Boletim informativo - edição especial - Outubro de 2015 O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença. Desde 2010, o Brasil, por meio do Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), participa do movimento, promovendo espaços de discussão sobre câncer de mama, divulgando e disponibilizando seus materiais informativos, tanto para profissionais de saúde quanto para a sociedade. Em 2015, a campanha no Outubro Rosa tem como objetivo fortalecer as recomendações para o diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de mama indicadas pelo Ministério da Saúde, desmistificando crenças em relação à doença e às formas de redução de risco e de detecção precoce Como forma de contribuir com a campanha, a UGT-MG preparou um material especial sobre o câncer de mama, com informações sobre incidência, prevenção e tratamento. Magnitude O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, excetuando-se os casos de pele não melanoma, representando 25% do total de casos de câncer no mundo em 2012, com aproximadamente 1,7 milhão de casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (522.000 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. Para o ano de 2014 foram estimados 57.120 casos novos, que representam uma taxa de incidência de 56,1 casos por 100.000 mulheres. A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 12,10 óbitos/100.000 mulheres em 2012. As regiões Sudeste e Sul são as que apresentam as maiores taxas, com 13,61 e 13,42 óbitos/100.000 mulheres em 2012, respectivamente. Minas Gerais Em Minas Gerais, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o câncer de mama é também o de maior incidência em mulheres. As estimativas do Inca para o estado em 2014 apontavam que eram esperados 5.210 novos casos da doença, uma taxa bruta de incidência de 49,17 para cada grupo de 100 mil mulheres mineiras. Fatores de risco Prevenção O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam, de modo geral, esse risco. Risco elevado de câncer de mama inclui: história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos ou de câncer bilateral ou de ovário em qualquer idade; história familiar de câncer de mama masculino A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco reconhecidos. Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em princípio, passíveis de mudança. Porém fatores relacionados ao estilo de vida, como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, são modificáveis. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Detecção precoce O câncer de mama identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro, apresenta prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura. Nesta estratégia, destaca-se a importância da educação da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas, bem como do acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde. A mulher deve realizar a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano) para a descoberta casual de pequenas alterações mamárias. E deve procurar orientação médica sempre que houver dúvidas. De acordo com o INCA, a maior parte das mulheres com câncer de mama identificou a doença por meio da palpação ocasional em comparação com o autoexame (aproximadamente 65% das mulheres identificam o câncer de mama ao acaso e 35% por meio do autoexame). Exames - Mamografia No Brasil, a mamografia é o método preconizado para o rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. Nas mulheres sem sintomas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e as sociedades de senologia (especialidade médica que estuda e trata as doenças mamárias) recomendam que o primeiro exame seja feito entre os 35 e 40 anos, que servirá de base para avaliar as condições da mama e possibilitar exames comparativos futuros. Dos 40 aos 50 anos, a frequência da mamografia deverá ser determinada pelo médico, de acordo com a inclusão da paciente no grupo de risco e/ou com as características da mama. Após os 50 anos, todas as mulheres devem se submeter ao exame de mamografia anualmente. O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame. Tratamento Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento. O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. No mês de outubro, declare seu amor por você mesma. Prevenção é tudo! As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em: UGT-MG na Campanha Outubro Rosa - Tratamento local: cirurgia e radioterapia. -Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Publicação da UGT Minas Coordenação: Secretaria de Comunicação Envie notícias de sua entidade para que possamos divulgar em nossos boletins e site. E-mail: [email protected] ou [email protected]