Biomedicina Artigo de Revisão A epidemia da Dengue

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Biomedicina
Artigo de Revisão
A epidemia da Dengue /Dengue Hemorrágica no Distrito Federal, 2012/2015.
The epidemic of Dengue / Dengue Hemorrhagic the Federal District, 2012-2015.
Talita Conceição de Oliveira¹, Fernanda Julio Ramos².
1 Aluna de Graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade ICESP
2 Professora Especialista do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas Promove de Brasília
Introdução: A dengue se tornou um grande problema de saúde pública no Brasil, atingindo vários estados inclusive o Distrito Federal.
A Doença possui um aspecto que varia desde a forma assintomática até um quadro de hemorragia. As mudanças na epidemiologia da
doença tem imposto novos desafios ao Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Apresentar o número de casos confirmados de
Dengue no Brasil e Distrito Federal entre os anos de 2012 a 2015. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão de artigos científicos abordando as principais características da Dengue no Brasil com ênfase no Distrito Federal entre os anos de 2012 a maio de 2015
e a análise de dados coletados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Subsecretaria de vigilância da saúde e Ministério da Saúde
do Brasil. Resultado: Houve um aumento significativo no número de pessoas contaminadas com o vírus da Dengue no ano de 2015
comparando com o mesmo período dos anos anteriores. Em 2013, foi registrado um total de 1.452.489 habitantes infectados pelo vírus
da dengue, em 2015, 745.957 casos somente no primeiro semestre do ano no Brasil. No Distrito Federal em 2015 foram registrados
5,314 casos Conclusão: Enquanto as autoridades de saúde tentam conscientizar a população para a prevenção da dengue, a medicina diagnóstica deve estar atenta aos novos métodos de diagnóstico da dengue para aprimorar a eficiência dos resultados e contribuir
para a redução da mortalidade causada pela doença, além disso, ações preventivas não podem ser realizadas apenas nos meses que
antecedem as epidemias e sim uma prevenção continua.
Palavras-Chave: Dengue Hemorrágica; Saúde publica; Epidemiologia.
Abstract
Introduction: Dengue has become a major public health problem in Brazil, reaching several states including the Federal District. The
disease has an aspect that varies from asymptomatic to a hemorrhage. Changes in the epidemiology of the disease have imposed new
challenges to the Unified Health System (SUS). Objective: To present numbers of confirmed cases of dengue in Brazil and the Federal
District between the years 2012 to 2015. Materials and Methods: A scientific review articles was performed addressing the main
characteristics of Dengue in Brazil with emphasis in the Federal District between the years 2012 to May 2015 and the analysis of data
collected from the Federal District Health Secretariat, Surveillance Secretariat health and Ministry of Health of Brazil. Result: There was
a significant increase in the number of people infected with dengue virus in 2015 compared to the same period of previous years. In
2013, it was registered a total of 1,452,489 inhabitants infected with the dengue virus, in 2015, only 745,957 cases in the first half of the
year in Brazil. Conclusion: While our health authorities try to raise awareness for the prevention of dengue, the medical diagnostics
must be attentive to the new dengue diagnostic methods to improve the efficiency of the results and contribute to the reduction in
mortality caused by the disease, in addition, preventive actions can not take place only in the months before epidemics but a prevention
continues.
Keywords: Dengue Hemorrhagic; Public health; Epidemiology.
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Contato: [email protected]
Introdução
A dengue é uma das doenças que mais
acomete os seres humanos, é transmitida pelo
mosquito fêmea Aedes aegypti, que pertence ao
gênero Flavivirus e família Flaviviridae, trata-se de
um vírus de RNA de filamento único, envelopado,
classificado em quatros sorotipos: DEN-1, DEN-2,
DEN-3 e DEN-4 (DIAS, 2002). Após a picada do
mosquito, o período de incubação é de 3 a 15 dias
com média de 4 a 7 dias para a manifestação dos
sintomas clássicos, tais como, febre alta, mialgia,
cefaléia, dor na região ocular, náuseas, vômito e
outros (TAUIL, 2011).
