Terapêutica Antirretroviral

Propaganda
12-10-2014
CURSO DE FORMAÇÃO
DOENÇAS
INFECCIOSAS
VÍRICAS
Helena Farinha
Coordenadora Serviços Farmacêuticos
Hospital Egas Moniz
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
10 Outubro 2014
1ª Parte
1
12-10-2014
TARc
TARc como padrão de qualidade
VIH/sida
doença crónica
• controle da replicação do vírus
• melhoria da imunidade
•  expectativa e qualidade de vida
http://ccoe.umdnj.edu/online/images/AIDSline/09HC08_pills.jpg
Objetivos da TARc
•
Erradicação da infeção
Supressão da carga viral abaixo dos
limites de deteção
•
CD4+
Mortalidade
Infecções
oportunistas
•
•
HIV RNA
tempo
•
Reduzir a morbilidade e a mortalidade
associadas à infeção por VIH.
Preservar o estado de saúde, a autonomia
e a qualidade de vida dos doentes.
Restaurar e preservar a função imunitária.
Maximizar a supressão duradoura e
sustentada da replicação de VIH.
Prevenir a transmissão de VIH.
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH- 2 2012, Coordenação Nacional para a infeção VIH-Sida 2012
Dinoso JB, Kim SY, Wiegand AM, et al. Treatment intensification does not reduce residual HIV-1 viremia in patients on HAART. Proc Natl Acad Sci U S A. Jun 9 2009;106(23):9403-9408.
Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents – March 2012
2
12-10-2014
Objetivos da TARc
• Mortalidade
• Morbilidade
TARc
• Transmissão perinatal
• Transmissão associada a comportamentos de risco
• Supressão do VIH  redução da inflamação e ativação imune   dano
cardiovascular entre outros.
• Supressão viral máxima e duradoura  atrasa e/ou previne a seleção de estirpes
resistentes, preserva a contagem de células TCD4+ e confere benefícios clínicos
significativos.
Obtenção de supressão viral
Sem supressão viral
Regimes com 2/3 ARVs ativos de duas
ou mais classes terapêuticas
Alteração p/ novo regime com pelo
menos 2 ARVs ativos.
Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents – March 2012.
ART CC AC. Life expectancy of individuals on combination antiretroviral therapy in high-income countries: a collaborative analysis of 14 cohort studies. Lancet. Jul 26 2008;372(9635):293-299.
Mofenson LM et al. Risk factors for perinatal transmission of HIV type 1 in women treated with zidovudine. Pediatric AIDS CTGS 185 Team. N Engl J Med. Aug 5 1999;341(6):385-393.
Cohen MS, Chen YQ, McCauley M, et al. Prevention of HIV-1 infection with early antiretroviral therapy. N Engl J Med. Aug 11 2011;365(6):493-505.
Fatores Inerentes ao Sucesso da TARc
Vírus
• Taxa de
replicação
• Taxa de mutação
• Santuários
Fármacos
•
•
•
•
•
•
•
Potência
Durabilidade
Farmacocinética
Tolerabilidade
Conveniência
Resistência
Toxicidade a
longo prazo
Doentes
•
•
•
•
•
•
Adesão
Fidelização
Tolerabilidade
Toxicidade
Conveniência
Farmacogenética
Adaptado de 2º Curso Pós Graduado de Farmacoterapia da Infecção VIH-Sida, 2008
3
12-10-2014
Modelos para o sucesso do tratamento do HIV
“Diagrama” para o sucesso do tratamento do HIV
€
recurso à urgência
consultas não programadas
serviços de internamento
Fidelização aos
cuidados
Ligação aos
cuidados
Diagnóstico
Prescrição
TARc e
proflática
qiuando
indicado
Adesão
Resultados
clínicos
Ulett KB, et al. The Therapeutic Implications of Timely Linkage and Early Retention in HIV Care. AIDS Patient Care STDS. 2009 January; 23(1): 41–49.
Equipas multidisciplinares
I
II
III
• Formação interdisciplinar
• Equipas multidisciplinares
aspectos clínicos e imunológicos
padrões de resistência vírica
efeitos adversos
interações
problemas metabólicos
adesão
problemas sociais
• (Re)alocação racional de tarefas
Planear
Atuar
Fazer
Verificar
APAC - International Association of Providers of AIDS Care
4
12-10-2014
Limitações da TARc
Morbilidade e mortalidade, mas ...
• Erradicação impossível (células T CD4 + de memória
latentes infetadas)
Supressão
incompleta
Reservatórios
latentes
• Emergência de resistências
Terapêutica crónica
para toda a vida
Adesão
Custos
Tolerabilidade/
toxicidade
Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents – March 2012.
Dinoso JB, et al. Treatment intensification does not reduce residual HIV-1 viremia in patients on highly active antiretroviral therapy. Proc Natl Acad Sci U S A. Jun 9 2009;106(23):9403-9408.
Chun TW, et al. Early establishment of a pool of latently infected, resting CD4(+) T cells during primary HIV-1 infection. Proc Natl Acad Sci U S A. Jul 21 1998;95(15):8869-8873.
Finzi D, et al. Latent infection of CD4+ T cells provides a mechanism for lifelong persistence of HIV-1, even in patients on effective combination therapy. Nat Med. May 1999;5(5):512-517.
Limitações da TARc
Risk of development
of drug-resistance
Potência antiviral e desenvolvimento de resistências
Inadequate drug
pressure to select
resistant virus
Complete viral
suppression
Drug pressure
selects
resistant virus
Antiviral potency
poor
suboptimal
Suboptimal adherence
high
Poor pharmacokinetics
Increasing adherence
De Luca Andrea, M.D. Anti-HIV drugs 2010-2011. Institute of Clinical Infectious Diseases. Catholic University, Rome , University Hospital of Siena, Italy
5
12-10-2014
Custo-Benefício da TARc
• Embora o preço dos antirretrovíricos (ARV) seja a principal determinante do
custo do acompanhamento dos doentes infetados por VIH, a terapêutica
antirretrovírica combinada (TARc) é uma das intervenções médicas com melhor
relação custo-efetividade.
• Diminuição dos custos da
hospitalização
• Qualquer proposta de intervenção, neste nível, deve acautelar os riscos de
disrupção assistencial, garantir a continuação de acesso a fármacos de elevada
qualidade e preservar a flexibilidade para a individualização do tratamento.
• Melhoria da qualidade de vida
• As recomendações da TARc são sustentadas por evidência científica, desde
ensaios clínicos aleatorizados, estudos de coorte e de observação até à opinião
de peritos. As decisões de prescrição não devem ser determinadas apenas pelo
custo de cada componente. São igualmente importantes a efetividade, a
tolerabilidade, a simplicidade posológica e a adesão.
• Aumento da produtividade
• Os fármacos menos onerosos não devem ser selecionados se forem menos
efetivos ou apresentarem mais efeitos adversos. A relação custo-efetividade a
médio e longo prazo deve ser, também, um fator importante de ponderação.
– diminuição da morbilidade
– diminuição da mortalidade
• Perante duas opções com efetividades equivalentes mas com diferenças
significativas de custo, deverá ser preferida a opção menos onerosa.
• Em relação aos medicamentos com perda de patente, defende-se o princípio da
utilização do medicamento menos oneroso, sempre que o respetivo princípio
ativo for considerado adequado na situação clínica específica.
• Preconiza-se a utilização preferencial de cof-ormulações, sempre que
consideradas benéficas em termos de adesão e que apresentem um custo
semelhante ao dos fármacos considerados individualmente. A dispensa da
medicação antirretrovírica deverá ser organizada de modo a reduzir ao mínimo
a possibilidade de desperdício da medicação fornecida (nomeadamente através
de uma política rigorosa de dispensa para períodos superiores a 30 dias e do seu
controlo centralizado, evitando a duplicação de prescrição).
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH- 2 2012, Coordenação Nacional para a infeção VIH-Sida 2012
Preditores de sucesso virológico
•
•
•
•
•
doente naive
Regime ARV de elevada potência;
Adesão ótima à terapêutica;
Virémia base baixa;
Contagem de células CD4 basal elevada (>200 células/mm3);
Redução rápida da virémia como resposta ao tratamento.
Definição de estratégias
individualizadas
......
Seleção do regime
inicial de TARc
Melhoria
da Adesão
Testes genótipicos
de resistência prétratamento
Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents – March 2012.
Powderly WG, et al. Predictors of optimal virological response to potent antiretroviral therapy. AIDS. Oct 1 1999;13(14):1873-1880.
Yamashita TE, et al. Immunologic and virologic response to highly active antiretroviral therapy in the Multicenter AIDS Cohort Study. AIDS. Apr 13 2001;15(6):735-746.
Townsend D, et al. First HAART in HIV-infected patients with high viral load: value of HIV RNA levels at 12 weeks to predict virologic outcome. J Int Assoc Physicians AIDS Care (Chic Ill). Sep-Oct 2009;8(5):314-317.
Moore RD, et al. An improvement in virologic response to highly active antiretroviral therapy in clinical practice from 1996 through 2002. J Acquir Immune Defic Syndr. Jun 1 2005;39(2):195-198.
6
12-10-2014
TARc: Início Precoce vs Tardio
 Infeção pelo VIH não controlada  efeitos deletérios em todos os
estadios da infeção
 Tratamento precoce  previne o dano associado à replicação do VIH
durante os estádios iniciais da doença
 TARc  benéfica mesmo quando iniciada tardiamente
Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents – March 2012
TARc: Início Precoce vs Tardio
Evidência favorece o tratamento precoce
Tratamento precoce
• Regimes mais efetivos e convenientes
• Mais opções terapêuticas
• Melhor tolerância à terapêutica
• Menor toxicidade de longo-termo
• Melhor recuperação imunológica
• Preservação do sistema imunitário
• Taxas de resistência mais baixas
• Diversidade víral baixa
• Redução da infecciosidade
• Diminuição da morbilidade não associada à SIDA
Tratamento tardio
• Pouca evidência científica que suporte
tratamento precoce (excepto situações especificas)
• Resistência
• Toxicidade potencial
• Adesão
• Custos dos fármacos e monitorização
• Impacto potencial negativo na QOL
Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents – March 2012
David Spach ,MD. 2012 HIV Update. Last Updated: April 16, 2012
7
12-10-2014
Progressão cel CD4
(sem TAR)
1000
600
400
200
Sida
0
0
1
2
3
4 5 6
Anos
7
8
9 10 11 12 13 14 15
1000
Immune Activation & Inflammation
Contagem cels CD4
800
600
400
200
0
0
0 Year
0 01 0
(expanded)
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15
Anos
David Spach, MD. 2012 HIV Update. Last Updated: April 16, 2012
Fatores de risco associados a eventos
cardiovasculares
Estudo HOPS, Jan 2002 – Set 2009
2.5
N = 2,005
2.0
Hazard Ratio
Contagem celsCD4
800
1.58
1.5
1.0
1.29
1.00
0.5
0.0
CD4 ≥500 cells/µl
CD4 350-499 cells/µl
CD4 <350 cells/µl
Baseline CD4 Cell Count
David Spach, MD. 2012 HIV Update. Last Updated: April 16, 2012
Lichtenstein KA, et al. Clin Infect Dis. 2010;51:435-47.
8
12-10-2014
Fatores de risco associados a eventos
cardiovasculares
Baseline Factor Associated with Incident
Cardiovascular Disease Events
Estudo HOPS, Jan 2002 – Set 2009
N = 2,005
2.4
Diabetes
13.3
Male gender
20.9
HDL < 40 male…
21.5
LDL/nonHDL > goal
25.6
CD4 < 500 cells/µl
26.7
Tobacco Smoking
34.4
Hypertension
49.2
Age ≥42 years (median)
0
10
20
30
40
50
60
Attributable Risk (%)
David Spach, MD. 2012 HIV Update. Last Updated: April 16, 2012
Lichtenstein KA, et al. Clin Infect Dis. 2010;51:435-47.
HIV Prevention Trials Network (HPTN) - Estudo 052
1.763 casais sero-discordantes (97% heterosexual)
890 homens-873 mulheres ; CD4 350-550 / mediana 436
+
-
n = 872
+
-
n = 853
+
-
n = 37
-
+
n=1
Parceiros não infectados tiveram resultados negativos para o HIV duas semanas após
entrarem no estudo
David Spach, MD. 2012 HIV Update. Last Updated: April 16, 2012
Cohen M, et al. N Engl J Med. 2011;36:493-505.
9
12-10-2014
HIV Prevention Trials Network (HPTN) - Estudo 052
O Início precoce do TARc resultou em 96% de
redução na transmissão do HIV para parceiros
não infectados (P≤0.0001) - Alta significância
estatística
David Spach, MD. 2012 HIV Update. Last Updated: April 16, 2012
Cohen M, et al. N Engl J Med. 2011;36:493-505.
Terapêutica Antirretroviral
Estado da ARTe
Fármacos ARVs
10
12-10-2014
Sumário
 Classes terapêuticas ARVs (mecanismo de acção e
características farmacocinéticas, interacções c/ fármacos e
alimentos, efeitos adversos e mecanismos de resistências/
mutações de resistência)
 Recomendações terapêuticas nacionais e internacionais sobre
terapêutica antirretrovírica combinada (TARc) – VIH 1 e 2
 Terapêutica VIH-1
 Quando iniciar
 Esquemas de inicio
 Vantagens e desvantagens de diferentes esquemas terapêuticos
ARVs
ARVs
Interrupção do ciclo de
replicação do VIH
(Inibem proteínas
fundamentais para a
replicação do vírus)
http://www.brasilescola.com/upload/e/estrutura%20do%20HIV.jpg
11
12-10-2014
Classes ARVs: Local de acção
6
1
2
3
4
5
http://linkinitiative.webs.com/inhibitors%20image.gif
1
Inibidores de Fusão (IF)
4
Não Núcleósidos Inibidores da Transcriptase Reversa (NNITR)
Nucleósidos Inibidores da Transcriptase Reversa (NITR)
2
Inibidores de Entrada (IE)
5
Inibidores da Protease (IP)
3
Inibidores da Integrase (II)
6
Escala temporal de desenvolvimento dos ARVs
MONOTERAPIA
TERAPÊUTICA DUPLA
TERAPÊUTICA TRIPLA – HAART / TARc
FTC/RPV/TDF
DLV
AZT/3TC
ddC
AZT ddI
’87
NVP
d4T
3TC
ABC/AZT/3TC
TDF
ABC
EFV
EFV/FCT/TDF
EVG/FTC/TDF/cobi
FTC/TDF
ETV
EVG
ABC/3TC
RPV
RTG
DTG
FTC
’91 ’92 ’93 ’94 ’95 ’96 ’97 ’98 ’99 ’00 ’01 ’02 ’03 ’04 ’05 ’06 ’07 ’08 ’11 ’13 ‘14
NITR
NNITR
SQV
NFV
IE
ATV
DRV
FPV
IP
IF
LPV/r
RTV
IDV
TPV
APV
T20
MRV
II
http://www.ema.europa.eu/ema/
VIH/Sida'08, Coordenação Nacional para a Infecção. 2008. Boas Práticas de Farmácia Hospitalar no âmbito da infeção VIH/sida. Lisboa: Editorial do Ministério da Saúde, 2008. 82833/08.
12
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
N(t)ITRs
Análogos nucleósidos/nucleótido inibidores da transcriptase reversa - N(t)ITRs (1)
Abacavir (ABC)
Didanosina (ddI)
Emtricitabina (FTC)
Lamivudina (3TC)
Estavudina (d4T)
Tenofovir (TDF)
Zidovudina (AZT)
 Primeira classe de fármacos ARVs a estar




