Trabalho 04 - mosca branca.cdr

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Descrição e manejo integrado da mosca-branca (Bemisia spp.) transmissora
de geminivirus em culturas econômicas
José Teotônio de Lacerda1 e Rêmulo Araújo Carvalho1
1
Empresa estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A. – Emepa. E-mail: [email protected], [email protected]
Resumo - A mosca-branca (Bemisia spp.) é uma praga de importância econômica para a agricultura brasileira, como
transmissora de doenças viróticas, principalmente geminivirus, e responsável por elevados danos econômicos à agricultura
que, em algumas culturas, chegam a 100%. Nos últimos anos, na maioria dos países das Américas, da Bacia do Caribe, as
populações de uma nova raça de Bemisia spp. têm aumentado de maneira assustadora, alojando-se em hospedeiros não
habituais, causando verdadeiras explosões populacionais, com níveis incontroláveis em diversas culturas. Este trabalho
apresenta conhecimentos e práticas de manejo integrado para o controle dessa praga, visando o aumento de produtividade
das culturas. Devido às características do inseto, o controle químico tem sido o método mais empregado. Portanto, a adoção
de métodos alternativos de controle contribui consideravelmente com o programa de manejo integrado dessa praga. No
Estado da Paraíba, a mosca-branca foi verificada em vários municípios, afetando as culturas econômicas como algodão,
tomate, feijão e couve, cujos danos e prejuízos chegaram, em alguns casos, a 100%. A inspeção sistemática nas plantações é
fundamental para se realizar o controle logo no início do aparecimento da praga, evitando, assim, danos econômicos às
culturas.
Palavras-chave: geminivirus, doenças viróticas, praga, inseto sugador, manejo integrado
Description and integrated handling of the fly-white (Bemisia spp.)
transmitter of geminivirus in economic cultures
Abstract – The fly-white (Bemisia spp.) is a pest of economical importance for the Brazilian agriculture, as transmitter of
viral diseases, mainly geminivirus, and responsible for high economical damages to the agriculture that, in some cultures,
arrive to 100%. In the last years, in most of the countries of America, of the Bacia do Caribe, the populations of a new race of
Bemisia spp. they have been increasing in a frightening way, lodging in hosts doesn't habituate, causing true population
explosions, with uncontrollable levels in several cultures. This work presents knowledge and handling practices integrated
for the control of that pest, seeking the increase of yield of the cultures. Due to the characteristics of the insect, the chemical
control has been the most employed method. Therefore, the adoption of alternative methods of control contributes
considerably with the program of integrated handling of that pest. In the State of Paraiba, the fly-white was verified in
several counties, affecting the economical cultures as cotton, tomato, bean and collard greens, whose damages and damages
arrived, in some cases, to 100%. The systematic inspection in the plantations is fundamental to the control soon in the
beginning of the appearance of the pest, avoiding, thus, economical damages to the cultures.
Keywords: geminivirus, virotic deseases, pest, integrated handling
A
mosca-branca (Bemisia spp.) é
um inseto sugador de seiva,
polífago e já foi observado
reproduzindo-se em 506 espécies de
plantas anuais e herbáceas,
pertencentes a setenta e quatro famílias
botânicas. Essa praga suga a seiva do
floema causando debilidade nas plantas
e ao expelir uma substância açucarada
nas folhas, ramos e frutos favorece o
aparecimento de fungos saprófitas que
interferem no processo fotossintético.
Além disso, atuam como vetores de
vírus, principalmente, geminivirus. Sua
disseminação por diferentes regiões
geográficas é atribuída ao transporte de
material vegetal pelo homem.
