RESUMO A ferrugem, que é causada pelo fungo - iciag

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RESUMO
A ferrugem, que é causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é considerada uma das
principais doenças do cafeeiro. Nas condições brasileiras, a ferrugem causa prejuízos da
ordem de 35 a 50% na produção dos cafeeiros, e a disponibilização de cultivares
resistentes tem sido um constante desafio para os melhoristas. No Brasil, a ferrugem
atinge todas regiões cafeeiras e quase todas variedades de café cultivadas são
susceptíveis a esta doença, portanto o controle químico é eficiente e muito utilizado nas
lavouras de café, porém o melhoramento genético demonstra também uma ótima
alternativa para o controle desta doença. Portanto os programas de pesquisa tem um
papel importante na busca de novas cultivares resistentes, visto que ao longo do tempo
as plantas podem se tornar susceptíveis a novas raças do patógeno, que apresenta
elevada variabilidade genética. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a
severidade da doença e a resistência de diferentes genótipos de cafeeiro à ferrugem, no
sistema de plantio adensado. O delineamento foi o de blocos casualisados, com doze
tratamentos e duas repetições. Os dados foram analisados pelo programa SASM – Agri
e submetidos ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Foi avaliada a porcentagem
de severidade da doença e posteriormente calculado a área abaixo da curva de progresso
da doença (AACPD). O genótipo H586 – 6 foi o que apresentou os melhores resultados.
PALAVRAS-CHAVE: CAFÉ, GENÓTIPOS, RESISTÊNCIA.
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ABSTRACT
The ergot, which is caused by the fungus Hemileia vastatrix, is considered the main
disease of the coffee. Under Brazilian conditions, ergot causes damage in the order of
35 to 50% in the production of coffee, and the availability of resistant cultivars has been
a constant challenge for breeders. In Brazil, the ergot affects all coffee regions and
almost all coffee varieties grown are susceptible to this disease, so the chemical control
is efficient and widely used in the coffee plantations, but genetic improvement also
demonstrates a great alternative for controlling this disease. Therefore research
programs have an important role in the search of new resistant cultivars, since over time
the plants can become susceptible to new races of the pathogen, which exhibits high
genetic variability. Therefore, the objective of this study was to evaluate the severity of
the disease and the resistance of different coffee genotypes to ergot in the high density
planting system. The design was a randomized block design with twelve treatments and
two replications. The dice were analyzed by program SASM – Agri and submitted to
the Scott-Knott test at 5% probability. The percentage of disease severity and
subsequently calculated the area under the disease progress curve was evaluated
(AACPD). The H586-6 genotype, showed the best results.
KEYWORDS: COFFEE, GENOTYPES, RESISTANCE.
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1. INTRODUÇÃO
O centro de origem do Coffea arabica L. é no sudoeste da Etiópia e do Coffea
canéfora Pierre é na Libéria até o Sudão e na região do Rio Congo. As primeiras mudas
de café foram trazidas da Guiana Francesa por volta de 1727, pelo padre Francisco de
Mello Palheta e foram plantadas no Pará. Posteriormente o café foi cultivado no
Maranhão e no Rio de Janeiro e, em 1825, houve um aumento bastante expressivo no
plantio de café no Vale do Paraíba, São Paulo e Minas Gerais devido ao clima
favorável. Em 1925, houve a dispersão do café para o Paraná e Espírito Santo e,
atualmente, existem lavouras no Mato Grosso e Rondônia.
O gênero Coffea é representado por mais de 100 espécies, porém as espécies C.
arabica e C. canephora são as de maior importância econômica, embora outras espécies
sejam valiosas em diferentes propostas do melhoramento genético, devido à
variabilidade genética. A espécie C. arabica é a mais comercializada no mundo, por
apresentar uma bebida com qualidade superior (SOUZA et.al. 2013). No Brasil, a
produção de café arábica em 2014 foi de 32,5 milhões de sacas, correspondendo a 72 %
da produção brasileira (CONAB, 2014).
Uma das principais doenças do cafeeiro é a ferrugem, que é causada pelo fungo
Hemileia vastatrix (Berk. & Broome). No continente Americano, foi constatada pela
primeira vez, no Brasil, no município de Aurelino Leal, estado da Bahia, por A.G.
Medeiros em janeiro de 1970, e hoje encontra-se espalhada por quase todos os países da
América do Sul; América Central e México (SOUZA et.al. 2013; CARVALHO, 1991).