Em 2014, o Brasil adotou um novo modelo
de classificação de análise epidemiológica dos
casos de Dengue, elaborada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). Pelo novo modelo, a
dengue é classificada em Dengue, Dengue com
sinais de alarme e Dengue grave. Os critérios
utilizados são clínico–epidemiológico, juntamente
com os exames laboratoriais no caso os
sorológicos, IgM, NS1, testes rápidos ou Elisa,
isolamento viral, PCR e Imunohistoquimica(OMS,
2014).
A dengue hemorrágica (DH) é a forma mais
grave da doença, é composta por um dos quatro
sorotipos dos vírus da dengue, o sorotipo 3,
segundo a nova classificação da OMS, esse
sorotipo e conhecido como o mais agressivo
organismo devido seu sintomas que tem uma
evolução rápida.(TEIXEIRA et al., 2008). A DH
provoca no organismo, além dos sintomas
clássicos da dengue, o quadro clínico de epistaxe,
petéquias, gengivorragia, hemorragia digestiva,
hemorragia conjuntival, metrorragia, podendo
atingir o sistema hepático e evoluir para um quadro
de hepatite além do comprometimento do sistema
circulatório (TORRES, 2010).
Dados da OMS revelam que um novo caso
de dengue é registrado no Brasil a cada 12
segundos e que já passam de 745 mil notificações
em apenas seis meses do ano de 2015, o que
representa um aumento de 234% em relação ao
mesmo período do ano passado (COELHO, 2014).
O Distrito Federal esta vivenciando um surto
da doença nos dias atuais. A Secretaria de Estado
de Saúde registrou 7.293 casos suspeitos de
dengue de janeiro a maio de 2015, destes os quais
aproximadamente 94% são moradores do Distrito
Federal e 6% de outras unidades federativas (SESDF, 2015).
Atualmente, a epidemia da Dengue tem
imposto novos desafios ao Sistema Único de
Saúde (SUS). Entre os fatores que explicam o surto
em 2015 está a antecipação do período de chuva o
que favorece o surgimento dos ovos do mosquito
Aedes aegypti; por exemplo o clima de Brasília é o
tropical, porém, temos um verão úmido e chuvoso e
um inverno seco e relativamente frio. A temperatura
média anual é de 21⁰C, podendo chegar a até 30⁰C
no mês de setembro e aos 12⁰C nas madrugadas
de inverno no mês de julho. A umidade relativa do
ar gira em torno de 70%, podendo chegar a 15%,
além disso, a cidade vem sofrendo um processo de
urbanização desordenada. (INMET, 2014). A falta
de colaboração da população com as medidas
preventivas de erradicação dos criadouros do
mosquito e a falta de políticas públicas de saúde
eficaz no combate ao vetor. (CHIORO, 2015).
De fato, a ação mais simples para prevenção
da dengue, ainda é evitar o nascimento do
mosquito, já que não dispomos de vacinas ou
medicamentos que combata a ação do vírus no
organismo. Vale ressaltar que em 45 dias de vida,
um único mosquito pode contaminar até 300
pessoas e o ovo do mosquito da dengue pode
sobreviver ate 450 dias mesmo em local seco, o
que justifica a preocupação do MS em combater o
vetor da doença (MS, 2013).
O diagnóstico da dengue no Brasil, há três
anos, é feito pelo método de cromatografia por
meio da pesquisa do Antígeno NS1. Esse teste
detecta a doença em até 24 horas aparecimento
dos sintomas, permitindo o diagnóstico rápido,
após a produção de IgM não se consegui mais
identificar por esse método.(SERGIO, 2010).
Estudos científicos provaram que a pesquisa do
antígeno NS1, quando utilizado isoladamente, é
capaz de diagnosticar com precisão cerca de 90%
dos casos de dengue a partir do início dos
sintomas, e quando associado a outros exames,
como a pesquisa de anticorpos, a margem
diagnóstica passa para chega a 100% (SPBC-RJ,
2015).
