ANAIS DO I CONGRESSO CARIRIENSE DE ENFERMAGEM 10ª

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ANAIS DO I CONGRESSO CARIRIENSE DE ENFERMAGEM
10ª SEMANA DE ENFERMAGEM:
A PROMOÇÃO DA SAÚDE E SUA INTERFACE COM AS PRÁTICAS DE
SAÚDE DO SUS
ISBN 978 – 85 – 65221 – 12 – 2
APRESENTAÇÃO
A Faculdade Leão Sampaio inova ao promover o I Congresso
Caririense de Enfermagem, juntamente à 10ª Semana de Enfermagem com o
tema: A Promoção da Saúde e sua Interface com as Práticas de Saúde do
SUS, que será realizado de 11 a 15 de maio de 2015, em Juazeiro do Norte –
Ceará.
É com grande satisfação que convidamos cada um de vocês a
participarem deste evento, que terá a presença de professores e profissionais
nacionais e regionais com competências, habilidades e experiências para
partilhar junto a comunidade caririense o conhecimento sobre as práticas de
saúde, dentro do contexto da Promoção da Saúde.
A Política Nacional de Promoção da Saúde vem ampliar o
comprometimento e a corresponsabilidade entre os profissionais da saúde,
usuários e território em que se localizam, de modo que altera a gestão dos
serviços de saúde.
Este evento tem por objetivo promover e instigar a reflexão dos
acadêmicos e profissionais de enfermagem, quanto a atual prática de
promoção da saúde ofertada pelo SUS, perpassando pelas tecnologias em
saúde, a relação da promoção da saúde junto ao ambiente sustentável, assim
como,
a
promoção
da
saúde
aos
trabalhadores
da
saúde
e
o
empreendedorismo em enfermagem.
Será desenvolvida uma diversificada programação, através de
conferências, palestras, mesas redondas, minicursos e apresentações de
trabalhos científicos nas modalidades oral e pôster.
Sejam bem vindos ao I Congresso Caririense de Enfermagem e a 10ª
Semana de Enfermagem!
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COMISSÕES
Profª. Milena Alencar Brasil
Discente Hillary Silva Mota
Discente Marcelo Pereira da Silva
Discente Joao Paulo Xavier Silva
Discente Monica Vieira
Discente Rayanne Alencar
Discente Guaraneiva de Sousa Braga
Discente Alessandra Moraes Menezes Silva
I Congresso Caririense de Enfermagem
10ª Semana de Enfermagem: A Promoção da
Saúde e Sua Interface com as Práticas de
Saúde do SUS. De 11 a 15 de maio de 2015
– Juazeiro do Norte –CE
COMISSÃO EXECUTIVA:
Coordenação: Profª. Kátia Monaisa de Sousa
Figueiredo
Profª. Erine Dantas Bezerra
Profª. Alessandra Bezerra de Brito
Profª. Aline Morais Venâncio
Profª. Ana Maria Machado Borges
Profª. Marlene de Sousa Teixeira Menezes
COMISSÃO CIENTIFICA:
Coordenação: Profª. Alessandra Bezerra de
Brito
Profª. Andréa Couto Feitosa
Profª. Magaly Lima Mota
Profª. Ana Raquel Bezerra Saraiva
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COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DOS
TRABALHOS CIENTÍFICOS:
Coordenação: Profª. Alessandra Bezerra de
Brito
Profª. Ana Paula Ribeiro de Castro
Profª. Aline Morais Venâncio
Profª. Erine Dantas Bezerra
Profª. Ariadne Gomes Patrício Sampaio
Profª. Kátia Monaísa de Sousa Figueiredo
Profª. Elayne Fabrícia Galdino Dantas
Prof. Tonny Emanuel Fernandes Macêdo
Prof. Adalberto Cruz Sampaio
Profª. Alessandra Bezerra de Brito
Profª. Marlene de Souza Menezes
Profª. Ana Maria Machado Borges
Profª. Gleice Adriana Araújo Gonçalves
Prof. José Diogo Barros
Profª.. Amanda Gonçalves da Silva
Profª. Ducyele Araújo Pinheiro Bione
Profª. Maria Lys Augusto Callou
Profª. Regina Petrola Bastos Rocha
Profª. Sarah de Lima Pinto
Profª. Lindaiane Bezerra Rodrigues
Profª. Halana Cecília Vieira Pereira
Profª. Juliana Fechine Braz de Oliveira
Profª. Ana Raquel Bezerra Saraiva
Profª. Aline Morais Venâncio
Profª. Erine Dantas Bezerra
Profª. Ariadne Gomes Patrício Sampaio
Profª. Elayne Fabrícia Galdino Dantas
COMISSÃO FINANCEIRA/INSCRIÇÕES:
Coordenação: Profª. Ana Maria Machado
Borges
Profª. Halana Cecília Vieira Pereira
Profª. Elayne Fabrícia Galdino Dantas
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO E
MARKETING:
Coordenação: Profª. Aline Morais Venâncio
Profª. Ana Paula Ribeiro de Castro
Profª. Mônica Maria Viana da Silva
Profª. Tarciana Oliveira Guedes
Discente: Wallace Granjeiro Coelho
COMISSÃO DE MINICURSO:
Coordenação: Andréa Couto Feitosa
Discente: Niédja Lina Gonçalves de Oliveira
Discente: Cícera Michelle Magalhães de
Souza
Discente: Thamires Lunguinho Cavalcante
Discente: Débora Rodrigues Lima
Discente: Sofia de Moraes Arnaldo
Discente: Luanne Martins Teixeira
Profª. Magaly Lima Mota
Profª. Alessandra Bezerra de Brito
Discente: Maria Jaquelyne Feitosa Bezerra
Discente: Monalisa Martins Querino
COMISSÃO DE EVENTOS/PROGRAMAÇÃO
CULTURAL:
COMISSÃO DE
Coordenação: Prof. Adalberto Cruz Sampaio
PATROCÍNIO/ACOLHIMENTO:
Coordenação: Profª.
Teixeira Menezes
Marlene
de
Sousa
Profª. Bruna Bandeira de Oliveira Marinho
Profª. Maria Elaine Silva de Melo
Profª. Maria do Socorro Nascimento de
Andrade
Profª. Ana Karla Cruz de Lima Sales
Profª. Soraya Lopes Cardoso
Discente: Kátia Maria Pereira Severo
Discente: Paulino
Discente: Dayane Furtado de Lira
Discente: Thayane dos Santos Pinheiro
Discente: Cícera Raniele Vieira de Souza
Discente: José Wendallo Silva Nascimento
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Profª. Juliana Fechine Braz de Oliveira
Prof. Tonny Emanuel Fernandes Macêdo
Profª. Woneska Rodrigues Pinheiro
Discente: Thais de Lima Felix da Silva
Discente: Maria Williane Firmino de Araújo
Discente: Mycaelle da Silva Tavares
Discente: Maria José Ribeiro Pereira
Discente: Sálvia Ulisses Santos
Discente: Danielly Gonçalves da Silva
RESUMO
EXPANDIDO
Modalidade Oral
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE
DOENÇA DE CHAGAS E INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA:
ESTUDO DE CASO
Antonio Eclésio Modesto Lima, Faculdade Leão Sampaio
Gabriella Siebra Modesto Magalhães, Faculdade Leão Sampaio
Ana Luísa de Carvalho Souza, Faculdade Leão Sampaio
Tonny Emanuel Fernandes Macêdo, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Doença de Chagas. Insuficiência Cardíaca. Cuidados de
Enfermagem. Planejamento de Assistência ao Paciente.
INTRODUÇÃO: A doença de chagas é uma doença crônica que se configura
como um importante problema de saúde pública. Seu descobrimento assim
como o de seu agente etiológico aconteceu no início do século XX, graças a
estudos realizados por um médico pesquisador brasileiro do qual herdou o
nome, Carlos Chagas. É também conhecida como Tripanossomíase americana
por caracterizar-se como uma doença tropical exclusiva do continente
americano (OLIVEIRA et al., 2008). Sua etiologia está relacionada ao
parasitismo intracelular a partir da infecção pelo protozoário Tripanossoma
cruzi, apresenta ciclo biológico complexo, sendo capaz de hospedar-se em
seres vertebrados e não vertebrados, assumindo ciclo evolutivo distinto de
acordo com o tipo hospedeiro. A prevalência dessa parasitose está fortemente
relacionada à má qualidade de vida da população. Embora já se tenham
passado 100 anos após sua descoberta, a Doença de chagas ainda está
presente em 19 países do continente americano, tanto em áreas rurais quanto
em áreas urbanas, principalmente aquelas que serviram como centro de
convergência para a migração da população rural (NEVES, 2006; ALMEIDA et
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al., 2007; PINTO et al, 2008). No Brasil é considerada a quarta principal causa
de morte entre as doenças infecto-parasitárias entre indivíduos maiores de 45
anos de idade. Estima-se que, na atualidade, a cada ano surjam cerca de
300.000 casos novos em toda a América Latina e que a prevalência da doença
varie entre 12 e 13 milhões de pessoas infectadas pelo protozoário. Estima-se
ainda que aconteçam 21.000 óbitos por ano decorrente das complicações da
infecção parasitária (ADREOLLO E MALAFAIA, 2009). Segundo Costa et al.
(2013) sua transmissão acontece principalmente através do seu vetor,
Triatomainfestans, entretanto são registrados outros mecanismos de
transmissão, dentre elas a via transfusional, transplantar, oral, acidental e
congênita. A doença apresenta-se em fase aguda e em fase crônica. A fase
aguda pode acontecer de maneira sintomática ou assintomática, a depender do
estado imunológico do indivíduo infectado. A mais comum é a forma
assintomática, entretanto, na primeira infância predomina a forma sintomática
que tem sido responsável por diversos óbitos e apresenta taxa de mortalidade
de 10% entre os indivíduos acometidos. A causa da morte geralmente está
relacionada a menino encefalite ou pericardite difusa. Iniciada logo em seguida
a penetração do parasito no hospedeiro, a forma sintomática da fase aguda
geralmente apresenta sinal de romaña quando o parasita aloja-se na conjuntiva
do indivíduo cursando com edema palpebral unilateral. Quando a via de
entrada é a pele, apresenta formação de nódulo conhecido como chagoma de
inoculação. Os sinais da infecção podem aparecer entre 4 a 10 dias após a
picada do barbeiro e quando aparecem podem durar cerca de um mês para
que regridam. Algumas manifestações gerais podem ser observadas como
febre, esplenomegalia, hepatomegalia, alterações neurológicas e edema
localizado ou mesmo generalizado (REY, 2013). A fase crônica é subdividida
em fase crônica assintomática e fase crônica sintomática. A fase assintomática
também conhecida como forma indeterminada ou latente acontece quando
mesmo não havendo sinais e sintomas ou mesmo quando existem, mas não
sendo significantes é possível detectar a infecção através de exame sorológico.
Esta fase é a mais prevalente nas áreas endêmicas e geralmente são
identificadas nos hemocentros (COSTA et al, 2013; MORAES, LEITE E
GOULARD, 2008). As principais complicações dessa doença envolvem o
sistema cardiocirculatório e digestório podendo acarretar diversos prejuízos a
saúde do seu portador. A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é uma das
principais comorbidades cardiovasculares associadas a esta tripanossomíase
americana, isto dar-se a partir de uma condição clínica denominada
miocardiopatia chagásica. A fase sintomática pode levar anos para apresentarse. Os indivíduos chagásicos podem apresentar sintomas relacionados ao
sistema cardiovascular, ao sistema digestivo ou em ambos, denominando-se
forma cardíaca, digestiva ou mista, respectivamente. A forma cardíaca acomete
grande parte dos indivíduos sintomáticos (NEVES, 2006). Na cardiopatia
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chagásica crônica o achado clinico mais frequente é a insuficiência cardíaca
congestiva (ICC) que acontece devido a diminuição da massa muscular que
encontra-se comprometida e substituída por tecido cicatricial, assim como
também pelo exsudato inflamatório, a destruição das terminações nervosas
responsáveis pela atividade do sistema nervoso autônomo simpático e
parassimpático impossibilitando assim o trabalho adequado das fibras e
fascículos e ocasionando arritmias cardíacas. Outro fator responsável pelas
arritmias é a herniação do endocárdio devido lesões ventriculares e escassez
de células miocárdicas. A congestão sanguínea devido a redução do potencial
contrátil do coração expõe o portador de chagas a outros riscos como infartos
devido a formação de trombos, sendo assim de maior importância clínica
devido sua grande taxa de morbimortalidade. Os pacientes com insuficiência
cardíaca de etiologia chagásica têm pior prognóstico em relação aos não
chagásicos, na evolução, os pacientes sintomáticos e com baixa fração de
ejeção apresentam taxas de mortalidade 50% a 60% em dois anos, sendo, na
atualidade, em nosso meio, uma das causas mais frequente de insuficiência
cardíaca refratária que requerem análise de transplante cardíaco (ALMEIDA,
2008; COSTA et al., 2013; REY, 2013). Nessa perspectiva, entendeu-se que a
Doença de Chagas continua sendo uma temática atual e importante para a
sociedade contemporânea, assim como também se torna primordial que se
desenvolvam novos estudos que objetivem gerar subsidio técnico-científico
para a promoção da saúde do ser humano e a garantia de melhor qualidade de
vida aos portadores. Faz-se importante também que parte desses novos
trabalhos busquem elucidar questões associadas às comorbidades oriundas
das complicações da infecção parasitária, buscando agregar conhecimento e
intervenções eficazes na manutenção da vida e na redução dos danos
provenientes
dos
mecanismos
fisiopatológicos
envolvidos.
Assim,
reconhecendo-se também a importância do profissional enfermeiro e de uma
assistência de qualificada nos deparamos com os seguintes questionamentos:
De que maneira o profissional de enfermagem pode contribuir para melhorar a
qualidade de vida de portadores de doenças de chagas e suas complicações
cardiovasculares? O enfermeiro deve envolver o paciente e torna-lo
corresponsável para a promoção de melhores condições de saúde? Buscando
responder tais questionamentos, a partir do reconhecimento dos impactos que
a patologia e suas complicações exercem na vida do portador e da família, a
realização do presente trabalho buscou contribuir para o meio acadêmico e
para as práticas dos profissionais de saúde através elaboração de propostas
para uma assistência de enfermagem invidualizada, levando em consideração
as necessidades básicas do paciente portador das doenças crônicas já
referidas anteriormente com vistas à promoção da melhor qualidade de vida
deste. OBJETIVOS: Para tanto, traçou-se como objetivos: Realizar a
sistematização da assistência de enfermagem a paciente portadora de doença
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de chagas e ICC; Identificar os problemas de enfermagem apresentados pela
paciente através da anamnese e exame físico; Traçar os diagnósticos de
enfermagem e propor intervenções de enfermagem com vistas a promoção da
qualidade de vida da paciente e redução de danos à saúde. MATERIAIS E
MÉTODOS: O presente trabalho consistiu em um estudo de caso clínico. O
estudo de caso consiste em uma modalidade de pesquisa bastante utilizada na
área das ciências sociais e biomédicas, sendo frequentemente utilizada a fim
de identificar situações especificas (PRADANOV E FREITAS, 2013). O trabalho
foi realizado no ano de 2015, em um hospital de referência da cidade de Crato,
Ceará. O sujeito pesquisado foi uma idosa, 74 anos de idade oriunda da área
rural daquele município, com diagnóstico clínico de Doença de Chagas e
Insuficiência Cardíaca Congestiva. A paciente aceitou de maneira espontânea
a participar da pesquisa. Durante todo o processo buscou-se obedecer aos
princípios éticos e legais da pesquisa com seres humanos pautados na Portaria
466 de 12 de Dezembro de 2012. Pautando-se então nos preceitos da
autonomia, justiça, equidade, não maleficência, beneficência, preservando
assim os direitos da paciente assim como sua privacidade. Para a coleta de
dados foi utilizado o histórico de enfermagem através da anamnese e exame
físico, tendo como base científica a teoria das necessidades humana básicas
de Wanda Horta. A aplicação do histórico de enfermagem buscou levantar
aspectos socioeconômicos, história pregressa da doença e achados clínicos,
contribuindo assim para a identificação dos problemas de enfermagem. Em
seguida, traçaram-se os Diagnósticos de Enfermagem de acordo com os dados
coletados tendo como subsídio das definições de diagnósticos apresentados na
Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA).
Dessa forma, realizados os diagnósticos de enfermagem, traçaram-se as
intervenções de enfermagem, buscando observar o paciente de maneira
holística levando em consideração as peculiaridades identificadas buscando
elaborar um plano de cuidados qualificado e integral. M.R.S, sexo feminino,
aposentada, 74 anos de idade, proveniente da zona rural do município de Crato
– CE, com Diagnóstico de Doença de Chagas e Hipertensão Arterial há 30
anos e Insuficiência cardíaca não recordando o tempo de morbidade, refere ter
residido em casa de taipa por toda a vida, fumante de longa data, deu entrada
no Hospital São Raimundo neste município. Na admissão apresentava-se
dispneica, normocorada, com opressão torácica, tosse seca e edemaciada. Ao
exame físico: apresentou-se consciente, orientada, colaborativa. Sono e
repouso prejudicados, verbalizando suas necessidades, queixando-se de
parestesia em Membros Inferiores (MMII). Hidratada, normocorada, afebril,
Temperatura (T=36ºC), respirando em ar ambiente, levemente dispneica,
Frequência respiratória (FR=24) respirações por minuto (RPM), a ausculta
respiratória discretos ruídos crepitantes à base do pulmão esquerdo. Pulsos
palpáveis, cheios e irregulares, bradicardia, Frequência Cardíaca (FC=50)
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batimentos por minuto (BPM), Hipertensa, Pressão arterial (PA=140x100)
milímetros de mercúrio (MMHG), a ausculta cardíaca, bulhas cardíacas
hiperfonéticas com presença de terçeira bulha cardíaca (B3). Aceita
parcialmente a dieta oferecia, eliminações vesicais presentes e sem alterações,
segundo informações colhidas (SIC), eliminações intestinais ausentes há 5 dias
(SIC). Abdome distendido com presença de herniação em região hipogástrica,
ruídos hidroaéreos presentes e hiperativos, à percussão abdominal sons
timpânicos em região de cólon transverso, descendente e sigmoide e maciço
em região de cólon ascendente. Presença de edema em face e em MMII com
sinal de cacifo presente. Mantendo acesso venoso periférico em membro
superior esquerdo (MSE), para hidratação e terapia medicamentosa. Os dados
coletados proporcionaram a realização de alguns diagnósticos de enfermagem
e consequentemente foram sugeridas intervenções importantes para a
promoção da qualidade de vida da paciente. O primeiro Diagnóstico traçado foi
o de Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionada a
dificuldade em digerir os alimentos evidenciada por saciedade imediatamente
após a ingestão. Para este diagnóstico traçaram-se as seguintes intervenções:
Posicionar a paciente de maneira adequada e confortável para a realização da
dieta; Realizar aconselhamento nutricional; Planejar junto com a equipe
multiprofissional dieta de fácil digestão e fácil deglutição; Identificar fatores que
dificultam a efetivação da dieta. Através dessas intervenções espera-se que a
paciente assuma posições confortáveis para a realização de sua dieta; que a
paciente compreenda a importância da dieta hipossódica no controle da
retenção de líquido e na prevenção de complicações provenientes de seu
quadro clínico; e que relate melhora na nutrição a partir de cardápio montado,
levando em consideração as particularidades de seu quadro. O segundo
diagnóstico traçado foi o de Débito cardíaco diminuído relacionado
contratilidade alterada, evidenciada por bradicardia, presença de B3, alterações
no eletrocardiograma (ECG) e edema. Para este diagnóstico sugeriu-se como
intervenções: Estimular a paciente a aderir adequadamente à terapia
medicamentosa para diminuição dos efeitos da descompensação cardíaca;
Monitorar os sinais vitais da paciente; Reconhecer sinais de choque;
Aconselhar repouso. Através dessas intervenções espera-se que a paciente
adira de maneira adequada a terapia medicamentosa reduzindo assim riscos
de descompensações; que sejam identificados sinais precoces de agravamento
e que a paciente reconhecesse suas limitações físicas e que a paciente
repouse a fim de melhorar sua condição clínica. Em seguida traçou-se como
diagnóstico, Troca gasosa prejudicada, caracterizada por dispneia paroxística
relacionada ao desequilíbrio no processo de ventilação e perfusão. Para este
sugeriram-se como intervenções: Posicionar a paciente em posição de Fowler
ou semi-fowler para reduzir a compressão dos órgãos abdominais sobre os
pulmões e coração ampliando o espaço para expansibilidade torácica; Orientar
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o paciente sobre técnicas respiratórias que contribuirão para melhora da
frequência respiratória e no processo de ventilação para os pulmões; Oferecer
suporte de oxigênio, quando necessário, de acordo com a prescrição médica.
Assim, espera-se que a paciente relate melhoras nos sintomas respiratórios ao
assumir posição que facilite a expansão pulmonar e a ventilação adequada;
Que torne-se capaz de realizar técnicas de respiração que a ajudarão a
controlar melhor seu padrão respiratório e a qualidade da ventilação e que
relate melhora na sensação de cansaço e opressão torácica. Outro diagnóstico
traçado foi o de Desempenho de papel ineficaz caracterizado pela adaptação
inadequada à mudança relacionado ao estado físico oriundo da doença. Para
este diagnóstico sugeriram-se as seguintes intervenções: Estimular sua
inserção no meio familiar e no grupo de amigos; Estimular a realizar atividades
cotidianas de acordo com o que seu corpo possa suportar; Orientar a paciente
e a família a buscar atividades que possam promover sua autonomia, que lhe
faça sentir útil e que ocupe seu tempo ocioso. A partir dessas intervenções
espera-se que os laços afetivos entre a paciente e sua família e grupo social
sejam fortalecidos levando a paciente a sensação de pertencimento e bem
estar espiritual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização deste trabalho tornou
possível compreender os impactos que doenças crônicas abordadas causam
na vida de seus portadores, como também na de seus familiares e cuidadores.
Os problemas de enfermagem identificados a partir do histórico evidenciaram a
necessidade que a paciente tem de uma assistência de enfermagem
qualificada e pautada na sua realidade e na percepção da paciente frente às
patologias que convive. A partir dos resultados esperados verifica-se a
importância do profissional enfermeiro na assistência à saúde dos pacientes
portadores de doenças crônicas como as apresentadas pelo paciente, uma vez
que este profissional é capaz de identificar as necessidades básicas do
paciente, os problemas que interferem no processo saúde-doença e assim
traçar ações que contribuam para melhorar as perspectivas do paciente diante
do seu quadro clínico. A realização de novos estudos de caso em pacientes
portadores de múltiplas doenças crônicas é importante para o aprimoramento
da assistência de enfermagem a esses pacientes com vistas à melhoria da
qualidade de vida das pessoas. Reconhecendo a importância do conhecimento
em saúde, aconselha-se que as ações de enfermagem à assistência ao
paciente com doença crônica sejam pautadas também na educação em saúde
tendo como objetivo tornar o paciente o mais autônomo possível, contribuindo
assim para a promoção de um indivíduo capaz de reconhecer os fatores
condicionantes para a redução e controle de danos, da relevância do manejo
do ambiente no qual está inserido, da adesão adequada às terapêuticas e da
importância do estilo de vida e seus impactos no processo saúde-doença
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EFEITOS DA YOGA EM IDOSOS COM TRANSTORNOS MENTAIS
Luana Medeiros Viana, Faculdade Leão Sampaio
Nathalia Matos de Santana, Faculdade Leão Sampaio
José Diogo Barros, Faculdade Leão Sampaio
Letícia Bezerra de Moura, Faculdade Leão Sampaio
Andreza Gomes da Silva, Faculdade Leão Sampaio
Renato Felipe de Andrade, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Transtornos Mentais. Yoga. Idosos. Promoção de Saúde.
INTRODUÇÃO: A doença mental caracteriza-se por uma determinação
complexa que envolve dimensões econômicas, sociais, políticas e culturais,
expressando-se diferentemente nas classes sociais e nas relações de gênero.
Os fatores que podem causar transtornos mentais são inúmeros e neste estudo
foram enfatizados os transtornos de depressão, ansiedade e estresse por
acometerem tantos idosos nos dias atuais, danificando a vida cotidiana,
prejudicando a autoestima e causando isolamento social. Os problemas de
saúde mental são uma das principais causas de morbidade nas sociedades
atuais, a área da saúde mental é de grande relevância na saúde pública,
exigindo respostas cada vez mais precoces e eficientes por parte dos serviços
de saúde. A gestão e o tratamento das perturbações mentais constitui um
passo primordial para permitir que um maior número de pessoas tenha acesso
aos serviços de saúde, porém nem todas as pessoas que necessitam desses
serviços o procuram. As alterações e os déficits cognitivos podem levar o idoso
ao declínio funcional, ou seja, há limitação ou perda da capacidade para
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realizar as atividades do dia-a-dia, como por exemplo, tomar banho, vestir-se,
entrar e sair do carro, fazer compras, dentre outras. Dessa forma, idosos com
idade mais avançada que apresentam alterações cognitivas, podem vir a ter
maior probabilidade de redução em sua capacidade funcional. O declínio nas
capacidades funcionais pode levar o idoso a tornar-se dependente funcional,
de forma gradual até atingir todos os domínios da funcionalidade do idoso,
dificultando suas atividades cotidianas. A dependência funcional pode ser
definida, como a incapacidade de executar as Atividades de Vida Diária
(AVDs). Referindo-se ao quesito idade, supõe-se que idosos mais velhos
chegam a apresentar mais dependência quando comparados aos idosos mais
jovens, visto que com o passar dos anos há o aparecimento de doenças
crônicas incapacitantes, que tornam os idosos mais dependentes de ajuda. O
termo depressão é usado para descrever alterações de humor, que variam em
características, intensidade e duração, apresentando-se com diferentes
manifestações clínicas de caráter crônico e que requerem estratégias
adequadas de intervenção. A depressão está relacionada a altos níveis de
tensão e é a quarta causa de incapacidade e morte prematura nos dias de
hoje. O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) é caracterizado por ansiedade
excessiva diante de uma variedade de situações sociais. Os indivíduos temem
comportar-se de modo inapropriado (pelo desempenho imperfeito ou pela
demonstração da ansiedade) e sofrer reprovação e crítica por parte de outras
pessoas. As pessoas ansiosas têm o desejo de realizar o contato social, porém
elas evitam ou suportam as situações sociais com grande ansiedade e
sofrimento. O comportamento fóbico evitativo acarreta grave prejuízo no
funcionamento do indivíduo, seja no trabalho, na escola ou nas relações sociais
habituais. Estresse é a combinação de sensações físicas, mentais e
emocionais resultantes de vários estímulos como: preocupações, medos,
ansiedades, pressões psicológicas e fadiga física e/ou mental, que irão exigir
uma adaptação e/ou produção de tensão. Os autores ainda afirmam que os
sinais e sintomas do estresse variam de pessoa para pessoa, sendo mais
evidentes em alguns, que podem apresentar reações excessivas de ganho ou
perda de massa corporal, ter padrões de sono irregular ocasionando insônia,
desenvolver problemas respiratórios, ter domínio da angústia mental causando
depressão e introversão. Essas pessoas passam a negligenciar a família, não
rendem no trabalho e têm oscilações de humor e comportamento. As pessoas
que têm depressão permanecem com esse estado emocional por um longo
tempo sem procurar ajuda profissional por não estarem cientes de que isso é o
aparecimento de uma patologia que deve ser diagnosticada e tratada de forma
adequada. Com o passar do tempo, a depressão vai causando a diminuição no
rendimento acadêmico, no trabalho e nas atividades cotidianas, faltando-lhes
disposição e energia pra enfrentarem as situações. As Terapias
Complementares (TC), também conhecidas como terapias alternativas ou não
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convencionais, são grandes aliadas no combate a doenças psicológicas e
fazem parte de um grupo de terapias que não são consideradas parte da
medicina alopática e englobam diversas práticas de atenção à saúde, tais
como: acupuntura, reeducação postural global (RPG), homeopatia, medicina
ayurvédica, naturopatia, medicina fitoterápica, quiropraxia, massagem,
meditação, hipnose, yoga, terapia de cura por Reiki, entre outras. Os
profissionais da área da saúde têm sido a favor da implantação de práticas e
terapêuticas alternativas e complementares na rede básica de serviços de
saúde, enfatizando que essas práticas estão relacionadas com os fundamentos
promovidos pelo SUS, melhoram a qualidade de vida da população e
contribuem para a promoção do autocuidado. Associadas ao tratamento
médico convencional, as terapias complementares podem proporcionar ótimos
efeitos à saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2008
existiam mais de 800 municípios brasileiros realizando práticas integrativas e
complementares. As Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
reconhecidas pelo Ministério da Saúde (2006) abrangem recursos que
previnem danos e agravos, estimulando a recuperação da saúde por meio de
técnicas seguras e eficazes, aumentando o vínculo terapeuta/paciente e
atuando na integração do ser humano com a sociedade e o meio ambiente. A
técnica abordada neste estudo é a yoga, por ser uma prática ativa que visa o
alongamento e condicionamento da musculatura corporal, além de estimular a
mente exigindo atenção durante a execução dos exercícios, a yoga envolve
exercícios que adotam determinadas posturas denominadas de asanas,
exigindo que o praticante se concentre associando a respiração na sua
execução. Existe um número crescente de pessoas com transtornos mentais
que gastam quantias exorbitantes em medicamentos psicotrópicos, para
reduzir esses gastos, evitar possíveis efeitos colaterais dessas drogas e
melhorar a saúde dessas pessoas, uma boa forma é fazer uso das terapias
complementares, dentre elas, a prática da yoga é a que mais se destaca por
apresentar ótimos resultados no estado mental desses pacientes. A yoga tem
grandes vantagens como baixo custo, fácil acesso, poucos efeitos colaterais, e
pode ser praticada por qualquer pessoa, independente da faixa etária. Por ser
um tema de pesquisa ainda escasso, espera-se que este estudo incentive mais
pessoas a pesquisarem sobre a ação da yoga nos transtornos mentais,
trazendo assim mais adeptos a essa prática. OBJETIVOS: A partir disto,
objetivou-se com este estudo listar os efeitos da yoga no estado físico e mental
de idosos com transtornos mentais, descrever os benefícios proporcionados
pela prática da yoga nos transtornos mentais e identificar em que tipo de
transtorno mental a influência da yoga é mais eficaz. MATERIAIS E
MÉTODOS: Esta é uma revisão de literatura, descritiva de caráter bibliográfico
que envolve localizar, analisar, sintetizar e interpretar uma investigação anterior
em revistas científicas, periódicos, livros, dissertações, etc. relacionada com a
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área de estudo escolhida. É uma análise bibliográfica minuciosa, referente às
obras literárias já publicadas sobre o tema. Foi realizada a pesquisa por artigos
que evidenciam os efeitos da yoga em pessoas com estes distúrbios, pois essa
é uma técnica que trabalha a mente e o corpo com o intuito de amenizar os
sintomas dessas patologias. Para esta pesquisa estritamente bibliográfica,
realizou-se uma coleta de referências no período compreendido entre os
meses de agosto a outubro de 2014, onde as bibliografias foram selecionadas
e analisadas criteriosamente. Foram feitas pesquisas nas bases de dados
Scielo, Lilacs, Pubmed e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), com os seguintes
descritores em saúde: ”transtornos mentais”, “yoga”, “idosos” e “promoção de
saúde”. A execução da pesquisa foi conduzida através de buscas de acervo
bibliográfico existentes, incluindo um livro, um relatório, uma dissertação, uma
tese e 34 artigos, totalizando 38 obras literárias publicados em línguas
nacionais e internacionais (português=26, inglês=9 e espanhol=3), traduzidos
pelos
autores
e
também
com
auxílio
do
Google
Tradutor.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Estas literaturas foram publicadas com uma
abordagem referente aos efeitos da Yoga nos transtornos mentais. Quando a
yoga é relacionada com outras intervenções como o relaxamento, ambas as
técnicas causam reduções na ansiedade, mas apenas a yoga consegue
melhorar de forma significativa, diferentes domínios do estado de saúde, como
o estado mental e a função do estado emocional e quando comparada ao
grupo controle, a prática da yoga diminui de forma considerável os níveis de
ansiedade e estresse. Através dos exercícios respiratórios, realizados com
muita concentração, da flexibilidade e da meditação presentes na prática da
yoga, relatam que com a associação desses fatores, o ser humano se torna
mais tranquilo e consegue atingir um estado interno de autoconhecimento e
equilibrar suas emoções, assim como seus desejos reprimidos. A yoga também
gera o relaxamento e para assimilar melhor os seus efeitos, nesse processo o
praticante deve permanecer consciente de sua prática, se manter imóvel, com
o corpo e a mente completamente relaxados, organizando seus pensamentos
de forma positiva, direcionando-os ao seu bem-estar, cada pensamento gera
uma emoção, fazendo com que as atitudes sejam compatíveis a essa emoção.
A yoga atua gerando o relaxamento do corpo e da mente, consequentemente
ela exerce influência no estado mental e emocional de seus praticantes, sendo
capaz de reduzir os níveis de ansiedade e estresse e trazendo vários
benefícios como integração social, melhora da consciência corporal, aumento
da autoestima e melhor controle emocional. Foi encontrada uma significativa
melhora nos aspectos físicos no grupo de yoga, como melhora na qualidade de
vida, bem-estar, vitalidade e energia, quando comparado ao grupo de ginástica
e grupo controle. Porém não houve alterações no humor e no cognitivo dos
praticantes de yoga. Com idosos foram observadas poucas alterações
relacionadas à cognição, porém a prática de yoga foi capaz de reduzir os níveis
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de ansiedade de alguns praticantes e seus benefícios físicos foram bastante
significativos, melhorando a realização das atividades de vida diária e
consequentemente a qualidade de vida dos participantes. A prática de yoga
não teve resultados favoráveis na cognição dos praticantes provavelmente por
estes apresentarem a neuroplasticidade cerebral diminuída, devido o processo
neurodegenerativo associado à idade avançada, reduzindo a capacidade de
absorver informações e causando limitações na concentração, na atenção e na
memória. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática regular de yoga resultou em
efeitos positivos, possibilitando a redução dos níveis e sintomas de estresse e
depressão em ambos os estudos com idosos, promovendo a harmonia entre
corpo e mente, melhorando a compreensão de seus limites físicos, facilitando o
alcance de um relaxamento que proporcionou alívio físico e mental,
minimizando as tensões sofridas. Em todos os estudos pesquisados a yoga
teve eficácia em reduzir os níveis de ansiedade, depressão e estresse de
alguns participantes, tendo maior influência no transtorno de depressão,
convertendo a depressão grave em níveis normais após a prática de yoga,
confirmando seus efeitos positivos tanto em transtornos mentais quanto em
aspectos físicos. A yoga é capaz de reduzir os níveis desses distúrbios mentais
em populações de idosos. Esta técnica proporciona benefícios físicos, como o
aumento da flexibilidade, melhora da postura e da respiração, além de
promover uma melhora na conscientização corporal, e também é eficaz na
saúde mental através do relaxamento e da meditação, incentivando quem a
pratica a adotar pensamentos positivos. Esta revisão literária abre espaço para
novos estudos na área enquadrando tanto pessoas idosas, como outras
populações que necessitem adquirir efeitos satisfatórios através da prática da
yoga em sua saúde física e mental.
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ESQUIZOFRENIA E A VIVÊNCIA DE UM CONTEXTO BIOPSICOSSOCIAL –
UM ESTUDO DE CASO
Maria Luiza Bezerra Feitosa, Faculdade Leão Sampaio
Wiliany Santos da Silva, Faculdade Leão Sampaio
Ariadne Gomes Patrício Sampaio, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Esquizofrenia. Processos Mentais. Antipsicóticos.
INTRODUÇÃO: Dentre as patologias atendidas nos CAPS III, destaca-se a
esquizofrenia, que se trata de uma doença mental caracterizada por uma
desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo
apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e
emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações
interpessoais e familiares. Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade
ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se
manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com
períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando
alguns deles em menor intensidade. Estes sintomas podem ser: Delírios
(confusão mental); Alucinações, sobretudo auditivas e visuais; Delírio
persecutório: A pessoa crê que alguém a persegue e observa, planejando fazer
alguma coisa para prejudicá-la. Durante esta fase, o indivíduo apresenta
mudanças comportamentais, altos níveis de ansiedade e impulsos de
agressividade; Déficit de aptidões mentais: Falta de motivação, apatia,
isolamento social. O pensamento empobrece e a pessoa demonstra total
indiferença emocional, dentre outros. Frequentemente a esquizofrenia costuma
se manifestar no início da vida adulta, porém pode também ocorrer casos na
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infância e adolescência. Sua prevalência atinge em uma esfera mundial cerca
de 1 % da população. Não possui uma causa que possa ser especificada, é
uma doença que causa uma alteração no funcionamento cerebral e uma
desorganização na personalidade. Os sintomas e a gravidade da esquizofrenia
podem variar de indivíduo para indivíduo, e variando também o tipo de
esquizofrenia podendo ser diagnosticada como esquizofrenia paranóide,
esquizofrenia indiferenciada, esquizofrenia desorganizada, esquizofrenia
catatônica, esquizofrenia residual, esquizofrenia simples; o diagnóstico do tipo
de esquizofrenia é fundamental para orientar a família ou cuidador e também
atribuir o tratamento medicamentoso, que tem como objetivo principal controlar
os sintomas, promover a possibilidade de reabilitação do sujeito para a vida,
prevenir as recaídas, sendo assim a escolha correta do tipo de medicamento a
ser administrado é fundamental para a melhora dos sintomas. É importante
lembrar que os sintomas ocorrem ao mesmo tempo, mudando o
comportamento do sujeito o que confunde muito os cuidadores e familiares. Os
CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos
mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas
de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua
característica principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural
concreto. Os CAPS constituem a principal estratégia do processo de reforma
psiquiátrica (BRASIL, 2004). Conforme as portarias MS/GM nº 3088 e MS/GM
3089 de 23/12/ 2011, os CAPS III são serviços de saúde mental comunitários
do Sistema Único de Saúde, destinados a prestar acompanhamento, por
equipe interdisciplinar, a pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes, estes, compõem a rede de serviços territoriais, de atenção
contínua 24 horas por dia, incluindo feriados e finais de semana, abertos ao
acolhimento diurno, noturno e integral, conforme definido no Projeto
Terapêutico Individual, em municípios que tenham a partir de 200.000
habitantes. Seu objetivo é oferecer atendimento à população de sua área de
abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos
usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e
fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de
atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em
hospitais psiquiátricos (BRASIL, 2004). Especialistas afirmam que não existe
uma só causa para o aparecimento deste tipo de transtorno. Até hoje não se
conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto,
evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores como o
quadro psicológico do indivíduo, biológicos, genéticos, ambientais e a utilização
de substâncias psicoativas, que contribuiriam em diferentes graus para o
aparecimento e desenvolvimento da doença. O surgimento da esquizofrenia é
raro em idosos e crianças. A pessoa acometida pela esquizofrenia tem grande
potencial à sua frente. Precisa lutar contra as dificuldades do transtorno, é
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verdade. Mas pode se recuperar, vencer os obstáculos e seguir seus sonhos.
Nesta batalha, precisa ter ao seu lado sua família, seus amigos, pessoas que a
amem e apoiem e que, sobretudo, saibam compreendê-la. Tem a seu favor
medicamentos eficazes, suporte psicológico e terapias de reabilitação capazes
de ajudá-la nessa superação. Certamente contará com uma sociedade mais
justa e que possa recebê-la um dia como igual. OBJETIVOS: O principal
objetivo deste estudo é entender a dinâmica do funcionamento e das vivências
desse indivíduo dentro de um contexto biopsicossocial, através do
acompanhamento deste paciente na rotina de terapias na unidade do CAPS III
em Juazeiro do Norte, bem como através de visitas domiciliares junto à família
do mesmo. MATERIAIS E MÉTODOS: A metodologia adotada foi o Estudo de
Caso, através da elaboração do problema e de perguntas. Estas orientaram os
acadêmicos de enfermagem do 5º. Semestre de uma instituição privada, no
período 2014.1, durante o estágio da disciplina de Saúde Mental em um Centro
de Atenção Psicossocial – CAPS III, de um município da região Metropolitana
do Cariri Cearense. O Método do Estudo de Caso enquadra-se como uma
abordagem qualitativa e é frequentemente utilizado para coleta de dados na
área de estudos organizacionais, apesar das críticas que ao mesmo se faz,
considerando-se que não tenha objetividade e rigor suficientes para se
configurar enquanto um método de investigação científica. Este método tem
vantagem em relação a outros métodos quando se deseja saber o “como” e o
“por quê” de algum fenômeno que seja contemporâneo e sobre o qual o
pesquisador tenha pouco ou nenhum controle. O estudo de caso é, portanto,
um método considerado muito útil quando se deseja analisar um fenômeno
amplo e complexo, em que o conhecimento acumulado seja insuficiente para a
proposição de relações de causa e efeito e, também, quando o fenômeno não
pode ser analisado fora do contexto no qual ele naturalmente se manifesta
Para se discutir o Método do Estudo de Caso três aspectos devem ser
considerados: a natureza da experiência, enquanto fenômeno a ser
investigado, o conhecimento que se pretende alcançar e a possibilidade de
generalização de estudos a partir do método. O caso é uma unidade de
análise, que pode ser um indivíduo, o papel desempenhado por um indivíduo
ou uma organização, um pequeno grupo, uma comunidade ou até mesmo uma
nação. Todos esses tipos de caso são unidades sociais. Entretanto casos
também podem ser definidos temporariamente (eventos que ocorreram num
dado período), ou espacialmente (o estudo de um fenômeno que ocorre num
dado local). Portanto, um caso pode ser um fenômeno simples ou complexo,
mas para ser considerado caso ele precisa ser específico. Enquanto
possibilidade para sua aplicação, um estudo de caso vai além do contar uma
história: pode ser utilizado para testar hipóteses como, por exemplo, para testar
a falseabilidade de teorias; pode ser estatístico, quando traz um conjunto de
dados quantitativamente coletados e relacionados; ou, ainda, pode ser relato
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de
pesquisa
institucional,
dentre
outras
tantas
possibilidades.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Paciente C.P.A, 37 anos, nascido em
29/03/1976, natural de Juazeiro do Norte, de cor parda, religião católica,
estudante do 7º ano do ensino fundamental, desempregado, separado, pai de
três filhos, o pai comerciante, e a mãe dona de casa. Tem história de
tratamento a mais ou menos um ano e alguns meses (não soube referir a
quantos meses) no CAPS AD (alcoolismo). Chega a esta unidade: CAPS III no
dia 18/09/2013, acompanhado da genitora e da irmã. Segundo a mãe o filho
vinha apresentando há alguns dias atrás sinais de “perturbação mental” (ouvia
vozes que o ameaçava, falava sozinho ao telefone, e alteração do
comportamento). Em um momento de crise (apresentava-se agitado) a mãe
relata que o levou para o posto de saúde, para uma consulta médica. O médico
encaminhando-o para acompanhamento especializado, pois o paciente
apresentava-se com delírios e alucinações. Ao chegar, foi avaliado por uma
equipe multidisciplinar. Onde relatam em seu histórico que, o paciente C.P.A.
apresentava-se com aparência higienizada, discurso coerente, humor triste,
insônia alucinações, irritabilidade, vontade de ficar sozinho e ouvia vozes. Tem
história familiar de doença mental (o pai se tornou portador da doença mental
após perder tudo, hoje encontra-se falecido). Relata ainda que sua doença
iniciou-se na cidade de São Paulo, quando saiu do trabalho na SINGER e foi
embora para aquele estado, após separar-se da sua esposa. Anos depois de
desenvolver os primeiros sinais e sintomas da doença, retorna a sua cidade
natal. O mesmo via-se muito magoado pelo acontecido, então resolver beber e
“farrar”, sofrendo vários acidentes sendo estimulado por vozes, tudo isso fez
com que ele perdesse boa parte de seus amigos. Apresenta história atual de:
insônia, irritabilidade, alucinações auditivas (zumbido) e humor comprometido.
