Nós e os Astros - Universidade da Madeira

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Os Astros e Nós
Olá boa noite. Sejam bem-vindos ao Ano Internacional da Astronomia. O
meu nome é Laurindo Sobrinho, sou docente do Departamento de
Matemática e Engenharias da Universidade da Madeira e membro do Grupo
de Astronomia da Universidade da Madeira. É nessa qualidade que estou
aqui para vos apresentar o espectáculo "Os Astros e Nós" da
responsabilidade do Conservatório Escola das Artes e que se integra nos
eventos da celebração do Ano internacional da Astronomia na Madeira.
Desde há já alguns anos que o homem se lançou na exploração do Sistema
Solar. Foram enviadas sondas para a Lua, Marte, Vénus, Júpiter, Saturno.
Neste exacto instante diversos engenhos feitos pelo homem viajam pelo
Sistema Solar. Mas, existem diversas formas de viajar pelo Sistema Solar.
Uma delas é a que vos sugerimos hoje: a dança.
Antes de começarmos com o espectáculo em si gostava de fazer uma breve
apresentação dos objectos que vamos visitar. A nossa viagem inicia-se no
Sol. O Sol existe há cerca de 5000 milhões de anos e vai continuar nesta fase
mais 5000 milhões de anos antes de evoluir para a fase de gigante vermelha.
Está a 150 milhões de km da Terra e o seu raio é cerca de 100 vezes superior
ao do nosso planeta.
O primeiro planeta a contar do Sol é Mercúrio. É um planeta em aspecto
muito semelhante à nossa Lua. Esta imagem é relativamente recente. Foi
enviada pela sonda Messenger que está actualmente a observar o planeta.
A seguir vem Vénus. Um planeta globalmente rodeado de nuvens. A
radiação recebida do Sol ao ser reflectida na superfície de Vénus não
consegue romper a camada de nuvens e voltar ao espaço. O planeta não
arrefece. É vítima do efeito de estufa. Em resultado a temperatura ambiente
em Vénus é suficiente para derreter o chumbo.
Agora damos um salto e vamos até Marte. O seu aspecto avermelhado,
resultante dos óxidos de ferro existentes na sua superfície, levou-o a ser
apelidado de planeta vermelho. Será eventualmente o próximo objecto
celeste, a seguir à Lua, onde o Homem irá descer.
Júpiter: o maior planeta do sistema solar. A massa desde planeta gasoso é
superior à dos restantes planetas juntos. Em Júpiter destaca-se a famosa
mancha vermelha. Uma espécie de ciclone que se mantém ali há séculos. A
Terra é mais ou menos do tamanho desta mancha vermelha.
Saturno: o planeta dos anéis. Na realidade não é o único planeta onde
existem anéis. O mesmo acontece em Júpiter, Urano e Neptuno. No entanto
os anéis de Saturno são de longe muito mais amplos do que os dos restantes
planetas. Na imagem vemos ainda algumas das luas de Saturno (são mais de
50). Aquela que vemos mais à esquerda está a fazer sombra sobre Saturno.
Urano é um planeta gasoso de aspecto azulado devido sobretudo ao gás
metano. Até agora apenas foi visitado de relance pelas sondas Voyager.
Neptuno é um planeta muito semelhante em aspecto e dimensão a Urano.
Até à data foi visitado apenas uma vez. Foi a sonda Voyager 2. Os planetas
Mercúrio a Saturno são facilmente identificáveis a olho nu. Urano fica no
limite do visível a olho nu. Neptuno não é visível a olho nu.
Agora vamos até Plutão. Em 2006 este deixou de ser designado de planeta,
recebendo a designação de planeta anão. Nada mudou em Plutão. O que
acontece é que descobriram-se diversos objectos de dimensões semelhantes
naquilo a que hoje chamamos de cintura de Kuiper. Se Plutão era planeta a
mesma designação deveríamos dar a esses novos objectos. Apenas por uma
questão de organização optou-se por dar a esses novos objectos a designação
de planeta anão. A juntar a Plutão temos: Eris, MakéMaké, Haumeia e Ceres
(havendo ainda uma vasta lista de espera...). Neste instante a sonda New
Horizons lançada em 2006 avança para Plutão onde chegará daqui a cerca de
6 anos. Será a primeira sonda a se aproximar de Plutão. Até lá a melhor
imagem de que dispomos é esta.
Agora bem mais perto de nós: a nossa Lua. Um objecto que nos é bastante
familiar e onde já fomos. Para dar uma ideia das distâncias: um raio de luz
leva cerca de 1s a chegar da Lua à Terra. No caso de Plutão são necessárias
5 horas...
Finalmente a Terra, ou seja, a nossa casa. Muitas vezes na nossa vida do diaa-dia esquecemos esta simples realidade de que vivemos num planeta, uma
pequena esfera mergulhada no espaço. No entanto é bom lembrar que os
nossos momentos de alegria ou de amargura, os nossos maiores sucessos ou
insucessos, as nossas realizações sejam elas boas ou más acontecem ali!
Obrigado.
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