III SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS 18, 19 e 20 de outubro de 2004 TUMOR DE CARCINÓIDE Cunha, Marcelo Rodrigues1 ; Prota, Rafael2 ; Baldim, José Ademar3 ; Carrijo, Alieksiei Correa4 Os tumores carcinóides são tumores hormonalmente ativos, com elevada incidência no apêndice cecal (cerca de 80%), mas que podem acometer o intestino delgado distal, com uma taxa de ocorrência de 1:300 autópsias. Possui incidência semelhante em ambos os sexos com prevalência na sexta década de vida. Este tipo de tumor é responsável pelo desenvolvimento da síndrome carcinóide que evolui com manifestações sistêmicas tais como: rubor cutâneo, hepatomegalia, diarréia (sendo esta a manifestação mais comum), broncoespasmo e doenças cardíacas. O principal hormônio secretado pelo tumor é a serotonina. Quando acometido o intestino delgado, cerca de 50% dos indivíduos apresentam a síndrome hormonal. O desenvolvimento da síndrome é função da massa tumoral total e da extensão de metástases. Ressaltar a importância do tumor carcinóide como diagnóstico diferencial de dor abdominal. Relato de caso: M.S., 43 anos, sexo masculino, natural de Alfenas – MG, leucoderma, apresentando quadro de dor abdominal de leve intensidade, tipo cólica em região infra-umbilical com início há 5 anos. Diagnosticou-se a colonoscopia uma lesão elevada em reto proximal, tendo como resultado anátomo-patológico adenoma tubular sem características de malignidade. Instituído tratamento endoscópico. Paciente retornou ao serviço de coloproctologia após dois anos, com quadro de distensão abdominal e dor em região hipogástrica. Foi então submetido a laparoscopia exploradora que relevou a presença de uma nodulação hepática no segmento V e serosites de distribuição salteada em intestino delgado 40cm da válvula íleocecal. Estudo anátomo-patológico de tecido hepático concluiu tratar-se de um tumor carcinóide. Evoluiu com quadro de suboclusão intestinal em 6 meses sendo submetido a laparoscopia exploradora. Nesta ocasião foi encontrada outra massa tumoral em jejuno, há 1,60 metros da válvula ileocecal. Realizada ressecção do segmento jejunal, tendo como resultado anátomo-patológico tumor carcinóide maligno ulcerado. Diante de uma neoplasia hepática, a procura pelo sítio primário torna-se obrigatória para resolução do caso. 1 Acadêmico de medicina da FCM – 10º período Acadêmico de medicina da FCM – 10º período 3 Orientador – Professor da Faculdade de Ciências Médicas 4 Médico-residente do Hospital Universitário Alzira Velano 2 Fonte Financiadora: UNIFENAS Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS Gestão de Pesquisa e Pós-graduação – www.unifenas.br/pesquisa