Folhas com sintoma de ferrugem, posteriormente necrosam e causam a queda
das folhas, caso nenhuma medida de controle seja adotada. A seca progressiva dos
ramos reduz a vida útil da lavoura, tornando-a antieconômica (COSTA, 2007).
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Nas condições brasileiras, a ferrugem causa prejuízos da ordem de 35 a 50% na
produção dos cafeeiros, e a disponibilização dos cultivares resistentes tem sido um
constante desafio para os melhoristas. As principais fontes usadas para a obtenção de
resistência à ferrugem são plantas provenientes de cruzamentos entre o Híbrido de
Timor e o Icatu. A maior ou menor intensidade dessa doença está associada ao
ambiente, ao patógeno, ao hospedeiro e aos manejos culturais (ZAMBOLIM et.al.,
2002; OLIVEIRA, 2012).
No Brasil, a ferrugem atinge todas as regiões cafeeiras e quase todas as
variedades de café cultivadas são susceptíveis a esta doença, portanto o controle
químico a base de triazol e estrobirulina é eficiente e muito utilizado atualmente nas
lavouras de café. Porém, o melhoramento genético demonstra também uma ótima
alternativa para o controle desta doença, além de ser economicamente viável por reduzir
o uso de defensivos agrícolas e vantajoso para o meio ambiente e para a população.
Portanto, os programas de pesquisa e melhoramento têm um papel extremamente
importante, na busca de novas cultivares resistentes, visto que ao longo do tempo as
plantas podem se tornar susceptíveis a novas raças do patógeno, que apresenta elevada
variabilidade genética.
Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a severidade da doença e a
resistência de diferentes genótipos de cafeeiro à H. vastatrix, no sistema de plantio
adensado.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, com produção estimada
em 45,145 milhões de sacas para a safra 2013/2014 (Conab, 2014), representando uma
das principais fontes de renda para o país. Destaca-se como o maior produtor de café, o
estado de Minas Gerais, atingindo uma produção de aproximadamente 23 milhões de
sacas, o que corresponde a mais da metade da produção nacional de café. A produção de
café arábica representa quase 72 % (32,5 milhões de sacas beneficiadas) da produção do
país, tendo como maior produtor o Estado de Minas Gerais com 66,20% dessa produção
(FERNANDES et. al., 2009). O café é um dos produtos agrícolas de maior importância
no quadro de exportações do Brasil há vários anos, gerando milhares de empregos
diretos e indiretos (SILVA et.al., 2006).
2.1. Ferrugem: sintomatologia e fatores moduladores
A ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo parasita obrigatório H. vastatrix, foi
constatada pela primeira vez no Brasil no sul da Bahia em 1970 e apesar das várias
medidas tomadas na época para conter a disseminação do patógeno, hoje sua presença é
verificada em todas as regiões cafeeiras do país (SILVA et.al., 2006; PINTO et. al.,
2007; FERNANDES et. al., 2009; LOPES et. al., 2009).
Os primeiros sintomas da doença são manchas cloróticas com diâmetro de 1 a 3
mm, posteriormente formam-se pequenas manchas circulares de coloração amareloalaranjada na face inferior da folha, com diâmetro que pode chegar a mais de 1 cm.
Sobre a mancha forma-se uma massa pulverulenta de uredósporos. Na face superior da
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folha, nas áreas correspondente à massa de uredósporos da face inferior verificam-se
manchas cloróticas (PINTO et. al., 2007).
Os principais danos causados pela ferrugem são ocasionados pela queda precoce das
folhas e seca dos ramos produtivos, resultando em diminuição da taxa fotossintética da
planta, e consequentemente, afeta negativamente a produtividade da lavoura. Essa seca
constante dos ramos reduz a longevidade dos cafeeiros, tornando a lavoura
gradativamente antieconômica (SILVA et.al., 2006; PINTO et. al., 2007; FERNANDES
et. al., 2009; LOPES et. al., 2009).
A ferrugem alaranjada é a doença mais importante do cafeeiro, pois atinge com
gravidade grandes áreas de lavouras causando prejuízos na produtividade de cerca de 50
% nas condições climáticas ideias e sem adoção de nenhum método de controle. Com
isso, os custos de produção de café aumentam, já que o controle da doença apresenta
custo elevado (LOPES et. al., 2009; SILVA et.al., 2006; OLIVEIRA et. al., 2011;
FERNANDES et. al., 2009; BONOMO et. al. 2011; OLIVEIRA et. al., 2007; PINTO
et. al., 2007; MARTIELLO et.al., 1981).