disponível para o tratamento da infecção por
VIH
Menos potentes que os análogos não
nucleósidos inibidores da transcriptase
reversa (NNITRs) e que os inibidores da
protease (IPs)
Espinha dorsal (Backbone) da TARc
Actividade contra VIH 1 e 2
TDF, FTC e 3TC têm actividade contra VHB
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
Shen L, Peterson S, Sedaghat A, et al. Dose-response curve slope sets class-specific limits on inhibitory potential of anti-HIV drugs. Nat Med. 2008;14:762-766.
25
Cox SW, Aperia K, Albert J, Wahren B. Comparison of the sensitivities of primary isolates of HIV type 2 and HIV type 1 to antiviral drugs and drug combinations. AIDS Res
Hum Retroviruses. 1994;10:1725-9.
Terapêutica Antirretroviral
N(t)ITRs
Análogos nucleósidos/nucleótido inibidores da transcriptase reversa - N(t)ITRs (2)
Mecanismo de acção
 Interrupção do ciclo de replicação viral ao
competirem com os nucleósidos fisiológicos.
 Actuam como substratos alternativos num
mecanismo de “suspensão da cadeia de
sequência” em que o N(t)ITR é incorporado no
ADN víral, impedindo a transcrição reversa e
inibindo assim a síntese de ARN víral
Weller IV, Williams IG. ABC of AIDS. Antiretroviral drugs. BMJ. Jun 9 2001;322(7299):1410-2.
Hoffmann, C. and B.S. Kamps. HIV Medicine 2007. 2007 Accessed 26/06/2010; Available from: http://www.hivmedicine.com/
Chen, L.F., J. Hoy, and S.R. Lewin, Ten years of highly active antiretroviral therapy for HIV infection. Med J Aust, 2007. 186(3): p. 146-51.
13
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
N(t)ITRs
Análogos nucleósidos/nucleótido inibidores da transcriptase reversa - N(t)ITRs (3)
Mecanismo de resistência
 Bloqueio ou diminuição da incorporação do N(t)ITR à cadeia de DNA
proviral (Discrimination) - K65R, L74V, Q151M e M184V
 Pirofosforólise ou excisão mediada pelo ATP, associada principalmente
aos análogos da timidina (AZT e d4T) e, em menor grau, aos outros
N(t)ITRs
 (TAMs) M41L, D67N, K70R, L210W, T215Y/F e K219Q/E
 Barreira genética baixa/intermédia
Marcelin AG. Resistance to nucleoside reverse transcriptase inhibitors. In: Geretti AM, editor. Antiretroviral Resistance in Clinical Practice. London: Mediscript; 2006.
Chapter 1. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2241/
Terapêutica Antirretroviral
N(t)ITRs
Análogos nucleósidos/nucleótido inibidores da transcriptase reversa - N(t)ITRs (4)
Farmacocinética
 Pró-fármacos (fosforilação para integração na cadeia de DNA proviral)
 Biodisponibilidade oral varia entre 25% a 93% (< TDF e ddI)
 Os alimentos não afectam significativamente a absorção de qualquer dos N(t)ITRs
o Excepto ddI que deve ser tomado sem alimentos – < Absorção  pH
  T1/2 no plasma mas  T1/2 intracelular
o T1/2 intracelular TDF > 60h
 Eliminação renal  exigem ajustes de dose em doentes com insuficiência renal
o Excepto o ABC
 Não são metabolizados pelo sistema do citocromo P450
o Interacções clinicamente significativas envolvem ddI+TDF -  exposição ao ddI
o Mecanismo semelhante na utilização de ddI+Ribavirina
Piliero PJ. Pharmacokinetic properties of nucleoside/nucleotide reverse transcriptase inhibitors. J Acquir Immune Defic Syndr. 2004;37:S2-S12.
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
14
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
N(t)ITRs
Análogos nucleósidos/nucleótido inibidores da transcriptase reversa - N(t)ITRs (5)
Fármaco (marca comercial)
Apresentação
Abacavir (Ziagen®)
Abacavir/Lamivudina (Kivexa®)
Abacavir/Lamivudina/Zidovudina (Trizivir®)
Posologia
Cp 300mg
1 cp 2xdia ou 2 cp 1xdia
Cp 600mg Abacavir/300mg Lamivudina
1 cp 1xdia
Cp 300mg Abacavir/150mg Lamivudina/300mg Zidovudina
1 cp 2xdia
Caps 400mg /Caps 250mg
1 caps 1xdia (sem alimentos)
Caps 200mg
1 caps 1xdia
Cp 200mg Emtricitabina/ 245mg Tenofovir
1 cp 1xdia
Didanosina (Videx EC®)
Emtricitabina (Emtriva®)
Emtricitabina/Tenofovir (Truvada®)
Estavudina (Zerit®)
Lamivudina* (Epivir®)
Lamivudina/Zidovudina *(Combivir®)
Caps 40mg /Caps 30mg
1 caps 2xdia
Cp 300mg/ Cp 150mg
1 cp 300mg 1xdia
1 cp 150mg 2xdia
Cp 150mg Lamivudina/300mg Zidovudina
1 cp 2xdia
Tenofovir (Viread®)
Cp 245mg
1 cp 1xdia
Zidovudina* (Retrovir®)
Cp 300mg
1 cp 2xdia
* Existe genérico comercializado em Portugal
Terapêutica Antirretroviral
N(t)ITRs
Análogos nucleósidos/nucleótido inibidores da transcriptase reversa - N(t)ITRs (6)
Reacções Adversas
 Toxicidade mitocondrial (acidose láctica, pancreatite, neuropatia periférica, esteatose
hepática, lipodistrofia)
Inibem a  polimerase do ADN mitocondrial humano; Afinidade para a  polimerase do ADN mitocondrial humano
ddC > ddI > d4T > 3TC/FTC > AZT > ABC > TDF




Supressão medula óssea – AZT




 Risco cardiovascular - ABC? e ddI
Cefaleias – AZT, TDF
Hiperpigmentação - FTC
Reacção de hipersensibilidade – ABC
Ocorre em 5-8% dos expostos; Associação com HLA B*5701; Taxa de mortalidade de 0,03%  após reexposição
Intolerância GI – AZT, ddI, TDF
Insuficiência renal – TDF
Osteoporose – TDF /  TDF + IP/r
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
D:A:D Study Group. Use of nucleoside reverse transcriptase inhibitors and risk of myocardial infarction in HIV-infected patients enrolled in the D:A:D study: a multi-cohort
collaboration. Lancet. 2008;371:1417-1426.
Kirk O, et al, CROI 2010. Abstract 107LB.
Cote HC, Brumme AZ, Craib KJ, et al. Changes in mitochondrial DNA as a marker of nucleoside toxicity in HIV-infected patients. N Engl J Med. 2002;346:811-820.
15
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
NNITRs
Análogos não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa - NNITRs (1)
 Introduzidos no arsenal terapêutico em 1996
 Fazem parte dos fármacos preferenciais na TARc
Efavirenz (EFV)
Etravirina(ETR)