Oliveira (2001) destaca que em determinados momentos, a família apresenta
certa ambiguidade de sentimentos, que se manifestam em resposta às atitudes
agressivas do seu familiar doente, principalmente perante os primeiros sinais
da doença, pois a questão da internação também tem um fator cultural muito
forte embutida, e faz com que a família tenha ainda mais essa ambivalência de
sentimentos, que variam muitas vezes, como cita o autor, entre sentimento de
impotência e mágoa, pois não entende o porquê de ser agredida. No caso da
esquizofrenia com delírio persecutório, pode acarretar variáveis consequências,
uma vez que ele se sente perseguido por um ou por vários membros da família,
causando assim uma crise familiar em muitos casos. O paciente C. a principio
recebeu com a prescrição médica de Seroquel 100mg; Amplictil 25 mg; Hadol
meio comprimido e Dormire se necessário. Permanecendo no acolhimento
noturno por alguns dias. Dia 07/10/2013, recebeu alta do tratamento no CAPS.
No dia 07/ 11/ 2013, retorna para uma nova consulta com a enfermeira,
referindo ainda ouvir vozes, tentado várias vezes suicídio, e ter feito usos de
bebida alcoólica. Atualmente, o paciente é acompanhado pelo médico
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Psiquiatra Cicero Jorge P. Malzoni, e pela Psicóloga Ana Germana Medeiros
Feitosa, voltou a estudar, segue fazendo uso da seguinte medicação: Ceroquel
200mg/dia e Amplictil 100mg/dia. Dia 02/ 01/ 2014, em nova conduta referir
querer sair de casa por falta de paciência com os outros. O paciente segue em
tratamento, participando das atividades diárias no CAPS III de Juazeiro do
Norte. Considerando o estado de saúde atual do paciente, pudemos observar e
identificar alguns diagnósticos de enfermagem, dentre eles: Interação social
prejudicada relacionado à alteração do estado mental, evidenciado por relato
verbal; Medo relacionado a delírios e alucinações persistentes, evidenciado por
estado de alerta aumentado; Tristeza crônica relacionada a experiências de
doenças crônicas, evidenciada por observação; Estresse relacionado aos
estressores intensos, violência familiar, evidenciado por demonstrar aumento
de sentimentos de impaciência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O trabalho
realizado pelos estagiários foi possível devido à colaboração não somente da
equipe de psicólogos CAPS, mas também, da equipe de enfermagem e terapia
ocupacional, principalmente, por passar informações importantes sobre os
pacientes de uma forma geral, promovendo acúmulo de materiais e
conhecimento necessário para a realização das atividades. Concluímos que, os
portadores de transtornos mentais, incluindo-se a esquizofrenia, muitas vezes
tachados de “loucos”, são na verdade, pacientes que necessitam do nosso
carinho, amor e apoio para que estes se recuperarem e sejam reinseridos na
sociedade, fazendo com que o preconceito venha a ser extinto e entender que
os pacientes também têm capacidades incríveis para desenvolver diversas
atividades e trabalhos, basta apenas que nós deixemos o nosso preconceito de
lado e abracemos o próximo como nosso irmão.
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ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PERÍCIA FORENSE: UMA
ESPECIALIDADE A CONHECER
Jéssica Gonçalves Feitosa. Enfermeira, Universidade Regional do Cariri
Ana Alinne Gomes da Penha, Universidade Federal do Ceará
Jéssica Lima Soares, Universidade Regional do Cariri
Natália Filgueira Rufino, Universidade Regional do Cariri
Samyra Paula Lustoza Xavier, Universidade Regional do Cariri
Maria Corina Amaral Viana, Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Enfermagem Forense. Educação em Enfermagem. Medicina
Legal.
INTRODUÇÃO: O número de casos de violência, nos seus diversos gêneros,
cresce a cada dia o que denota a necessidade de profissionais capacitados
para lidar com as situações. Um dos gêneros que está ganhando espaço é a
violência doméstica, esta deve ser abordada sem tabus por parte dos
enfermeiros e profissionais de saúde, eles devem procurar sempre articular a
sua atuação no âmbito multidisciplinar. É inaceitável, atualmente, que a
violência doméstica seja considerada um problema preocupante apenas para
às polícias e tribunais. Esta realidade desencadeou a necessidade de buscar e
implementar conhecimentos, na área das Ciências Forenses, por parte dos
enfermeiros. Estas ciências têm objetiva colaborar para a resolução de uma
investigação criminal e quando devidamente articuladas com outras disciplinas
podem resultar na informação crucial para o caso em análise. Por outro lado,
as ações de enfermagem estão ganhando reconhecimento na urgência e
emergência, contudo, passa-se a refletir a importância desse profissional na
área forense, na prestação de serviços ao indivíduo, à família e à lei. A ciência
forense se trata de qualquer situação relacionada à lei, neste caso, é utilizado
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nas especialidades da saúde como medicina, odontologia, enfermagem, dentre
outros. A enfermagem forense foi primeira reconhecida nos EUA em 1992,
quando 72 enfermeiras que prestavam cuidados às vítimas de violência sexual
e estupro, fundaram a International Association of Forensic Nursing – IAFN, ou
em português, Associação Internacional de Enfermeiros Forenses. Com sede
localizada em New Jersey – EUA, esta é responsável por avaliar e
regulamentar a atuação da enfermagem forense, além de desenvolver estudos
com o objetivo de implementar as ações e intervenções da classe. Nos Estados
Unidos, Canadá, China, Itália e Inglaterra a enfermagem examina, coleta
evidências e presta cuidado às vítimas e familiares. No Brasil, a enfermagem
forense ainda é pouco debatida, mas o tema já começou a ser inserido em
eventos da área da saúde e do direito, o que demostra que a especialidade
está ganhando espaço e tende a ser implantada no país. Este fato deve-se a
importância da atuação do enfermeiro nas unidades médico legais, no
atendimento ao paciente vítima de violência, e nos serviços de urgência e
emergência sempre se preocupando em preservar provas. É importante
salientar que o enfermeiro pode ser chamado para depor, pois este profissional
tem contato direto com os indivíduos envolvidos nos casos, o qual será
chamado de Expert witnesse (TestemunhaEspecializada), cabendo ao
enfermeiro o cuidado com fotografias, protocolos, amostras, resultados de
exames que irão respaldar a fala do profissional nos casos em que ele for
convocado pela justiça. O enfermeiro forense deverá ser formado,
especializado e capacitado para exercer as funções. No caso de investigação
clínica da morte, o curso tem carga horária de 40 horas e inclui em sua grade
curricular, auxílio de autópsias e um vasto conhecimento da anatomia, fisiologia
e patologia. O curso também aborda aulas de balística, identificação de
feridas por arma de fogo e arma branca, cortes, lacerações, hematomas, entre
outros. Também são oferecidas aulas de entomologia forense, odontologia
forense, antropologia forense, análise de DNA que servirão para dar uma
noção ao enfermeiro de como referenciar aquele achado. Existem ainda cursos
de mestrado, e doutorado em Enfermagem Forense que preparam os
enfermeiros na maioria das sub-especialidades, tais como a psicologia forense
que está diretamente ligada a enfermagem, pois o profissional terá maior
contato com o paciente para identificar presença de distúrbio que possam levar
a cometer algum crime. Segundo a International Assossiation of Forensic
Nursing - IAFN, o enfermeiro examinador de vítimas de estupro deverá ter pelo
menos
dois
anos
de
experiência
na
prática
assistencial,
em
qualquer
especialidade,
além
de
40
horas
de treinamento técnico de coleta de evidências, fotos forenses, revisão de leis
locais, revisão de literatura. A perícia de adultos também inclui no treinamento
a prática supervisionada em mulheres voluntárias, mais a execução de dez
exames
ginecológicos
supervisionados
por
um
instrutor
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qualificado. No caso de peritos em crianças, é necessário um
extenso conhecimento da anatomia, fisiologia e desenvolvimento psicológico
da criança e pré-puberdade, o profissional deve ter ciência que o organismo da
criança é diferente do corpo do adulto, portanto, a assistência prestada é
diferenciada e adequada a idade da criança. O enfermeiro forense deverá
conhecer a especialidade, as funções delegadas ao cargo, e as principais leis
que o ajudem a desempenhar melhor o seu papel. Entre os casos abordados
pelo enfermeiro forense na urgência estão: abuso, negligência ou violência
doméstica, traumas, acidentes automobilísticos, atropelamentos, abuso de
álcool e drogas ilícitas, tentativa de suicídios ou homicídios, lesões
ocupacionais, incidentes ambientais, vítimas de terrorismo ou crimes violentos,
práticas de aborto ilegal e outros problemas de saúde pública, lesões por
armas de fogo ou armas brancas, indivíduo sem identificação envolvido em
algum incidente, envenenamento, cuidados com o indivíduo sob custódia,
morte suspeita, súbita ou inesperada, abuso sexual, além de outros crimes. De
acordo com casos citados, é importante relatar a necessidade de
acompanhamento do profissional pela psicologia/ psiquiatria, visto que seus
limites emocionais serão testados a cada ocorrência. A ideia de explorar o
tema surgiu durante uma visita ao Instituto Médico Legal – IML, durante a
realização de um curso de aperfeiçoamento em medicina legal, após identificar
a atuação de outros profissionais. Em virtude disso, surge o seguinte
questionamento: qual atuação da enfermagem nos serviços de perícia forense?
E qual a sua importância? Ressalta-se que a especialidade não foi implantada
no Brasil, porém, nos países em se desenvolvem estas práticas profissionais,
há menor chance de exaustão da equipe multiprofissional e eficácia nos laudos
dos casos de violência, por exemplo. OBJETIVO: Relatar a atuação da
enfermagem na perícia forense e a importância deste profissional nas unidades
em que estão inseridos. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão
sistemática da literatura. Esse método de pesquisa tem cinco fases:
identificação do tema ou questionamento do estudo; busca na literatura;
avaliação dos estudos incluídos na revisão; interpretação dos resultados, e
síntese do conhecimento evidenciado nos artigos analisados. Assim, apresenta
objetivo de facilitar pesquisas e suas aplicabilidades; esse tipo de estudo vem
sendo apontado como uma ferramenta de grande importância na área da
saúde, por direcionar a prática, baseando-se em conhecimentos científicos. Os
critérios de inclusão foram: ter foco na atuação da enfermagem forense, as
competências desses profissionais e o histórico da especialidade. Para a
seleção dos artigos, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados:
Literatura Latino Americana e do Caribe e Ciências da Saúde (LILACS),
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE via
PUBMED), Base de dados em Enfermagem (BDENF) e a biblioteca eletrônica
Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Os descritores utilizados foram:
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Enfermagem Forense; Educação em Enfermagem; Medicina Legal. Ainda,
ressalta-se que a estratégia de busca foi adaptada de acordo com a base de
dados utilizada. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Constaram 08 (oito) artigos
identificados, dentre os quais 04 (quatro) atendiam aos critérios, seguindo-se
da leitura exaustiva e enumeração dos dados relevantes para a pesquisa. O
enfermeiro forense deverá compreender a cadeia de custódia dos casos e suas
implicações relacionadas, ter pleno conhecimento das leis, em matéria médico
legal, pois seu trabalho será totalmente ligado às questões jurídicas,
reconhecer o que pode ser considerado como prova, conhecer os protocolos
de referenciação, compreender as implicações forenses da doação de órgãos e
tecidos, conhecer procedimentos legais requisitos, compreender o tipo de
morte e conhecer os procedimentos necessários para dar início ao processo,
conhecer os procedimentos necessários para referenciar os casos, colheita da
Zaragatoa seca e úmida, colher amostras de sangue seco e armazenar
adequadamente. A educação em saúde deverá ser realizada pelo enfermeiro e
os demais profissionais para prevenir e identificar possíveis vítimas de
incidentes, estas ações são desenvolvidas principalmente em instituições
carcerárias. A prática de enfermagem forense inclui exames de perícia em
vítimas de abuso sexual e estupro, investigação de morte. Neste caso, a
enfermeira forense realiza e avalia o exame do corpo e do local do crime, que
tem o conhecimento para tal prática. Ainda, observa detalhes que podem
auxiliar a equipe multiprofissional, em especial o médico legista, na
investigação e descoberta das causas que levaram o indivíduo à morte e a
possível hora do óbito. O conhecimento da anatomia e fisiologia do corpo
humano, adicionado ao estudo forense, facilita a visão mais acurada e
segurada situação de morte do indivíduo. É importante destacar que o foco
principal e ponto para onde as ações da enfermeira deve estar voltado é a
causa e mecanismo da morte, delegando as investigações criminais,
descoberta das causas e circunstâncias aos profissionais competentes no
assunto. O profissional deverá ter conhecimento de suas competências para
não cometer erros e delegar ações referentes à sua atuação, com base no que
foi dito, as seguintes intervenções são de competência do enfermeiro: Ajudar o
indivíduo a retirar a roupa sem comprometer eventuais provas nela contida;
Embalar e armazenar provas forenses nos respectivos contentores; Fotografar
sempre que possível; Colher amostras de sangue, secreções, urina ou fezes;
Manter o cenário inato; Preparar o cadáver para o exame post-mortem, Colher
informação; Imobilizar o paciente; Preservar produtos de concepção e Tornar o
ambiente o mais seguro possível. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos
resultados analisados durante este estudo, foi possível notar a importância do
enfermeiro no ambiente de perícia criminal, assim como nos casos de
violência, pois este desenvolverá ações junto a uma equipe multiprofissional,
diminuindo a sobre carga de trabalho do médico perita. Outro ponto relevante,
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nos casos de violência, é a relação que o enfermeiro desenvolve com a vítima
e com o agressor, chamada de repport, a criação de uma afinidade, o qual
diminuirá as chances de vieses durante os depoimentos, a vítima neste caso,
se encontra em um estado de fragilidade, a esta são direcionadas ações de
apoio emocional, tratamento dos traumas físicos e preparação para reinserção
no convívio em sociedade, visto que as vítimas relatam dificuldade em para
voltar à rotina, desenvolver atividades que visão diminuir as sequelas
emocionais e físicas. Contudo, a importância da enfermagem forense é
relevante e reforça a necessidade de implantação no Brasil, com o objetivo de
prestar o cuidado eficaz, servir a lei, auxiliar na elucidação de crimes, com isso,
diminuir os julgamentos e condenações injustas, nos casos onde não houver
óbito criar vínculo e desenvolver ações que melhorem o convívio das vítimas,
familiares e comunidade. É de grande importância a elaboração de estudos
que enfoquem na atuação da enfermagem forense, com o objetivo de implantar
a especialidade no Brasil com a finalidade de melhorar a assistência e elucidar
casos sem que haja erros ou dúvidas.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PORTADOR DE PÊNFIGO
VULGAR EM UMA UNIDADE HOSPITALAR
José Alexandre Pinheiro, Faculdade Leão Sampaio
Amanda Maria Ferreira Pereira, Faculdade Leão Sampaio
Ana Cecilia Cesario de Sousa, Faculdade Leão Sampaio
Maira Pereira Sampaio, Faculdade Leão Sampaio
Maria Juliana do Nascimento Oliveira, Faculdade Leão Sampaio
Ana Maria Machado Borges, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Pênfigo. Dermatologia. Saúde Pública.
INTRODUÇÃO: O Pênfigo Vulgar é referido como pertencente a um grupo de
doenças vesicobolhosas crônicas de natureza auto-imune, de etiologia ainda
desconhecida. Caracteriza-se pela presença de auto-anticorpos contra
proteínas desmossômicas encontrado nas junções epiteliais dos tecidos de
revestimento (CARVALHO et al., 2011). É classificada de três formas: pênfigo
foliáceo, pênfigo vulgar, e uma forma endêmica conhecida como pênfigo
foliáceo endêmico, também chamada fogo selvagem. Ocorre em crianças,
jovens e adultos, sendo que a maior incidência é na faixa etária dos 20 aos 30
anos, afetando os dois sexos igualmente. Em geral, apresenta-se em forma de
vesículas intraepidérmicas vindo a acometer a pele e mucosas. Além das
características clínico-laboratoriais usualmente utilizadas e consideradas
importantes no diagnóstico, são necessários os exames histopatológicos e
testes sorológicos, em particular a detecção de Imunoglobulina G, pela
imunofluorescência indireta, e a inclusão do ensaio de imunoadsorção
enzimática (ELISA). O exame histopatológico mostra bolhas acantolíticas intraepidérmicas baixas, logo acima da zona da membrana basal (PINHEIRO;
FRANCO, 2014). Muitos indivíduos apresentam lesões na cavidade oral em
forma de erosão de formato irregular, dolorosas, que sangram facilmente e
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cura-se de maneira lenta. As lesões cutâneas surgem em forma de bolhas que
se rompem, deixando grandes áreas de erosão dolorosas expostas, com
posterior formação de crosta, acompanhado de prurido, odor fétido emanando
do exsudato seroso e das demais bolhas ainda não rompidas. É comum a
hipoalbuminemia envolto ao distúrbio hidroeletrolítico (SMELTZER; BARE,
2009). O presente trabalho trata-se de estudo de caso envolvendo um usuário
do Sistema Único de Saúde, identificado com pênfigo vulgar que necessita de
acompanhamento. Diante disso, surge o seguinte questionamento: Quais
cuidados de enfermagem esse paciente necessita? O interesse pelo caso
surgiu durante período de estágio curricular, por despertar a curiosidade sobre
como proceder diante de tal patologia possibilitando o aprofundamento sobre o
tema. A elaboração de um plano assistencial específico baseado nos achados
clínicos do paciente e em literaturas contribuiu para uma assistência adequada
ao paciente proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida
deste indivíduo, servindo também como base para disseminar e esclarecer
informações acerca da temática envolvida, levando aos interessados, seja eles
acadêmicos, profissionais ou integrantes da comunidade, a um
aprofundamento e reflexão sobre o tema. OBJETIVO: O presente estudo tem
como objetivo geral: Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) em um caso de pênfigo vulgar. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente
trabalho foi realizado na abordagem metodológica do estudo de caso. Esse
pode ser definido como sendo uma exploração de um caso ou de um sistema
delimitado, uma diversidade de pesquisa, que objetiva coletar e registrar dados
de um ou vários casos a fim de organizar um relatório, posteriormente avaliar
os dados coletados, com o objetivo de tomar decisões e propor ações
transformadoras (MARCONI; LAKATOS, 2010). O estudo foi realizado no
período de 05 a 26 de setembro de 2014 no decorrer do estágio curricular dos
discentes do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Leão
Sampaio, de Juazeiro do Norte, em uma Instituição Hospitalar na cidade de
Barbalha-Ceará-Brasil, na unidade de internamento, clínica médica, com uma
paciente diagnosticada com Pênfigo vulgar. Os dados foram obtidos através da
observação, anamnese, exame físico e informações contidas no prontuário da
participante, organizados em forma de relatório, com posterior análise desses
dados e aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE),
objetivando contemplar o objetivo proposto. A SAE é um modelo de processo
de enfermagem que consiste em seguir passos, sendo estes: o histórico de
enfermagem; o diagnóstico de enfermagem; o planejamento ou plano de
assistencial; implementação ou prescrição de enfermagem; e evolução ou
avaliação de enfermagem. Vale ressaltar que, embora sejam didaticamente
divididas, as etapas do processo não ocorrem de forma isolada, elas interrelacionam-se e ocorrem de forma concomitante (TANNURE; GONÇALVES,
2009). A análise é definida como uma tentativa de explicar as relações que
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podem influenciar o assunto estudado, como também faz com que o
pesquisador reflita sobre os dados coletados. Bem como a interpretação dos
dados é a atividade que objetiva dar um significado amplo e mais fidedigno as
respostas obtidas, sempre as comparando com os conhecimentos, acerca do
assunto, já existentes (MARCONI; LAKATOS, 2010). O estudo levou em
consideração os preceitos éticos contidos na Resolução nº 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde. RESULTADOS/DISCUSSÃO: D.H.N, sexo feminino,19
anos, casada, parda, do lar, primeiro grau completo, natural de Juazeiro do
Norte-Ceará, é admitida na clínica médica em uma Instituição Hospitalar na
cidade de Barbalha-Ceará-Brasil no mês de setembro de 2014. Em seu
histórico familiar desconhece portadores de qualquer patologia crônica, e relata
ter apresentado os primeiros sintomas da enfermidade há seis meses, onde
procurou assistência em uma Unidade Básica de Saúde sendo instituído
tratamento inespecífico sendo referenciada, posteriormente, a Unidade
Hospitalar. Apresentando-se consciente, orientada, acianótica, afebril,
anictérica, eupneica, normotensa, normocárdica. Ao exame físico: ausência de
pediculose, caspa ou seborreia em couro cabeludo, sem áreas de rarefação ou
lesões, indolor ao toque. Sobrancelhas apresentam-se simétricas e sem
sujidades. Olhos com ausência de sinais infecciosos. Pupilas isocóricas. Canal
auditivo sem sujidades e indolor a palpação. Nariz sem presença de
deformidades e com ausência de coriza. Boca com arcada dentária completa,
presença de cárie, lesões em mucosa e sem halitose. Face com presença de
lesões bolhosas, crostosas e manchas acneicas. Ausência de nódulos em
pescoço e traquéia com mobilidade preservada. Tórax em forma plana, com
presença de lesões bolhosas e crostosa e presença de cicatrizes em ambos
hemisférios torácicos, simetria mamária normal, ausculta pulmonar com
murmúrios vesiculares presentes e ausência de ruídos adventícios, ausculta
cardíaca sem anormalidades. Abdômen apresenta-se em forma protuberante,
com presença de lesões bolhosas, crostosas e cicatrizes; ruídos hidroaéreos
presentes, indolor a palpação. As lesões bolhosas, crostosas e cicatrizes
estendem-se até a região perianal. Todas as lesões vesiculares pelo corpo
(exceto em palma das mãos) apresentam secreção serosa e odor fétido.
Membros inferiores apresentam-se edemaciados e com lesões bolhosas e
crostosas. Sinal de Nikolsky positivo (descolamento epidérmico de pele
perilesional após a fricção da lesão cutânea). Eliminações vesico-intestinais
presentes, sem alteração. Marcha arrastada sem uso de auxiliar de apoio de
marcha. Paciente refere dor nos locais lesionados, dificuldade de
deambulação, vergonha de se expor e apresenta comportamento retraído. Seu
diagnóstico médico foi realizado através da análise clínica e laboratorial. Por
meio de análise histopatológica do material coletado de uma das lesões na
coxa esquerda pôde se identificar células acantolíticas, e instituído tratamento
específico. Após observação, anamnese, exame físico e leitura do prontuário,
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puderam-se identificar os problemas, bem como delinear os Diagnósticos de
Enfermagem, sendo esses: Dor aguda relacionada à formação de bolhas em
tegumento e cavidade oral, evidenciado por relato verbal; Integridade da pele
comprometida relacionada com bolhas rompidas, evidenciada por áreas
expostas de pele e mucosas; Ansiedade e enfrentamento ineficaz relacionados
com a aparência da pele, evidenciado por comportamento alterado e relato
verbal de auto- imagem prejudicada; Risco para infecção relacionada à perda
da barreira de proteção de pele e mucosas; Risco para déficit de volume de
líquido e distúrbio eletrolítico relacionado à perda de líquidos teciduais. Esses
diagnósticos possibilitaram traçar um plano de implementação que consistiu
em: administrar analgésicos, Conforme Prescrição Médica (CPM); manter
paciente em posição confortável; administrar terapia corticóide e
imunossupresora CPM; ingerir líquidos frios; orientar sobre técnicas de
respiração e relaxamento; manter higiene oral e corporal; realizar troca de
curativos diários sem uso de esparadrapo; manter lábios hidratados; utilizar
água fria em banhos diários; manter ar ambiente úmido; utilizar talco não
irritante após secagem da pele; estimular o autocuidado; providenciar
assistência psicológica; ouvir queixas e dúvidas de paciente e família, bem
como esclarecê-los; orientar paciente e família sobre a patologia; orientar
família quanto ao apoio a paciente; manter técnicas assépticas em todos os
procedimentos; orientar paciente quanto à higienização frequente; orientar
quanto à importância na adesão do tratamento; administrar antibioticoterapia
CPM; atentar para sinais locais e/ou sistêmicos de infecção; manter paciente
em isolamento protetor; aferir sinais vitais a cada seis horas; estimular a
ingestão hídrica bem como refeições hiperproteicas e hipercalóricas em
pequenas quantidades e com maior frequência; administrar soroterapia CPM;
administrar hemoderivados CPM; monitorar Hemoglobina, Hematócrito, e nível
sérico de albumina; monitorar débito urinário. Após traçar um plano de
implementação de acordo com os diagnósticos de enfermagem encontrados
mediante os achados clínicos, foram postas em prática tais intervenções. A fim
de verificar a efetividade do que foi implementado, as intervenções foram
posteriormente analisadas. Após implementação, evidenciou-se a evolução do
quadro de forma positiva. As lesões disseminadas apresentaram diminuição em
tamanho, profundidade e quantidade de exsudato, levando a uma regressão e
diminuição do surgimento de novas lesões, com consequente melhora na
marcha, grau de edema de membros inferiores, nível de dor e odor atenuado.
Em relação aos diagnósticos de risco, a prática das implementações culminou
no não aparecimento de infecções durante o tratamento e ausência de
distúrbios eletrolíticos durante o acompanhamento. Considerando que o
cuidado e o ensino do paciente e família para a alta hospitalar são processos
fundamentais para o sucesso da reabilitação de qualquer enfermo, os
familiares da pacientes mostraram-se presentes e participativos junto à equipe
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e a cliente, mediante as orientações de enfermagem empregadas. A paciente
tornou-se adepta aos tratamentos instituídos e a cada dia mostrou-se mais
cooperativa e menos ansiosa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ficou evidenciado
que o conhecimento acerca do Pênfigo Vulgar ainda não é bem difundido,
podendo a doença ser confundida com outras dermatites, além de não ser uma
doença de notificação compulsória, e considerada como uma dermatose
bolhosa, rara, crônica e auto-imune. Isso pode influenciar de forma direta sobre
as práticas assistenciais empregadas a esses casos, visto que a inadequação
das práticas vincula-se a falta de conhecimentos atualizados por parte dos
profissionais. Quanto às intervenções, evidenciou-se a importância de um
plano assistencial específico voltado às necessidades de um portador de
pênfigo vulgar, bem como a aplicação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem. Esse plano possibilitou uma evolução significativa no quadro,
mostrando ser fundamental para reestabilização do paciente, o que implica de
forma direta na melhoria da qualidade de vida do portador. Sendo notória a
necessidade de capacitação constante por parte dos profissionais buscando de
conhecimento sobre o tema. Os resultados obtidos a partir do desenvolvimento
de atividades assistenciais contribuíram não só para a melhora clínica da
participante como também na capacitação profissional de todos os envolvidos,
tendo em mente que o conhecimento científico é a base para realização de
práticas efetivas.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DE DEPRESSÃO PÓS –
PARTO
Elaine Cristina Barboza de Oliveira, Faculdade Leão Sampaio
Francisca Márcia Costa Pereira, Faculdade Leão Sampaio
Jeyzianne Franco da Cruz Silva, Faculdade Leão Sampaio
Karina Cavalcante Quirino, Faculdade Leão Sampaio
Maria Daniele Sampaio Mariano, Faculdade Leão Sampaio
Ariadne Gomes P. Sampaio, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Depressão Pós Parto. Assistência de Enfermagem. Puérpera.
INTRODUÇÃO: Os profissionais da área da saúde devem estar atentos aos
sinais que as mulheres apresentam após o nascimento de um bebê. O
enfermeiro deve ter um olhar crítico para saber identificar os sintomas de
alguma patologia, observando as manifestações nesse período, tirando suas
próprias conclusões a respeito da puérpera. O profissional deve ter como
função saber reconhecer os sintomas, em relação à depressão pós-parto
(DPP), observando se está deprimida ou não, e qual a sua relação com seu
filho. A depressão pós-parto é uma alteração de humor que dependendo do
tratamento, se mantêm por um longo prazo. Estima-se em torno de 10% das
puérperas no mundo, com DPP (FRIZZO, 2010). Pode-se considerar o
desajuste familiar e a falta de planejamento da gestação como fatores
desencadeantes da DPP. Além disso, o stress do momento do parto,
colaboram para o aparecimento de sintomas depressivos (SILVA; BOTTI,
2005). Schmidt; Piccoloto; Muller (2005) acrescentam ainda as poucas
condições socioeconômicas e as modificações hormonais. Quando é
diagnosticado que uma mulher está no estado de depressão, ela deve realizar
um acompanhamento rotineiro com uma equipe multidisciplinar, que envolve
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enfermeiro, médico, psicólogo e, sobretudo do apoio da família. Assim, a
abordagem multiprofissional abrangerá diversos saberes entendendo as
particularidades da mulher, principalmente para prevenção de complicações.
Quanto mais tarde iniciar o acompanhamento psicológico e psiquiátrico,
maiores chances de suicídio ou de negligência com a saúde e cuidados do
bebê (SILVA et al, 2003). É de fundamental importância para o
restabelecimento emocional da mesma, verificando como ela se comporta em
relação ao seu filho, tentando amenizar os sintomas, enquanto ela está se
tratando. É de extrema importância, avaliar não só a puérpera, mas também a
família e todos que a cercam. Assim têm-se uma visão mais clara a respeito
dela, para com isso, obter esclarecimentos mais precisos da paciente e ajudála ao longo do seu processo de cura. Portanto, o papel do enfermeiro é
imprescindível na prevenção, diagnóstico e tratamento de mulheres que
apresentam tal patologia. Aquele é responsável pelo acompanhamento e
desenvolvimento da recuperação das mulheres com essas alterações
psicológicas, para que não venham a obter futuras complicações em sua vida
pessoal, social, profissional e principalmente como mãe, tornando-se
necessário serem acompanhadas antes e pós o parto (SOBREIRA, 2012). A
depressão é uma patologia muito séria que apresenta como características,
alterações emocionais e distúrbios de humor prejudicando todos os que a
rodeiam, afetando assim o estilo de vida devido essas mudanças como mãe.
(VIDEBECK, 2012). Complementando o autor supracitado Lowdermilk; Perry e
Bobak (2002), dizem que na depressão em mulheres pós-parto, a mãe pode
chegar a pensar que seu filho irá tomar seu lugar diante do seu companheiro,
se incomodar com a presença de seu bebê, ou até mesmo em casos mais
graves como, querer fazer mal ao seu próprio filho. Então, quando esses
pensamentos tornam-se obsessivos, ela pode querer fazer mal a si, ou até
mesmo ao seu próprio bebê. O que se pode dizer é que os casos que são
identificados, muitas vezes são tratados de forma inadequada, e outras vezes
quando não são expressas claramente, o tratamento se torna mais tardio,
trazendo assim consequências mais graves para a puérpera. É importante
verificar o comportamento da mãe logo após o nascimento do seu bebê, e
observar se ela apresenta alguns desses seguintes pontos: auto-estima baixa,
choro espontâneo, insônia, diminuição ou aumento de peso, sensação de que
não vale a pena viver, de que nada de bom vem pela frente, desinteresse pelo
seu filho ou excesso de cuidado. Além disso, apresenta sentimento de culpa a
todo o momento, em pensar que não é uma boa mãe (VIDEBECK, 2012). O
nascimento de um bebê geralmente é acompanhado de alegria e exaustão de
maneira simultânea. Após o parto algumas mulheres apresentam uma
melancolia denominada de ¨baby blues¨, caracterizada pela alteração do humor
após o parto e que desaparece de forma espontânea em poucos momentos
depois do nascimento. Essa melancolia pode estar associada as mudanças
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hormonais que o organismo apresenta durante esse período. Vale ressaltar
que esses sentimentos apresentados pela puérpera são normais durante
algumas semanas após o nascimento. Entretanto, deve-se ficar preocupado
quando essa tristeza se torna persistente, lembrando que a melancolia em si
não é uma patologia, é apenas uma tristeza passageira, podendo ser resolvida
com o apoio da família. Já a DPP é necessário ter uma ajuda da família e de
toda a equipe de saúde. A DPP é uma doença cujo índice de pessoas vem
aumentando significativamente. Em muitos casos, isso justifica-se por não
conhecerem tal patologia e, dessa forma, entardece seu tratamento, diminuindo
assim suas chances de cura. Diante disso decidiu-se trabalhar com o tema de
DPP, porque uma das pesquisadoras do grupo vivenciou acompanhando a
situação dessa patologia com uma parente. Além disso, a pesquisadora já
tendo estudado no curso técnico em enfermagem, não se achou conhecedora
do assunto o suficiente para ajudar este familiar. O tema torna-se relevante
pois, assim como os enfermeiros, os técnicos de enfermagem também
acompanham a trajetória da mulher após o parto. Portanto, exige-se um
conhecimento mais aprofundado sobre os distúrbios mentais e os sinais e
sintomas manifestados no início de uma DPP. Assim, estes devem ser
percebidos imediatamente para uma melhor eficácia no tratamento e
recuperação da mesma. No entanto, este tema não é muito abordado em
cursos técnicos de enfermagem diminuindo assim a possibilidade de uma
melhor assistência desse profissional para com a cliente sofredora de uma
depressão pós-parto. Por isso a importância de levar conhecimentos a
profissionais desta categoria. OBJETIVOS: Realizar uma atividade educativa
sobre depressão pós-parto para os alunos da área de enfermagem de nível
técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) Crato-CE;
Designar a importância do conhecimento ao profissional de saúde acerca da
DPP; Abordar a prevenção, etiologia, tratamento na assistência à saúde da
mulher com DPP e Informar os fatores de risco para o desenvolvimento da
DPP; Apresentar vídeos sobre o assunto. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se
de um relato de experiência da implementação de uma intervenção educativa.
Escolhemos o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), em
Crato-CE. Este situa-se na Região Metropolitana do Cariri, localizada ao Sul do
Ceará. Essa instituição de ensino realiza e desenvolvem atividades inovadoras
no país, oferecendo uma escala profissional, destinado a formação e a
preparação de trabalhadores para o comércio. O SENAC de Crato oferece uma
formação no campo da educação profissional, como palestras, atendimentos a
comunidade, com serviços em vários seguimentos, eventos comemorativos e
outros. Os espaços atendem um grande público que procuram cada vez mais
os serviços e cursos oferecidos nas programações abertas e pelo programa
Senac Gratuidade (PSG). A referida ação busca promover a inclusão social
oferecendo cursos gratuitos de formação inicial e continuada para pessoas de
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baixa renda, ou seja aqueles cuja renda mensal não ultrapasse dois salários
mínimos. Para participar desses cursos é preciso estar cursando, ou já tenham
concluído, a educação básica, estejam trabalhadores empregados ou
desempregados. O SENAC do Crato oferece os cursos de cabeleireiro, técnico
em enfermagem, cozinheiro, aprendizagem, maquiagem, designer de
sobrancelhas, corte e costura, informática. Além disso, existe uma gama de
cursos de capacitação e aperfeiçoamento que fortalecem o comércio de bens,
serviços e turismo (SENAC, 2012). Escolheu-se o curso técnico em
enfermagem para a atividade, pois é um tema pouco abordado no curso de
nível técnico. Encaminhou-se um ofício à direção, solicitando autorização para
a vivência educativa. O dia e o horário foram agendados sem prejuízo na
dinâmica do curso. Utilizou-se de recursos educativos a provir de vídeos e
momentos de discussões. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O grupo de
facilitadores chegou com uma hora de antecedência conforme data e horário
agendado pela direção foi bem recepcionado, e em seguida, conduzidos até a
sala de aula, onde a professora apresentou a turma. De início, foi distribuído
recortes de papéis para os alunos com o intuito da anotação de dúvidas, para
posteriormente serem esclarecidas pela equipe. Logo após foi apresentado um
vídeo sobre a importância do papel do enfermeiro e do técnico de enfermagem.
A intenção desse primeiro momento era favorecer um contato com a turma a
partir do reconhecimento das responsabilidades que a equipe de enfermagem
possui. Nesse sentido, reconhece-se o valor dos profissionais de cada
categoria da equipe, favorecendo-os o reconhecimento do seu papel
profissional na sociedade. Em seguida, iniciou-se a apresentação do assunto
de DPP com o recurso de slides e data show. Para finalizar assistiu-se um
depoimento, através de recursos visuais, de uma paciente que tinha vivenciado
a depressão pós-parto. Ao final, ouve a discussão para retirada de dúvidas.
Houve a interação da turma através de relato de casos semelhantes ao
apresentado por uma das facilitadoras. Também surgiram perguntas em
relação ao tema abordado durante toda a apresentação, tornando-a assim
satisfatória e dinâmica. Ao término da apresentação a professora do curso
técnico convidou toda a equipe facilitadora para que retornassem a instituição
SENAC em outro momento para apresentar o trabalho em outras turmas. Por
meio de leituras de artigos científicos pôde-se constatar que há uma gama de
trabalhos publicados, abordando a Depressão Pós-Parto. Em um estudo de
Ibiapina (2010), observou-se que a depressão pós-parto é uma patologia muito
grave que ocorre logo após o nascimento do bebê, sendo um assunto pouco
debatido, todavia existe um amplo aspecto para ser discutido. O autor ainda
acrescenta que é uma realidade cada vez mais presente e, dessa forma, os
profissionais de enfermagem necessitam de informações para o cuidado
evitando prejuízos na relação díade. Para Soares (2012), não há causa
definida da DPP, o que existe são os fatores de risco, que podem ser de ordem
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multifatorial, e sua intensidade varia de pessoa para pessoa. Corroborando
com estudos já apresentados anteriormente a puérpera apresenta um
comportamento de isolamento, de angústia, de falta de ânimo e se encontra
numa tristeza profunda. É necessário que o enfermeiro e toda a sua equipe
tenha experiência o suficiente para saber identificar e ajudar a puérpera
durante esse estado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acredita-se que este relato
de experiência favoreceu a informação à cerca do assunto, com o intuito de
chamar a atenção para os quesitos importantes da saúde mental feminina em
relação ao período pós- parto. Além disso, desperta-se para o cuidado
prestado a puérpera, tendo em vista seu acompanhamento por meio de uma
ação integrada que leve em conta as variáveis associadas a depressão. As
condições psicológicas são de fundamental importância nos momentos que
antecedem e nos momentos posteriores ao parto, pois os processos de
desenvolvimento infantil se encontram estabelecidos nessa época, o qual afeta
diretamente a saúde do bebê. Como a DPP é um problema de saúde pública, é
necessário que haja uma intervenção para evitar tal patologia, através de
atitudes preventivas e tratamentos realizados de forma mais eficazes.
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DIABETES NA ADOLESCÊNCIA, OS ENTRAVES NO CUIDADO À
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E O CONVÍVIO SOCIAL
Lívia Lima Delmondes, Faculdade Leão Sampaio
Beatriz Milena de Souza Estanislau, Faculdade de Juazeiro do Norte
Eduardo Ferreira Silva, Faculdade de Juazeiro do Norte
Jackeline Mayara Miranda Silva, Faculdade de Juazeiro do Norte
Dayse Christina Rodrigues Pereira Luz, Faculdade de Juazeiro do Norte
Palavras-chave: Família. Qualidade de Vida. Cultura.
INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) apresenta-se como um tema
relevante por estar entre os maiores problemas de saúde pública, é uma
patologia que vem crescendo em grandes índices afetando em torno de 246
milhões de pessoas em todo o mundo. Em estudos verifica-se que até o ano de
2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões de casos de
Diabetes mellitus (BRASIL; 2007). Nesse número de possíveis casos, está
grande maioria da população que não possuem hábitos alimentares saudáveis,
são sedentários, possui alguma cormobidade e apresentam predisposição para
a doença de forma hereditária. Um fator extremamente preocupante, sabendose que futuramente esses podem desenvolver problemas metabólicos como a
diabetes. Que por via das vezes não se cuidam. De acordo com Brasil (2004),
no Brasil, existem atualmente cerca de 5 milhões de diabéticos, dos quais
cerca de 300 mil são menores de 15 anos de idade. Enfatizando assim, o
grande número de diabetes na adolescência. A descoberta de Diabetes no
adolescente é de difícil tratamento. Tendo em vista que o processo de
crescimento traz muitas mudanças e alterações psicológicas e sociais. O
adolescente preocupado com a sua inserção no meio social, demonstra
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atitudes semelhantes aos daquele grupo, que muitas vezes não coincidem com
o seu estilo de vida ideal. Além da alteração comportamental que não contribui
no que se pode dizer, a não adesão correta ao tratamento. Com isso devido as
restrições alimentares e aspectos de cuidados para prevenção ao agravo na
doença em questão, não são realizados os cuidados de forma satisfatória por
os pacientes adolescentes. Onde ele em seu psicológico, sente-se limitado
pela doença, por não poder comer todos os alimentos que os outros colegas
comem, e pelas restrições impostas a evitar riscos de lesões ou aparecimento
de patologias secundárias, fazendo com que ele sofra ao perceber-se diferente
do grupo e ao ser tratado diferentemente pelas pessoas (MARCELINO;
TRACY, 1995). Seja de forma a discriminar ou a utilizar de atitudes exclusivas,
devido à alimentação diferenciada necessária para a criança. Essas
dificuldades juntamente com as alterações nos hábitos de vida geram diversas
repercussões biopsicossociais que se evidenciam no cotidiano do paciente.
Trazendo como consequência alteração na qualidade de vida e a não adesão
ao tratamento adequado. Estudos mostram que pacientes com DM têm níveis
menores de Qualidade de vida do que os que não manifestam a doença.
(AGUIAR, 2009). Em vista a esses fatores desencadeados verificamos os
principais entraves encontrados no aspecto holístico de aceitação de estar
diabético ou realizar uma dieta e ter restrições perante diversas situações.
Constatou-se que, segundo Zulian (2009), os adolescentes têm
constrangimento por ter diabetes, ser chamado de diabético e ter o diabetes
interferindo em sua vida familiar ou em outros aspectos sociais. Apesar dos
avanços obtidos atualmente na terapêutica e na divulgação do conhecimento
científico, onde diz que o diabetes é uma doença que pode ser controlada por
toda a vida, a população adolescente continua a rotular essa condição como
um constrangimento que deixam memórias negativas, taxando-se uma pessoa
que tem uma desvantagem irredutível em comparação aos que não possuem
diabetes. Esse pensamento ainda é muito difundido entre o público jovem, que
abandonam o tratamento para conseguir uma inclusão a partir de práticas em
comuns, dentre ela a alimentação. O que leva aos profissionais de saúde uma
preocupação maior, acerca da construção e adesão do correto tratamento.
Quando não há um tratamento adequado podem ocorrer déficits no processo
de desenvolvimento do adolescente, tendo em vista que fatores como a má
alimentação, sedentarismo, e pensamentos negativos sobre a doença, pode
além de complicar com o agravamento da diabetes, desenvolver problemas
psicológicos em vista a percepção social do adolescente. Destacando também
o papel importante da família, que são os principais responsáveis por
mudanças de comportamento e percepção do paciente frente a patologia. Toda
a família realiza em conjunto o tratamento, seja por parte psicológica ou social
ou por estímulo alimentar. O ambiente familiar torna-se responsável por a
inclusão e readequação do paciente. Incentivando-os ao tratamento correto e
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eficaz. Na área da saúde do ponto de vista assistencial, verifica-se que o
grande índice de adolescentes descontrolados e com possíveis complicações
futuras, trazem além de riscos a própria vida, uma assistência voltada à
diminuição de agravos que poderia ser realizado precocemente. Assim esse
estudo mostra a difícil tarefa enfrentada por profissionais da saúde para que o
déficit de conhecimento frente a condição do adolescente diabético em vista do
aspecto social, incluindo neste o apoio familiar ao paciente em tratamento para
que a assistência e tratamento sejam obtidos com sucesso. Gerando uma
diminuição nos índices de complicações em diabetes e maior adesão com a
melhora da qualidade de vida dos adolescentes que convivem diariamente com
a diabetes. OBJETIVO: Assim, este estudo teve como objetivo destacar alguns
dos fatores que interferem no processo de convivência do paciente adolescente
com a Diabetes Melitus, trazendo uma abordagem da vivência do portador de
diabetes, seu contexto psíquico-social. Destacando a importância do papel do
profissional de enfermagem. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma
revisão integrativa que pôde verificar a importância do estimulo à adesão ao
tratamento e ao apoio familiar e social no enfrentamento da diabetes na
adolescência, como fator contribuinte para a inserção do paciente e a
realização de um tratamento adequado. Onde utilizou como fontes de
pesquisa as seguintes bases de dados LILACS (Literatura Latino Americana
em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online).