De acordo com Bonomo et. al. (2011), Zambolim et. al. (2002) e Silva et. al. (2006)
as perdas na produção brasileira de café, ocasionadas pela ferrugem, é de cerca de 5
milhões de sacas, que nos preços atuais equivale a um prejuízo aproximado de 2,5
bilhões de reais para os cafeicultores brasileiros. Pode ocasionar consideráveis perdas
na produção de café, dependendo das condições climáticas, do sistema de cultivo, da
cultivar plantada e do manejo da lavoura (LOPES et.al., 2009; BONOMO et. al. 2011).
As condições ambientais influenciam a taxa de desenvolvimento do patógeno, sendo
que temperaturas entre 20 e 25ºC e umidade relativa alta favorecem o desenvolvimento
do fungo. A temperatura exerce influência em todas as etapas do ciclo de vida de um
patógeno, ou seja, infecção, colonização, reprodução e sobrevivência. A doença torna-se
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mais severa em anos de altas produções e em plantios adensados. O problema torna-se
ainda mais sério no Brasil, pois cerca de 90% do parque cafeeiro nacional é composto
de cultivares suscetíveis, principalmente por ‘Catuaí’ e ‘Mundo Novo’ (OLIVEIRA et.
al., 2007; PINTO et. al., 2007; FILHO et. al., 2009).
Com relação à umidade relativa, sabe-se que acima de 90% o molhamento foliar
favorece o desenvolvimento do fungo. Além disso, a umidade na forma de chuva ou
irrigação atua na disseminação dos uredósporos e no aumento da doença no campo,
além de proporcionar água em estado líquido para a germinação (FILHO et. al., 2009).
O conhecimento das condições climáticas de determinada região, assim como suas
projeções futuras poderá ser de extrema importância para o manejo de doenças, visto
que a delimitação das regiões climaticamente homogêneas poderão determinar as áreas
mais propensas à sua ocorrência (SILVA et.al., 2006).
De acordo com Lopes et. al. 2009 apud Theodoro, 2002:
A ocorrência da ferrugem é dada nos diferentes sistemas de manejo,
sejam convencionais, organo-minerais ou orgânicos. Para efeitos de
definição o sistema convencional de produção é aquele embasado no
uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Já o sistema orgânico
adota tecnologias que otimizem o uso dos recursos naturais e sócioeconômicos e a minimização da dependência de energias não
renováveis e a eliminação de emprego de agrotóxicos e outros
insumos artificiais tóxicos, privilegiando a preservação da saúde
ambiental e humana, e o sistema organomineral que também pode ser
denominado de SAT (sem agrotóxicos), trata-se de um manejo no qual
o agricultor elimina da propriedade toda e qualquer forma de
aplicação de agrotóxicos, mas continua utilizando, por um período
determinado, fertilizantes sintetizados quimicamente.
Dentre os fatores do hospedeiro que influenciam a taxa de desenvolvimento da
doença pode-se citar a densidade de plantio, o nível de resistência da cultivar e a
predisposição da cultura à alta produção (LOPES et. al. 2009 apud VALE et al., 2000).
12
2.2. Formas de controle da ferrugem do cafeeiro
Antes mesmo de a ferrugem chegar ao Brasil, em um estudo realizado em 1968, já
se analisava a possibilidade de criar genótipos do café resistentes à ferrugem, como
meio de controle (SILVA et.al., 2006). Nos últimos anos, várias cultivares de cafeeiros
resistentes à essa doença foram lançadas. No entanto, o contínuo aparecimento de novas
raças fisiológicas do fungo tem superado a resistência de alguns genótipos (VÁRZEA
et. al., 2002).
De acordo com BONOMO et. al. (2011):
Os fungos biotróficos, causadores das ferrugens, normalmente
apresentam grande variabilidade genética. No caso da ferrugem
alaranjada do cafeeiro, seu agente causal apresenta mais de 45 raças
fisiológicas identificadas. O potencial de surgimento de novas raças é
um problema difícil e iminente, que os melhoristas precisam antever e
enfrentar constantemente no melhoramento visando resistência às
doenças. Este fato está relacionado com a pressão de seleção exercida
pelos genes de resistência do hospedeiro sobre aqueles de virulência
do patógeno. Portanto, nos programas de melhoramento do cafeeiro
visando resistência a ferrugem os melhoristas têm que trabalhar
simultaneamente com as características genéticas do cafeeiro e com as
do fungo H. vastatrix.
