação das Unimeds do Estado do Paraná Estudo de Medicina baseado em Evidências, onde ficou comprovado que não existe literatura que comprove a eficácia deste exame. Abaixo, na integra estudo disponibilizado e autorizado pela mesma. ESTUDO DE MEDICINA BASEADO EM EVIDÊNCIA Objetivo: Rever as evidências disponíveis sobre a eficácia, efetividade, eficiência e segurança da rinomanometria computadorizada, um exame que avalia a resistência aérea nasal através das variáveis de fluxo e pressão. Profissional alvo: Otorrinolaringologistas, auditores. METODOLOGIA: Fonte de dados: Foram revistos artigos sobre rinomanometria computadorizada, registrados no MEDLINE, Biblioteca do Cochrane, e no Clinical Evidence, Medscape. Palavras-chaves: rhinomanometry computerized, rhinomanometry, cost efectiveness Desenhos dos estudos buscados: Revisões sistematizadas, Ensaios Clínicos Randomizados. População incluída e excluída: Foram avaliados os estudos que abrangessem população masculina e/ou feminina, adulta, sintomática. Diretoria de Integração Cooperativista100 Resultados da busca bibliográfica: Foram selecionados 10 artigos: Guidelines: 2; Revisões narrativas: 7; Dissertação: 1 Fundamentação: A sensação de obstrução nasal é um sintoma comum afetando muitos pacientes com rinite. A obstrução nasal pode ser relativamente fixa causada pela presença de corpo estranho ou anormalidades anatômicas como desvio do septo nasal, pólipos, tumores. A sensação subjetiva de obstrução nasal é de difícil quantificação na prática clínica, a menos que a obstrução seja quase completa. Além disso, a percepção de obstrução nasal varia consideravelmente. Respiração bucal, particularmente em crianças, nem sempre significa obstrução nasal severa. Então, uma técnica objetiva para medir a obstrução nasal poderia ser útil. (5) A rinomanometria (RMM) implica na mensuração da diferença da pressão transnasal demonstrando o fluxo de ar através das cavidades nasais. A pressão e fluxo são obtidos durante a respiração e colocados em um gráfico gerando uma curva, de onde se avalia a resistência nasal. A rinomanometria computadorizada pretende avaliar a resistência nasal ao fluxo de ar de maneira padronizada. Por haver carência de evidências sobre a sua efetividade na avaliação da obstrução nasal, e ser um exame ainda pouco utilizado, justifica-se a elaboração de uma busca de evidências sobre as suas indicações e benefícios. CONCLUSÕES DA REVISÃO: • Com relação à avaliação de custo-efetividade, não foram encontradas evidências suficientes que permitam uma decisão a favor ou contra o uso do Rinomanometria Computadorizada. • Há insuficiente informação sobre o papel da Rinomanometria Computadorizada na otimização do tratamento da rinite. Diretoria de Integração Cooperativista101 • Não há indicação para o uso rotineiro de técnicas para avaliação da obstrução nasal. (2,3) • Não há consenso sobre o valor clínico da rinomanometria (8) • A rinomanometria aplicada junto com a rinometria acústica dá uma informação objetiva mais confiável sobre a patência nasal (1) SÍNTESE DA INFORMAÇÃO: Não foi encontrado nenhum artigo sobre a relação custo-efetividade da RMM computadorizada. O relatório da“Agency for Health Research and Quality” (3) sobre o tratamento da rinite alérgica e não alérgica, não faz menção sobre o papel da RMM no tratamento da rinite. O guideline da National Guideline Clearinghouse (9) sobre rinite alérgica e seu impacto na asma faz citações sobre os métodos recomendados para avaliar a resistência nasal (rinomanometria, rinomanometria acústica, rinoestereometria, pico de fluxo nasal inspiratório ou expiratório). Porém não ressalta a superioridade de nenhum método ou faz comparações entre eles sobre qual o melhor. Outro estudo (10) comparou a RMM computadorizada com a salinomanometria simples e foi encontrado que a validade dos dois métodos em predizer futuros desfechos de pacientes com sinusites frontais agudas são equivalentes em curto prazo. O valor preditivo, em longo prazo, necessita ser avaliado. Em seu estudo, Schumacher (6) recomenda que se faça uma padronização do equipamento e que a sua miniaturização aumentará sua aplicação nos estudos de drogas para rinite. Avaliação dos artigos: Seis artigos de revisão encontrados são da década de oitenta. Há uma carência de publicações atuais sobre o tema. Apenas um artigo (1) é mais recente. Não foram encontradas publicações como metanálises, revisões Diretoria de Integração Cooperativista102 sistematizadas, ensaios clínicos randomizados ou estudos de coorte, que seriam estudos de maior nível de evidência. Esses artigos de revisão encontrados são revisões narrativas, cujo nível de evidência é fraco (opinião de especialistas). O estudo que envolveu paciente (10), foi com uma amostra pequena (58 pacientes). ➣ Bibliografia 1. Hirschberg A. Rhinomanometry: an update. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2002 Jul-Aug;64(4):263-7. 2. Lund VJ. Objective assessment of nasal obstruction. Otolaryngol Clin North Am. 1989 Apr;22(2):279-90. 3. New England Medical Center Evidence-based Practice Center. Allergic rhinitis and its impact on asthma. J Allergy Clin Immunol 2001 Nov;108(5):S147-334. 4. Numminen Jura. Clinical Validation of Rhinometric Measurements. http://acta.uta.fi/english/teos.phtml?8045 5. Schumacher MJ. Rhinomanometry. J Allergy Clin Immunol. 1989 Apr;83(4):711-8. 6. Schumacher MJ, Gaines JA, Bescript B. Computer-aided rhinometry: analysis of inspiratory and expiratory nasal pressure-flow curves in subjects with rhinitis. Comput Biol Med. 1985;15(4):187-95. 7. Schumacher MJ. Nasal dyspnea: the place of rhinomanometry in its objective assessment. Am J Rhinol. 2004 Jan-Feb;18(1):41-6. 8. Spiewak R. [Debates on the role of rhinomanometry in modern functional diagnosis of the upper airway]. Otolaryngol Pol. 1997;51(4):377-83. 9. Workshop group in Management of Allergic and Nonallergic Rhinitis. Evidence Report/Technology Assessment: Number 54. www.ahrq.gov/clinic/epcsums/rhinsum.htm Diretoria de Integração Cooperativista103 10. Wide K, Sipila J, Suonpaa J. The value of computerised rhinomanometry and a simple manometry with saline in predicting the outcome of patients with acute trephined frontal sinusitis. Rhinology. 1996 Sep;34(3):151-5. 