Utilizando os descritores: diabetes; adolescência; fatores biopsicossociais.
Foram encontrados um total de 24 artigos nas duas bases de dados
pesquisadas. Dos quais foram escolhidos apenas 08, por tratarem da temática
abordada e encontrarem-se no idioma português. Foram desconsiderados
artigos que tinham outros enfoques a não ser diabetes na adolescência e a
influência
familiar
e
que
não
disponíveis
para
o
acesso.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: A população brasileira teve seu estilo de vida,
hábitos e padrões alimentares profundamente alterados, Sotelo (2004). A
evolução do estado nutricional dos brasileiros vem indicando um importante
aumento dos casos de sobrepeso com uma tendência especialmente
preocupante em crianças escolares e em adolescentes, da camada social de
baixa renda (BARRETO, 2005). Mostrando o risco de desenvolvimento de
doenças crônicas, como a diabetes. Nesses estudos, encaixando boa parte de
adolescentes que já possuem diabetes e que necessitam que a mesma seja
tratada e acompanhada. Diabetes mellito é um distúrbio crônico que afeta o
metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas. Gerando graves
consequências sistêmicas. Um aspecto característico do diabetes mellitos é a
hiperglicemia, que constitui um reflexo da deterioração na utilização dos
carboidratos (glicose) em virtude de uma resposta defeituosa ou deficiente à
secreção de insulina (CONTRAN, 2001). Como considera Fialho (2011), por
ser doença crônica, que requer acompanhamento continuo e sistemático, exige
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uma série de rotinas terapêuticas, podendo levar a pessoa a apresentar
dificuldades, destacando-se o seguimento do plano alimentar e aceitação do
esquema insulínico inicialmente. A relação da enfermagem é de grande
relevância em educar o paciente para que ele adquira conhecimentos que o
ajudarão no seu autocuidado diário, isso resultaria em uma mudança de
hábitos na vida desses pacientes, visando o seu bem estar. Sejam eles em que
idade for. Dessa forma o comprometimento da Enfermagem promove uma
melhor qualidade de vida. Além de uma maior autonomia sobre a saúde. O
paciente diabético na fase da adolescência traz além das interferências
comuns a não adesão do tratamento, os fatores desencadeados nessa fase.
Há nesse momento à existência de dúvidas sobre a doença, sentimentos de
revolta, e junto a eles o risco de que o tratamento passe a ser visto como vilão.
Tendo em questão que o paciente passa a ter uma constante vigilância sobre o
seu corpo e sua saúde, mas acaba sendo bastante influenciado por opiniões de
outros adolescentes mal informados. Sensibilizar os diabéticos para
compreender essa necessidade de alterações pessoais no estilo de vida é
papel fundamental dos profissionais envolvidos com o tratamento do diabetes.
Adotar uma postura de decidir junto com o paciente, quais medidas são mais
pertinentes e passíveis de execução, por meio de um processo colaborativo e
não essencialmente prescritivo, encoraja-os a assumirem a responsabilidade
de seu próprio controle e acredita-se, que somente assim as mudanças
possam se concretizar (DAMIÃO, 2010). Considerar o paciente como um ser
humano com suas crenças e como essas podem influenciar é outro fator a ser
respeitado por o profissional. Colocando sempre em questão conceitos,
dúvidas e opções para uma terapêutica ideal para o paciente. Trazendo assim
uma junção de saberes do profissional e do paciente. A enfermagem vem
assim ajudando o paciente a enfrentar a doença e a adquirir um suporte para
ajudá-lo no melhoramento de sua qualidade de vida. Visando a prevenção de
agravos de diabetes mellitus em futuros jovens. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Assim ao perceber a grande quantidade de adolescentes que desencadeiam a
diabetes mellitus, torna essa patologia alvo de políticas a serem traçadas.
Percebe-se que os fatores biopsicossociais, influenciam diretamente em todo o
tratamento, e no controle da doença. Fatores como influência social, instrução
sobre a patologia, má educação alimentar e sedentarismo, vêm agindo de
maneira conjunta e trazendo malefícios ao portador de diabetes, muitas vezes
constrangido ao ser classificado como diabético por pessoas ao seu redor.
Observa-se que o paciente que adere ao tratamento em vista do medo de
perder sua saúde e desenvolver complicações graves. Deixa um pensamento
negativo perante a doença. O que é de considerável influência no que se diz,
qualidade de vida. Que incluem desde o conhecimento informacional sobre a
diabetes, os aspectos adquiridos de reeducação alimentar, ansiedade,
preocupação e sobrecarga social. Esse fator trás a importância do
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entendimento por o portador de diabetes a necessidade de um maior
entendimento perante a patologia em questão. Bem como o auxilio de todo o
seu convívio social, família, amigos, vizinhos. É onde é reconhecido a
importância do apoio familiar e da educação em diabetes como ferramentas
para auxiliar o paciente a adotar estratégias de enfrentamento da doença. Que
direta ou indiretamente podem desestimular o paciente e fazer com que ele não
sinta-se satisfeito com sua situação. Podendo desencadear até uma piora por a
negação ao tratamento e correr riscos maiores. Nesse contexto entra todo o
papel de desenvolvimento pessoal do paciente que é realizado nas consultas
de enfermagem, onde é passado informações e orientações para o paciente
em acompanhamento. Mostra também que o profissional de enfermagem
juntamente com a sua equipe tem que agir de forma multidisciplinar e
holísticamente com o paciente. Para que assim a terapêutica, juntamente com
a qualidade de vida do paciente possa ser atingida. Com isso foi evidenciando
a necessidade de estratégias diferenciadas, juntamente a orientações, para
reverter o grande índice de riscos a criança. Destacando também no estudo, a
influência do papel do enfermeiro como profissional multidisciplinar, visando o
paciente de forma holística.
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O NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NA ATENÇAÕ BÁSICA
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Márcia Michelly Pereira Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Sumina Kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Alessandra Bezerra de Brito, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Atenção Básica.
Atendimento.
INTRODUÇÃO: No ano de 2008, por meio da Portaria 154, o Núcleo de Apoio
à Saúde da Família (NASF) foi criado. Elaborado como uma iniciativa do
Ministério da Saúde, com o intuito de proporcionar o apoio matricial dado a
ESF, o trabalho realizado pela equipe multiprofissional do NASF tronou-se uma
ferramenta essencial para uma maior cobertura das ações de saúde realizadas
por meio da atenção básica, além disto, o mesmo surge como algo efetivo para
dar suporte na inserção da Estratégia da Saúde da Família (ESF) em suas
áreas de abrangência. A expansão da ESF, que é o pilar das ações da AB
trouxe consigo inúmeros desafios. Entre eles, destaca-se o processo em curso
de redefinição e qualificação da Atenção Básica (AB) na ordenação das RAS e
na sua capacidade efetiva de gestão do cuidado, por meio, do aumento das
ações de saúde, da ampliação de formatos de equipes, de ações que auxiliem
na expansão da resolutividade e da articulação e suporte com o de outros
pontos de atenção da RAS de forma coordenada com referência e contra
referência, o que só evidencia a importância do apoio matricial promovido pelo
NASF (BRASIL, 2008). A Portaria 3124, de 28 de dezembro de 2012 preconiza
a existência de três tipos de modalidades para constituição do NASF. O NASF
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1 que deverá vincular-se a no mínimo cinco e a no máximo 9 Equipes Saúde
da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas. O
NASF 2 para no mínimo três e no máximo quatro ESF e/ou Equipes de
Atenção Básica. E o NASF 3 com no mínimo uma e no máximo duas ESF e/ou
Equipes de Atenção Básica (BRASIL, 2012). Dentre os profissionais que
poderão compor o NASF podem ser citados: assistentes sociais, psicólogos,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas,
educadores físicos, farmacêuticos, médicos acupunturistas, homeopatas,
dentre outros. A equipe que compõe cada NASF deve ser definida pelos
gestores municipais, obedecendo aos critérios de prioridade identificados a
partir das necessidades locais e da disponibilidade dos profissionais
necessários. Esta equipe deve contar com profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, sendo fundamental que estes trabalhem em parceria com os
profissionais das ESF que os mesmos se vinculam, compartilhando saberes e
responsabilidades, sendo a base de apoio para estas unidades (SAMPAIO et
al., 2012). Torna-se essencial que ocorra um processo de referência e contra
referência, de modo que ocorra um compartilhamento de responsabilidade e
um acompanhamento longitudinal pelas ESF e o NASF, sendo que último não
deve ser a porta de entrada do sistema, e sim um componente para fortalecer a
integração entre os serviços de saúde, considerando a demanda das
equipes Saúde da Família. Dentre as ações de responsabilidade dos
profissionais que compõem os NASF, a serem desenvolvidas em conjunto com
as ESF, destacam-se: a identificação da comunidade, o acolhimento dos
usuários, ações visando a coletividade, promoção de saúde, atuação integrada
e planejada na unidade e em domicilio, desenvolvimento de políticas sociais
como educação, cultura, esporte, lazer, elaboração de projetos terapêuticos
individuais, intersetoriedade, integralidade, etc (BRASIL, 2012). Os NASF,
juntamente com as ESF, devem buscar instituir a plena integralidade do
cuidado físico e mental aos usuários do SUS através da qualificação e
complementaridade do trabalho efetuado pelas equipes (BRASIL, 2008). Dadas
as considerações, o NASF constitui como meio pelo qual se concretiza o
modelo de gestão a ser operacionalizado no âmbito municipal, colocando em
prática a manutenção e/ou transformação dos modelos de assistência, desta
forma justifica-se aqui a escolha da temática (SAMPAIO et al., 2012). Diante da
importância do NASF, o considerando uma proposta inovadora para modificar o
quadro de abrangência das ações de saúde promovidas pela ESF no cenário
brasileiro, espera-se que este estudo possa contribuir para o complemento da
literatura, sirva como fonte de pesquisa e para ampliação de
conhecimentos. OBJETIVO: O presente estudo teve por objetivo investigar as
produções científicas relacionadas ao Núcleo de Apoio a Saúde da FamíliaNASF através de uma revisão integrativa da literatura. MATERIAIS E
MÉTODOS: Este trabalho foi realizado através de uma revisão integrativa da
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literatura com abordagem qualitativa. As revisões integrativas da literatura têm
como finalidade reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre o
tema investigado, ou seja, permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências
disponíveis para contribuir com o desenvolvimento do conhecimento na
temática (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). A pesquisa qualitativa é tida
como um método para explicar de maneira clara e ampla as características e
significados das informações analisadas, bem como seus resultados, sem fazer
uso da análise quantitativa e seus respectivos dados mensuráveis. A mesma é
tida como instrumento para análise de levantamento de hipóteses (OLIVEIRA,
2010). Realizada no período de novembro de 2014, o presente estudo, utilizou
como fonte para consulta literária o banco de dados digitais da Biblioteca
Nacional em Saúde – BVS; Para selecionar os exemplares a serem analisados
foram utilizados os descritor (Núcleo de Apoio a Saúde da Família; Atenção
Básica), Os critérios de inclusão para os artigos comporem a amostra foram
artigos publicados e disponíveis na íntegra, no idioma português, ter sido
publicado entre os anos de 2008 a 2013, fazer parte de publicações brasileiras
e ter relação com o tema, consequentemente os exemplares que não se
encacharem nestes critérios foram descartados. Para analisar o conteúdo das
produções foi realizada uma leitura exaustiva dos artigos, para que assim
fossem abordados todos os aspectos contidos neles. Após esta etapa cinco
artigos
foram
selecionados
para
composição
do
projeto
em
questão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Alguns desafios enfrentados pelo
NASF foram expresso, pode-se citar os poucos serviços e recursos que muitas
vezes a região apresenta, o que leva a reduzir as possibilidades de resolução
dessa equipe. Independe da expectativa de atendimento amplo do NASF os
aspectos relacionados a produtividade acabam por reduzir a demanda dos
atendimentos, o que leva a uma desaceleração do ritmo de trabalho, mais
tempo para resolução de problemas e consequentemente um atraso no
questão do apoio a ESF. Outro desafio encontrado são os instrumentos
utilizados para apontar a produção, de modo que os mesmos não contemplam
a complexidade e especificidade do trabalho realizado pelas equipes. Alguns
profissionais dos NASF procuravam estabelecer estratégias coletivas para
enfrentar os desafios citados, como por exemplo, buscar apoio entre os
membros da própria equipe, com uma ajuda mutua na rotina diária.
Entretanto, as principais estratégias utilizadas pelos profissionais do NASF
para fazerem seu trabalho acontecer e enfrentarem as dificuldades
mencionadas eram principalmente individuais. Os profissionais, de forma
individual, buscam soluções de forma a se inserir nessa organização e dar
conta do seu trabalho, independente dos demais colegas de
trabalho (LANCMAN et al., 2015). Com a ampliação da cobertura assistencial
promovida pela atuação da Estratégia de Saúde da Família, as equipes
começaram a dispor de uma maior possibilidade para rastreamento e
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identificação das necessidades de saúde da população de sua área de
abrangência, como consequência tornou-se preciso uma maior demanda
assistencial por parte dos membros da equipe. Diante deste quadro o
NASF surge como um sistema de apoio altamente relevante, pois a
aplicabilidade das ações do mesmo, por arte dos profissionais envolvidos gera
condições para que a população possa desfrutar de uma assistência integral no
nível da atenção básica. O intuito do NASF é buscar o envolvimento de
diversos profissionais no apoio às equipes mínimas de saúde da família,
visando à ampliação da rede de atenção básica, com a intenção de melhorar a
assistência ao indivíduo, possibilitando uma maior abrangência no cuidado a
saúde da população. É proposto pelo NASF a orientação e informação do
usuário e de pessoas envolvidas no cuidado do mesmo, como os cuidadores e
os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), quanto aos posicionamentos e
utilização de recursos que possibilitem um melhor desempenho funcional de
cada indivíduo em especial, no intuito de proporcionar um melhor
acompanhamento e adaptação do ambiente para as necessidades do
paciente. (FORMIGA E RIBEIRO, 2012). O NASF não constitui uma porta de
entrada, nem um serviço especializado da atenção primária, o intuito é o apoio
matricial, ele não deve ser buscado como primeira opção para adentrar no
serviço, e para que isso não aconteça às equipes e a população
deve compreender que a funcionalidade do NASF está baseada em contribuir
para uma assistência mais qualificada, em um sistema de referência e contra
referência. É necessário que o NASF e a ESF executem algumas atividades
juntas, como por exemplo, ações de inclusão escolar ou social das pessoas
com deficiência e ações voltadas ao idoso com problemas de locomoção ou
acamado. Na área de reabilitação o NASF também deve atuar de forma
colaborativa, compartilhando saberes e práticas com os usuários e a
coletividade. Atividades de promoção a saúde, prevenção de agravos,
reabilitação e outras também devem ser executadas em conjunto pelos
membros das equipes. O NASF representa uma iniciativa relevante em
resposta à problemática da oferta e da continuidade do cuidado na área de
reabilitação. Porém, o impacto de sua implementação ainda precisa ser mais
bem investigado (REIS et al., 2012). O trabalho interdisciplinar, que deve ser
executado no NASF, é considerado como uma grande possibilidade de troca
de conhecimentos em uma experiência de trabalho coletivo, porém encontra-se
relatos de que o trabalho em equipe não ocorre na realidade das ações dos
profissionais, em geral, neste caso específico, cada profissional que compõem
o NASF trabalha de maneira isolada. É citada ainda a resistência que alguns
profissionais da ESF apresentam em trabalhar com a equipe do NASF, o que
pode ser solucionado com uma capacitação para os membros das equipes. A
literatura traz ainda que há uma carência nas questões de divulgação das
ações do NASF nas comunidades (SOUZA; LOCH, 2010). De forma geral, o
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NASF deve buscar, junto às ESF‟s, a concretização do cuidado integral, a partir
da qualificação e complementaridade das ações de promoção, prevenção,
assistência e reabilitação em saúde, aumentando a resolutividade e diminuindo
os encaminhamentos a outros níveis de atenção (LANCMAN; BARROS, 2011).
Diante destes resultados, ressalta-se que o conjunto de artigos revela que os
trabalhos relativos ao NASF representam uma visão segmentária, uma vez que
ainda exploram dados de campos de atuação específicos em equipes do
NASF, além disto, é notável que os campos de atuação do NASF ainda não
estão bem estabelecidos para as demais unidades de saúde e até mesmo para
alguns usuários, chegando a gerar alguns conflitos internos. É necessário
reforçar a ideia primordial do NASF, que é o trabalho com uma equipe
multiprofissional, diferente do que foi visto nos artigos, onde fala-se de uma
assistência apenas de uma determinada categoria profissional, sem se quer
relacionar com outra. É evidente a importância da atuação do NASF no âmbito
da saúde, neste prisma ressalta-se que este dispositivo e seus componentes
devem sofrer todas as mudanças cabíveis, seja em questão estrutural, física ou
até mesmo de seus componentes, para assim atuar de forma adequada em
prol do fortalecimento do Sistema Único de Saúde-SUS. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A realização deste estudo permitiu a constatação da importância do
NASF na atenção básica, e sua íntima ligação com a formação de uma maior
área de abrangências das ações de saúde propostas pelas ESF. Os resultados
encontrados apontam o trabalho coletivo entre as equipes como a principal
ferramenta para realização de qualquer ação de saúde, de modo que é
evidenciado a necessidade de que os profissionais que compõe este
dispositivo atuem de forma articulada, com trocas de informações constantes e
respeito ao espaço dos demais em todo o processo de atendimento. Os
usuários apontam o NASF como um dispositivo inovador, que é atuante na
melhoria da qualidade de vida dos demais, e as ESF encontram no mesmo
apoio matricial capaz de solucionar questões que exigem uma assistência mais
especializada. Todavia a aplicabilidade das práticas executadas pelo NASF
ainda enfrentam desafios, sendo que para a realização de um trabalho
interdisciplinar, necessita-se de um ambiente físico e um clima organizacional
favorável para que os profissionais interajam de modo a compartilhar diferentes
saberes. Cabe a gestão garantir que este dispositivo disponha de um ambiente
físico adequado, e aos profissionais compartilharem estes saberes de forma
ética e eficaz, desse modo, salienta-se a importância da reflexão sobre o modo
de implantação desse núcleo, a fim de que não se reproduza a lógica da
fragmentação das especialid
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O ESTRESSE EM TRABALHADORES DE UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Maria Ludvania Romualdo Duart,. Faculdade Leão Sampaio
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Sumina Kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Suziane Michele Bernadina Silva, Faculdade Leão Sampaio
Woneska Rodrigues Pinheiro, Faculdade de Medicina do ABC, Faculdade Leão
Sampaio
Palavras-chave: Enfermagem. Unidade de Terapia Intensiva. Estresse.
INTRODUÇÃO: O estresse é um problema atual que apresenta-se como um
fator de risco para geração de um desequilíbrio no ser humano, diversos
estudos vem sendo realizados por profissionais para compreender o
mecanismo do desenvolvimento do estresse, entretanto o mesmo já vem sendo
estudado a décadas. No ano de 1956 após observações constantes o estresse
ganhou sua primeira definição, sendo conceituado como um mecanismo de
reação inespecífica do corpo a estímulos internos e externos. O mesmo ainda
foi caracterizado como uma consequência normal do ato de viver. O estresse
apresenta-se devido o indivíduo torna-se incapaz de tolerar ou suportar
determinadas exigências de natureza física ou psíquica presentes em seu
meio, seja ele um ambiente de vida ou trabalho, desta forma o organismos
entra em um processo de desgaste o que leva a uma redução da capacidade
diária de trabalho (GUERRER; BIANCHI, 2008). Atualmente o estresse é
associado com a subjetividade do indivíduo e sua forma individual de
enfrentamento do estressor, sendo conceituado com qualquer estímulo, seja
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ele externo ou interno, que leve a uma não adaptação do indivíduo ou meio
social a situação, sendo o mesmo uma reação comumente presente na vida
pessoal e/ou profissional. Acredita que alguns fatores causadores do estresse
vêm comprometendo a qualidade de vida do indivíduo nas diversas dimensões,
profissional, social ou biológica. O estresse é quase sempre visualizado como
um fator negativo que ocasiona prejuízo no desempenho geral do indivíduo.
Existem vários tipos de atividades que são consideradas estressantes por
serem desenvolvidas em ambientes que contribuem para o aparecimento de
desgaste físico e mental do trabalhador. Partindo para a abordagem do
estresse no campo profissional, a Enfermagem entra no grupo das profissões
desgastantes, devido ao constante contato com doenças, expondo a equipe a
fatores de risco de natureza física, química, biológica e psíquica, do ponto de
vista etiológico (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2013). A primeira autora em
Enfermagem a definir a profissão como algo estressante foi Menzies, a mesma
justificou a ocorrência do estresse devido à enfermagem ser uma área na qual
o profissional lida constantemente com a doença e sofrimento alheio, exigindo
do mesmo compaixão e simpatia, entretanto comumente o que ocorria era o
surgimento de profissionais irritáveis e depressivos, condições essas
decorrente da própria atuação profissional. O contato e interação constante dos
profissionais de enfermagem com os pacientes é tido como um fator relevante
para surgimento do estresse profissional (GUERRER, 2007). O trabalho de
enfermagem é algo presente em diversos âmbitos institucionais, desde a
atenção básica a alta complexidade, entretanto quando trata-se de estresse os
setores de emergência e urgência ganham destaque, sendo a Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) o principal alvo de estudos e pesquisa. Sabe-se que
esse setor do hospital é responsável pelo atendimento de pacientes em estado
crítico ou agudo, porém com prognóstico, que necessitam de assistência
médica e de enfermagem contínua e especializada. É pacientes que requerem
apoio de equipamentos especiais de diagnóstico e tratamento devido estarem
susceptíveis a instabilidade das funções vitais (CAVALHEIRO; MOURA;
LOPES, 2008). Portanto a Unidade de Terapia Intensiva caracteriza-se como
unidade complexa dotada de sistema de monitorização permanente que admite
pacientes críticos ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos
e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se
recuperar. As unidades de terapia intensiva configuram-se como locais que
devem dispor de recursos materiais e humanos que possibilitem atendimento
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rápido e eficaz, além da vigilância constante, considerando que o objetivo
comum das mesmas é a recuperação dos indivíduos (LUIZ; SILVA;
MACHADO, 2008). Por ser um ambiente que exige que os profissionais da
unidade tenham o máximo de eficiência, habilidade, atenção e maiores
cuidados com o seu paciente, e por ser também um ambiente que possui um
maior contato com a morte do outro e consequentemente remetendo a sua
própria existência, é comum que nesta unidade os seus profissionais
apresentem uma maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, e
paralelamente a eles o estresse. A Unidade de Terapia Intensiva é vista como
um dos ambientes mais tensos e traumatizantes do hospital, essa visão é
sustentada não só pelos pacientes e familiares, mas também pela equipe que
nela atua. Associado a essa questão o trabalho de enfermagem na Unidade de
Terapia Intensiva é altamente assistencialista, uma assistência que deve ser
prestada de forma contínua e rigorosa, transformando, em diversas ocasiões,
esse ambiente em um lugar estressante, cansativo e com sobrecarga de
trabalho. Este estresse que surge está fora do controle do profissional de
enfermagem, acarretando-lhes diversos prejuízos; à medida que reduz a
capacidade de tomar decisões, sua concentração e raciocínio rápido,
serenidade, limiar de paciência e outros, o mesmo passa a ter influência
negativa na assistência prestada ao paciente, já que estas características, que
são normalmente cobradas dos profissionais de saúde pelos pacientes,
familiares e a própria instituição, são essenciais para prestação de um
atendimento de qualidade e eficaz (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2013). Espera-se
que este estudo possa contribuir para o complemento da literatura, sirva como
fonte de pesquisa e para ampliação dos conhecimentos relacionados ao
estresse no trabalho nas unidades de terapia intensiva. OBJETIVO: A pesquisa
teve por objetivo identificar as fontes geradoras de estresse que acometem os
trabalhadores de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva, através de
uma revisão integrativa da literatura. MATERIAIS E MÉTODOS: Este trabalho
foi realizado através de uma revisão integrativa da literatura abordagem
qualitativa. As revisões integrativas da literatura têm como finalidade reunir e
resumir o conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado, ou
seja, permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis para
contribuir com o desenvolvimento do conhecimento na temática (MENDES;
SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Uma pesquisa de caráter exploratório são
investigações que tem por objetivo descrever completamente determinados
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fenômenos na qual essas descrições podem ser de caráter quantitativo ou
qualitativo (MARCONI; LAKATOS, 2010). A pesquisa qualitativa é tida como
um método para explicar de maneira clara e ampla as características e
significados das informações analisadas, bem como seus resultados, sem fazer
uso da análise quantitativa e seus respectivos dados mensuráveis. A mesma é
tida como instrumento para análise de levantamento de hipóteses (OLIVEIRA,
2010). Esta análise é tida como um método para avaliar um conjunto de dados
e também uma forma de realizar um aprofundamento sobre o tema; desta
forma a mesma possibilitará uma reflexão sobre o estresse em trabalhadores
de unidades de terapia intensiva, no cenário atual, fundamentada na literatura.
Após a definição do tema foi feita uma consulta literária que se consistiu da
análise de artigos publicados nas bases do banco de dados Scientific Eletronic
Library Online (SciELO). Utilizou-se os descritores: Estresse; Unidade de
Terapia Intensiva e Enfermagem. Os critérios de inclusão para os artigos
comporem a amostra foram artigos publicados e disponíveis na íntegra, estar
no idioma português, fazer parte das publicações brasileiras e ter alguma
relação com o tema, contribuindo assim para a investigação em questão, sendo
os de exclusão a contradição das informações anteriores. Foram encontrados
um total de 5 (cinco) artigos, após isso foi realizada uma análise dos artigos
obtidos através de reflexões críticas. Destes, 2 (dois) artigos foram excluídos
devido o primeiro se tratar de um relato de caso de um recém-nascido portador
da Síndrome de Pterígio Poplíteo na Unidade de Terapia Intensiva e o segundo
ser relacionado a humanização na Unidade de Terapia Intensiva, não sendo
assim relevante para a discussão em questão, que tem como foco o estresse
no setor intensivista. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A literatura aponta que a
Unidade de Terapia Intensiva é considerada de fato um local estressante para
os profissionais que nela atua. O estresse que surge é associado com diversos
fatores causais, dentre eles, o arranjo físico. Souza (2006) traz que na UTI há
uma agitação geral no ambiente devido movimentação frequente por parte dos
profissionais, em contraste com uma baixa temperatura, além disso, a
luminosidade é tida como espantosa, há alarmes tocando por qualquer
anormalidade, uma diversidade de máquinas e sucessivas intercorrências o
que leva o profissional a sentir-se em constante estímulo pelo meio, levando a
um estado de vigia contínuo e maior probabilidade de descompensação no
mecanismo de adaptação tolerância. Os autores ainda traz que esta unidade é
dotada de uma concepção assustadora, já que a mesma é tida como um ¨túnel
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para morte¨, o que gera uma maior sobrecarga psíquica no profissional. A
gravidade dos pacientes também é tida como um fator que contribui para gerar
insegurança no profissional, que encontra-se diante de um indivíduo que requer
total assistência, sendo essa crucial para a sobrevivência do mesmo. A UTI é
um ambiente onde a sofisticação tecnológica está cada vez mais presente, a
grande presença de aparelhos, fios, dispositivos e outros aparatos tecnológicos
cria uma tensão, o que acaba por propiciar um ambiente visualmente
estressante. Fogaça et al. (2008), evidenciam que o ambiente hospitalar por si,
gera estresse em níveis diferentes. O enfermeiro, assim como os demais
profissionais de unidades de terapia intensiva, trabalha constantemente no
limiar entre a vida e a morte, o que requer do mesmo um grande controle
emocional, as constantes situações em que o profissional deve lidar com a
perca do paciente e a reação expressa pela família é considerado como uma
grande causa de estresse psicológico, o autor ainda ressalta que a relação
interpessoal entre a equipe e os familiares, que diversas vezes é estabelecida,
pode criar reações disfóricas e depressivas nos profissionais, alterando assim
sua atuação no campo profissional. A frequente oscilação entre sucesso e
fracasso e pelas exigências impostas à equipe, também é citado como um fator
estressante, e estes estímulos levam ao surgimento de sentimentos como
insegurança e impotência, só ampliando o quadro do profissional. As
habilidades e agilidade exigida neste setor são diferenciadas, o profissional
deve dispor de uma atenção redobrada, por se tratar de situações em que os
pacientes precisam de cuidados bem mais complexos, onde a vida dos mesmo
está em risco. Outro aspecto que é citado como causador do estresse é a
necessidade de adequar o uso de tecnologia com conhecimento científico e o
relacionamento entre a equipe e os familiares do paciente, o que requer do
profissional qualificação constante e bom desenvolvimento das relações
pessoais. Backes et al. (2011), abordam que a UTI tem um funcionamento
próprio, com rotinas, materiais tecnológicos e gerenciamento distintos,
apresentando as facilidades e dificuldades inerentes à unidade. As
especificidades, a dinâmica e a complexidade desse ambiente, associada a
uma não adaptação por parte do profissional leva a um quadro de estresse, de
modo que o sentimento de sobrecarga geralmente está presente. Conservar a
vida no ambiente de UTI significa investir intensivamente no cuidado à saúde
dos pacientes ali internados e que se encontram em uma situação instável,
com o auxílio de tecnologias diferenciadas em um espaço físico adequado e
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específico, no qual se convive com familiares ansiosos, preocupados e
angustiados, e com a presença de estresse e conflitos. Os autores também
evidenciam que a presença constante do limite entre a vida e morte dos
pacientes nesse ambiente, devido à gravidade dos mesmos, levam os
profissionais a sentirem uma sensação de satisfação com a recuperação da
saúde dos pacientes, mas também sentem se frustrados e apresentam
dificuldades para aceitar e lidar com a morte dos mesmos. Como se pode
observar o estresse na UTI é relacionado a diversos fatores, entretanto a
constante presença da perca do paciente é tida como uma das causas mais
recorrentes, associada a mesma o arranjo repleto de alta tecnologia também
ganha destaque. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após a pesquisa fundamentada
na literatura, observa-se que identificar e conhecer as causas que levaram ao
estresse é fundamental para que o profissional possa desenvolver estratégias
de enfretamento do problema. Identificou-se que o ambiente de trabalho em si
possui seus agentes estressantes em função da carga horária, condições do
ambiente de trabalho, envolvimento emocional, sem mencionar a vida pessoal
desses trabalhadores. Como a UTI é percebida pela equipe profissional, pelos
pacientes e seus familiares, como um dos ambientes mais agressivos, tensos e
traumatizantes do hospital faz-se necessária à criação e elaboração de
medidas alternativas que minimizem a exposição ao estresse desse local
através da implantação de salas de vídeo, reflexão, descanso, leitura,
confraternização, copas, enfim, ambientes que possibilitem a promoção da
saúde integral do indivíduo de modo que o mesmo possa aliviar de tensões
físicas e mentais, favorecendo a melhoria da qualidade total do serviço e da
assistência à saúde. Por fim, esta pesquisa sugere a necessidade de serem
feitos novos estudos que abordem a relação entre os agentes redutores do
estresse e os trabalhadores de unidades de terapia intensiva, com o objetivo de
desenvolver medidas preventivas e modelos de intervenção para minimização
do estresse no ambiente intensivista.
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ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO: UM
ENFOQUE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Jamilli Braga Calixto, Faculdade Leão Sampaio
Ana Paula Ribeiro de Castro, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Pé Diabético. Enfermagem. Atenção
Primária a Saúde.
INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é um dos principais agravos da
saúde pública no Brasil e no mundo. É caracterizada como um grupo de
distúrbios metabólicos que apresentam em comum à hiperglicemia (PEREIRA;
LUCIO; SILVA, 2013, PRZYSIEZNY et al., 2013). O DM apresenta um alto
índice de morbidade, mortalidade e agravos à saúde, configurando-se como
um grande desafio para os sistemas de saúde em todo o mundo. As
consequências humanas, sociais e econômicas da doença são devastadoras e
o impacto econômico ocorre principalmente nos serviços de saúde, como
consequência dos crescentes custos do tratamento e, sobretudo, das
complicações da patologia (MOHR et al., 2011, PEREIRA; LUCIO; SILVA,
2013). Dentre as complicações mais sérias do DM pode-se destacar o “pé
diabético”, ou seja, o pé em situação de risco de amputação, que é responsável
por 40% a 70% de todas as amputações das extremidades inferiores(BONA et
al., 2010).A equipe de saúde da família um papel fundamental no processo de
acompanhamento e prevenção das complicações do DM, e o profissional
enfermeiro assume a linha de frente neste processo por desenvolver atividades
assistenciais, administrativas e educativas fundamentais (COSTA; MIRANDA,
2008, SILVEIRA et al., 2010).Neste contexto, surgiram os seguintes
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questionamentos: Qual a atuação do enfermeiro da atenção primária frente aos
portadores de diabetes mellitus? Como a assistência de enfermagem contribui
para a prevenção do pé diabético? Escolheu-se este tema a partir de leituras
bibliográficas, realizadas pela autora, onde foi visto que o pé diabético é uma
das mais mutilantes complicações crônicas do DM, de bastante impacto social
e econômico, tornando-se, desta forma, de bastante relevância na saúde
pública. O estudo mostra-se relevante porque vem ajudar a refletir acerca da
atuação dos enfermeiros da atenção primária, possibilitando ampliar o
conhecimento sobre as ações de enfermagem executadas aos pacientes
portadores de diabetes colaborando, assim, para melhoria na prática cotidiana
destes profissionais e consequentemente ajudando no combate a esta
patologia e suas complicações.Desta forma, a realização deste estudo contribui
para esclarecer e informar acerca do processo de trabalho dos enfermeiros da
atenção básica, na prevenção do pé diabético, podendo, também fornecer
subsídios para o planejamento de novas pesquisas nesta área. OBJETIVOS: O
estudo teve como objetivo geral conhecer sobre a atuação da enfermagem na
prevenção do pé diabético na atenção primária em saúde, a partir da literatura
publicada; e como objetivos específicos expor sobre as ações de enfermagem
realizadas na atenção básica ao portador de diabetes mellitus e discutir sobre a
assistência de enfermagem na prevenção do pé diabético. MATERIAIS E
MÉTODOS: O estudo teve suporte na metodologia qualitativa e constitui-se de
uma revisão sistemática da literatura. Para o levantamento de dados realizouse uma busca no Google Acadêmico e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
através da base de dados da Literatura Latino Americana do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS). Para seleção das fontes foram utilizados como
critérios de inclusão: artigos indexados nos bancos de dados citados
anteriormente, publicados nos últimos dez anos, disponíveis eletronicamente
de forma completa e gratuita, publicados no idioma português e que
apresentassem temática coerente com o tema em estudo. Foram excluídos do
estudo aqueles que não atenderam aos critérios de inclusão descritos
anteriormente. No Google Acadêmico através das chaves: “atuação de
enfermagem na atenção básica”, “atuação de enfermagem ao portador de
diabetes mellitus” e “atuação de enfermagem no pé diabético”, foram
encontrados 62.630 resultados de busca. Na base de dados LILACS, através
dos descritores: “pé diabético” e “enfermagem”, foram encontrados 37 artigos.
Destes artigos foram selecionados e utilizados 16 textos. A coleta de dados foi
realizada nos meses de Janeiro a Março de 2015, através da pesquisa de
artigos publicados nas bases de dados descritas anteriormente. Para registrar
e organizar o levantamento de dados foi criado uma planilha, contendo o título,
autor, periódico, ano de publicação e objetivo de cada texto. Os dados foram
agrupados em categorias emergidas do material pesquisado. Em seguida, os
textos foram organizados para leitura e seleção dos tópicos de interesse, e
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iniciou-se uma analise critica e reflexiva com base na leitura da literatura
pesquisada,
visando
à
obtenção
dos
objetivos
propostos.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os resultados foram expostos em duas
categorias. A primeira categoria discorre sobre as ações de enfermagem
realizadas na atenção básica ao portador de DM. Nesta secção foram
analisadas oito literaturas. Para entender quais são as ações de enfermagem
realizadas aos portadores de DM na atenção primária, foi preciso antes
compreender o trabalho do enfermeiro inserido neste nível de atenção.
Valeretto, Souza e Vorpagel (2011), destacam que as atribuições básicas do
enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família (ESF) são amplas, dentre elas
estão às ações de assistência básica e a participação do processo de
programação e planejamento das ações e da organização do processo de
trabalho na ESF. Conforme Souza et al. (2012), em seu estudo realizado com
usuários de três Unidades Básicas de Saúde (UBS), após realização de
consulta de enfermagem, o usuário demonstra uma percepção positiva em
relação ao profissional enfermeiro. Neste sentido, Alves et al. (2012), afirmam
que o enfermeiro tem encontrado um amplo espaço de desenvolvimento para
sua atuação diária, e tem ganhado maior visibilidade e autonomia na atenção
básica com realização de consulta de enfermagem e solicitação de exames,
bem como prescrição de medicações, de acordo com os protocolos de cada
município. Sendo que são através da realização da consulta de enfermagem
que o enfermeiro conquistou maior prestígio e reconhecimento na atenção
primária. Nota-se que o enfermeiro exerce um papel indispensável, na
prevenção e promoção da saúde, no âmbito da atenção básica, assim como
também é um importante provedor de cuidados no acompanhamento de
diversas patologias, principalmente das doenças crônicas, destacando-se
dentre elas o DM. De acordo com Brasil (2013), é de competência do
enfermeiro, realizar consulta de enfermagem para pessoas com maior risco
para desenvolver DM tipo 2, objetivando conhecer a história pregressa do
paciente, seu contexto social e econômico, grau de escolaridade, avaliar o
potencial para o autocuidado e avaliar as condições de saúde. A consulta para
o acompanhamento da pessoa com diagnóstico de DM pode ser realizada por
meio da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e
focando a educação em saúde para o autocuidado. Silveira et al. (2010), em
seu estudo trazem que quanto ao exame físico, a maioria dos pacientes foram
avaliados quanto o peso e altura, porém o Índice de Massa Corporal (IMC) foi
registrado em apenas uma consulta; também foram encontrados baixos
percentuais quanto à aferição da circunferência abdominal, a
realização/encaminhamento para fazer exame de fundo de olho, a avaliação
dos pés e a realização de orientações sobre atividade física, alimentação e
tabagismo. Silva et al. (2014), também constataram uma baixa frequência na
realização do exame dos membros inferiores e na orientação sobre
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acompanhamento dos distúrbios visuais. Além disso, apenas duas etapas do
Processo de Enfermagem (PE), eram empregadas: histórico e implementação
de enfermagem. O exame físico e a anamnese são processos insubstituíveis
durante a consulta a pacientes diabéticos. A anamnese é o passo inicial da
consulta, já durante o exame físico é importante à análise do IMC, que pode
ajudar na avaliação do regime alimentar e no controle da glicemia do portador
de DM. A aferição da circunferência abdominal também se mostra fundamental
uma vez que dimensiona a medida acumulada no abdome e pode estar
associada a outros fatores como hipertensão e obesidade (OLIVEIRA;
OLIVEIRA, 2010, SILVEIRA et al., 2010). Quanto à realização do exame de
fundo de olho é importante porque a retinopatia diabética apresenta um risco
de cegueira muito maior do que no restante da população (SILVEIRA et al.,
2010, SILVA et al., 2014). É importante reforçar, também o PE, durante as
consultas de enfermagem. Há necessidade de reforço na formação do
enfermeiro para conhecimento e uso do PE em diferentes âmbitos de atuação,
já que sua utilização possibilita personalizar o cuidado e criar condições para
prestar atendimento digno e resolutivo, contribuindo para a melhoria das
condições de saúde da população (SILVA et al., 2014).Percebe-se que as
ações de enfermagem desenvolvidas na atenção básica ao portador de DM
são amplas e quando aplicadas corretamente contribuem para a diminuição
das complicações da patologia e melhoram a qualidade de vida dos seus
portadores. A consulta de enfermagem mostra-se um instrumento muito
importante para que o enfermeiro alcance bons resultados. Durante a consulta
deve-se destacar a aplicação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE), e a realização do exame físico, onde é possível realizar a
detecção precoce de complicações e realizar encaminhamentos. Outro aspecto
importante são as orientações e a educação em saúde, com foco nas
Mudanças de Estilo de Vida (MEV) e autocuidado, que devem ser
desenvolvidas tanto durante a consulta quanto fora dela. A segunda categoria
discorre sobre as ações de enfermagem na prevenção do pé diabético. Todos
os artigos selecionados que abordaram o tema pé diabético destacaram a
importância dos enfermeiros, especialmente no nível primário de atenção á
saúde, na prevenção desta complicação. Santos et al. (2013), afirmam que
44% a 85% das amputações poderiam ser evitadas através de ações em saúde
que visassem a prevenção e o cuidado dos pés diabéticos. O estudo realizado
por Bragança et al. (2010), aponta que em relação aos profissionais que
orientaram sobre os cuidados com o diabetes, a grande parte dos entrevistados
responderam que estas informações eram realizadas pelo profissional
enfermeiro. Um resultado semelhante também foi observado nos estudos de
Andrade et al. (2010), no qual dentre os entrevistados que haviam realizado o
exame dos pés, o enfermeiro foi o profissional da área da saúde responsável
pela sua realização. Diante do que foi exposto, com base em todos os autores
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acima citados, percebe-se que o enfermeiro é o profissional mais envolvido no
trabalho de prevenção do pé diabético, e suas práticas trazem contribuições
importantes no controle e seguimento desta patologia. Andrade et al. (2010),
também trazem que medidas em relação ao exame diário dos pés, corte das
unhas em linha reta, uso de hidratantes, lixas e meias de algodão ainda
necessitam de reforço para serem incorporadas aos hábitos cotidianos dos
diabéticos. Vale ressaltar que estas medidas são essenciais na prevenção
primária da ulceração e amputação. Policarpo et al. (2014), verificaram que
grande parte dos portadores de diabetes tipo 2, não sabiam como se faz a
correta higienização do pés, desconheciam o corte correto das unhas, além de
não conhecer sobre os tipos de calçados adequados. Apesar desse resultado
quando questionados sobre o autocuidado, a maioria afirmou ter disposição
para praticá-lo Assim, observou-se que os diabéticos sabiam da necessidade
dos cuidados apropriados com os pés, porém tinham um comportamento de
autocuidado inadequado. Isto pode estar relacionado à falta de acesso a
informações e a não realização de exame físico ou testes de sensibilidade nos
pés durante as consultas. Estas práticas deveriam fazer do cotidiano de
trabalho dos profissionais, em especial o profissional enfermeiro, atuante na
atenção primária. No estudo de Bragança et al. (2010), foi constatada na
população estudada um grande percentual de diabéticos analfabetos, e este
fator deve ser considerado de relevância para o desencadeamento de
complicações crônicas, visto que o acesso limitado a informações, devido ao
comprometimento às habilidades de leitura e escrita, pode interferir na
compreensão de atividades de educação para o autocuidado. Sendo assim, o
atendimento a esta clientela constitui-se um desafio ao enfermeiro da atenção
básica, devendo, portanto, estar atento a esta questão durante o seu
atendimento, para que se possam criar estratégias educacionais para atender a
esta população, abordando as ações de educação em saúde de maneira
simples de modo que facilite a compreensão deste público. Ressalta-se ainda
que, a educação em saúde é uma das atividades mais eficazes realizadas pelo
enfermeiro na atenção primária que contribui para a prevenção do pé diabético,
no entanto para que se possam alcançar bons resultados esta prática deverá
ser planejada de acordo com a realidade de cada cliente. Segundo Santos et
al. (2013), em estudo realizado com portadores de pé diabético internados em
um hospital público, a maioria dos pacientes submetidos a amputação referiram
não ter os pés examinados e não receber orientações sobre autocuidado. A
consulta de acompanhamento de pessoas com DM deverá incluir uma rotina
sistemática de avaliação da sensibilidade protetora e da integridade dos pés,
sendo recomendado que realizem o exame dos pés anualmente, identificando
fatores de risco para úlcera e amputação (BRASIL, 2013). No estudo de
Pereira et al. (2013), foi observado que os enfermeiros apresentaram baixa
frequência na verificação dos pulsos periféricos. Santos et al. (2011c), afirmam
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que os médicos e enfermeiros devem tomar como sua a responsabilidade pelo
exame completo do paciente diabético, do qual deve fazer parte o exame dos
pulsos distais, uma avaliação simples que não requer nenhum instrumental,
apenas o conhecimento e a habilidade da palpação. A avaliação do pulso
merece atenção do examinador, já que os portadores de DM poderão ter
pulsos ausentes pelo comprometimento arterial, apesar de clinicamente poder
apresentar boa perfusão, devido à circulação colateral compensatória
(KARINO; PASSE, 2012). No estudo de Cubas et al., (2013), foi revelado que
os enfermeiros apenas algumas vezes informam os pacientes sobre questões
como exame diário dos pés, uso de sandálias de borracha, presença de
animais domésticos para evitar ferimentos, porém estes itens deveriam ser
reforçados em todas as consultas. Pereira et al. (2013) afirmam que ao
incorporar uma avaliação minuciosa nos membros inferiores da pessoa com
DM, o enfermeiro também estará ensinando à pessoa sobre a importância
dessa atitude no seu cotidiano. Percebe-se que a atuação do enfermeiro da
atenção básica na prevenção e acompanhamento aos portadores do pé
diabético envolve muitos níveis e este profissional é o mais envolvido nesta
área. Através do seu trabalho é possível diminuir significativamente o número
de amputações e prevenir o surgimento desta complicação no portador de DM.