O trabalho dos melhoristas têm sido constantes no intuito de superar a
patogenicidade das novas raças de H. vastatrix que surgem e ao mesmo tempo tem-se
dado ênfase nos programas de melhoramento genético do cafeeiro, à obtenção de
cultivares resistentes à ferrugem (SILVA et.al., 2006; OLIVEIRA et. al., 2011;
FERNANDES et. al., 2009; BONOMO et. al. 2011; OLIVEIRA et. al., 2007; PINTO
et. al., 2007).
Dentre as medidas de controle da ferrugem, a utilização de cultivares resistentes é a
mais fácil e econômica de ser implementada, visando minimizar os prejuízos causados
pela doença. Essa tecnologia possibilita ao produtor diminuir a utilização de produtos
fitossanitários na lavoura cafeeira, contribuindo para o desenvolvimento de uma
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cafeicultura sustentável e competitiva, conseguindo assim uma redução de custos no
controle químico (SILVA et.al., 2006; OLIVEIRA et. al., 2011; FERNANDES et. al.,
2009; BONOMO et. al. 2011; OLIVEIRA et. al., 2007; PINTO et. al., 2007).
Como medidas alternativas de controle de doenças têm-se a indução de resistência
em plantas, que envolve a ativação de mecanismos de defesa existentes nas plantas, em
resposta de tratamentos com agentes bióticos e abióticos, representados por barreiras
bioquímicas ou estruturais, que aumentam a resistência geral da planta (FERNANDES
et. al., 2009 apud UKNES et al., 1996). A utilização de produtos contendo nutrientes
como fosfitos tem ganhado importância no controle de doenças, estando estes entre os
produtos citados na literatura como indutores de resistência. (FERNANDES et. al.,
2009)
2.3. Hereditariedade e fator de resistência à ferrugem
De acordo com Oliveira et. al. (2007) apud Bettencourt (1973):
A principal fonte de resistência à ferrugem, utilizada nos programas
de melhoramento, é o germoplasma derivado do Híbrido de Timor.
Este é um híbrido derivado do cruzamento natural entre C. arabica
(2n=4X=44) e C. canephora (2n=2X=22) e possui numerosos fatores
de resistência à ferrugem provenientes do genitor diplóide
(Bettencourt, 1973). Outra característica interessante desse
germoplasma é a facilidade de cruzamento com cultivares do tipo
arábica, pois a maioria das linhagens do Híbrido de Timor é
tetraplóide (2n=44), produzindo descendentes férteis já na primeira
geração. O germoplasma denominado Icatu é outra fonte de
resistência à ferrugem, também muito utilizada nos programas de
melhoramento do cafeeiro. O Icatu, à semelhança do Híbrido de
Timor, é um híbrido interespecífico, desenvolvido no IAC pelo
cruzamento artificial entre C. arabica e C. canephora.
As cultivares de Arábica tradicionalmente cultivadas no Brasil são altamente
produtivas, apesar da maioria delas não apresentarem resistência genética à ferrugem
alaranjada, a principal doença do cafeeiro (BONOMO et. al., 2011).
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A espécie C. arabica é caracterizada por apresentar estreita base genética, em que a
maioria de suas cultivares são derivadas de poucos cafeeiros distribuídos para plantio ao
redor do mundo. A transferência de genes de resistência a H. vastatrix de acessos
coletados nos centros primários de diversidade ou de espécies diplóides selvagens de
Coffea spp tem sido um desafio constante dos programas de melhoramento genético do
cafeeiro, visando resistência à ferrugem (OLIVEIRA et. al., 2011).
Nove genes de efeito maior e dominantes de resistência a H. vastatrix foram
identificados e inferidos com base na teoria gene-a-gene. Portanto, a resistência do
cafeeiro à ferrugem parece ser condicionada por pelo menos nove genes designados
SH1-SH9, isolados ou em associação, enquanto os genes de virulência correspondentes
são denominados como V1-V9 (BETTENCOURT & RODRIGUES, 1988). Dos fatores
de resistência mencionados, SH1, SH2, SH4 e SH5 são derivados da espécie C. arabica.
