ONU: ineficiência prejudica o país

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ECONOMIA | 39
DOMINGO, 20 DE NOVEMBRO DE 2016
GARGALOS
ONU: ineficiência prejudica o país
Estimativa aponta
que o Brasil perdeu
R$ 830 milhões só com
problemas dos portos
SÃO PAULO
Em apenas dois anos, a
economia brasileira perdeu
pelo menos R$ 830 milhões
sócomaburocraciaeosgargalos logísticos nos portos
nacionais. A estimativa foi
publicada pela ONU que,
em seu informe anual sobre
o transporte marítimo, alerta que a demora para carregar ou descarregar mercadorias nos portos brasileiros
continua sendo uma das
maiores do mundo.
Em 2014, o custo da falta de eficiência foi de US$
188 milhões. Em 2015, as
operações teriam sido incrementadas, mas, ainda
assim, as perdas foram
avaliadas em US$ 73 milhões. De acordo com a
ONU, os custos da demora
são estimativas que incluem perdas para os donos dos navios e os custos
mais elevados para quem
alugou o navio e é obrigado a pagar por mais dias.
A economia do Espírito
INDÚSTRIA
Ministro vai à OMC
por incentivos
Organização condenou
o Brasil pela elevação
do IPI cobrado dos
carros importados
A condenação provisória de pontos do programa
Inovar Auto e outros incentivos fiscais concedidos pelo governo brasileiro a setores específicos será o principal tema da visita que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços, Marcos Pereira,
fará nesta semana a Genebra. Ele vai reunir-se com o
diretor-geral da Organização Mundial do Comércio
(OMC), Roberto Azevêdo,
na quinta-feira. O governo
vai recorrer da decisão.
Técnicos aguardam a
posição final do órgão internacional, esperada para
o dia 14 de dezembro, para
apresentar sua apelação.
Um ponto central da defesa é que o Brasil é um país
em desenvolvimento e tem
direito a fazer sua política
industrial. O Inovar Auto é
um programa adotado no
governo de Dilma Rousseff
que garantiu redução de
impostosparaosetorautomotivo com fábricas instaladas no país.
Em relação ao Inovar
Auto, a expectativa é que
uma decisão final, após o
recurso apresentado pelo
Brasil, ocorra próximo do
prazo final do programa,
31 de dezembro de 2017.
Em seguida, entrará em vigor o Inovar Auto 2, já em
discussão entre governo e
montadoras.Anovaversão
não terá o que hoje é o centro do programa: o adicional de 30 pontos percentuais do IPI, que foi objeto
da contestação na OMC
por atuar, na prática, como
barreira contra produtos
importados. O fim desse
adicional não é resultado
da decisão da OMC, já que
estava no calendário estabelecido em 2012, quando
o programa foi criado.
Santo, por conta de seu forte potencial logístico, sofre
muitocomessaineficiência
logística que se espalha por
todo o país. Sem a infraestrutura necessária, o Estado não consegue escoar
nem mesmo a própria produção, que dirá a que vem
do interior do país.
De toda a carga de café e
rochas vendida para países
mundoafora,90%saempor
terminais portuários de outros Estados. Apenas 10%
saem pelo Porto de Vitória.
“O Espírito Santo é o 2º
maior produtor de café. E
mesmo com uma participação de 8% nas exportações
totaisdogrão,menosde1%
é escoado pelo Estado. Fora
queaindaperdemosaoportunidade de movimentar a
produção de Minas Gerais”,
reclamou o presidente do
CentrodeComérciodeCafé
de Vitória, Jorge Luiz Nicchio, em entrevista recente
a A GAZETA. O valor de cadasacatemaltadeR$6com
essa operação. Com isso, só
neste ano, o custo extra soma R$ 10 milhões. Sem falar do tempo a mais do produto em trânsito: 10 dias.
CARLOS ALBERTO SILVA - 10/11/2016
Porto de Vitória não escoa nem a produção do ES
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