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A PERCEPÇÃO DE PROPRIETÁRIOS DE ANIMAIS DE
COMPANHIA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO DE
CÃES E GATOS
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. 13, N. 21, Ano 2010
Thais Pelisari
Cristiani Paula Souza
Kcleyr Gonçalves dos
Santos
Suelen Samera Fernandes
Prof. Larissa Correa
Hermeto
Curso:
Medicina Veterinária
UNIVERSIDADE ANHANGUERAUNIDERP CAMPUS DOURADOS
RESUMO
A vacinação nos animais é fator fundamental para a sanidade
animal, desde filhote até adulto, pois os protege de diversas
doenças infecto contagiosas. Nesse contexto o estudo buscou o
conhecimento e a percepção dos proprietários em relação à
importância da imunização, visando o bem estar do animal.
Foram realizadas 102 entrevistas com os proprietários de animais,
sobre vacinação no período de Fevereiro a Abril de 2010,
realizada no Hospital Veterinário da Faculdade Anhanguera de
Dourados/MS. Em se tratando da vacinação quando filhote para
prevenir as viroses, 71,57% afirmaram vacinar os animais quando
filhote e um grande percentual dos entrevistados 53,92%
confessaram não fazer o reforço anual das vacinas. Portanto para
que haja uma visão diferente, os proprietários devem ser
orientados sobre a importância de o animal ser levado ao Médico
Veterinário mais habitualmente e não apenas quando já estão
doentes ou debilitados, mas sim para realização do esquema de
vacinação adequado.
Palavras-Chave: imunização; médico veterinário; proprietários;
viroses; vacinas.
Anhanguera Educacional Ltda.
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, SP - CEP 13278-181
[email protected]
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Publicação: 7 de novembro de 2012
Trabalho realizado com o incentivo e
fomento da Anhanguera Educacional
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146
A percepção de proprietários de animais de companhia sobre a importância da imunização de cães e gatos
1.
INTRODUÇÃO
Nos últimos 120 anos foi demonstrado que a vacinação é o método mais eficiente no
controle de doenças infectocontagiosas, sendo recomendada a qualquer animal desde
filhote, respeitado o período em que a imunidade passiva ocorre, para torná-lo
eficientemente imune a possíveis infecções (TIZARD, 2002).
A importância da vacinação contra as doenças virais age de forma profilática,
pois os programas mundiais de vacinação combatem por completo ou quase
completamente e fazem erradicação de várias doenças em países desenvolvidos (ABBAS
et al, 2003). O conhecimento a respeito da prevalência e distribuição das doenças virais
possui grande utilidade para indicar a necessidade de vacinação nos animais de
companhia e também para indicar medidas de controle (MURPHY et al., 1999).
As vacinas de uso rotineiro induzem proteção pela ativação das células efetoras
de vida longa e células de memória, sendo que a maioria das vacinas funciona através da
imunidade humoral e estão em andamento para estimular as respostas imunes mediada
por células por meio de vacinação (ABBAS et al, 2003).
O uso sistêmico de vacinas contra o parvovírus, adenovírus, canine distemper
vírus (CDV) e coronavírus tem reduzido as infecções e a circulação do vírus na espécie
canina em todo o mundo. Mas o surgimento de novas cepas, a persistência do vírus no
ambiente e em animais portadores e o desenvolvimento e aparecimento de infecções e
doenças em animais vacinados têm contribuído para o caráter enzoótico dessas viroses e a
ocorrência de surtos (BOHM et al, 2004).
A raiva, de todas as zoonoses é a mais temida, sendo que o cão é o principal
transmissor para o homem. O Ministério da Saúde (MS) criou em 1973 o programa de
profilaxia da raiva, aonde prevê medida de controle da doença, através da vacinação em
massa de cães e gatos a fim de deter o ciclo de transmissão do vírus (MIRANDA et al,
2004). Vacinar combater determinado vírus, exclusão e inclusão de cepas na formulação
das vacinas e a idade mínima e intervalos de tempo entre as vacinações são medidas a
serem eventualmente recomendadas (DEZENGRINI et al, 2007).