Os outros genes, SH6, SH7, SH8 e SH9 são oriundos da espécie diplóide C. canephora,
enquanto o gene SH3 originou-se, provavelmente, de C. liberica, uma outra espécie
diplóide (BETTENCOURT & RODRIGUES, 1988).
As principais fontes usadas para a obtenção de resistência à ferrugem foram plantas
provenientes de cruzamentos com Híbrido de Timor e com Icatu. As progênies oriundas
destes cruzamentos têm sido selecionadas pelo método genealógico e encontram-se
atualmente em geração F5 ou F6. Algumas destas progênies já estão disponíveis para
plantio comercial (MARTIELLO et. al., 1981).
As cultivares resistentes à ferrugem disponibilizadas para cultivo comercial ao
longo do tempo, podem tornar se suscetíveis a novas raças do patógeno, que se
desenvolvem por meio de mutações genéticas, com potencial para superar a resistência
de determinados cafeeiros (OLIVEIRA et. al., 2011).
15
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Agroteste, localizada na BR 365 Km 604,
município de Uberlândia – MG, a 18º 56' 04.7" latitude Sul e 48º 12' 03.4" longitude
Oeste, a 965 m de altitude, no período de 01 de fevereiro de 2014 a 01 de julho de 2014.
De acordo com a análise química e física do solo, o experimento foi instalado
em área classificada como Latossolo Vermelho, de textura média. O delineamento
experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC – bloco A e bloco B), com
doze tratamentos e duas repetições. As parcelas experimentais constituíram-se de três
linhas com 4,2 metros de comprimento e 1,8 de largura cada, totalizando uma área
de 7,56 m² por parcela, 24 plantas no total, sendo considerado um sistema de plantio
adensado. O período de condução do experimento foi de fevereiro a junho de 2014,
foram realizadas cinco avaliações de porcentagem de severidade da doença utilizandose a escala diagramática da Embrapa Café (Cunha et. al., 2001). Avaliaram-se 10 ramos
por parcela, coletávamos as folhas do 3° e 4° nó do terço médio da planta, e as
avaliações foram feitas somente na linha do meio da parcela, com intervalo de 20 dias.
A partir dos dados de severidade, calculou-se a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) (Campbell; Madden, 1990), baseado na fórmula:
AACPD = Σ(yi + yi+1)/2 * (ti+1 – ti ), onde: n = número de avaliações; y = severidade
de H. vastatrix (%); t = tempo (dias).
As informações climáticas do local do experimento são conforme classificação
de Koppen, clima Aw Tropical quente e úmido, com inverno frio e seco, precipitação
anual média de 1479 mm e temperatura média anual de 21,5° C.
16
Os dados obtidos foram submetidos à análise do programa SASM – Agri que é
um sistema para análise e separação de médias em experimentos agrícolas, usando-se
o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Os genótipos IBC - 12, Mundo Novo, Catuaí IAC 99, Catuaí IAC 114 e o Catuaí
IAC 144 já estão disponíveis comercialmente e os genótipos H638 – 5, H586 – 6, H556
– 7, H567 – 6, UFV – 7723, UFV – 7704 e o UFV – 7664 estão em fase de pesquisa.
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3.1. Descrição dos genótipos
As novas linhagens são resultado de quase meio século de pesquisa, em
instituições como a Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Federal de
Viçosa e a Empresa Mineira de Pesquisa Agropecuária – EPAMIG. As sementes dos
materiais avançados chegaram à Uberlândia (UFU) há 15 anos, e a partir daí o trabalho
de pesquisa foi intensificado em condições de sequeiro (sem irrigação suplementar, por
mais de seis meses durante 15 anos). Foram selecionados nos últimos 15 anos os
materiais que apresentaram maior estabilidade genotípica e estabilidade na produção,
além da resistência à ferrugem do cafeeiro. Foram selecionadas para as condições de
cerrado as seguintes progênies com seleção contínua ano a ano para as melhores
plantas:
i.