Nevirapina (NVP)
Rilpivirina (RPV) 
das recomendações terapêuticas
Altamente potentes contra o VIH 1
O EFV parece conferir a  inibição da infecciosidade viral
entre os NNITRs
Sem actividade sobre o VIH 2
A ETR parece ter actividade in vitro mas esta não é
clinicamente significativa
Shen L, Peterson S, Sedaghat A, et al. Dose-response curve slope sets class-specific limits on inhibitory potential of anti-HIV drugs. Nat Med. 2008;14:762-766.
Rimsky LT, Azijn H, Tirry I, et al. In vitro resistance profile of TMC278, a next-generation NNRTI; evidence of a higher genetic barrier and a more robust resistance profile
than first generation NNRTIs. Abstract 120. XVIII International Drug Resistance Workshop. June 9-13, 2009. Fort Myers, Florida.
.
Terapêutica Antirretroviral
NNITRs
Análogos não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa - NNITRs (2)
Mecanismo de acção
 Os NNITRs ligam-se à subunidade p66 da TR numa
bolsa hidrofóbica distante do sítio activo da
enzima.
 Esta ligação não competitiva, induz uma mudança
conformacional na enzima que modifica o sítio
activo e limita a sua actividade.
Sluis-Cremer N, Temiz NA, Bahar I. Conformational changes in HIV-1 reverse transcriptase induced by nonnucleoside reverse transcriptase inhibitor binding. Curr HIV Res.
2004;2:323-332.
16
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
NNITRs
Análogos não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa - NNITRs (3)
Mecanismo de Resistência
 Mutações no domínio do gene da TR  a capacidade dos NNITRs para se ligarem à enzima TR
 A 1ª geração de NNITRs tem uma baixa barreira genética à resistência
Uma única mutação no local de ligação pode diminuir a capacidade do fármaco se ligar à TR reduzindo a sua
actividade de forma significativa; K103N e Y181C
 A ETR tem uma  barreira genética à resistência (apenas uma mutação no codão 103 ou 181 é
insuficiente para causar falência clinica)
Mutações diferentes podem afectar a susceptibilidade viral à ETR em graus variados. Foi atribuído um peso relativo a cada
mutação de resistência associada ETR. Com uma pontuação cumulativa de 0-2, foi obtida uma taxa de resposta de 74%. Com
uma pontuação de 2,5-3,5 ou 4 ou mais, as taxas de resposta foram de 52% e 38%, respectivamente
O esquema de ponderação da resistência à ETR é o seguinte:
3 - Y181I, Y181V
2.5 - L100I, K101P, Y181C, M230L
1.5 - V106I, E138A, V179F, G190S
1 - V90I, A98G, K101E, K101H, V179D, V179T, G190A
 RPV
E138K, V90I, K101E/P/T, V179I/D/L, Y181C/I/V, V189I, H221Y, F227C/L e M230L
Mackie N. Resistance to non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors. In: Geretti AM, editor. Antiretroviral Resistance in Clinical Practice. London: Mediscript; 2006.
Chapter 2. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2249/
Vingerhoets J, Peeters M, Azijn H, et al. An update of the list of NNRTI mutations associated with decreased virologic response to etravirine (ETR): multivariate analyses on
the pooled DUET-1 and DUET-2 clinical trial data. International Drug Resistance Workshop; June 10-14, 2008; Sitges, Spain.
Rimsky L, Eron J, Clotet B, et al. Characterization of the resistance profile of TMC278: 48-week analysis of the Phase III studies ECHO and THRIVE. In: Program and abstracts
of the 50th Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy; September 12-15, 2010; Boston. Abstract H-1810.
Terapêutica Antirretroviral
NNITRs
Análogos não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa - NNITRs (4)
Farmacocinética
 Grande variabilidade interindividual nas suas características farmacocinéticas
 Metabolizados pelo sistema do citocromo P450 induzindo e inibindo algumas isoenzimas
específicas (CYP3A4, CYP2C9)
 NVP é metabolizada principalmente pela isoenzima 3A4 com algum metabolismo secundário
através da 2B6




EFV é metabolizado principalmente através da 2B6 e secundariamente através da 3A4
ETR é substrato da 3A4, 2C9, 2C19
RPV é substrato da 3A4
Ligação às proteínas (98-99%), principalmente à albumina e 1 glicoproteína
Excepção NVP
 T1/2 plasmática longa (25-55h)
 Não necessitam de ajuste na insuficiência renal
  pH  Absorção da RPV
Ma Q, Okusanya O, Smith P, et al. Pharmacokinetic drug interactions with reverse transcriptase inhibitors. Expert Opin Drug Metab Toxicol. 2005;1:473-485.
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
17
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
NNITRs
Análogos não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa - NNITRs (5)
Fármaco (marca comercial)
Apresentação
Posologia
Cp 600mg
1 cp 1xdia (ao deitar sem
alimentos)
Efavirenz/Emtricitabina/Tenofovir+ (Atripla®)
Cp 600mg Efavirenz/200mg Emtricitabina/245mg Tenofovir
1 cp 1xdia (ao deitar sem
alimentos)
Emtricitabina/Rilpivirina /Tenofovir+ (Eviplera®)
Cp 200mg Emtricitabina/25mg Rilpivirina/245mg Tenofovir
1 cp 1xdia (com uma refeição
calórica)
Etravirina (Intelence®)
Cp 100mg
2 cp 2xdia (com alimentos)
Nevirapina* (Viramune®)
Cp 200mg
1 cp 2xdia
Nevirapina (Nevirapina XR®)
Cp 400mg
1 cp 1xdia
Cp 25mg
1 cp 1xdia (com uma refeição
calórica)
Efavirenz (Stocrin®)
Rilpivirina (Endurant®)
* Existe genérico comercializado em Portugal
+ Regime comprimido único
Terapêutica Antirretroviral
NNITRs
Análogos não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa - NNITRs (6)
Reacções Adversas
 Erupção cutânea
 NVP ; Síndroma Stevens-Johnson
 Hepatotoxicidade
 NVP - maior em mulheres com TCD4+ >250 céls/mm3 e homens com >400 céls/mm3
 ETR
 Efeitos SNC
 EFV (50% doentes)
Início nas primeiras 2-3 semanas
Desaparecimento gradual na maioria dos casos
Insónias, sonhos vividos, vertigens, confusão e alucinações
RPV – Depressão, insónias, cefaleias
 Teratogenicidade – EFV
 Contra-indicado no 1ª trimestre gravidez
 Deficiência em Vitamina D - EFV
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
Wohl D. et al. 18th CROI 2011. Abstract O-1014
Warnke D, Barreto J, Temesgen Z. Antiretroviral drugs. J Clin Pharmacol. 2007;47:1570-1579.
Kontorinis N, Dieterich D. Toxicity of non-nucleoside analogue reverse transcriptase inhibitors. Semin Liver Dis. 2003;23:173-182.
Rivero A, Mira J, Pineda J. Liver toxicity induced by non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors. J Antimicrob Chemother. 2007;59:342-346.
18
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IPs
Inibidores da Protease - IPs (1)
Atazanavir (ATV)
Darunavir (DRV)
Fosamprenavir (FPV)
Indinavir (IDV)
Lopinavir (LPV)
Nelfinavir (NFV)
Ritonavir (RTV)
Saquinavir (SQV)
Tipranavir (TPV)
 Introduzidos no arsenal terapêutico em 1995
 Fazem parte dos fármacos preferenciais na
TARc das recomendações terapêuticas
 Fármacos potentes
 Actividade contra VIH 1 e 2
 Todos os IPs, exceptuando o NFV devem ser
potenciados pelo RTV
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
Terapêutica Antirretroviral
IPs
Inibidores da Protease - IPs (2)
Mecanismo de acção
 A protease do VIH é a proteína responsável pela
maturação das partículas virais.
 Os IPs funcionam como inibidores competitivos que se
ligam directamente à protease do VIH evitando a
subsequente clivagem dos polipeptídeos, o que
impede a formação de subunidades funcionais para a
formação da cápside viral e consequentemente leva à
formação de partículas virais imaturas e não
infecciosas
Flexner C. HIV protease inhibitors. N Engl J Med. 1998;338:1281-1293.
van Maarseveen N, Boucher C. Resistance to protease inhibitors. In: Geretti AM, editor. Antiretroviral Resistance in Clinical Practice. London: Mediscript; 2006. Chapter 3.
Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2250/
19
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IPs
Inibidores da Protease - IPs (3)
Mecanismo de resistência
 A resistência ocorre normalmente através do desenvolvimento de uma ou mais mutações,
que produzem alterações conformacionais no local da protease, diminuindo a afinidade
dos IPs para a protease do VIH
 Resistência aos IPs de 1ª geração ocorre com o desenvolvimento de uma ou mais das
seguintes mutações primárias
G48V, L90M (SQV)
M46I, V82A/L/F, I84V (IDV)
V82A/L/F, I84V (RTV)
D30N, L90M (NFV)
I50L, I84V, N88S (ATV- 2ªger)
I50V, I84V (FPV)
 São necessárias múltiplas mutações para causar resistência de alto nível aos IPs
potenciados com RTV – Barreira genética alta
 A resistência cruzada ocorre quando aumenta o número de mutações
 Os IPs de 2ª geração podem reter a actividade na presença de mutações de resistência a
IPs de 1ª geração
LPV/r >7 mutações aos IPs de 1ª geração antes de se desenvolver alto nível de resistência
DRV e TPV activos na presença de mutações de resistência ao LPV/r e a IPs de 1ª geração - > 3 mutações primárias
antes de se desenvolver alto nível de resistência
Kim R, Baxter JD. Protease inhibitor resistance update: where are we now?. AIDS Patient Care STDs. 2008;22:267-277.
van Maarseveen N, Boucher C. Resistance to protease inhibitors. In: Geretti AM, editor. Antiretroviral Resistance in Clinical Practice. London: Mediscript; 2006. Chapter 3.
Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2250/
Rhee SY, Taylor J, Fessel WJ, et al. HIV-1 protease mutations and protease inhibitor cross-resistance. Antimicrob Agents Chemother. Oct 2010;54(10):4253-61
Terapêutica Antirretroviral
IPs
Inibidores da Protease - IPs (4)
Farmacocinética
 Grande variabilidade inter e intraindividual nas suas características
farmacocinéticas
 Via de metabolização pelo citocromo P450 (CYP) 3A4 e 3A5 e pela glicoproteína P
 Ligação às proteínas (97-99%), principalmente à albumina e 1 glicoproteína
Excepção IDV
 Fraca distribuição no SNC
 T1/2 plasmática curta (1,5-7h)
  IDV  ATV
 Não necessitam de ajuste na insuficiência renal
  pH  Absorção do ATV
King JR, Wynn H, Brundage R, Acosta EP. Pharmacokinetic enhancement of protease inhibitor therapy. Clin Pharmacokinet. 2004;43:291-310.
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
20
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IPs
Inibidores da Protease - IPs (5)
Fármaco (marca comercial)
Apresentação
Posologia
Atazanavir (Reyataz®)
Caps 200mg / Caps 300mg
2 caps 200mg 1xdia (com alimentos)
1 caps 300mg 1xdia + 1 cp RTV 1xdia (com alimentos)
Darunavir (Prezista®)
Cp 400mg / Cp 600mg
2 cp 400mg 1xdia + 1 cp RTV 1xdia (com alimentos)
2 cp 600mg 2xdia + 2 cp RTV 2xdia (com alimentos)
Fosamprenavir (Telzir®)
Indinavir (Crixivan®)
Lopinavir/ritonavir (Kaletra®)
Cp 700mg
1 cp 2xdia + 1 cp RTV 2xdia
Caps 400mg
2 caps 2xdia + 1 cp RTV 2xdia
Cp 200mg Lopinavir/ 50mg Ritonavir
2 cp 2xdia
Nelfinavir (Viracept®)
Cp 250mg
5 cp 2xdia ou 3 cp 3xdia
(com alimentos)
Ritonavir (Norvir®)
Cp 100mg
6 cp 2xdia (com alimentos)
Saquinavir (Invirase®)
Cp 500mg
1 cp 2xdia + 1 cp RTV 2xdia (com alimentos)
Tipranavir (Aptivus®)
Caps 250mg
2 caps 2xdia + 2 cp RTV 2xdia (com alimentos)
Terapêutica Antirretroviral
IPs
Inibidores da Protease - IPs (6)
Reacções adversas
SQV
IDV
RTV
NFV
LPV
FPV
ATV
TPV
DRV
Gastrointestinais
+
+
++
+
+
+
+
+
+
Acumulação gordura abdominal
?
++
?
?
?
?
+
?
?
Efeitos Metabólicos
+
++
++
+
++
++
++
+
Hepatite
Nefrolitíase
++
++
Parestesias
Bilirrubina ↑
++
++
+
+
+
+
Eritema cutâneo
Cardiopatia isquémica
Astenia
+ Frequente
+
++
+
+
+
+
+
+
++ Grave
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
European Guidelines for treatment of HIV infected adults in Europe. Available at http://www.eacsociety.org/Portals/0/Guidelines_Online_131014.pdf. 2013. Accessed
January 2, 2014
21
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
ITIs
Inibidores de transferência de cadeia da Integrase – ITIs (1)
 Introduzido no arsenal terapêutico em 2007
 Eficácia virológica não inferior ao EFV, em
Dolutegravir (DTG)
Elvitegravir (EVG)
Raltegravir (RAL)
esquema de TARc contendo FTC/TDF (RAL)
 Actividade contra VIH 1 e 2 (RAL)
 EVG deve ser potenciado ou por Cobicistate ou
RTV
 DTG é activo contra vírus resistentes aos ITIs
de 1ª geração
Deeks SG, Kar S, Gubernick SI, Kirkpatrick P. Fresh from the pipeline: raltegravir. Nature Rev. 2008;7:117-118.
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infeção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
ITIs
Inibidores de transferência de cadeia da Integrase – ITIs (2)
Mecanismo de acção
 Durante a fase inicial da integração no ADN, a
integrase liga-se às extremidades do ADN viral
formando o complexo de pré-integração. Os ITIs
ligam-se à integrase após a conclusão deste passo
 O conjunto formado pelo complexo de préintegração, pela integrase e pelos ITIs deslocam-se
para o núcleo e aproximam-se do ADN celular