17. A lâmina de Shaver nas cirurgias de Sinusite crônica por vídeo será liberada desde que solicitada pelo médico assistente com justificativa aceitável. 23 – Pediatria 1 – Manta Pediátrica Ficou decidido não liberar a manta térmica para neonatos, considerando que a recepção do recém-nascido em sala de parto é realizada no berço de calor radiante e na UTI Neonatal em incubadora ou berço de calor radiante. Diretoria de Integração Cooperativista104 24 – Pneumologia 1. As avaliações da função respiratória estão estimadas em 30% (trinta por cento) do total das consultas realizadas e limitadas à especialidade (procedimento autogerado). Será autorizado 01 (um) exame a cada 6 (seis) meses, a não ser em casos devidamente justificados. 2. O código CBHPM 4.01.05.07-5 (Prova de função pulmonar ventilatória) será autorizado para quem possui equipamento computadorizado. 3. Para equipamento simples paga-se o código: Diretoria de Integração Cooperativista105 4.01.05.01-6 - Determinação das pressões respiratórias máximas 4. Teste de broncoprovocação com histamina, metacolina ou carbacol: será autorizado 01 (um) exame/paciente/ano, sendo usado os códigos CBHPM 4.01.05.07-5 e 4.14.01.10-7 somados, devido à grande complexidade do exame e à demanda de tempo. 5. Para os testes alérgicos realizados por pneumologistas, valem os mesmos critérios apresentados anteriormente para alergologia. 6. Os testes alérgicos estão estimados em 12% (doze por cento) do total de consultas (procedimentos autogerados). 7. Não existe pagamento para vacinas antialérgicas. 8. Para as clínicas de tosse credenciadas pela UNIMED, os exames normalmente solicitados são: ➣ Rx do tórax, seios da face, parasitológico de fezes, prova de função pulmonar; ➣ Se continuar – fibrobroncoscopia; ➣ Se continuar – endoscopia digestiva e pH-metria; ➣ Se continuar – teste de provocação por carbacol - indicado para verificar hiper-reatividade brônquica. 9. Os procedimentos endoscópicos CBHPM 4.02.02.05-4: quando realizados ambulatorialmente, deve-se pagar taxa de ambulatório mais gastos. Os demais procedimentos devem ser feitos em centro cirúrgico, devendo ser paga a taxa de sala, conforme o porte anestésico. 10. Quando há solicitação de Laringoscopia, Traqueoscopia e Broncoscopia, paga-se o procedimento de maior valor. 11. Indicações de Espirometria – Consenso Brasileiro sobre Espirometria de 1996. Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretoria de Integração Cooperativista106 ➣ Identificação de doença ou envolvimento pulmonar ➣ Quantificação da doença; ➣ Diagnóstico; ➣ Detecção precoce de doença; ➣ Fumantes após 35 anos; ➣ Avaliação periódica de trabalhadores expostos a poeiras; ➣ Investigação de dispnéia: caso a espirometria seja normal, pode ser indicado o teste de broncoprovocação. ➣ Acompanhamento e resposta ao tratamento: Espirometrias são indicadas em: • Asma Em crise: avaliando apenas os dados clínicos, os médicos freqüentemente subestimam a gravidade da obstrução e avaliam incorretamente a magnitude da resposta ao tratamento. Na falta da espirometria, o PFE pode ser usado; porém, o VEF1 é melhor indicador do grau de obstrução. Manutenção: as espirometrias periódicas são indicadas em asmáticos com doença moderada/grave para verificar o nível de função atingido após introdução de tratamentos de manutenção como corticosteróides inalados. • DBPOC Trata-se de uma doença definida funcionalmente. A capacidade de o médico estimar a gravidade da doença a partir de casos clínicos é limitada. Além disso, o VEF1 é o melhor indicador de prognóstico. Espirometrias anuais (fora do período de exacerbação) devem ser realizadas para avaliação da história natural da doença. De modo semelhante à asma, espirometrias Diretoria de Integração Cooperativista107 seriadas após mudanças de tratamento podem oferecer informações importantes. • Doenças intersticiais difusas Para acompanhamento, medidas de dispnéia por questionários validados, difusão de CO, Sat O2 no exercício e CVF (capacidade vital forçada) são os testes mais importantes e devem ser repetidos em geral a cada 3 (três) meses ou em prazos maiores ou menores, de acordo com a evolução individual. • Avaliação de incapacidade • Avaliação prépré-operatória • Espirometria - exame pré-operatório considerado de rotina em todo candidato à ressecção pulmonar • Pletismografia – Os exames necessários deverão ser solicitados separadamente, conforme a indicação clínica para o caso. • Polissonografia – Não é pertinente a cobrança concomitante dos códigos CBHPM 4.01.03.53-6 e 4.01.03.22-6. Deverá ser autorizado o código 4.01.03.22-6, conforme Instruções Gerais e decisão do Colégio Nacional de Auditores Médicos Unimed. Não existe pagamento de diária para realização deste exame. 12. 12 Uso de filtros de barreira antibacteriana em circuitos de ventilação mecânica – os estudos mostram que a única indicação para o uso de filtros de barreira antibacteriana em circuitos de ventilação mecânica é para Tuberculose Pulmonar. Diretoria de Integração Cooperativista108 13. De acordo com os trabalhos apresentados foi decidido não autorizar o uso do Omalizumabe (Xolair) na Asma. APROVADO O ESTUDO DA CÂMARA DE MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA. 25 – Quimioterapia e Medicina Nuclear (Radioterapia) 1. Pela nova regulamentação dos planos de saúde deve haver cobertura completa para quimioterapia ambulatorial, desde que o paciente possua cobertura e não esteja em carência; 2. Não existe cobrança de honorários de quimioterapia sem médico presente. Quimioterapia oral não implica pagamento de honorários médicos; Diretoria de Integração Cooperativista109 3. Não se deve pagar honorários médicos e medicação adjuvante em quimioterapia por via oral: 4. Exigências para liberação de oncoterapia (quimioterapia ou radioterapia): • Cadastro do paciente; • Exames anatomopatológicos ou citopatológicos ( laudo do exame ); • Correta codificação, de acordo com a CID 10; • Estadiamento; • Planejamento terapêutico (inicial ou continuidade de tratamento. 5. Não liberar tratamento quimioterápico experimental fora dos protocolos habituais; 6. A indicação da quimioterapia oral deve ser estudada caso a caso, considerando a relação custo-benefício principalmente quanto à quimioterapia paliativa, na qual a intenção é melhorar a qualidade de vida do paciente evitando internações desnecessárias e medicamentos de alto custo; 7. Durante o período observacional pagar hormonioterapia oral ou injetável ambulatorial. Continuar se houver resposta; 8. Angiografia Carotídea Bilateral: ficou definido pelo Colégio Nacional de Auditores Médicos UNIMED que devem ser pagos os códigos CBHPM 4.08.12.04-9 (1x) e 4.08.12.05-7 (2x). 