Nelson Morés - Avisulat 2016

Biosseguridade para Granjas
de suínos - Produtores
Nelson Morés
[email protected]
Avisulat 2016 – 23 de novembro de 2016
BIOSSEGURANÇA PARA
REBANHOS SUÍNOS
DEFINIÇÃO: É o conjunto de fatores ou
medidas destinadas a impedir a entrada,
multiplicação e disseminação de doenças nos
rebanhos. Visa promover, preservar e/ou
restaurar a saúde dos animais.
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Manutenção e multiplicação de bactérias:
 No organismo animal: associado ou não a doença
clínica;
 Fora do animal - no ambiente: depende de prérequisitos como:
• Alimento
• Umidade
• Temperatura correta
As condições ideais para multiplicação das
bactérias no ambiente são:




Temperatura adequada
Umidade
Matéria orgânica
Proteção de adversidades
Manutenção e multiplicação de vírus:
 No organismo animal: Há conservação e multiplicação,
associado ou não a doença clínica;
 Fora do animal, no ambiente: Só conservação
Depende de pré-requisitos como:
• Alimento
• Umidade
• Temperatura correta
Portanto as bactérias podem se multiplicar fora do
hospedeiro e manter-se viáveis no ambiente.
Vírus necessitam de células vivas para se4multiplicar,
portanto fora do hospedeiro são só preservados
Controle das bactérias no ambiente:
privá-las das necessidades básicas
 Limpeza: de alimento,
 Secagem das instalações: de água
 Superfície dos piso e paredes lisas: de locais para se
esconder para atuação dos desinfetantes.
Biosseguridade externa:
refere-se a medidas direcionadas
para impedir a entrada de
patógenos no rebanhos.
Biosseguridade interna:
refere-se a medidas direcionadas
a controlar a proliferação e
disseminação de patógenos no
interior do rebanho.
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Bisseguridade externa:
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Biosseguridade
Disseminação de agentes entre
granjas pelos animais vivos
 Núcleo genético – IN 19
 Multiplicadores – IN 19
 Unidades comerciais
Não há legislação
específica
Horizontal
Normas que sejam efetivas e possíveis de serem aplicadas
10 e W to F.
nas granjas comerciais de CC, UPD, UPL, UT
Introdução de suínos de reposição ou sêmen: já
existe legislação pra isso (IN19 de 2002).
Origem dos animais
 Frequência
 Realização de quarentena
 Portadores sadios (latência)
É A PRINCIPAL MANEIRA DE
INTRODUÇÃO DE AGENTES
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INFECÇI0SOS NUM REBANHO
Sistemas de produção
1. Ciclo completo: todas as fases no mesmo sítio
2. Produção em 2 ou 3 sítios - única origem
Melhores do ponto de vista sanitário
3. Sistemas de produção em 2 sítios - vários produtores
4. Sistemas de produção em 3 sítios - vários produtores
Piores do ponto de vista sanitário
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1. Cerca de isolamento
 Barreira física para impedir o acesso a UP de outros animais e de
veículos e pessoas sem passar por procedimentos de biosseguridade.
» UP nova: cerca de tela, mínimo 5m das instalações, malha 6,0cm,
altura 1,5m, mureta de alvenaria e portão único de entrada;
» #UP instalada: cerca a qualquer distância das instalações.
2. Escritório/vestiário e outras
instalações
» UP novas: na cerca de isolamento;
» #UP já instaladas: pode ser
externo a cerca de isolamento.
A simples separação do escritório em
área suja (externa) da área limpa
(interna) é uma medida fundamental de
biosseguridade para a granja.
3. Funcionários e visitas a UP
» Funcionários: troca de roupa e botas da granja;
» Visitantes: vazio sanitário de 24h para visitantes nacionais e
5 dias para estrangeiros ou brasileiros que visitaram granjas no exterior;
troca de roupa e calçado da granja ou descartáveis??;
»#Exceção: técnicos de integrações: técnicos podem visitar mais de um
rebanho/dia, porem com troca de roupa e calçado da granja ou descartáveis??.