H586-6, com o nome CATUFU-EPA1 (Supremo), referente ao cruzamento entre
UFV2054-372-T16-PN (Catimor) X UFV 2000-310-T9-PN (Catimor). Estas
sementes foram recebidas 1999 na sua geração F2. Foram realizados três ciclos
de seleção para manter a uniformidade do material em relação a frutos
vermelhos, peneira média e plantas com no máximo 2 m de altura no
espaçamento 2,0x1,0 m. Apresenta alta resistência a Hemileia vastatrix, além da
tolerância a seca.
ii.
H567-6-CATUFU-EPA2 (Sem rival). Linhagem selecionada a partir do
cruzamento UFV2000-310-T9-PN (Catimor) X UFV 1603-232-T15-PN
(Catimor). Estas sementes foram recebidas 1999 na sua geração F2. Foram
realizados três ciclos de seleção para manter a uniformidade do material em
relação a frutos vermelhos, peneira média e plantas com no máximo 2 m de
18
altura no espaçamento 2,0x1,0 m. Apresenta alta resistência a Hemileia
vastatrix, além da tolerância a seca.
iii.
H556-7. Oriundo do cruzamento entre UFV1603-231-T15-PN (Catimor) X UFV
200-310-T9-PN (Catimor). Estas sementes foram recebidas 1999 na sua geração
F2. Foram realizados três ciclos de seleção para manter a uniformidade do
material em relação a frutos vermelhos, peneira média e plantas com no máximo
2 m de altura no espaçamento 2,0x1,0 m. Apresenta alta resistência a Hemileia
vastatrix, além da tolerância a seca.
iv.
H638-5. Material proveniente do cruzamento entre UFV 2151-78-EL8 (Mundo
Novo) X CIFC 832/1 (Híbrido de Timor). Estas sementes foram recebidas 1999
na sua geração F2. Foram realizados três ciclos de seleção para manter a
uniformidade do material em relação a frutos vermelhos, peneira média e plantas
com no máximo 2 m de altura no espaçamento 2,0x1,0 m. Apresenta alta
resistência a Hemileia vastatrix, além da tolerância a seca.
v.
UFV-7664 – CATUFU-EPA 3 (Vencedor). Este material foi recebido na
geração F7 de Catimor em 1999 e mostrou-se uma alta resistência à ferrugem,
além da sua estabilidade e tolerância à seca. Dado a sua estabilidade e por
apresentar frutos vermelhos foi selecionada para multiplicação de sementes no
cerrado mineiro.
vi.
UFV-7723. Este material também foi recebido na geração F7 de Catimor em
1999 e mostrou-se uma alta resistência à ferrugem, além da sua estabilidade e
tolerância à seca. Dado a sua estabilidade e por apresentar frutos vermelhos foi
selecionada para multiplicação de sementes no cerrado mineiro.
vii.
UFV-7704. Este material também foi recebido na geração F7 de Catimor em
1999 e mostrou-se uma alta resistência à ferrugem, além da sua estabilidade e
19
tolerância à seca. Dado a sua estabilidade e por apresentar frutos vermelhos foi
selecionada para multiplicação de sementes no cerrado mineiro.
3.2. Materiais já disponíveis no mercado:
viii.
IBC – 12. Um Sarchimor da CV 1669-13, selecionado em Varginha a partir de
material oriundo do IAC.
ix.
Catuaí – 99, 114, 144. Originou-se como produto de recombinação, a partir de
um cruzamento artificial entre cafeeiros selecionados pela produtividade, das
cultivares Caturra Amarelo de prefixo IAC 476-1 e Mundo Novo, IAC 374-19,
de C. arábica.
x.
Mundo Novo (IAC 379-19). Corresponde a uma recombinação resultante de um
cruzamento natural entre as cultivares Sumatra e Bourbon Vermelho.
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram realizadas cinco avaliações e ao longo dessas verificou-se a evolução da
doença de forma gradual com significativa queda no período da segunda avaliação,
provavelmente por ser um ano de baixa carga, a falta de chuvas e a irregularidade das
mesmas no ano de 2014, ocasionou um déficit hídrico bastante expressivo e
consequentemente isso influenciou negativamente na esporulação e prejudicou a
evolução da doença na lavoura.
A figura 1 apresenta um resumo da análise de variância de diferentes genótipos
de Coffea spp em função do tempo, avaliando a área abaixo da curva de progresso da
doença (AACPD) de Hemileia vastatrix. Já a figura 2 apresenta as médias de diferentes
genótipos de Coffea spp em função do tempo, avaliando a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) de H. vastatrix.