26 – Urologia 1. Não há cobertura para Vasectomia (CBHPM 3.12.05.04-6). Poderá ser liberada como complementação de prostatectomia a céu aberto (CBHPM 3.12.01.12-1). Pagar 70% (setenta por cento), conforme tabela de honorários vigentes (cirurgia com acesso diferente). Diretoria de Integração Cooperativista110 2. PSA livre – CBHPM 4.07.12.15-0: o procedimento deve ser liberado com base nas seguintes indicações: valor de referência acima de 2,5 Ng/Ml do PSA total, inclusive para pacientes com idade inferior a 50 anos. O código acima contempla PSA total e PSA livre. 3. Para exames cistoscópicos será pago 1 (um) tubo de Xylocaína gel para pacientes do sexo masculino e 1/4 para pacientes do sexo feminino, quando utilizada apenas anestesia tópica. 4. Não haverá pagamento de cateterismo e pielografia ureteral para cateterismo e pielografia. Em casos emergenciais para bloqueio renal com pionefrose, paga-se o cateter duplo J. 5. Na Cirurgia de Postectomia (CBHPM 3.12.06.22-0) associada ao procedimento Plástica de Freio Balanoprepucial (CBHPM 3.12.06.21-2), ficou decidido não pagar os dois códigos quando cobrados no mesmo ato e sim quando realizados ‘’per si’’. Se realizada a seção de freio isoladamente, este ato se constitui em um procedimento cirúrgico diferenciado, conforme referendado pelo parecer da Sociedade Brasileira de Urologia. 6. Para a colocação de cateter duplo J, será necessário a solicitação prévia de autorização. Diretoria de Integração Cooperativista111 6. A Ressecção de Próstata (CBHPM 3.12.01.13-0), obedece aos seguintes critérios: • Nos casos em que a anatomia patológica mostrou insuficiência de material para confirmação diagnóstica, recomenda-se pagar como ressecção de colo vesical – CBHPM 3.11.03.21-9 e/ ou biópsia prostática – CBHPM 3.12.01.032 • Observar se não se tratou de eletrovaporização prostática ou ablação a laser. Diretoria de Integração Cooperativista112 • Em média observa-se um mínimo de 10(dez) g de ressecção, sendo que em casos nos quais se resseca somente o lobo médio esse volume pode ser menor. • Procurar sempre correlacionar com a descrição cirúrgica e anatomo patológico, na qual deverá constar o diagnóstico histológico de HBP, cabendo então um volume menor se a descrição cirúrgica assim justificar. 7. Quando houver duplicidade de procedimentos como eletrovaporização de próstata e ressecção endoscópica, remunera-se apenas o maior. 8. Nos procedimentos de eletrovaporização prostática, vídeo ressecção de próstata e ablação prostática a laser, paga-se o código CBHPM 3.12.01.13-0 e os seguintes materiais: a) 1/3 do valor da alça utilizada para vídeo ressecção; b) 1/3 do valor da alça utilizada para eletrovaporização; c) 1/5 do valor do balão para dilatação uretral. Observação: Quando solicitado o uso de balão para dilatação uretral e/ou uretrotomia, exigir uretrocistografia que comprove estenose. Os valores da alça serão negociados pelas Unimeds. 9. Cateter Duplo J por ureteroscopia: o pagamento deve ser por trans-cistospia. Existem critérios específicos para o uso de Duplo J, conforme definido na Ata da 2ª Reunião do Comitê Nacional de Auditoria em Saúde. Ficou definido pelo Colégio Nacional de Auditores Médicos UNIMED a utilização dos códigos abaixo relacionados, de acordo com o quadro clínico do paciente: a) 3.11.02.04-2 – Colocação cirúrgica de duplo J; b) 3.11.02.05-0 – Colocação endoscópica de duplo J; c) 3.11.02.06-9 – Colocação nefroscópica de duplo J; d) 3.11.02.07-7 – Colocação ureteroscópica de duplo J. Diretoria de Integração Cooperativista113 10. Como os materiais cirúrgicos descartáveis em urologia são de alto custo, recomenda-se o seguinte: • Pagamento de cateter duplo J, conforme o item anterior; • Pagamento de guia para punção em cirurgia percutânea; • Pagamento de kit de nefrostomia quando permanecer no paciente; • Pagamento integral do kit de nefrostomia para acesso à cirurgia percutânea; • Não pagamento de injeção de teflon para RVU; • Pagamento de 1/3 da sonda de dormia (utilizada para retirada do cálculo) 11. Para pagamento de Nefrolitotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque – LECO, negociam-se pacotes. Para reaplicações, deverá ser utilizado como parâmetro a portaria SE/SAS/47 de 13/08/2001 em que o limite máximo para as patologias ureterais são de 2 (duas) reaplicações e, no caso das patologias renais, de 3(três) reaplicações com valor de 50% (cinqüenta por cento) do valor do pacote; excetuam-se os cálculos coraliformes. 12. Ureterorrenolitotomia unilateral (3.11.02.35-2). Paga-se apenas para quem possui o equipamento ureteroscópio. 13. Ureterorrenolitotripsia rigida unilateral (3.11.02.37-9) URETEROLITOTOMIA (TRIPSIA) TRANSURETEROSCÓPICA Questões Relevantes • Considerações Gerais • Códigos passíveis de utilização • Quando o procedimento está indicado • Tamanho ou localização do cálculo • Alternativas terapêuticas • Quando utiliza ‘’Cateter Duplo J’’ Diretoria de Integração Cooperativista114 • Taxa de Aparelho é qual o valor real ?? • Materiais utilizados. Considerações Considerações Gerais • A litíase é uma das doenças mais freqüentes do trato urinário • Cerca de 12% da população dos EUA apresentam cálculo renal em algum momento da vida • Impacto econômico da morbidade associada aos cálculos renais é superior a U$ 1.8 bilhões por ano. • Procedimento Invasivo • Necessita Equipamento especializado Cistoscópio Ureterorrenoscópio Fonte de Luz Habitualmente Microcâmera e Vídeo Litotridor – Balístico, US, Laser etc. • Materiais de Sala – Instrumentais Pinças para apreensão do cálculo – Material permanente habitualmente Sondas tipo Basket (Dormia) – Reutilizíveis porem com vida útil reduzida (3 a 4 X). Fios Guias – usa sempre – Metálico = 1 uso; hidrofólico permite 3 a 4 usos. Balão Dilatador – nem sempre utilizado • Internação Hospitalar ou Hospital Dia. • Anestesia – Bloqueio ou Geral • Medicamentos utilizados de rotina Antibiótico – no mínimo profilático. Diretoria de Integração Cooperativista115 Analgésicos e AINH, mesmo após a remoção do cálculo, tendo em vista o edema residual. Anti-emético – comum Códigos Passíveis de utilização 3.11.02.35-2 - UreterorrenolitoTOMIA 3.11.02.37-9 - UreterorrenolitoTRIPSIA * NÃO AUTORIZAR * 3.11.02.05-0 – Colocação endoscópica de duplo J unilateral 3.11.02.07-7 – Colocação ureteroscópica de duplo J unilateral Colocação de ‘’Cateter Duplo’’ 3.11.02.05-0 – Colocação Endoscópica (habitual – retira o ureterorrenoscópio, deixando o fio guia e coloca cateter através de controle com cistoscópio ou radioscopia). 