Essa espécie foi descrita pela
primeira vez, na Grécia, em 1889, como
Aleurodes tabaci, em plantas de fumo
(Nicotina sp.). Mas, hoje, está
amplamente distribuída em todo
mundo, infestando plantas
ornamentais, daninhas e cultivadas,
sendo provavelmente originária do
Oriente. Essa praga foi introduzida na
Europa, Bacia do Mediterrâneo, Ásia,
África, América Central (Costa Rica,
Nicarágua, Panamá, Guatemala,
República Dominicana, Cuba,
Honduras e El Salvador), América do
Sul (Brasil, Argentina, Colômbia e
Venezuela) e Bacia do Caribe, por meio
do comércio e transporte de plantas
ornamentais pelo homem (Brown et al.,
1995).
Com base nos achados de Hilji
(1996), relata-se que cerca de noventa
doenças viróticas são transmitidas pela
mosca-branca, ocorrendo nas regiões
tropicais, subtropicais e temperadas.
No Brasil, embora houvesse relato da
ocorrência dessa praga, somente a
partir de 1968, foi constatada em
campos cultivados com algodão, soja e
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2., n.2, p.15-22, jun. 2008
15
feijão, nos Estados do Paraná e São
Paulo (Costa et al., 1973).
Na década de 90, ressurgiu em alto
nível de infestação no Sudeste (São
Paulo e Minas Gerais), no CentroOeste (Distrito Federal e Goiás) e no
Nordeste (Pernambuco, Bahia, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Ceará e
Piauí), causando enormes prejuízos à
agricultura nessas regiões. Melo (1992)
e Lourenção & Nagai (1994) relataram
que a alta velocidade de multiplicação
da população dessa praga em plantas
olerícolas e ornamentais, no Estado de
São Paulo, levou à conclusão de que um
novo biótipo de mosca-branca, Bemisia
spp., tenha sido introduzido no Brasil.
Essa praga apresenta grande
importância para a agricultura
brasileira, provocando danos
econômicos elevados que, em algumas
culturas chegam a 100%. No período de
1988 a 1996, nos Estados Unidos, os
prejuízos causados pela mosca-branca
foram em torno de 2 milhões de
dólares; na América Central, as perdas
chegaram a 90% na cultura do
pimentão e a 100% nas culturas do
feijão, melão e tomate; na República
Dominicana, em 1991, as perdas
atingiram cerca de 15 milhões de
dólares (Alvarez et al., 1993; Faria,
1997). Em El Salvador, o complexo
mosca-branca geminivirus tem causado
danos de 39 a 43% em variedades de
feijão susceptíveis, podendo atingir
100% quando o ataque da praga ocorre
até 120 dias após o plantio, conforme
Serrano et al. (1993).
Em feijoeiro, o ataque de Bemisia
spp. Causa perdas na produção de até
100% (Rocha & Sartorato, 1980). Os
danos diretos causados pela retirada de
seiva do floema e inoculação de toxinas
provocam alterações no
desenvolvimento vegetativo e
reprodutivo da planta, e pode reduzir a
produtividade e a qualidade dos grãos.
Os danos indiretos são causados pela
transmissão do mosaico-dourado do
feijoeiro, e variam conforme a cultivar
plantada, a porcentagem de infecção
pelo vírus e o estádio de
desenvolvimento da planta na época da
incidência da doença (Costa &
Cupertino, 1976; Almeida et al.,1984).
16
De acordo com Schuster et al. (1996), o
complexo Bemisia spp. pode transmitir
cerca de 44 viroses, sendo que as perdas
resultantes das infecções por vírus são
mais significativas do que aquelas
relacionadas aos danos diretos.
Este trabalho tem como objetivo
apresentar conhecimentos e práticas de
manejo integrado, visando contribuir
para o aumento da produtividade e
produção das culturas econômicas, e
melhoria da qualidade de vida dos
produtores rurais.
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E
BIOLÓGICOS
A mosca-branca é um inseto
pequeno, medindo aproximadamente 2
mm de comprimento, de metamorfose
incompleta (ovo, ninfa e adulto); possui
dois pares de asas membranosas,
recobertas por uma substância
pulverulenta de cor branca. Quando em
repouso, as asas são mantidas um pouco
separadas, com os lados paralelos
deixando o abdome visível. Tanto os
adultos como as ninfas possuem
aparelho bucal do tipo picador sugador.