De acordo com o diretor da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA), Renato Alencar
Porto, juntamente com a Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara, anunciou que o Brasil
está perto de ser o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a dengue. A pesquisa da
vacina contra a dengue vem sendo desenvolvida
pelo laboratório Sanofi-Pasteur, que já passou pelas três fases iniciais de pesquisa e foi protocolada
na ANVISA em março de 2015 juntamente com o
instituto Butantã e Fiocruz, as vacinas já estão
sendo testadas na cidade de São Paulo na terceira
fase que é a avalição de produção de anticorpos as
pessoas expostas a vacina . (ANVISA, 2015).
Materiais e Métodos
Área de Estudo: A população do Brasil esta
em torno de 204,489.303 milhões de habitantes os
cálculos foram feitos em cima do número da
população ,a cidade de Brasília está com cerca de
2,481 milhões de habitantes,(IBGE, 2015).
Coleta e Análise de Dados: Nesse estudo
foram utilizados dados estatísticos publicados pelo
Ministério da Saúde, Vigilância Epidemiológica,
Secretaria de Saúde do Distrito Federal, SINAN,
referente aos anos de 2012 a 2015. As variáveis
utilizadas foram: o número de pessoas infectadas
com a Dengue no Brasil utilizando a diferenciação
da incidência regional; O número de pessoas
contaminadas com a Dengue no DF ressaltando a
cura e óbito; O número de pessoas infectadas com
a Dengue por região e unidades federativas.
Resultados:
De acordo com o gráfico 1, a região de maior
incidência da dengue foi o Sudeste com 251.738
casos notificados em 2012, 918.226 em 2013,
312.318 em 2014 e 85.340 até maio de 2015,
seguido das regiões Sudeste e Sul. A região norte
não apresentou números elevados, uma possível
baixa nos números pode ser o fato desses casos
casos ocorridos na região não serem notificados
devido a precariedade do sistema público de
saúde, em 2015 só foram notificados 27.030 casos
um número considerado baixo, se comparado a
outros estados.
Gráfico 1. Casos Notificados de Dengue no Brasil, 2012 a 2015*.
Fonte: Sinan online (atualizado em 25/05/2015). 1 Considerados os casos de dengue
com complicações, febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue,
conforme classificação de dengue utilizada até 2015.2 Nova Classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) adotada pelo Brasil.
A tabela 1 revela o número de casos notificados
com dengue no Distrito Federal nos anos de 2012 a
maio de 2015 conforme a distribuição regional. Em
2012, a região administrativa de Taguatinga
notificou 185 casos de dengue, em 2013 a região
de Ceilândia notificou 2.208 casos, em 2014 a
região de Planaltina registrou 1.486 casos e em
2015 (até maio), a região de Planaltina já notificou
1.139 casos da doença.
Tabela 1. Casos de Dengue notificados no
Distrito Federal de 2012 a maio de 2015*.
Regiões Administrativas
Águas claras
Asa Norte
2012
2013
2014
2015
45
46
269
211
66
133
46
58
Asa Sul
37
211
110
45
Brazlândia
Candangolândia
7
9
660
57
114
100
95
19
Ceilândia
Cruzeiro
169
21
2208
89
472
18
430
28
Fercal
1
21
219
27
Gama
32
426
702
502
Guará
150
348
274
250
Itapoá
4
254
89
77
Jardim botânico
8
32
20
31
Lago Norte
9
132
78
28
Lago Sul
19
91
65
94
N. Bandeirante
14
80
81
32
Paranoá
11
173
184
171
Park way
2
36
28
15
Planaltina
131
788
1486
1139
Recanto das emas
80
518
198
174
Riacho Fundo 1
22
168
85
33
Riacho Fundo 2
11
83
55
25
Samambaia
105
1400
263
203
Santa Maria
31
218
402
São Sebastião
113
442
Scia(Estrutural)
42
292
SAI
0
Sobradinho
Sobradinho 2
Gráfico 2. Número de Casos de óbitos pela
Dengue/Febre hemorrágica no Distrito Federal e
Unidades Federativas. De 2012 a maio de 2015.