3.11.02.07-7 – Colocação Ureteroscópica – feita através de Controle com o Ureteroscópio – pouco factível, pois não cabem cateter e ureteroscópio no ureter. Exceção extrema à regra – casos complexos e com justificativa adequada. Quando o procedimento está indicado? • Dr. Neilton G. Prado Obstrução Recente • Tratamento Sintomático – 3 a 4 semanas • Quando não eliminar – Ureterolitotomia transureteroscópica sob visão direta com sondas ‘’gem cesta’’. • Cateter Duplo J – não necessário Obstrução Recorrente • Cálculos volumosos Diretoria de Integração Cooperativista116 • Provável dilatação ureteral • Realizar Tripsia ou deslocar o calculo para pelve renal • Duplo J – 10 a 30 dias. Cálculos Impactados • Ultrapassar o cálculo com fio guia. • Litotripsia ‘’gin situ’’ • Dilatação ureteral provável • Lesões de mucosa freqüentes • Pode necessitar segundo tempo • Duplo J – sempre Guia Prático de Urologia - Capítulo 171 Litíase ureteral – métodos propedêuticos e indicações terapêuticas*Pedro Paulo de Sá Earp Quando o procedimento está indicado? • Cálculos no ureter superior • de 1 cm, ou impactados ou obstrutivos - percutânea ou ureterolitotripsia; • até 1 cm, não impactado ou obstrutivo – LECO – (80% de sucesso). • Cálculos de ureter médio • > de 1 cm, impactado, obstrutivo, não visível - ureterolitotripsia; • até 1 cm, bem visível, não obstrutivo ou impactado – LECO; • até 1 cm, dificilmente visível – ureterolitotripsia. • Cálculos de ureter distal • > de 1 cm, impactado ou obstrutivo ou pouco visível – ureterolitotripsia; • até 1 cm impactado ou obstrutivo ou pouco visível – ureterolitotripsia; • até 1 cm não impactado ou obstrutivo e visível – LECO ou ureterolitotripsia. Tamanho ou localização do cálculo Diretoria de Integração Cooperativista117 De acordo com o tamanho podemos dar as seguintes orientações, seguindo o consenso americano publicado em 1997: 1) Cálculos pequenos, menores que 5 mm, devem ser tratados conservadoramente, salvo quando existir bloqueio renal completo, sintomatologia muito severa ou infecção concomitante; 2) Cálculos entre 5 e 10 mm – dependerá da situação no momento para tomada de decisão entre LECO e ureterolitotripsia; 3) Cálculos maiores de 10 mm – se não forem obstrutivos, não estiverem impactados, não existir infecção e a sintomatologia for tolerável, a LECO pode ser uma boa escolha. Em caso contrário a ureterolitotripsia com colocação de duplo J deve ser o procedimento de eleição; 4) Cálculos muito grandes e situação muito adversa podem ser tratados através de cirurgia convencional – ureterolitotomia. • Dois terços dos cálculos – ureter distal • Eliminação espontianea em 60 a 90 %. • Manipulação Médica em 20 a 25 % dos casos. • A eliminação do cálculo em um só tempo é motivo de satisfação do paciente e menor custo. Alternativas terapêuticas • Litotripsia Extra-corpórea: • Primeira opção do paciente • Não invasiva, porém permanece a eliminação • Resolução para ureter depende do equipamento (75 a 81% ) dos cálculos • Multiplos tratamentos. • Custo – 4000 ch (inicial) e 2000 ch (reaplicações) Diretoria de Integração Cooperativista118 Indicações PréPré-Operatórias de Litotripsia Extracorpórea 1. Cálculo renal (calicial ou piélico) maior ou igual a 0,5 cm. 2. Cálculo ureteral com uma das condições abaixo: • Infecção renal de difícil tratamento; • Obstrução; • Hematúria Maciça; • Dor persistente e intensa; • Perda da função renal; • Intervenção prévia no local. • Extração Endoscópica “às cegas” • Passagem sem visão de Sonda ‘’em cesta’’. • Alto índice de complicações. • Não recomendada na maioria dos serviços. • Pode ser usada com controle fluoroscópico. Quando utiliza ‘’Cateter Duplo J’’ ? • Indicação absoluta • Perfuração Ureteral • Laceração de ureter na Tripsina • Indicação aceitável • Procedimento prolongado • Dilatação Ureteral (meato puntiforme) • Cálculos grandes Diretoria de Integração Cooperativista119 Taxa de Aparelho – Qual o valor real? • Definir se haverá esta taxa. • Definir o que compõe a taxa: • Ureterorrenoscópio – U$ 6.800,00 • Litotridor – U$ 5.500,00 • Fonte de Luz – U$ 3.500,00 • Microcâmera e Monitor – U$ 4.000,00 • Pinças Permanentes – U$ 1.500,00 Materiais utilizados • Fio Guia: • Metálico – uso único (R$ 68,00) • Liofilizado – uso 3 x (R$ 200,00) • Cateter Balão: Diretoria de Integração Cooperativista120 • Uso Multiplo (pagto 1/3 no máximo), verificar real utilização • Sonda Dormia: • Uso Multiplo (pagto 1/3 no máximo) • Cateter Duplo J: • Quando utilizado (Se pagar Kit – já tem fio guia junto). 14. Peniscopia (CBHPM 4.13.01.28-5). Indicado para HPV (papilovirus). Limitado a 10%(dez por cento) das consultas urológicas. 15. Na Prostatavesiculectomia radical (CBHPM 3.12.01.11-3) pode ser autorizado o código de linfadenectomia inguinal ou ilíaca (CBHPM 3.09.14.04-3). Não pode ser autorizado o procedimento CBHPM 3.11.04.15-0 (neouretra proximal). 16. Em Infertilidade masculina é comum se proceder à correção cirúrgica de varicocele (CBHPM 3.12.03.12-4). 17. Guia Ureteral Pig tail hidrofíico. Ficou recomendado que o pagamento do Guia Ureteral seja fracionado de acordo com a utilização local, a sugestão é que seja pago 1/3 do valor do guia, que equivale praticamente a um guia normal. Não há justificativa para o pagamento integral. 18. Faca de Sachs - Material considerando permanente, portanto, faz parte da taxa de Sala de Cirurgia. 19. Indicações do uso de “Slings” para correção de Incontinência Urinária de Esforço: TVT x Polipropileno (PROLENE). Com base nos estudos apresentados e no parecer da Sociedade Brasileira de Urologia, autorizar no Intercâmbio Nacional o Polipropileno, e nas solicitações de uso do TVT, será autorizado somente com justificativa médica. Diretoria de Integração Cooperativista121 SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNOSE E TERAPIA 1. ANÁLISES CLÍNICAS 1. O uso de descartáveis para exames laboratoriais dependerá de cada UNIMED. 