Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Número 36 Turma XXXVIII Embriologia II 3ª semana Embrião bilaminar Lacunas sinciciais preenchidas com o sangue materno Necessidade de formação rápida de um sistema cardiovascular Gastrulação Notocordogênese Neurulação Formação dos somitos Formação do celoma intra-embrionário Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular Angiogênese (formação de vasos) e hematogênese (formação de sangue) Formação das vilosidades coriais, com o intuito de aumentar a superfície de troca com o sangue materno Gastrulação Condensação de células na linha mediana do epiblasto, começando na parte caudal até mais ou menos o centro do embrião: linha primitiva (primeiro sinal da gastrulação). Possibilita a definição das extremidades cefálicas e caudal do embrião. A linha primitiva se aprofunda formando o sulco primitivo. Formação do nó primitivo e da fosseta primitiva. Células epiblásticas se projetam através da fosseta/sulco primitivo, abrindo um espaço entre o epiblasto e o hipoblasto, preenchendo-o, formando o mesoderma intraembrionário. Substituição das células do hipoblasto por células derivadas do epiblasto, formando o endoderma embrionário. Três camadas germinativas: ectoderma, mesoderma e endoderma. A membrana cloacal (parte caudal) que originará o ânus, e a membrana bucofaríngea (parte cefálica) que originará a boca, são dois locais de encontro do ectoderma e do endoderma, sem mesoderma entre eles. A migração lateral da formação do mesoderma entre o ectoderma e o endoderma originará uma continuidade com o mesoderma extra-embrionário somático e esplâncnio. Formação do mesoderma paraxial, que originará os somitos. Notocorda: condensação de células separadas do mesoderma na linha mediana do embrião. Formação de fendas entre o âmnio e o saco vitelínico, que originará o celoma intraembrionário. Dobramento do embrião, com incorporação de parte do saco vitelínico. Notocordogênese Processo notocordal: canalização no mesoderma, formando o canal notocordal. O assoalho do canal notocordal se funde ao endoderma. Ocorre uma formação de poros e posterior desaparecimento do assoalho+endoderma, permanecendo apenas o teto do processo notocordal. Canal neuroentérico: comunicação temporária entre o âmnio e o saco vitelínico. Alantóide: divertículo (apêndice) do saco vitelínico. Tem participação na formação da bexiga urinária. Fragmentação do mesoderma paraxial, formando somitos. Neurulação Extremidade cefálica do embrião está mais larga que a caudal. Ação indutora da notocorda induz a formação da placa neural. Posterior formação das pregas neurais e do sulco neural. A formação do tubo neural depende da fusão das pregas neurais. São formadas duas aberturas: na extremidade cefálica, o neuróporo anterior; na caudal, o neuróporo posterior. Grande quantidade de somitos. O número máximo de somitos apresentado por um embrião são 44-48 somitos. Dobramentos embrionários Dobramento transversal Formação do tubo digestivo. Invaginação do endoderma. O saco amniótico desce, “abraçando” o embrião. Desenvolvimento do celoma intra-embrionário e posterior fusão dos dois celomas, ocasionando a formação da cavidade celômica. O embrião é cilíndrico e todo envolvido por ectoderma. Este ectoderma dará origem à epiderme no ser humano. Formação do intestino primitivo, que está comunicado com o saco vitelínico através de um canal, que se desenvolverá em cordão umbilical. Ocorre uma condensação ao redor da notocorda, que dará origem às vértebras. O resto da notocorda estará no núcleo pulposo do disco vertebral. Dobramento longitudinal Início da formação do coração, que está localizado na frente da membrana bucofaríngea. Formação dos intestinos posterior e anterior. Coração posterior à membrana bucofaríngea e inferior ao intestino anterior. O alantóide deixa de ser um apêndice do saco vitelínico e é agora um divertículo do intestino posterior. Formação dos vasos sanguíneos Células mesenquimais no mesoderma se reúnem em grupos angiogênicos, formando uma luz. Células endoteliais, por mitoses, formarão células sanguíneas. Posteriormente, ocorrerá uma união dos vasos sanguíneos primitivos. Desenvolvimento das vilosidades coriônicas Vilosidade primária: citotrofoblasto envolvido por sinciciotrofoblasto. Vilosidade secundária: agora apresenta três camadas, com o surgimento de um mesoderma somático extra-embrionário. Vilosidade terciária: as células mesenquimais do mesoderma darão origem a vasos sanguíneos. Membrana placentária: sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, mesoderma e endotélio. Com a evolução da gravidez, ocorre o desaparecimento do citrotrofoblasto e estreitamento do sinciciotrofoblasto. Somitos Se diferencia em esclerótomo e dermomiótomo. Esclerótomo: dará origem ao tecido conjuntivo. É mais ventral. Dermomiótomo: se divide em miótomo e dermátomo. O miótomo dará origem à maior parte dos músculos do corpo; O dermátomo dará origem à derme. Crista neural Grande importância. Sofrerá migração e formará várias estruturas (ex.: parte do coração)