Apesar disso, os resultados mostram que a enfermagem precisa estar mais
engajada nesta questão e reconhecer a importância de suas práticas na
prevenção do pé diabético. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que as
ações de enfermagem realizadas na atenção básica ao portador de DM são
efetivadas principalmente através da consulta de enfermagem. Os resultados
mostraram que a consulta de enfermagem ao portador de DM deve dar ênfase
a história pregressa, contexto socioeconômico, exame físico e as orientações
sobre os fatores de risco e MEV e educação em saúde. A partir da literatura
publicada percebeu-se que há baixa frequência na realização de exame dos
membros inferiores, no encaminhamento e realização do exame de fundo de
olho, na verificação do IMC e na aferição da circunferência abdominal. Outro
dado importante refere-se à aplicação do PE onde não são empregadas todas
as etapas. Quanto à assistência de enfermagem na prevenção do pé diabético
constatou-se que os enfermeiros da atenção básica são os profissionais que
mais se destacam na realização de ações envolvendo esta complicação.
Através do exame clinico detalhado, objetivando a detecção precoce e o
tratamento das manifestações clínicas e da educação em saúde com foco no
autocuidado, o enfermeiro pode reduzir grande parte dos casos de amputações
em decorrência do DM. A prática da educação em saúde, por exemplo, é uma
atividade que requer basicamente o conhecimento do profissional, e é uma das
estratégias mais eficazes que deve ser realizada pelo enfermeiro, visando
principalmente o desenvolvimento de hábitos sadios de vida e a motivação
para as ações diárias de autocuidado. Apesar disto, vários estudos
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evidenciaram falta de conhecimento dos clientes para realização do exame
diário e autocuidados dos pés, além de baixa frequência na verificação de
pulsos periféricos, execução deficiente de ações preventivas e relação entre a
ocorrência de amputações e a não realização do exame clinico e não
recebimento de orientações sobre o autocuidado. Os enfermeiros devem estar
cientes da importância de suas ações na prevenção dos agravos do DM,
prestando atendimento resolutivo na atenção primária, de forma integralizada,
tendo uma visão holística do indivíduo, através da consulta de enfermagem,
que anexa o respaldo legal e caráter cientifico a assistência. Destaca-se ainda,
a necessidade desses profissionais incorporarem a prática de educação em
saúde na sua rotina, a fim de prestar um atendimento qualificado a estes
indivíduos.
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ENFERMAGEM DA ALEGRIA UMA FERRAMENTA DE HUMANIZAÇÃO
PARA ASSISTÊNCIA AS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Márcia Michelly Pereira Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Állif Ramon Lima Félix da Silva, Faculdade Leão Sampaio
Aline Célia Viana Nunes, Faculdade Leão Sampaio
Maria Aparecida Ferreira, Faculdade Leão Sampaio
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Woneska Rodrigues Pinheiro, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Humanização da Assistência. Ludoterapia. Promoção da
Saúde.
INTRODUÇÃO: O hospital trata-se de um ambiente hostil dotado de uma rotina
peculiar, na qual, quem chega precisa adaptar-se a esse processo de
hospitalização que é algo difícil, complexo, podendo ser até mesmo traumático
para qualquer ser humano, no caso da criança é ainda pior. Visto que a mesma
estará afastada da sua vida cotidiana, rotina, família e amigos. Tendo a partir
de então que assimilar e entender essa mudança de rotina, em um local
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desconhecido, constituído de equipamentos, restrições, cheiros, procedimentos
e dores, até então não comuns a sua experiência de vida. Sendo, assim, o
processo de internações são acompanhados pelo medo, insegurança e
diversas angústias pelas crianças (GOMES; QUEIROZ; BEZERRA; SOUZA,
2011). Nesse cenário, é preciso que os profissionais analisem não somente o
lado patológico das crianças, mas também do lado psicológico e afetivo. É
necessária que haja uma comunicação eficaz, uma ligação entre ambos e
assim utilizar técnicas alternativas baseadas em evidências para melhor
confortá-lo nesse ambiente. Para que ocorra essa interação, a assistência
prestada a essas crianças necessita ser humanizada e criativa. A utilização de
Terapias Alternativas e Complementares (TACS) que são métodos interligados
na assistência a saúde do cliente visando à prevenção, tratamento ou cura,
considerando o ser como uma tríade: corpo, mente e espírito e não apenas
partes do corpo isoladas, deixando para trás o modelo hospitalocêntrico onde
via-se o paciente apenas como doente e não um ser em sua integralidade.
Dessa forma a base dessas terapias difere-se da tradicional que fazem a
intervenção no local de dor ou órgão específico. Existem muitas TACS, dentre
elas encontra-se a risoterapia ou ludoterapia que utiliza o riso como ferramenta
importante no tratamento e que melhora a estadia, aliviando o estresse das
crianças no período de internação, além da musicoterapia e outras atividades
divertidas como: brincadeiras de rodas, contação de estórias, mágica e muita
palhaçada que podem levar um pouco de alegria a um ambiente tão frio e
desconfortável, é soltar a imaginação e voltar a ser criança. Isso com certeza é
uma excelente forma de aproxima-se das crianças, arrancando sorrisos,
estimulando o sistema imunológico, a musculatura e assim fazer com que os
procedimentos que precisam ser realizados que são muitas vezes invasivos
dolorosos tornem-se mais aceitáveis por parte delas (LUCHESI; CARDOSO,
2012). Durante a assistência de enfermagem é importante olhar cada cliente de
modo peculiar, diferenciado e integral, é o construir do processo de
humanização no elo entre profissional e paciente, para assim, conhecer um
pouco de sua personalidade, características pessoais e então agregar essas
TACS no relacionamento de confiança entre equipe e pacientes e aos cuidados
prestados. Antes de tudo, não há humanização da assistência, se não existir
cuidado quanto à realização pessoal e profissional daqueles que o fazem.
(MAZOCCO; HENTGES, 2010). A integralidade do cuidar busca substituir a
assistência fragmentada por um modelo holístico de prestação de serviços ao
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cuidado, porém o fazer e ser o diferencial na assistência a criança
hospitalizada requer solidariedade, humanidade, um bom caráter de
profissional, postura correta e mais do que isso, amor à profissão e amor ao
próximo (RODRIGUES; MARTINS, 2010). A risoterapia foi difundida pelo
Médico Patch Adams, Norte-Americano, onde essa terapia consistia em um
novo método terapêutico de descontração entre os pacientes, ele não se
conformava apenas com as técnicas precisas que eram rotineiras ou até
mesmo com aquele ambiente triste que nada favorecia para um tratamento
mais eficaz e na reabilitação, logo ele passou a ser um doutor diferente e
divertido, que fazia todo o hospital descontrair e os pacientes até esqueciam a
dor e osofrimento causado por suas enfermidades. Para ele, ajudar ia muito
além do apenas tratar, era ter compaixão, amizade tentar realmente esquecer
por um momento do tratamento, da doença propriamente dita e do ambiente
hospitalar através do humor, do riso. Os Doutores da Alegria encontram-se
entre os pioneiros dessa prática no Brasil, foi implementado em 1991, no
Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (atual Hospital da Criança),
em São Paulo, profissionais especializados na arte do palhaço, artes circenses
e musicais dão origem ao grupo dos “Doutores da Alegria”, que realiza cerca
de 50 mil visitas por ano a crianças hospitalizadas em São Paulo, Rio de
Janeiro e Recife (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2008). Na terapia, além do bom humor
também é utilizado à reciprocidade, o envolvimento, a compaixão e a
cumplicidade. Sendo que a cura envolve a interação, o elo com o paciente, o
compartilhamento do espírito de alegria e solidariedade, e não apenas o ato de
receitar medicamentos ou terapias como rege a medicina clássica (LUCHESI;
CARDOSO, 2012). Com o passar do tempo e com a expansão de iniciativas
como Doutores da Alegria, surgiram inúmeros movimentos envolvendo a
risoterapia e desde então muitas instituições começaram a desenvolver
projetos relacionados ao tema, dentro deste contexto foi criado o Grupo
Enfermagem da Alegria. O grupo surgiu em 2007, com a iniciativa de alunos do
segundo semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Leão Sampaio,
estes acreditava na risoterapia como forma auxiliar no tratamento dos
pacientes, a princípio as atuações eram feitas na Casa de Saúde e
Maternidade São Miguel na cidade do Crato - CE, porém sentiu-se a
necessidade de expandir o ato de humanizar para outras instituições
hospitalares como o Pronto Socorro Infantil do Cariri (PSIC), atualmente
denominado Hospital Municipal Infantil Maria Amélia, localizado na cidade de
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Juazeiro do Norte–CE. Dos fundadores do projeto Woneska Rodrigues Pinheiro
permanece até hoje como Presidenta do grupo. OBJETIVO: Divulgar vivências
dos voluntários do Projeto da Enfermagem da Alegria para a comunidade
cientifica através de um relato de experiência. MATERIAIS E MÉTODOS: A
enfermagem da alegria é um projeto de extensão vinculado a Faculdade Leão
Sampaio que atua no Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra, localizada na
cidade de Juazeiro do Norte. O projeto conta com doze integrantes que
participam de forma voluntária através de um processo seletivo composto por
duas etapas, sendo a primeira uma redação e a segunda uma entrevista com
práticas pedagógicas criativas como: encenação de peças artísticas, musicais
etc. Realizada a seleção dos voluntários as atuações ocorrem na
brinquedoteca do hospital, nas enfermarias leito a leito e na urgência, tendo
como público alvo crianças internadas no hospital em questão. As visitas são
realizadas nas quintas-feiras das 18h00min ás 20h00min e aos domingos das
08h00min ás 10h00min. Os integrantes do projeto caracterizam-se com
pinturas, diversos acessórios, maquiagens engraçadas e também utilizavam
chapéus grandes que eram sempre associados aos jalecos coloridos. Além das
quintas e domingos as datas festivas sempre são comemoradas no hospital por
ações do grupo, além de eventos extras para divulgação do mesmo na própria
faculdade e também em outros hospitais e semanas de enfermagem, bem
como, locais públicos como Shopping Center. São realizadas reuniões mensais
para planejamento de atividades e oficinas feitas pelos próprios voluntários,
onde os mesmo levam novas músicas, pinturas, técnicas, vídeos para o melhor
aperfeiçoamento e entrosamento do grupo. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
Essas formas de terapias são estudas por todo o mundo, bem como, a prática
da humanização na de saúde, muitos são adeptos. É comprovado
cientificamente que o riso fortifica o sistema imunológico da criança, estimula
funções cardiovasculares e libera endorfinas que causam analgesia e também
beta - endorfinas que são mais potentes que as endorfinas, substâncias que
aliviam a dor. Quando rimos, estamos não só melhorando no humor e no
aspecto emocional, mas também no físico, mental e espiritual, até porque o riso
atinge de várias maneiras as diferentes partes do corpo, por exemplo, no
coração ele acelera o ritmo cardíaco, podendo chegar a 120 batimentos por
minuto, assim o sangue circula melhor e ocorre um aumento significativo na
oxigenação de células, tecidos e órgãos. Nos pulmões, a respiração acelera e,
assim, há maior absorção de oxigênio pelos pulmões melhorando a respiração,
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pois com essa maior ventilação pulmonar, elimina-se o excesso de dióxido de
carbono e vapores residuais, o que promove uma limpeza, além de aumentar a
tonicidade pulmonar. No sistema circulatório, devido à aceleração do ritmo
cardíaco, ocorre uma vasodilatação dos vasos e mais sangue é bombeado,
dessa maneira, ocorre uma redução na pressão arterial. Os músculos
abdominais, por serem os mais usados durante uma gargalhada, acabam por
massagear todo o sistema gastrintestinal melhorando a digestão e os órgãos
excretores. No sistema imunológico, há menos cortisol e adrenalina circulando
no organismo e, portanto, o sistema imunológico passa a ser fortalecido e os
níveis de hormônio do estresse reduzem (LUCHESI; CARDOSO, 2012). O riso
pode fazer de nós pessoas bem mais saudáveis. “Rir é sem dúvidas, o melhor
remédio”, pois desperta o sistema cardiovascular, melhora o sistema
respiratório, a oxigenação sanguínea, o sistema imunológico e estimula o
cérebro na liberação de substâncias benéficas ao nosso corpo reduzindo o
estresse. Vários estudos afirmam que rir parece ser tão benéfico quanto 30
minutos de exercícios três vezes por semana. Na risoterapia ocorre um bem
estar tanto físico quanto psicológico e mental, facilitando um processo de
relaxamento e de mudança, contribuindo para um aumento da capacidade de
sentir, amar, a sermos mais criativos e deixar a imaginação fluir. Diante deste e
de outros achados, observaram também que o riso ativa uma parte cerebral
envolvida com as emoções e na sensação de recompensa localizado no
(córtex pré frontal, medial e ventral). Outro achado interessante é que o riso é
contagioso, pois ativa a área de motivação, do prazer e inclusive do vício, ou
seja, o ato de rir induz a vontade de rir mais e mais, e assim, contagiar todos
ao seu redor (LUCHESI; CARDOSO, 2012). Enquanto atuantes de forma direta
na prática da humanização pelo lúdico, podemos afirmar que essas terapias
são eficazes e só trazem benefícios a quem é contemplado pela mesma. Não
tem explicação como um rosto pintado, uma roupa colorida ou uma voz
engraçada muda todo o ambiente, começam então os olhares desconfiados
das crianças ao redor, focados naquelas pessoas coloridas, de rosto pintado,
de cabelo engraçado, ou naquele que escorregou e caiu que levou um
tropeção na entrada, ou naquele que fala rápido demais. É notório, tudo muda
antes aqueles olhares tristes que agora ganham vida novamente, pode-se
perceber o ânimo, a vontade de brincar, pular, gritar, correr, dessas crianças
que no final sempre perguntam quando vocês vão voltar ou então pedem um
nariz de palhaço. Isso é um momento único e não tem como negar o poder da
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alegria, do humor, do afeto e da reciprocidade do sorrir e de sua imensa
contribuição para a melhora do tratamento e da estadia dessas crianças no
hospital, seja ela curta ou prolongada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
enfermagem da alegria é baseada em um método de observação e de
sentimentos vividos na prática e construídos a cada visita. Entretanto ele é
mais que um projeto de extensão ou de brincadeiras realizadas duas vezes por
semana, ele é uma ferramenta de humanização na assistência de enfermagem
que trás luz, colorido e confiança para crianças que ao menos sabem o que
fazem ali em um hospital e que apenas querem estar em casa com sua família
e colegas. Justamente por ser baseados nessas observações e vivências
pessoais de cada membro não realizamos diários de bordo e pesquisa de
campo, constrói-se trabalhos que podem ser comparados com os estudos
científicos realizados sobre o tema em questão. Dessa forma sabe-se a
contribuição do lúdico para a reabilitação das crianças pelo o fato de vivencialas na prática. Fazer parte desse projeto é uma honra, fazer parte da vida de
cada criança que sorriu para os voluntários ou que caiu na gargalhada em um
leito de hospital, é algo gratificante, uma dádiva, e poder compartilhar essa
experiência com você e com a comunidade cientifica é um convite para que
conheça melhor esse mundo encantado e encantador da enfermagem da
alegria e ainda fortalecer a corrente dos pensadores sobre o lúdico e a
humanização na assistência de saúde, onde faz-se cada vez mais presente.
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O CONHECIMENTO DA HANSENÍASE PELOS ACADÊMICOS DE
ENFERMAGEM EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA, NA CIDADE DE
JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ
Jamilli Braga Calixto, Faculdade Leão Sampaio
Andréa Couto Feitosa, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Hanseníase. Conhecimento. Estudantes. Instituição de
Ensino.
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença que acomete principalmente a
pele e nervos periféricos e é considerada uma das mais antigas doenças que
acomete o ser humano (BRASIL, 2005, BRASIL, 2008). O Brasil vem mantendo
uma média de 47 mil novos casos de hanseníase anualmente, com alta
endemicidade especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e o
estado do Ceará ocupa o decimo lugar do país em número de casos (NUNES;
OLIVEIRA; VIEIRA, 2011). Atualmente, é uma doença de notificação
compulsória em todo o território nacional, sendo objeto de atuação na saúde
pública devido à sua magnitude e potencial incapacitante (BRASIL, 2005). De
acordo com Eidt (2004a), a hanseníase continua sendo lembrada como uma
doença bíblica do passado, e grande parte da sociedade, incluindo os
profissionais da saúde, desconhecem sua existência. Assim, é de extrema
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importância, reforçar, durante a formação destes profissionais, o estudo desta
patologia para que estes sejam sensibilizados e motivados para o envolvimento
no trabalho com seus portadores. Na Estratégia Saúde da Família (ESF), a
enfermagem faz parte de um processo coletivo de trabalho, atuando
diretamente nas ações de controle da hanseníase, com o portador, com sua
família e com a comunidade (FREITAS et al., 2008). Desta forma, para
continuar melhorando a atenção prestada a estes pacientes e para enfrentar a
problemática da hanseníase no Brasil, como um problema de saúde pública,
exige-se a melhor formação dos profissionais de saúde, seja na graduação,
seja durante a prática profissional (DIAS; CYRINO; LASTÓRIA, 2007, EIDT,
2004a). Neste contexto, surgiram os seguintes questionamentos: o que os
acadêmicos de enfermagem conhecem a respeito da hanseníase? Quais as
principais dúvidas dos referidos acadêmicos a respeito desta doença? Este
tema foi escolhido após leituras bibliográficas realizadas pela autora, formando,
desta forma, o interesse em estudar o tema, já que a hanseníase é uma
patologia de bastante relevância na saúde pública e apresenta-se na sociedade
de forma prevalente, causando sérias complicações para seus portadores. O
estudo tornou-se relevante porque ajudará a melhorar a formação dos
acadêmicos de enfermagem, aperfeiçoando o seu entendimento e
possibilitando, no futuro, um atendimento qualificado aos portadores de
hanseníase, diminuindo a sua incidência, o preconceito e as incapacidades
causadas pela patologia. A realização deste estudo contribuiu para que os
educadores em saúde possam traçar novas estratégias de aprendizagem,
qualificando e aprimorando a formação profissional dos acadêmicos de
enfermagem, que no futuro atuarão no atendimento aos portadores do referido
agravo. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo geral verificar o
conhecimento da hanseníase pelos acadêmicos de enfermagem, em uma
instituição privada, na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará e como objetivos
específicos traçar o perfil sócio-demográfico da clientela em estudo, identificar
o conhecimento dos estudantes acerca da patologia em estudo e conhecer as
principais dúvidas dos acadêmicos de enfermagem acerca da hanseníase.
MATERIAIS E MÉTODOS: Teve como proposta metodológica a pesquisa
descritiva, exploratória com abordagem quantitativa, sendo realizado em uma
faculdade privada na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. A população foi
composta por 200 acadêmicos matriculados no curso de graduação em
enfermagem desta instituição e a amostra foi composta por 63 alunos que
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atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ser maior de 18 anos, estar
regularmente matriculado no curso de graduação em enfermagem do turno da
noite da faculdade escolhida, estar cursando entre o 1º e 4º semestre, não ter
cursado a disciplina de enfermagem em saúde coletiva, assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e aceitar participar voluntariamente
da pesquisa. Foram excluídos do estudo, os que não atenderam aos critérios
de inclusão descritos anteriormente. Para o levantamento de dados foi utilizado
o questionário, composto por perguntas objetivas, aplicado na em sala de aula,
antes do início das mesmas, no horário da noite, nos dias de terça, quarta e
quinta-feira, por serem estes dias os de menor evasão de alunos em sala de
aula. A apresentação e análise dos dados quantitativos foram realizadas
através de gráficos e tabelas construídos a partir dos programas Word e Excel
2010. A seguir, realizou-se o processo de exploração do material por meio da
leitura e interpretação dos achados, a partir da literatura acerca do tema. A
pesquisa obedeceu à Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Leão Sampaio
(número do parecer: 792.291). RESULTADOS/DISCUSSÃO: Após a coleta e
organização dos dados, foram realizadas a análise e interpretação para
obtenção dos objetivos propostos. Constatou-se que a maior parte da amostra
foi feminina (79,4%) de estudantes que cursavam o 3º e 4º semestres (68,8%),
solteiros (87,3%) e com idades que variaram de 18 a 38 anos, sendo a faixa
etária de 18 a 27 a mais predominante (87,3%). Notou-se uma participação do
público jovem, devido ao fato do local escolhido ser uma faculdade. Isto reforça
o fato de que, as ações de controle da hanseníase devem ser efetivadas
especialmente por meio de educação, no sentido de obter uma participação
consciente e constante principalmente dos jovens, que são agentes
disseminadores de informações para seus familiares e comunidade em geral,
na busca ativa de casos, no diagnóstico precoce, prevenção e tratamento das
incapacidades físicas (ALMEIDA et al., 2014). Do total de entrevistados, 90,5%
(57) afirmaram saber o que é a hanseníase e 9,5% (6) não sabem o que é a
doença. Observou-se um resultado satisfatório, já que um grande percentual
afirma saber o que é a doença. Conforme Almeida et al. (2014), na atualidade,
no âmbito social, a situação dessa enfermidade apresenta-se mais amena,
contudo, ainda que essa doença faça parte da realidade brasileira, o seu
conhecimento permanece pouco difundido, comprovando a essencialidade da
educação e divulgação científica como ferramentas fortalecedoras do
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diagnóstico, tratamento e cura do paciente, bem como da informação da família
e da sociedade. Quanto ao conhecimento dos entrevistados sobre quando
suspeitar de um caso de hanseníase, 65,1% (41) dos acadêmicos conseguiu
responder corretamente a questão, afirmando que deve-se suspeitar de um
caso de hanseníase, na presença de lesão (ões) de pele com alteração de
sensibilidade e comprometimento de nervos. Apesar da maioria, conseguir
responder corretamente, observou-se que um número significativo de
estudantes, 34,9%, não conhece a correta apresentação clínica da doença e
marcaram alternativas como lesão (ões) de pele pruriginosas (12,7%) e lesão
(ões) acrômicas (22,2%). Isto se deve principalmente a semelhança das lesões
hansênicas com as lesões de outras doenças dermatológicas, que provocam
lesões de pele semelhantes às lesões características da hanseníase. Segundo
Brasil (2002), a principal diferença entre a hanseníase e outras doenças
dermatológicas é que as lesões de pele da hanseníase sempre apresentam
alteração de sensibilidade, ao contrário das demais doenças que não
apresentam essa alteração. As principais doenças de pele que fazem
diagnóstico diferencial com hanseníase são a ptiríase versicolor, eczemátide,
tinha do corpo e vitiligo. Quando questionados sobre a cura, 88,9% (56) dos
acadêmicos assinalaram que a hanseníase tem cura, porém, 11,1% (7)
acreditaram que ainda não existe cura contra a doença, talvez pelo fato da
enfermidade apresentar muitas sequelas e incapacidades físicas, quando não
tratada inicialmente. Fica claro que a maioria dos participantes conhece a
respeito da cura da patologia, e este percentual de acertos se deve ao sucesso
do tratamento Poliquimioterápico (PQT), que foi introduzido como tratamento
padrão para a hanseníase e foi responsável pela redução significativa da carga
global dessa enfermidade nas últimas duas décadas (OPROMOLLA;
LAURENTI, 2011). Já o percentual de alunos que consideram a doença
incurável deve-se, sobretudo a história da doença, já que no passado não
existia cura e a segregação do portador em hospitais colônia era a única forma
de profilaxia e combate a doença (CID et al., 2012). Os resultados com relação
ao tratamento da hanseníase apontaram que um total de 54% dos
entrevistados desconhece que o portador da hanseníase deixa de transmitir a
doença no início do tratamento, sendo que destes, 44,5% (28) acredita que o
doente só deixa de ser transmissor após o término do tratamento. Apenas 46%
(29) assinalaram a alternativa correta, afirmando, desta forma, o
desconhecimento sobre a ação do tratamento na evolução da doença. Moreira
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et al. (2014), afirma que saber que o doente em tratamento não transmite a
doença é um fato importante para a luta contra o preconceito que ainda permeia nossa realidade. Sabe-se que a PQT, é o atual tratamento para a
hanseníase e que as primeiras doses da medicação destroem os bacilos,
tornando-se incapaz de infectar outras pessoas. Constituída por uma
combinação de medicamentos, a PQT é um tratamento simples, eficaz, de
baixo custo e aceito pelos portadores, motivando a eliminação da doença,
porém, não minimizando a discriminação e o preconceito (CID et al., 2012).
Com relação à forma de contágio da hanseníase 66,7% (42) dos acadêmicos,
afirmaram que o contágio ocorre através do contato com as lesões da pessoa
infectada, após um contato direto e prolongado, 30,1% (19) responderam que
ocorre através das vias aéreas, após um contato direto e prolongado e 3,2% (2)
assinalaram que há transmissão através de contato sexual. Considerando que
a resposta correta seria que o contágio ocorre através das vias aéreas, nota-se
que a grande maioria de acadêmicos não conhece a forma correta de
transmissão da doença. Um percentual expressivo de estudantes afirmou que o
contágio ocorre através do contato direto com as lesões do portador,
contribuindo e reforçando o preconceito e o estigma que acompanha a
hanseníase. Estes dados também confirmam a necessidade de ações em
saúde que viabilizem o conhecimento sobre aspectos inerentes a esta
patologia, de forma que a população possa prevenir e impedir sua
disseminação (MIRANDA et al., 2010). Para Cid et al. (2012), o preconceito e
a discriminação contra os portadores do bacilo de Hansen devem-se,
principalmente, a fatores como a insuficiente informação, relacionada à
transmissão e o tratamento da doença. Quanto ao fator mais preocupante da
hanseníase, notou-se que 50,8% (32) dos entrevistados afirmaram que este
fator é o comprometimento dos nervos, levando a deformidades e
incapacidades físicas, 25,4% (16) referiram ser uma doença altamente
contagiosa e necessitar do isolamento rápido do paciente e 23,8% (15)
assinalaram manchas permanentes na pele. Este resultado mostra que um
total de 49,2%, ou seja, quase metade dos entrevistados desconhece que o
fator mais preocupante é o comprometimento dos nervos. Sabe- se que este
fator é o responsável pelas deformidades e incapacidades físicas causadas
pela doença, e a falta de esclarecimento pode acarretar em um diagnóstico
tardio, contribuindo para o surgimento de sequelas definitivas. Vale ressaltar
que 25,4 % ainda acredita haver necessidade de isolamento do paciente,
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porém desde a década de 1950, com a descoberta de medicamentos, como a
dapsona, foi abolido o isolamento dos doentes (MOREIRA et al., 2014). Dentre
as principais dúvidas percebeu-se que a transmissão e o tratamento da doença
foram as alternativas mais apontadas pelos alunos, ambas com um percentual
de 19% (12). A prevenção da patologia foi à segunda dúvida mais frequente,
com 17,5% (11), em seguida aparece o diagnóstico com 15,9% (10), conceito
com 14,3% (9) e sinais e sintomas com 12,7% (8). Apenas 1,6% (1) acadêmico
afirmou não ter dúvidas. Estes resultados reforçaram o que já foi exposto nos
questionamentos sobre tratamento e contágio. São estas questões que
apresentaram os maiores percentuais de erros, evidenciando a necessidade de
uma maior divulgação de informações, principalmente nestas áreas, para que
possa haver um controle eficaz da doença. De acordo com Almeida et al.
(2014), faz-se necessário o esclarecimento de modo a desmistificar alguns
conceitos errôneos presentes na sociedade e dar oportunidade aos cidadãos
de conhecer as informações adequadas com relação à sintomatologia,
diagnóstico precoce e tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se
na população desta pesquisa uma predominância do sexo feminino, e de
estudantes que cursavam o 3º e 4º semestre, com idades que variaram de 18 a
38 anos, sendo em sua maioria solteiros. A maior parte dos entrevistados
afirmou saber o que é a hanseníase, e respondeu corretamente quando
questionados sobre a cura da doença e sobre quando se deve suspeitar de um
caso de hanseníase. Porém, quando questionados sobre o tratamento, forma
de contágio e o fator mais preocupante da doença, percebeu-se que ainda
existe muita desinformação a cerca da patologia. Ao analisar as principais
dúvidas dos acadêmicos, observou-se maior destaque para a transmissão e
tratamento, reforçando o número de erros nos questionamentos a cerca destes
temas. Tais resultados possibilitaram concluir que os acadêmicos de
enfermagem estão bem informados quanto ao fato da hanseníase ser uma
doença que se caracteriza por lesão (ões) de pele com alteração de
sensibilidade e comprometimento de nervos, e da existência de cura. Em
contrapartida, desconhecem o fato de que é uma enfermidade transmitida
através das vias aéreas após um contato direto e prolongado, cujo doente
deixa de transmitir logo no início do tratamento, mantendo, assim, o
comportamento preconceituoso que se observa historicamente e dificultando o
controle e a profilaxia da doença. A realização deste estudo confirma a
inquietação e percepção da necessidade de reforçar o ensino da hanseníase,
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visando informar e orientar não somente os acadêmicos, mas toda a
coletividade, quanto à sintomatologia, as formas de contágio, as complicações
e o tratamento da patologia. Sugere-se que seja explorada a integração entre a
universidade, os acadêmicos e a comunidade, estimulando a responsabilidade,
a preocupação social e o aprendizado dos estudantes na dimensão
biopsicossocial da doença, para que eles como futuros profissionais, que
cuidarão de portadores da hanseníase, possam prestar um atendimento
qualificado, aliando o conhecimento técnico às questões éticas, sociais e
culturais que cercam a doença. Assim, a universidade cumprirá seu papel de
gerador de conhecimento e suporte aos serviços de saúde, contribuindo para a
eliminação da doença do Brasil.
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ENFERMAGEM DA ALEGRIA: INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS
NO TRATAMENTO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA
Ana Bárbara da Silva Ribeiro, Faculdade Leão Sampaio
Barbara de Oliveira David, Faculdade Leão Sampaio
Gleice Adriana Araújo Gonçalves, Universidade Regional do Cariri
Woneska Rodrigues Pinheiro, Faculdade de Medicina do ABC, Faculdade Leão
Sampaio
Palavras – chave: Ludoterapia. Criança Hospitalizada. Ansiedade.
INTRODUÇÃO: A ansiedade envolve fatores cognitivos, comportamentais,
afetivos, fisiológicos e neurológicos que definem a percepção do indivíduo
sobre o ambiente, assim como o medo que são condições naturais à vida
humana, provocam respostas específicas a algum tipo de ação (CLARK;
BECK, 2012). Estudos apontam que o papel da criança quando posta na
condição de paciente pode ser reprimida pelas rotinas e práticas hospitalares, a
mesma precisa ficar alheia a tudo que lhe é submetido e acontece ao seu redor
além de encontrar-se distanciada dos seus amigos, familiares, da sua escola,
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ou seja, do seu convívio diário. (JANSEN, SANTOS; FAVERO, 2010;
MONTEIRO; CORRÊA, 2012). As atividades lúdicas durante a hospitalização
promovem a melhora do humor, favorecem a distração, diminuem a ansiedade
e o choro, aumentam o apetite e melhoram a adesão ao tratamento. Como
consequência a todos esses fatores, conforme citado na literatura, ocorre uma
modificação fisiológica favorecendo aumento na imunidade da criança e tal fato
implica na melhora global. Sensação de segurança, conforto, e melhor
aceitação do tratamento são também benefícios proporcionados pela
ludoterapia (CONCEIÇÃO; OHARA; ANDRADE, 2011). Em face da
necessidade de reafirmar o papel da criança na sociedade, destaca-se a
importância do lúdico para a criança hospitalizada, o governo tem demonstrado
seu interesse em facilitar atividades lúdicas, de modo a torná-los possíveis em
qualquer instituição de saúde. Assim, em 24 de Março de 2005, o Congresso
Nacional aprovou a Lei 11.104, que torna realidade atualmente a brinquedoteca
hospitalar, lei na qual se obriga a instalação de brinquedotecas com a presença
de um educador em unidades de saúde que atendam crianças em regime de
internação (TONDATTI; CORREA, 2012). Porém vale a pena ressaltar que a
luta pela humanização hospitalar começou bem antes, mais precisamente em
1985 com Patch Adams, onde o mesmo, impulsionado pelo desejo de
disseminar o sorriso, fez uso de uma metodologia inusitada, começou a levar
grupos de palhaços viajando por diversos lugares a fim de propagar a alegria
entre as pessoas. Desde então, outros grupos de abordagem lúdica no
contexto hospitalar foram surgindo influenciados pelas práticas realizadas por
Patch (ADAMS, 2012). Neste processo de humanização hospitalar, o brincar
utilizando a brinquedoteca hospitalar, ajuda na facilitação da comunicação:
profissionais/pais/criança cria uma espécie de vínculo, de confiança e de
compreensão do tratamento por parte da criança (MAIA; RIBEIRO; BORBA,
2011). Assim, diante do exposto, o desenvolvimento desta pesquisa foi
motivado pela necessidade em conhecer a influência da ludoterapia no
tratamento da criança hospitalizada acompanhando o Projeto de Extensão
Enfermagem da Alegria no Hospital Municipal Maria Amélia Bezerra de
Meneses, localizado na cidade de Juazeiro do Norte – CE. OBJETIVO: Avaliar
os efeitos das atividades lúdicas no tratamento das crianças hospitalizadas no
referido hospital. Tornou-se relevante, pois pode aprimorar o conhecimento
sobre a prática de humanização hospitalar tomando a ludoterapia como
técnica. Contribuiu assim para a população acadêmica, científica e para a
sociedade como fontes de pesquisa e informações sobre a ludoterapia em
âmbito hospitalar. MATERIAIS E MÉTODOS: Após aprovação desta pesquisa
no Comitê de Ética, foi realizada intervenção lúdica e a anotação dos dados da
escala de Yale por meio do observador. Os acompanhantes dos pacientes
foram previamente esclarecidos sobre a realização da pesquisa e aceitaram a
participação da criança no estudo, assinando um termo de consentimento livre
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e esclarecido. Foram incluídas na pesquisa todas as crianças que se
encontravam internadas ou na sala de espera do hospital Maria Amélia Bezerra
de Meneses nos meses de julho a agosto de 2014 que estavam
acompanhadas de seu representante legal e que assinaram o TLCE. Não
participaram da pesquisa o indivíduo que se enquadrou nos critérios de
exclusão, a saber: a) não estava acompanhado do responsável b) recusou-se a
assinar o termo c) não encontrou-se internado no hospital mencionado. Para
caracterização da amostra, foi aplicado um questionário aos acompanhantes
contendo informações sobre idade e sexo. Para a realização das observações
as crianças foram divididas em dois grupos, sendo um grupo controle,
denominado (G1) e um grupo de recreação denominado (G2). As crianças do
grupo controle (G1) foram observadas no local de espera e não receberam
intervenção lúdica. As crianças do grupo de recreação (G2) foram observadas
durante as atividades de intervenção lúdica. O observador dos dois grupos de
crianças foi sempre a mesma pessoa, vestido de roupa comum não interferindo
na atuação do grupo lúdico, não havendo contato pessoal entre as crianças e o
observador. Foi realizado um teste piloto da escala com finalidade de
treinamento no mesmo local da pesquisa. As atividades lúdicas foram
realizadas na brinquedoteca do hospital e nos leitos das crianças, de acordo
com sua disponibilidade e os recursos disponíveis. Faziam parte dessas
atividades cantigas, contação de histórias, brinquedos, material para pintura e
desenho e vídeos e os palhaços. Para medir a ansiedade, foi aplicada a Escala
de Ansiedade Pré-operatória de Yale modificada (modified Yale Preoperative
Anxiety Scale, EAPY-m). A EAPY-m é uma escala de observação onde contém
22 itens que são divididos em cinco categorias: atividade, vocalizações,
expressão emocional, estado de despertar aparente e interação com os
familiares. O escore foi avaliado conforme proposto originalmente. Para cada
domínio é atribuído um escore parcial com base na pontuação observada
dividida pelo número de categorias daquele domínio. O escore de cada
domínio é somado aos demais e posteriormente multiplicado por 20. Os
escores considerados “ponto de corte” foram: sem ansiedade (23,4 a 30) e com
ansiedade (maior que 30). Os resultados foram apresentados em tabelas
descritivas. A análise estatística procedeu-se com a comparação dos valores
da escala de ansiedade entre os grupos através do teste Exato de Fisher e do
teste não – paramétrico U de Mann- Whitney, sendo considerada diferença
estatística significativa quando p < 0,05. As análises foram realizadas com o
auxílio do software SPPS statistics 22.0. RESULTADOS/DISCUSSÃO: As
atividades lúdicas durante a hospitalização promovem a melhora do humor,
favorecem a distração, diminuem a ansiedade e o choro, aumentam o apetite e
melhoram a adesão ao tratamento. Como consequência a todos esses fatores,
conforme citado na literatura, ocorre uma modificação fisiológica favorecendo
aumento na imunidade da criança e tal fato implica na melhora global.
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Sensação de segurança, conforto, e melhor aceitação do tratamento são
também benefícios proporcionados pela ludoterapia (CASTRO et.al, 2010). A
amostra foi constituída de 30 crianças, destas 15 eram do grupo G1 e 15 do
Grupo G2, 17 eram meninos e 13 eram meninas, com idade entre 2 e 11 anos.
O grupo G1 apresentou mediana de 48,4, já o G2 apresentou uma mediana de
28,4. Os dados sugerem que as crianças do Grupo 1 apresentaram uma
mediana superior ao ponto limite da escala (30 pontos) o que significa que as
crianças desse grupo apresentam-se ansiosas antes do atendimento, sendo
que estas não receberam a intervenção do grupo Enfermagem da Alegria. Já
as crianças do G2 apresentaram uma mediana inferior ao limite estabelecido
pela escala, o que sugere que estas crianças que participaram da intervenção
do grupo não apresentaram níveis de ansiedade. Outros estudos que também
utilizaram a escala EAPY-m para a avaliação da ansiedade mostraram uma
incidência menor de ansiedade em crianças que tiveram a experiência com o
grupo lúdico (GUARATINI et al., 2006). O ponto de corte da escala
corresponde a 30, ou seja, as crianças com escore abaixo de 30 não são
consideradas ansiosas, e acima deste ponto de corte são consideradas
ansiosas. Foi constatado que do grupo G1 13,4%, das crianças não estavam
ansiosas e 86,6% estavam ansiosas. No grupo G2 foi visto que 66,7% das
crianças não estavam ansiosas e 33,3% apresentavam ansiedade. Os dados
da pesquisa revelaram que maior porcentagem das crianças que participaram
das atividades lúdicas, que são as pertencentes ao G2 expressaram valores
abaixo do “ponto de corte” para a escala EAPY-m, configurando que as
mesmas encontraram-se sem ansiedade. Já as crianças do G1, das quais não
receberam intervenção apresentaram percentis acima do “ponto de corte” (55)
estando estas de acordo com a interpretação da escala, com ansiedade.
Através da aplicação do U de Mann- Whitney pode ser visto na comparação
dos escores da escala EAPY-m que o grupo controle (G1) apresenta diferença
significativa (p < 0,017) em relação ao grupo recreação (G2). Assim pode ser
visto que ambos os grupos não apresentam níveis semelhantes de ansiedade,
ou seja, houve diferença significativa entre eles. O teste Exato de Fisher
mostrou diferença estatística significativa (p<0,007) da prevalência de
ansiedade entre os grupos G1 e G2, o que significa que as crianças do G1
apresentam mais ansiedade do que as crianças do G2. Quando a criança é
mantida na sala de espera ela pode sentir medo, angústia, tristeza, ansiedade,
ou seja, ela pode desenvolver diversas emoções em pouco tempo (WEBER,
2010). Através dos dados coletados relacionados à ansiedade, foi possível
verificar que este fator estava presente em mais da metade das crianças
envolvidas na pesquisa, que não receberam a intervenção. Durante a
observação ainda pode-se constatar que as crianças embora debilitadas pela
patologia, apresentavam interesse significativo em participar das atividades. As
crianças que se recusaram a participar das intervenções e se mantiveram
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angustiadas representaram os escores mais elevados (91,6). Foi-se ainda
constatado que as intervenções não somente reduziam a ansiedade das
crianças, mas como também a do seu familiar acompanhante, dado obtido
através dos relatos dos acompanhantes. A aplicação da ludoterapia no meio
hospitalar transforma-se em um benéfico método no processo de adaptação da
criança, diante de transformações que ocorrerão no momento em que ela é
submetida à internação. Então a ludoterapia surge para ajudar a criança na
fase de aceitação do processo de hospitalização (LINGE, 2013). Os exemplos
da inclusão do lúdico no hospital indicam que a promoção da saúde e o
atendimento hospitalar passam por um momento de transformação deixando
de focalizar apenas na doença, passando a trabalhar o indivíduo como um
todo, conferindo uma assistência englobada nos aspectos psicológicos, sociais
e culturais, além dos aspectos físicos (BRITO et al., 2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a realização do presente estudo foi-se
possível concluir que durante o momento de internação, as crianças que
participaram das atividades lúdicas não apresentaram ansiedade em
comparação com aquelas que ficaram na sala de espera ou que não foram
adeptos a intervenção. Assim percebe-se que o meio lúdico qualifica o
atendimento hospitalar, proporcionando o acolhimento humanizado a criança.
Ainda percebe-se que faz-se necessário garantir que a equipe de enfermagem
enquanto atuante na área pediátrica tenha incentivo e subsídios para trabalhar
com a assistência humanizada, atuando com responsabilidade e de um modo
eficaz no serviço prestado à criança hospitalizada.
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BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA SAÚDE DA PUÉRPERA E DA
CRIANÇA
Dannieli de Sousa Silva Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Eduardo Lourenço dos Santos, Faculdade Leão Sampaio
Jeyzianne Franco da Cruz Silva, Faculdade Leão Sampaio
Francinúbia Nunes Barros, Faculdade Leão Sampaio
Francisca Márcia Costa Pereira, Faculdade Leão Sampaio
Marlene Menezes de Souza Teixeira, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Benefícios. Puérpera. Amamentação.
Criança.
INTRODUÇÃO: Comprovadamente os estudos tem nos mostrado a
importância da amamentação para a saúde da criança, observamos que ha
uma preocupação de propagar-se através de artigos relevantes os benefícios
relacionados para a saúde da mulher. Segundo Azevedo et al. (2010), o
aleitamento materno é um processo fisiológico e traz enormes vantagens em
seus aspectos biológicos, psicológicos e social para as mulheres. Quando a
placenta é expulsa a produção do leite é estimulada a partir do decaimento dos
níveis de estrógeno/progesterona e consequentemente aumento dos níveis de
prolactina estimulando a fabricação do leite pelas glândulas mamárias. De
acordo com a OMS (2010), a prática do aleitamento materno exclusivo deve
ser até os seis meses de vida e o leite materno tem tudo o que os bebês
precisam para crescer com saúde. Além de ser a principal fonte de nutrientes,
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protege a criança de doenças como infecções respiratórias, alergias e diarreia.