UF DE
RESIDÊNCIA
2012
2013
2014
DF
Óbitos
1
Óbito
4
Óbito
16
Óbito
3
Outras UF
120
231
394
229
Total
121
235
410
232
2015
Fonte: SINAN/SES/DF. Dados atualizados em 26/05/2015.
A tabela 2 mostra o número de óbitos por
febre hemorrágica (FH) no Brasil. A região sudeste
registrou até maio de 2015, 186 casos de óbitos
por FH, seguido de 154 casos em 2014, 91 casos
em 2013 da mesma região. A região sul, teve
poucos óbitos com 1 na cidade do Rio Grande do
Sul, e 39 casos no paraná no decorrer de 3 anos.
Tabela 2. Óbitos por Febre Hemorrágica da
Dengue. Brasil. De 2012 a maio de 2015*.
2012
2103
2104
2105
Região Norte
6
13
18
3
226
Rondônia
Acre
2
0
1
0
2
2
2
0
442
248
Amazonas
0
5
9
0
81
84
5
3
0
Roraima
Pará
0
3
0
6
1
3
0
1
31
355
382
239
Amapá
0
0
1
0
26
398
685
423
Tocantins
1
1
0
0
Região Nordeste
Maranhão
Piauí
45
1
4
44
8
2
131
11
5
10
0
0
Ceará
Rio Grande do
Norte
11
5
15
5
45
18
6
1
Paraíba
Pernambuco
2
9
4
2
9
25
1
1
Alagoas
2
0
2
0
Sergipe
Bahia
0
11
1
7
4
12
0
1
Região Sudeste
36
91
154
186
Minas Gerais
7
22
44
8
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
9
16
4
12
23
34
14
10
86
4
5
169
Região Sul
Rio Grande do sul
Santa Catarina
Paraná
0
0
0
0
19
0
0
19
12
0
0
12
9
1
0
8
Região CentroOeste
34
68
95
21
Mato Grosso do
2
12
4
2
Sudoeste/Octogonal
11
46
23
17
Taguatinga
185
1101
281
280
Varjão
4
39
58
14
Vicente pires
50
295
33
70
Em branco
11
158
179
191
Total
1437
11594
7.409
5.314
Fonte: SINAN/SES/DF. * Dados atualizados em 26/05/2015(ate
a semana epidemiológica 20).1.Considerados os casos de
dengue com complicações ,febre hemorrágica da dengue e
síndrome do choque da dengue, conforme classificação de
dengue utilizada ate 2014. 2.Nova Classificação da Organização
Mundial da Saúde (OMS) adotada pelo Brasil.
O gráfico 2. Apresenta o número de óbitos
no DF e unidade federativas no período de 2012 a
maio de 2015. Em 2012 foi registrado 1 óbitos no
DF, seguidos de 4 casos em 2013, 16 casos em
2014 e 3 casos em 2015. Nas outras unidades
Federativas foram 120 óbitos em 2012, 231 óbitos
em 2013, 394 em 2014 e 229 até maio de 2015.
Sul
Mato Grosso
8
10
4
1
Goiás
Distrito Federal
23
1
42
4
71
16
15
3
Total/Brasil
121
235
410
229
Fonte: Sinan Online (atualizado em 22/04/2015).
Discussão
A urbanização descontrola, falta de politicas
públicas e a falha da população em relação aos
cuidados com o meio ambiente foram fatores
essenciais para a dispersão do mosquito da
dengue e disseminação dos vários sorotipos da
doença.
Nos dados estatísticos analisados no gráfico
1, a região sudeste notificou o maior número de
casos de Dengue em 2013, com 918.226
notificações. Em 2015, a mesma região já registrou
nos cinco primeiros meses do ano, 489.636 casos
de dengue, o que representa 53% do maior número
de casos de dengue notificados na região, além
disso, o Sudeste ficou classificado em primeiro
lugar em registro de óbitos no ano de 2013 com 91
casos e em 2015 já foram notificados 186 óbitos.