Na fase adulta é um inseto ativo e
ágil, voa rapidamente quando
molestado e pode se dispersar pelo
vento tanto a curta como a longa
distância, em altura elevada. O
acasalamento começa de 12 a 48 horas
após a emergência, ocorrendo várias
vezes durante a sua vida (Haji et al.,
2000). A fêmea coloca de 100 a 300
ovos durante sua vida, sendo que a taxa
de oviposição depende da temperatura
e da planta hospedeira (Brown & Bird,
1992).
Os ovos apresentam coloração
amarela, em forma de pêra; são
depositados de forma irregular na face
inferior das folhas, presos por um curto
pedicelo. As ninfas são translúcidas de
coloração amarelo ou amarelo-pálido,
com a parte dorsal lisa, plana ou
levemente convexa. No primeiro
estádio, após a eclosão, as ninfas se
locomovem sobre as folhas. As ninfas
de segundo e terceiro ínstares possuem
as antenas e pernas atrofiadas com asas
desenvolvidas internamente.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.2, p.15-22, jun. 2008
A identificação é feita por meio do
pupário, o qual pode variar em estrutura
dependendo do tamanho, presença ou
ausência de tricomas na superfície da
folha da planta hospedeira (Gollo et al.,
1988; Byrne & Bellows Júnior, 1991;
Salguero, 1993; Zucchiet al., 1993).
As altas populações de moscabranca dependem, basicamente, de
potencial biótipo, nos aspectos:
fecundidade, duração do ciclo
biológico e razão sexual (Haji et al.,
2000). A duração do ciclo de vida da
mosca-branca varia de acordo com a
espécie e condições ambientais, sendo
a temperatura um dos fatores mais
determinantes. Segundo Salguero
(1993), o ciclo da Bemisia tabaci dura
19 dias a 32 ºC, podendo chegar até 73
dias a 15 ºC. Em condições favoráveis,
a mosca-branca pode apresentar de 11 a
15 gerações por ano, podendo, cada
fêmea colocar de 100 a 300 ovos
durante o seu ciclo de vida (Brown &
Bird, 1992).
Estudando a biologia de Bemisia
tabaci sobre folhas de tomateiro, à
temperatura de 25 ºC e umidade
relativa de 65%, Salas e Mendonza
(1995) encontraram os seguintes
resultados: duração do período de ovo à
emergência do adulto de 22,3 dias; fase
embrionária de 7,3 dias; fase de ninfa 1º
ínstar 4,0 dias, 2º ínstar 2,7 dias, 3°
ínstar 2,5 dias, 4º ínstar "Pupa" 5,8 dias;
longevidade 19,0 dias para as fêmeas e
19,4 dias para os machos. Em um
período de 16,7 dias a oviposição
média foi de 194,9 ovos por fêmea e a
razão sexual de 1 macho: 2,7 fêmeas.
Na cultura do repolho à temperatura
de 25 º7C, a duração média da fase de
ovo até a emergência dos adultos de
Bemisia spp. foi de 25,6 dias. A duração
média da fase embrionária foi de 7,7
dias; fase de ninfa 1° ínstar de 4,4 dias;
2º ínstar de 3,4 dias; 3º ínstar de 4,3 dias
e 4º ínstar "Pupa" de 5,7 dias. Em
tomate, sob as mesmas condições, a
duração média da fase de ovo até a
emergência do adulto de Bemisia spp.
foi de 22,9 dias; fase embrionária de 6,8
dias; fase de ninfa 1º ínstar de 4,6 dias;
2° ínstar de 4,0 dias; 3º ínstar de 2,8 dias
e 4º ínstar "Pupa" de 4,7 dias (Villas
Bôas et al., 1997).