Outro aspecto importante é desenvolvimento de ossos fortes e saudáveis. A
OMS considera ideal que 90% a 100% das crianças menores de seis meses
tenham o leite materno como um alimento exclusivo. Segundo Rea (2003)
quando os recém nascidos não alimentam-se de leito materno a probabilidade
de os mesmos adquirirem doenças como: enterecolite necrozante, diabetes
mellitos, alergias e pneumonias torna-se elevada. A Organização Mundial da
Saúde OMS (2005), relata que no aleitamento materno está contida a fonte de
vida de crescimento e desenvolvimento saudável dos recém-nascidos, e
influencia integralmente no processo reprodutivo da mulher com importantes
implicações benéficas para a saúde materna. É imprescindível conhecer e
utilizar as definições de aleitamento materno. Sendo assim a OMS citada por
Brasil (2009) traz essa classificação de em: Aleitamento materno exclusivo –
quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado,
ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de
gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos
minerais ou medicamentos. Aleitamento materno predominante – quando a
criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água
adocicada, chás, infusões) sucos de frutas e fluidos rituais. Aleitamento
materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou
ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.
Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite
materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de
complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber,
além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento
complementar. Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança
recebe leite materno e outros tipos de leite. Atualmente há um significativo
aumento nos indicadores de aleitamento materno exclusivo no Brasil e também
a consolidação de inúmeras estratégias para a promoção do aleitamento
materno tornando as pessoas mais conscientes dos benefícios que ele pode
proporcionar para a mãe e para a criança. Com isso pode-se questionar: há
benefícios da amamentação à saúde da puérpera e concomitantemente à da
criança? O leite materno é considerado o alimento primordial para os seis
primeiros meses de vida da criança, onde o mesmo possui vários nutrientes
que combatem inúmeras doenças e enfermidades ao bebê. Crianças que
recebem leite materno como alimento exclusivo são mais resistentes a
infecções, e doenças. O leite materno possui um importante papel
na imunidade dos bebês, pois contém células de defesa capazes de proteger o
organismo do recém-nascido. Além de ter esses vários benefícios para
promoção da saúde da criança, a amamentação tem seus impactos positivos
também na saúde da puérpera. Tem papel importante no sistema nervoso da
mãe, diminuindo o estresse através do contato entre mãe e filho aumentando o
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vínculo afetivo, auxilia na perda rápida de peso adquiridos durante a gestação
e dentre outros benefícios. Portanto com o que foi relatado, pode-se perceber
que, há sim, vários benefícios da amamentação tanto para a criança quanto
para a mulher, tornando-se um processo vantajoso e ao mesmo prazeroso, no
ato de cuidar e de alimentar-se respectivamente. Dessa forma torna-se
relevante a abordagem sobre esses benefícios uma vez que existem muitas
vantagens, em relatá-los para promoção da saúde da criança e da puérpera,
bem como visualizar um melhor desenvolvimento e crescimento afetivo entre
ambos. OBJETIVOS: Analisar os benefícios da amamentação para saúde da
criança e da puérpera; Discorrer os benefícios da amamentação para a saúde
da criança e da puérpera; Identificar os fatores que contribuem para os
benefícios da amamentação e Promover conhecimentos importantes para
adesão da prática do aleitamento materno. MATERIAIS E MÉTODOS: A
pesquisa foi do tipo exploratório de caráter qualitativo com revisão bibliográfica,
que de acordo com Marconi e Lakatos (2010) é a exploração técnica,
sistemática e exata, onde o pesquisador baseia-se em estudos já realizados
por teóricos anteriores e pesquisas, a fim ter a certeza do método a ser
trabalhado e se realmente está com o delineamento correto. Efetuou-se
pesquisa bibliográfica da literatura com foco nos benefícios da amamentação
para a saúde da mulher e para saúde da criança, através de consulta aos sites
SciELO e LILACS) à procura de artigos publicados com datas recentes e
atualizadas. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os benefícios relacionados à saúde
da criança são inúmeros podemos verificar no estudo de Antunes et al (2006),
onde colabora dizendo: A sucção, deglutição e respiração, funções primárias
do bebê, são desenvolvidas através de uma correta forma de amamentação,
devendo constituir um sistema equilibrado. Mamar não supre apenas a
necessidade de alimentação, satisfazendo duas “fomes”: a fome de se nutrir,
de se sentir alimentado, como também a “fome” de sucção, que envolve
componentes emocionais, psicológicos e orgânicos. Essas duas “fomes”
devem estar em equilíbrio, caso contrário, a necessidade de sucção pode não
ser alcançada, causando uma insatisfação emocional, e assim a criança
buscará substituto como dedo, chupeta, ou objetos, adquirindo hábitos
deletérios. Segundo Carvalho et al (2006), em seu estudo a cerca do
Conhecimento sobre amamentação: comparação entre puérperas adolescentes
e adultas. Colabora dizendo que a amamentação protege as mais diversas
formas de infecções tais quais: respiratórias, otites média, infecções neonatais,
reduzindo também os quadros diarreicos. São uma gama de benefícios
nutricionais, imunológicos, emocionais refletindo consideravelmente na
promoção da saúde da criança e diminuindo significantemente a mortalidade
de lactentes. Segundo Antunes et al (2008): O ato de amamentação propicia o
contato físico entre mãe e bebê, estimulando pele e sentidos. Se a amamentação é
feita com amor e carinho, sem pressa, o bebê não só sente o conforto de ver suas
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necessidades satisfeitas, mas também sente o prazer de ser segurado pelos braços
de sua mãe, de ouvir sua voz, sentir seu cheiro, perceber seus embalos e carícias.
Logo, ao estabelecer esse vínculo entre mãe e filho, há compensação do vazio
decorrente da separação repentina e bruta que ocorre pós-parto, corrigindo fantasias
prematuras frustrantes que o parto possa lhe ter causado como abandono, agressão,
ataque e fome. Ainda segundo Antunes et al (2008), os benefícios para a criança
são repercutidos na fase adulta pois devido a memória imunológica ainda
presente essas crianças agora adultos são beneficiados pela primeira proteção
que tiveram contado quando recém-nascidos na primeira alimentação então
assim o risco de muitas patologias são evitadas como: doenças
cardiovasculares, surgimentos de diabetes até mesmo o câncer. Em relação
aos benefícios da amamentação para saúde da mulher podemos verificar no
estudo de Sterken E (2005), onde ele colabora citando que: Os benefícios
relacionados à mulher após a amamentação são vários: a forma física retorna ao peso
pré gestacional, menor risco de desenvolver artrite reumatóide, risco reduzido de
osteoporose aos 65 anos e menor probabilidade de desenvolver esclerose múltipla.
Hormônios são liberados na corrente sanguínea da puérpera durante as
mamadas e ao final, que contribuem significativamente no quadro emocional,
eles participam do processo de bem está da mulher, são eles; os hormônios de
ocitocina e beta-endorfina, estes hormônios atuam no processo de redução do
nível de estresse e mau humor, causando uma sensação de bem estar, assim
elevando o nível de qualidade de vida da puérpera (ANTUNES, 2008).
Segundo CAMINHA el al (2010), a amamentação repercute na vida social da
mulher isso é evidenciado quando o autor faz o comentário: É marcante a
importância do alimento materno nos custos dos orçamentos familiares e despesas do
Estado. A alimentação dispendiosa quando comparada com o aleitamento natural,
acrescentam-se ainda como custos indiretos, o uso de medicamentos e atendimento
clínicos, ambulatoriais e hospitalares em razão de doenças que poderiam ser evitados
através de uma amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Segundo Gallo et
al apud Martins (2008), a amamentação também contribui significativamente
para a saúde da mulher. Uma delas é vista pela ampliação entre as gestações
e partos é visto quando a mulher amamenta exclusivamente passando assim
ser um método de auxilio anticoncepcional. Podemos observar outra vantagem
de grande valia para a saúde da mulher é que a amamentação interage
impedindo a implantação de neoplasias principalmente câncer de mama e
ovário. É evidenciado, através dos autores supracitados vários benefícios para
saúde da mulher. Muitas mulheres desconhecem esses benefícios ou até
mesmo amamentam pelo o fato de ser vantajoso para saúde da criança e
acabam por vez se beneficiando sem ter ciência do mesmo. Embora seja
comprovado os benefícios para saúde da puérpera ainda falta muito abordar
sobre o assunto. Em um estudo de Coutinho (2014), onde relatou sobre o
Conhecimento das Mães sobre os Benefícios do Aleitamento Materno à saúde
da Mulher foi realizada entrevistas com algumas variáveis e uma delas foi
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perguntada em relação ao conhecimento desses benefícios por parte das mães
no pré-natal e as informações recebidas foram as seguintes de 44 adeptas ao
pré-natal, destas 25 não recebiam informações sobre os benefícios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao fazer uma análise dos resultados foi fácil
perceber a riqueza de benefícios que a amamentação promove para a saúde
da criança, uma vez que a primeira alimentação é primordial por ser riquíssimo
em anticorpos, e a promoção dessa amamentação por pelo os seis primeiros
meses de vida para que essa criança venha crescer forte e saudável tornando
assim um vinculo grandioso e afetivo para a mãe e o recém-nascido. Fazendo
uma análise dos benefícios para à saúde da mulher também observamos
muitas vantagens, mas esses benefícios não são tão abordados com ênfase
quando comparados os das crianças. Estudos têm mostrado seus benefícios,
contudo os estudos também mostram a falta de conhecimentos desses
benefícios por parte das gestantes. Sendo então de grande importância o
fortalecimento de campanhas relacionadas à saúde da mulher para que essa
prática seja ainda mais aderida e promovida pela gestante.
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MODULAÇÕES AUTONÔMICAS EM ALTERAÇÕES DOS MECANISMOS DE
REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM HIPERTENSOS
Eli Carlos Martiniano, Faculdade de Juazeiro do Norte
Danilo Ferreira de Sousa, Faculdade de Juazeiro do Norte
Rutherford Alves Moura, Faculdade de Juazeiro do Norte
Maria Elita da Costa, Faculdade de Juazeiro do Norte
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveir,. Faculdade de Juazeiro do Norte
Milana Drumond Ramos Santana, Faculdade de Juazeiro do Norte
Palavras-chave: Sistema Nervoso Autônomo.
Mecanismos Regulatórios. Hipertensão.
Variabilidade
Cardíaca.
INTRODUÇÃO: O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) se encontra intimamente
ligado ao controle da Pressão Arterial (PA) e da Frequência Cardíaca (FC),
podendo, portanto, ser relacionado como um importante fator fisiopatológico no
desenvolvimento da hipertensão arterial (MENEZES, MOREIRA, DAHER,
2004). Atualmente, é possível conhecer o estado de ação autonômica em que
se encontra o coração, estudando a Variabilidade da Frequência Cardíaca
(VFC). A FC varia batimento a batimento como consequência das adaptações
constantes promovidas pelo SNA para manter o equilíbrio do sistema
cardiovascular podendo estas alterações ser avaliadas através das variações
nos intervalos RR, constituindo assim a VFC (TERRA et al., 2008). A
manutenção da PA é regulada por dois sistemas principais. O primeiro,
mediado neuralmente, é o reflexo barorreceptor; o segundo, mediado
hormonalmente, é o sistema renina-angiotensina-aldosterona, mas, além
destas, ainda existem varias fontes de regulação da PA como a leptina e o
óxido nítrico entre outras. A aldosterona intervém em várias mudanças
inadequadas nos sistemas nervoso e cardiovascular que promovem a
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hipertensão, além de outras doenças cardiovasculares; também há evidências
de que o aumento de leptina plasmática a níveis semelhantes aos encontrados
na obesidade aumenta a PA (BOER-MARTINS et al., 2012). Como
responsáveis pela diminuição da PA têm a ação dos barorreceptores arteriais,
que envolvem principalmente redução reflexa da atividade simpática e aumento
da atividade vagal e a síntese de óxido nítrico que possui ação vasodilatadora
(ROSSI et al, 2009). O SNA é classicamente, dividido em dois grandes
subsistemas: simpático e parassimpático, que possuem características próprias
e atividade exercida por receptores sensoriais especializados e modulados por
neurotransmissores, que, em condições normais, estão em equilíbrio para
manter a homeostasia (FEREZINI DE SÁ et al., 2013).É a integração entre a
modulação simpática e parassimpática que determina a VFC. Como ferramenta
de pesquisa, a avaliação da VFC permite um melhor entendimento da
participação do SNA em diferentes situações fisiológicas e patológicas do
sistema cardiovascular, entre outras. Seu uso tem estimulado grande número
de observações, indicando o valor potencial desta abordagem na expansão dos
conhecimentos sobre as alterações dos mecanismos de controle da pressão
arterial envolvidos na hipertensão (MENEZES; MOREIRA; DAHER, 2004).
Torna-se fundamental este método de avaliação da atividade cardíaca, pois
está bem estabelecido que haja uma forte relação entre a modulação
autonômica cardíaca, avaliada pela VFC, e os fatores de risco
cardiovasculares; onde na presença de um déficit no controle autonômico, seja
pelo aumento da atividade simpática ou pela diminuição da atividade
parassimpática cardíaca, há um aumento da morbidade e da mortalidade por
todas as causas (FEREZINI DE SÁ et al., 2013). OBJETIVO: Descrever as
variações autonômicas sofridas em decorrência de alterações em mecanismos
de regulação da pressão arterial em pessoas hipertensas. MATERIAIS E
MÉTODOS: Este estudo trata-se de uma revisão sistemática de abordagem
qualitativa exploratória, foi realizada através de buscas na base de dados
Scientific Electronic Library Online–SciELO. Na primeira busca foram utilizadas
as palavras “frequência cardíaca e hipertensão” e foram aplicados como filtros:
artigos na área temática sistema cardíaco e cardiovascular, idioma português e
que fossem publicados entre os anos 2008 a 2015. Como resultado da busca,
foram obtidos 14 artigos, porém, destes foram escolhidos apenas 08 para a
confecção desta revisão, pois estes atenderam os critérios de inclusão que
eram: ser artigos originais, estarem disponíveis de forma gratuita,
apresentarem texto completo e que tratassem da hipertensão e dos
mecanismos de regulação da PA. Na segunda busca foram utilizadas as
palavras “variabilidade cardíaca e hipertensão” e foi empregado um único filtro
que era estar disponível no idioma português. Como resultado obteve-se 08
artigos, más, apenas 03 foram utilizados para a construção desta revisão, pois
estes estavam dentro dos critérios de inclusão que eram: tratar exclusivamente
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da VFC associada à hipertensão e que estivessem com textos completos e
disponíveis
gratuitamente.
RESULTADOS/DISCUSSÃO:
O
controle
autonômico cardíaco está intimamente ligado à FC, a qual sofre flutuações
fisiológicas batimento a batimento. Segundo Valenti et al. (2011), esse
mecanismo de controle ocorre através de vias aferentes medulares e vagais,
onde a informação que atinge o sistema nervoso central é modulada e volta ao
coração através das fibras eferentes vagais rápidas e eferentes simpáticas
lentas. Como a dissipação da norepinefrina liberada nas terminações
simpáticas é mais lenta que a da acetilcolina nas terminações vagais, essa
diferença na velocidade de transmissão nas vias colinérgicas e adrenérgicas
resultarão em desigualdades na frequência de modulação desses dois
sistemas no nó sinoatrial. Há evidências de que esta atividade simpática faça
parte não só de mecanismos fisiológicos e da fase inicial da hipertensão
arterial, como também da fase de manutenção dos níveis pressóricos elevados,
junto aos mecanismos de longo prazo relacionados ao balanço hidroeletrolítico
(CORREIA et al, 2003). As oscilações da FC dentro de um padrão de
normalidade é o resultado dessa complexa interação que proporciona uma
significativa VFC e se adapta às necessidades de cada momento (FEREZINI
DE SÁ et al., 2013). A hipertensão esta ligada diretamente a uma
hiperatividade simpática, esta que tem por finalidade aumentar a atividade
cardíaca, ainda existem também evidencias de que um dos causadores desta
condição patológica seria uma sensibilidade do controle barorreceptor
prejudicada, onde seria interferida diretamente a atividade parassimpática. A
queda na atividade parassimpática está também implicada nos baixos valores
daporcentagem das diferenças sucessivas entre os intervalos R-R maiores que
50 ms (PNN50) em pacientes com hipertensão moderada, uma vez que o valor
deste índice do domínio do tempo, que é um dos métodos de avaliação da
VFC, reflete principalmente o tônus vagal (LIMA et al., 2012). Também existem
baixas em outros valores avaliados pela VFC, como o desvio padrão de todos
os intervalos R-R (SDNN) e no espectro de baixa frequência entre 0,04 e 0,15
Hz (LF), a análise de valores como estes podem nos dar antecipadamente
indícios de que está ocorrendo alterações em modulações do SNA, e algumas
destas alterações podem desencadear uma hipertensão, então uma análise
antecipada destes parâmetros poderia ser utilizada para o início de um
tratamento eficaz e fazer com que ocorresse a não evolução desta e outras
patologias. Um dos métodos de recuperação do tônus parassimpático é o uso
de inibidores de enzima conversora de angiotensina II, esta enzima tem papel
vasoconstritor e também faz com que haja a reabsorção de sódio, assim
elevando a PA. Conforme testes realizados por Menezes; Moreira; Daher
(2004) foi comprovado a eficácia do tratamento com inibidores da enzima
conversora de angiotensina II, mostrando que esta enzima é um potente
inibidor da atividade barorreflexa arterial. A ação dos barorreceptores arteriais
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envolve principalmente redução reflexa da atividade simpática e aumento da
atividade vagal, fazendo com que haja diminuição da pressão arterial, pois
estes são receptores que exercem seu papel pelo estiramento da fibra do vaso,
aumentando seu calibre, diminuindo assim a pressão exercida. Outra forma de
regulação da PA é pela atividade do óxido nítrico que possui ação
vasodilatadora, o bloqueio de sua síntese promove importantes alterações no
controle autonômico cardiovascular, entre elas, destaca-se a inversão no
balanço autonômico cardíaco, com o predomínio simpático (ROSSI et al, 2009).
Por sua ação vasodilatadora o óxido nítrico torna-se uma substancia
fundamental no estabelecimento da homeostase circulatória fazendo com que
o lúmen do vaso aumente e assim diminua a pressão exercida pelo fluxo
sanguíneo sobre o vaso. Vários estudos mostram uma correlação positiva entre
o Indice de Massa Corpórea (IMC) e a concentração da atividade da renina
plasmática que é um dos reguladores da PA. A renina é significativamente
maior nos pacientes obesos quando comparados aos magros normotensos,
independente de níveis pressóricos, assim, a ativação do sistema reninaangiotensina-aldosterona está envolvida na hipertensão arterial e na obesidade
(MARTINELLI et al., 2010). Níveis elevados de aldosterona, em associação
com obesidade e resistência à insulina, promovem a inflamação não genômica
e via estresse oxidativo, que desenvolvem hipertensão resistente mediante
uma série de mecanismos (BOER-MARTINS et al., 2012). Essas ações
potenciam a elevação da pressão sanguínea, que ocorre a partir dos efeitos
clássicos da aldosterona para promover a retenção de sal e a expansão de
volume, causando hipertensão. Segundo Boer-Martins et al. (2012), o aumento
de leptina plasmática a níveis semelhantes aos encontrados na obesidade
aumenta a pressão arterial em ratos não obesos é consistente com a hipótese
de que a leptina é um importante elo entre obesidade, atividade simpática e
hipertensão. Uma vez que a obesidade, como já foi visto, desempenha um
papel importante em contribuir para a hipertensão, não é surpreendente que as
concentrações plasmáticas de leptina sejam frequentemente elevadas em
pacientes hipertensos, ou que a leptina e a pressão sanguínea estejam
correlacionadas. Alguns estudos com leptina mostraram que ela regula o
apetite e aumenta o gasto energético pela ativação da atividade nervosa
simpática no tecido adiposo marrom termogênico. Foi também observado que a
leptina gera excitação simpática no rim que, por sua vez, aumenta a pressão
arterial (SANTOS et al., 2013). Alguns estudos evidenciaram que a realização
de exercícios físicos também influencia o controle autonômico cardiovascular.
Foi mostrado que a submissão de treinamento com exercícios físicos aeróbios
apresentavam diminuição na FC, aumento no tônus vagal e diminuição do
tônus simpático cardíaco. Além disso, segundo Carletti et al (2008), ocorre
melhora na sensibilidade barorreflexa, representada pela maior resposta
taquicárdica reflexa à hipotensão induzida e associado a esses efeitos, o
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exercício físico também parece reduzir os valores da PA e aumentar os níveis
de liberação e atividade do oxido nítrico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Como se
pode observar, diversas alterações nas funções fisiológicas podem vir a
desencadear a hipertensão, entre as principais modificações presentes nessa
condição clínica podemos destacar a hiperatividade simpática e uma redução
no tônus vagal, implicando numa baixa atividade parassimpática. O aumento
na atividade simpática proporciona uma baixa VFC, e isso significa que há uma
perca na capacidade de adaptação quando exposto a condições esforço da
atividade cardíaca, tonando o indivíduo susceptível a complicações. A análise
da modulação autonômica se torna viável como método de estudo para
complicações cardiovasculares, pois permite obter um maior conhecimento
sobre alguns dos mecanismos fisiopatológicos, fazendo assim com que se
possam introduzir terapias a fim de aumentar ou reduzir alguma atividade
autonômica, com o propósito de se reestabelecer a homeostasia no organismo
e assim prevenir complicações como a hipertensão arterial, insuficiência
cardíaca congestiva e outras.
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TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR E SUAS INTERFACES: DIAGNÓSTICO
E TRATAMENTO
Eli Carlos Martiniano, Faculdade de Juazeiro do Norte
Danilo Ferreira de Sousa, Faculdade de Juazeiro do Norte
Rutherford Alves Moura, Faculdade de Juazeiro do Norte
Maria Elita da Costa, Faculdade de Juazeiro do Norte
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira, Faculdade de Juazeiro do Norte
Palavras-chave: Transtorno Bipolar. Diagnóstico. Tratamento.
INTRODUÇÃO: O transtorno afetivo bipolar (TAB) caracteriza-se
principalmente por instabilidade do humor, onde estas variações envolvem
mecanismos biológicos, comportamentais, sociais e cognitivos (TONELLI,
2009). Este transtorno acomete frequentemente indivíduos que estão dando
inicio as suas vidas profissionais, sendo aproximadamente em torno dos 20
anos de idade (COSTA, 2008), provavelmente por que nesta fase o indivíduo
tem tendência a passar por algumas frustrações como desenganos amorosos,
a falta de oportunidade no mercado de trabalho, o endividamento constante e
outros fatores. Muitos indivíduos portadores do TAB desenvolvem
comprometimento funcional persistente, à custa de problemas relacionados ao
funcionamento interpessoal (TONELLI, 2009). As repercussões sócioocupacionais derivadas de dificuldades interpessoais variam em intensidade,
podendo surgir a qualquer momento durante o curso do transtorno do humor e
persistir apesar de tratamento farmacológico adequado. Além disso, prejuízos
do funcionamento social podem aumentar as taxas de recaída do TAB,
agravando sua morbidade (TONELLI, 2009).O diagnóstico precoce permite
intervenções terapêuticas antecipadas visando minimizar os sintomas,
melhorar a qualidade de vida e prevenir os transtornos ansiosos na vida adulta.
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Segundo
Braga
et
al
(2008),
modificação
comportamental
e
psicofarmacoterapia com inibidores seletivos de recaptação da serotonina
(ISRS) são opções de tratamento. Muitas vezes estas pessoas acometidas
pelo TAB não são diagnosticadas corretamente, sendo a depressão unipolar o
erro diagnóstico mais frequente ,isso reflete em algumas consequências como:
menor probabilidade de que esses pacientes sejam tratados com medicações
atualmente recomendadas como primeira linha de tratamento; uso mais
frequente de antidepressivos, com seus riscos associados, além de taxas mais
altas de suicídio e hospitalização, o que acaba refletindo nos desfechos e nos
custos (COSTA, 2008).Para uma possível detecção de pessoas acometidas
pelo TAB são avaliadas algumas alterações no organismo destes indivíduos
como mecanismos inflamatórios, pois no desenvolvimento desta patologia
ocorre
tanto
alterações
neuroimunes
como
neuroendócrinas.
A
neuroinflamação é um componente que associa vias disfuncionais e
mortalidade precoce ao transtorno bipolar, tem-se utilizado a neuroinflamação
como um alvo de investigaçãoe um mecanismo implicado na neuroprogressão;
algumas citocinas provenientes de células residentes e provenientes da
periferia tem a capacidade de causar toxicidade e apoptose em neurônios e
células da glia (MAGALHÃES et al., 2012). OBJETIVO: Descrever as
características clínicas, métodos diagnósticos e formas de tratamento no
transtorno afetivo bipolar. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo trata-se de
uma revisão sistemática de abordagem qualitativa exploratória, foi realizada
através de uma busca na base de dados ScientificElectronic Library Online SciELO; para esta busca foram utilizados os descritores “transtorno bipolar” e
“tratamento”, foram utilizados como filtros: artigos na área da psiquiatria, no
idioma português e que fossem publicados entre os anos 2008 a 2014.Como
resultados da busca, foram obtidos 18 artigos, porém, destes foram escolhidos
apenas 10 para a confecção desta revisão, pois estes atenderam os critérios
de inclusão que eram: estar disponíveis de forma gratuita, apresentarem texto
completo, e que se delimitassem fidedignamente a proposta pleiteada por este
estudo, que era expor o transtorno afetivo bipolar, descrever as principais
alterações sofridas e apresentar algumas formas de diagnóstico e tratamento
para este transtorno. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O TAB é uma doença
mental na qual coloca a pessoa em situações extremas, ou em uma autoestima
bastante elevada ou em situações depressivas. Nela o indivíduo recebe
bastante influência do meio externo que pode alterar rapidamente o seu senso
de humor; tanto impactos físicos como psicológicos ou espirituais, são
responsáveis pela repentina mudança (COSTA, 2008). O transtorno pode se
apresentar da seguinte forma: humor irritável com tempestades afetivas, curso
crônico, sintomas mistos de depressão e mania, ciclagem rápida, baixa
recuperação interepisódica e irritabilidade durante todos os episódios (BRAGA
et al, 2008). O TAB proporciona um impacto no funcionamento social,
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ocupacional e familiar no qual o número de separações, divórcios, problemas
acadêmicos e ocupacionais, acidentes e outras doenças clínicas são mais
comuns entre os indivíduos acometidos pela doença. A consequência de tal
fato é que indivíduos com TAB procuram duas vezes mais serviços médicos
gerais no atendimento primário por qualquer razão, e cinco vezes mais serviços
mentais que os controles (TONELLI, 2011). Segundo Caixeta (2009), em
relação à instabilidade emocional, indivíduos com TAB tendem a viver
experiências de emoções negativas, como preocupação, raiva, irritação,
melancolia e vergonha. Características como tendência a ideias irracionais,
baixo controle dos impulsos e dificuldade para enfrentar situações de estresse
também compõem o perfil desses pacientes. Esta doença acomete mais
adolescentes e adultos jovens, pois estes estão passando por mudanças
hormonais e de inserção no meio social, esta faixa etária tem tendência a
sofrer maiores influências do meio externo, pois estão em constante mudança,
tentando achar algum vínculo, algum ambiente em que lhes proporcionem
condições favoráveis ao seu desenvolvimento, e como nem sempre a resposta
é positiva ao que desejam, acabam por mudar seu caráter, transformando
assim sua personalidade em outra totalmente oposta em uma pequena
quantidade de tempo. Essa mudança de personalidade acaba muitas vezes
destruindo vínculos como casamentos, namoros e amizades, pois geralmente
as pessoas não estão preparadas para lidar com uma constante mudança de
personalidade de seus parceiros, o que acaba implicando em um agravamento
do estado do indivíduo que sofre por TAB, porque além do momentâneo estado
de crise, este ainda terá que lidar com a frustração do abandono ou culpa de
alguma situação que tenha ocorrido em seu momento de crise. Uma grande
quantidade de estudos avaliando a presença de disfunção cognitiva em
bipolares evidenciou problemas em diversos domínios do funcionamento
executivo destes indivíduos. De fato, problemas no processamento da atenção,
controle inibitório, flexibilidade cognitiva, velocidade de processamento e
memória de trabalho já foram associados ao TAB (BARBOSA et al., 2009).
Conforme Barbosa et al. (2011) a obesidade e sobrepeso são altamente
prevalentes em pacientes com TAB, e ambos estão relacionados a desfechos
psiquiátricos e físicos adversos. Apetite e atividade física são afetados por
episódios de mania e depressão, por isso o número de episódios da doença e
o número de anos desde o início da doença podem ser importantes na
prevalência de sobrepeso e obesidade de indivíduos com TAB. Na avaliação
diagnóstica do TAB são observadas alterações nos mecanismos inflamatórios
conectados a altos níveis de citocinas pro-inflamatórias, por exemplo, a
interleucina1 (IL-1), a interleucina6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral alfa
(TNF-a) ao episodio depressivo (CAIXETA, 2009). No entanto, ate
recentemente, ainda havia poucos estudos sobre o papel da inflamação no
transtorno bipolar. Isso vem mudando justamente pelo entendimento do papel
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da inflamação na articulação dos fatores neuroimunes, neuroendócrinos e
neuroquímicos. Atualmente existe tratamento da TAB através de
medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso, mais muitas vezes as
pessoas que fazem uso destas substâncias não atingem o prognóstico
desejado, porque muitas vezes deixam de tomar o medicamento, e
interrompem-no antes de concluir o tratamento, essas interrupções fazem com
que o medicamento perca sua função, e até mesmo dificulta possíveis futuros
tratamentos pois o organismo não se encontrará mais apto a reagir ao
componente medicamentoso. Nestas situações é que vem a importante
influencias dos entes mais próximos, pois estes se encarregam de dar
continuidade ao tratamento incentivando o indivíduo acometido pelo TAB,
dando-lhe o apoio psicológico e físico necessário (VASCONCELOS et al.,
2011).O tratamento de indivíduos com transtorno bipolar é uma tarefa
altamente complexa. Antes de tudo, porque envolve estratégias distintas nas
diferentes fases da doença: mania, depressão e eutimia (CHENIAUX, 2011). A
noção de suplementar o tratamento convencional com substancias que aliviem
a sobrecarga oxidativa no transtorno bipolar é interessante e já foi investigada
em ensaios clínicos. A N-acetilcisteina (NAC) tem se mostrado um composto
interessante nesse sentido. Há evidencia de que a NAC aumenta os níveis
cerebrais de glutationa, com um resgate do prejuízo cognitivo causado por
disfunção mitocondrial induzida em um modelo animal (VASCONCELOS et al.,
2011). No transtorno bipolar, esse precursor da glutationa tem se mostrado
eficaz em melhorar o funcionamento associado a sintomas depressivos em
estudos preliminares. De forma geral, esses achados sustentam a hipótese de
um papel do estresse oxidativo na neuroprogressão do transtorno bipolar,
justificando sua importância na pesquisa de novos alvos terapêuticos.Segundo
Costa (2008) mais de um terço da população com TAB abandona sua
medicação duas ou mais vezes, sem consultar seu psiquiatra, e um em cada
dez pacientes com TAB considera parar a medicação alguma vez na sua vida.
Além disso, pelo menos um terço dos pacientes com TAB falham em tomar
mais de 70% da medicação prescrita. A baixa adesão pode ser a principal
causa de recaídas nesses pacientes. Algumas vezes o indivíduo se encontra
tão deprimido que acaba cometendo suicídio, muitas vezes por adversidades
ocupacionais, financeiras, distúrbios alimentares, tudo isso reflete no alto
agravamento de um estado deprimido e a falta de acompanhamento e
assistência qualificada, daí também entra a necessidade de se ter um
profissional qualificado a lidar com este tipo de doença (BARBOSA et al.,
2011).Conforme Magalhães et al. (2012) aproximadamente 25% dos pacientes
tentam suicídio, e os portadores de mania mista parecem apresentar risco
maior. A taxa de suicídio é em torno de 15% para os nãos tratados. Diversos
são os fatores associados às tentativas de suicídio nesses pacientes, entre
eles carga genética, curso da doença, gravidade da mania, tentativas de
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suicídio, início precoce, comorbidades como ansiedade, transtornos
alimentares, adversidades ocupacionais, financeiras e de cuidado à saúde, tais
como dificuldades de acesso ao sistema de saúde, além de fatores sociais,
como a morte de entes queridos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Alguns métodos
para a avaliação diagnóstica são alterações no organismo como mecanismos
inflamatórios conectados a altos níveis de citocinas pro-inflamatórias; isso em
decorrência da inflamação na articulação dos fatores neuroimunes,
neuroendócrinos e neuroquímicos que são alterados em pessoas acometidas
pelo transtorno. O diagnóstico preciso e antecipado torna-se fundamental para
o tratamento, pois como se observou, muitas vezes as pessoas são
diagnosticadas erroneamente e são submetidas a métodos de tratamento não
eficazes, e isso implica no agravamento do estado de saúde do indivíduo
acometido e redução da expectativa de melhora no seu quadro de saúde.
Também ficou evidente a importância de se manter o tratamento, que pode ser
realizado com o suplemento de substancias que aliviem a sobrecarga oxidativa,
como é o caso da N-acetilcisteína que aumenta os níveis cerebrais
deglutationa assim fazendo um resgate no prejuízo cognitivo. Torna-se
fundamental aprofundar estudos sobre novas formas de diagnóstico e
tratamento para o TAB com o intuito de agilizar e ampliar os serviços de saúde
disponíveis, assim como também diminuir o sofrimento das pessoas
acometidas por este transtorno e tornar menor o índice de pessoas
acometidas.
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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM E A TERCEIRA
IDADE: DESVELANDO O CUIDADO SOB A ÓTICA DA TEORIA DA
ADAPTAÇÃO DE CALLISTA ROY
Gislaine Loiola Saraiva Freitas, Faculdade de Juazeiro do Norte
José Lucas Souza Ramos, Faculdade de Juazeiro do Norte
Kelle de Lima Rodrigues, Faculdade de Juazeiro do Norte
Saranádia Caeira Serafim, Faculdade de Juazeiro do Norte
Ruth Nobre de Brito, Faculdade de Juazeiro do Norte
Italla Maria Pinheiro Bezerra, Faculdade de Juazeiro do Norte
Palavras-chave: SAE. Terceira Idade. Teoria da Adaptação. Callista Roy.
Enfermagem.
INTRODUÇÃO: A terceira idade é uma faixa etária que se caracteriza por
mudanças fisiológicas e que precisam de cuidados para que não se tornem
patológicas. Nessa fase da vida, esse processo natural de envelhecimento o
qual diminui de forma progressiva as reservas funcionais, é conhecida como
senescência. O que difere do conceito de senilidade, que são disfunções
decorrentes de mau hábitos ou doenças adquiras durante a vida. Nota-se que
um dos maiores anseios da população idosa é a qualidade de vida, pois
quando possui uma senilidade bem trabalhada, várias consequências positivas
são adquiridas, como um bom desenvolvimento familiar, físico e social. Esse
desempenho satisfatório do trabalho, muitas vezes torna-se limitado por
questões culturais, que desvalorizam o público idoso. Desta forma, a
desmotivação oriunda de questões culturais, impede que os idosos obtenham
hábitos de vida saudáveis principalmente relacionado a patologias, o que
explica por exemplo, que pela idade, um idoso normal possui uma diminuição
na capacidade óssea, porém quando não há hábitos saudáveis, essa
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capacidade se torna mais reduzida, resultando em uma possível osteoporose.
Frente a essas alterações e considerando que o idoso é um ser biopsicossocial
e que o mesmo possui capacidade de adaptação a determinadas situações
internas ou externas, torna-se necessário o estudo e o trabalho da enfermagem
nessa área para diminuição da dependência e consequente melhoria das
relações patológicas e sociais dos idosos. OBJETIVO: o presente estudo,
objetivou implementar a Sistematização da Assistência de Enfermagem, (SAE)
a uma idosa com a sua selinidade prejudicada sob à ótica da Teoria da
adaptação de Callista Roy. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo
de caso realizado no município de Juazeiro do Norte, CE, tendo como sujeito
uma idosa de 60 anos, cadastrada em uma Unidade de Saúde da Família do
referido município. A mesma foi convidada a participar do estudo de maneira
voluntária, sendo informada sobre o tema e os objetivos propostos. Para coleta
de dados, utilizou-se uma entrevista e para organização seguiu-se as etapas
processo de enfermagem: histórico, diagnóstico, planejamento, implementação
e avaliação. Nesse estudo, optou-se por utilizar da Teoria da Adaptação de
Callista Roy, uma vez que esta caracteriza o homem como um ser
biopsicossocial, que desde o seu nascimento passa por constantes mudanças
críticas, e que diante delas, possui uma facilidade de adaptação. Portanto, as
respostas ou adaptações são baseadas em três estímulos de acordo com a
situação enfrentada, são esses: estímulo focal, onde trata-se algo específico
que está desencadeando o problema, sendo voltado para as necessidades
básicas, o estímulo contextual, podendo dessa forma tratar o contexto
ambiental, e o estímulo residual que envolve os particulares de cada individuo,
evidenciando a história pregressa, procedimentos anteriores, etc. Ainda
utilizou-se das Taxonomias NANDA, NOC e NIC, responsáveis pela
sistematização do cuidar para construção dos diagnósticos de enfermagem,
resultados e intervenções de enfermagem, respectivamente. O presente
trabalho respeitou os princípios éticos e legais estabelecidos pela Resolução
466/12 do conselho Nacional de Saúde, que trata da realização de pesquisas
envolvendo seres humanos. O pedido de autorização, fora solicitado através do
termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A entrevista só teve efetivação,
após a usuária receber o devido termo, para que houvesse um consentimento
da mesma. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Conforme discutido anteriormente,
os resultados aqui apresentados seguiram os passos do Processo de
enfermagem, assim como alguns elementos da Teoria de Enfermagem de
Callista Roy, a Teoria da Adaptação. Sendo assim, a partir da coleta de dados,
foi possível identificar alguns diagnósticos de enfermagem, a saber: Dor
crônica relacionado à incapacidade física crônica, evidenciado por relato verbal
de dor; Motilidade gastrintestinal disfuncional relacionado a envelhecimento e
cirurgia caracterizado por dor abdominal e dificuldade de eliminar as fezes;
Constipação relacionado à motilidade do trato gastrintestinal diminuída,
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evidenciado por mudança no padrão intestinal; Risco de nutrição
desequilibrada: mais do que as necessidades corporais relacionado a
disfunção dos padrões alimentares e estilo de vida sedentário; Padrão de sono
prejudicado relacionado a responsabilidades de cuidado caracterizado por
relatos de dificuldade para dormir; Mobilidade física prejudicada relacionada a
prejuízos musculoesqueléticos caracterizado por mudanças na marcha; Risco
de quedas relacionado a mobilidade física prejudicada; Risco de olho seco
relacionado a dano à superfície ocular e doenças autoimunes; Processos
familiares disfuncionais relacionado a falta de habilidade para resolver
problemas caracterizado por problemas familiares crônicos; Desempenho de
papel ineficaz relacionado a conflito, caracterizado por insatisfação com o
papel; Sobrecarga de estresse relacionado a estressores intensos
caracterizado por relato de sensação de pressão; Tristeza crônica relacionado
a crises relativas aos estágios do desenvolvimento evidenciado por relato de
sentimentos negativos; Baixa autoestima situacional relacionado a alterações
no desenvolvimento caracterizado por verbalizações auto negativas; Risco de
baixa autoestima crônica relacionado a fracassos repetidos; Distúrbio na
imagem corporal relacionado a mudanças desenvolvimentais caracterizado por
foco na força do passado; Sentimento de impotência relacionado a interação
interpessoal insatisfatória evidenciado por depressão pela deterioração física;
Isolamento social relacionado a alterações na aparência física caracterizado
por afeto triste; Para a solução dos problemas elencados, foi traçado um plano
de cuidados, ressaltando: Aumento do controle da dor após tratamento
medicamentoso e cuidados da equipe de enfermagem; Melhora acentuada na
função gastrintestinal após cuidados terapêuticos da equipe multiprofissional;
Melhora no estado nutricional após orientação de enfermagem; Melhora do
sono após tratamento do ambiente; Diminuição do nível de fadiga após
trabalho da equipe de enfermagem; Após trabalhos terapêuticos com a equipe
multiprofissional, apresentar melhora na locomoção: caminhar; Apresentará
diminuição do risco após trabalho da equipe; Melhora na função sensorial:
visão após adesão a rotinas de preventivas; Melhora na criação de filhos:
desempenho dos pais, após orientações; Melhora no nível de estresse após
ações terapêuticas; Equilíbrio do humor após trabalhos sociais oferecidos pela
equipe; Melhora na autoestima após orientações; Melhora na motivação após
incentivo da equipe; Melhora na aceitação da imagem corporal após
orientações da equipe; Melhora na motivação para resolução de sentimento de
impotência após orientações; Envolvimento social após ações promovidas pela
equipe de enfermagem; Saúde espiritual após ações da equipe religiosa e de
saúde. Diante do que foi exposto e de acordo com a Teoria da Adaptação, o
estímulo focal identificado nesta paciente refere-se às mudanças decorrentes
da terceira idade, em especial a diminuição da capacidade óssea, a
osteoporose. Consequentemente, a dor decorrente da osteoporose,
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desencadeou dores agudas e crônicas além de inúmeros outros problemas,
tais como: mobilidade física e deambulação prejudicada riscam de quedas,
medo, baixa autoestima, isolamento social, religiosidade prejudicada. Sendo
assim, nota-se a importância de utilizar-se como prioridade o tratamento da
diminuição da dor para uma melhora nas outras atividades realizadas pelo
paciente. Essa diminuição torna-se viável pela aplicação de medicamentos e
atividades terapêuticas que possam promover conforto ao paciente,
centralizando então os estímulos focais, contextuais e residuais. Porém, ainda
como uma prioridade, mostra-se a terceira idade como um estímulo residual,
que possui alta relevância diante dos fatos expostos. A técnica para diminuição
de problemas desencadeados pela melhor idade nesta paciente, ainda são os
de educação em saúde que sob a teoria de Roy, resultaria em uma adaptação
trabalhada através do terceiro estímulo, ou seja, aceitação da mesma diante da
sua idade. Sendo assim, ainda torna-se viável a orientação de diversas outras
ferramentas, como atividade física monitorada por profissionais, procedimentos
fisioterapêuticos, dieta prescrita e acompanhada por nutricionista,
procedimento cirúrgico para melhora da visão e assim prevenir consequências
maiores, além de inclusão social e religiosa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a
aplicação da SAE neste estudo permitiu a aproximação da enfermagem com a
paciente idosa, mostrando que a mesma não deve ser vista apenas como um
ser biológico, e sim como um ser que possui uma vida social e um psicológico
a ser trabalhado. Ainda, ofertou-se a oportunidade de estar investigando a
fundo as necessidades descritas pelo paciente a fim de resolvê-las ou
amenizá-las. Por intermédio da teoria da adaptação de Callista Roy, foi
possível identificar os estímulos focais, contextuais e residuais que
possibilitaram um melhor entendimento dos diagnósticos de enfermagem, e
assim traçar com mais precisão, as intervenções a serem realizadas na
paciente idosa. Sendo assim, percebe-se a necessidade de ampliar as
discussões em casos baseadas no processo de enfermagem, nas teorias e na
SAE. Durante a pesquisa sobre o tema abordado, a literatura traz diversos
artigos que possibilitaram algum embasamento, porém, essas ferramentas
ainda voltam o cuidado para o modelo curativista, como por exemplo, o
tratamento único e exclusivo de doenças crônicas, como diabetes mellitus e
hipertensão, em âmbito de atenção primária. Diante dessa realidade, torna-se
necessário a ampliação de programas, políticas e estudos que visem o idoso
como um ser que possui inúmeras necessidades, além das fisiológicas. Outro
ponto que merece destaque é a diminuição da massa óssea no período da
terceira idade, que acarreta uma gama de consequências, chegando a afetar o
psicológico e o social do idoso. Sendo assim, torna-se necessário uma atenção
especial para incentivo de atividades físicas, tanto antes, como nesse período
de vida, além da oferta de alimentação saudável e inúmeras terapias
ocupacionais. Nesse sentido, o estudo evidenciou que o idoso é um ser frágil e
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susceptível a qualquer tipo de problema, facilmente o abalando, principalmente
quando trata-se de um problema familiar ou conjugal. Portanto, é importante o
trabalho familiar sob o olhar da equipe de saúde, não só trazendo o modelo
curativista como ferramenta estatística, mas sim, o incentivo a participação
religiosa, grupos sociais promovidos pela atenção primária, apoio psicológico
através de orientações do NASF para a equipe multidisciplinar e acima de tudo,
o planejamento familiar. Portanto, a aplicação da teoria de Callista Roy, e a
implementação da SAE, permitiu mostrar que o trabalho com estímulos é
necessário e evidencia as necessidades e particularidades do paciente,
enquanto objetivo focal, contexto ambiental, familiar e o pessoal, trabalhado de
forma residual.