Contudo, com os ITIs presentes, as moléculas de
integrase estão comprometidas e já não
conseguem ligar as extremidades reactivas do ADN
viral ao ADN celular. Assim, a integração do ADN é
bloqueada
 Em última análise, o ADN viral é afectado e a célula
fica incapaz de produzir novos vírus infectantes
Pommier Y, Johnson AA, Marchand C. Integrase inhibitors to treat HIV/AIDS. Nat Rev Drug Discov. 2005;4:236-248.
Lataillade M, Kozal MJ. The hunt for HIV-1 integrase inhibitors. AIDS Patient Care STDs. 2006;20:489-501
22
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
ITIs
Inibidores de transferência de cadeia da Integrase – ITIs (3)
Mecanismo de resistência

A resistência ocorre através do desenvolvimento de mutações, que produzem alterações conformacionais no
local da integrase diminuindo a afinidade dos ITIs para a integrase do VIH

Duas vias de resistência primária associadas a falências no tratamento com RAL


A sequência mutacional mais comum (Q148H/G140S) resulta numa  100x > da susceptibilidade ao RAL

A resistência ao EVG ainda não foi completamente caracterizada mas parece estar associada ao aparecimento
das seguintes mutações: T66I, E92Q, Q148R, e N155H

Até à data, as mutações seleccionadas pelo DTG não conferiram uma diminuição fenotípica da sensibilidade ao
mesmo (L74I/M, Q95Q/L, V151V/I, E157Q/P, e R263K)

A mutação Q148H/R associada a duas ou mais mutações aos ITIs diminuem a eficácia do DTG (L74I/M,
E138A/D/K/T, G140A/S, Y143H/R, E157Q, G163E/K/Q/R/S, e G193E/R)



Resistência cruzada entre RAL e EVG (Y143R, Q148H/K/R, e N155H)
Q148K/R/H (diminuição da susceptibilidade 25x); N155H (diminuição da susceptibilidade 10x)
Outras mutações secundárias (L74M/R, E92Q, T97A, E138A/K, G140S/A, V151I, G163R, H183P, Y226D/F/H,
S230R, D232N) conferem resistência adicional
Baixa barreira genética (RAL/EVG)
Barreira genética intermédia ou alta (DTG)?
Cooper D, et al. 48-Week results from BENCHMRK-1, a phase III study of raltegravir in patients failing antiretroviral therapy with triple-class resistant HIV. Program and abstracts of the 15th Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections, Boston, MA. February 3-6, 2008. Abstract 788.
Hazuda DJ, Miller MD, Nguyen BY, Zhao J. Resistance to the HIV-integrase inhibitor raltegravir: analysis of protocol 005, a phase II study in patients with triple-class resistant HIV-1 infection. Antivir Ther. 2007;12:S10. Abstract 8
Sax PE, DeJesus E, Mills A, et al; GS-US-236-0102 Study Team. Co-formulated elvitegravir, cobicistat, emtricitabine, and tenofovir versus co-formulated efavirenz, emtricitabine, and tenofovir for initial treatment of HIV-1 infection: a randomised, double-blind, phase 3 trial, analysis of results after 48 weeks. Lancet. 2012 Jun
30;379(9835):2439-48.
Raffi F, Rachlis A, Stellbrink HJ, et al; SPRING-2 Study Group. Once-daily dolutegravir versus raltegravir in antiretroviral-naive adults with HIV-1 infection: 48 week results from the randomised, double-blind, non-inferiority SPRING-2 study. Lancet. 2013 Mar 2;381(9868):735-43
Nichols G, Mills A, Grossberg R, et al. Antiviral activity of dolutegravir in subjects with failure on an integrase inhibitor-based regimen: week 24 phase 3 results from VIKING-3. 11th International Congress on Drug Therapy in HIV Infection; November 11-15, 2012; Glasgow, Scotland. Oral abstract 0232
Terapêutica Antirretroviral
ITIs
Inibidores de transferência de cadeia da Integrase – ITIs (4)
Farmacocinética
 RAL


o Tem uma absorção rápida e pode ser tomado com ou sem alimentos
o T1/2 plasmática (~9 h)
o Ligação à proteinas - 83%
o Substrato para a glicoproteína-P
o Metabolizado por glucoronidação pela Uridina Glicuronil Transferase 1A1 (UGT1A1)
o Não é necessário ajuste de dose na insuficiência renal
o Baixo potencial de interacções
EVG
o Deve ser tomado com alimentos
o Via de metabolização através do citocromo P450 (CYP) 3A4
o Necessário ajuste de dose na insuficiência renal quando associado ao Cobicistate
DTG
o pode ser tomado com ou sem alimentos
o Via de metabolização através da UGT1A1 (maioritário) e pelo citocromo 3A4
(minoritário)
o Não é necessário ajuste de dose na insuficiência renal
Iwamoto M, Wenning LA, Petry AS, et al. Safety, tolerability, and pharmacokinetics of raltegravir after single and multiple doses in healthy subjects. Clin Pharmacol Ther. 2008;83:293-299.
Kassahun K, McIntosh I, Donghui C, et al. Metabolism and disposition in humans of raltegravir (MK-0518) an anti-AIDS drug targeting the human immunodeficiency virus 1 integrase enzyme. Drug
Metab Dispos. 2007;35:1657-1663.
Ramanathan S, Shen G, Hinkle J, et al. Pharmacokinetic evaluation of drug interactions with ritonavir-boosted HIV integrase inhibitor GS-9137 (elvitegravir) and acid-reducing agents. In: Program and
abstracts of the 8th International Workshop on Clinical Pharmacology of HIV Therapy; April 16-18, 2007; Budapest. Abstract 69.
Cottrell ML, Hadzic T, Kashuba AD. Clinical pharmacokinetic, pharmacodynamic and drug-interaction profile of the integrase inhibitor dolutegravir. Clin Pharmacokinet. 2013 Nov;52(11):981-94
23
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
ITIs
Inibidores de transferência de cadeia da Integrase – ITIs (5)
Fármaco (marca
comercial)
Apresentação
Raltegravir (Isentress®)
Elvitegravir
Elvitegravir + Cobicistate +
Emtricitabina + Tenofovir
Posologia
Cp 400mg
1 cp 2xdia
85 e 150 mg
1 cp 1xdia
150 mg+150 mg+200 mg+245 mg
1 cp 1xdia,
Terapêutica Antirretroviral
ITIs
Inibidores de transferência de cadeia da Integrase – ITIs (6)
Reacções adversas
 Efeitos gastrointestinais (náuseas, diarreia)




CPK, miopatia e rabdomiólise - RAL
Aumento das transaminases – EVG e DTG
Aumento da Creatinina Sérica -DTG
Erupção cutânea – RAL
Síndroma Stevens-Johnson
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
European Guidelines for treatment of HIV infected adults in Europe. Available at http://www.eacsociety.org/Portals/0/Guidelines_Online_131014.pdf. 2013. Accessed
January 2, 2014.
Steigbigel RT, Cooper DA, Kumar PN, et al. Raltegravir with optimized background therapy for resistant HIV-1 infection. N Engl J Med. 2008;359:339-354
Raffi F, et al. IAC 2012. Abstract ThLBB04
24
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IEs
Inibidoses da Entrada (IEs) - Antagonistas dos correceptores CCR5 (1)
 Primeiro fármaco de uma nova classe
terapêutica, os antagonistas dos correceptores
CCR5
Maraviroc
(MRV)
 Pertence a uma classe mais geral de
antirretrovirais, os Inibidores de Entrada
 Até à data é o único desta classe aprovado no
tratamento da infecção por VIH (2007)
 Só tem actividade em vírus com tropismo CCR5
Lieberman-Blum S, Fung H, Bandres J. Maraviroc; a CCR5-receptor antagonist for the treatment of HIV-1 infection. Clin Ther. 2008;30:1228-1250
Terapêutica Antirretroviral
IEs
Inibidoses da Entrada (IEs) - Antagonistas dos correceptores CCR5 (2)
Mecanismo de acção
 O MRV liga-se selectivamente e reversivelmente ao correceptor humano da
quimiocina CCR5, impedindo o VHI-1 com tropismo para o correceptor CCR5 de
entrar nas células
 É activo apenas contra estirpes de VIH com tropismo CCR5.
 Não apresenta actividade contra estirpes virais que usam o correceptor CXCR4
ou que têm tropismo duplo/misto
Lieberman-Blum S, Fung H, Bandres J. Maraviroc; a CCR5-receptor antagonist for the treatment of HIV-1 infection. Clin Ther. 2008;30:1228-1250.
Raymond Yost, et al. Maraviroc: A Coreceptor CCR5 Antagonist for Management of HIV Infection. Am J Health Syst Pharm. 2009;66(8):715-726.
25
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IEs
Inibidoses da Entrada (IEs) - Antagonistas dos correceptores CCR5 (3)
Mecanismo de resistência
 A resistência aos antagonistas dos correceptores CCR5 pode dar-se por
dois mecanismos distintos
- Desenvolvimento de mutações que originam alterações no envelope do vírus,
permitindo a ligação ao co-receptor não obstante a presença do antagonista
- Mudança de tropismo
Lieberman-Blum S, Fung H, Bandres J. Maraviroc; a CCR5-receptor antagonist for the treatment of HIV-1 infection. Clin Ther. 2008;30:1228-1250.
Hughes A, Barer T, Nelson M. New treatment options for HIV salvage patients: an overview of second generation PIs, NNRTIs, integrase inhibitors and CCR5 antagonists. J
Infect. 2008;57:1-10.
Terapêutica Antirretroviral
IEs
Inibidoses da Entrada (IEs) - Antagonistas dos correceptores CCR5 (4)
Farmacocinética