O presente estudo teve como objetivo determinar o conhecimento e a percepção
dos proprietários em relação à importância da imunização, as doenças que os animais de
companhia estão susceptíveis, o tipo de vacina utilizada, qual o protocolo de imunização
adotada, e se há conhecimento a respeito do reforço anual, visando à saúde e o bem estar
dos animais.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente  Vol. 13, N. 21, Ano 2010  p. 145-155
Thais Pelisari, Cristiani Paula Souza, Kcleyr Gonçalves dos Santos, Suelen Samera Fernandes, Larissa Correa Hermeto
2.
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OBJETIVO
Investigar a percepção dos proprietários de animais de companhia através da aplicação de
questionário sobre a importância da imunização, as doenças que seus animais estão
susceptíveis, qual protocolo de imunização utilizado e tipo de vacina escolhida. Visando a
eficácia do protocolo e vacina utilizada de acordo com as respostas dos entrevistados com
relação aos antecedentes mórbidos do animal após a vacinação.
3.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada no Hospital Veterinário da Faculdade Anhanguera de Dourados/
MS, durante o período de estágio supervisionado II que foi realizado nos meses de
fevereiro até abril de 2010. Foi aplicado um questionário contendo 20 perguntas aos
proprietários dos animais de companhia (tabela 01). No momento da consulta, após a
realização da anamnese do animal no ambulatório era realizada a entrevista na qual o
proprietário respondia as perguntas com alternativas de múltipla escolha a respeito da
vacinação. Ao todo foram respondidos 102 questionários, onde as respostas foram
compiladas e analisadas com auxilio do programa computacional Microsoft Excel 2007.
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A percepção de proprietários de animais de companhia sobre a importância da imunização de cães e gatos
Quadro 1- Questionário sobre imunização aplicado aos proprietários dos caninos atendidos durante a
consulta ambulatorial no Hospital Veterinário da Faculdade Anhangüera de Dourados/MS.
Questionário sobre “Vacinação”
Nome do proprietário:____________________________________
Escolaridade:___________________________________________
Nome animal:__________________________________________
Espécie CAN ( ) FEL ( ) Sexo MACHO ( ) FÊMEA ( )
Raça _________________________________ Idade___________
Suspeita clínica / Diagnóstico:______________________________
1)Quantas pessoas moram na casa?
( ) Adultos ( )CRIANÇAS até 6 anos ( ) ACIMA de 7 e até 16 anos
2) Quantos animais possui? ( )Cães ( )Gatos OUTROS..................
3)Seus animais entram dentro de casa? ( )Sim ( )Não ( )Apenas.............
4) Seus animas tem acesso a rua? ( )Sim ( )Não ( )Apenas.............
5) Sabe porque deve-se vacinar os animais? ( )Sim ( )Não
6) Você sabe para quais doenças deve vacinar o seu animal?
( ) Não sabe ( ) Raiva ( )Parvovirose ( ) Cinomose
( ) Outras........................................................
7) Todos os seus animais (cães e gatos) foram vacinados contra RAIVA? ( )Sim ( )Não
( )Apenas..................................................
8) Eles são revacinados anualmente para RAIVA?
( )Sim ( )Não ( )Apenas................................................................
9) Caso a resposta seja SIM, a vacinação é feita durante a Campanha de Vacinação Anti-rábica
do CCZ?
( )Sim
( )Não
10) Caso a resposta da questão anterior seja NÃO, ONDE costuma vacinar?
11) Este animal possui carteira de vacinação? ( ) Sim ( ) Não
12) Este animal é vacinado na campanha contra a RAIVA?
( )Sim ( )Não
13) Este animal foi vacinado quando filhote para outras doenças?
( )Sim ( )Não ( ) Não sabe
14) Qual vacina foi utilizada?
( )Importada ( )Nacional ( )Não lembra
15) Qual a marca da vacina?__________________________________
16) Quantas doses foram aplicadas quando filhote?
( )1dose/45 dias ( )2/45-66dias
( )3 doses/45-66-87 dias
17) Onde você leva o seu animal para tomar a vacina?
( ) casa agropecuária
( ) clinica veterinária
( ) hospital veterinário
( ) em casa
18) É feito o reforço anualmente desta vacina? )Sim ( )Não
19) O animal já teve diagnóstico de alguma doença após ser vacinado?