SINTOMAS E DANOS
A mosca-branca causa dois tipos de
danos: direto, pela sucção da seiva e
ação toxicogênica, além da liberação da
substância açucarada, favorecendo o
aparecimento de fumagina, e indireto,
pela transmissão de vírus,
principalmente, os pertencentes ao
grupo geminivirus (Salguero, 1993).
Lastra (1993) relata que o vírus de
mosca-branca apresenta como
sintomas característicos o
amarelecimento total da planta, o
nanismo acentuado e o enrugamento
severo das folhas terminais.
A relação geminivirus x B. tabaci é
do tipo persistente-circulativo, ou seja,
o inseto adquire o vírus durante sua
alimentação e este circula em seu corpo
até atingir as glândulas salivares;
quando uma mosca-branca infectiva se
alimenta de uma planta sadia, o vírus é
inoculado, juntamente com a saliva, no
sistema vascular da planta, onde se
multiplica; ao se alimentar de uma
planta infectada, o adulto de moscabranca pode adquirir o vírus num
período de quatro horas, denominado
período de aquisição; e após um
período de latência, que pode variar de
4 a 20 horas, dependendo do vírus e das
condições ambientais, essa praga está
apta a transmitir o geminivirus por um
período de dez dias ou mais em casos
excepcionais (Lastra, 1993).
Segundo Lourenção & Nagai
(1994), os danos diretos ocasionados
pela mosca-branca à cultura do tomate,
podem ser externos, através de
anomalias ou desordens fitotóxicas,
caracterizadas pelo amarelecimento
irregular dos frutos, causado pela
injeção de toxinas durante o processo
de alimentação do inseto.
O outro dano expressivo é
acarretado pelo desenvolvimento de
fumagina nas folhas, reduzindo a taxa
fotossintética da planta. Haji et al.
(1996) citaram a desuniformidade na
maturação dos frutos, redução da
produção e, no tomate industrial, a
qualidade da pasta, além dos frutos
esbranquiçados internamente, com
aspectos esponjosos ou "isoporizados".
Danos diretos provocados por Bemisia
spp., em fruto de melão (Cucumis melo
L.), na Figura 1.
Figura 1. Danos diretos provocados
por Bemisia spp., em fruto de melão.
Segundo Lourenção & Nagai
(1994), o prateamento da superfície da
folha da abóbora está relacionada à
Bemisia spp., sendo uma fitotoxina
sistêmica provocada pela alimentação
do inseto nas folhas, sobretudo, as
formas jovens, manifestada cerca de
três a cinco dias após a exposição das
folhas às ninfas ou nove a onze dias aos
adultos. Na Figura 3, observa-se
visivelmente o prateamento da
superfície das folhas de abóbora
(Curcubita spp.) provocados por
Bemisia spp. ou biótipo B.
Foto: Iramar B. Albert Júnior
A primeira constatação de
geminivirus em tomateiro associado à
transmissão por mosca-branca no
Brasil, foi registrada por Costa et al.
(1975). Apesar de o tomateiro ser
infectado por diversas espécies de
geminivirus, no entanto, apresenta
sintomatologia característica. Planta de
tomateiro (Lycopersicum esculetum
Mill.) com visíveis sintomas de
geminivirus, na Figura 2 .
Figura 2. Planta de tomateiro com
sintomas de geminivirus.
Foto: Villas Bôas et al., 1997)
A base dos folíolos expressa,
inicialmente, uma clorose entre as
nervuras, evoluindo para um mosaico
amarelo. Posteriormente, os sintomas
se generalizam, por toda planta,
seguido de intensa rugosidade dos
folíolos. Algumas espécies de
geminivirus podem provocar
enrolamento das bordas das folhas, as
quais se dobram ou se enrolam para
cima (Villas Bôas et al., 1997).
Figura 3. Prateamento das folhas da
abóbora, provocado por Bemisia spp.
ou biótipo B.