Ligação às proteínas - 75%, principalmente à albumina e 1 glicoproteína
T1/2 plasmática (14-18 h)
Metabolizado pelo CYP3A4
Substrato para a glicoproteína-P
É necessário ajuste de dose quando é administrado em combinação com
inibidores ou indutores potentes do CYP3A4
 É necessário ajuste de dose na insuficiência renal
Lieberman-Blum S, Fung H, Bandres J. Maraviroc; a CCR5-receptor antagonist for the treatment of HIV-1 infection. Clin Ther. 2008;30:1228-1250.
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014
26
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IEs
Inibidoses da Entrada (IEs) - Antagonistas dos correceptores CCR5 (5)
Fármaco (marca
comercial)
Apresentação
Maraviroc (Celsentri®)
Posologia
Cp 300mg
1 cp 2xdia
Dickinson L. Pharmacokinetics and drug–drug interactions of antiretrovirals: An update. Antiviral Research. Volume 85, Issue 1, January 2010, Pages 176–189
Terapêutica Antirretroviral
IEs
Inibidoses da Entrada (IEs) - Antagonistas dos correceptores CCR5 (6)
Reacções adversas
 Hepatotoxicidade – pode ser precedida por uma reacção alérgica sistémica
(erupção cutânea, eosinofilia)
 Tonturas/ Hipotensão ortostática
 Risco aumentado de eventos CV (eventos isquémicos, IAM)
 Infecções do tracto respiratório superior
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
European Guidelines for treatment of HIV infected adults in Europe. Avaiable at http://www.eacsociety.org/Portals/0/Guidelines_Online_131014.pdf. 2013. Accessed
January 2, 2014
Lieberman-Blum S, Fung H, Bandres J. Maraviroc; a CCR5-receptor antagonist for the treatment of HIV-1 infection. Clin Ther. 2008;30:1228-1250.
27
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IFs
Inibidoses da Fusão - IFs (1)
Enfurvirtida
(T20)
 Primeira classe de antirretrovirais a actuar a nível
extracelular pelo que o seu mecanismo de acção
único proporciona opções adicionais para os
doentes que são altamente resistentes ao
tratamento
 Injectável (SC)
 Polipéptido (36 aa)
 €€€
Terapêutica Antirretroviral
IFs
Inibidoses da Fusão - IFs (2)
Mecanismo de acção
 Actua a nível extracelular de modo a evitar a fusão do VIH

com as células CD4 ou outro alvo.
O T20 liga-se ao domínio transmembranar da gp41
impedindo assim a sua alteração conformacional, a qual é
necessária para completar o processo de fusão
Mecanismo de resistência
 Resistência ao T20 encontra-se bem descrita e decorre de substituições de

aminoácidos nas regiões 36-45 do domínio HR1 da gp41 com perda significativa
da actividade do T20
A resistência cruzada com outros agentes antirretrovirais não foi demonstrada
até à data
Chan DC, Fass D, Berger JM, Kim PS. Core structure of gp41 from the HIV envelope glycoprotein. Cell. 1997;89:263-273.
Weissenhorn W, Dessen A, Harrison SC, Skehel JJ, Wiley DC. Atomic structure of the ectodomain from HIV-1 gp41. Nature. 1997;387:426-430.
Lazzarin A, Clotet B, Cooper D, et al. Efficacy of enfuvirtide in patients infected with drug-resistant HIV-1 in Europe and Australia. N Engl J Med. 2003;348:2186-2195.
Lalezari JP, Henry K, O'Hearn M, et al. Enfuvirtide, an HIV-1 fusion inhibitor, for drug-resistant HIV infection in North and South America. N Engl J Med. 2003;348:2175-2185
28
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
IFs
Inibidoses da Fusão - IFs (3)
Farmacocinética




Ligação à proteínas (92%)
T1/2 plasmática (3,8 h)
Não é um inibidor das enzimas do CYP450
Catabolizada nos aminoácidos que a compõem, com subsequente reciclagem dos
aminoácidos no organismo
 Não necessita de ajuste à função renal
Fármaco (marca
comercial)
Enfuvirtida (Fuzeon®)
Apresentação
Posologia
Sol inj 90mg
1 inj SC 2xdia
Patel I, Zhang X, Nieforth K, Salgo M, Buss N. Pharmacokinetics, pharmacodynamics, and drug interaction potential of enfuvirtide. Clin Pharmacokinet. 2005;44:175-186..
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014
Terapêutica Antirretroviral
IFs
Inibidoses da Fusão - IFs (6)
Reacções adversas
 Reacções no local de injecção
 Reacções de hipersensibilidade
 Aumento da incidência de pneumonia bacteriana
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
Lazzarin A, Clotet B, Cooper D, et al. Efficacy of enfuvirtide in patients infected with drug-resistant HIV-1 in Europe and Australia. N Engl J Med. 2003;348:2186-2195
Lalezari JP, Henry K, O'Hearn M, et al. Enfuvirtide, an HIV-1 fusion inhibitor, for drug-resistant HIV infection in North and South America. N Engl J Med. 2003;348:2175-2185..
29
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Interacções
www.HIV-druginteractions.org
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
30
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Quando iniciar (1)
A TARc está recomendada a todos os
doentes com infecção crónica por VIH-1
com uma contagem de linfócitos T CD4+
<350 células/μl (AI)
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infeção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
31
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Quando iniciar (2)
Categoria
Infecção crónica assintomática por VIH-1
Infecção sintomática (eventos B ou C da classificação de CDC, 2003), incluindo tuberculose
Grávidas
Casais heterossexuais serodiscordantes para VIH-1 com alto risco de transmissão sexual
Homens que praticam sexo com homens serodiscordantes para VIH-1 e outras vias de transmissão sexual
Outras situações associadas à infecção por VIH-1 que não os eventos B ou C de CDC
Nefropatia associada a VIH-1
Distúrbios neurocognitivos associados a VIH-1
Linfoma de Hodgkin
Tumores associados a Vírus de Papiloma Humano (VPH)
Outros Tumores não associados a VIH necessitando de radio e/ou quimioterapia
Doenças autoimunes não esclarecidas
Risco elevado de doença cardiovascular (risco estimado >20% aos 10 anos) ou história de doença cardiovascular
Hepatites víricas crónicas
Infecção crónica por VHB
Necessitando de tratamento anti-VHB
Não necessitando de tratamento anti-VHB
Infecção crónica por VHC
Necessitando de tratamento anti-VHC
Em que o tratamento anti-VHC não é possível ou está contra-indicado
Contagem de linfócitos T CD4+
350-500
> 500
C (BII)
R (AI)
R (AI)
R (AI)
R (AIII)
D (CIII)
R (AI)
R (AI)
R (AI)
R (AIII)
R (AII)
R (AII)
R (CIII)
R (CII)
C (CIII)
C (CIII)
C (BII)
R (AII)
R (AII)
R (CIII)
R (CII)
C (CIII)
C (CIII)
C (BII)
R (BII)
C/R1 (BII)
R (BII)
D (BII)
R2 (BII)
R (BII)
D3(BII)
C (BII)
R: recomendar a prescrição da TARc.
C: considerar a prescrição da TARc. Para os doentes nestas circunstâncias, alguns especialistas iniciariam a TARc, enquanto outros diferi-la-iam.
D: Diferir a prescrição de TARc.
1 Início da TARc recomendado para doentes AgHBe positivo.
2 Início da TARc recomendado para optimizar o efeito do tratamento anti-VHC.
3 O tratamento anti-VHC deve ser priorizado na tentativa de erradicação de VHC e a TARc diferida.
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infeção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Quando iniciar (3)
A decisão de se iniciar a TARc é individualizada e
sustentada através dos seguintes elementos:
•
•
•
•
•
Manifestações clínicas;
Número de linfócitos T CD4+;
Valor da carga vírica plasmática;
Presença de co-morbilidades (AII);
Nível de preparação do doente.
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH- 2 2012, Coordenação Nacional para a infeção VIH-Sida 2012
Abordagem terapêutica inicial da infeção por vírus de imunodeficiência humana de tipo 1 (VIH-1), em adultos e adolescentes. Norma DGS nº027/2012 de 27/21/2012
32
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (1)
A selecção de um correcto regime TARc deve ser individualizada e ter em atenção factores como:
 co-morbilidades existentes como sejam: tuberculose, doença hepática, doença psiquiátrica,
doença cardiovascular, co-infecção pelo VHB e/ou VHC, doença renal ou síndrome metabólica






adesão
toxicodependência
gravidez ou possível gravidez
efeitos adversos dos ARVs
interacções com outros fármacos
conveniência (número de comprimidos, frequência de tomas, necessidade de tomas juntamente com
ingestão de comida e/ou líquidos)




resultados de testes de resistência
género e células T CD4+ (se considerarmos a NVP)
rastreio do HLA-B*5701 (se considerarmos o ABC)
rastreio do tropismo (se considerarmos o MRV)
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infeção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infeção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health and
Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014
European Guidelines for treatment of HIV infected adults in Europe. Available at http://www.eacsociety.org/Portals/0/Guidelines_Online_131014.pdf. 2013. Accessed January 2,
2014.
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Quando iniciar (3)
As indicações para a prescrição inicial da TARc são efetuadas
de acordo com:
•
•
•
•
•
•
•
Eficácia;
Tolerância;
Comodidade posológica;
Efeitos adversos;
Interações medicamentosas;
Adesão ao regime terapêutico;
Custo do fármaco.
Abordagem terapêutica inicial da infeção por vírus de imunodeficiência humana de tipo 1 (VIH-1), em adultos e adolescentes. Norma DGS nº027/2012 de 27/21/2012
33
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (2)
Regimes preferenciais
 Indicam uma recomendação forte que deve ser seguida pelos clínicos e pelos doentes, a não ser que haja uma
justificação objectiva para optar por regimes alternativos
Sempre que possível, a combinação inicial de ARV deve incluir um NNITR
Os IPs potenciados (IP/r) estão recomendados para os doentes intolerantes, com contraindicações para a
prescrição de EFV e de NVP ou naqueles em que, pela complexidade da situação clínica, a opção terapêutica mais
adequada não esteja contemplada nos esquemas preferenciais


Os regimes de TARc recomendados resultam da associação de um ARV da coluna A com uma das coformulações da
coluna B
A
NNITR
B
N(t)ITR
EFV
TDF/FTC ou
ABC/3TC
NVP
IP/r
ATV/r
DRV/r
ITI
RAL
Observações
TDF/FTC coformulado em comprimido único
ABC/3TC coformulado em comprimido único
EFV/TDF/FTC coformulado em comprimido único
ATV/r: 300/100 mg 1xdia
TDF/FTC ou
ABC/3TC
DRV/r: 800/100 mg 1xdia
TDF/FTC
TDF/FTC
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (3)
Atendendo à baixa barreira genética, não é recomendada a prescrição de NNITR, em qualquer fase do
tratamento, quando exista dúvida sustentada sobre a possibilidade de baixa adesão à terapêutica, por
risco de indução de mutações de resistência
Recomendações de prescrição - NNITRs
EFV




Na ausência de mutações que conferem resistência a NNITRs
Em mulheres que não perspectivam engravidar ou estejam no 1º trimestre da gravidez
Em doentes nos quais são excluídos distúrbios neuropsiquiátricos
Após exclusão das infecções por VIH-2 e por VIH-1 do subtipo O
NVP