Ducha?
4. Banheiro/lavatório p/
funcionários/visitantes
» UP novas: fora e no interior da cerca de
isolamento;
» #UP já instaladas: pode ser externo a cerca de
isolamento: troca de roupa e calçado.
5. Embarcadouro/desembarcadouro
» CC, UPL , UPD e UT ou W to F que não utilizam o sistema todos
dentro todos fora/sitio: na cerca de isolamento;
» UT e W to F que utilizam o sistema “todos dentro todos fora/ sitio”:
pode ser junto ao galpão.
6. Armazenamento de ração e insumos
» UP novas: descarregamento de ração a granel por fora cerca perimetral,
depósito de insumos e fábrica de ração na cerca de isolamento.
» #UP já instaladas: para descarregar ração ou insumos, o caminhão pode
entrar na UP - sistema de desinfecção dos veículos.
7. Localização de outras estruturas
» Compostagem de animais ou cama usada nas instalações: junto ou fora da
cerca perimetral;
» Sistema de tratamento/armazenagem de dejetos: fora da cerca perimetral.
» #UT já construídas com sistema de tratamento/armazenamento dos
dejetos entre os galpões: sistema de desinfecção de veículos??.
Compostagem
Depósito e tratamento
de dejetos
8. Recolhimento de animais mortos
 Depende de Regulamentação
» Deve atender estas normas de biosseguridade: em estudo
» Local de estoque: específico localizado na cerca de isolamento ou fora
dela; facilidade de limpeza, higiene e desinfecção.
» Veículo que recolhe as carcaças: licenciado e treinamento em
biosseguridade para o operador.
“Sistema documentado/rastreabilidade: acompanhado pela defesa”
9. Controle de vetores
. Roedores e moscas: físico e químico: documentado
RATO PRETO
(Ratus ratus)
TELHADO
RATAZANA
(Ratus novergicus)
CHÃO
CAMUNDONGO
(Mus musculus)
TODO LUGAR
10. Fornecimento de água
11. Fornecimento de água
» Água superficiais: maior risco - tratamento obrigatório;
» Água de poços profundos: menor risco - recomendado após análise
microbiológica positiva para coliformes fecais/termoresistentes.
Cloração da água para os animais = 1-3ppm
de cloro residual nos bebedouros
Água na disseminação de agentes causadores de doenças?
• Bactérias, vírus, helmintos, protozoários, fungos, venenos.....
- Veículo de disseminação,
- Fator de multiplicação (matéria orgânica)
- Preservação da sobrevivência
- Temperatura baixa preserva, média facilitam a
multiplicação e elevadas (> 50ºC) inicia sua inativação.
Biosseguridade externa - Granja cercada,
com estrutura de instalações adequada
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 Estudo transversal envolvendo 227 rebanhos em CC
(Bélgica, França, Alemanha e Suécia).
Melhor biosseguridade externa (Biocheck.UGent)
foi relacionada (P<0,01) com menor uso de atb do
nascimento ao abate.
Biosseguridade interna’
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Ações de biossegurança interna – o que é
relevante?
 Pé dilúvio/troca de calçados entre as salas/galpões,
 Troca de calçados entre salas/galpões,
 Lavagem das mão após qualquer manipulação de suínos,
 Materiais de limpeza independentes nas salas,
 Vazio sanitário correto entre os lotes,
 Manejo correto da sala/baia hospital,
 Adequado programa de vacinação (conservação e
aplicação).
 O que é o vazio sanitário?
Período em que a sala ou instalação permanece sem animais
(vazia) entre a saída de um lote e a entrada do próximo
(Sistema todos dentro e todos fora).
OK
Recomenda-se 7 dias (um dia para lavagem da sala + um dia
para desinfecção + 5 dias de descanso).