( )Não ( )Sim, qual foi diagnóstico?___________________________
20) Com que freqüência o seu animal é levado ao veterinário?
( ) 1x/semana ( ) 1x/mês ( )1x/ ano ( ) só quando doente
4.
DESENVOLVIMENTO
A percepção dos proprietários de animais de companhia a respeito da vacinação é uma
questão importante a ser abordada para a melhora da qualidade de vida destes animais e
a respeito da prevenção a doenças infectocontagiosas. Os proprietário precisam ser
melhor orientados quanto a importância da imunização de seus animais e os protocolos
para que esta medida de controle sanitário seja efetiva.
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Nos últimos 120 anos foi demonstrado que a vacinação é o método mais eficiente
no controle de doenças infectocontagiosas, sendo recomendada a qualquer animal desde
filhote, respeitado o período em que a imunidade passiva ocorre para torná-lo
eficientemente imune a possíveis infecções (TIZARD, 2002).
Durante as primeiras semanas de vida, é importante fazer a proteção contra a
infecção natural, quando o sistema imune do animal não está pronto para suportar uma
infecção por um vírus altamente patogênico e virulento, que é dada pela transferência
passiva imunológica. Uma variação individual no nível de proteção, dependendo do
título de anticorpos que esses animais recebem, através da imunidade materna e pela
quantidade de colostro ingerido pelo filhote. Os anticorpos são catabolizados no
organismo do filhote, levando a meia vida de cerca de oito dias. A imunidade adquirida
dura cerca de nove a doze semanas, havendo redução na sexta a sétima semana de vida.
Após a exposição ao agente viral desenvolvem imunidade longa através de anticorpos
neutralizantes persistindo por muitos anos (BIAZZONO et al, 2001).
As enfermidades podem ser combatidas mediante a utilização de vacinas que
possuem adequada capacidade imunológica. A proteção contra as enfermidades causadas
por esses vírus pode ser obtida mediante a utilização de vacinas que possuam adequada
capacidade imunogênica (EK KOMMONEN et al., 1997; JOZWIK et al., 2002).
Há alta correlação entre os títulos de anticorpos e o nível de proteção e, devido a
isso, a determinação dos níveis de anticorpos é uma medida amplamente utilizada como
indicador de imunidade ao vírus da cinomose e parvovírus sendo estas as doenças de
ocorrência mais rotineira (JOZWIK et al., 2002; ELIA et al.,2005).
Segundo Domingos et. al. (2007) em estudo do perfil da população de cães e
gatos em Mato Grosso do Sul, constataram que há negligência dos proprietários quanto à
imunização de seus animais. Isso demonstra a necessidade de um trabalho efetivo de
conscientização dos proprietários de animais de companhia, tendo em vista o contato que
os mesmos têm com seus animais e o risco de zoonoses.
5.
RESULTADOS
O presente trabalho buscou representar um estudo sobre o conhecimento e os cuidados
que os proprietários devem ter a respeito da imunização dos seus animais de companhia
evitando assim o risco de contraírem viroses e assim adoecerem.
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A percepção de proprietários de animais de companhia sobre a importância da imunização de cães e gatos
Foram realizados 102 (cento e duas) entrevistas com os proprietários dos animais
sobre vacinação no período de fevereiro a abril do ano de 2010, realizada no Hospital
Veterinário da Faculdade Anhanguera de Dourados/MS.
A primeira questão abordada aos proprietários foi quantas pessoas moram em
casa, obtendo como resultado um total de 76,57% do número de adultos, 13, 71% acima de
7 anos e 9,71% acima de 6 anos. Outra pergunta questionada foi quantidade de animais as
pessoas possuem em casa, sendo que os números foram de 214 cães (81,27%), 31 gatos
(11,79%) e ainda tiveram outros animais de estimação tais como hamster, porco da índia e
peixe (6,84%), dados representados no gráfico 01, sendo que esses valores também foram
verificados por Pinheiro Jr. et al (2006, p.3) que mostra em entrevista feita durante a visita
domiciliar no município de Garça /SP em 160 casas com animais de estimação foram
encontrados 180 (87,80%) cães e 25 (12,20%) gatos, de um total de 250 animais.