Na ausência de mutações que conferem resistência a NNITRs
Quando EFV está contraindicado ou não é adequado, de acordo com a situação clinico-epidemiológica
Em mulheres com contagem inicial de linfócitos T CD4+ <250/mm3
Em homens com contagem inicial de linfócitos T CD4+ <400/mm3
Após exclusão de insuficiência hepática moderada a grave (Child-Pug B ou C).
Após exclusão das infecções por VIH-2 e por VIH-1 do subtipo O
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
34
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (4)
Na ausência de um ensaio comparativo ATV/r vs DRV/r, a informação disponível permite presumir
que a escolha de qualquer dos dois IPs, para a prescrição da combinação inicial de ARVs, é
igualmente válida
Recomendações de prescrição – IPs potenciados
ATV
 Em doentes intolerantes ou com contraindicações para o tratamento com EFV, NVP ou DRV/r
 Em doentes sem contraindicações para ATV/r, entre as quais interacções medicamentosas
(IBP), história de litíase renal
DRV
 Em doentes com intolerância ou contraindicações para o tratamento com EFV, NVP e ATV/r
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (5)
Atendendo à baixa barreira genética, não é recomendada a prescrição de ITI, em qualquer fase do
tratamento, quando exista dúvida sustentada sobre a possibilidade de baixa adesão ao esquema
terapêutico, por risco de indução de mutações de resistência
Recomendações de prescrição – ITI
RAL
 Em doentes com risco de interacções medicamentosas complexas (ex: tratamento simultâneo de
coinfecção VIH/VHC, terapêutica imunossupressora em doentes transplantados)
 Em doentes com padrões de resistência genotípica múltipla aos antirretrovíricos anteriores, ou
naqueles em que, pela complexidade da situação clínica, a opção terapêutica mais adequada
implica a inclusão deste fármaco no regime de tratamento
 Em grávidas infectadas por VIH-1 e/ou VIH-2 que se apresentam tardiamente e nas quais seja
necessário uma rápida redução da carga vírica plasmática, para diminuir o risco de transmissão
mãe-filho de VIH, após ponderada a relação risco-benefício em conjunto com a grávida
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
35
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (6)
STARTMRK: RAL vs EFV - naives 240 semanas
 Supressão viral foi significativamente superior no braço do RAL vs EFV
  Células CD4+/mm3 superior no braço do RAL vs EFV
 O seguimento aos 4 e 5 anos sugere que a combinação RAL+ FTC/TDF foi superior à
combinação EFV + FTC/TDF a nível de eficácia virológica e imunológica
 Durante os 5 anos de seguimento o RAL revelou-se um fármaco seguro com poucos
efeitos adversos graves
 A combinação RAL + TDF/FTC confirmou ser uma opção potente, duradoura e bem
tolerada para o inicio da terapêutica, em doentes naive, independentemente da carga
viral e CD4+
Rockstroh J, et al XIX International AIDS Conference; July 22-27, 2012; Washington, DC. Poster LBPE19.
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (7)
Recomendações de prescrição – N(t)ITRs
TDF/FTC
 Em doentes com infecção por VIH-1 e/ou por VIH-2, independentemente do valor da carga vírica
basal
 Deve ser prescrito com precaução em doentes com insuficiência renal (BII)
ABC/3TC
 Em doentes infectados por VIH-1 e/ou VIH-2, com HLA B*5701 negativo ( risco de reacções de
hipersensibilidade associadas a ABC)
 Em doentes com valores de carga vírica plasmática <105cópias ARN VIH-1/mL
 Deve ser prescrito com precaução em doentes assintomáticos com risco estimado de doença
cardiovascular >20% aos 10 anos
 O único NNITR avaliado, em ensaios clínicos, para combinação com ABC/3TC é o EFV, pelo que,
por insuficiência de dados, a combinação com NVP não está indicada, por rotina
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
36
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (8)
Recomendações de prescrição – Regime comprimido único
EFV/TDF/FTC
 Em doentes com infecção por VIH-1 (após exclusão de infecção por VIH-1 grupo O), com ARN VIH1 <50 cópias/mL há mais de três meses no seu actual regime de TARc
 Não licenciado na Europa para tratamento inicial de doentes infectados por VIH. Porém, em
alguns países, a experiência acumulada de prescrição inicial desta combinação de dose fixa, em
doentes com carga vírica não previamente suprimida, tem sustentado a prescrição desta
associação nestas circunstâncias.
 Devem ser mantidas as precauções referidas para cada um dos fármacos que compõem esta
combinação de dose fixa
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (9)
Regimes alternativos
 Indicam uma recomendação condicional e implica uma opção aceitável de
tratamento para alguns doentes
Os regimes de TARc recomendados resultam da associação de um ARV da coluna A
com uma das coformulações da coluna B
A
B
Observações
NNITR
N(t)ITR
AZT/3TC coformulado em comprimido único
RPV#
TDF/FTC
TDF/FTC coformulado em comprimido único
IP/r
ABC/3TC coformulado em comprimido único
LPV/r
RPV/TDF/FTC coformulado em comprimido único*
SQV/r
FPV/r
Antagonista de CCR5
TDF/FTC ou
ABC/3TC ou
AZT/3TC
MRV
LPV/r: 400/100 mg 2xdia ou 800/200 mg 1xdia
FPV/r: 700/100 mg 2xdia ou 1400/200 mg 1xdia
SQV/r: 1000/100 mg 2xdia ou 2000/100 mg 1xdia
MRV apenas em doentes com VIH com tropismo CCR5.
*Aprovada coformulação RPV/TDF/FTC a 22-11-2012
# Aprovado a 6-12-2012
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
37
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (10)
Recomendações de prescrição - NNITRs
RPV





Em doentes com infecção por VIH-1, com carga vírica inicial <105 cópias ARN-VIH-1/mL, em alternativa aos NNITR
disponíveis
Em doentes que não estejam em tratamento com IBP
Em doentes não infectados por VIH-2, contra o qual este fármaco não é eficaz
A todos os doentes que iniciam TARc contendo RPV deve ser recomendado tomar este fármaco após uma
refeição calórica, para optimizar a absorção
A possibilidade de prescrição em regime de comprimido único contendo a associação RPV/TDF/FTC é uma das
vantagens potenciais deste fármaco
Recomendações de prescrição – Antagonistas do CCR5
MRV


Excepcionalmente em doentes nos quais não é possível prescrever um regime terapêutico com os fármacos
preferenciais ou alternativos anteriores
Não licenciado na Europa para tratamento inicial de doentes infectados por VIH
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (11)
ECHO, THRIVE: RPV vs EFV – naives semana 96
100
84%
78%
Doentes com ARN VIH-1 < 50 (%)
80
82%
78%
60
40
RPV 25 mg QD (n = 686)
EFV 600 mg QD (n = 682)
20
0
0 2 4 8 12 16
24
32
40
48
60
72
84
96
Semana
 RPV + TDF/FTC não inferior ao EFV + TDF/FTC
Cohen C, et al. IAS 2011. Abstract TULBPE032.
Cohen C, et al. Lancet. 2011; 378: 229-237. Molina J-M, et al.
Lancet. 2011;378:238-246
38
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (13)
ECHO, THRIVE: RPV vs EFV – naives semana 96
100
Rilpivirina
Efavirenz
ARN VIH-1 < 50 cópias/mL (%)
84
80
100
81
80
75
80
70
69
60
60
40
40
20
85
79
79
194 175
313 307
144 164
50 - < 200
200 - < 350
≥ 350
71
75
56
20
n = 368
329
n = 318
353
0
≤ 100K
> 100K
ARN VIH-1 basal (cópias/mL)
n = 34 36
0
< 50
CD4+ basal (células/mm3)
Cohen CJ, et al. AIDS. 2013;27:939-950
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (14)
Em doentes infectados por VIH-1 nos quais não é possível a prescrição dos regimes preferenciais
contendo IP
Recomendações de prescrição – IPs potenciados
LPV/r
 Em comparação com FPV/r e SQV/r, é o único IP coformulado com RTV, sem interferência com os
alimentos, com posologia cómoda, podendo ser administrado duas vezes ou uma vez por dia
FPV/r
 De acordo com o estudo KLEAN, não se verificou diferenças estatisticamente significativas entre FPV/r
e LPV/r, quer em relação à tolerância (náuseas, vómitos e diarreia), quer em relação à dislipidemia
SQV/r
 A utilização deste fármaco está associada com o prolongamento do intervalo PR e QT no ECG, em
indivíduos saudáveis
 SQV/r está contraindicado em doentes com intervalo QT >450ms, em doentes com hipocaliemia e
hipomagnesiemia refratárias, em doentes em tratamento com outros fármacos que prolongam o
intervalo QT e em doentes em risco de ou com Bloqueio aurículo-ventricular completo sem
pacemaker implantado
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
39
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Recomendações terapêuticas VIH-1– Que esquemas prescrever (15)
Recomendações de prescrição – N(t)ITRs
AZT/3TC
 Em doentes infectados por VIH-1 nos quais não é possível prescrever um regime terapêutico com
os fármacos preferenciais
 Sendo uma combinação aceitável mas não satisfatória, é necessária informação adicional para
sustentar a associação com alguns dos novos fármacos, nomeadamente RPV (CIII)
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Vantagens e desvantagens das diferentes TARc baseadas em NNITRs, IPs, ITIs
Esquema
Possíveis vantagens
Possíveis desvantagens
- Eficácia imunológica e virológica está bem documentada
NNITRs
- Evita efeitos adversos dos IPs
- Baixa barreira genética
-Mais fáceis de tomar e com melhor adesão do que os IPs
(< número comprimidos)
- Resistência cruzada entre os NNITRs
- T1/2 longo
- Eficácia imunológica e virológica está bem documentada
IPs
ITIs
- Barreira genética alta
-Alguns esquemas são de difícil adesão
(> número comprimidos)
- Os efeitos adversos incluem lipodistrofia,
hiperlipidémia e resistência à insulina, entre outros
- Evita efeitos adversos dos NNITRs
- Substratos e inibidores do citocromo CYP3A4
- Resposta virológica não inferior aos NNITRs
- Pouca experiência em doentes naive
- Menos efeitos adversos e alterações metabólicas que os NNITRs
- Baixa barreira genética
- Menos interacções farmacológicas que os esquemas baseados
em IPs ou NNITRs
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
40
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Esquemas de TARc e combinações de fármacos não recomendadas (1)
Esquemas de TARc não recomendados
Monoterapia com um N(t)ITR
 Não demonstrou actividade antivíral sustentada e potente
Monoterapia com um IP potenciado
 Esquemas terapêuticos usando apenas um IP potenciado com RTV, como o LPV, o ATV ou o DRV
encontram-se em investigação e não devem ser usados fora do contexto de um ensaio clínico
controlado
2 N(t)ITRs
 Não demonstrou actividade antivíral sustentada e potente quando comparado com esquema de
três fármacos
3 N(t)ITRs
 Exceptuando a combinação ABC+3TC+AZT, não devem ser usados uma vez que, apresentam
actividade virológica fraca ou não existem dados que suportem a sua utilização
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
Terapêutica Antirretroviral
Esquemas de TARc e combinações de fármacos não recomendadas (2)
Combinações de fármacos não recomendadas
ATV + IDV
 Podem ser responsáveis por hiperbilirrubinémia e icterícia, podendo o uso concomitante agravar os efeitos adversos
SQV, DRV e TPV sem potenciação
 Não devem ser usado sem a potenciação do RTV (potência virológica apenas demonstrada quando usados com o RTV )
ddI + d4T
 Pode resultar num aumento dos efeitos adversos, em especial, pancreatite, neuropatia periférica e acidose láctica
3TC + FTC
 Estrutura homóloga e perfil de resistência idêntico. Pode ocorrer a inibição da fosforilação intracelular por uso concomitante
AZT + d4T
 São os dois análogos da timidina exibindo antagonismo in vitro e in vivo
2 NNITRs
 Aumento dos efeitos adversos quando comparada com o uso de apenas um NNITR
ETR com um IP não potenciado pelo RTV, ou com ATV/r, FPV/r ou TPV/r
 A ETR pode induzir o metabolismo de IPs não potenciados bem como alterar as [ ]s do ATV/r e do FPV/r. Já o TPV/r induz o
metabolismo da ETR
TDF + ddI
 Baixa eficácia virológica
 Rápida selecção de mutações de resistência
 Risco de não resposta imunológica / Declínio da contagem de células CD4+ mesmo com CV suprimida
 Interacção farmacológica significativa podendo o uso concomitante agravar os efeitos adversos do ddI
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of
Health and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
41
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Estado da ARTe
2ª Parte
Sumário
 Recomendações terapêuticas nacionais e internacionais sobre
terapêutica antirretrovírica combinada (TARc) – VIH 1 e 2
o Terapêutica VIH-2
o Insucesso terapêutico
o Simplificação terapêutica / Alteração da TARc por intolerância ou
interacções
o TARc na coinfecção por VHB e VHC
o TARc e tuberculose
 Novos fármacos
42
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas – VIH 2
 Ausência de resultados de ensaios clínicos controlados que
permitem definir o momento óptimo para o início da TARc, ou as
combinações de ARVs mais adequadas para a prescrição inicial ou
subsequente do tratamento de doentes com infecção por VIH-2
 É biologicamente plausível admitir que os objectivos da TARc,
neste doentes, sejam os mesmos que os considerados para a
infecção por VIH-1
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
43
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas – VIH 2
Que esquemas prescrever (1)



