O USO DE SEMINÁRIOS SOBRE ECOSSISTEMAS COMO

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O USO DE SEMINÁRIOS SOBRE ECOSSISTEMAS COMO INSTRUMENTO
DE AVALIAÇÃO FORMATIVA E DE INTEGRAÇÃO DE CONCEITOS EM
AULAS DE ECOLOGIA
Ronaldo Figueiró - [email protected], Centro Universitário de Volta
Redonda (UniFOA), Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da
Saúde e do Meio Ambiente (MECSMA) / Centro Universitário da Zona Oeste (UEZO),
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Valéria S. Vieira - [email protected], Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do
Meio Ambiente (MECSMA)/ Universidade Federal Fluminense (UFF), Faculdade de
Farmácia, Laboratório Universitário Rodolpho Albino.
André R. Senna - [email protected], Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do
Meio Ambiente (MECSMA)
Paulo R. Amoretty - [email protected], Centro Universitário de Volta
Redonda (UniFOA), Curso de Ciências Biológicas / Fundação Oswaldo Cruz
(FIOCRUZ)
Resumo: Os seminários surgiram na Alemanha, dentro das universidades, no
fim do século XVII, tendo se consolidado no século XIX. Em seus primórdios, os
seminários eram adotados no campo da filosofia e das matérias clássicas, no entanto,
com o passar do tempo passaram a ser também empregados no aprendizado da
investigação científica, tendo contribuído para uma aproximação do cientista com o
mundo. Neste artigo, é apresentado o uso de seminários sobre ecossistemas como uma
ferramenta de avaliação formativa e eixo integrador de conteúdos discutidos na
disciplina “Ecologia”, presente no ciclo básico dos cursos de engenharia do Centro
Universitário de Volta Redonda. Esta instituição congrega alunos oriundos de diversas
partes do sul fluminense e de municípios dos estados de SP e MG que fazem fronteira
com o Rio de Janeiro, desta forma constituindo turmas bastante heterogêneas. Ao longo
do período de dois anos, estes seminários foram incluídos no plano de aula desta
disciplina, aqui sendo apresentados e discutidos no presente trabalho os impactos desta
iniciativa sobre os alunos.
Palavras-chave: Avaliação formativa, engenharia, ecologia, seminários.
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APRESENTAÇÃO
Na atualidade tem sido consensual que educação envolva mais do que apresentar
aos discentes conceitos científicos. De acordo com o biólogo Molina (2006), a educação
em sentido genérico poderá ser um importante instrumento voltado a dois processos
principais que definem a nossa espécie homo sapiens: a nossa evolução como espécie
(filogênese) e, nosso desenvolvimento individual (ontogênese). Pensando desta forma
na prática docente, por experiência profissional, principalmente na área de ensino de
ciências, observa-se que as metodologias didáticas e de avaliação não são voltadas para
esta formação individual, nem ao menos norteadas para a inserção do indivíduo na
sociedade.
No processo de formação integral dos alunos, se fossem respeitados os aspectos
individuais, o docente teria sempre em mente os questionamentos de Piaget, e sua teoria
de desenvolvimento humano, que busca compreender o homem em todos os seus
aspectos, englobando fases desde o nascimento até a sua maturidade. Além da teoria de
Vygotsky, que enfatiza a interatividade e a construção coletiva do conhecimento em um
meio sócio-histórico cultural. Sendo assim, teríamos a educação em sua totalidade como
na colocação de Molina (ibdem).
O desenvolvimento do processo educativo deve estar acompanhado sempre de
uma avaliação. Sendo importante que esta seja estruturada no sentido de diagnosticar e
não de medir conhecimentos, promovendo, assim, um retorno aos elementos envolvidos
no processo ensino-aprendizagem. De acordo com Soares e Ribeiro (2001), avaliar pode
ser entendido como um mapeamento ou diagnóstico de como está acontecendo à
aprendizagem, suas dificuldades, obstáculos, avanços, enfim, os aspectos que
necessitam ser aperfeiçoados.