2. A solicitação de exames deverá ser devidamente preenchida com indicação médica. 3. Para exames acima de 300 UTs, seguir os critérios adotados no Manual de Intercâmbio Nacional. 4. Teste de HIV – PCR poderá ser autorizado para confirmação da doença somente após a realização prévia dos outros exames pertinentes. 5. Os médicos não-cooperados não poderão solicitar exames, exceto nos casos previsto na Lei 9.656/98. 6. Teste de Risco Fetal atualmente não tem cobertura contratual. Porém, com a nova regulamentação dos planos de saúde, a UNIMED deverá considerar a possibilidade de autorizá-lo. 7. Teste do Pezinho: liberar para o Intercâmbio Nacional o Teste do Pezinho Básico ou o Ampliado, conforme quadro abaixo: BÁSICO AMPLIADO 4.03.01.81-8 4.03.01.81-8 4.07.12.52-4 4.07.12.52-4 4.07.12.54-0 4.07.12.54-0 4.05.02.09-0 4.03.04.84-1 4.07.12.01-0 4.03.02.56-3 Diretoria de Integração Cooperativista122 Os exames abaixo relacionados devem ser solicitados entre a 14ª e a 18ª semana de gestação, tendo como finalidade a detecção de: • Síndrome de Down • Espinha Bífida • Trissomia do 31 e 21 É composto de: Nome do procedimento Cód. CBHPM Alfa Feto Proteína 4.07.12.06-0 BHCG 4.07.12.32-0 Estriol 4.07.12.25-7 8. Exame de Colesterol Não se paga em virtude de ser um cálculo matemático. Para se obter o resultado tem que ter Colesterol Total, HDL e Triglicerídios, e restante é por fórmula. Fórmula: Colesterol Total = HDL + LDL + Triglicerídios 5 VLDL = Triglicerídios 5 LDL - Colesterol Total - HDL - VLDL Somente quando TGC < 400 Ficou definido que acima de 400, deve se pagar o LDL normalmente no Intercâmbio 9. Teste do olhinho (teste do reflexo vermelho): A cobrança do teste do olhinho não é pertinente, pois faz parte da consulta médica. 10. Excludência de códigos: CBHPM 4.03.04.36-1 e 4.03.04.44-2– ficou definido pagar somente o código 4.03.04.36-1, tendo em vista que neste Diretoria de Integração Cooperativista123 procedimento está incluso a contagem de plaquetas (parecer da Associação Médica Brasileira). 11. Pagamento de exames de hemoterapia quando da utilização de plaquetas em aférese – será pago somente por plaquetas. 12. Exame de NAT/HCV ou NAT/HIV – não será liberado/pago no Intercâmbio Nacional, tendo em vista não constar no Rol de Procedimentos Médicos, salvo casos de Ações Judiciais. Diretoria de Integração Cooperativista124 2. DENSITOMETRIA ÓSSEA – 4.08.08.124.08.08.12-2 1 - Ficam normatizadas no Intercâmbio Nacional as indicações da liberação do referido procedimento: • Pacientes do sexo feminino: a) Idade acima de 65 anos. b) Idade acima de 45 anos e com deficiência estrogênica: c) Quaisquer com amenorréia prolongada (mais de um ano de história clínica). d) Peri ou pós-menopausa possuindo pelo menos um a dois fatores de risco, conforme tabela anexada ao parecer. • Pacientes do sexo masculino: a) Idade acima de 65 anos ou portador do Hipogonadismo. São indicações de realização do exame em pacientes de qualquer sexo: a) Quando tiverem sofrido fratura por um trauma mínimo ou de forma espontânea. b) Quando houver incidência radiográfica de osteopenia ou fratura de corpo vertebral. c) Quando houver uso de corticosteróide por três ou mais meses (geralmente doses maiores ou pelo menos de 7,5 mg de prednisona ou equivalente). d) Quando houver índice de massa corpórea menor de 19. e) Em portador de doença crônica ou quando em uso de outras medicações associadas à Osteoporose. f) Quando houver mudança de massa óssea decorrente da evolução da doença (Osteoporose) e de diferentes tratamentos disponíveis. g) Quando houver perda de estatura menor ou igual a 2,5cm ou Hipercifose Torácica. Método de Diagnóstico por Imagem Diretoria de Integração Cooperativista125 Diretoria de Integração Cooperativista126 Diretoria de Integração Cooperativista127 Diretoria de Integração Cooperativista128 3. RADIOLOGIA GERAL 1. Não existe taxa de sala para exames radiológicos, ultra-som, tomografias, ressonância magnética, com exceção dos exames de radiologia intervencionista. Nesses casos, a UNIMED poderá pagar uma taxa de sala de ambulatório (60 UTs). 2. Todos os exames radiológicos deverão ser solicitados pelo médicoassistente. As indicações para os exames deverão ser claras, devendo fornecer subsídios aos auditores para avaliação da real necessidade do exame; porém, não devem servir de parâmetro para negativa. A negativa será realizada após conversar com o médico solicitante. 3. Os honorários médicos dos exames radiológicos serão pagos somente a médicos radiologistas. Obs.: Quando não houver radiologista para leitura do exame, a UNIMED pagará somente o material utilizado. Nesse caso, a UNIMED não pagará honorário médico referente ao exame. 4. Na mamografia, o pagamento do filme poderá obedecer ao seguinte critério: quantidade de 0,24 m2 ao valor do filme específico para mamografia ou o equivalente a 0,60 m2 do filme comum. 5. A UNIMED pagará filmes radiológicos e contrastes, obedecendo a determinadas normas: BÁRIO Diretoria de Integração Cooperativista129 Copo = 150 ml CONTRASTE IODADO COMUM Observações: a) Nesses exames a UNIMED pagará: ... 1 par de luvas ... 1 seringa descartável de 5 ml ... sonda utilizada ... 5 compressas de gaze ... 10 ml de álcool b) Na Broncografia: Diretoria de Integração Cooperativista130 ... 1/50 de Xylocaína spray ... 1 ampola de Valium de 10 mg ... 1 ampola de atropina c) Na Colangiografia venosa: ... 250 ml de sol. fisiológica d) Na Colangiografia percutânea: ... 1 ampola de Xylocaína CONTRASTE IODADO NÃONÃO-IÔNICO (IOPAMIRON) Mielografia e Mielotomografia: ... 1 ampola (lopamiron) ... 1 par de luvas ... 1 ampola e Xylocaína ... 1 seringa descartável de 5 ml ... 1 agulha OUTROS CONTRASTES Colecistograma oral: ... 