As opções terapêuticas recomendadas baseiam-se na melhor evidência científica disponível, recolhida a partir do
conhecimento estrutural, molecular e fenotípico de VIH-2, e de estudos de pequenas coortes, estudos de
observação e opiniões de peritos
O uso de regimes terapêuticos contendo NNITR e Enfuvirtida são ineficazes, pelo que estão contraindicados no
tratamento de doentes com infecção por VIH-2
Embora tenha sido demonstrada, in vitro, actividade de MRV contra alguns isolados de VIH-2, a informação sobre
a sua efectividade in vivo é insuficiente para sustentar qualquer recomendação
Os regimes de TARc recomendados resultam da associação de um ARV da coluna A
com uma das coformulações da coluna B
A
B
IP/r
N(t)ITR
LPV/r
Observações
TDF/FTC ou
ABC/3TC ou
AZT/3TC
AZT/3TC coformulado em comprimido único
ITI
N(t)ITR
ABC/3TC coformulado em comprimido único
RAL
TDF/FTC ou
ABC/3TC
SQV/r
DRV/r
TDF/FTC coformulado em comprimido único
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas – VIH 2
Que esquemas prescrever (2)
Recomendações de prescrição – IPs potenciados
LPV/r

Em doentes infectados por VIH-2, regimes contendo LPV/r revelaram resposta virológica e imunológica
satisfatórias, de acordo com um estudo europeu

Em grávidas infectadas por VIH-2 é o IP de eleição, se bem tolerado e na ausência de contraindicações
SQV/r

Em doentes infectados por VIH-2, que revelam intolerância ou contraindicação ao LPV/r, ou após insucesso
terapêutico com combinações contendo LPV/r

Em grávidas infectadas por VIH-2 é o IP alternativo em caso de intolerância ou de contraindicação a LPV/r
DRV/r

Em doentes com intolerância ou contraindicações para o tratamento com LPV/r e SQV/r

Em grávidas infectadas por VIH-2 intolerantes a LPV/r ou SQV/r, após ponderada a relação risco-benefício
em conjunto com a grávida
Em relação aos restantes IP, salienta-se que, in vitro, alguns isolados de VIH-2 revelaram-se resistentes a FPV, parcialmente
resistentes a TPV e IDV e com actividade incerta a ATV, pelo que estes IPs não devem ser prescritos no tratamento da infecção por
VIH-2
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
44
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas – VIH 2
Que esquemas prescrever (3)
Recomendações de prescrição – ITI
RAL
 Resultados de estudos de caso com número reduzido de doentes sugerem que este fármaco
é efectivo na inibição da replicação de VIH-2 in vivo
 Não há, neste momento dados disponíveis acerca das combinações terapêuticas mais
eficazes que incluam este fármaco, pelo que a sua prescrição deve ser efectuada em
protocolos de investigação clínica
Recomendações de prescrição – N(t)ITRs
De acordo com a informação disponível, o VIH-2 é susceptível a todos os NITR devendo, no
entanto, ser evitados a ddI e a d4T, pela sua toxicidade e rapidez de selecção de mutantes
multirresistentes
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
45
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Insucesso Terapêutico (1)
Falência virológica (FV)



TARc há pelo menos 6 meses, a Cvírica > a 50 cópias/mL em 2 determinações separadas num mínimo de 15 dias
VIH-2, valor confirmado de carga vírica> 50 cópias é sinal de FV
O conceito de baixa carga vírica persistente é definido como carga vírica entre 50-500 cópias/mL, observado
constantemente ao longo de um período de tempo prolongado.  IP/r do que com um NNITR
Carga vírica
>50 e <500 cópias/mL
> 500 cópias/mL
Atitude a adoptar
Avaliar e reforçar a necessidade de adesão à terapêutica
Repetir a carga vírica 1 a 2 meses depois; ter presente que, nos regimes de baixa barreira genética terceiro fármaco NNITR ou ITI - a possibilidade de selecção rápida de mutações de resistência é real e
superior à dos regimes que incluam um IP/r, pelo que se deve ter uma acção mais precoce
Avaliar possíveis interações farmacológicas e alterações da absorção dos fármacos. Ponderar TDM
Aumentar PK de um IP/r (se aplicável)
Ponderar a mudança terapêutica, sempre que possível sob orientação de teste de resistência aos
antirretrovíricos
Efetuar, idealmente ainda sob terapêutica ou, no máximo, nas primeiras quatro semanas após a sua
suspensão, teste de resistência aos antirretrovíricos
Modificar o regime terapêutico assim que possível
Se não se detectarem mutações de resistência: avaliar a adesão, ponderar TDM
Se forem detectadas mutações de resistência: mudar para um regime eficaz, baseado no resultado
do teste actual, de testes anteriores e na história terapêutica; é aconselhada discussão
multidisciplinar destas situações
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Insucesso Terapêutico (2)
Obter a supressão máxima da replicação vírica/ preservar a função imunológica e prevenir a
progressão da deterioração clínica

Usar pelo menos 2/3 fármacos activos, com base na história terapêutica, testes de resistência e/ou novos
mecanismos de acção de novas classes terapêuticas (Antagonistas dos correceptores CCR5, ITIs e IFs)

Evitar alterar esquema terapêutico se apenas disponível 1 fármaco activo, excepto em doentes com CD4+
muito baixos (< 100 CD4+/mm3) ou risco iminente de progressão clínica

Seleccionar, sempre que possível, um IP/r activo e evitar a utilização num mesmo regime de dois IPs

Evitar utilizar NNITR em doentes com experiência prévia a esta classe de fármacos; a excepção é a ETR,
potencialmente activa, dependendo do perfil de resistência

Considerar integrar o doente num Ensaio Clínico.

A interrupção do tratamento ARV num doente com história de insucessos a vários esquemas ARVs, exceptuado
o contexto investigacional, não é recomendada (elevado risco de deterioração imunológica/progressão)

Ponderar o uso de ARVs já sem eficácia, mas que permitam manter mutações que diminuam a fitness viral ou
impeçam o aparecimento de novas mutações (3TC/FTC –M184V e uso combinado de AZT e TDF – impede o
aparecimento da K65R )
Se existirem múltiplas opções, o critério de escolha deve incluir a simplicidade do regime, avaliação dos riscos de
toxicidade, avaliação de comorbilidades, interacções farmacológicas e preservação de opções terapêuticas futuras
Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents. Department of Health
and Human Services. Available at http://aidsinfo.nih.gov/ContentFiles/AdultandAdolescentGL.pdf. Accessed January 2, 2014.
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
46
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Mudança da TARc em doentes com carga vírica suprimida (ARN-VIH 1<50 cópias/ml) (1)
Simplificação TARc
Doentes com estabilidade clínica, imunológica e virológica (ARN VIH-1 <50 cópias/mL) há pelo
menos 6 meses e adesão >90% à TARc




Maior comodidade (menor número de comprimidos; menor número de doses)
Melhor qualidade de vida
Menor toxicidade
Menor número de efeitos adversos no médio e longo prazo, decorrentes dos vários elementos terapêuticos
Redução do número de comprimidos e/ou do número de doses


EFV/FTC/TDF e FTC/RPV/TDF
NVP 400mg XR
Redução das classes terapêuticas:


Biterapia - IP + 1 N(t)ITR ou IP+ITI - eficácia sobreponível à TARc tripla (ATLAS; SALT; HARNESSE; NEAT; PROGRESS)
Monoterapia - poderá ser ponderado em circunstâncias particulares, com base em vários estudos com
duração superior a 3 anos (MONET, MONOI e KALMO), indicando haver segurança na sua aplicação com IP
potenciados com RTV (DRV e LPV), bem como eficácia sobreponível à TARc tripla
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
47
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
Mudança da TARc em doentes com carga vírica suprimida (ARN-VIH 1<50 cópias/ml) (2)
Intolerância a qualquer elemento da TARc ou
para evitar interacções medicamentosas
Substituição de classes terapêuticas
IP  ITI
 Se os 2 N(t)ITRs que compõem a combinação se mantiverem activos
 Minorar efeitos metabólicos (intolerância) ou evitar interacções medicamentosas
IP  NNITR
 Alterar o perfil de tolerabilidade
 NVP (melhor perfil metabólico, menor numero de comprimidos - NVP XR)
 RPV (melhor perfil lipídico, menor numero de comprimidos – RCU)
 EFV (menor numero de comprimidos – RCU)
IF  ITI ou Antagonista CCR5
 Alterar o perfil de tolerabilidade
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
48
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
TARc em doentes com co-infecção por VHB
VHB sem indicação para tratamento
 Se ≤500 CD4+/mm3  Iniciar TARc com TDF + FTC ou 3TC + 3º fármaco (IP, NNITR, ITI)
 Se >500 CD4+/mm3  Diferir início de TARc
VHB com indicação para tratamento
 Se ≤500 CD4+/mm3  Iniciar TARc com TDF + FTC ou 3TC + 3º fármaco (IP, NNITR, ITI)
 Se >500 CD4+/mm3 Iniciar TARc com TDF + FTC ou 3TC + 3º fármaco (IP, NNITR, ITI)
Tratar VHB com PegIFN (se VHB de genótipo A, ALT elevada e ADN-VHB
<10000UI/mL)
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
49
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
TARc em doentes com co-infecção por VHC (1)
CD4+/mm3
VIH
VHC
+
≤ 500
Iniciar TARc
3
CD4 /mm < 200 Não tratar VHC
CD4+/mm3 > 200
Tratar VHC
Sem critérios para iniciar TARc
Tratar VHC
Com critérios para iniciar TARc
Tratar VIH e VHC
> 500
TARc
 Idêntica à dos doentes monoinfectados com VIH
 Contraindicado o uso de ddI e é de evitar usar AZT e d4T
 Atenção à toxicidade de alguns fármacos (hepatotoxicidade, efeitos
sobre o SNC) e interacções farmacológicas (AAD)
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
TARc em doentes com co-infecção por VHC (2)
Antirretrovirais e Bocepravir/ Telaprevir
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
50
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
TARc em doentes com co-infecção por VHC (3)
http://www.hep-druginteractions.org/
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
51
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
TARc em doentes com Tuberculose (1)
Quando iniciar a TARc
CD4+/mm3
Indicação
< 50
Iniciar TARc nas duas semanas após o início do tratamento da TB
≥ 50 com doença grave*
Iniciar TARc até quatro semanas após o início do tratamento da TB
≥ 50 sem doença grave*
Iniciar TARc até 8-12 semanas após o início do tratamento da TB
* O critério doença grave é definido pela avaliação clínica e inclui: baixo índice de Karnofsky, anemia,
hipoproteinémia, insuficiência de órgão, TB disseminada, TBMR ou TBXDR.
O início da TARc na presença de uma coinfeção VIH/TB depende da contagem de linfócitos T CD4+ e da gravidade
da doença e é sempre após o início do tratamento da TB.
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
Terapêutica Antirretroviral
Recomendações Terapêuticas
TARc em doentes com Tuberculose (2)
Esquema preferencial
Esquemas alternativos
TARc
 IP/r + ABC/3TC ou TDF/FTC
Anti-TB
 H+Rifabutina+Z+E
o Ajustar a posologia da Rifabutina
o Monitorizar cuidadosamente os 2 tratamentos
o Considerar o recurso à TDM
TARc
 RAL + ABC/3TC ou TDF/FTC
Anti-TB
 HRZE ou H+Rifabutina+Z+E
o Ajustar a posologia do RAL se
se usar Rifampicina
Recomendações Portuguesas para o tratamento da infecção por VIH-1 e VIH-2 (2012). Programa nacional para a infecção VIH/SIDA – DGS. Disponível em http://sida.dgs.pt
52
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Terapêutica Antirretroviral
Novos Fármacos (1)
Elvitegravir/Cobicistat/TDF/FTC vs EFV/TDF/FTC - naives
Naives semana 48