Este artigo tem seu foco principal no ensino de ciências, especificamente em
uma disciplina da área Biológica, “Ecologia”. Pretende-se aqui apresentar uma
experiência didática, com utilização de metodologias diferenciadas, principalmente no
âmbito de avaliações, empregando a avaliação formativa no contexto de seminários, nos
cursos de Engenharia do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA).
Nesta
disciplina os conceitos não devem ser trabalhados somente de forma teórica e isolada,
pois faz-se imprescindível que o aluno compreenda a integração entre eles.
Desta forma, optou-se por introduzir na avaliação somativa a prática de
seminários temáticos, por entender que os mesmos, ao abordarem os diversos
ecossistemas brasileiros, integrariam todos os conceitos vistos ao longo do semestre.
Assim, os discentes seriam avaliados, também, pela capacidade de integração desses
conceitos, construindo seu conhecimento na referida disciplina.
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ENSINO DE CIÊNCIAS
O ensino de ciências tem sido discutido por diversos autores, que interrogam a
aplicabilidade de seus temas no contexto sócio-político-econômico (TRÓPIA, 2009), e,
consequentemente, sua eficácia por transmissão de conhecimento, questionando assim,
as visões simplistas sobre a aprendizagem no âmbito deste ensino. Como exemplo deste
contexto, ressalta-se a obra: A Necessária Renovação do Ensino das Ciências
(CACHAPUZ, et al., 2005), na qual os autores destacam a importância da educação
científica na sociedade para todos os cidadãos, criticando muitas metodologias e
concepções usadas ainda hoje em sala de aula. Debates acerca da importância do
letramento e/ou alfabetização científica para todos os envolvidos no processo ensinoaprendizagem (MARTINS, 2008), propostas de metodologias diferenciadas voltadas
para a pesquisa, especializadas na área de ensino em ciências (MOREIRA, 2011), são
temas muito presentes nas discussões desta área.
Dentro dos temas discutidos em ensino de ciências, cabe-nos pensar nos
processos de formação desses docentes, tanto formação inicial quanto continuada, na
produção de materiais didáticos e metodológicos diferenciados com o objetivo de
contribuir para a criação e introdução de práticas inovadoras na área de ensino
(KRASIILCHIK, 2000; CACHAPUZ et al., 2005). Com a prática profissional em sala
de aula, percebe-se que no cotidiano do Ensino de Ciências, salas de aula, livros texto e
cursos de formação, existem visões deformadas da ciência e da tecnologia. Cachapuz et
al. (2005) analisam algumas dessas visões transmitidas pelo ensino, justificando que as
mesmas acabam por contribuir para o insucesso escolar, com atitudes de rejeição de
algumas disciplinas pelos alunos. No entanto, de acordo com os referidos autores, este
perfil de insucesso escolar pode ser modificado, à medida que os professores sejam
capazes de compreender que ciências estão ensinando. Assim, o conhecimento da
epistemologia poderá ajudá-los na preparação e orientação de suas aulas, dando um
significado mais claro às suas propostas (CACHAPUZ et al., 2009).
Nesse sentido, torna-se relevante articular as pesquisas sobre os diferentes
aspectos que compõem o Ensino de Ciências Biológicas. Além disso, é de grande
relevância o desenvolvimento de estratégias avaliativas neste processo de construção do
conhecimento científico.
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AVALIAÇÃO FORMATIVA
A avaliação formativa pode ser conceituada como a metodologia avaliativa que é
especificamente voltada para geração de um “feedback” na performance do aluno, de
forma a melhorar e acelerar o aprendizado (SADLER, 1998).
Ainda no âmbito de sua conceituação pode-se postular que a mesma seria
responsável por diagnosticar as habilidades e competências do aluno durante o ensino. É
claro que existem autores que buscam separar essas definições, no entanto de acordo
com Perrenoud (1999) mesmo que os autores tentem reservar a noção de competência
para as ações que exigem um funcionamento reflexivo mínimo, habilidades ou hábitos
fazem parte da competência. Seria paradoxal que a competência aparentasse
desaparecer no momento exato em que alcança sua máxima eficácia.