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INTERVENÇÃO NUTRICIONAL APÓS ALTERAÇÃO ANATÔMICA
ESTOMACAL INDUZIDA PELA CIRURGIA BARIÁTRICA
Andreza Gomes da Silva, Faculdade Leão Sampaio
Renato Felipe de Andrade, Faculdade Leão Sampaio
Nathalia Matos de Santana, Faculdade Leão Sampaio
José Diogo Barros, Faculdade Leão Sampaio
Karoline Silva Carvalho, Faculdade Leão Sampaio
Kamila Silva Carvalho, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Cirurgia Bariátrica. Obesidade. Dieta. Nutrição.
INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo
acúmulo excessivo de gordura corporal. Contudo, deve-se destacar que a
obesidade esta intimamente divida em fatores ambientais, a inatividade física e
principalmente a dieta e que esses fatores associados, explicam o acúmulo de
gordura corporal em grande parcela da população. O sobrepeso e obesidade
são conceituados como acúmulo anormal ou excessivo de gordura no
organismo, resultado de uma ingestão de calorias maior que o seu gasto
energético. Estudos atuais mostram a obesidade como o problema nutricional
que mais cresce no mundo e que afeta um terço da população tanto adulta
quanto adolescente. A obesidade tornou-se problema de saúde pública, uma
vez que as consequências para a saúde são muitas e variam do risco
aumentado de morte prematura a graves doenças não letais, mas debilitantes,
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que afetam diretamente a qualidade de vida. O portador de obesidade mórbida
possui limitações quanto a sua locomoção, que contribui para que a pessoa
não seja aceita no mercado de trabalho, onde direta ou indiretamente, sua
condição pessoal (obesa) pode significar sua exclusão. Projeções sugerem
que não havendo uma intervenção, a população americana provavelmente em
2035 atingirá um valor de 90% dos indivíduos com excesso de peso. Enquanto
no Brasil, os dados da Associação Brasileira para estudo da ObesidadeABESO de 2009 a projeção para 2012 encontra-se bem pessimista: 2,3 bilhões
de pessoas com excesso de peso e 700 milhões de obesos indicando um
aumento de 75% nos casos de obesidade no país. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), durante quase duas décadas, a
obesidade na infância e na adolescência vem crescendo em todo o mundo.
Associadas à obesidade, doenças como diabetes tipo II, hipertensão e
problemas respiratórios estão presentes em muitos casos. Essa população de
obesos é mais propensa a desenvolver doenças cardíacas, pulmonares,
psicológicas, endócrinas, muita das quais persistem na idade adulta. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda diz que qualifica a obesidade
fundamentada no índice de massa corpórea ou IMC e no risco de mortalidade
associada. Assim, a classificação quanto ao IMC considera-se obesidade
quando se encontra um valor acima de 30kg/m 2. Já, de acordo com a sua
gravidade, a OMS define a obesidade como grau I quando o IMC situa-se entre
30 e 34,9kg/m2, obesidade grau II quando o IMC está entre 35 e 39,9kg/m 2 e,
por fim, obesidade grau III quando o IMC ultrapassa 40kg/m 2. Como a
obesidade é uma patologia crônica e multifatorial, seu tratamento envolve
diversas abordagens. Uma orientação dietética, a programação de atividade
física e o uso de fármacos anti-obesidade são os respaldos principais do
tratamento. Entretanto, vários pacientes não respondem a estas manobras
terapêuticas, tendo como necessidade intervenções mais eficazes na condução
clinica de obesidade severa, atualmente a indicação para cirurgias bariátricas
vem crescendo e tornando uma ferramenta diligente para o controle no
tratamento da obesidade. A cirurgia bariátrica tem como princípio básico
restringir a ingestão de alimentos e diminuir a absorção do alimento no
estômago e nos intestinos. Seu objetivo é aumentar a sensação de saciedade
e diminuir os sinais da fome, assim produzindo um estado controlável de
subnutrição, consequentemente ocorrendo à perda de peso, o controle das
comorbidades e melhora da qualidade de vida. A seleção de pacientes para
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realização da cirurgia bariátrica requer um tempo mínimo de 5 anos de
evolução da obesidade e história de falência do tratamento convencional
realizado por profissionais qualificados. A cirurgia estaria contraindicada em
pacientes com pneumopatias graves, insuficiência renal, lesão acentuada do
miocárdio e cirrose hepática Os benefícios apurados por esse procedimento
desenvolvem uma melhora acentuada nas doenças crônicas tal como:
hipertensão, diabetes tipo II e hiperlipidemia. Contudo, o tratamento cirúrgico
da obesidade não se resume apenas ao ato cirúrgico. Indivíduos submetidos à
cirurgia bariátrica, após perda de peso satisfatória, podem recuperar o peso
caso voltem ou não mudem os hábitos alimentares errôneos e o sedentarismo.
Outras causas igualmente importantes podem ser fator para a recidiva de peso,
como exemplo, o consumo excessivo de álcool, a compulsão por doces e
alimentos hiperlipídicos em geral, o aumento do diâmetro da anastomose
gastrojejunal e do comprimento da bolsa gástrica. A recidiva pode ocorrer após
ter a eliminação satisfatória do excesso de peso ou mesmo antes disso,
quando o tratamento em si não surtiu seus efeitos esperados e o paciente não
obteve perda suficiente de peso. Este processo é percebido, mas muitos
pacientes não procuram ajuda necessária com a equipe que o atendeu, por
inúmeros motivos, dentre eles o sentimento de fracasso diante da chance do
emagrecimento efetivo tão esperado com a operação, que agora torna-se um
pesadelo. OBJETIVO: Desse modo o presente trabalho tem como objetivo
destacar a importância da intervenção nutricional no tratamento pós-operatório
da cirurgia bariátrica com a finalidade de promover uma reeducação alimentar
para auxiliar na redução de peso e beneficio para a saúde. MATERIAIS E
MÉTODOS: Para construção das bases do conhecimento sobre o referido
tema, foram utilizados o seguinte recurso: consulta a estudos científicos
publicados em periódicos nacionais, bem como referências bibliográficas
importantes na área de nutrição e medicina. Para tanto, optou-se por uma
revisão bibliográfica desenvolvida e fundamentada a partir da análise de artigos
científicos obtidos nas bases de dados PUBMED, Scientific Eletronic Library
Online (SciELO) e portal CAPES, além de livros-texto de nutrição clínica e
cirurgia. A pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e outubro de
2014, e para tanto foram utilizadas os seguintes descritores: cirurgia bariátrica,
obesidade, dieta, nutrição. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Quanto aos
resultados e discursões pode-se dizer que a partir do procedimento cirúrgico
tem-se o inicio de uma nova jornada. É o início de um período de um a dois
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anos, que prevalecem mudanças comportamentais, hábitos alimentares e
atividade física, com auxilio da monitoração de uma equipe multidisciplinar de
profissionais da saúde. O acompanhamento clínico-nutricional e psicológico
pós-operatório é indispensável para que o tratamento cirúrgico torne-se um
sucesso duradouro. Um dos fatores mais importantes para o sucesso
nutricional é a informação. Todos os pacientes necessitam exaustivamente de
orientações sobre seus novos hábitos de vida e alimentar. O acompanhamento
nutricional individualmente tem que ser de forma adequada para promover o
sucesso da cirurgia, evitando possíveis complicações que possam vir a
aparecer, tais como vômitos, intolerância alimentar e perda de peso
insuficiente. A cirurgia antiobesidade é um procedimento complexo e, assim
como qualquer cirurgia de grande porte, apresenta risco de complicações.
Portanto, o paciente precisa conhecer muito bem qual é o procedimento
cirúrgico e quais os riscos e benefícios que advirão da cirurgia. Desta forma,
além das orientações técnicas, o acompanhamento psicológico é aconselhável
em todas as fases do processo. É de extrema importância que o paciente
cirurgiado seja controlado no mês de sua cirurgia e posteriormente,
principalmente nos primeiros seis meses até completar doze meses de
operado, realizando um controle continuo. Este controle inclui visitas clinicas
para aferição de peso e controlar as concentrações séricas e bioquímicas e
principalmente as consequências nutricionais, durante o primeiro ano feito o
procedimento. Nas consultas de pós-operatório, é importante ressaltar a
necessidade de atenção constante quanto à mastigação até que o alimento se
torne pastoso na boca, além de explicar à acuidade de não consumir maior
quantidade de alimentos do que a recomendada, tal como 50mL em duas e
duas horas de alimento líquidos coados na primeira semana. Na segunda
semana uma alimentação pastosa 100mL de alimentos pastosos, que
oferecem o mínimo de mastigação e que sejam de fácil digestibilidade, e na
terceira semana alimentos sólidos são introduzidos, 150mL ou 3 colheres de
sopa. O cuidado com a hidratação também se faz necessário, deve-se
esclarecer a ingestão de líquidos, em pequenas quantidades, e de preferência
nos intervalos das refeições, assim evita-se a dilatação do estômago e
influencia no sistema digestivo. A refeição é preferível que ocorra em um local
tranqüilo e nunca apressadamente. Depois da alta hospitalar o paciente adota
um plano gradual de reintrodução de alimentos, sendo que o consumo
energético inicial permanece em torno de 300 a 350kcal/dia aproximadamente
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700kcal na terceira semana. Na terceira semana, com o início da alimentação
de consistência normal, ressalva-se sobre atenção quanto à introdução de
carnes e vegetais crus, devido que alguns pacientes costumam a referir
intolerâncias especificas. Alimentos causadores de flatulência são evitados
inicialmente, assim como bebidas gaseificadas, doces e gorduras, quando a
quantidade de alimento for compatível coma a capacidade gástrica, ao mesmo
tempo em que a mastigação for feita de forma adequada, há grandes chances
de uma boa adaptação sem ocorrência de vômitos e intolerâncias alimentares.
Porém, se houver a necessidade de substituições devido a intolerância
alimentar o nutricionista deverá sugerir para substitutos adequados, de forma
que garanta a presença de todos os grupos de alimentos no novo padrão
alimentar a ser implantado. Em relação aos micros e macros nutrientes,
dependendo da cirurgia como a Fobi-Capella, há uma maior restrição calórica.
Os micronutrientes também são afetados e não conseguem atingir 50% do
recomendado pela Dietary Reference (DRI), havendo uma necessidade de
suplementação com vitamínico-mineral. Na cirurgia de Capella a ingestão de
proteína fica debilitada devido o anel de contenção e conseguintemente da
formação da pequena bolsa gástrica, que comporta apenas 24 gramas por dia
ao final do terceiro mês e de 41 gramas por dia ao final de 12 meses. Assim
torna-se necessário neste caso a suplementação de proteína para que possa
alcançar no mínimo de 60 gramas por dia conforme preconizado nos estudos
de cirurgia bariátrica. Como os nutrientes tiveram o seu sitio de absorção
alterado, necessitam de suplementação sejam eles vitaminas ou minerais, para
que não ocorram conseqüências nutricionais principalmente no primeiro ano da
cirurgia como: deficiência de ferro, hipoalbuminemia, vitamina B12, anemia,
desnutrição protéica, deficiência de tiamina que pode causar encefalopatia de
Wernicke com quadro de neuropatia irreversível ou até óbito. O
acompanhamento nutricional no pós-operatório com verificação da evolução
clinica e bioquímica e realização da anamnese alimentar qualitativa e
quantitativa, dará ao nutricionista condições de prestar assistência a este
paciente. O sucesso do tratamento cirúrgico da obesidade em um paciente
requer um acompanhamento alimentar pós-cirurgia, de forma que aconteça a
perda de peso e seja evitada a depleção de vitaminas, minerais e proteínas. Ou
seja, a cirurgia bariátrica não representa o fim do tratamento contra a
obesidade, e sim, o início de período de mudanças comportamentais,
principalmente relativas aos hábitos alimentares. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
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O acompanhamento por uma equipe multidisciplinar em saúde é fundamental
para garantir uma adaptação ao novo estilo de vida, mais rapidamente. O
período imediatamente após a cirurgia é relatado pelos cirurgiados como sendo
um dos mais difíceis. É a fase de recuperação do ato cirúrgico, de maior
desconforto e de adaptação à nova dieta. Junta-se a tudo isso a expectativa, a
ansiedade e a insegurança do novo período. No pós-operatório, as mudanças
rápidas que acontecem, tanto relacionadas aos hábitos alimentares, quanto às
mudanças do próprio corpo, acabam exigindo do paciente uma reflexão, e
emergem questões emocionais. A cirurgia bariátrica é apenas uma das etapas
na qual o direito a saúde deve ser aplicado, isso porque, não basta que seja
realizado a cirurgia, a pessoa necessita de um tratamento psicológico póscirúrgico, uma reeducação alimentar através dos profissionais de nutrição,
assim como um tratamento através de cirurgia plástica para remover o excesso
de pele ocasionado pelo emagrecimento. Nesse aspecto, se observa que não é
o simples fato de realizar a cirurgia e achar que já resolvido o problema da
pessoa obesa. O Sistema Único de Saúde tem o dever de amparar essas
pessoas, tendo em vista a garantia constitucional da saúde prevista no
ordenamento jurídico brasileiro.
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O CONHECIMENTO POPULAR EM RELAÇÃO AO USO DE PLANTAS
MEDICINAIS NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE – CE
Francinubia Nunes Barros, Faculdade Leão Sampaio
Dannieli de Souza Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Jeyzianne Franco da Cruz Silva, Faculdade Leão Sampaio
Maria daniele Sampaio Mariano, Faculdade Leão Sampaio
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Cleide Correia, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Plantas Medicinais. Fitoterápicos. Conhecimento Popular.
INTRODUÇÃO: Sabe-se que, uma planta medicinal é aquela capaz de aliviar
ou curar uma enfermidade, e que normalmente o seu uso é uma forma de
tradição adotada por uma determinada população ou comunidade. Vale
salientar, que para usá-las é necessário conhecer a planta, bem como o seu
preparo. Dessa forma, quando uma planta medicinal é industrializada para
obtenção de um determinado medicamento tem-se neste momento um
fitoterápico, e cada vez mais está crescendo o interesse das empresas em
produzir estes medicamentos devido ao autoconsumo da população, que em
sua maior parte preferem um produto natural a medicamentos de origem
farmacêuticos. O uso de plantas medicinais faz parte da cultura de um povo, e
essa prática já vem sendo utilizada desde os primórdios e com o passar dos
tempos esses conhecimentos são repassados para seus descentes, e assim,
esses saberes populares vai passando de geração em geração ANVISA
(2010). Conforme Junior et al. (2012), nos últimos tempos o uso de plantas
medicinais pela população vem aumentando significativamente. Onde dados da
(OMS) Organização Mundial da Saúde, revela que em torno de 80% da
população utilizam algum tipo de planta para o alivio das sintomatologias em
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que se encontram. Dados mais recente ainda relatam que em torno de 60 a
80% das pessoas de países em desenvolvimento utilizam-se plantas
medicinais como única forma de acesso aos cuidados básicos da saúde, sendo
que deste total, uma grande parte tanto usam ervas ou preparações destas
como sendo o uso de extratos mais prevalentes. De acordo com Badke et al.
(2011), muitos fatores tem contribuído para o aumento da utilização de plantas
medicinais entre eles o auto custo dos medicamentos industrializados, difícil
acesso das pessoas a assistência médica, bem como a tendência da
população em usar produtos de origem natural. Porém, é bom ressaltar que
mesmo utilizando produtos naturais deve-se ter cautela no que desrespeito ao
uso de plantas medicinais, pois uma vez que usado em excesso poderá
acarretar sérios danos à saúde. Acredita-se que, o cuidado realizado por meio
das plantas medicinais seja favorável à saúde humana, sendo de fundamental
importância que o usuário tenha conhecimento prévio quanto a sua finalidade,
riscos e benefícios, para isso cabe ao profissional de saúde, especialmente o
enfermeiro considerar tal recurso de origem popular na sua prática de cuidar,
viabilizando um cuidado singular, centrado nas crenças, valores e estilo de vida
das pessoas cuidadas. Sabe-se que, existem os grupos mais vulneráveis a
determinadas situações a exemplo os idosos, e com isso se faz necessário
maiores cuidados, uma vez que estes apresentam uma diminuição na taxa do
metabolismo, e outros ainda possuem órgãos com função comprometida que
de certa forma acarreta dificuldade na metabolização dos princípios ativos das
plantas medicinais. A partir do crescimento e da utilização da prática
desenfreada do automedicamento, pela procura dessas plantas houve a
necessidade da regularização do consumo através de portarias que foram
criadas para tornar uma prática complementar terapêutica no restabelecimento
da saúde do ser humano. Não apenas para beneficiar a área da fitoterapia e
plantas medicinais, mas também para reforça o crescimento da homeopatia,
plantas medicinais e fitoterapia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, assim
como para observatórios de saúde do termalismo social e da medicina
antroposófica, promovendo a institucionalização destas práticas no SUS.
Surgiu então a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecida pela Portaria nº 971,
de 03/05/2006, do Ministério da Saúde, tendo ação no SUS, nas três esferas
de governo municipal, estadual e federal (BRASIL, 2006). A Política específica
relacionada ao assunto é Política de “Plantas Medicinais e Fitoterápicos”
aprovada pelo Decreto Presidencial nº 5.813, de 22/06/2006, ela vem assumir
de fato a responsabilidade com a sociedade, a indústria e os profissionais de
saúde, visando garantir o acesso seguro sem comprometer a saúde humana
em nenhum aspecto, veio também gerar uma conscientização do uso racional
das plantas medicinais e fitoterápicas, para que esses produtos naturais sejam
retirados da natureza sem causar prejuízo a mesma, para que dessa forma as
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gerações futuras também sejam beneficiadas com esses produtos. É
importante que toda a população colabore com esta política de saúde, fazendo
sua parte em não utilizar de forma exacerbada, no preparo de forma
inadequada, sendo assim imprescindível a colaboração da sociedade a
respeito da temática (BRASIL, 2006). Nesse sentido, se faz importante que os
profissionais de saúde estejam engajados na Política Nacional de Fitoterápico
para que dessa forma saibam tomar providências quanto ao uso, administração
e orientações a população, prevenindo direto e indiretamente as complicações
como; intoxicações, efeitos adversos e colaterais, o profissional estará
ampliando suas ações à nível terapêutico como também colaborando com a
saúde pública. Diante do exposto, faz-se necessário a verificação da
preferência da população pelo o uso de plantas medicinais, do que os
medicamentos de cunho farmacêutico, pois muitos têm uma visão que as
plantas medicinais além de trazerem menos danos à saúde aliviam suas algias
sem comprometer a saúde. No entanto, é de fundamental importância que a
sociedade como um todo tenha a consciência de que mesmo sendo um
produto natural, se utilizado de forma inadequada como foi citado
anteriormente, acarretara em sérios danos a saúde desde um problema
simples como uma reação adversa, colocando assim a vida das pessoas em
risco. OBJETIVOS: A pesquisa desenvolvida objetivou investigar o
conhecimento e o emprego de plantas medicinais por moradores da cidade de
Juazeiro do Norte-CE; Identificar o uso de plantas meidicinais; descrever as
plantas medicinais utilizadas no cotidiano da população e apontar a utilidades
das plantas medicinais, identificar sua aplicabilidade em doenças e as formas
de obtenção e preparo. MATERIAIS E MÉTODOS: Esta pesquisa foi
desenvolvida, na cidade de Juazeiro do Norte – CE foi coletado dado com
pessoas em uma feira livre no período de 20 de fevereiro a 20 de março de
2015. O presente estudo foi de natureza exploratório-descritiva e
direcionamento quali-quantitativo. Utilizou-se um questionário semiestruturado,
contendo algumas perguntas objetivas e subjetivas. Conforme Cervo e Bervian
(2009), a pesquisa descritiva, busca conhecer diversas situações as quais
ocorrem na vida humana, para que possa descrever registrar e analisar os
fatos variáveis sem manipulá-los, buscando entender seu hábitat natural; já a
pesquisa exploratória realiza descrições precisas de uma determinada situação
a qual quer descobrir, as relações existentes entre seus elementos. A pesquisa
qualitativa difere da quantitativa não só por empregar conhecimentos estáticos,
mas também pela forma de analisar os dados, preocupando-se em analisar e
interpretar os aspectos mais profundos, como o comportamento humano
realizando uma investigação aos comportamentos, tendências, hábitos e etc.
(MARCONE E LAKATOS, 2010). A pesquisa baseou-se na aplicação de um
questionário semiestruturado previamente elaborado pelos pesquisadores,
onde os aspectos avaliados foram as seguintes variáveis: perfil
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socioeconômico, principais plantas utilizadas, formas adquiridas, formas de
preparo e de aquisição e posteriormente apresentados os resultados. Vale
ressaltar, que para a realização do estudo em questão, foram preservados
todos os princípios e direitos éticos dos participantes, representados pela
resolução 196/96 de pesquisa com seres humanos. E para a garantida de que
todos estes direitos fossem respeitados foi dado aos sujeitos da pesquisa, um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que após uma leitura foi
assinados pelos mesmos. Conforme a Resolução 466/2012. RESULTADOS/
DISCUSSÃO: Após aplicação do questionário obteve-se as seguintes
respostas: a maioria afirmou fazer o uso de plantas medicinal sendo um
percentual de 80% dos entrevistados. Segundo Junior et (2012), em seu
trabalho em relação a utilização de plantas medicinais na variável em que se
refere a utilização de plantas medicinais um total de 72% afirmou fazer a
utilização dessas plantas medicinais. Esses dados só vêm mostrar que a
utilização dessa prática ainda é bastante utilizada pelas pessoas, e os dados
ainda são maiores quando se trata da utilização por pessoas idosas. Dentre os
entrevistados 10% foram do sexo masculino e 90% do sexo feminino. Verificouse que a idade média dos entrevistados foi de 60 anos, sendo representado por
um total de 80% da amostra. Outro aspecto avaliado foi em relação à
escolaridade sendo mais de 80% possui ensino fundamental completo. Nos
itens quais plantas utilizadas e parte das plantas, foram mencionados 13 tipos
de plantas medicinais tais quais e seus respectivos nomes científicos: folha de
boldo Pemus boldus, casca do pau ferro Caesalpinia ferrea, folha de hortelã
Mentha, casca de umburuçu Pseudobombax longiflorum, galho de arnica
Arnica montana, casca de ameixa Ximenia americana L, raiz de papaconha
Cephaelis ipecacuanha, folha da pitanga Eugenia uniflora, semente de
mostarda Sinapsis alba com mirasol Helianthus annuus, casca de aroeira
Schinus molle L, folha da goiabeira Psidium guajava, quebra pedra Phyllanthus
niruri L, casca de jatobá Hymenaea courbaril, e barbatimão Stryphnodendron
barbatiman. Quanto à forma obtida foram relacionados: a casca, folhas e
raízes. Diversos problemas de saúde foram relacionados, as morbidades
relacionadas foram: problemas gastrointestinais, ansiedade, inflamação, dor de
cabeça, problemas de cicatrização, algias em membros inferiores, artrose. Em
relação à utilização dessas plantas por essa população foi visto que a folha de
boldo é muito utilizada em distúrbios gastrointestinais, as folhas de hortelã é
para distúrbios respiratórios, a folha da goiabeira para diarreias em especial
para crianças é utilizada, a casca de aroeira, casca de ameixa e a raiz da
papaconha são muito utilizadas em processos inflamatórios e para cicatrização,
a quebra pedra é muito utilizada em problemas relacionado a pedra nos rins, e
o galho de arnica é utilizada para problemas de artrose. Quando foi perguntada
em relação à quantidade de vezes que eles utilizam, uma percentagem de
60%, afirmaram fazer o uso por pelo menos três vezes ao dia. Essa questão de
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automedicação não se baseia apenas na prática, quando se tratará de
fármaco, pois estudos tem mostrado que essa automedicação acontece
também com produtos naturais como mencionado em um trabalho de Oliveira e
Gonçalves (2006) em seu trabalho sobre o potencial de toxicidade por usuários
de Belo Horizonte, foi verificado que um total de 46% dos entrevistados faziam
uso de chás pelo menos uma vez ao dia, no entanto quando perguntado ao
idoso é relatado que o uso é de pelo menos três vezes ao dia, o que pode
configurar um quadro de intoxicação por parte dos mesmos, pois quando o
numero de doses é aumentados ao invés de ocasionar um efeito benéfico,
terapêutico pode ser desencadeado um problema de intoxicação. Uma vez que
a função fisiológica no individuo idoso esta um pouco diminuída, ou seja, o
metabolismo está lento e com isso demora mais tempo para que ocorra a
metabolização e absorção desses princípios ativos presentes nos chás. Nesse
sentido, os profissionais da saúde em especial o enfermeiro, é a pessoa mais
indicada para prestação desses serviços. Junior et. (2012), menciona em seu
trabalho uma atenção especial a esse tipo de prática esses dados merecem e
atenção das autoridades públicas uma vez esse consumo desenfreado sem
nenhuma orientação pode trazer consequências drásticas. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Pode-se verificar que na pesquisa realizada, a utilização de plantas
medicinais é uma prática ainda bastante exercida pela população,
principalmente pelos idosos. A literatura mostrou que muitos dessas plantas
quando utilizadas de forma inadequada ou exacerbadas podem causar
malefícios à saúde, cabendo aos prestadores da saúde ter embasamento
científico, para que dessa forma possam orientar a sociedade quanto aos
riscos. Com isso é importante ressaltar que as plantas medicinais ou
fitoterápicas ainda são consideradas terapias complementares, ou seja, em
hipótese alguma podem ser substituído pelos medicamentos tradicionais já
existentes, sendo assim a automedicação desaconselhada, a não ser que um
médico autorizado queira complementar para reforçar o tratamento. Importante
ressaltar também que os fitoterápicos já são de grande importância para saúde
pública, assumindo um importante papel na sociedade, causando um aumento
da opção terapêutica dos profissionais de saúde fazendo necessário o
conhecimento holístico sobre temática em questão.
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PERFIL DAS PRIMEIRAS OCORRÊNCIAS REALIZADAS PELA EQUIPE DE
SUPORTE AVANÇADO DO SAMU DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO
NORTE – CE
Ana Bárbara da Silva Ribeiro, Faculdade Leão Sampaio
Antônio Marcos Dantas Rodrigues, Escola de Saúde Pública do Estado do
Ceará
Maria Daniele Sampaio Mariano, Faculdade Leão Sampaio
Hermes Melo Teixeira Batista, Hospital Regional do Cariri
Marco Akerman, Universidade de São Paulo
Woneska Rodrigues Pinheiro, Faculdade de Medicina do ABC, Faculdade Leão
Sampaio
Palavras-chave: Assistência Pré-Hospitalar. Serviços Médicos de Emergência.
Perfil Epidemiológico. Sistema Único de Saúde.
INTRODUÇÃO: O componente de urgência e emergência é uma estratégia
dentro da rede de saúde de grande relevância para prestar assistência à
população vítima de alguma injúria que possa trazer danos a sua saúde física e
mental haja vista o grande número de agravos que necessita de um
atendimento rápido e eficaz por uma equipe treinada e capacitada (BRASIL,
2003). O aumento de mortes por causas externas é um fenômeno crescente
em nosso país, as causas externas estão entre as primeiras causas de morte
no Brasil, ficando em primeiro lugar na faixa etária compreendida entre 5 e 39
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anos. As causas externas, não naturais ou ainda violentas representando os
acidentes e as violências propriamente ditas (CABRAL; SOUZA; LIMA, 2010).
Estes chamam a atenção por serem de causas súbitas e inesperadas, bem
como pelo fato de incidência principalmente em jovens. As mortes decorrentes
destas causas, embora existam em número não desprezível, desde tempos
passados continuam com índice elevado na atualidade. Neste sentido as ações
desenvolvidas pela rede de urgência e emergência seja ela pré-hospitalar ou
hospitalar e principalmente pré-hospitalar móvel é de grande relevância para
diminuir e minimizar os agravos e óbitos ocasionados por esses fatores. O
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é uma forma pré-hospitalar
que presta assistências à população através de uma central médica de
regulação, acionada através do número 192 e assim o envio de equipe de
saúde em uma ambulância, motolância, lancha ou ainda aeronaves, para
assistir vitimas de agravos de naturezas diversas como: de natureza clínica,
cirúrgica, obstétricas traumática, inclusive as psiquiátricas que possa
comprometer a saúde das pessoas (BRASIL, 2010). A legislação vigente da
politica nacional de urgência define em sua portaria 2048/2002 que o
atendimento pré-hospitalar móvel na área de urgência consiste na assistência o
mais rápido possível à vitima acometida por agravos de naturezas diversas
como: clínica, cirúrgica, traumática física e mental que posso a levar o
sofrimento, sequelas ou óbito sendo necessário prestar atendimento e/ ou
transporte adequado dentro de um sistema de saúde devidamente
hierarquizado e integrado como se propõe o SUS (BRASIL, 2002). O SAMU
oferece duas modalidades de assistência: o de suporte básico de vida e o de
suporte avançado de vida, dispondo também de um serviço de telemedicina
onde a população recebe orientações do médico regulador, de acordo com a
solicitação do usuário ele pode ou não liberar a ambulância dependendo do
seu julgamento clínico e assim prestar algumas orientações à população
(BRASIL, 2002). O serviço de suporte básico de vida é composto por um
condutor socorrista e um técnico de enfermagem onde ambos, em constante
capacitação profissional, atendem vítimas de menor complexidade, mas que
necessitam de uma assistência rápida e um transporte seguro (MARQUES;
LIMA; CICONET, 2011). A ambulância básica dispõe de equipamentos
utilizados em procedimentos na maioria não invasivos e de baixa complexidade
onde o paciente não corre risco de vida, como: colar cervical, prancha longa,
imobilizadores de membros superiores e inferiores, dentre outros. Essas
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viaturas são classificadas pela portaria 2048/2002 como tipo A (LADEIRA;
BARRETO, 2008). As ambulâncias de suporte avançado classificada como tipo
D pela mesma portaria supracitada, é composta pela equipe de médico,
enfermeiro e condutor socorrista, onde todos passam por capacitações
constantemente, com temas variados voltados para o atendimento préhospitalar móvel. Em suas viaturas os equipamentos são destinados a
procedimentos de alta complexidade e invasivos voltados para suporte
avançado de vida a pacientes críticos que necessitam de intervenções rápidas,
complexas e eficazes, também é um transporte seguro (LADEIRA; BARRETO,
2008). Neste contexto o estado do Ceará ao longo do ano de 2014 vem
ampliando esse serviço e descentralizando da capital para os interiores, seja
grandes cidades ou cidades de menor porte, pois os óbitos por causas
externas, principalmente, podem ocorrer em qualquer localidade. Sendo assim
a cidade de Juazeiro do Norte foi contemplada com um pólo de regulação
médica, sendo o terceiro do Ceará que regula toda região do Cariri e parte da
região centro sul do estado. Desta forma pesquisas sobre as ocorrências
realizadas pela equipe de suporte avançado da cidade de Juazeiro do Norte é
de grande relevância, pois proporcionará um conhecimento epidemiológico dos
atendimentos realizados de acordo com a proposta da ambulância tipo D
preconizada na portaria 2048/2002. A pesquisa se justifica para que com os
conhecimentos obtidos nos atendimentos possa-se direcionar as ações de
promoção e prevenção dos agravos mais acometidos pela população do
referido município, como também intensificar as capacitações aos
colaboradores do suporte avançado de vida. Neste sentido, equipes de
intervenção, regulação e gestão poderão discutir suas falhas, conquistas e
desafios a fim de melhorar e tornar o serviço mais eficaz e resolutivo como
preconiza o sistema único de saúde, o SUS. OBJETIVO: Pretendeu-se
identificar a natureza das ocorrências realizadas pela equipe de suporte de vida
avançado em seu primeiro ano de implantação no município de Juazeiro do
Norte, Ceará, Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste estudo documental, de
corte transversal e natureza quantitativa, utilizamos como fonte de informações
para coleta de dados as fichas de ocorrências realizadas pela equipe de
suporte avançado de vida, no mês de março do ano de 2014 (mês e ano de
implantação do SAMU no município de Juazeiro do Norte–CE), disponibilizados
nos arquivos da base Pólo III do SAMU Ceará. A amostra é classificada como
não probabilística acidental, tendo como foco as ocorrências geradas pelo
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transporte de Unidade de Suporte Avançado (USA) no seu primeiro mês de
funcionamento no município em questão. O lócus da pesquisa foi na base do
SAMU Pólo III, localizado na cidade de Juazeiro do Norte- CE, situado na Rua
Seminário s/n, Franciscanos, localizando-se ao sul com o bairro Pirajá, norte
Centro, leste São Miguel, oeste Salesianos. O período de coleta de dados
compreendeu os meses de março e abril de 2015. Têm-se como critério de
inclusão todas as fichas disponíveis que foram geradas no mês de março e em
que as ocorrências foram realizadas pela equipe de suporte avançado de vida
do SAMU. Como critério de exclusão, foram isentas as fichas que constavam
ocorrências atendidas pela equipe de suporte básico e que foram geradas fora
do mês de março. A ficha de ocorrência é gerada para cada chamado recebido,
sejam as solicitações de socorro e de transporte que são atendidas, ou as que
apenas recebem orientação do médico, por telefone, ou mesmo as que não
são atendidas por falta de recursos no momento, ou por não serem pertinentes.
Nessas fichas foram verificados os seguintes itens: motivo da solicitação de
socorro, descrição da ocorrência, turno do atendimento, dia da semana e o
destino do paciente. Foram descartadas as variáveis que apresentavam déficit
de preenchimento na perspectiva de minimizar vieses de pesquisa. Portanto,
foram analisados os itens das fichas de ocorrência com maior ou completo
preenchimento para definir maior confiabilidade das estatísticas avaliadas,
totalizando 102 fichas. Os dados evidenciados na pesquisa foram analisados e
discutidos à luz da literatura e apresentados de forma descritiva, a fim de
possibilitar a aplicabilidade desses na prática, proporcionando melhoria para o
serviço. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram analisadas 102 fichas de
ocorrências referentes aos atendimentos prestados pela USA de Juazeiro do
Norte, CE, no período de março de 2014, que corresponde ao primeiro mês de
implantação desse serviço no município. Uma vítima grave necessita de um
atendimento disponível em um hospital de referência que viabilize a
continuidade do cuidado prestado em via pública. A escolha de uma
modalidade de transporte requer a avaliação das condições clinicas do
paciente, das suas necessidades de transporte avançado com o tempo de
resposta reduzido, da localização geográfica do lugar e assim são analisados
os riscos e benefícios desse tipo de transporte, com a finalidade em se decidir
em usar ou não o serviço. A Ambulância de Suporte Avançado é um veículo
destinado ao atendimento de transporte de pacientes de alto risco que
necessitem de cuidados intensivos (BRASIL, 2002). Relacionado aos tipos de
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ocorrências, observou-se que 28,43% (29) foram atendimentos neurológicos,
13,73% (14) acidentes de trânsito, 8,82% (9) Transferências inter hospitalares,
6,86% óbitos, configurando mesma incidência para perfuração por arma branca
(PAB) (7), 5,88% (6) cardiovascular, 4,90% (5) agravos traumáticos e 3,92% (4)
de origem psiquiátrica. Outras ocorrências também foram geradas, 20,50% (21)
como aeromédico, distúrbios metabólicos, intoxicação exógena, obstétrica,
Perfuração por Arma de Fogo (PAF), quedas, problemas renais, respiratórios,
tentativa de autoextermínio entre outras, como agressões e vômito. Ressaltase que todos os atendimentos referentes às fichas de ocorrências devem ser
considerados graves, o que não se pode observar na ocorrência gerada como
vômito. Pode-se sugerir a ausência de uma Unidade de Suporte Básico no
momento da ocorrência, sendo o atendimento prestado pelo suporte avançado.
Destaca-se os gastos desnecessários, uma vez que a manutenção de uma
USA é de alto custo. O elevado número de atendimentos neurológicos devese, sobretudo às síncopes, seguida dos casos de convulsões. Embora a
síncope derive de muitas causas, o elevado número de atendimentos pode ter
relação com a dificuldade de acesso ao atendimento continuado na atenção
básica, às medicações ou até mesmo à falta de adesão aos tratamentos
adequados. O também elevado índice de acidentes de trânsito reflete na
abordagem inadequada à prevenção desse tipo de fenômeno, com carência de
programas de sensibilização, conscientização, educação e prevenção de
riscos. O setor de saúde sente as consequências dos acidentes, pois o mesmo
recebe os feridos, contabiliza os óbitos e ainda arca com as consequências dos
indicadores, estes eventos configuram uma sobrecarga nos sistemas de saúde
(LADEIRA; BARRETO, 2008). Ao se avaliar o turno e o dia da semana das
ocorrências, constatou-se que a maioria foi registrada no sábado 28,43% (29),
seguida da sexta feira 16,67% (17) e o turno dia 60,78% (62) com maior
incidência. Esse cenário nos faz refletir o predomínio de ocorrências no final de
semana, os fatores que podem justificar o aumento dos agravos à vida nesse
período podem ser o consumo de bebida alcoólica, mistura de diferentes
pessoas de diversos comportamentos, que sugerem inúmeros eventos, como
aumento do número de homicídios e agressões em geral, bem como acidentes
de trânsito por conduzirem veículos em estado de embriaguez. O turno dia
deve-se ao fato de ser o horário de retorno às atividades do final de semana,
repercutindo no elevado número de eventos. Os hospitais públicos
recepcionaram 61,76% (63) dos pacientes, os hospitais privados participaram
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com percentuais menores 0,98% (1), se comparados aos públicos. Destaca-se
o papel das unidades públicas no recebimento de pacientes, funcionando como
principal porta de entrada de pacientes ao Sistema de Saúde Municipal.
Acredita-se que a reduzida participação dos hospitais privados deve-se ao fato
da continuidade do tratamento e da transferência entre os serviços públicos, os
casos de hospitais privados pode-se dever ao fato do encaminhamento de
pacientes que possuem convênio de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Assim, tendo em vista que o número de atendimentos realizado pelo SAMU no
primeiro mês de funcionamento no município de Juazeiro do Norte – CE foi
significativo, pode-se sugerir que a população reconhece que esse atendimento
ofertado é um dos mais rápidos e eficazes, seja para prestação de assistência
ou remoção da vítima para um serviço de saúde em segurança, diminuindo o
número de iatrogênicas Conclui-se ainda que embora estivesse em período de
implantação, o serviço ofertado pelo SAMU garantiu uma diversidade de
atendimentos à população, o que se evidenciou na natureza das ocorrências,
demonstrando assim a importância deste serviço para a população do
município em questão.
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PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO E INCENTIVO AO AUTOCUIDADO COMO
MEDIDA DE CONTROLE DO DIABETES MELLITUS: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Eloíza Barros Luciano - Universidade Regional do Cariri
Samyra Paula Lustoza Xavier - Universidade Regional do Cariri
Nayara Santana Brito - Universidade Regional do Cariri
Camila Lima Silva - Universidade Regional do Cariri
Maria Naiane Rolim Nascimento - Universidade Regional do Cariri
Pyetro Ramon Pimentel Alencar - Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Diabetes. Autocuidado. Educação em Saúde.
INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) configura-se como um importante
problema de saúde na atualidade, tanto em prevalência, incidência e
mortalidade prematura, como pelos custos envolvidos no controle e no
tratamento de suas complicações. É caracterizado por um distúrbio no
metabolismo dos açúcares, lipídios e proteínas, e caso não haja o tratamento
adequado, provocará lesões graves e potencialmente fatais. O DM é a sexta
causa mais frequente de internação hospitalar e contribui para outras causas
de internações, como: cardiopatias, isquemias, insuficiência cardíaca, acidente
vascular cerebral e hipertensão arterial. Os principais fatores que explicam este
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crescimento são as alterações do estilo de vida e o envelhecimento
populacional, além de história familiar de diabetes. As modificações no
consumo alimentar da população, com o aumento do consumo de gorduras
saturadas e açúcares, associada ao sedentarismo caracterizam-se como um
problema de saúde pública devido ás proporções de pandemia que vem
adquirindo ao longo dos anos. A melhor compreensão das causas e meios que
levam às complicações do DM tem propiciado um tratamento mais adequado e,
consequentemente, o aumento da expectativa de vida e maior sobrevida das
pessoas com diabetes mellitus. Ciente disso, a informação, orientação e a
educação em saúde voltada ao diabetes, são processos de suma importância
na conscientização e no entendimento sobre a doença para o portador. O
cliente deve ser orientado e cuidado por uma equipe de multiprofissionais e,
dentro desse contexto, é importante a realização de grupos educacionais
organizados pelos profissionais da ESF, com objetivo de ampliar os
conhecimentos do paciente acerca da doença, a fim de conquistar do paciente
autonomia, controle da doença e autoestima. Diante da realidade a que os
portadores de diabetes estão predispostos, tais as complicações referentes à
doença, teve-se como problema alvo da intervenção identificar quais os
principais fatores que impossibilitam o paciente de ter um comportamento
apropriado para a manutenção da saúde, visto que, como futuros profissionais
da saúde, temos a responsabilidade de conhecer a doença para ajudar e
orientar os pacientes no autocontrole glicêmico melhorando a qualidade de vida
e os números de agravos decorrentes das descompensações. Este estudo
torna-se relevante uma vez que facilitará ações educativas junto aos pacientes,
família e comunidade para esclarecimentos de questões como informações
sobre as carências e complicações dessa doença que estão ligadas ao
conhecimento do cuidado pessoal diário e ao estilo de vida saudável.
OBJETIVOS: Identificar quais os fatores impeditivos para que os pacientes
portadores de diabetes mellitus possam adquirir comportamentos necessários
para o manejo adequado da doença. Identificar o conhecimento que clientes
diabéticos possuem acerca da sua doença, tratamento e complicações;
Incentivar propostas alternativas para realização do autocuidado. MATERIAIS
E MÉTODOS: O presente estudo trata-se de um relato de experiência sobre
uma atividade de intervenção realizada na Unidade Básica de Saúde, ESF 24,
localizada no Bairro Pio XII da cidade de Juazeiro do Norte - CE. O estudo
ocorreu em novembro de 2014, e as atividades foram divididas em cinco
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momentos. O primeiro momento deu-se através do contato com a enfermeira
da unidade para identificar o perfil dos portadores de diabetes cadastrados,
identificar as principais problemáticas relacionadas ao tratamento, bem como
verificar a disponibilidade da unidade de saúde para realização das atividades.
