ROCHAS METAMÓRFICAS Prof. Marcelo Ribeiro Barison ARDÓSIA Rio Borrachudo – MG Abril / 2008 ROCHAS METAMÓRFICAS Rocha Ígnea Rocha Sedimentar (re) cristalização minerais metamorfismo Rochas instáveis Fluidos P alta T 100 a 600 C 3 a 70 km profundidade Observação: em todas as etapas a rocha não se funde! Agentes Metamórficos TEMPERATURA - Afeta a estabilidade dos minerais e das associações minerais Fontes: - grau geotérmico: 1º C a cada 33 m na crosta - calor de decaimento radioativo - atrito das camadas de rochas - proximidade de corpos ígneos PRESSÃO - pode promover mudanças estruturais na rocha - organização entre minerais Fontes: - pressão uniforme ► adensamento rocha - pressão dirigida ►orientação de minerais FLUIDOS QUIMICAMENTE ATIVOS - Promovem reações, precipitações e redeposições de minerais das rochas - têm origem magmática - composição: CO2, HF, HCl, H2SO4, dentre outros - em geral promovem Dissolução de minerais e a Cristalização / Deposição de outros no lugar Exemplo: dissolução Calcita e cristalização de Galena Localização dos processos metamórficos n limites entre placas tectônicas convergentes n dorsais meso-oceânicas n redor dos corpos ígneos intrusivos n zonas de falhas compressivas n crateras de impacto de meteorito metamorfismo “Fenômeno responsável pelas transformações mineralógicas, texturais e estruturais em rochas préexistentes em seu estado sólido, originando assim um novo tipo rochoso, as rochas metamórficas.” TIPOS DE METAMORFISMO 1) METAMORFISMO REGIONAL / DINAMOTERMAL - Abrange extensas regiões com intensos esforços tectônicos Elevadas Temperatura e Pressão fluxo de calor intenso- gradientes geotérmicos elevados, de até 60ºC/km rochas são fortemente dobradas e fraturadas Exemplos: Ardósia, Xistos, Filitos, Gnaisses, Anfibolitos, Granulitos - Metamorfismo Regional / Dinamotermal Metamorfismo Regional / Dinamotermal Metamorfismo Regional / Dinamotermal PRESSÕES DE 0 a 12 kbar 200 a 320 C 320 a 520 C PROFUNDIDADES DE 0 a 40 km 520 a 620 C 550 a 750 C ROCHAS METAMÓRFICAS GRAU INCIPIENTE Ardósia GRAU BAIXO GRAU MÉDIO Muscovita Xisto Gnaisse GRAU ALTO Granulito 2) METAMORFISMO DE CONTATO iinfluenciado apenas pela temperatura icalor cedido por uma intrusão magmática sobre rochas encaixantes “protólitos” Hornfels Mineralogia principal: Andaluzita, Cordierita, Granada, Quartzo, Sillimanita, Biotita, Muscovita, Feldspatos Estrutura: Compacta e Maciça Protólito: rochas variadas Tipo de Metamorfismo: Metamorfismo de Contato 3) METAMORFISMO DINÂMICO OU CATACLÁSTICO idesenvolve-se nas adjacências de falhas compressivas ipressões dirigidas de grande intensidade ia energia envolvida produz esmigalhamento das rochas Milonitos - Mineralogia: Ortoclásio, Quartzo, Biotita, Plagioclásio, Sericita - Estrutura: Cataclástica - Textura: fina (milonítica) - Metamorfismo Cataclástico - Protólito: Rochas diversas Demais tipos de Metamorfismo METAMORFISMO HIDROTERMAL METAMORFISMO DE CONTATO METAMORFISMO OCEÂNICO METAMORFISMO DE SOTERRAMENTO Diagrama Pressão - Temperatura Diagrama pressão-temperatura para metamorfismo regional ou de contato campos de graus metamórficos Anatexia = fusão parcial da rocha Diagrama pressão-temperatura para metamorfismo regional ou de contato fácies metamórficas Fácies Granulito G ra lit nu Filitos Ardósias os Gn ai ss es Fácies Xisto Verde M m ig s ito at Fácies Xisto Azul Fácies Anfibolito Xistos Granulitos - Mineralogia: K-Feldspato, Plagioclásio, Quartzo, Piroxênio - Estrutura: Foliada ou Maciça - Metamorfismo Regional - Fácies Granulito - Protólito: Rochas Diversas Granulito rico em Px e Granada - Conhecido como Gnaisse Charnockítico Migmatitos - Anatexia = fusão parcial da rocha Rocha Híbrica (parte metamórfica e outra ígnea) Paleossoma = “rocha antiga” = Gnaisse Neossoma = “nova rocha” = Granito - Mineralogia: Quartzo, K-Feldspato, Plagioclásio, Biotita, Anfibólio - Estrutura Migmatítica - Metamorfismo Regional - Fácies Granulito TEXTURA Granoblástica Granoblástica Poligonal Arenito X Quartzito Nematoblástica Associado à cristais prismáticos de piroxênios e anfibólios na rocha Lepdoblástica Associada a minerais micáceos: Muscovita, Sericita, Biotita Porfiroblástica Associada a minerais prismáticos e bem desenvolvidos (grandes) granoblástica lepidoblástica nematoblástica porfiroblástica TEXTURAS ESTRUTURAS • Maciças- sem atuação de pressão dirigida Quartzito com estrutura maciça Mármore calcítico puro ESTRUTURAS • Foliação- estruturas planares, devido ao arranjo paralelo dos minerais: Xistosidade- estrutura representada pelo desenvolvimento de minerais placóides e/ou tabulares/prismáticos. Clivagem Ardosiana- típica das ardósias e filitos caracterizados predominantemente pela iso-orientação de filossilicatos microcristalinos. É caracterizada pela quebra das rochas em planos paralelos e regulares. Estrutura gnáissica- orientação dos feldspatos ou quartzos Bandamento- presença de alternância de faixas de coloração claras e escuras. Ortognaisse com foliação gnáissica NOMENCLATURA Estrutura X Composição mineralógica Ex: granada-biotita-quartzo-muscovita xisto porfiroblástico com estaurolita argilitos folhelhos ardósia filito micaxisto gnaisse Temperatura Pressão 1) Ardósia- rocha metassedimentar de baixo grau metamórfico e granulação muito fina, indistinta. Sericita, Muscovita, clorita e quartzo Protólito = argilito, folhelho 2) Gnaisse- rochas constituídas predominantemente por feldspatos (20%) e quartzos e foliação gnáissica • ortognaisse- originado de granitos • paragnaisse- originados de arcóseos 3) Quartzito- arenitos 4) Mármores- calcários 5) Esteatitos (maciças) ou Talco xistos (foliadas)- talco 6) Anfibolito - metamorfismo de rochas ígneas básicas 7) Itabirito- sedimentos ferruginosos – Jaspelito Classificação simplificada de rochas cataclásticas Estrutura Nome Componentes Matriz Fragmentos/ porfiroclastos Condições deformação e temperatura Profund. aprox. Não orientada Brechas de falha > 30% > 5 mm Rúptil < 250o 1-4 km Cataclasitos 50-90% < 0,2 mm Orientada Milonitos > 0,2 mm 4-10 km Dúctil > 250o >10 km