A importância da mosca-branca
para a cultura do feijoeiro está
relacionada à transmissão do vírus-domosaico-dourado do feijoeiro
(VMDF), podendo ocasionar elevadas
perdas na produção em plantios, cujo
estágio vegetativo coincide com altos
níveis populacionais desta praga.
Segundo Costa & Cupertino (1976), a
redução do crescimento da planta, a
deformação e o amarelecimento das
folhas, a deformação das vagens, a
redução do número e do tamanho das
vagens, a redução do número, do
tamanho e do peso médio de sementes
são os principais sintomas do mosaicodourado. Em condições de campo, os
primeiros sintomas aparecem de 14 a
17 dias do plantio, quando ocorre alta
infestação de moscas virulíferas (Faria,
1988).
Na cultura do algodão, a moscabranca causa a queda precoce de folhas,
bem como produz excreção de
substância açucarada, que possibilita a
formação de fumagina sobre ramos,
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2., n.2, p.15-22, jun. 2008
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folhas e frutos, denominado de "mela",
provocando redução da taxa
fotossintética da planta e do valor
comercial da fibra, sendo as maiores
perdas atribuídas à transmissão de
vírus, que podem atingir até 100% nas
variedades susceptíveis (Serrano et al.,
1993). Danos diretos provocados por
Bemisia spp., no botão floral do
algodoeiro (Gossypium hirsutum L.)
podem ser constatados na Figura 4.
centrais da planta apresentam-se
levemente eretas, com enrolamento das
bordas.
Métodos de Controle
Além de apresentar grande
capacidade de reprodução, de
adaptação às condições adversas, além
da elevada capacidade para
desenvolver resistência aos inseticidas,
a mosca-branca possui grande número
de hospedeiros e, por ser vetora de
geminivirus, as medidas de controle
para essa praga não têm apresentado a
eficiência desejada.
Controle legislativo
Figura 4. Danos provocados por
Bemisia spp., no botão floral do
algodoeiro.
Foto: Iramar B. Albert Júnior
Na Figura 5, observam-se plantas de
couve (Brassica oleracea L. var.
acephala D.C.), com sintomas
provocados por Bemisia spp.
Figura 5. Sintomas provocados por
Bemisia spp. em plantas de couve.
Foto: José Teotônio de Lacerda
Os danos diretos causados pela
mosca-branca (Bemisia spp.), em
plantas de couve, são caracterizados
pelo amarelecimento e murcha das
folhas, iniciando pelas mais novas,
provavelmente, causadas pela injeção
de saliva das ninfas e adultos, durante o
processo de sucção. Em cultivos com
infestações muito intensas, as folhas
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As medidas de controle legislativo
baseiam-se em dispositivos legais que
obrigam o cumprimento de
determinadas normas de plantio, de
modo a impedir o escalonamento
inadequado da cultura. Elas propiciam
a destruição dos restos culturais,
serviços quarentenários e
regulamentam o uso e o manejo de
agrotóxicos.
b) Uso de barreiras vivas - as barreiras
vivas de sorgo, milho e outras plantas
similares têm sido empregadas para
impedir ou retardar a entrada de adultos
de mosca-branca na lavoura. Devem
ser colocadas na posição perpendicular
à direção do vento e, se possível,
circundando todo o cultivo, conforme
sugere Salguero (1993). Se possível,
utilizar para barreira plantas que
possam ter outra utilidade, como
forrageiras, ou para alimentação
humana.
c) Uso de armadilhas - as armadilhas
têm a finalidade de atrair e reduzir a
população de adultos de mosca-branca.
Podem ser confeccionadas com
materiais como: plásticos, metal,
nylon, madeira, papelão ou lonas,
pintadas de amarelo, untadas com
produtos aderentes (graxa, óleo, cola,
vaselina, etc.) e instaladas na periferia e
dentro da área de cultivo, na altura das
plantas do cultivo. Na Figura 6, vê-se a
distribuição de armadilhas para captura
de mosca-branca (Bemisia spp.), em
cultivo de feijão caupi (Vigna
unguiculata L.).
