Heloisa Aparecida Sampaio Siqueira da Silva

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Matemática
ESTÁGIO E FERRAMENTA
Heloisa Aparecida Sampaio Siqueira da Silva
Aluna do 2º Ano - Matemática
O estágio é hora da ação, da prática, da “mão na massa” em um curso de
Licenciatura, seja ele qual for. Sair da teoria e se dirigir para sala de aula, frente a
frente com os alunos, é um desafio. Um desafio que causa temor no estagiário, mas que
decide seu futuro. Sem estágio, o professor é vazio, é incompleto, é “quase” professor.
Comigo aconteceu assim: quando era chegada a hora de realizar o estágio, tive
oportunidade de ser o professor titular daquela sala. Senti-me coberta de preocupação e
insegurança. Acho que esse sentimento é natural. Afinal, ser professor não é
brincadeira. Ser professor não é ser animador de palco. Ser professor é ser educador.
Não é simplesmente ser profissional. É ser amigo e companheiro. É colocar o saber
dentro do ser humano, sem poder entrar num cérebro. É um completo desafio.
Penso que ser professor é como o agricultor que tem em suas mãos duas
ferramentas: a pá e a enxada. Com a enxada ele arrasta para si conhecimentos e com a
pá atira-os para outros, no caso, os alunos.
Ser bom professor significa usar, e usar bem, a pá e a enxada. Para isso existe o
estágio. Nele se aprende a usar as ferramentas, a fim de que haja maior qualidade no
aprendizado.
Pensando nisto, disse sim ao desafio. Era minha vez de encarar uma sala de aula
e colocar em prática o que estava aprendendo no meu curso. Escolhi como tema de meu
estágio a construção de um Laboratório de Ensino Matemático, que até então não havia
na escola onde fui estagiar, ou seja, dar aulas.
Como começar? Por onde? Pedi ajuda a professores experientes e amigos. Fiz o
projeto. Apaixonei-me. Concluí que teria que aprender mais (usar a enxada) e depois
ensinar (usar a pá). Pesquisei. Pesquisei bastante. Orientei-me com a Coordenação de
Estágios e dei início. Que emoção! Que experiência!
Foi aí que percebi quanto o estágio é importante. Importante por vários motivos,
sendo o principal deles, na minha opinião, descobrir se o futuro professor é mesmo um
vocacionado, um disposto a educar, um sacerdote que ministra conhecimentos. O
estágio é o momento do sim ou do não. É a hora da decisão, em que se pergunta para si
mesmo: “Era isso mesmo que eu queria?” ou “Não vou pôr em risco o futuro de
outrem?”
No estágio que estou fazendo, construindo jogos matemáticos, descobri que
nasci para ser professora e que estar com meus alunos, podendo conduzi-los ao
aprendizado da matemática de maneira mais divertida e dinâmica, era tudo que eu
queria.
Já nos primeiros dias de aula, senti-me como quem realiza um sonho. Sei que
meus alunos dependem de mim e que ser professor é papel decisivo em suas vidas. O
meu jeito de ser e agir para com eles é uma semente plantada no presente para se colher
a curto e a longo prazo.
Esforçar-me em construir um laboratório matemático para eles foi bem-vindo.
Estamos criando a cada momento novos jogos, utilizando materiais dos mais diversos,
trabalhando em conjunto com uma finalidade única de melhorar o aprendizado
matemático.
O estágio tem sido uma oportunidade que tem gerado experiência, experiência
que tem trazido segurança profissional, que por sua vez tem trazido determinação.
Ser estagiário não é ser menos, e sim o começo de uma grande responsabilidade
social e cultural. Ser estagiário é dar início a uma brilhante carreira. É fazer parte de
um todo. É aprender a usar ferramentas para confeccionar futuros brilhantes.
Orientadora:
Prof.ª Lia Andrade Quintanilha Pinto
Referência Bibliográfica:
Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática. MEC, 1997.
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