De acordo com o relato da enfermeira a deficiência na taxa de adesão é maior
entre os pacientes do sexo feminino com idade acima de 55 anos. No período
da coleta dos dados a Estratégia de Saúde da Família (ESF 24) tinha um total
de 45 clientes portadores de diabetes cadastrados, sendo apresentados por
eles tanto o diabetes tipo I como o tipo II. O estudo teve como participantes, os
pacientes que aceitaram participar da atividade e que apresentaram maiores
dificuldades de adesão ao tratamento por não compreenderem a importância e
a necessidade da mudança dos hábitos de vida para que possam manter os
níveis glicêmicos estáveis. Outro critério relevante para seleção dos
participantes do projeto foi o tempo de descoberta da doença, e se realizava o
tratamento na referida UBS, pois nos permitiria avaliar a eficácia do conjunto de
ações realizada para promoção da saúde. Todos deveriam ter um total ≥ 5
anos de tratamento, a partir do diagnóstico da doença. A partir de então, foi
elencado pelos estudantes que o foco da ação seria o incentivo a prática de
exercícios físicos através da educação em saúde, cuja finalidade é o
empoderamento do cliente sob suas decisões em saúde e melhoria da
qualidade de vida através de hábitos de vida saudáveis. O segundo momento
da atividade se deu através do contato com os Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) para entrarem em contato com os pacientes portadores de diabetes de
suas respectivas áreas, e os convidassem a comparecer a unidade de saúde
no dia da atividade, que propositalmente, foi marcada no dia que acontece o
atendimento aos portadores de diabetes na referida unidade. O terceiro
momento ocorreu já no dia da atividade e a equipe da unidade de saúde
reservou um espaço para a realização das ações que foi organizado de forma
que todos os participantes ficassem a frente e se sentissem a vontade para a
troca de experiências e informações sobre a temática. Inicialmente, foi
realizada a entrevista, através de um formulário semiestruturado, que foi
elaborado com perguntas simples, de fácil entendimento e que possibilitasse
aos entrevistados responder as questões utilizando seus próprios termos.
Posteriormente, os participantes foram incentivados a expor suas experiências
relativas à doença, desde o momento da sua descoberta até a atualidade,
relatando as potenciais complicações, tratamentos, dificuldades e desafios na
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readequação de seu modo de vida. Após os participantes relatarem suas
experiências, foi possível identificar as principais necessidades de orientação
sobre o diabetes, e com a finalidade de sanar tais dúvidas, foram apresentados
materiais didáticos expositivos, como cartazes com figuras ilustrativas sobre a
doença e o tratamento apropriado para cada tipo de diabetes, além da
disponibilização de panfletos com orientações sobre a temática. Além desses
materiais, a atividade também utilizou um glicosímetro para aferição dos níveis
glicêmicos dos participantes. O quarto momento das atividades contou com a
participação de duas educadoras físicas, a fim de incentivar a prática de
exercícios físicos e para orientá-los sobre a forma correta da realização das
atividades e ressaltar a importância da prática dos exercícios no tratamento do
diabetes. No quinto momento cada participante avaliou a atividade realizada e
relatou o que tinha adquirido de novos conhecimentos sobre o diabetes e as
formas de tratamento. No momento final teve um coffebreak para os
participantes, cuja finalidade era incentivar a alimentação saudável. A presente
pesquisa de campo foi pautada nos princípios éticos e legais vigentes a
resolução 196/96 do Conselho Nacional da Saúde/ Ministério da Saúde. Os
princípios básicos são a não maleficência, autonomia, justiça e beneficência.
Foi apresentado um pedido de autorização para realização de pesquisa no ESF
24 em estudo por meio de um Ofício e posteriormente um Termo de
Consentimento Livre Esclarecido assinado por cada participante.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os resultados do estudo revelaram que a falta
de informação, seja ela pelo pouco interesse dos próprios pacientes ou de
incentivo por parte dos profissionais, é um fator impeditivo para a prática de
mudanças comportamentais ao passo que não possibilita que os sujeitos
melhorem seus hábitos de vida. Durante a roda de conversa e em posterior
análise dos dados coletados na entrevista, foi possível identificar que muitos
pacientes, mesmo sabendo que o açúcar e a gordura em quantidades elevadas
diariamente trás malefícios e agrava os seus problemas de saúde, estes não
renunciam, e em alguns casos também não diminuem, o consumo de alimentos
como doces, gorduras, dentre outros, quando sabemos que a redução destes
seria necessária para a manutenção da glicemia em níveis adequados. Apesar
dos pacientes terem sido diagnosticados num período igual ou superior a cinco
anos como portadores de diabetes, eles ainda não conseguiram adequar seus
hábitos alimentares aos esperados para o tratamento exigido pela patologia, e
consequentemente não desenvolveram os recursos suficientes, como por
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exemplo, prática de exercícios, não consumir álcool, em casos específicos, que
proporcione o melhor convívio com a doença. Durante esse momento da roda
de conversa, os usuários mostraram-se atentos às experiências relatadas pelos
companheiros, mostrando quando concordavam ou não com o que os outros
falavam. Dessa forma, conseguimos atingir o objetivo desse momento, que era
a troca de experiências e a identificação das necessidades de educação em
saúde dos usuários. Com isso, podemos implementar ações de educação em
saúde voltadas as necessidades daqueles pacientes que eram voltados
basicamente para a mudança no estilo de vida, com adoção de hábitos
saudáveis como alimentação adequada, prática de exercícios e abandono do
álcool. Isso foi feito por meio de cartazes, figuras ilustrativas e orientações.
Nesse momento eles também se mostraram dispostos a aprender o que
estávamos tentando ensinar, sempre atentos ás orientações. Em seguida, em
parceria com as educadoras físicas os participantes foram orientados sobre a
realização de atividades físicas com atividades diárias que podem ser
realizadas em seu próprio domicílio, ou em atividades de lazer, como por
exemplo, a participação das atividades de dança em casas para idosos. Ao
final da experiência, com a avaliação dos conhecimentos adquiridos pelos
usuários, pôde-se perceber pelos seus discursos que eles assimilaram as
informações que lhes foram repassadas durante as atividades, mostrando que
a comunicação estabelecida foi terapêutica e efetiva. Após a intervenção
realizada no ESF 24, foi possível observar o impacto e a importância do
incentivo da educação em saúde sobre a vida dos pacientes portadores de
diabetes, pois assim como os indivíduos tem percepções diferentes sobre o
que é saúde, também têm visões diferentes acerca dos hábitos de vida
adequados para o controle e manutenção eficaz do tratamento do diabetes,
que na maioria das vezes é deficiente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ciente da
necessidade de orientações relativas ao diabetes, o presente trabalho buscou
avaliar e melhorar a compreensão dos participantes sobre alimentação e a
prática de exercícios físicos para o autocontrole do diabetes. Para que esta
situação seja revertida, é de fundamental importância que os profissionais de
saúde realizem de forma simples e objetiva mais programas de educação em
saúde, incentivando a prática de atividades físicas e estimulando a adaptação
de hábitos alimentares de forma que os pacientes possam entender as
exigências necessárias para o convívio com a doença e assim conseguirem
adotar os comportamentos de autocuidado necessários para o controle do
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diabetes. Sabe-se que é difícil mudar o estilo de vida dos pacientes portadores
do diabetes pelo fato de que estes não detêm de conhecimentos e do incentivo
dos quais necessitam. Portanto, a assistência que os profissionais de saúde
devem oferecer a esses pacientes deve ser fundamentalmente voltada à
educação em saúde de forma constante.
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PREVALENCIA DE ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DE FACE
RELACIONADAS AOS HÁBITOS DE SUCÇÃO NÃO NUTRITIVAS NA
PRIMEIRA INFÂNCIA
Mauro Mccarthy de Oliveira Silva,
Nathalia Matos de Santana,
José Diogo Barros,
Vanessa de Carvalho Nilo Bitu,
Andreza Gomes da Silva,
Renato Felipe de Andrade;
Palavras-chave: Infantes. Alterações Morfofuncionais. Sucção.
INTRODUÇÃO: A primeira infância é o período compreendido desde o
nascimento até os seis anos de idade. Trata-se da base para o
desenvolvimento cognitivo, da linguagem, habilidades motoras e de maturação
dos aspectos sócio emocionais. A sucção está diretamente relacionada ao
processo de deglutição e é a primeira atividade muscular coordenada da
criança, sendo percebida desde a vida intrauterina. O processo de sugar é
considerado hábito nutritivo até os três anos de idade e não-nutritivo a partir
dessa idade. Os hábitos orais viciosos mais frequentes estão associados aos
dedos, chupetas, bicos de mamadeira e à sucção da própria língua. A
inexistência de alguns hábitos de sucção nutritiva como a amamentação pode
ser um fator desencadeante para o processo de alterações estomatognáticas,
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devido à instalação de hábitos orais viciosos, bem como a existência de fatores
genéticos e ambientais. Como as crianças desde a vida intrauterina desfrutam
de hábitos sucção não nutritivas, a amamentação torna-se mais fácil devido à
pré-existência dos movimentos faciais de sucção, bem como o antecipado
desenvolvimento muscular facial. Com isso a sucção não nutritiva digital ou de
qualquer outro objeto tem sido fonte de estudo, por ser frequentemente
utilizada e por suas consequências. Percebendo a importância de um completo
acolhimento e desmistificação dos hábitos orais deletérios o desenvolvimento
do estudo torna-se relevante por gerar conhecimento sobre o desempenho e
desenvolvimento das funções de respiração, mastigação, deglutição e fala,
favorecendo dessa maneira um melhor acolhimento e acompanhamento do
correto desenvolvimento da criança, tendo em vista que essas alterações não
afetam somente seu lado estético mais também a interação familiar e funções
vitais já citadas acima. OBJETIVO: Diante dessa problemática, o presente
estudo tem como objetivo identificar a prevalência de alterações
morfofuncionais de face associadas aos hábitos de sucção não nutritiva na
primeira infância em uma comunidade de baixa renda da cidade de Juazeiro do
Norte, Ceará. Possuindo ainda como propósito demonstrar o percentual de
alterações estomatognáticas nos infantes, a fim de corroborar para uma melhor
atenção aos comprometidos. Essa pesquisa com relação à sua natureza pode
ser classificada como pesquisa aplicada, pois visa gerar conhecimentos que
serão aplicados na solução de problemas específicos de saúde e melhoria da
qualidade de vida de um segmento da população, no caso, representado pelas
crianças. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo é do tipo quantitativo,
onde as informações foram analisadas e interpretadas partindo de uma técnica
padronizada de coleta de dados, utilizando como instrumentos questionários e
observação sistemática. Pesquisas dessa natureza são projetadas para gerar
medidas precisas e confiáveis que permitam uma análise estatística, portanto
as informações coletadas serão traduzidas e representadas por números. Do
ponto de vista dos seus objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva, ao
descrever o estabelecimento de relações entre as variáveis, envolvendo o uso
de instrumentos padronizados de coleta de dados, como questionário e
observação. Esse estudo é também experimental no que diz respeito aos
procedimentos técnicos. Nesse tipo de estudo, o investigador não interfere na
realidade, sendo que há manipulação de uma ou mais variáveis independentes
sob adequado controle. A pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde
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(UBS) de número 52, 5º distrito, da rua Carité, bairro Juvêncio Santana, na
cidade de Juazeiro do Norte, no estado do Ceará. A amostra foi composta por
crianças de ambos os sexos na faixa etária de 1 a 5 anos de idade,
regularmente cadastradas na referida UBS. Através das agentes comunitárias
de saúde (ACS) foi realizado um mapeamento dessas crianças cadastradas,
bem como sua identificação para coleta dos dados. Foi realizada uma
entrevista do tipo padronizada direcionada aos cuidadores diretos, com o
objetivo de coletar os dados sócio demográficos das crianças participantes e
informações relacionadas aos hábitos de sucção não nutritiva. Os
pesquisadores realizaram a leitura do questionário individualmente na presença
de cada cuidador e anotaram as suas respostas, assinalando as alternativas
correspondentes a cada criança. As informações coletadas foram
resguardadas sob sigilo e anonimato total e absoluto, ficando na
responsabilidade do pesquisador, respeitando as normas éticas e humanas.
Em todas as etapas foram obedecidos os referenciais básicos da bioética,
sendo assegurados os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade
científica e aos sujeitos da pesquisa, que somente participaram da mesma
após a assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido. Foram
realizadas análises com o intuito de observar a existência de relações
estatisticamente significativas entre as características sócio demográficas
entendidas como fatores de risco: idade, sexo, hábitos de sucção nãonutritiva,
tempo de instalação do hábito e duração, além de outros presentes no
questionário para coleta de dados sócio demográficos. Os resultados coletados
através da entrevista aos cuidadores e da observação das crianças
participantes é discutido tendo como base a literatura pertinente ao tema.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: No presente estudo foram avaliadas 30 crianças
na faixa etária de 1 a 5 anos de idade. Feita a distribuição das crianças
estudadas por faixa etária, pode-se constatar que o grupo com menor número
de crianças foi aquele entre 3 e 4 anos representando 02 infantes. Nas outras
faixas, o número de crianças foi praticamente o mesmo. Podemos constatar a
menor incidência de genitoras que concluíram o 3º grau completo,
representando dessa maneira 01 pessoa pesquisada. Enquanto 08 genitoras
obtiveram conclusão do segundo grau completo, representando dessa maneira
a maioria em relação aos outros graus de escolaridade. Mesmo as mães que
apresentaram conhecimento sobre o uso de chupetas ou outros métodos de
sucção não nutritiva, expõem suas crianças a tais vícios.No entanto o nível de
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escolaridade das mães que dispõe seus filhos a hábitos de sucção não nutritiva
em categorização do 1º grau incompleto à pós-graduação, demonstrando que
aquelas mães graduadas ou pós-graduadas não expunham seus filhos ao
hábito, ou seja, eles sugerem que a frequência das crianças portadoras desses
hábitos torna-se decrescente com o incremento da escolaridade materna. Os
dados representativos do gráfico demonstram que a maior parte das crianças
pesquisadas possuem como cuidadores diretos os pais, representando 19
crianças do total. 03 dos pesquisados são cuidados pela mãe; 02 são criados
somente pelo pai; 05 são cuidados pelos avós e “outros” foi representado só
por 01. Percebe-se que a maior parte das crianças é cuidada pelos pais, e os
menores por outros. O conhecimento sobre a saúde bucal por parte dos
cuidadores é de fundamental importância para um bom desenvolvimento da
criança, havendo mais exposição aos fatores causais e comprometimento do
sistema estomatognático quando há negligência de cuidados por parte dos
cuidadores. O maior índice de crianças predispostas aos hábitos orais
deletérios acontece quando as mães deixam de ser as cuidadoras diretas das
mesmas, geralmente por conta da sua entrada no mercado de trabalho.Foi
observada a maior utilização da sucção digital e sucção de chupeta sobre as
outras formas de vícios orais deletérios, formalizando que das 30 crianças
estudadas, 23 realizam sucção de chupeta e 07 realizam sucção digital.
Dessas variáveis 100% das crianças que utilizam sucção digital possuem seu
horário de utilização a qualquer hora do dia, enquanto as que chupam chupeta
(01) a utilizam durante a noite e 22 durante qualquer período do dia. Existe
predominância do uso de chupetas quando comparada a outros hábitos. Em
estudos realizados por outros autores, de cada 100 crianças, 79 faziam uso de
chupeta e apenas 11 utilizavam como métodos de hábito oral vicioso a sucção
digital. O hábito de sucção de chupeta é muito mais frequente em relação aos
demais, com valores semelhantes ao estudo supracitado. A maior parte das
crianças estudadas possuem como tipo de dentição decídua, com dados
percentuais de 66,7% representando 20 crianças, com predominância em
relação a dentição mista com 10 pesquisados. Na dentição decídua foi
constatado como principais alterações a presença de deglutição atípica em 05
pesquisados, deglutição adaptada em outros 05, projeção lingual durante a
deglutição em 04, maior atividade do músculo orbicular da boca 04 e hiper
atuação dos músculos mentual e orbicular da boca com 02. Na dentição mista
03 crianças apresentaram deglutição atípica, 02 deglutição adaptada, 01
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projeção lingual durante a deglutição, 02 com maior atividade do músculo
orbicular da boca e 02 representaram as crianças com hiper atuação dos
músculos mentual e orbicular da boca. A frequência das alterações de oclusão
dentária diferenciam-se em crianças que possuem dentição decídua de
dentição mista. Portanto, das crianças com dentição decídua 05 apresentam
mordida cruzada anterior, 14 com mordida aberta anterior e01 com mordida
cruzada posterior, esta, mostrando ser a alteração mais comum. Nos infantes
com dentição mista 02 mostraram-se com mordida cruzada anterior, nenhuma
encontrou-se com mordida cruzada posterior e a maior parte da amostra
apresentou mordida aberta anterior (08). Em pesquisa à estudos semelhantes
a este, observou-se que de 09 crianças pesquisadas 08 possuíram mordida
aberta anterior e 01 mordida normal, confirmando dessa maneira a sua
prevalência sobre as outras formas de oclusões dentárias em crianças na faixa
etária estudada. Pôde-se constatar nas crianças com dentição decídua que 11
crianças encontravam-se com pleno vedamento labial, 02 com eversão de lábio
inferior e 07 com hiperfunção do músculo mentual. As crianças com dentição
mista apresentaram 01 de vedamento labial, 02 de inversão de lábio inferior e
07 de hiperfunção do músculo mentual. Corroborando com este estudo, o
resultado da análise de outros autores realizado com 397 crianças, tornou-se
visível a elucidação da grande quantidade pesquisados com eversão labial
inferior, com dados representativos de 29,47% (117 crianças).Foram
observados hábitos de sucção não nutritiva em todas as crianças participantes
deste estudo e em todas elas foram reconhecidas alterações morfofuncionais
de face, tanto naquelas que apresentavam dentição decídua quanto mista. Os
hábitos citados pelos cuidadores foram o uso de chupeta e a sucção digital,
sendo percebido que aquelas que eram sugadores digitais realizavam o hábito
a qualquer tempo enquanto entre as usuárias de chupeta algumas só faziam
sucção durante a noite. Foram percebidas alterações de deglutição do tipo
atípica e adaptada, além de alterações da atividade muscular perioral como:
projeção lingual durante a deglutição, maior atividade do músculo orbicular da
boca e hiper atenuação dos músculos mentual e orbicular da boca.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos resultados obtidos, percebemos a
necessidade de novas pesquisas para observar a duração do hábito nesses
infantes e quais serão as consequências à época da estabilização da dentição
permanente.
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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: SAÚDE E PREVENÇÃO
COM ADOLESCENTES
Cícera Michelle Magalhães de Souza,
Débora Rodrigues Lima,
Francisco Alderlânio Moura de Menezes,
Iêda Maria Brasil Silvestre dos Santos,
Jéssyca Mayane Alencar de Souza,
Palavras-chaves:
Adolescentes.
Doenças
Sexualmente
Transmissíveis.
Prevenção.
INTRODUÇÃO: Ao longo dos anos, as Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST) foram ganhando destaque e sendo cada vez mais discutidas pela
população. Segundo Brêtas et al. (2009), as doenças sexualmente
transmissíveis
representam grave problema de saúde pública pelas
repercussões médicas, sociais e econômicas. Os casos de DST vêm
aumentando em todo o mundo, fato que preocupa a toda comunidade da
saúde. Antes, a susceptibilidade dessas doenças ficava a cargo da classe
pobre do mundo. No entanto, essas doenças estão cada vez mais presentes na
vida de muitas pessoas, sem distinção de classe e/ou sexo. Tudo isso inquieta
os profissionais da saúde quanto aos riscos epidemiológicos, no entanto, os
instigam para melhorar e aprimorar atividades que chamem atenção para esse
problema de ordem educacional, econômico, social e, sobretudo de saúde.
Mesmo sendo uma doença presente nos dias de hoje, sua discussão torna-se
um tabu para a população, principalmente para a classe jovem. As pessoas
ainda associam a transmissão das DST à relação sexual como única via de
contágio. Contudo, é importante esclarecer que objetos compartilhados que
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contenham secreções, transfusões sanguíneas, o parto, ou até mesmo pelo
uso de seringas contaminadas e posteriormente compartilhadas configuram-se
meios de transmissão (AZEVEDO, 2004). Pela própria evolução da
humanidade os adolescentes têm suas experiências, em qualquer âmbito da
vida, cada vez mais precoce, tornando-os um alvo vulnerável. Dessa forma,
tornam-se então, a maior classe acometida pelas doenças sexualmente
transmissíveis. Martins et al. (2006) revelam que aproximadamente 25%,
incluindo todas as doenças sexualmente transmissíveis, são diagnosticadas em
jovens de 25 anos. O gênero mais afetado é o feminino, sendo 40% mulheres
infectadas pelo papilomavírus humano. Mais de 25% dos novos casos de HIV
(Vírus da Imunodeficiência Adquirida) foram diagnosticados em jovens com
menos de 22 anos. Essas altas taxas de novos diagnósticos, principalmente
nos adolescentes, ligam o sinal de alerta para as consequências. Entre os
problemas que surgem com o acometimento dessas doenças, podem ser
destacadas a incapacidade reprodutiva (esterilidade), câncer de colo de útero,
gravidez ectópica, entre outros fatores que colocam em risco a saúde e a
vitalidade dos adolescentes em jogo. Algumas reflexões podem surgir diante
desses fatores, como por exemplo, a ligação entre adolescentes e as DST‟s,
emergindo assim, alguns questionamentos: Os adolescentes necessitam de
informações sobre as DSTS? Os adolescentes têm oportunidades de serem
orientados quanto à prevenção das DST? Caso tenham acesso a informações,
de que forma a educação em saúde acontece? A abordagem utilizada na
educação em saúde facilita a tomada de decisão do adolescente em se
prevenir das DST? Portanto, partindo desses questionamentos, um grupo de
acadêmicos de enfermagem do oitavo semestre de uma instituição particular,
teve a iniciativa de proporcionar um momento de interação com adolescentes
para discussão sobre as DST. Escolheu-se essa temática pela necessidade de
abordá-la, possibilitando a troca de conhecimentos de senso comum e
científico, e daí, construir uma base de reflexão, conhecimento e
conscientização dos valores e das atitudes ao se confrontar com esta nova
fase de suas vidas. O estudo tornou-se relevante para os adolescentes e para
os acadêmicos de enfermagem pela interação obtida e o acesso as
informações referentes às doenças sexualmente transmissíveis. Além disso,
para os profissionais de saúde, esse relato de experiência poderá sensibilizar
na adoção das práticas de educação em saúde como ações primordiais,
sobretudo com um público jovem, em fase de descobertas e transformações do
adolescer. É importante destacar também, a preocupação com a saúde desses
adolescentes, pois a informação, pode mudar o curso da história e tira-los das
estatísticas. OBJETIVOS: Proporcionar um momento de interação com os
adolescentes para discussão sobre as DST‟s; abordar os adolescentes quanto
as DST‟s e esclarecer as principais dúvidas quanto ao assunto e conscientizar
sobre o uso do preservativo. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo trata-se
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de um relato de experiência de uma atividade de Educação em Saúde
realizada a partir do Projeto de Extensão do Núcleo de Intervenção do
Processo Ensino-Aprendizagem em Saúde (NIPEAS) do Curso de
Enfermagem da Faculdade Leão Sampaio. A elaboração do projeto iniciou-se
com discussões sobre a concepção de educação, das concepções
pedagógicas e de sua ligação com a saúde, para de fato, escolher a temática e
o público a serem abordados. O grupo optou em realizar uma intervenção
educativa em saúde em uma turma de 3º. Ano do ensino médio de uma Escola
Pública no município de Crato-Ceará. De acordo com Brêtas et al. (2009), a
adolescência é uma fase com muitas transformações biológicas, psicológicas e
sociais. É o momento de buscar identidade, autonomia, independência,
vocação, etc. Também caracteriza-se em um período de maior risco para
determinados infortúnios. O início da atividade sexual, muitas vezes sem a
orientação adequada, pode ter consequências indesejáveis, como a gravidez
não planejada e doenças sexualmente transmissíveis. Os pais terceirizam as
informações para os filhos, à escola, quando se trata de sexualidade, por
dificuldades em lidar com o tema por não terem vivido também a realidade de
informações com os seus pais (BRETAS et al., 2009). Os mesmos autores
acrescentam que os afazeres cotidianos fazem com que os pais tenham cada
vez menos tempo para conversar com os seus filhos, o que prejudica a
educação destes. O tema sexualidade fica então a cargo da escola ou dos
amigos, quando deveria começar em casa, ser complementada pela escola e
por profissionais de saúde capacitados para essa tarefa. Quanto mais próximos
estiverem pais e filhos, menores serão os riscos de informações errôneas, além
de sempre ser possível a transmissão de alguma experiência positiva para os
mais jovens. Nas escolas, os programas educativos sobre sexualidade
geralmente abordam o tema de forma mais genérica, além de ser insuficiente o
espaço para tirar dúvidas. O importante é que as dúvidas sejam sempre
esclarecidas, sem moralismo, evitando o distanciamento dos adolescentes e
facilitando a adesão de práticas preventivas. Para a ação educativa, o grupo de
acadêmicos, facilitadores, encaminhou um oficio solicitando à direção da
escola a oportunidade de executar o projeto. Após o deferimento da
autorização, agendou-se a atividade que ocorreu no mês de outubro de 2014.
Para tanto, elaborou-se uma estratégia de ensino e um plano de aula. A
primeira medida realizada foi a divulgação na escola em questão utilizando a
comunicação visual, com a distribuição de panfletos e cartazes com palavras
chaves para chamar atenção do público alvo. Dessa forma, gradativamente os
adolescentes poderiam sentirem-se convidados a conversar sobre a temática.
O segundo passo foi fazer um levantamento de estratégias, sobre como se
daria a abordagem do tema escolhido, pois deveria ser focado, de fácil
captação pelo público e de modo que não os intimidasse a participar das
atividades. Outro ponto muito importante foi adentrar o universo do
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adolescente, fazendo pesquisas de vídeos, textos e imagens que pudessem
lhes chamar atenção, e não fazer com que fosse um fardo ouvir todas as
informações que lhes seriam dadas. A partir de encontros dos integrantes do
grupo, facilitadores do projeto e a professora orientadora, foi possível definir o
plano de aula, ou seja, todo o curso do projeto. Ficando acertados: dinâmica,
oficina, vídeos interativos, e o contexto do projeto através de slides.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Ao chegar à instituição, a equipe foi bem
recebida e a direção logo encaminhou os facilitadores para a sala disponível
para realizar as atividades, deixando tudo à disposição caso precisassem. A
equipe logo tratou de organizar a sala, fazendo um círculo com as cadeiras,
testando o Data Show, verificando a melhor posição para que os slides fossem
bem visualizados pelos alunos. Com a chegada dos alunos, e todos
acomodados, as atividades deram início com a apresentação da equipe, o
nome do projeto, instituição e curso aos quais os facilitadores fazem parte, e o
que os levou a desenvolver tal tema. Iniciamos com apresentação de Slides, e
uma aula expositiva, momento de discussão sobre o assunto (tirando dúvidas).
O conteúdo exposto era composto de imagens ilustrativas e ricas em
informações claras, de fácil entendimento, deixando o público alvo atento, e
participativo ao longo da palestra. Utilizou-se de vídeos como forma de ilustrar
o que foi dissertado ao longo de toda palestra. Para Phillippi; Arone (2007), os
cuidados de enfermagem devem ser voltados para alerta dos sinais e sintomas,
orientações quanto ao tratamento, à atenção com os pacientes com doenças
sexualmente transmissíveis em fase de contágio e fazer alerta quanto à prática
da relação sexual com múltiplos parceiros. Todos esses cuidados e
informações devem ser compatíveis com as pessoas que irão receber essas
informações, ou seja, utilizar métodos de fácil aprendizado, explicando o que
pode ocorrer a partir da doença contraída e o que é evitado quando se utiliza
dos métodos certos de prevenção, como o uso do preservativo e um parceiro
fixo. Houve uma oficina, com o auxílio de uma prótese do órgão genital
masculino, sendo que o objetivo da atividade era repassar informações e
instruir os adolescentes quanto ao uso correto do preservativo masculino,
deixando-os livres para demonstrar suas dúvidas e representar como utilizam o
preservativo nas suas vidas sexuais. Segundo Philippi; Arone (2007), o uso dos
métodos preventivos das DST‟s dizem respeito principalmente à educação em
saúde, atenção quanto à prostituição no âmbito da comunidade e acesso a
informações de qualidade e esclarecedoras. Apesar do avanço tecnológico e
científico a única forma de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é
fazendo o uso do preservativo. O sexo seguro/protegido garante para os
envolvidos a certeza e garantia de não vulnerabilidade e susceptibilidade de
tais doenças. Para encerrar as atividades, realizou-se uma dinâmica intitulada
“batata quente” – negociando o uso do preservativo – que funcionava da
seguinte forma: uma bexiga ia passando de mão em mão até que a música
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parasse, com isto, o adolescente com o balão selecionava um cartão que
continha exemplos de episódios relacionados ao namoro e a vida sexual que
possivelmente os adolescentes já tivessem vivido e/ou possam viver. Essa
atividade instigava-os a responder como lidariam com aquela situação. Os
envolvidos no projeto receavam a repercussão do assunto em questão, pois
ainda era um assunto de difícil abordagem, e considerando o público alvo ser
de adolescentes, essa apreensão era constate. No entanto, não houve
dificuldades nem resistência por parte do público alvo. Tanto para iniciar quanto
para desenvolver as atividades previamente preparadas os adolescentes
mostraram-se interessados e satisfeitos com a oportunidade. A equipe de
facilitadores, de um modo geral, ficou surpresa com a repercussão do assunto
abordado. Queria-se que fosse instigante e dinâmico o assunto, mas a equipe
sabia que podia encontrar um público difícil e disperso. Entretanto se
surpreenderam com a disposição dos discentes quanto a ouvir, aprender e
participar do processo ensino-aprendizagem. Ao longo de todo o curso das
atividades os adolescentes pareciam ainda mais curiosos e interessados a
saber sobre o assunto. Isso, motivava, satisfazia e envolvia o grupo no
esclarecimento das dúvidas surgidas. Ao término dos trabalhos alguns alunos
procuraram os facilitadores, reservadamente e confidenciaram dúvidas íntimas,
anseios e experiências associadas à exposição das patologias estudadas. Ao
final os adolescentes e coordenadores da instituição de ensino agradeceram a
presença dos facilitadores e a iniciativa do projeto de extensão enfatizando a
importância de abordar essa temática com os adolescentes. O papel enquanto
facilitadores também foi concluído com sucesso, pois se conseguiu sensibilizar
e alertar o público alvo sabre as patologias envolvidas no projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Analisando as etapas das ações realizadas na
intervenção, percebe-se que todas as ações planejadas se desenvolveram a
contento. Então, pode-se concluir a obtenção de um saldo positivo para todo o
desenvolver do projeto, desde a formulação da temática até o encaixe do modo
dinâmico como seria abordado o assunto. Para os facilitadores do projeto foi
definido como satisfatório à proporção que as atividades foram acontecendo,
uma vez que por ser um assunto de difícil diálogo e conscientização pôde-se
obter êxito ao refletir o máximo de informações com os adolescentes. Para o
público, ficou a sensação de compreensão e desejo de outros momentos para
discussão de suas demandas do adolescer. Espera-se com o relato da
experiência da educação em saúde aqui descrito, possa demonstrar a
importância para os acadêmicos, pois através da atividade de extensão, podese ter a oportunidade de exercitar a prática de educação em saúde com um
público alvo semelhante ao esperado quando estiverem como profissionais
enfermeiros.
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE DURANTE O PRÉ-NATAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Camila Cíntia Abreu Santana, Universidade Federal de Campina Grande
Cláudia Jeane Lopes Pimenta, Universidade Federal de Campina Grande
Thiago Lívio Barbosa, Universidade Federal de Campina Grande
Letícia Milena Freitas Silva, Universidade Federal de Campina Grande
Ana Cláudia Moreira Santana, Universidade Federal de Campina Grande
Antônio Carlos Alves Cartaxo, Universidade Federal de Campina Grande
Palavras-chave: Pré-Natal. Educação em Saúde. Atenção Primária à Saúde.
INTRODUÇÃO: A gestação é um acontecimento bastante significativo na vida
da mulher, o qual é envolto por diversas transformações e modificações
biológicas, psicológicas, sociais e econômicas, por desafios, anseios e
significados intrínsecos a cada indivíduo. Neste período é comum a ocorrência
de mudanças físicas e emocionais que influenciam direta e indiretamente e de
forma positiva ou negativa, na escolha da gestante pelo acompanhamento do
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pré-natal, sendo necessário que os profissionais de saúde ofereçam
esclarecimentos às dúvidas e resposta às curiosidades, além de proporcionar
apoio durante os momentos de medo, angústias e/ou fantasias (BRASIL,
2003). Os profissionais de saúde devem assumir uma postura de educadores,
compartilhando conhecimentos e buscando criar um vínculo de confiança com
a mulher, pois durante o pré-natal há um espaço oportuno para o
desenvolvimento de ações de educação em saúde visando proporcionar um
maior preparo dessa mulher para viver a gestação e o parto de maneira
positiva, integradora, enriquecedora e feliz (SOUZA; ROECKER; MARCON,
2011). Nesse sentido, as ações educativas voltadas para a mulher em período
gestacional apresentam-se como uma importante estratégia de promoção da
saúde e incentivo à adesão/manutenção do acompanhamento de pré-natal. A
promoção da saúde foi pactuada na Primeira Conferência Internacional sobre a
Promoção da Saúde, documentada na Carta de Otawa, onde evidencia a
importância do desenvolvimento de ações coordenadas entre os mais variados
setores da sociedade a fim de criar estratégias que visem o aumento da
capacidade dos indivíduos e comunidades para atuar na melhoria de sua
saúde e qualidade de vida (SANTOS; PENNA, 2009). As ações educativas são
referentes às atividades de educação em saúde com foco no desenvolvimento
de capacidades individuais e coletivas que busquem a melhoria da qualidade e
vida e de saúde de todos os envolvidos nesse processo. A educação em saúde
não está relacionada apenas a processos de intervenção na doença, mas, de
maneira primordial, a processos de intervenção a fim de propiciar estratégias
que mantenham, promovam ou recuperem o estado de saúde daqueles
indivíduos, uma conjuntura na qual estão envolvidos diversos elementos, tais
como fatores orgânicos, psicológicos, socioeconômicos e espirituais (SOUZA;
ROECKER; MARCON, 2011). A educação em saúde durante as consultas de
pré-natal é uma ferramenta inovadora e bastante eficaz, haja vista que é um
meio onde dos profissionais da saúde, principalmente os enfermeiros que
realizam a primeira consulta gestacional, possam transmitir saberes, orientar
sobre inúmeros aspetos relacionados à gravidez, parto e puerpério, e também
esclarecer dúvidas tanto da mãe quanto dos familiares, o que contribui para
uma maior autonomia no processo de cuidado (DUARTE; BORGES; ARRUDA,
2011). A assistência pré-natal garante uma atenção diferenciada para a mãe e
para o bebê, tendo se apresentado, historicamente, como um dos principais
focos da atenção à saúde da população. Tendo em vista a necessidade de
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garantir uma atenção pré-natal de qualidade e reduzir os altos índices de
morbi-mortalidade materna e fetal, foi criado, nos anos 2000, o Programa de
Humanização do Pré-Natal e Nascimento, que proporcionou melhorias no
acesso, cobertura e qualidade do acompanhamento pré-natal, além da
assistência à mulher e ao recém-nascido durante o parto e puerpério. Além
desses benefícios trazidos pelo programa, também houve um grande incentivo
à educação em saúde, fazendo com que esta vigorasse como um importante
aspecto relativo ao pré-natal (CERON et al., 2013). A educação em saúde é
algo que deve ser participativo, não se estabelecendo assim, de forma linear ou
imediata, sendo caracterizada por uma construção constante e cotidiana,
sempre se modificando e reinventando (SANTOS; PENNA, 2009). A partir
disso, percebe-se que o papel de educador durante as consultas de pré-natal
não é algo exclusivo do profissional de saúde, pois quando há o
compartilhamento de informações, todos os envolvidos nesse processo se
tornam tanto fornecedores quanto receptores de conhecimentos, gerando a
construção de um saber próprio para cada indivíduo. OBJETIVO: O presente
relato de experiência tem como objetivo descrever a experiência de
enfermeiros, enquanto estagiários de uma Unidade Básica de Saúde do
município de Cajazeiras-PB, durante a realização de atividades de educação
em saúde com as gestantes atendidas no local. MATERIAIS E MÉTODOS: As
atividades de educação em saúde foram realizadas com todas as gestantes
que recebiam assistência pré-natal na Unidade Básica de Saúde onde os
autores atuavam como estagiários, a qual era localizada na zona urbana do
município de Cajazeiras – PB, no período de agosto a dezembro de 2014. A
cidade de Cajazeiras está localizada no alto sertão paraibano, a 475 km da
capital João Pessoa e apresenta uma população de 58.446 habitantes (IBGE,
2010). Este município apresenta uma rede de atenção primária à saúde
composta por 16 Unidades de Saúde da Família, sendo 12 urbanas e quatro
rurais, onde cada equipe é composta, em sua maioria, por enfermeiro, técnicos
de enfermagem, médico, odontólogo, atendente de consultório dentário e
agentes comunitários de saúde (CAJAZEIRAS, 2014). As atividades de
educação em saúde ocorriam todas as terças-feiras, antes das consultas de
pré-natal, nos períodos da manhã e da tarde, na sala de espera da respectiva
unidade de saúde. Essas ações foram realizadas através de palestras, rodas
de conversa, orientações e esclarecimento de dúvidas sobre os temas:
alimentação saudável, atividade física específica para gestantes, mudanças
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fisiológicas e emocionais, autocuidado, planejamento familiar, sinais de alerta
durante a gravidez, sinais e sintomas do parto, tipos de parto e incentivo ao
parto normal, importância do aleitamento materno e cuidados com as mamas, e
cuidados com o recém-nascido, através de vídeos, interpretações teatrais e
jogos de perguntas e respostas. Também foi elaborado um folder contendo as
principais informações discutidas durante as atividades, a fim de complementar
os conhecimentos adquiridos e houve distribuição de brindes, com o intuito de
estimular ainda mais a participação do público-alvo. Ao fim de cada encontro
sempre era solicitado que as gestantes escrevessem em um papel, de forma
anônima, as suas dúvidas, críticas e sugestões de temas a serem abordados.
RESULTADOS/ DISCUSSÃO: Durante as atividades de educação em saúde,
observou-se que as gestantes se mostraram bastante receptivas e atentas a
tudo que era discutido, sempre questionando e expondo as suas opiniões.
Diante da participação destas mulheres, foi constatou-se que a maioria delas
apresentava pouco conhecimento sobre o período gestacional, principalmente
em relação à alimentação saudável e a prática de atividades físicas durante
essa fase. Também evidenciou-se um grande número de mitos e crenças
relacionados ao aleitamento materno e às mudanças fisiológicas durante a
gravidez, os quais foram bastante discutidos nos encontros e foi incentivada a
amamentação do recém-nascido, mediante a exposição dos benefícios dessa
prática para mãe e filho. No decorrer dos meses em que foram desenvolvidas
essas ações também foi identificou-se que a maioria das mulheres adotou as
recomendações dadas, principalmente em relação aos hábitos alimentares
saudáveis, além disso, o esclarecimento das dúvidas existentes resultou em
um maior fortalecimento do vínculo entre profissional e paciente, tornando as
consultas mais eficientes e prazerosas. A formação de um vínculo entre o
profissional de saúde e a gestante favorece o desenvolvimento de ações
voltadas às necessidades desta de uma maneira integral, não apenas
direcionadas à saúde do bebê, mas proporcionando uma assistência à saúde
da mulher de maneira holística, humanizada e intersetorial, o que facilita as
relações interpessoais e tornam as ações de saúde em uma atenção de melhor
qualidade (VIEIRA et al., 2011). O desenvolvimento de atividades de educação
em saúde com as gestantes possibilitou a troca de experiências entre elas,
gerando discussões e questionamentos sobre os temas apresentados, o que
propiciou o compartilhamento de informações entre profissionais, gestantes e
familiares, e não apenas o depósito de informações, resultando assim, em uma
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maior segurança dessas mulheres em relação à consulta de pré-natal e a
diminuição do número de evasão a cada mês. De acordo com Souza, Roecker
e Marcon (2011), as gestantes sentem a necessidade de receber informações
durante a assistência pré-natal, assim, quando o profissional assegura essa
educação em saúde, elas se tornam multiplicadoras do conhecimento com as
demais gestantes, pois ao trocarem vivências e saberes, geram importantes
fontes transformadoras de suas limitações e necessidades, adquirindo maior
segurança em relação ao domínio do seu corpo e poder de decisão sobre a
sua gravidez. A criação de um espaço para o compartilhamento de
experiências e vivências entre as gestantes, no âmbito grupal, representa uma
condição indispensável, pois surgem como dispositivos que permitem elucidar
dúvidas e incertezas, além de proporcionar a estas o contato com novos
conhecimentos. Dessa forma, torna-se imprescindível que o educador e o
educando percebam que devem agir mediante uma postura dialógica, aberta,
curiosa e indagadora durante o processo de comunicação, evitando agir de
maneira apassivadora e opressora da curiosidade do outro (SANTOS; PENNA,
2009; SOUZA; ROECKER; MARCON, 2011). Após o contato com as gestantes
e a realização das atividades de educação em saúde, percebeu-se a
importância dessas ações antes e durante as consultas de pré-natal, visto que
possibilita a criação de um espaço dinâmica de compartilhamento de saberes e
vivências entre todos os atores envolvidos nesse processo, havendo assim, a
necessidade de realizar outras atividades de educação em saúde com esse
público-alvo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a partir da vivência dos enfermeiros
nessa Unidade Básica de Saúde, percebeu-se a importância de realizar as
atividades de educação em saúde com as gestantes, visto que essas mulheres,
e também seus familiares, se mostraram bastante interessados nos temas
abordados durante os encontros. Além disso, as ações desenvolvidas nessa
casa de saúde também geraram grandes benefícios para as gestantes
assistidas naquele local, pois uma grande parte destas adotou hábitos
alimentares saudáveis, os quais refletiram, direta e indiretamente, na sua
qualidade de vida e satisfação com o período gestacional. Em relação aos
profissionais de saúde, percebeu-se um maior entrosamento entre estes e as
gestantes, uma vez que, durante as consultas de pré-natal, as mulheres se
sentiam mais seguras e confiantes para discutir e argumentar sobre seus
medos, anseios e frustrações, o que criou e/ou fortaleceu o vínculo com aquela
comunidade. Para os estagiários dessa unidade, as experiências adquiridas
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durante as atividades de educação em saúde foram bastante valiosas e
fundamentais para o aprendizado pessoal e profissional, pois possibilitou a
criação de um elo entre o conhecimento teórico-científico adquirido na
universidade e o conhecimento popular adquirido com as gestantes, o que
gerou a construção, reconstrução e a transformação de saberes, resultando em
um grande enriquecimento para todos os participantes. Espera-se que este
relato das experiências vividas pelos autores possa subsidiar o
desenvolvimento de novas ações visando uma assistência pré-natal mais
humanizada, de qualidade, integral e intersetorial, proporcionando benefícios
diretos e indiretos para profissionais, gestantes, familiares, comunidade e para
a sociedade em geral.
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ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO PERÍODO CARNAVALESCO
EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Ítala Keane Rodrigues Dias, Universidade Regional do Cariri
Julia Mota Farias, Universidade Federal do Ceará
Érica Oliveira Matias, Universidade Federal do Ceará
Maria Naiane Rorim Nascimento, Universidade Regional do Cariri
Palavra-chave: Promoção da Saúde. Enfermagem. Escola. Educação em
Saúde. Doenças Sexualmente Transmissíveis.