Controle cultural
O controle cultural consiste no
emprego de práticas agrícolas
conhecidas dos agricultores, sendo na
maioria das vezes, preventivas e
compatíveis com outros métodos de
controle, além de não causar danos ao
meio ambiente. Hilje (1995) reporta
que essas práticas são importantes para
o controle da mosca-branca,
principalmente, em pequenos cultivos
de tomate e feijão, em virtude da baixa
população deste inseto vetor provocar
altas incidências e severidade dos
geminivirus.
a) Plantio de mudas sadias - as mudas
devem ser protegidas ainda na
sementeira, para chegarem mais
vigorosas ao campo, suportando assim
um maior ataque da praga. Quanto mais
cedo a planta for infectada pelo vírus,
mais danos serão observados,
refletindo diretamente na
produtividade da cultura.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.2, p.15-22, jun. 2008
Figura 6. Armadilhas para captura de
mosca-branca (Bemisia spp.), em
cultivo de feijão caupi.
Foto: José Teotônio de Lacerda
d) Manejo de plantas daninhas – é
necessário eliminar todas as plantas
daninhas hospedeiras de viroses, antes
do plantio e no início do
estabelecimento da lavoura.
e) Eliminação de restos culturais - os
restos culturais devem ser incorporados
ao solo logo após a colheita, para evitar
a formação de um nicho de
sobrevivência para ovos, ninfas e
adultos da Bemisia spp.
f) Uso de coberturas repelentes - a
mosca-branca é atraída pela cor
amarela, enquanto que, o preto e o
prateado provocam repelência. Plástico
preto ou prateado, palha de arroz e
restos vegetais têm sido utilizados,
pois, provavelmente, repelem a praga
pelo reflexo da luz ou por mudanças de
temperatura.
g) Períodos livres de plantio - em
casos extremos, deve-se manter a área
sem cultivo para interromper o ciclo da
praga.
Controle genético
Estudos de resistência de plantas de
expressão econômica à Bemisia spp.
tiveram grande impulso nos últimos
anos, seguindo a crescente importância
desse inseto como praga e vetor de vírus
em todo mundo a partir dos anos 90. Em
vários países, nas culturas em que o
inseto age como transmissor de vírus,
avaliações para seleção de
germoplasma têm sido efetuadas,
detectando-se linhagens com graus
variáveis de resistência em tomateiro e
feijoeiro.
No Brasil, alguns trabalhos vêm
sendo realizados visando identificar
materiais resistentes à mosca-branca,
principalmente, em tomateiro. A
variedade de tomateiro Santa Clara foi
menos preferida para oviposição da
mosca-branca (Lima et al., 2005).
Francelli et al. (2003) avaliando,
também, a atratividade e a preferência
para oviposição de Bemisia tabaci
biótipo B, em genótipos de tomateiro,
classificaram LA-4441 e LA-1584
como moderadamente resistentes à
mosca-branca. Os genótipos de
tomateiro LA- 716, PI 134417 e PI
134418 são resistentes à mosca-branca,
expressando elevados níveis de não
preferência para oviposição e baixa
atratividade (Baldin et al., 2005).
Controle biológico
O controle biológico, atualmente,
possível consiste na preservação dos
inimigos naturais da mosca-branca pelo
uso de inseticidas seletivos. Várias
espécies de inimigos naturais têm sido
identificadas em associação com
complexo de espécies de moscabranca. No grupo de predadores, foram
identificadas dezesseis espécies das
ordens: Hemíptera, Neuróptera,
Coleóptera e Díptera. Entre os
parasitóides, identificaram-se 37
espécies de micro-himenópteros.