O figura 3, demonstra a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD)
até os cem dias. A partir dos dados obtidos, podemos dividir em dois grupos de
genótipos: um indicando resistência à ferrugem e outro grupo indicando suscetibilidade
à ferrugem. A época de avaliação influenciou na porcentagem de severidade da doença,
comprovando a evolução da doença no tempo.
O genótipo IBC - 12 apresentou alta resistência à ferrugem e segundo Zambolim
et al. (2002), o IBC-12, um Sarchimor da CV1669-13, selecionado em Varginha a partir
de material oriundo do IAC, vem apresentando boa produtividade e alta resistência à
ferrugem.
De acordo com Carvalho (2008), o Catuaí IAC 99 destaca-se pelo alto vigor
vegetativo, boa arquitetura de planta, alta produtividade e tolerante a ferrugem, além de
21
apresentar qualidade de bebida semelhante às cultivares comerciais Catuaí e Mundo
Novo.
Dentre os manejos e métodos de controle previstos para a ferrugem na cultura do
cafeeiro, o controle genético está cada vez mais ganhando espaço na pesquisa, pois
conforme mencionado por Várzea et al. (2002), é importante obter novas cultivares de
café com resistência a ferrugem e que possam dispensar, total ou parcialmente, a
aplicação de fungicidas para substituição de cultivares tradicionais de C. arabica
suscetíveis.
Porém, segundo Zambolim et al. (1999), para essa doença o controle químico
ainda é o mais utilizado, no entanto, embora seja eficiente, eleva os custos de produção
e coloca em risco a saúde dos trabalhadores, podendo causar também a contaminação
do meio ambiente.
Todos os genótipos em estudo apresentaram resistência horizontal, visto que
nenhum deles apresentou resistência total, imunidade ou suscetibilidade total. De
acordo com Vanderplank (1963), enquanto uma única alteração genética no patógeno é
suficiente para vencer a resistência vertical, condicionada por um único ou poucos
genes, são necessárias diversas alterações genéticas para o patógeno vencer a resistência
horizontal.
Os genótipos UFV 7704, UFV 7723, H638-5 e H556-7 apresentaram alta
resistência à Hemileia vastatrix. De acordo com Melo (2014), os genótipos UFV 7704 e
UFV 7723 foram resistentes a Meloidogyne incognita e Meloidogyne paranaenses
(nematóide das galhas) e os genótipos H638-5, H556-7 e UFV 7723 foram resistentes
ao Pratylenchus coffeae (nematóide das lesões).
22
Figura 1. Resumo da análise de variância de diferentes genótipos de Coffea spp em
função do tempo, avaliando a área abaixo da curva de progresso da doença de Hemileia
vastatrix.
Fonte de
G. L.
Variação
1
Blocos
Genótipos 11
11
Resíduo
23
Total
23,17 %
CV (%)
S.Q.
Q.M.
Fcalc.
8743,98
8743,98
0,298 n.s.
1999470,16 181770,01 6,19**
322796,30 29345,12
2331010,4
F (5%)
F (1%)
4,84
2,82
9,64
4,46
**Demonstra que foi significativo a 0,01 de significância.
Figura 2. Tabela com as médias dos diferentes genótipos de Coffea spp em função do
tempo, avaliando a área abaixo da curva de progresso da doença de Hemileia vastatrix.
Tratamentos
AACPD
"UFV7664"
1332,0 b
"Mundo Novo"
1048,4 b
"Catuaí 114"
1032,4 b
"UFV7704"
912,9 b
"UFV7723"
796,6 b
"H567-6"
767,1 b
"Catuaí 99"
655,6 a
"Catuaí 144"
635,9 a
"H638-5"
489,55 a
"H556-7"
460,4 a
"IBC12"
409,2 a
"H586-6"
331,9 a
CV %
23,17
Letras distintas na coluna diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de
significância.
23
Figura 3. Gráfico em barras, demonstrando área abaixo da curva de progresso da
doença (AACPD) até os cem dias.
AACPD
1400
b
1200
b
1000
b
b
800
a
600
400
b
a
b
a
a
AACPD
a
a
200
0
Genótipos
24
5. CONCLUSÕES
De acordo com os dados estatísticos, os genótipos podem ser divididos em 2
grupos com diferentes graus de resistência à ferrugem, um com resistência e outro
suscetível.
25
6. REFERÊNCIAS
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