A metodologia de avaliação formativa, portanto, deve ser empregada no ensino
superior como um mecanismo de transformação dos estudantes em aprendizes autoregulados, capazes de regular aspectos de seu pensamento, motivação e comportamento
(PINTRICH & ZUSHO, 2002).
A primeira aparição do conceito de avaliação formativa na literatura foi em
Scriven (1967), que o apresentou como uma oposição à avaliação somativa
(ABRECHT, 1994). Enquanto o conceito de “avaliação somativa” versa sobre uma
avaliação na qual, após um período decorrido, seria possível traçar um panorama geral
sobre o desempenho do estudante (BLACK & WILIAM, 1998), a diferença
fundamental entre este tipo de avaliação e a avaliação formativa reside no papel que o
erro assume em cada uma delas (ABRECHT, 1994). Ao passo que na avaliação
somativa o erro é considerado uma “falta” definitiva de algo, no âmbito da avaliação
formativa esta falta é considerada apenas momentânea, sendo considerada como parte
do processo de aprendizagem (CARVALHO & MARTINEZ, 2005).
Ao longo das últimas décadas tem ocorrido uma mudança na forma que
professores e pesquisadores definem o aprendizado no ensino superior, com uma
substituição da visão que este se tratava de um processo baseado na aquisição do
conhecimento transmitido pelo professor, para um processo no qual os estudantes
ativamente constroem seu próprio conhecimento (BARR & TAGG, 1995; DECORTE,
1996; NICOL, 1997).
PIAGET (1993) defende a abertura de novas possibilidades a serem exploradas
pelo aprendiz, algo que não se daria pela associação de ideias, mas sim pela “liberação
de limitações resistentes”, limitações estas as quais seriam evidenciadas pela ocorrência
do erro.
Desta forma, pode-se considerar que os seminários se constituem em uma forma
de avaliação formativa. Esta metodologia nasceu na Alemanha, dentro das
universidades, no fim do século XVII, tendo se consolidado no século XIX
(FERREIRA & FELÍCIO 2011). Em seus primórdios, os seminários eram adotados no
campo da filosofia e das matérias clássicas, no entanto, com o passar do tempo
passaram a ser também empregados no aprendizado da investigação científica
(MOREIRA, 1997).
Os seminários contribuíram para uma aproximação do cientista com o mundo,
sendo formados grupos para sua realização e promoção do processo de conhecimento,
fazendo com que a diversidade de perspectivas individuais passasse a ser vista como um
elemento enriquecedor (CARVALHO, 1989). Eles são apontados na literatura como
uma ferramenta de ensino que fomenta no aluno o desenvolvimento da criatividade e
autonomia, uma vez que o aluno irá selecionar os pontos mais importantes do tema a ser
apresentado.
Nérici (1992) conceitua o seminário como um procedimento didático que
consiste em estimular o educando a pesquisar um tema, apresentá-lo e discuti-lo
cientificamente. Este procedimento ainda tem papel de socialização dos alunos, uma vez
que estimula o trabalho de grupo em prol da investigação de um ou mais temas sob a
supervisão do professor (VEIGA, 2001).
Ainda segundo Veiga (2001), os seminários possibilitam ao aluno desenvolver a
investigação e a independência intelectual, uma vez que ele será o responsável por
transmitir o conhecimento, ao invés do professor.
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PÚBLICO-ALVO
A disciplina “Ecologia”, inserida no primeiro período do ciclo básico dos cursos
de Engenharia do Centro Universitário de Volta Redonda, se trata de uma matéria
introdutória aos conceitos básicos de ecologia. Dentre esses conceitos ressalta-se: fluxo
de energia, ciclos de nutrientes, níveis de organização dos seres vivos, interações
ecológicas, microevolução e poluição.
