Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 11--Introdução Introdução 1.1 1.1––Sinais Sinais n Uma grande variedade de acontecimentos e actividades que caracterizam o mundo real podem ser descritos por intermédio de sinais que contêm a informação acerca desses acontecimentos ou actividades. Por exemplo: Ø o estado do tempo pode ser descrito por intermédio da informação contida em sinais que representam a temperatura do ar, a pressão atmosférica, a velocidade do vento, etc; Ø numa emissão de rádio, a voz do locutor estimula o microfone através de sinais acústicos que contêm a informação relativa à memssagem que ele pretende transmitir; Octávio Páscoa Dias 1 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.1 1.1––Sinais Sinais(cont.) (cont.) para monitorar o funcionamento do reactor de uma central nuclear são usados uma multiplicidade instrumentos que produzem sinais com a informação sobre os parâmetros relevantes que avaliam o comportamento do reactor. Ø Ÿ Para extrair a informação dos sinais o observador ( homem ou máquina) necessita invariavelmente de processar os sinais da forma mais adequada à situação em causa. Usualmente, o processamento de sinal é realizado por intermédio de sistemas electrónicos, o que torna necessário converter o sinal produzido pelo sensor num sinal eléctrico, de tensão ou de corrente. Esta conversão é feita por intermédio de dispositivos designados por transdutores. Octávio Páscoa Dias 2 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.1 1.1––Sinais Sinais(cont.) (cont.) Ÿ Existe uma larga variedade de transdutores que se adequam às diversas formas físicas dos sinais a processar. Por exemplo, as ondas acústicas geradas pela voz humana podem ser convertidas em sinais eléctricos, por intermédio de um microfone, o qual, é de facto, um transdutor de pressão. O estudo de transdutores está fora do âmbito da disciplina, assumindo-se que os sinais de interesse já existem na forma de sinas eléctricos, sendo as suas fontes representadas de acordo com a figura 1.1. Equivalente de Thevenin Equivalente de Norton Figura 1.1 – Fontes de sinal. Octávio Páscoa Dias 3 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.1 1.1––Sinais Sinais(cont.) (cont.) Ÿ Em geral, os sinais não são de caracterização simples em termos matemáticos, como, por exemplo, o que se ilustra na figura 1.2. Porém, é de grande importância a completa caracterização dos sinais a processar pelos sistemas electrónicos para que estes realizem as funções desejadas. Ÿ Na secção seguinte, é feita uma breve referência à caraterização matemática de sinais . Figura 1.2 – Sinal arbitrário de tensão. Octávio Páscoa Dias 4 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais Ÿ Um sinal pode ser descrito pela soma de funções sinusoidais de diferentes frequências e amplitudes (figuras 1.3 e 1.4), para tal é usada a Série de Fourier para os sinais periódicos e a Transformada de Fourier para os sinais não periódicos. Figura 1.3 – Componentes sinusoidais de um sinal que tende para a forma rectangular. Octávio Páscoa Dias 5 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais(cont.) (cont.) Figura 1.4 – Componentes sinusoidais de um sinal que tende para a forma triangular (dente de serra). Octávio Páscoa Dias 6 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais(cont.) (cont.) Ÿ A caracterização matemática de um sinal arbitrário por intermédio do seu espectro de frequência, faz com que os sinais sinusoidais sejam de grande importância na análise, projecto e teste de sistemas electrónicos. Daí, o interesse de uma revisão breve às propriedades do sinal sinusoidal. Ÿ A figura 1.5 mostra um sinal sinusoidal de tensão va(t), va (t ) = Va sin( ωt ) com, ω = 2πft T= 1 f Figura 1.5 – Sinal sinusoidal Octávio Páscoa Dias 7 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais(cont.) (cont.) Ÿ O sinal sinusoidal fica completamente caracterizado, • pelo valor de pico, Va; • pela frequência, ω; • pela fase, θ. A fase é medida relativamente a uma referência arbitrária no tempo. No caso ilustrado na figura 1.4, a referência para a origem do tempo foi escolhida de forma a obter-se fase nula, isto é, θ = 0. É frequente expressar-se a amplitude do sinal sinusoidal em termos do seu valor eficaz (root-mean-square – rms), Vrms = Octávio Páscoa Dias Va 2 8 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais(cont.) (cont.) Ÿ A série de Fourier permite expressar um dado sinal periódico no tempo, por intermédio da soma de um número