Sabe-se que a falta de cuidado dos moradores tem
sido o principal fator do aumento do número de
casos, dentre as cidades, São Paulo foi o estado
mais atingido pela dengue. Na capital, quase a
metade dos números notificados de casos
aconteceram na Zona Norte da cidade. Uma possível
condição de o fato ter ocorrido na cidade e que a área
é abastecida pelo Sistema Cantareira, um dos mais
atingidos pela estiagem, com essa situação, vários
moradores fizeram estoque de água em casa sem
tomar os devidos cuidados para evitar a proliferação
de doenças, inclusive a dengue.
Na tabela 1 revelou os casos de dengue
notificados no Distrito Federal de 2012 a maio de
2015, nestes dados estão inclusos todos os
sorotipos da doença. Os dados revelam uma
desigualdade absurda entre regiões, cidades como
Planaltina, Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga,
Samambaia e São Sebastião foram as áreas que
mais sofreram com o surto da dengue no ano de
2013, neste mesmo ano em todo o Distrito Federal
foram registrados 11.594 casos de dengue.
A cidade de Taguatinga, em 2012, notificou
185 casos, em 2013,1.101, 2014 ouve uma queda,
foram 281 casos, e até maio de 2015 já são 280
casos. A cidade de Ceilândia revelou também altos
índices de pessoas contaminadas com 2.208 casos
em 2013 e 2014 com 472 caos em 2015 já foram
identificados 430 casos, o que mais chama a
atenção é que a cidade tem infraestrutura em
quase toda sua extensão, o maior problema é a
falta de atenção por parte da população em colocar
em prática as ações contra o mosquito da dengue.
maior
A cidade de Planaltina apresentou dados de
incidência da Dengue. A cidade é
considerada a segunda região mais podre do
Distrito Federal, onde a baixa renda salarial,
analfabetismo, falta de saneamento básico
prevalece em mais da metade da cidade e da
população, em 2012, 131 casos, em 2013, 788
casos, 2014 subiu para 1.486 casos e 2015 nos
primeiros cinco meses do ano o número de casos
já passam de 1.139 pessoas infectadas pelo vírus
da dengue. De acordo com a Secretaria de Saúde
do Distrito federal foi feito um treinamento com
militares, para atuar junto com os agentes de saúde
no combate a doença, com ações práticas nas
cidades mais atingidas, esse reforço e necessário
para tentar diminuir o número de casos de dengue,
as equipes serão compostas por 17 grupos de
agentes , e contará com órgãos da administração
pública, serão realizadas visitas a residências,
recolhimento do lixo, limpeza em rios e córregos
próximos a residências, são algumas medidas que
serão realizadas para reduzir focos e combater a
proliferação do mosquito Aedes aegypti.
A região do Park Way foi a localidade que
menos registrou número de casos de dengue, a
justificativa pode estar relacionada com o perfil das
pessoas que residem nessa área serem superiores
tanto em renda salarial como em estudo, isso pode
explicada a grande diferença entre as regiões onde
o número de casos são altos.
Na tabela 2. Foi descrito o número de óbitos por
dengue hemorrágica no país, foi descrito por estados,
na região sul do país o estado do Paraná concentra 93% dos casos suspeitos de dengue, ocorreram
em 2013,19 casos de óbitos, em 2014 o número foi
de 12 casos e em 2015 o números já chegam a 8
casos confirmados. Os outros estados da região sul
não apresentaram números superiores a 2 casos,
um fato que colabora para o baixo registro da doença é o clima frio que prevalece na boa parte do
ano nos estados, a colaboração da população junto
ao governo, fez com que os números tivessem uma
queda relevante.
A região Norte obteve 18 casos em 2014 e
2015 foram 3 casos, um número baixo em relação
ao restante do país, a região nordeste apresentou
em 2014 ,131 casos de óbitos e 2015 foram notificados 10 caos, uma incidência alta comparada à
outros estados, o que justifica é que algumas localidades do nordeste encontram-se em situação de
epidemia, por isso é de extrema importância que a
população tenha consciência de praticar as medidas de intensificação para controle e combate à
dengue, para evitar novos caso.