6 a 12 comp. de colebrina 6. Indicações de contraste não iônicos em exames de imagem – Anexo estudo da Câmara de Medicina Baseada em Evidência. Diretoria de Integração Cooperativista131 4. RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA MAGNÉTICA – RNM 1 - A Ressonância Nuclear Magnética avalia os vários tecidos do organismo, por meio das diferentes intensidades de sinais que eles possuem. Trata-se de um método muito sensível para a detecção de lesões, porém algumas vezes pouco específico. O encéfalo, a medula, os nervos e as meninges são melhores avaliados por esse método de imagem. Lesões profundas no lobo temporal, nas estruturas da fossa posterior e na junção cervicobulbar são melhores visualizadas que com a TC. As doenças desmielinizantes, o acompanhamento das hemorragias intracranianas, a detecção precoce de infartos cerebrais e os defeitos do desenvolvimento do SNC são melhores avaliados com a RM. A RM também é superior à TC na avaliação da espinha, dando muito melhor resolução da medula, do espaço subaracnóideo, da anatomia vertebral e de suas relações. Os discos intervertebrais são melhores visualizados. O meio de contraste é utilizado para pesquisa de lesões vasculares, neoplásicas e inflamatórias/infecciosas. O contraste vai definir melhor as neoplasias intra-raquídeas e os processos inflamatórios das meninges e diferenciar hérnia de disco recorrente de cicatriz pós-operatória. É administrado por via endovenosa na quantidade de 1-15 ml. Nas crianças, a posologia é 0,1 – 0,2 ml/Kg. Para o estudo da vascularização intracraniana e dos vasos do pescoço pode-se realizar a angiografia por ressonância magnética. O uso do contraste é opcional, melhorando a qualidade das imagens em alguns casos. Essa técnica ainda não alcançou a sensibilidade da angiografia invasiva. 1.1 - Critérios de indicação para Ressonância Nuclear Magnética – RNM Diretoria de Integração Cooperativista132 a) A RNM do crânio é o melhor meio de avaliar patologias não-hemorrágicas do cérebro. Não deve ser feita juntamente com a TC. a1) Avaliação da fossa posterior ou tronco cerebral (mesmo quando há suspeita de hemorragia). a2) AVC isquêmico (ou suspeita de múltiplos infartos com demência). a3) Suspeita de aneurisma e má-formação vascular. a4) Suspeita de trombose do seio sagital. a5) Suspeita de tumores (meningiomas, neurinomas do acústico). a6) Suspeita de metástases ou linfomas. a7) Suspeita de tumores de hipófise. a8) Lesões intra-orbitais ou trato visual. a9) Suspeita de infecções intracranianas (não-diagnosticadas por punção lombar). a10) Suspeita de esclerose múltipla. b) É o melhor meio para se avaliar a maioria das doenças da coluna. b1) Suspeita de metástases ou infecções. b2) Tumores ósseos primários. b3) Esclerose múltipla. b4) Hérnia de disco com sintomas progressivos há mais de dois meses, sem resposta ao tratamento. c) É o método sensível para avaliação hepática (abdômen). c1) Suspeita de metástases hepáticas. c2) Suspeita de feocromocitoma ou adenoma da adrenal c3) Diferenciação entre tumores do fígado e hemangiomas. Diretoria de Integração Cooperativista133 OBS.: Para a avaliação e estadiamento de tumores pélvicos, pode-se usar um dos dois métodos, TC ou RNM, preferivelmente RNM, mas nunca ambos. 1.2 - Indicações para uso de contraste Diretoria de Integração Cooperativista134 1.3 - ContraContra-indicações absolutas - Ressonância Magnética a) Clip de aneurisma cerebral b) Marca-passo cardíaco c) Prótese metálica auditiva interna d) Corpo estranho metálico no globo ocular e) Prótese metálica implantada há menos de 1(um) mês Diretoria de Integração Cooperativista135 f) Projétil metálico de arma de fogo próximo a estruturas vasculares importantes. 1.4 – ContraContra-indicações relativas - Ressonância Magnética a) Próteses ortopédicas em geral b) Próteses dentárias fixas c) Projétil de arma de fogo d) Próteses ortopédicas antigas e) Pacientes com claustrofobia 2 - Critérios sugeridos para Ressonância Nuclear Nuclear Magnética (RNM) para um bom serviço de Radiologia Angioressonância a) Substitui a angiografia convencional. b) É melhor do que a TC para vasos. c) Normalmente utiliza-se contraste apenas para vasos de grande calibre (aorta torácica e abdominal). d) Órgãos em movimento não têm indicação. Normalmente, é indicado para órgãos parados. e) É o melhor exame para cérebro e tecnicamente não se usa contraste. f) O maior benefício é a diminuição de custos: o paciente não precisa ser internado e sai com o diagnóstico pronto, não havendo necessidade de outros exames. ContraContra-indicações para a Angioressonância a) Prótese metálica. Diretoria de Integração Cooperativista136 b) Marca-passo. c) Corpo estranho metálico. Restrições para Angioressonância a) Artérias intra-renais, tronco celíaco, mesentérica superior. b) Arco aórtico (somente com contraste), coronária, fígado e outros órgãos em movimento. c) Patologias da coluna: é o melhor exame para verificar patologias da coluna. Normalmente solicita-se primeiro RX simples seguido de ressonância, se necessário. d) Esclerose múltipla, doenças desmielinizantes e patologias degenerativas de coluna têm indicação de RNM em vários segmentos. e) Crise convulsiva parcial: é o melhor exame, indicado para crise convulsiva parcial e nesse caso está indicado o uso de contraste. f) Normalmente, não é necessário pagar taxa de bomba injetora, pois faz parte do próprio exame. 3) Os insumos para a realização de tomografia computadorizada e ressonância magnética devem ser pagos conforme regras da AMB/92. Diretoria de Integração Cooperativista137 5 - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA – TC 1 - A TC é um método de imagem que permite a avaliação dos diversos tecidos que compõem o corpo humano, permitindo uma visão bidimensional da anatomia, sendo utilizada na avaliação do cérebro, dos ventrículos, da calota craniana e das partes moles contíguas. A TC pode detectar anormalidades ósseas mais precoces do que o RX. O uso do contraste EV poderá demonstrar tumores, anomalias vasculares e processos inflamatórioinfecciosos. O meio de contraste é administrado por via endovenosa, variando de acordo com o peso, sendo a dose calculada 1-2 ml/Kg. Pode-se empregar o meio de contraste iônico ou não-iônico. Critérios de indicação para Tomografias Computadorizadas Diretoria de Integração Cooperativista138 ContraContra-indicações para a Tomografia Computadorizada a. Gestantes b. Próteses metálicas próximas ou na área de interesse c. TAC com contraste em pacientes alérgicos ao contraste iônico d. TAC com contraste em pacientes com insuficiência renal severa 2 - TOMOGRAFIA AXIAL COMPUTADORIZADA Indicações para uso de contraste 3) O uso de contrastes nas tomografias é opcional e seu uso dependerá do médico radiologista. Quando for usado contraste, deverá haver justificativa do radiologista. Quanto ao tipo de contraste, a auditoria deverá conversar com os radiologistas locais no sentido de utilizar os contrastes mais baratos, sem prejudicar a qualidade do exame. Diretoria de Integração Cooperativista139 4) Se houver ocorrência de quadro alérgico em qualquer exame com uso de contraste, a UNIMED pagará medicação antialérgica. 