infinito de sinusóides, harmonicamente relacionadas. Por exemplo, o sinal periódico representado na figura 1.6, pode ser expresso por, 4V 1 1 v (t ) = (sin ω0 t + sin 3ω0 t + sin 5ω0 t + ...) π 3 5 Figura 1.6 – Onda quadrada Octávio Páscoa Dias 9 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais(cont.) (cont.) onde, V é a amplitude da onda quadrada, e ω0 = 2π , é frequência fundamental da onda quadrada, T T é o período da onda quadrada. Ÿ A figura 1.7, representa o espectro de frequência da onda quadrada, de acordo com as componentes sinusoidais da série. Figura 1.7 – Espectro de frequência da onda quadrada Octávio Páscoa Dias 10 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.2 1.2––Caracterização Caracterizaçãode deSinais Sinais(cont.) (cont.) Ÿ A transformada de Fourier pode ser aplicada a um sinal não periódico no tempo, como o exemplo da figura 1.2, que por comodidade, se repete na figura 1.8. Como a figura 1.9 ilustra, o espectro de frequência de um sinal não periódico, é representado por uma função contínua na frequência. Figura 1.8 – Sinal não periódico no tempo Octávio Páscoa Dias Figura 1.9 – Espectro de frequência do sinal não periódico 11 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3––Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares Ÿ Conceptualmente a amplificação constitui a operação mais elementar do processamento de sinal. ŸA necessidade da amplificação advém do facto dos transdutores fornecerem sinais demasiado “fracos” (da ordem dos µv ou mv) para excitarem os actuadores, e também, porque sinais de maior amplitude permitem um processamento mais simples. ŸO bloco funcional que realiza a amplificação de sinais fracos é designado por amplificador de sinal. Octávio Páscoa Dias 12 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3––Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ O amplificador de sinal deve apresentar um comportamento linear, isto é, a forma do sinal de saída deve ser igual à forma do sinal de entrada, excepto quanto à amplitude (figura 1.10). Qualquer alteração à forma de onda do sinal de entrada introduzida pelo amplificador é considerada distorção, que é, naturalmente, indesejável, um vez que isso adultera a informação contida no sinal. vo vi t vi A vo t Figura 1.10 – Linearidade na amplificação Octávio Páscoa Dias 13 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3––Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Um amplificador que preserva a forma do sinal de entrada é caracterizado pela relação, v0 (t ) = Avi (t ) onde, vi é o sinal de entrada; vo é o sinal de saída; A é o ganho do amplificador. Ÿ Usualmente o amplificador é representado pelos símbolos ilustrados na figura 1.11. vi vo A Figura 1.11 – Símbolos de amplificadores Octávio Páscoa Dias 14 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ Um amplificador recebe um sinal de entrada, vi(t), e fornece à carga, RL, um sinal, vo (t), que constitui uma réplica amplificada do sinal de entrada. O ganho de tensão, Av, é definido por, Av ≡ vo vi A figura 1.12 mostra a característica de transferência de um amplificador linear de tensão. Figura 1.12 – Característica de transferência de um amplificador linear de tensão Octávio Páscoa Dias 15 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ Um amplificador aumenta a potência do sinal de entrada, o que entre outras características o distingue da funcionalidade de um transformador. De facto, embora o transformador possa fornecer à carga uma tensão superior à que recebe no primário, a potência que fornece à carga, ligada ao secundário, é inferior à que recebe no primário. Ÿ O amplificador tem ganho de potência, Ap, que é definida por, PL Ap ≡ Pi Dado que o ganho de corrente é definido como, io Ai ≡ ii Octávio Páscoa Dias 16 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) O ganho de potência pode ser obtido pela relação, Ap = v o × io ⇒ Ap = Av × Ai vi × ii Por razões históricas, os ganhos de tensão, corrente e potência de um amplificador podem ser expressos em decibeis, dB, por intermédio das expressões, AvdB = 20 log Av ; AidB = 20 log Ai ; ApdB = 10 log Ap O facto do factor multiplicativo para o ganho de potência ser 10 e não 20 como acontece para os ganhos de tensão e de corrente, deve-se ao facto de haver uma relação quadrática entre a potência e a tensão ou a corrente. Octávio Páscoa Dias 17 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) ŸUma vez que um amplificador fornece à carga uma potência superior