Gráfico 01: Número de animais, de acordo com questionário respondido no Hospital Veterinário.
Em relação aos motivos pelo qual deve se vacinar os animais, 92,16%
responderam “SIM”, ou seja, estavam cientes do porque deve se imunizar os animais
tendo como resposta” para evitar e prevenir que o animal fique doente”, já 6,86% deram
como resposta “NÃO”, negam ter o conhecimento do porque deve se vacinar os animais e
0,98% não contestaram a está pergunta durante a entrevista.
Sobre quais doenças devem vacinar os animais, quando questionados aos
proprietários foram obtidas como resposta 21,84% responderam cinomose, 45,98% deram
como resposta raiva, 21,26% falaram parvovirose, 10,92% não sabiam para quais doenças
devem vacinar os animais. Vacinas contra doenças infecciosas comuns nos cães
(cinomose, hepatite infecciosa, parvovirose, coronavirose) são importantíssimas para a
saúde do animal e para o controle dessas doenças na população canina. Os surtos
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esporádicos podem surgir e isso ocorre principalmente pela falta de vacinação dos cães
(FREITAS, 2000).
Entre todos os entrevistados 87 (85,29%) admitiram ter a carteira de vacinação do
animal, 13 (12,75%) afirmaram que não possuíam e 2 (1,95%) recusaram responder a esta
pergunta pois não lembravam ou pelo fato do animal ser filhote e ainda não ter alçado
idade para vacinar. O que se refere à vacinação do animal na campanha anti-rábica
73,53% asseguraram que realizavam a imunização e 26,47% negaram que fazem a
vacinação pelo fato de terem receio ou pelo fato de fazerem a vacina fora da campanha.
De acordo com Souza et al (2002, p.230) em áreas urbanas a população acredita que apenas
levando o seu animal para a campanha anti-rábica anualmente, seja o único meio de
responsabilidade para com a saúde deste.
Se tratando da vacinação quando filhote para prevenir as viroses, 71,57% afirmou
que vacina os animais quando filhote, o que demonstra que há conscientização pela
maioria dos entrevistados na importância de imunizar os animais (Gráfico 02), de acordo
com Dezengrine et al (2007, p.186) uma parcela dos cães nos bairros onde foi realizado o
questionário apresentavam histórico de vacinação contra essas viroses . Já Souza et al
(2002,p.228) afirmaram que a maior parte dos proprietários (67,98%) não sabe que precisa
vacinar seus cães com outras vacinas além da anti-rábica, afirmando que a maior parte
dos proprietários, em especial os mais carentes, desconhece a necessidade de aplicação de
outras vacinas além da anti-rábica.
Gráfico 02: Respostas obtidas com os proprietários sobre a vacinação
Por sua vez, em se tratando do tipo de vacina utilizada 34,31% das pessoas
responderam que o seu animal recebeu a vacina importada, 18,63% alegaram que fizeram
a vacina nacional por ter um preço mais acessível, 31,37% não lembra qual o tipo de
imunização realizada no animal, e a minoria dos proprietários 15,69% relataram que o
animal não era vacinado.
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A percepção de proprietários de animais de companhia sobre a importância da imunização de cães e gatos
Em seguida foram questionadas quantas doses de vacina foram realizadas, sendo
que a maioria (48,04%) responderam ter feito as 3 doses da vacina (45-60-90 dias), 8,82%
enfatizaram ter feito apenas 1 dose da vacina(45 dias) , 4,90% fizeram 2 doses( 45-60 dias),
19,61% não eram vacinados e os outros 18,63% não sabem quantas doses o animal
recebeu, sendo que estes dados foram diferentes do encontrado por Homem et al (
1999,p.533) que em estudo constatou que a grande maioria dos cães não possuía o
esquema de vacinação completo e atualizado (93,9%). Ainda nos dias de hoje procura-se
estudar o papel das vacinas e a proteção imunológica contra as infecções virais
HARRESTEIN et al (1997) .