Dentre os parasitóides destacam-se os
gêneros Encarsia, Eretmocerus e
Amitus comumente encontrados. Com
relação à entomopatógenos, diversos
isolados mais virulentos dos fungos
Verticillium lecanii, Paecilomyces
fumosoroseus, Aschersonia aleyrodis e
Beauveria bassiana, com ação sobre
moscas-brancas.
Em um programa de controle
biológico, após a identificação de
inimigos naturais, deve-se estabelecer
de modo mais eficiente o emprego
desses agentes, provavelmente, por
liberações inundativas bem no início da
cultura ou através de liberações de
parasitóides em plantas daninhas
adjacentes (Villas Bôas et al., 1997).
Em vários países, estão sendo
identificados e estudados diversos
agentes de controle biológico da
mosca-branca, cujos resultados têm
sido bastante promissores para o
manejo dessa praga.
Controle químico
O uso de agrotóxicos, visando
controlar a mosca-branca, tem
acarretado inúmeras conseqüências
para o meio ambiente e para o homem
através de contaminações e
intoxicações agudas e crônicas. Essa
medida torna-se difícil, por tratar-se de
uma praga que possui grande
capacidade de desenvolver resistência
aos diferentes grupos de inseticidas.
Além disso, apresenta uma diversidade
de hospedeiros, fácil adaptação às
condições adversas, e dificuldade em
ser atingida na face inferior da folha.O
controle químico apresenta resposta
imediata, mas dentro de um programa
de manejo integrado da mosca-branca,
torna-se necessário seguir alguns
cuidados: a seleção do inseticida deve
ser em função da eficiência do produto,
seletividade sobre os inimigos naturais
e insetos polinizadores, poder residual
e grau de toxidade sobre o homem e os
animais.
Tratando-se de mosca-branca, o
mais recomendável dentro do manejo
químico é a alternância de produtos
pertencentes a diferentes grupos
químicos, isso em função da resistência
que a praga possa desenvolver em curto
espaço de tempo.
Atualmente, os inseticidas que têm
apresentados maior eficiência no
controle desta praga são os
neonicotinóides e os reguladores de
crescimento. Na primeira categoria,
incluem-se imidacloprid, acetamiprid e
thiamethoxam, enquanto buprofezim,
um inibidor da síntese de quitina, e
pyriproxyfen, um análogo do hormônio
juvenil, constituem-se na segunda.
Estes inseticidas, com novos modos de
ação e propriedades seletivas, foram
desenvolvidos para o controle dos
diferentes estádios de desenvolvimento
da mosca-branca (Barbosa et al, 2002).
A ação de tais produtos pode se
verificar na inibição da síntese da
quitina, supressão da embriogênese,
afetando a formação da progênie e o
balanço hormonal do inseto e, ainda,
atuando nos receptores de acetilcolina
no sistema nervoso do inseto (Elbert et.
al., 1990; Oetting & Anderson, 1990;
Ishaaya & Horowitz, 1992). Os
inseticidas imidacloprid e
thiamethoxam no tratamento de
sementes, seguidos de pulverizações
com outros produtos, promoveram uma
redução significativa no número médio
de ovos, de ninfas e de adultos da
mosca-branca e na porcentagem de
infecção pelo vírus-do-mosaicodourado-do-feijoeiro (Barbosa et al.,
2002). Modesto & Fenille (2004)
verificaram um controle eficiente para
B. argentifolii em crisântemo com a
aplicação dos inseticidas thiacloprid,
spiromesifen e betacyflutin.
A redução das populações da
mosca-branca, evitando prejuízos à
produção e manejo da resistência, tem
sido obtida pela combinação de
práticas culturais, uso de barreiras
físicas e utilização de produtos
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2., n.2, p.15-22, jun. 2008
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alternativos como detergentes, óleos
neutros (Cubillo et al., 1997), óleos
essenciais (Souza, 2000), óleo de neem
(Silva et. al., 2003), extratos vegetais
(Azevedo et al., 2005) e fungos
entomopagênicos (Sujii et al., 2002).