Vantagens
Variáveis
todos dentro
sistema
todos fora/vazio
contínuo
Ganho médio diário (g)
776
695
Dias para abate 104,5 kg
173
184
Lesão de pneumonia (%)
45,6
94,6
Escore Lesão (%)
2,8
15,3
Consumo médio diário
2,35
2,24
CA
2,38
2,47
Sheidt 1992
Limpeza desinfecção da sala e período de vazio
 Importância das instalações permanecerem vazias
 A instalação vazia proporciona uma redução da pressão infectiva
 Quebra o ciclo dos agentes infecciosos
 A instalação leva de 4 a 8 dias para secar adequadamente
Cálculo das instalações prevendo produção
em lotes com vazio sanitário
Trabalha com os suínos em lotes e as instalações em salas
Nº de Lotes =
Nº de Salas =
Intervalo entre partos
Intervalo entre lotes
Período de ocupação + vazio sanitário
Intervalo entre lotes
www.cnpsa.embrapa.br - CT 325
Ex. IL 7 dias, Idade do desmame 21 e 28 dias e Idade de saída da creche de 63 dias:
Maternidade desmame 21 dias
Nº de Salas =
7 21 7
=
7
35
=
7
5
Salas
7
Salas
Creche desmame 21 dias
Nº de Salas =
7 42
7
=
49
=
7
Maternidade – desmame 28 dias
7 28 7
Nº de Salas =
=
7
42
=
7
6
Salas
6
Salas
Creche – desmame 28 dias
Nº de Salas =
7 35
7
=
42
=
7
Ex. do que muitas UP fazem:
Intervalo entre lotes 7 dias
Idade do desmame 21 dias
Saída de creche com 53 dias
Maternidade
3 21 4
28
Nº de Salas =
=
=
7
7
4
Salas
5
Salas
Creche
3 32
Nº de Salas =
7
=
35
=
7
Programa de vacinação e qualidade do
processo de aplicação
Estocagem de medicamentos e vacinas
Aplicação de
medicamentos e vacinas
Pedilúvio/troca de calçados nas entradas das
salas/galpão e lavagem/desinfeção das mão
Correta utilização da sala/baia hospital
• Boa higiene, facilidade de acesso a água e ração, conforto, manejo
adequado, bota e material de limpeza exclusivos
Controle de vetores (roedores e moscas):
documentado
RATO PRETO
40 ratus)
(Ratus
TELHADO
RATAZANA (Ratus novergicus) - CHÃO
CAMUNDONGO (Mus
musculus)
TODO LUGAR
Conclusões
Problemas de biosseguridade mais relevantes na
região sul do Brasil
1. Movimento e mistura de leitões (no desmame ou final de creche)
entre várias localidades e regiões;
2. Densidade regional de UP de suínos (especialmente UPLs);
3. Problemas de isolamento da granja
• cerca periférica
• carregador/descarregador adequados
• acesso de caminhões no interior da granja
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4. Não utilização de roupa e calçados exclusivos da granja para
funcionários, técnicos e visitantes;
5. Ausência de vazio sanitário adequado na maternidade creche e
terminações;
6. Sala/baia hospital pouco frequente e de uso inadequado.
Limpeza, secagem de todos os equipamentos e superfícies,
desinfecção e vazio sanitário é mandatário para redução do uso de atb.
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Quando for construir uma UP ou montar um sistema
integrado de suínos atentar para questões estruturais
fundamentais:
 Questões ligadas a biosseguridade externa:
 Localização,
 Isolamento da UP: cerca, escritório/vestiário e outras construções
 Questões ligadas a biosseguridade interna:





Fluxo de produção em lotes com vazio sanitário adequando entre eles,
Disposição das instalações para facilitar o fluxo,
Lotação por baia/m2,
Qualidade e tipo do piso: facilitar o trabalho/higiene,
Sala/baia hospital.
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 Comunicação e educação são elementos chaves
no cumprimento de protocolos de biosseguridade.
 Funcionários e motoristas de veículos
envolvidos em entrega de alimentos, transporte
de suínos vivos ou mortos.
O que nós sabemos,
pensamos, acreditamos e
fazemos sobre biosseguridade
na produção de suínos???
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Perguntas?