Em se tratando do local onde eram realizadas as vacinas, 45,10% afirmaram fazer
a imunização na clinica veterinária, 17,65% realizavam as vacinas em casa agropecuária,
19,61% dos animais não eram vacinados (Gráfico 03). De acordo com relato de caso
apresentado por Monti (2004, p.12) foram observados vários casos suspeitos de cinomose
em animais vacinados no ambulatório do HOV-UFV, aonde alguns dos cães receberam
vacinas comercializadas em lojas de produtos agropecuários, sem a orientação de médico
veterinário, o que comprovou que estes apresentavam titulo baixos de anticorpos, devido
à ineficácia da vacina. Outro dado preocupante é que 7,89% dos proprietários acreditam
que as vacinas podem ser aplicadas em casa ou casas de ração (LIMBERT et al, 2009).
Gráfico 03: Local de realização da vacinação.
Um grande percentual dos entrevistados (53,92%) confessou não fazer o reforço
anual das vacinas para a prevenção das viroses nos seus animais, 31,37% confirmaram
que fazem a revacinação e 14,71% recusaram responder a esta pergunta. Diferente de
Rocha; Santos (2009, p.2) que durante visita domiciliar realizou um questionário aos
proprietários dos animais sobre vacinação onde resultou nos dados: 13,96% vacinados
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com esquema de vacinação completo e reforço anual, 27,27% somente vacina anti-rábica e
58,77% nenhum tipo de vacina. LIMBERT et al (2009, p.105) em entrevistas realizada com
população de um bairro carente no município de Dourados /MS, 26,32% dos
entrevistados acreditam que as outras vacinas devem ser realizadas anualmente ou
conforme a orientação de medico veterinário. Dados esses que foram inferiores aos
encontrados durante as entrevistas no ambulatório do Hospital Veterinário da Faculdade
Anhanguera de Dourados /MS.
No intuito de avaliar a eficácia da vacina e o efeito da imunização, foi
questionado durante a entrevista se depois de vacinado o animal teve o diagnóstico para
alguma doença viral, porém 64,71% relataram que o animal não ficou doente, o que
comprova a eficácia da vacina e a proteção imunológica contra as viroses.
Segundo os entrevistados quando argüidos a respeito da freqüência que levam
seus animais ao veterinário 81,37% dos entrevistados responderam apenas quando o
animal fica doente e apenas 8,82% levam pelo menos 1 vez ao mês.
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A vacinação e um fator muito importante na vida de todos os animais seja ele, adulto ou
filhote. No entanto este estudo contribuiu não apenas para se obter o conhecimento dos
proprietários a respeito da imunização, mas se há a conscientização da necessidade de
vacinar, com a finalidade de proteção e bem estar animal, evitando assim que fiquem
doentes.
Foi comprovado que a grande maioria dos proprietários que levaram seus
animais ao Hospital Veterinário, estão cientes da importância da vacinação e utilizam o
esquema de imunização de forma segura, tanto em se tratando das doses vacinais, quanto
ao tipo vacina utilizada e ainda o local de realização da mesma. Mas ainda há pouca
informação por parte dos proprietários a respeito de quais viroses podem acometer os
animais e a respeito do reforço anual, pois muitos ainda admitiram não ter o
conhecimento da necessidade de se fazer essa vacina anualmente, tendo apenas a
informação de que é importante fazer somente a prevenção da raiva anual durante a
campanha do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e assim acreditam ser o suficiente
para que o animal fique imunizado.
Portanto para que haja um conhecimento diferente, os donos dos animais de
companhia devem ter mais orientação para que os seus animais estejam sempre saudáveis
e acreditar e ter noção do quanto é importante que o animal seja levado ao veterinário
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A percepção de proprietários de animais de companhia sobre a importância da imunização de cães e gatos
mais rotineiramente e não apenas quando já estão doentes ou debilitados, para realização
de esquema de vacinação adequado.
No entanto, não foi o objetivo do estudo orientar os proprietários dos animais
sobre quais atitudes devem se tomar com relação à prevenção e imunização correta dos
animais, e sim apenas um levantamento sobre o conhecimento destes sobre imunização, e
de forma paralela, informar a classe veterinária sobre este levantamento, podendo sugerir
ações que possam ser desenvolvidas futuramente, como por exemplo, uma divulgação
explicativa para a população de um modo geral.
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