Manejo integrado
O manejo integrado consiste no
emprego de diversas táticas de
controle, levando-se em consideração
todo o sistema produtivo. Em alguns
países, já foram desenvolvidos
programas de manejo, principalmente,
para as culturas do algodão e melão.
Em nossas condições, o grande desafio
é a implantação de programas de
manejo da mosca-branca que possam
ser implementados nas diferentes
regiões produtoras.
Para isso, são necessários estudos
da ecologia desta praga nos diferentes
sistemas de produção, cujas
informações servirão de base para
táticas que visem impedir ao máximo a
presença do inseto, incluindo práticas
como produzir mudas distante de
culturas infestadas com mosca-branca
e infectadas por geminivirus; proteger a
sementeira com tela e com inseticidas
registrados para a cultura, alternandoos; manter a área limpa, se possível,
trinta dias antes do plantio; eliminar
plantas hospedeiras e invasoras; uso de
cultivares resistentes e precoces;
utilizar barreiras vivas com sorgo,
milho ou outra planta similar, à cerca de
10 m de distância do cultivo; fazer um
bom preparo do solo, corrigindo-o e
adubando-o de forma equilibrada; usar
sementes de boa qualidade; instalar
plantios em direção contrária ao vento,
para evitar a disseminação da praga;
efetuar plantios dentro de uma época
definida numa mesma região.
Outras estratégias contra o inseto
também são recomendadas, tais como:
não usar culturas susceptíveis em
consórcio; eliminar plantas com
sintomas de viroses, principalmente,
feijão, algodão e tomate; não permitir
cultivos abandonados próximo a área
cultivada; instalar armadilhas amarelas
untadas com óleo; utilizar mudas sadias
e vigorosas; adotar alta densidade de
20
plantio e fazer desbastes das plantas
com sintomas de viroses; efetuar
rotação de culturas com espécies não
susceptíveis; usar cobertura repelente à
mosca-branca; destruir os restos
culturais imediatamente após a
colheita; não transportar restos de
cultura da área cultivada para outro
local com intenção de alimentar
animais; não usar a rama para forrar a
caixaria ou veículo no transporte de
produtos agrícolas; efetuar
pulverizações nas horas mais frescas do
dia, evitando o uso indiscriminado de
inseticidas; pulverizar a planta de baixo
para cima, visando atingir a parte
inferior das folhas; alternar o uso de
princípios ativos; corrigir o pH da água
para a faixa de 5,0 a 6,0; manter em bom
estado os equipamentos de aplicação,
com bicos adequados e bem regulados.
Também manipulação do habitat e
controle biológico.
O manejo integrado envolve o
emprego simultâneo de diversas
técnicas de controle com o objetivo de
manter os insetos numa condição de
“não-praga” de forma econômica e
harmoniosa com o ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A mosca-branca é considerada uma
?
praga de importância econômica para
a agricultura brasileira, como
transmissora de doenças viróticas,
principalmente geminivirus.
No Estado da Paraíba essa praga foi
?
verificada em vários municípios,
afetando as culturas econômicas como
algodão, tomate, feijão e couve, cujos
danos e prejuízos chegaram, em
alguns casos, a 100%.
É necessária a realização de novos
?
levantamentos sobre o nível de
infestação da praga nos Estados
brasileiros, bem como, a realização de
novas pesquisas científicas sobre o
controle ecológico dessa praga.
A inspeção sistemática dessa praga
?
nas plantações de frutíferas e
hortaliças torna-se fundamental para
se realizar o controle logo no início do
aparecimento da praga, evitando,
assim, danos às culturas e prejuízos
econômicos.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.2, p.15-22, jun. 2008
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Recebido em fevereiro de 2008 e aprovado em maio de 2008
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Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.2, n.2, p.15-22, jun. 2008
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