5) Pagar até 4 (quatro) ampolas de contraste iodado (uromiron), para TC de crânio. 6) Para diagnóstico de patologias discais, a UNIMED pagará tomografia computadorizada somente para 3 (três) espaços intervertebrais. 7) Todos os exames de tomografia computadorizada deverão ter autorização da UNIMED prestadora do atendimento, exceto nos casos de urgência/emergência. 8) Pagam-se materiais, tais como luva, soro, seringas, equipos e outros. 9) Contrastes utilizados em exames radiológicos e quantidades médicas por exame realizado: Diretoria de Integração Cooperativista140 10) Critérios sugeridos para um bom serviço de Radiologia a) Normalmente não se realiza aortografia abdominal e torácica ao mesmo tempo. Uma é realizada em um dia e a outra é realizada em outro dia. Devido a esse fato, utilizam-se 3 ampolas de contrastes em um dia e 3 ampolas de contraste em outro dia. b) Vaso de grande calibre com turbilhão normalmente requer contraste. c) O RX de crânio é um exame em extinção (não tem indicação nenhuma). d) Nos problemas de coluna lombar, o RX simples é o primeiro exame indicado. Caso haja dúvidas ou indicação para mais detalhes, indica-se a ressonância magnética. È perda de tempo solicitar TC para coluna lombar. e) Pneumoartrografia de joelho é um exame que não se usa mais. Nos problemas de joelho, principalmente meniscos e ligamentos, está indicado primeiro um RX simples, seguido de ressonância magnética, se necessário. “A tomografia computadorizada não é indicada para esses tipos de problemas”. f) A TC dos seios da face é indicada para avaliar o complexo osteomeatal em caso de sinusopatia crônica e de repetição sem melhora do quadro e para avaliar polipose sinunasal. g) Cefaléia persistente de longa duração. h) TC de coluna cervical, dorsal ou lombar não tem nenhuma indicação, a não ser que se solicite o nível que se quer verificar. O exame mais indicado para um primeiro diagnóstico é o RX simples acompanhado de ressonância magnética, caso necessário. i) Nos casos de AVC, normalmente a TC faz o diagnóstico de hemorragia cerebral imediatamente; de outras causas, somente após 48 horas. A ressonância magnética faz o diagnóstico mais rápido (em torno de 8 horas). Nesses casos, se houver suspeita de hemorragia cerebral, solicita-se a TC; se a suspeita persistir ou houver dúvidas com relação ao diagnóstico, o exame de eleição é a ressonância magnética. Diretoria de Integração Cooperativista141 j) A TC não está indicada para as patologias coxo-femoral. Normalmente, o melhor exame é o RX simples, acompanhado da ressonância magnética, se necessário. k) A TC de crânio com contraste somente é utilizada se houver suspeita, na TC simples, que justifique o uso – tumor mal definido. Normalmente, o uso de contraste não chega a 20% (vinte por cento) das tomografias normais. 11) Tomomielografia: essa técnica avalia os defeitos intradurais que as lesões podem causar. É usada para esclarecer achados não-conclusivos de RM, TC ou mielografia. Ajuda a delimitar suaves deslocamentos de raízes nervosas provocados por herniação póstero-lateral dos discos intervertebrais e associação com osteófitos. Também é usada para demonstrar lesões císticas intra-raquídeas e hidromielia. A avulsão de raiz também pode ser detectada por essa técnica. O procedimento tem se tornado a segunda escolha com o advento da RM com contraste, porém permanece muito útil para as indicações acima mencionadas. O contraste tem que ser, necessariamente, não-iônico, e deve ser administrado no espaço subaracnóideo e, dependendo da região a ser examinada, a quantidade vai variar entre 5 – 20 ml. 12) Tomocisternografia: é utilizada para a pesquisa do local de fístula liquórica, para identificar as lesões císticas no espaço subaracnóideo que tenham o mesmo comportamento de imagem que o LCR; no diagnóstico diferencial entre cisto aracnóide e epidermóide e para estudar a dinâmica liquórica (hidrocefalia de pressão normal). O meio de contraste tem que ser, necessariamente, não-iônico, sendo administrado por via intratecal e na quantidade de 15-20 ml. 13) Tomoventriculografia: é utilizada para a pesquisa de cavidades septadas intraventriculares, que ocorrem nas hidrocefalias de múltiplos Diretoria de Integração Cooperativista142 compartimentos pós-ventriculites, ajudando no planejamento cirúrgico. É também empregada para delimitar defeitos intraventriculares provocados por massas neoplásicas/infecciosas e na estenose de aqueduto. 14) Angiografia Cerebral: mesmo com o advento da TC e da RM, ainda é um método valioso para o diagnóstico dos aneurismas, más-formações vasculares, estreitamentos ou oclusões arteriais e venosas, e dissecações arteriais. O estudo dos quatro vasos cerebrais é necessário quando existem aneurismas ou más-formações vasculares. Um refinamento da técnica é a angiografia por subtração digital, que utiliza o processamento computadorizado digital para produzir imagens das principais artérias cervicais e intracranianas, permitindo melhor visualização dos vasos. 15) Tomografia Multislice: não será liberado no Intercâmbio Nacional este procedimento, pois ficou entendido pelos membros do Colégio Nacional de Auditores Médicos Unimed que se trata apenas de uma nova técnica. 16) Os insumos para a realização de tomografia computadorizada e ressonância magnética devem ser pagos conforme regras da AMB/92. Diretoria de Integração Cooperativista143 6. ULTRAULTRA-SONOGRAFIA 1) A UNIMED autoriza exame de USG Ginecológica/Obstétrica em consultórios e/ou clínicas, ao médico cooperado que preencher as normas do Colégio Brasileiro de Radiologia ou conjuntamente com a FEBRASGO. Deverá ser credenciado pela UNIMED. 2) As ultra-sonografias serão liberadas de acordo com a cobertura contratual. 3) Para controle de indução de ovulação (três ou mais exames), a liberação será de acordo com a tabela de honorários vigente e cobertura contratual, código 33.01.019-6 ou CBHPM 4.09.01.31-9. 