à que recebe da fonte de sinal, torna-se necessário fornecer-lhe essa potência extra, por intermédio de uma ou mais fontes de alimentação dc, como mostra a figura 1.13. Figura 1.13 – Amplificador alimentado por duas fontes dc. Octávio Páscoa Dias 18 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ O balanço das potências envolvidas na operação de um amplificador pode ser avaliado por, onde, Pdc + Pi = PL + Pdissip Pdc é a potência fornecida pelas fontes de alimentação dc, com, Pdc = V1 × I1 + V2 × I 2 Pi é a potência fornecida pela fonte de sinal. Usualmente, Pi = Virms × I irms PL é a potência fornecida à carga, com, PL = Vorms × I orms Pdissip é a potência dissipada nos circuitos internos do amplificador, Pdissip = Pdc + Pi − PL Octávio Páscoa Dias 19 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ A eficiência, η, de um amplificador pode ser determinada pela expressão, PL η= × 100 Pdc Deste modo, a eficiência do amplificador avalia a quantidade da potência dc que é convertida em potência ac entregue à carga. A potência, Pi, fornecida pela fonte de sinal, é considerada nula por ser desprezável comparada com os valores de PL e Pdc. Octávio Páscoa Dias 20 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Exemplo 1.1 Considere um amplificador polarizado por duas fontes de alimentação de ±10 V . A fonte de sinal fornece ao amplificador uma tensão sinusoidal com 1 Vp, e fornece uma tensão sinusoidal com 9 Vp, a uma carga de 1 kΩ. Cada uma das fontes de alimentação fornecem ao amplificador a corrente de 9,5 mA. A corrente fornecida pela fonte de sinal é sinusoidal com a amplitude de 0,1 mA. Determine, a) o ganho de tensão em dB; b) o ganho de corrente em dB; c) o ganho de potência em dB; d) a potência fornecida pelas fontes dc que polarizam o amplificador; e) a potência dissipada no amplificador; f) A eficiência do amplificador. Soluções: a) Av=19,1 dB; b) Ai=39,1 dB; c) Ap=29,1 dB; d) Pdc=190 mW; e) Pdissip =149,6 mW; f) η =21,3 % Octávio Páscoa Dias 21 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ No mundo real não existem amplificadores com linearidade infinita. De facto, tomando apenas em conta as limitações impostas pela alimentação dc de um amplificador, a tensão de saída do amplificador não pode exceder o valor máximo positivo nem ser inferior ao valor mínimo negativo dessa alimentação. Esta limitação ao funcionamento ideal dos amplificadores designa-se por saturação, e está ilustrada na característica de transferência representada na figura 1.14. Ÿ A característica de transferência dos amplificadores práticos, exibe outras não-linearidades, que dependem do esforço despendido no seu projecto e realização. Como exemplo, considere-se a característica de transferência de um amplificador alimentado por uma fonte de alimentação assimétrica (positiva), que se ilustra na figura 1.15. Octávio Páscoa Dias 22 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) L− L+ ≤ vI ≤ Av Av Figura 1.14 – Amplificador alimentado por duas fontes dc (fonte simétrica). Octávio Páscoa Dias 23 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ A característica de transferência representada na figura 1.15, ilustra uma situação mais próxima do comportamento dos amplificadores práticos. Ÿ Para o sinal de saída ser simétrico, o amplificador foi polarizado (bias) sensivelmente a meio da sua característica de transferência, por intermédio da fonte de alimentação, VI. Assim, o sinal de entrada desenvolve-se em torno do ponto de funcionamento em repouso (quiescent point - Q), o qual é definido, na característica de transferência vo=f(v i), pelos valores dc de Vi e Vo. Ÿ O sinal de entrada, vi(t) é sobreposto à tensão dc de polarização VI, sendo a tensão total de entrada descrita pela expressão, v I=V I+v i(t) Octávio Páscoa Dias 24 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Ÿ Se vi(t) tiver uma amplitude suficientemente pequena (sinal fraco), os seus valores instântaneos localizam-se sobre a porção recta, da característica de transferência, em torno do ponto Q, fazendo com que o amplificador tenha um comportamento linear. Deste modo, o sinal de saída vo(t) é proporcional a v i(t),e a tensão total de saída é dada pela expressão, vO=Vo+v o(t) com, vo (t)=Av vi(t) e Av corresponde ao declive do segmento linear da característica de transferência, isto é, Av = Octávio Páscoa Dias dvo dvi Q 25 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Figura 1.15 – Amplificador com característica de transferência