Os cursos de Engenharia apresentam turmas com um perfil diversificado, no
qual preponderam estudantes recém-saídos do ensino médio, mesclados a alguns alunos
mais velhos que retomam seus estudos. As turmas usualmente são compostas de
aproximadamente 60 alunos, muitos deles já inseridos na área da engenharia. Os alunos
são composto em sua maioria por moradores de Volta Redonda, no entanto em cada
turma podem ser encontrados discentes oriundos de outras cidades do sul fluminense,
do interior de Minas Gerais e São Paulo, constituindo assim turmas bastante
heterogêneas.
O município de Volta Redonda está situado às margens do Rio Paraíba do Sul,
na Região do Médio Vale do Rio Paraíba, no eixo entre Rio de Janeiro e São Paulo,
abrangendo uma superfície de 181 km2, tendo sua origem se dado devido à instalação da
Companhia Siderúrgica Nacional na década de 1940 (DIAS et al., 2004).
O Centro Universitário de Volta Redonda é a maior instituição de ensino privado
da região. Para a parte pedagógica existem pesquisadores que constituem um núcleo de
apoio ao discente e ao docente, propondo inovações metodológicas e de práticas
avaliativas. Dentre essas inovações podemos destacar o sistema de avaliações
diversificadas (AVDs). É proposto para essa prática avaliativa que o professor aplique
aos seus alunos duas provas formais, ressalta-se aqui que essas provas têm caráter de
avaliação somativa, em períodos previamente estabelecidos no calendário. No entanto, o
sistema permite que o professor distribua parte da pontuação desta primeira avaliação
em atividades complementares, de acordo com a necessidade da disciplina ou mesmo
criatividade do docente, no caso específico desta disciplina optou-se por trabalhar com
os seminários. Então, para a disciplina de Ecologia, a forma de avaliação consiste de
uma parte somativa, que é a prova escrita, correspondendo a 60% do conceito, e uma
avaliação formativa, os seminários, que correspondem aos outros 40% do conceito.
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DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
Os seminários são considerados como avaliação formativa principalmente por
apresentarem em sua característica o poder de integração e contextualização dos
conceitos visto pela disciplina ao longo do semestre. Eles são preparados por grupos de
quatro ou cinco alunos, os quais devem preparar uma apresentação em data-show e cada
aluno falar por um igual período de tempo sobre o tema do mesmo, no período total
para a apresentação de 15 a 20 minutos.
Os temas dos seminários são os diferentes ecossistemas brasileiros, não sendo
permitido que mais de um grupo apresente o mesmo tema. Aos alunos é apresentado um
roteiro de seminário, que aponta os aspectos mínimos do ecossistema que devem ser
abordados: localização geográfica, clima e sazonalidade, processos ecossistêmicos,
fauna, flora e adaptações dos seres vivos às condições do ecossistema em questão.
O conceito de Ecossistema deriva da obra de Darwin, que em seu livro “A
Origem das Espécies” o definiu originalmente pela primeira vez sob o nome de
“Economia da Natureza”. No entanto, é na definição de Tansley que podemos encontrar
as respostas para muitos dos problemas que assolam a humanidade no Séc. XXI, em
meio à crise ambiental que vivemos: "A biocenose e seu biótopo constituem dois
elementos inseparáveis que reagem um sobre o outro para produzir um sistema mais ou
menos estável que recebe o nome de ecossistema” (TANSLEY, 1935).
Na definição de Tansley fica evidenciado que os seres vivos (A biocenose)
promovem profundas mudanças no meio físico (O biótopo), e tais mudanças acabam
por ter profundos impactos sobre os próprios organismos que as provocaram.
Todo ser vivo, ao realizar suas mais básicas atividades de subsistência, promove
mudanças em seu meio: as formas de vida vegetal promovem mudanças no solo que
ocupam, promovendo de forma geral, constantes alterações na composição de gases da
atmosfera ao respirar.