4) USG de Abdômen Total (CBHPM 4.09.01.12-2) compreende abdômen superior e pélvico, portanto não cabe a solicitação de USG de abdômen total e pélvico. Poderá ser aceita a solicitação de abdômen superior (CBHPM 4.09.01.13-0) e pélvico (CBHPM 4.09.01.18-1). 5) USG Transvaginal (CBHPM 4.09.01.31-9) somente nos casos justificados. Os serviços de referência devem ser orientados para que, no caso de realizar U.S.G abdominal e a mesma não ficar definida, seja feita a transvaginal, pagando-se a de maior valor. As USG transvaginais devem ser realizadas somente em caso justificado: B1) Avaliação de ovário e endométrio em menopausa. B2) Cicatrizes abdominais; B3) Obesidade; B4) Avaliação de endométrio em vigência de reposição; B5) DIP crônica B6) Primeiro trimestre de gestação (sem somatória com obstétrico) 6) USG Obstétrica com Doppler. Utilizar o código CBHPM 4.09.01.24-6 Para USG obstétrica, autoriza-se conforme o contrato. Caso haja necessidade além do especificado, deverá haver justificativa médica. Diretoria de Integração Cooperativista144 7) Doplerfluxometria Obstétrica: é um método não-invasivo que proporciona uma análise hemodinâmica da circulação fetal e útero-placentário, identificando fetos com risco de morte intra-uterina e preditiva para D.H.E.G. Ginecológica: é um método não-invasivo que permite análise e configuração da vascularização do útero e do ovário. Indicações em Obstetrícia Gestação de alto risco: Diabetes, DHVC, DHEG, DHPN, Cardiopatias materna; Nefropatias graves; Hematopatias, Natimortos anteriores, CIUR, Hemorragias do 2º e 3º trimestre. Indicações em Ginecologia Doenças malignas do útero (CA de corpo, CA de colo, coriocarcinoma); Estudo dos tumores de ovário; Estudo de doenças benignas do útero (miomatose uterina, adenomiose, hiperplasia endometrial); Suspeita de gestação ectópica. Autorização/ Liberação Obstétrica: a solicitação deve ter justificativa do médico de gestação de alto risco e exames que comprovem a patologia; será liberada pela auditoria médica. Ginecológica: a liberação de Dopplerfluxometria em ginecologia somente será feita com o laudo da USG anterior e/ou outros exames que se mostrem de acordo com as indicações; só poderá ser liberada pela auditoria médica. 8) As USG Ginecológicas estão limitadas conforme o contrato. 9) Com 03 (três) USG na gestação (respeitados limites contratuais) detectamse 90% das más-formações congênitas e alterações que impliquem riscos Diretoria de Integração Cooperativista145 gestacionais, sendo 01 USG em cada trimestre conforme a Sociedade Brasileira Medicina Fetal. 10) USG Ultra-Sonografia Morfológica: indicação para todas as gestantes, entre 20 e 24 semanas. Será autorizado apenas um ultrassom morfológico por gestação, e o segundo através de justificativa médica. 11) Perfil Biofísico Fetal: Somente será autorizado aos serviços de Medicina Fetal. 12) O ultrassom de Translucência Nucal – é a mais importante ferramenta diagnóstica para a detecção pré-natal das anomalias congênitas. Permitenos examinar a anatomia interna e externa fetal e detectar a grande maioria não somente das malformações graves, mas, também avaliar ‘’marcadores biofésicos’’ ou ecográficos de anomalias cromossômicas e/ou genéticas. Embora, algumas mulheres estejam no grupo de ‘’alto risco’’ para anomalias e aneuploidias fetais, quer pela história familiar, exposição de agentes teratogênicos ou infecções, a grande maioria das anomalias ocorre no grupo de ‘’baixo risco’’ (sem qualquer história anterior). Conseqüentemente, o exame ultra-sonográfico morfológico deve ser oferecido rotineiramente para todas as mulheres grávidas. Este exame é realizado em um único período de gestação, preferencialmente entre 20-24 semanas. Entre 10-14 semanas é realizado o ultrassom obstétrico normal, incluindo a mensuração da prega nucal é translucência nucal. Diretoria de Integração Cooperativista146 7. OBSERVAÇÕES GERAIS 1. Como liberar pacote para 02 cirurgias (02 pacotes) A sugestão/orientação dos membros do Colégio é que as cirurgias que forem realizadas por pacotes sejam liberadas da seguinte forma: 100% para as de maior e 50% para as de menor valor. 2. Avaliações em conjunto Devem obrigatoriamente ter justificativa médica e parecer da Auditoria concorrente. 3. Definição de órteses, próteses e matérias de síntese, conforme definição da sociedade. Órtese: artefatos que auxiliam uma função. No caso da Ortopedia e Traumatologia, esta função é a dos membros, coluna vertebral e bacia. Variam muito em complexidade, indo desde as bengalas e muletas até aparelhos sofisticados como os coletes e moldes apostos aos membros. Próteses: artefatos que visam substituir segmentos perdidos. Podem ser uso dentro do corpo, implantadas cirurgicamente como, por exemplo, as artroplastias totais ou parciais do quadril (endopróteses) ou de uso externo, como uma perna mecânica (exopróteses). Síntese: na medicina é utilizada para descrever a reaproximação de bordas teciduais rotas ou incisas. Na ortopedia e Traumatologia, o termo é utilizado com o mesmo sentido, designando o meio que mantém fragmentos ósseos estabilizados durante um tratamento (osteossínteses). Podem ser utilizados: fios metálicos, placas e parafusos, hastes intramedular, fixadores externos etc. Portanto, o fixador externo, seja o modelo que for, é um material de síntese, um meio de estabilização dos fragmentos ósseos, tenham eles origem em um trauma ou em ato médico cirúrgico. Diretoria de Integração Cooperativista147 4. Oxigenoterapia Hiperbárica: não será liberado para os usuários de Intercâmbio Nacional, pois este procedimento não consta do Rol de Procedimentos editado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. 5. Materiais de Medicamentos Importados: de acordo com o parecer da Agência Nacional de Saúde - ANS, as operadoras devem fornecer aos seus beneficiários próteses, órteses e materiais ligados ao ato cirúrgico de procedência nacional, desde que seja coberto pelo produto. Caso não haja similar nacional, as operadoras devem cobrir as próteses, órteses e materiais ligados ao procedimento cirúrgico de procedência estrangeira (importados), desde que sejam produtos nacionalizados. Os medicamentos seguem o mesmo raciocínio acima descrito, inclusive para os demais eventos cobertos. 6. Para procedimentos de alta complexidade (PAC), será solicitado CID e relatório méidco. Diretoria de Integração Cooperativista148 Diretoria de Integração Cooperativista149