Maior aumento T CD4+ com EVG/COBI/TDF/FTC vs EFV/TDF/FTC - 239 vs 206 células/mm3 (P = .009)

EVG/COBI/TDF/FTC não inferior ao EFV/TDF/FTC
Naives semana 48 a 144

Taxa de resposta virológica nas semanas 48, 96 e 144, foi comparável entre os braços. Na verdade, o
critério de não inferioridade foi cumprido em todos os três pontos no tempo
Reacções adversas



 incidência de náuseas com o braço de EVG/COBI/TDF/FTC (P < 0,001)
 incidência de distúrbios de sono, tonturas e erupção cutânea no braço do EFV/TDF/FTC (P < 0,001)
1.4% dos doentes descontinuaram EVG/COBI/TDF/FTC devido a problemas renais vs nenhum no braço do
EFV/TDF/FTC

 aumento no colesterol total, LDL, e HDL no braço do EFV/TDF/FTC vs EVG/COBI/TDF/FTC (P ≤ 0,001)
Maior incidência no  médio da creatinémia no braço do EVG/COBI/TDF/FTC - 0,14 vs 0,01 mg/dL (P < 0,001)
Sax P, et al. CROI 2012. Abstract 101; Sax PE, et al. Lancet. 2012;379:2439-2448.
Zolopa A, et al. J Acquir Immune Defic Syndr. 2013;63:96-100.
Wohl D, et al. ICAAC 2013. Abstract H-672a. ..
53
12-10-2014
Terapêutica Antirretroviral
Novos Fármacos (2)
Elvitegravir/Cobicistat/TDF/FTC vs ATV/r + TDF/FTC - naives
Naives semana 48

Aumento similar T CD4+

EVG/COBI/TDF/FTC não inferior ao ATV/r +TDF/FTC
Naives semana 48 a 144
•
Os resultados foram muito semelhantes. Mais uma vez, os índices de eficácia foram bastante
comparáveis entre os dois braços, com elvitegravir/cobicistat/TDF/emtricitabina demonstrando não
inferioridade em todos os momentos
Reacções adversas
 Taxas similares de RAs grau ¾ nos dois braços: 13% no EVG/COBI/TDF/FTC e 14% no ATV/r +
TDF/FTC
 Hiperbilirrubinémia grau ¾ mais comum no braço ATV/r + TDF/FTC
  incidência no aumento médio da creatinémia no braço do EVG/COBI/TDF/FTC - 0,12 vs
0,08 mg/dL (P < 0,001)
DeJesus E, et al. CROI 2012. Abstract 627.
Terapêutica Antirretroviral
Novos Fármacos (3)
SPRING-2: Dolutegravir QD vs Raltegravir BID - naives semana 48
Naives semana 48

DTG não inferior ao RAL

Menor taxa de FV com DTG vs RAL (5% vs 7%)
Reacções adversas
 DTG tem um perfil de segurança favorável quando comparado com o RAL
 Poucas descontinuações devido a RAs graves (2% em cada braço)
 Maior aumento da creatinémia com DTG vs RAL (0,139 vs 0,053 mg/dL)
SINGLE: Dolutegravir/ABC/3TC vs EFV/TDF/FTC - naives semana 48
 DTG não inferior e mesmo superior ao EFV à sem 48
Raffi F, et al. AIDS 2012. Abstract THLBB04.
Walmsley S, et al. ICAAC 2012. Abstract H-556b.
54
12-10-2014
Terapêutica de Suporte
3ª Parte
Terapêutica de Suporte
• Prevenção de infecções oportunistas – profilaxia primária e
secundária
• Prevenção e controlo de efeitos adversos dos ARV:
o Efeitos GI (diarreia, náuseas e vómitos)
o SNC (depressão, cefaleias ....)
o Dislipidémias
o Eventos cardiovasculares
o baixa densidade mineral óssea
o ........
 Antidiarreicos, antieméticos
 Antidepressivos
 Estatinas
 antidiabéticos orais e antihipertensores
 determinar os níveis de vitamina D (dados sobre os
níveis ideais? e o modo de suplementação?)
 ............
55
12-10-2014
Terapêutica de Suporte
Estatinas
Grupos de doentes nos quais uma estatina deve ser recomendada
• doença aterosclerótica cardiovascular (doença cardíaca coronária,
acidente vascular cerebral ou doença arterial periférica)
• LDL ≥190 mg / dL
• Diabéticos nos 40-75 anos de idade e LDL entre 70-189 mg / dL
• sem o referido anteriormente mas com um de risco cardíaco
estimado de doença cardiovascular aterosclerótica de 7,5% ou
superior
• Na prática, as estatinas são geralmente prescritas apenas para doentes VIH+ com lipídios elevados
• Infecção por VIH está associada a altos níveis de inflamação, independentemente da supressão viral por
TARc (a infecção por VIH poderia ser considerada um fator de risco para doença cardiovascular)
• Dados recentes indicam que o uso de estatinas resulta em níveis mais baixos de marcadores
inflamatórios1 e uma maior melhora na contagem de células CD4+2 em doentes VIH+ sob TARc
Stone NJ, et al. J Am Coll Cardiol. 2013;[Epub ahead of print]
1. Funderburg N, et al. CROI 2014. Abstract 335. 2. Drechsler HJ, et al. CROI 2014. Abstract 308.
Terapêutica de Suporte
Diarreia
Diarreia não relacionada com um agente infeccioso
• Causas não infecciosas
• Relacionada com os ARVs
• Enteropatia VIH
• Infecções oportunistas clássicas de diarreia (criptosporidiose ou CMV)
são menos comuns quando contagem cel CD4+ cell > 200 cels/mm3
• ARVs associados a diarreia não infecciosa
• IPs
•EFV
•TDF
•EVG/COBI/FTC/TDF
MacArthur RD, et al. Clin Infect Dis. 2012;55:860-867.
Bode H, et al. Antivir Ther. 2005;10:645-655.
56
12-10-2014
Terapêutica de Suporte
Diarreia
•
Diarreia associada ao VIH na era
HAART
•
– Sensação de vergonha
– < incidência de causas infecciosas
– Incidência aumentada de diarreia não
infecciosa
•
Efeitos na QOL
– Maior debilidade
•
Gestão/Tratamento
– Alterar ARV, ex, IP para NNRTI
Causas
– Associada aos ARVs, especialmente IPs
– Enteropatia - VIH
– Doenças não infecciosas (pancreatite,
malignidades ..)
– Terapêutica farmacológica; ex:
agentes antimotilidade
(loperamida), agentes
antisecretores (octreotide)
– Dieta: dieta BRAT, evitar
cafeína ..
Nwachukwu CE, et al. Cochrane Database Syst Rev. 2008;4:CD005644.
Sherman DS, et al. Clin Infect Dis. 2000;30:908-914.
Beaugerie L, et al. Eur J Gastroenterol Hepatol. 1996;8:485-489.
Montaner JS, et al. AIDS. 1995;9:209-210.
Anastasi JK, et al. J Assoc Nurses AIDS Care. 2006;17:47-57. 37. Sherman DS, et al. Clin Infect Dis. 2000;30:908-914.
Wanke CA, et al. Nutrition. 1996;12:766-771.
Conteas CN, et al. Dig Dis Sci. 2009;54:2188-2191. Carcamo C, et al. J Acquir Immune Defic Syndr 2006; 43:197-201
Terapêutica de Suporte
Profilaxia primaria e/ou secundaria de determinadas intercorrências oportunistas
Princípio activo
Indicações abrangidas, no contexto de infecção por VIH
Aciclovir
 Tratamento e profilaxia das infecções por vírus herpes simplex e herpes zoster
Atovaquona
 Profilaxia primária e secundária da infecção por Pneumocystis jiroveci em doentes
intolerantes às alternativas restantes
 Profilaxia primária e secundária da infecção por Toxoplasma gondii em doentes
seropositivos para este agente e intolerantes às alternativas restantes
Azitromicina
 Profilaxia primária e tratamento de manutenção da infecção por MAC
Ciprofloxacina
 Prevenção das recidivas de salmonelose sistémica
 Tratamento da tuberculose por M. tuberculosis complex em doentes susceptíveis
Claritromicina
 Tratamento da infecção por MAC
 Profilaxia primária e tratamento de manutenção da infecção por MAC
Clindamicina
 Tratamento da
cotrimoxazol
Cotrimoxazol
Dapsona
Etambutol
Fluconazol
Isoniazida
infecção por Pneumocystis
jiroveci
em doentes intolerantes ao
 Profilaxia
primária
e
secundária
da
infecção
por
Pneumocystis jiroveci
 Profilaxia primária e secundária da infecção por Toxoplasma gondii em doentes
seropositivos para este agente.
 Profilaxia primária e secundária da infecção por Pneumocystis jiroveci em doentes
intolerantes ao cotrimoxazol
 Profilaxia primária e secundária da infecção por Toxoplasma gondii em doentes
seropositivos para este agente e intolerantes ao cotrimoxazol
 Terapêutica combinada da tuberculose causada por Mycobacterium tuberculosis
complex susceptível a este fármaco
 Tratamento de indução e manutenção da infecção por MAC
 Tratamento de manutenção da meningite criptocócica
 Profilaxia de candidose muco-cutânea em doentes com recidivas frequentes
 Terapêutica combinada da tuberculose causada por Mycobacterium tuberculosis
complex susceptível a este fármaco
http://www.sida.pt
57
12-10-2014
Terapêutica de Suporte
Profilaxia primaria e/ou secundaria de determinadas intercorrências oportunistas
Princípio activo
Indicações abrangidas, no contexto de infecção por VIH
Levofolinato de cálcio

Profilaxia da anemia megaloblástica em doentes medicados com pirimetamina ou com
cotrimoxazol
Pirazinamida
 Terapêutica combinada da tuberculose causada por Mycobacterium tuberculosis
complex susceptível a este fármaco
Piridoxina
 Prevenção
Pirimetamina
Primaquina
Rifabutina
da
neuropatia
periférica
em
doentes
sob isoniazida
 Profilaxia primária e secundária da infecção por Pneumocystis jiroveci em doentes
intolerantes ao cotrimoxazol
 Profilaxia primária e secundária da infecção por T.gondii em doentes seropositivos para
este agente e intolerantes ao cotrimoxazol
 Tratamento da infecção por Pneumocystis jiroveci
em doentes intolerantes ao
cotrimoxazol
 Terapêutica combinada da tuberculose causada por Mycobacterium tuberculosis
complex susceptível a este fármaco
 Tratamento da infecção por Mycobacterium avium/intracelulare complex (MAC)
 Profilaxia primária e tratamento de manutenção da infecção por MAC
Rifampicina
 Terapêutica combinada da tuberculose causada por Mycobacterium tuberculosis
complex susceptível a este fármaco
Sulfadiazina
 Profilaxia secundária combinada da infecção por Pneumocystis jiroveci e da infecção por
T.gondii em doentes intolerantes ao cotrimoxazol
 Profilaxia secundária da infecção por T.gondii em doentes intolerantes ao cotrimoxazol
Vacina
da gripe
 Profilaxia da gripe sazonal
Vacina pneumocócica 23valente
 Profilaxia da doença pneumocócica invasiva
Valganciclovir
 Prevenção das recidivas de doença por CMV
http://www.sida.pt
58
Download