COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DA FLOR DE SEDA (Calotropis procera) Vinícius Mousinho de MEDEIROS1; Normando Mendes RIBEIRO FILHO1; Antusia dos Santos BARBOSA1; Antonielly dos Santos BARBOSA2, José Pires DANTAS1. 1 Depto. de Química – DQ – Universidade Estadual da Paraíba – UEPB – Av. das Baraúnas, 351,Bodocongó, CEP: 58109-753, Campina Grande – PB 2 Pós-graduação em Engenharia Química – PPGEQ – UFCG, Campina Grande-PB E-mail: [email protected] Palavras – chaves: Semi – Árido, Flor de Seda, Alimentação Animal. INTRODUÇÃO A desertificação no mundo é muito preocupante. Este fato vem aumento devido ao mau uso do meio ocasionando a destruição destas áreas, tornando o solo inviável para plantio. A Caatinga Semi-árida é considerada o principal Bioma da região Nordeste, ocupando uma área de 734.478 Km², o que corresponde a aproximadamente 49% da área total da região, sendo um patrimônio biológico do Brasil (ROCHA et. al, 2007). Entre as culturas que habitam a região temos a Flor de Seda, planta pertencente a família Asclepiadaceae, originária da Ásia tropical. È utilizada em pequena quantidade na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos com cautela devido à presença de princípios tóxicos (utilizar 30% na composição da ração). Possui folhas glabras quando adultas, flores albas, lavradas de roxo ou vermelhoviolácea, expostas em cimeiras multiflora. folículos 3–4, elipsóides, ovais, amarelo-palidos. As sementes possuem pêlos de 30 mm em média. As folhas, cozidas são anti-reumáticas e calmantes. As sementes constituem ótimos alimentos para galináceos. O presente trabalho teve como objetivo determinar a composição nutricional da flor de seda, afim de, estimular seu uso como mistura complementar na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos. METODOLOGIA Foram coletadas plantas inteiras ao acaso, destas 5 foram selecionadas visualmente e submetidas a secagem em estufa de circulação forçada de ar, a 55°C por 48 horas. Em seguida foram avaliados os parâmetros nutricionais: proteína bruta, gordura bruta, fibra bruta, energia bruta, cinzas e matéria orgânica. Todos os métodos analíticos utilizados seguiram as recomendações de SILVA (1992) E TEDESCO et. al. (1995). RESULTADOS E DISCUSSÃO A tabela 1 apresenta os valores nutricionais da flor de seda, com potencial de uso na alimentação animal. TABELA 1 – Valor nutricional da planta inteira da flor de seda. Análises MS (%) PB (%) GB (%) FB (%) EB (cal/g) Planta Inteira 16,54 10,05 5,04 26,41 3.975 CZ (%) MO (%) 14,11 85,89 MS – Matéria Seca; PB – Proteína Bruta; GB – Gordura Bruta; FB – Fibra Bruta; EB – Energia Bruta; CZ – Cinzas; MO – Matéria Orgânica. Observando os valores apresentados na tabela 1, a planta inteira da flor de seda apresenta valores consideráveis de matéria seca, proteína bruta, gordura bruta, fibra bruta, energia bruta, cinzas e matéria orgânica, estando estes valores aproximados aos descritos por ROCHA et. al. (2007); Constituindo um alimento de alto potencial nutricional para a dieta animal. CONCLUSÃO A flor de seda constitui-se numa espécie vegetal de grande potencial forrageiro, que poderá ser incorporada a dieta alimentar dos rebanhos da Caatinga Semi-Árida. Recomendase que esta seja incorporada como mistura (30% Flor de Seda + 70% outras culturas) por apresentar alto potencial toxicológico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SILVA, A. S. Manual de Análise de Alimentos. Universidade Federal e Viçosa. Viçosa – MG: 1992, p.220. DA ROCHA, Clarice Oliveira; DANTAS, José Pires; CAVALCANTI, Maurílio B. D'Albuquerque; DIAS, Suellen L.; RIBEIRO FILHO, Normando Mendes; PEREIRA, Natália Tito; VASCONCELLOS, Julyana Gonzaga; BEZERRA, Priscila de Souza. Caracterização Química e Bromatológica de Porção Morfológica da Flor de Seda. In. I Congresso Norte Nordeste de Química, Natal-RN. 2007. TEDESCO, J. M./ GIANELO. C. C./ BOHNEN, H./ VOLKWEISS, S.J. Análises de Solo, Plantas e Outros Materiais. Boletim técnico nº 5. 2ª edição revista e ampliada. Porto Alegre: Departamento de Solos, UFRGS, 1995, p.174.