Desta forma, os temas dos seminários assumem um papel de eixo temático
integrador de todos os conceitos abordados anteriormente, visto que para que os alunos
dissertem com propriedade sobre um ecossistema, é necessário que os mesmos
estabeleçam as ligações entre os diferentes conceitos. Desta forma, o entendimento dos
processos ecossistêmicos se faz necessário, assim como o entendimento das relações
dos seres vivos entre si e com seu meio.
A necessidade dos alunos de abordarem adaptações de animais e vegetais ao
meio leva ao entendimento implícito de como a diversidade de condições climáticas se
reflete na diversidade biológica, uma vez que cada ecossistema apresenta fauna e flora
características resultantes das adaptações a estes diferentes aspectos.
À medida que mais ecossistemas são apresentados, os alunos podem ter uma
visão comparativa do funcionamento e da estrutura desses sistemas, assim
internalizando de forma mais efetiva os conceitos das aulas teóricas. Entretanto, não
existe a necessidade da apresentação de todos os temas, pois a função didática
primordial dos seminários é que cada grupo consiga estabelecer as ligações entre os
conceitos necessários ao entendimento do funcionamento ecossistêmico.
A avaliação é realizada com base na quantidade de itens do roteiro contemplados
na apresentação e no nível de correlação entre esses itens presente na apresentação. Os
três principais biomas em termos de extensão têm sido sempre selecionados
voluntariamente pelos alunos (Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado), enquanto que
ecossistemas menos conhecidos, como os Campos Sulinos, por vezes não são
escolhidos por grupo algum.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os seminários têm apresentado um efeito de motivar os alunos a pesquisarem
mais, aprenderem mais sobre os ecossistemas, muitas vezes sendo apresentados mais
conteúdos do que aqueles pedidos no roteiro: frequentemente os grupos introduzem
informações sobre o impacto do homem nesses ecossistemas, e discutem as
consequências que estes podem ter sobre o ser humano.
As apresentações evidenciam um melhor entendimento de conceitos que, até
então, muitos alunos demonstravam parecer abstratos demais para eles, dando forma aos
mesmos, permitindo uma melhor internalização destes conteúdos.
O efeito dos seminários também se fez presente nas avaliações somativas, pois
as respostas de questões discursivas dos alunos passaram a evidenciar um melhor
entendimento da correlação entre conceitos ecológicos, tais como ciclo de nutrientes,
fluxo de energia, diversidade e estabilidade de ecossistemas.
Desta forma, o uso de seminários como avaliação formativa se mostrou um
importante instrumento pedagógico que aproximou os alunos de seu objeto de estudo na
disciplina, propiciando um maior envolvimento e resultando em uma internalização de
conceitos mais efetiva.
Agradecimentos
Uma das autoras (VV) agradece à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) pelo apoio concedido na forma de fomento para
o desenvolvimento do projeto de pesquisa denominado “Oficina de Produtos
Dissemináveis para o Ensino de Ciências” (E-26/190.135/2010).
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THE USE OF SEMINARS ON ECOSYSTEMS AN INSTRUMENT OF
FORMATIVE ASSESSMENT AND CONCEPT INTEGRATION IN ECOLOGY
LECTURES
Abstract: The seminars were born in Germany, inside the universities, towards the end
of the 17th century, having been consolidated in the 19th century. In the beginning,
seminars were adopted in the Field of philosophy and classical disciplines, however, as
time passed, they began to be used in the learning of scientific investigation, having
contributed to an approximation of the science with the world. In this article, the use of
seminars about ecosystems as a tool intended for the formative assessment and na
integration axis for the contents discussed in the course “Ecology”, which is part of de
basic cycle of the engineering undergraduate courses of the Centro Universitário de
Volta Redonda. This institution congregates students originary from various parts of the
southern Rio de Janeiro state, and from municipalities from São Paulo and Minas Gerais
states that make border with the state of Rio de Janeiro, thus resulting in very
heterogeneous classes. Throughout the period of two years, these seminars were
included in the discipline. In this paper we present and discuss the impacts of this
initiative on the students.
Key-words: formative assessment, engineering, ecology, seminars.
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