não-linear. Octávio Páscoa Dias 26 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.3 1.3--Amplificação Amplificação--conceitos conceitoselementares elementares(cont.) (cont.) Exemplo 1.2 Considere um amplificador com a característica de transferência descrita pela expressão, vO = 10 − 10 −11e 40vi Com o domínio de validade caracterizado por, vI ≥ 0 V e vO ≥ 3 V Determine, a) os limites L+ e L-; b) os valores de vI correspondentes a L+ e L- ; c) o valor da polarização VI que corresponde a VO=5 V; d) O ganho de tensão no ponto de funcionamento em repouso. Soluções: a) L-=0,3 V; L+=10 V; b) vI (L-)=0,690 V; vI (L+)=0 V; c) VI=0,673 V; d) Av=-200 Octávio Páscoa Dias 27 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.4 1.4––Convenção Convenção(IEEE) (IEEE)de desímbolos símbolos i C é valor total instantâneo; IC é o valor dc; i c é o valor incremental instantâneo; I c (I max ) é o valor incremental de pico. iC = I C + ic Figura 1.16 – Convenção IEE para os símbolos Octávio Páscoa Dias 28 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.5 1.5––Modelos Modelosde deamplificadores amplificadores amplificador amplificadorde detensão tensão • Ganho de tensão do amplificador sem contar com o efeito das resistências da fonte de sinal e da carga. vo Av0 = vi Figura 1.17 – Modelo do amplificador de tensão Octávio Páscoa Dias 29 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II amplificador amplificadorde detensão tensão(cont.) (cont.) • Ganho de tensão do amplificador contando com o efeito da resistência de carga vo RL Av = ⇒ Av = Av0 vi RL + Ro • Ganho de tensão do amplificador contando com o efeito das resistências de carga e da fonte de sinal vo Ri RL Av = ⇒ Av = Av0 × vs Ri + Rs RL + Ro Figura 1.18 – Modelo do amplificador de tensão, com as resistências da fonte de sinal e da carga Octávio Páscoa Dias 30 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II outros outrostipos tiposde deamplificadores amplificadores • Na tabela 1.1, apresentam-se os tipos e as características ideais para os seguintes amplificadores de sinal, • Amplificador de tensão; •Amplificador de corrente; •Amplificador de transcondutância; •Amplificador de transresistência. Octávio Páscoa Dias 31 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II outros outrostipos tiposde deamplificadores amplificadores(cont.) (cont.) Tabela 1.1 – Tipos e características dos amplificadores de sinal Octávio Páscoa Dias 32 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.6 1.6––Exercícios Exercíciossobre sobreamplificação amplificação Exemplo 1.3 Um amplificador tem o ganho de tensão de 100 e o ganho de corrente de 1000. Determine em dB, a) o ganho de tensão; b) o ganho de corrente; c) o ganho de potência. Soluções: a) 40 dB; b) 60 dB; c) 50 dB Exemplo 1.4 Um amplificador opera com uma fonte dc de + 15 V e fornece a uma carga de 1 kΩ, uma tensão sinusoidal de 12 Vpp. A fonte de polarização fornece uma corrente de 8 mA. Considere desprezável a potência fornecida pela fonte de sinal, e determine, a) a potência dissipada no amplificador; b) a eficiência do amplificador. Soluções: a) 102 mW; b) 15 % Octávio Páscoa Dias 33 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.6 1.6––Exercícios Exercíciossobre sobreamplificação amplificação(cont.) (cont.) Exemplo 1.5 Para alimentar uma carga de 10 Ω, pretende-se utilizar um transdutor, caracterizado pela tensão de 1 Vrms aos terminais e a resistência de 1 MΩ. Determine, a) a tensão e a potência na carga ,se o transdutor for ligado directamente à carga; b) a tensão e a potência na carga se for intercalado um amplificador de ganho unitário (buffer), entre o transdutor e a carga; c) os ganhos totais de tensão e de potência, em dB, para as condições expressas em b). Soluções: a) VL=10 µVrms; PL=10 pW; b) VL=0,25 Vrms; PL=6,25 mW; c) Av= -12 dB; Ap=44 dB . Exemplo 1.6 A saída de um amplificador de tensão decresce 20 % quando alimenta uma carga de 1 kΩ. Determine o valor da resistência de saída do amplificador. Solução: Ro=250 Ω Octávio Páscoa Dias 34 Curso de Engenharia Electrónica e de Computadores - Electrónica II 1.6 1.6––Exercícios Exercíciossobre sobreamplificação amplificação(cont.) (cont.) Exemplo 1.7 Um amplificador com o ganho de tensão de +40 dB, com uma resistência de entrada de 10 kΩ, e com uma resistência de saída de 1 kΩ, é usado para alimentar uma carga de 1 kΩ. Determine, a) o ganho de tensão, Av0; b) o ganho de potência em dB. Soluções: a) Av0=100; b) Ap=44 dB. Octávio Páscoa Dias 35