As cidades nordestinas estão sendo as mais
atingidas pela doença, pela falta de programas de
prevenção e cuidado por parte do governo, a região
não dispõem de rede de esgoto em todas as cidades, sem esquecer que e onde temos a população
mais carente do país, e de baixa renda, consequentemente tem-se mais casos de doenças.
As regiões sudeste e centro-oeste apresentaram altos índices de mortes pela dengue. No
sudeste em 2012 foram identificados 36 óbitos,
2013,91 casos, 2014 o número foi bem elevado
com 154 óbitos, mais impressionante está o ano de
2015, onde em cinco meses já foram identificados
186 casos, a população do centro oeste também foi
atingida pela DH, em 2014 foram 95 óbitos sendo
71 casos no estado de Goiás e 16 no Distrito Federal uma taxa bastante elevada se for avalizar o
número de habitantes de estado, as duas cidades
apresentam climas bem parecidos, o clima da região goiana é predominantemente tropical, tem divisão marcante de duas estações durante o ano:
verão úmido, e no inverno seco e frio, um clima
altamente propício para a reprodução do mosquito
da dengue.
O gráfico 2 apresenta o número de óbitos no
DF e unidade federativas no período de 2012 a
maio de 2015. Em 2012 tivemos no Distrito federal
1 óbitos , seguidos de 4 casos em 2013, 16 casos
em 2014 e 3 casos 2015 até o mês de maio, esses
números correspondem a todos os tipos de vírus
da dengue, Nas outras unidades Federativas foram
120 casos em 2012. 231 casos em 2013, 394 casos em 2014 e 229 até maio de 2015. Analisando
os dados dos boletins epidemiológicos de 2014 o
número de óbitos dobrou em relação ao ano anterior, em 2015 estamos vivendo o pior surto da doença, em todos os estados brasileiros temos registros
de óbitos, sendo que a e uma doença totalmente
relacionada com a educação ambiental, enquanto a
população não se conscientizar que deve prevenir
e tomar os devidos cuidados para diminuir os criadouros do mosquito da dengue, a tendência e que
os dados continuem crescendo exacerbadamente
em todo país.
Conclusão:
Pode-se concluir que o Brasil vem sofrendo
sucessivos surtos e epidemias da dengue desde
1986, isso acontece predominantemente na época
do verão, o ano de 2013 foi complicado para o
país, porém 2015 vêm mostrando uma maior
incidência de toda a história da doença no Brasil. O
Distrito Federal vive uma epidemia da Dengue em
2015, com 5.314 casos notificados nos primeiros
cinco meses do ano, representando 46% dos casos
notificados no surto epidemiológico de 2013.
Assim, o Ministério da Saúde juntamente com as
Secretarias de Saúde de cada região deve realizar
ações de prevenção, de tal forma que a população
se mobilize com a causa proposta, e só assim
haverá uma diminuição significativa nos dos dados
apresentados pelos boletins epidemiológicos
mensalmente e anualmente no Brasil.
Agradecimentos:
Agradeço a Deus por te me dado a
oportunidade de fazer a minha faculdade; à minha
família pelo apoio, aos colegas por todos os
momentos de alegrias vividos, aos professores que
passaram no decorre do curso e em especial a
minha orientadora, professora Fernanda Julio
Ramos que foi um anjo que Deus enviou no
momento em que mais precisei, que me deu força,
e não me deixou desistir, serei eternamente grata.
.
Referências:
1. ALEXANDRE DE SOUZA SANTOS. Entomólogo do Museu Nacional da UFRJ, com mestrado em
cunídeos, grupo de insetos em que esta incluída a família dos Aedes
2. Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Dengue:roteiro para capacitação de
profissionais médicos no diagnostico e tratamento. Manual do monitor. 3ª edição. Brasilia2007.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe epidemiológico da dengue Análise
de
situação
e
tendências
2010.
Disponível.
Em:
HTTP://portal.saude.gov.br/portalarquivo/pdf/inform. Acesso em 03 de novembro 2010.
4.BARRETO, M. L.; TEIXEIRA M. G (2008). “Dengue no Brasil: situação epidemiológica e contribuições para
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