INTRODUÇÃO: O Carnaval brasileiro é considerado uma das maiores festas
populares do mundo em que a população fica exposta a estímulos
exacerbados de risco e vulnerabilidade como, por exemplo, uso e abuso de
bebidas alcoólicas, acidentes de trânsitos, e relações sexuais desprotegidas
(SILVA, 2008). Neste período, o trânsito torna-se também mais violento e
consequentemente o número de vítimas é maior que nos dias normais do ano,
assim como há um aumento dos riscos de gravidez indesejada, infecções por
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST‟s), HIV/AIDS, o que justifica e
reforça a importância do desenvolvimento de campanhas preventivas neste
período (PASSOS et al., 2010). A ideia das campanhas neste período justifica-
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se e na hipótese de que como há maior exposição às situações de
vulnerabilidade, deve-se também intensificar estratégias educativas com o
público que fica mais exposto aos riscos (PASSOS et al., 2010). Para tanto, o
Ministério da Saúde (MS) desenvolve todos os anos inúmeras campanhas no
sentido se sensibilizar a população a terem comportamentos seguros e facilitar
o acesso aos serviços de diagnóstico e a insumos (PORTO, 2005). O público
alvo dessas campanhas são os adolescentes e os adultos jovens, pois
constituem fases da vida que apresentam diversas peculiaridades que a tornam
repleta de riscos que podem influenciar negativamente em suas condições de
saúde, principalmente em períodos festivos como o carnaval, causando
aumento da demanda nos serviços de saúde, contribuindo para inúmeras
repercussões para os níveis de saúde. Portanto, este público constitui um
grupo estratégico para o desenvolvimento de ações educativas e preventivas
no enfoque da promoção da saúde (MALTA et al., 2012). Dentre os espaços
para a realização de ações de promoção da saúde o ambiente escolar
representa um espaço privilegiado para a realização e implementação dessas
ações em especialmente aqueles que promovam a qualidade de vida dos
participantes, pois além de ser um espaço para construção do conhecimento,
há como prerrogativa legal o incentivo governamental para que se ofereça
nesse âmbito o esclarecimento formal sobre temáticas transversais (BRASIL,
2000; MAIA et al., 2012). A Educação em Saúde consiste numa estratégia de
aprendizagem sobre saúde, que envolve a capacidade permanente ou
disposição para mudança de cada sujeito, compreendida como atividade
principal da promoção da saúde para desenvolver autonomia, responsabilidade
das pessoas e comunidades com sua saúde, além de ser uma prática social
crítica e transformadora amplamente utilizada na prevenção de agravos
(GUBERT et al., 2009). OBJETIVO: Desta forma, este estudo objetivou
descrever uma estratégia educativa para promoção da saúde sobre os riscos
durante o período carnavalesco em uma Instituição de Ensino Federal.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência
de uma estratégia educativa. A atividade foi realizada durante o mês de
Fevereiro de 2015, pelos profissionais que compõem a equipe de Assistência
Estudantil do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará
(IFCE), Campus Tauá, nos turnos da manhã e tarde com o propósito de
abranger uma quantidade máxima de alunos e servidores. A equipe
multiprofissional é composta por: Enfermeira, Psicóloga, Assistente de Alunos,
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Assistente Social e Pedagogos. A instituição é composta por docentes;
Técnicos Administrativos; Profissionais terceirizados; e aproximadamente 135
discentes matriculados, em sua maioria adolescentes e adultos jovens. A
instituição oferta, atualmente, dois cursos um de nível Superior (Tecnologia em
Telemática) e outro de nível técnico (Agronegócio). Como recurso para
desenvolver a estratégia educativa foi elaborado um mural, previamente, para
ficar exposto nas dependências do campus ornamentado em estilo
carnavalesco contendo preservativos masculinos, que poderiam ser retirados, e
cartazes com informações diversificadas relacionadas aos riscos do consumo e
abuso de álcool e drogas, uso de preservativos e transmissão de DST´s,
HIV/AIDS. O propósito do mural foi de caráter informativo e proporcionar que
as pessoas fossem estimuladas pela curiosidade a adquirir preservativos de
fácil acesso e sem burocracias. Na medida em que os preservativos eram
retirados havia a sua reposição no mural pela equipe da Assistência Estudantil.
No dia em que a estratégia educativa foi realizada, utilizou-se: um jogo sobre
mitos e verdades, como recurso educacional; preservativos femininos e
masculinos para ser feita demonstrações do uso correto; acessórios e fantasias
carnavalesca para os participantes; e o auxilio de uma caixa de som tocando
marchinhas de carnaval, esses dois últimos foram utilizados para proporcionar
um aspecto lúdico e festivo na instituição. O jogo era composto de vinte e seis
afirmações em um folheto de cores diversificadas, espalhadas em uma mesa
para que cada participante pudesse escolher uma e responder se a afirmativa
correspondia a uma verdade ou um mito sobre as seguintes temáticas:
métodos contraceptivos, ingestão de drogas e bebidas alcoólicas, gravidez
indesejada, formas de transmissão e de prevenção das DST´s, HIV/AIDS.
Aqueles que justificassem a afirmativa de forma correta recebia como brinde
um preservativo. Observou-se que o mural foi uma estratégia que alcançou os
resultados esperados, pois houve uma alta demanda na procura pelos
preservativos, na medida em que era necessário fazer a sua reposição
periodicamente. Dessa forma, por ter um atrativo no local as pessoas eram
motivadas a ir até o mural e assim ter acesso às informações que estavam nos
cartazes. Porto (2005) ressalta que é surpreendente a abrangência dos
anúncios veiculados em cartazes, em um estudo realizado por ele revelou que
as mensagens da Campanha de Carnaval divulgadas por esse meio aparecem
em segundo lugar entre os meios mais eficazes, sendo lembradas por grande
parte das pessoas, além disso, é considerado o canal da mídia que alcança
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uma distribuição mais uniforme. Existem indícios de que os anúncios de
campanhas divulgadas por este meio contribuíram para reforçar algumas
atitudes, especialmente no que se refere à afirmação da responsabilidade dos
jovens na aquisição de preservativos. Para que a estratégia de disponibilização
de preservativos não fosse realizada de forma isolada foram somadas outras
estratégias no dia da atividade educativa, como a demonstração da correta
utilização dos métodos e a discussão sobre as vantagens do método.
Percebeu-se que o preservativo masculino não despertou interesse dos
participantes, talvez por ser mais comum e de fácil acesso, em contra partida, o
preservativo feminino chamou bastante atenção, em vista que muitos
afirmaram nunca terem visto, outros mencionaram que apenas viram, mas não
sabia como ser utilizado, o que despertou um grande interesse dos alunos e
dos funcionários em conhecê-lo e aprender a forma correta do seu uso.
Observou-se que esse interesse partiu de ambos os gêneros. Dessa forma, na
medida em que era demonstrado como usar o preservativo através de imagens
e simulações também se deu ênfase a sua vantagem, fazendo com que muitos
tivessem interessem, pois durante e após a atividade alguns solicitaram o
preservativo. Pode-se explicar a falta conhecimento em relação a este método
devido a sua pouca disponibilidade nos serviços de saúde e até mesmo no
comércio. Isso foi notado através da verbalização de uma servidora em que
afirmou que tinha vontade de usar, mas nunca encontrava pra comprar.
Segundo Oliveira et al. (2008) e Santos et al. (2005) as mulheres, em geral,
tem pouca ou nenhuma experiência com os métodos de barreira intravaginais,
sendo fundamental intervenções educativas que promovam a adesão e a
colocação correta da camisinha feminina. Esse método é mais aceito por
mulheres que conheçam seu corpo e tenham domínio sobre a forma correta de
usa-lo, pois uma das principais dificuldades das mulheres para utilizar o
método e a falta de intimidade com seu próprio corpo, provavelmente por
questões culturais e de gênero. Mesmo que o preservativo feminino não esteja
disponível na unidade de saúde é dever do profissional prestar informações
sobre ele, pois cabe a sociedade civil organizada exercer o controle sobre o
cumprimento da pactuação para a sua aquisição. Uma pesquisa realizada no
Brasil com mulheres sobre a aceitabilidade do preservativo feminino
demonstrou elevadas taxas de adesão, de continuidade de uso e de
aceitabilidade do método após terem participado de um grupo para receber
informações. A mesma pesquisa ainda identificou que os parceiros referiram
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algumas vantagens desse método, como não apertar o pênis, ser confortável e
não ter preocupação com a colocação, e como aspecto negativo afirmaram a
interferência na estética: e feio e/ou estranho (BRASIL, 1999). Diante disso,
evidencia-se a necessidade de ações que possam fornecer mais acesso a
informação sobre os métodos contraceptivos para a população, principalmente
para as mulheres, para que estas possam ter a autonomia de poder optar pela
melhor forma de prevenção, fortalecendo dessa forma o autocuidado e os seus
direitos sexuais e reprodutivos. As fantasias foram bem aceitas tanto pelos
alunos como pelos servidores, ao som de marchinhas de carnaval os
participantes se envolveram na atividade, postaram fotos nas redes sociais
registrando a participação e o propósito da atividade. Quanto ao jogo de mitos
e verdade, a maioria dos jovens participou da atividade. Houve aqueles que
participaram mais de uma vez, demonstrando interesse tanto nas informações
como ao brinde, que era um preservativo. A estratégia de premiação foi
positiva por estimular a participação dos jovens. DISCUSSÕES: Assim, quanto
mais questionamentos feitos a um participante mais oportunidade de
conhecimentos e reflexão sobre as temáticas abordadas eram proporcionados.
Muitas afirmações foram respondidas de forma correta, porém houveram
algumas que foram respondidas incorretamente pela maioria, como por
exemplo, “Usar duas camisinhas ao mesmo tempo previne duas vezes mais as
DST’s e a gravidez”; “Ingerir bebidas alcoólicas melhora o desempenho
sexual”; “As mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool que os
homens”. Esses achados evidenciam que ainda há lacunas sobre alguns
aspectos dos temas abordados, o que pode representar uma vulnerabilidade
para esta população, tornando-os expostos a situações de riscos. Ao responder
essas afirmações de forma incorreta, muitos participantes justificavam a
resposta por já ter escutado anteriormente de algum amigo ou familiar, com
isso observa-se que muitas vezes o aspecto cultural é errôneo. Camilo et al.
(2009) mencionam que a maioria dos jovens tem pouco ou nenhum
conhecimento sobre as DST‟s, alguns sabem informações básicas, como o
modo de transmissão e doenças mais frequentes, mas surgem dúvidas sobre
os métodos anticoncepcionais e a gravidez, o que pode ser um reflexo da
carência de informações na escola e na família, e de conhecimento adquirido
sem fundamentação científica. Dessa forma, através das manifestações dos
participantes, há necessidade de estratégias mais frequentes e eficazes de
promoção da saúde ainda sobre os temas abordados, que possam desvelar e
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desmistificar as dúvidas e as informações incorretas, proporcionando
capacidade de melhor cuidado com a saúde. Conclui-se que a atividade
proposta alcançou o seu objetivo por proporcionar na instituição um momento
lúdico de aprendizagem, discussão, reflexão e sensibilização de todos sobre os
riscos inerentes as festividades, como o uso de álcool e outras drogas,
gravidez precoce, uso de métodos contraceptivos e sobre as DST‟s, HIV/AIDS,
fazendo com que os participantes pudessem ter atitudes de forma consciente e
saudável, minimizando as ações que possam trazer consequências
desastrosas e grandes repercussões para as suas vidas. As ações visando
estratégias preventivas sobre o uso de álcool e drogas e em saúde sexual e
reprodutiva dos adolescentes e adultos jovens necessitam considerar
comportamentos de lazer e festas comuns desse público, juntamente a fatores
comportamentais ligados a essas situações, criando-se estratégias que
reduzam riscos aos agravos à saúde. A partir desta ação se evidenciou a
necessidade da inclusão de ações periódicas realizadas no IFCE Campus
Tauá referente às temáticas abordadas, principalmente pelo profissional
enfermeiro do Campus que deve possuir habilidades e capacitação que
possam proporcionar diálogo e orientações de medidas preventivas tanto para
os alunos como para os demais que compõem e instituição. A vulnerabilidade
aos agravos de saúde, bem como as questões econômicas e sociais, nas suas
vertentes de educação, cultura, esporte, lazer e outros, determinam a
necessidade de atenção mais específica e abrangente aos jovens,
proporcionando direito à saúde através do acesso a informações e ao
conhecimento de forma universalizada, hierarquizada e regionalizada, dentro
dos preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS). CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este estudo servirá para que sejam repensadas outras ações e propostas a
serem realizadas em situações distintas, por trazer aspectos que precisam ser
mais explorados. O contexto em que a atividade foi realizada, ambiente
escolar, se mostrou favorável para se trabalhar conhecimentos, habilidades e
mudanças de comportamento, pois é local em que os jovens permanecem o
maior tempo do seu dia, tornando-se, propício e adequado para o
desenvolvimento de ações educativas e de promoção da saúde.
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PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO FRENTE À UTILIZAÇÃO DE ÓLEOS
VEGETAIS
Alex Araújo Rodrigues, Faculdade de Santo Augusto
Paula Suene Pereira dos Santos
Cícera Luciana da Silva Sobreira, Faculdade Integrada de Patos
Maria do Socorro Nascimento de Andrade, Faculdade Leão Sampaio
Regiane Clarice Macêdo Callou
José Diogo Barros, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Óleos Vegetais. Cicatrização de Feridas. Cuidados de
Enfermagem.
INTRODUÇÃO: As feridas são definidas como soluções de continuidade que
podem vir a comprometer a integridade tissular, podendo até mesmo chegar a
atingir a parte mais profunda da pele, que venha a ser resultado de qualquer
trauma (BORGES; DONOSO; FERREIRA, 2011). O interesse pelo tratamento
das lesões cutâneas data de séculos atrás, podendo-se perceber quão
numerosa é o arsenal científico acerca do assunto, o que remeteu a um grande
avanço no conhecimento de diferentes tipos de lesões, de processo de
reparação do tecido lesado e, também propiciou uma criação de produtos para
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serem utilizados na busca do reestabelecimento de tais lesões (FERREIRA et
al., 2011). A existência de inúmeros produtos no mercado torna a escolha do
curativo, muitas vezes uma decisão desafiadora. Por isto faz-se necessário que
o profissional considere alguns fatores, tais como: o tamanho, a etiologia,
localização, risco ou mesmo a presença de infecção na lesão; fatores que
estão agregados ao cliente, por exemplo: estado nutricional daquele,
preferências, doenças de base, controle de dor; e, por último pode-se citar os
fatores ligados ao próprio curativo: vantagens, desvantagens, facilidade de uso,
indicação, contraindicações (PEREIRA; BACHION, 2005). Dentre os diversos
produtos utilizados do mercado torna-se importante ressaltar a utilização de
óleos de origem vegetal para o tratamento de feridas. Estudos mostram que a
utilização desses óleos em ferimentos é bastante comum em países da
América Latina, como é o caso do Brasil, sendo que os Ácidos Graxos
Essenciais (AGE) mais utilizados são o oléico, linoléico e linolênico. No
entanto, o uso de produtos que contenham AGE em sua formulação não é
tradição em países como os Estados Unidos (FERREIRA, 2012; MANHEZI,
BACHION, PEREIRA, 2008). Os ácidos graxos essenciais proporcionam a
formação de novos vasos sanguíneos, processo conhecido como angiogênese,
e promovem a quimiotaxia (atração de leucócitos), mantendo o meio úmido e
conseqüentemente acelerando o processo de granulação tecidual, o que facilita
a entrada de fatores de crescimento, promovendo a mitose e a proliferação
celular, aumentando desta forma à permeabilidade da membrana celular, além
de auxiliarem no debridamento autolítico e de agirem como bactericidas para s.
aureus (MANHEZI, BACHION, PEREIRA, 2008; FERREIRA; SOUZA;
RIGOTTI, 2011). A enfermagem mostra-se peça fundamental no auxílio do
tratamento de feridas independentemente de serem agudas ou crônicas, estes
atuam, da mesma forma, procurando adotar medidas preventivas no que se
relaciona ao surgimento de novos ferimentos e possíveis complicações que
podem atuar desfavoravelmente no tratamento e futuro reestabelecimento do
cliente. (SILVA, SILVA, 2013). OBJETIVOS: Realizar uma revisão integrativa
da literatura, objetivando-se perceber a efetividade dos óleos vegetais no
tratamento dos ferimentos cujos resultados virão a acrescer e subsidiar os
profissionais de saúde, em especial os enfermeiros que detém como uma de
suas competências o cuidado e tratamento das lesões. OBJETIVO: Assim, o
objetivo deste trabalho foi procurar identificar a efetividade dos ácidos graxos
essenciais no reestabelecimento, no tratamento das lesões cutâneas.
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MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo trata-se de uma revisão
integrativa da literatura nacional, de caráter descritivo e natureza qualitativa,
onde foram analisados artigos científicos disponíveis nas bases de dados
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Bibioteca Virtual da Saúde (BVS),
e que tinham como tema central a utilização de óleos vegetais na cicatrização
de feridas, em especial o AGE. Assim, para a busca do material foram
utilizadas as seguintes palavras-chave: óleos vegetais, cicatrização de feridas e
cuidados de enfermagem. Os artigos foram analisados durante os meses de
Março e Abril de 2015, foram encontrados 53 artigos e após a leitura dos títulos
e resumos dos mesmos viu-se que apenas 18 eram pertinentes aos objetivos
propostos, sendo utilizados como fontes de informação. Para Cervo e Bervian
(2002) pesquisa descritiva é aquela em que o pesquisador apenas descreve
seu objeto de estudo, sem interferir no mesmo. Já para Lakatos e Marconi
(2010) a pesquisa qualitativa é aquela que passa a aferir informações acerca
das características mais intimas do comportamento humano e delas extrai suas
interpretações. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A pele é o maior sistema
orgânico do corpo, se caracteriza por ser extremamente importante para a
vitalidade humana. A presença desta proporciona a formação de barreiras
entre os órgãos e o ambiente externo, sendo atribuída a este órgão também
funções orgânicas vitais, entre elas as funções de proteção, regulação da
temperatura, equilíbrio hídrico, sensação, produção de vitamina e resposta
imune. (BRUNNER; SUDARTH, 2014). Uma interrupção da integridade do
tecido corpóreo, independentemente de serem maior ou em menor extensão,
denomina-se ferida. Esta pode ser desencadeada por qualquer tipo de trauma
seja ele físico, mecânico, químico ou causada por causas clínica, que alertam a
defesa orgânica para realizar o contra ataque. As feridas são mais comumente
classificadas em agudas ou crônicas o que se relaciona com o tempo exigido
por tal ferimento para a reparação tissular. As primeiras citadas podem ser
originadas de cirurgias ou mesmo de traumas, a reparação tecidual acontece
no tempo esperado, visto que não há complicações. As feridas crônicas são as
que demonstram qualquer tipo de complicação, o que acaba retardando o
processo da cicatrização (BLANES, 2004). O processo de recuperação tecidual
engloba dois mecanismos, quais sejam eles: a regeneração e a cicatrização
(BLANES, 2004; MÖRSCHBÄCHER; GARCEZ; CONTESINI, 2012;
RODRIGUES, 2011). A reparação da pele apresenta uma estreita regulação
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que depende da sinalização da lesão e do envolvimento correto de inúmeros
tipos celulares. Àquela pode ser melhor modulado por ácidos graxos, a estes
são advindas inúmeras vantagens, entre tais destacam-se: estes são
substâncias que possuem baixo custo, ao se utilizar um curativo oleoso este
acaba por servir como barreira protetora contra microrganismos, o que evita
uma possível desidratação, há a manutenção da temperatura corpórea e uma
notável diminuição de constantes traumatismos que acontecem quando da
troca de curativos, estudos apontam o importante caráter imuno modulador de
tais substâncias e mostram que uma deficiência nutricional de ácidos graxos
chega até mesmo a retardar o curso do processo cicatricial (BORGES;
DONOSO; FERREIRA, 2011; HATANAKA; CURI, 2007). O processo de
cicatrização engloba uma série de eventos que visam o reestabelecimento do
tecido lesado. Tal processo é divido em três fases, quais sejam: a inflamação, a
formação de tecido de granulação, onde há nesta fase a deposição de matriz
extracelular e, por fim ocorre a remodelação do tecido. Este é um processo
complexo que envolve a interação de inúmeros componentes tanto bioquímicos
quanto celulares, que acontece de forma espontânea, mas que se intermediada
por artifícios tende a ocorrer de forma mais rápida e a apresentar melhores
resultados (HATANAKA; CURI, 2007; RODRIGUES, 2011). A terapia tópica
engloba desde a limpeza adequada até o desbridamento, escolha do tipo de
curativo a ser realizado de acordo com as características da ferida. Existem
diversos tipos de ácidos graxos, mas nos óleos vegetais os mais encontrados
são o linolênico, o oleico e o linoleico. Aqui no Brasil, apenas o ácido linolênico
encontra-se presente em formulações que fazem referência aos ácidos graxos
essenciais (AGE).São os ácidos linoleico e o linolênico os mais importantes no
que se refere ao tratamento de feridas. Estes são AGE, visto que os mamíferos
não os conseguem sintetizar, por não possuírem a enzima delta-9 dessaturase.
(FERREIRA et al, 2011). Produtos a base de AGE para se tratar ferimentos
podem conter mais de um AGE, acrescidos de outros substâncias como
vitamina A, E e lectina de soja, estudos mostram que as vitaminas A e E
contêm propriedades antioxidantes e não permitem que radicais livres ataquem
a célula. A lectina tem como função a manutenção da hidratação dos tecidos,
por isso é tido como um agente protetor. Estes produtos podem ainda ter em
sua composição as formulações de cadeia média (TCM). Estes são úteis como
fonte de nutrientes, solventes, além de agirem tanto no tratamento quanto na
prevenção de dermatites amoniacal e úlceras por pressão, pois formam
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barreiras tópicas, o que não permite a maceração tissular, possui grande
capacidade de regeneração tissular e proporciona alívio logo após a primeira
aplicação, assim tem-se aumentado a resposta imune, acelerado o processo
inflamatório e como consequência há um estímulo ao processo de cicatrização
por meio da angiogênese e epitelização, o que acaba permitindo a entrada de
fatores de crescimento na célula lesionada (FERREIRA et al, 2011). Os efeitos
dos ácidos graxos têm sido especulado desde a vigência da década de 70. É
de competência dos AGE promoverem a atração de leucócitos (quimiotaxia) e
a angiogênese que caracteriza-se pela formação de novos vasos sanguíneos,
ainda mantém o meio úmido, facilitam a entrada de fatores de crescimento,
aceleram o processo de granulação tecidual, promovem a mitose, agem na
membrana celular, o permitem um aumento de sua permeabilidade, são
bactericidas para S. aureus e auxiliam o debridamento autolítico (BORGES;
DONOSO; FERREIRA, 2011; FERREIRA; SOUZA; RIGOTTI, 2011). Os
cuidados de enfermagem a clientes que se encontram com problemas
dermatológicos vão desde a administração de medicamentos tópicos, ou
mesmo sistêmicos até a escolha e posterior troca de curativos no dia a dia a
fim de se alcançar os principais objetivos da terapêutica que se solidificam em:
evitar qualquer lesão adicional, prevenir infecções, reverter processo
inflamatório ali instalado e também proporcionar o alívio dos sintomas.
(BRUNNER; SUDARTH, 2014). A enfermagem sempre esteve agregado o
papel de principal cuidador, em especial das de lesões cutâneas, por ventura
apresentadas pelo cliente, desde seu surgimento como ramo profissional. É
desta a competência tanto de avaliação da lesão quanto na posterior
prescrição do tratamento mais adequado, além de orientar e supervisionar toda
equipe de enfermagem envolvida na execução daquele curativo. Como se tem
alcançado muito no que se refere à tecnologia aplicada na área do cuidado aos
portadores de feridas houve uma ascensão quanto aos produtos e métodos
utilizados o que aponta para uma constante necessidade de busca por um
melhor preparo técnico-científico condizente com as novas tendências e
perspectivas, pois apenas se conhecendo o que há a disposição no mercado é
que se pode oferecer ao cliente um tratamento eficaz que vise o seu total
reestabelecimento (BRUNNER; SUDARTH, 2014). CONCLUSÃO: Conclui-se
que os durante séculos houve na sociedade um interesse em relação ao
tratamento de lesões cutâneas e que isso proporcionou o surgimento de
diversos produtos voltados para o tratamento de feridas, entre elas os óleos
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vegetais em especial o AGE que é utilizado desde a década de 70
desempenhando papel fundamental na angiogênese e na aceleração no
processo de granulação tecidual e consequentemente recuperação do tecido
lesado. No entanto é importante salientar que escolher o tipo de curativo
adequado necessita de um amplo conhecimento do profissional, que passará a
levar em consideração diversos fatores relacionados as características das
lesões e ao estilo de vida do cliente, proporcionando desta forma que a escolha
do produto favoreça a cicatrização do ferimento o mais rápido possível.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A enfermagem nesse processo se configura como
sendo de extrema importância, na medida em que, esta profissão possui um
caráter cuidador, sendo responsável desde muito tempo pelo tratamento das
lesões cutâneas, assumindo desta forma a responsabilidade de avaliação das
lesões e escolha do tratamento adequado, bem como pela orientação e
supervisão da equipe que realiza o curativo, no intuito de evitar o surgimento
de novas lesões, de prevenir infecções e de reduzir os sintomas associados,
além de acelerar o processo cicatricial com o uso do curativo adequado.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA COM ADOLESCENTES: ANÁLISE DE UM
PROCESSO EDUCATIVO
Rosely Leyliane dos Santos,
Maria de Fátima Antero Sousa Machado.
Palavras-chave: Promoção da Saúde. Adolescente. Educação em Saúde.
INTRODUÇÃO: Reporta-se que a ideia de Promoção da Saúde foi veemente
divulgada e discutida a partir do entendimento referente ao conceito ampliado
de saúde. Neste, vislumbrou-se como um processo amplo que não significava
somente a ausência de doenças mas também envolve aspectos biológicos,
psicológicos, culturais e sociais. Neste sentido, a Promoção da Saúde
destacou-se por representar estratégias que propiciam a saúde do indivíduo
proporcionando a melhoria da qualidade de vida dos usuários. Dentre os
grupos da população, salienta-se a adolescência por permear um fase com
características peculiares. Neste pressuposto, a adolescência corresponde a
uma fase do ciclo biológico caracterizada por inúmeras descobertas e
limitações, uma vez que ocorrem mudanças no desenvolvimento físico, mental,
psicológico e social. Acrescenta-se a isto a necessidade das descobertas e de
indagações que esta faixa etária possui em relação a si mesmo. Requerendo
pois, deste modo, uma dispensação de atenção de forma mais precisa a este
grupo populacional, uma vez que estes estão cotidianamente mais expostos a
inúmeras situações de risco como drogadização, marginalização social.
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Compreendendo-se que é exatamente neste contexto que o adolescente está
inserido e em virtude desta exposição, estes se tornam continuamente mais
vulneráveis. Parecem estarem expostos ao risco de gravidez não planejada,
infecções sexualmente transmissíveis, consumo de drogas lícitas e/ou ilícitas,
evasão escolar, dentre outros. Desta forma, utilizar-se de atividades e ações de
Educação em Saúde, constitui-se um dos principais meios para se conseguir
com eficiência, ferramentas à promoção da saúde a estes aspectos
apresentados. Já que a educação em saúde representa uma das mais
importantes ferramentas, no campo da promoção da saúde, uma vez que
privilegia a participação do usuário, desencadeando um processo de coresponsabilização conjunta e pode ser considerada uma estratégia de inserção
social além de promover a troca de experiência entre os indivíduos envolvidos.
No que concerne ao desenvolvimento de atividades de educação em saúde,
aponta-se aos adolescentes como grupo de faixa etária que merece especial
dispensação de práticas educativas que favoreçam a mudanças no
comportamento e adoção de hábitos saudáveis. Favorece deste modo, a
participação e estímulo a adoção de medidas saudáveis. Salienta-se ainda, a
necessidade de destacar que para a realização e desenvolvimento destas
atividades há que se planejar coerentemente as ações e atentar para o públicoalvo em questão. A utilização adequada da linguagem e dos recursos materiais
que podem ser trabalhos devem ser cuidadosamente analisados a fim de que
favoreçam o processo educativo. Neste sentido, faz-se alusão a necessidade
de se valorizar as políticas públicas que se referem à promoção da saúde dos
adolescentes e se constituem como de fundamental relevância para a adoção e
prática das ações e dos serviços que estão relacionadas e/ou direcionados à
promoção e prevenção da saúde deste público-alvo. Visto que as políticas
públicas em saúde direcionam e orientam às práticas de trabalho com os
diversos segmentos populacionais. E destas, as que se relacionam aos
adolescentes fomentam acerca de valorização destes jovens no espaço social
que estão inseridos, propiciam às práticas em saúde integradas e articuladas
com outros setores sociais, favorecendo deste modo, ao cuidado holístico a
estes. Valorizam ainda a prática da humanização, além de recorrerem
veemente acerca da necessidade de práticas educativas para a melhoria da
saúde destes sujeitos. Neste pressuposto, são políticas públicas idealizadas
tendo em vista a singularidade e peculiaridade dos sujeitos, sendo
fundamentais no entendimento do cuidado aos adolescentes. Face ao exposto,
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reafirma-se a recorrente importância de trabalhar atividades de educação em
saúde. E desta forma, imperioso é evidenciar que estas devem ser articuladas
entre todos os integrantes, desde facilitadores aos integrantes; ou seja, deve
envolver todos os sujeitos envolvidos durante a atividade educativa que
proporciona a promoção da saúde destes jovens. OBJETIVO: Neste sentido,
este estudo objetivou conhecer a percepção dos facilitadores no que se refere
à participação deste em um processo educativo direcionado aos adolescentes.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se um estudo do tipo descrito, exploratório,
com abordagem qualitativa. Tendo como sujeitos, facilitadores de um processo
educativo direcionado aos adolescentes. Estes, atuavam em um projeto de
extensão universitária que dentre suas atividades educativas, realizavam
atividades de educação em saúde com o público em discussão. Desta forma,
definiu-se como critério de inclusão na pesquisa os seguintes aspectos: ser
membro do projeto de extensão; estar participando de forma assídua das
reuniões ofertadas pelo projeto de extensão, ser facilitador da oficina. Os
critérios de exclusão adotados referem-se: não ter realizado nenhuma atividade
educativa, como membro, do projeto de extensão universitária. A pesquisa foi
desenvolvida durante os meses de setembro a dezembro de 2013. Desta
forma, quatorze informantes fizeram parte deste estudo e foram identificados
segundo a denominação: Facilitador representados pela letra F seguidos de
numeração arábica de acordo com a ordem de tratamento da análise de dados.
Como instrumento para a coleta de dados desta pesquisa, utilizou-se um
roteiro de entrevista semiestruturada com questionamentos condizentes ao
objeto de estudo requerido. Foi aplicada pela pesquisadora responsável, após
devidamente acordados e estabelecidos o horário da entrevista com os
informantes, sendo realizada de forma individual e em local reservado sem
interferências sonora e nem visual. Salienta-se ainda que para a realização da
entrevista foi utilizado um aparelho gravador digital, após devidamente aceite
pelo informantes, e posteriormente realizou-se a transcrição manual das
entrevistas com a finalidade de permitir a fidedignidade dos registros. Os dados
coletados foram organizados em categorias temáticas, utilizando-se a análise
temática por conteúdo; as quais foram subsidiadas pelas falas dos
participantes, e destas, temas foram retirados para conduzir a análise. Com
isto, procedeu-se a leitura e organização dos depoimentos. Para análise de
dados, utilizou-se a literatura pertinente que versava sobre o contexto
abordado. Os aspectos éticos e legais da pesquisa foram respeitados. A todos
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os informantes, antes da aplicação da entrevista, foi esclarecido e explicado o
principal objetivo da pesquisa e após estes aceitarem participar
voluntariamente da pesquisa, foi solicitada a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Destacou-se acerca do respeito à
recusa em participar da pesquisa, às respostas dos entrevistados; e, garantido
a estes o anonimato das informações reveladas. Sendo que esta pesquisa foi
submetida para avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Regional do Cariri, recebendo a aprovação pelo parecer: 328.962.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: No que se refere ao tempo de atuação no
projeto de extensão universitária, com vista a conhecer sobre a participação
dos entrevistados; houve uma variação considerável. Já que este tempo de
participação e atuação no projeto de extensão predominou de 01 a 02 anos
para onze dos facilitadores. Outros três relataram estar no projeto entre o
período de 03 a 04 anos. A categoria temática emergida refere-se a:
Envolvimento dos facilitadores na realização do processo educativo para com
os adolescentes. Para a composição desta, foi inquirida acerca das relações de
envolvimento entre os sujeitos durante a ocorrência do processo educativo
realizado para o público adolescente. Destaca-se, a unanimidade de resposta
dos facilitadores, já que a maioria dos depoimentos, afirmaram que havia o
envolvimento e a participação dos facilitadores no processo educativo,
conforme percebe-se nos relatos que se seguem: “Sim. Porque a gente procura
trabalhar de uma forma que cada um possa aparecer, digamos assim, dentro
do trabalho. Cada um desempenha um papel, aparece, interage, complementa,
traz nova informação ou até mesmo supre aquela informação que a gente
esquece. Então a gente procura trabalhar de forma que todos tenham uma
efetiva participação na oficina” (F-4). Sobre isto, outro entrevistado afirma: “[...]
A gente vai fazendo trabalho mesmo de equipe, de complementação, um ajuda
o outro na hora que fazemos a atividade de educação em saúde” (F-6). Para
outro facilitador, afirmou: “Sim, participam. Cada um ficava com um tema, mas
nos ajudamos e todos participam[...] falam suas ideias, participam” (F-8). Outro
depoente enfatiza que: “Todos participam. Porque cada um tem uma... uma
tarefa. A gente divide tarefas. Cada um fica com uma parte da oficina. [...]
Entendeu? Mas, cada facilitador também quando um precisa de auxílio, no seu
tema, ou esquece de alguma coisa ou pra complementar; a gente também tá
sempre ajudando, um ao outro” (F-11). Acerca da participação dos sujeitos,
outro entrevistado esclarece: “Sim. Todos os facilitadores se envolvem [...]. Ai
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cada uma falava de uma coisinha, todas tinham suas perguntas pra fazer, mas
uma ajudava a outra. Nós somos unidas, e todos participam[..] porque a gente
estimula os...os adolescentes a pensar [...], eles falam e perguntam muito
durante nossa atividade” (F-12). Contudo, um dos facilitadores, do processo
educativo entrevistado, afirmou que este processo não era efetivo em sua
oficina e lamentou através do depoimento. Eis o relato: “Não, infelizmente. Eu
percebo que esse processo de envolvimento isto vai muito do seu querer
trabalhar de fato com adolescentes... Trabalhar com adolescente não é fácil [...]
então eu vejo que os acadêmicos faltam, não justificam [...] Pra mim o
facilitador é esse elo entre o conhecimento que foi produzido pelo aluno e o
que de fato é pra ser passado; e tem muita gente no grupo que faz de qualquer
jeito, falta você gostar do que faz. Por isso eu acredito que nem todos se
envolvem”. (F-9). Em se tratando da participação e envolvimento dos
facilitadores no processo educativo, enaltece-se a necessidade que esta
participação ocorra de forma consistente visto que o envolvimento ativo dos
facilitadores parece ser importante na condição deste processo. Observa-se
ainda que podem surgir dúvidas e outros questionamentos no momento da
aplicação da atividade educativa, fato este que pode ser solucionado por um ou
outro facilitador. Isto, confirma-se quando um dos entrevistados pontua este
acontecimento. Outro fator importante encontrado, refere-se a participação
efetiva de todos os facilitadores na atividade de educação em saúde
direcionadas aos adolescentes, em que os facilitadores dividem as
responsabilidades evitando que um ou outro fique sobrecarregado no
desempenho eficaz de suas atividades. Ou seja, isto é fundamental na
realização do trabalho em equipe. Destaca-se ainda que a divisão de tempo,
espaço e tarefas; é pois importante na condução do processo de educação em
saúde. A necessidade de união entre os facilitadores do processo educativo ao
adolescente também foi outro questionamento importante encontrado. Pois há
a importância da união para a integração e efetividade do momento educativo.
Embora, em um processo de educação em saúde direcionada ao adolescentes,
é importante não somente que ocorra a participação dos facilitadores e
principalmente dos sujeitos adolescentes para esclarecerem dúvidas e
questionamentos que lhe são pertinentes. Deste modo, quando um dos
entrevistado faz a alusão a este fator, é importante considerar que o processo
educativo, de fato, proporcione a participação dos envolvidos. Permitindo a
escuta e interação entre os adolescentes para que estes possam esclarecer
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dúvida e valorização de suas experiências. Nessa perspectiva, inserido nesse
processo educativo, o facilitador se torna um dos principais sujeitos
responsáveis pela concretização dessa interação, primando assim, o trabalho
em equipe entre seu grupo. O relacionamento é fundamental e parece
contribuir para a superação das dificuldades que por ventura vierem a surgir.
Neste entendimento, percebe-se que o trabalho em equipe favorece a
contribuição dos diferentes elementos que se configuram no processo
educativo, favorecendo nesta ótica a eficiência dos resultados pretendidos para
com as atividades de educação em saúde. Embora, um dos entrevistados,
tenha afirmado sobre a fragmentação em seu grupo de trabalho para com os
adolescentes, afirmando que não ocorre de maneira efetiva; revelando até que
alguns dos facilitadores que integram o desenvolvimento das atividades
educativas, parecem realizar o trabalho sem o devido compromisso e por isto,
afirma que nem todos os facilitadores se envolvem nas atividades educativas.
Destacou ainda que alguns dos facilitadores, de seu grupo, faltam sem
observarem a questão de justificar esta ausência e/ou não se comprometem na
atividade educativa; proporcionando uma atividade fragmentada. Reafirma
ainda que o trabalho com os adolescentes requer esforço, dinâmica e
dedicação pois é um grupo singular no processo de educação em saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo desenvolvido permite inferir ainda que
na maioria do desempenho das oficinas educativas há uma significativa
atuação e participação de todos os facilitadores. Sendo este, importante fator
encontrado no estudo tendo em vista que ainda propicia a realização efetiva do
trabalho em equipe pelos facilitadores da atividade educativa. Logo, estimular a
participação dos adolescentes parece ser fundamental. Visto que estes
remetem a experiências peculiares além de valorizar as vivências destes,
expondo diversos contextos do qual estão inseridos. Contudo, é necessário
destacar que quando esta participação não ocorre de forma efetiva entre os
membros da atividade educativa não se permite a eficácia pretendida e pode
resultar em discrepância entre os sujeitos, além de não favorecer e se permitir
o trabalho em equipe. Por isso, enaltece-se a necessidade de realização de
atividades de educação em saúde direcionadas aos adolescentes de forma
integrada entre todos os envolvidos da atividade para se favorecer a promoção
da saúde dos sujeitos envolvidos.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA GESTANTE DE ALTO RISCO:
UM ESTUDO DE CASO
Maria Williany Silva Ventura;
Estephani Vitorino Correia da Silva;
Gabriela Duarte dos Santos;
Natana de Morais Ramos ;
Rachel Cardoso de Almeida;
Simone Soares Damasceno;
Palavras-chave: Gravidez de Alto Risco. Pré-Eclâmpsia. Enfermagem.
INTRODUÇÃO: Gestar deve ser um processo fisiológico que estabelece
mudanças tanto físicas como emocionais. Essas mudanças visam a obtenção
de um desenvolvimento fetal adequado, até chegado o momento do
nascimento. Porém, algumas gestações, podem se tornar patológicas em seu
decorrer por inúmeros fatores (BRASIL, 2010). As gestações de risco são as
principais causas de morte materna e fetal, o Ministério da Saúde afirma que
no Brasil no ano de 2014 ocorreram 1.124 casos de óbitos maternos
declarados sendo que destes 792 foram por causas obstétricas diretas. Das
causas obstétricas diretas o maior percentual encontrado foi na região
Nordeste (292 casos que equivale a 36% do total). Por esse motivo evidenciase a necessidade de assistência de qualidade a gestação, parto e puerpério.
(BRASIL, 2014). Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde
da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido apresentam maiores
probabilidades de evolução desfavorável que as da média da população
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considerada”. (BRASIL, 2010). Dentre os fatores considerados para
determinação de uma gestação de alto risco podemos citar alguns: idade
inferior a 17 e maior que 35 anos; Altura menor que 1,45 m; Peso menor que
45 kg e maior que 75 kg; Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; Gestação
múltipla; Pré-eclâmpsia e eclampsia; Diabetes gestacional; Nuliparidade e
Multiparidade (BRASIL, 2010). A assistência a gestante de alto risco no Brasil
vem passando por transformações no sentido de proporcionar redução das
complicações associadas a esta condição. Ressalta-se que desde o ano 2000
foram traçadas metas para o desenvolvimento do milênio para reduzir as
desigualdades e melhorar o desenvolvimento humano, dentre elas está a
redução dos índices de mortalidade materna e infantil até o ano de 2015
(BRASIL, 2009). Em estudo realizado em um hospital de Porto Alegre foram
comparadas as características das gestantes em quatro décadas e percebeuse que a partir do ano 2000 houve um crescimento do número de gestantes de
alto risco (MARQUES et al., 2012). Quanto a atuação do enfermeiro, é
reconhecida sua importância, visto que realiza o pré-natal em atenção básica e
deve ser capaz de identificar supostos problemas que possam afetar o
transcorrer normal da gestação, ademais o enfermeiro também realiza
cuidados indispensáveis na assistência hospitalar a gestantes de risco.
Salienta-se ainda a necessidade estabelecer vínculo com a gestante durante
todo o processo de acompanhamento da gestação e parto, acolhendo,
retirando dúvidas e orientando os principais cuidados durante esta fase
garantindo uma assistência de qualidade e uma evolução satisfatória das
gestações (OLIVEIRA; MADEIRA, 2011). Neste estudo de caso abordar-se-á a
assistência de enfermagem a uma gestante de alto risco, cujos fatores
determinantes para esta condição foram: gestação gemelar, parto prematuro,
história de aborto anterior e hipótese diagnóstica de pré-eclâmpsia leve. Serão
apresentados os três primeiros passos do processo de enfermagem, a saber:
histórico, diagnósticos de enfermagem e planejamento da assistência. A
relevância deste relato de caso é evidenciada pela necessidade de garantir
assistência efetiva as gestações de alto risco reduzindo a morbimortalidade
materno fetal. OBJETIVOS: Sistematizar a assistência de enfermagem e traçar
o plano de cuidados para um caso de uma gestação de alto risco em uma
maternidade do interior cearense. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um
estudo de caso, descritivo e de abordagem qualitativa, desenvolvido em uma
maternidade do município de Juazeiro do Norte-Ce durante os estágios da
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disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar da Saúde da Mulher.
Segundo Araújo et al (2008), "O estudo de caso é uma abordagem
metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos
compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos". A
coleta de dados foi realizada no mês março de 2015, por acadêmicas de
enfermagem da Universidade Regional do Cariri- URCA. Realizou-se o
histórico de enfermagem com dados relativos a anamnese e exame físico e
consultas ao prontuário da paciente para coleta de informações que não foram
obtidas durante a entrevista. A partir desses dados foram planejadas as ações
da assistência de enfermagem. Para o levantamento dos diagnósticos, metas
e intervenções de enfermagem foram utilizadas respectivamente as seguintes
taxonomias: NANDA (Classificação dos Diagnósticos de Enfermagem)- NOC
(Classificação dos Resultados de Enfermagem) – NIC (Classificação das
Intervenções de Enfermagem). Ressalta-se que foi obtido consentimento da
paciente para participação neste estudo, após esclarecida sobre a pesquisa e
seus objetivos. Ademais, para realização desse trabalho também foram
realizadas buscas de artigos científicos na Biblioteca Virtual em Saúde – BVS
utilizando os seguintes descritores: Gravidez de alto risco, Pré-eclâmpsia,
Gemelaridade, Prematuridade e Enfermagem. Os critérios de inclusão dos
artigos foram: artigos em português e disponível na íntegra. A partir dessa
análise identificaram-se 54 artigos dos quais 18 foram utilizados.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: A partir do levantamento de dados formulou-se
o histórico da paciente: F. T. S, 33 anos, gestação gemelar G4 P2 A1 (1º parto
vaginal a termo; 2º abortamento; 3º gemelar em que ocorreu um óbito fetal
intraútero, e o segundo gêmeo veio a óbito no período neonatal por
complicações decorrentes da prematuridade, visto que a gestação findou-se
com 33 semanas). A paciente é procedente de Juazeiro do Norte-CE,
doméstica, em união estável. Com história pregressa de pré-eclâmpsia e
elevação dos níveis pressóricos no pré-natal. Admitida na maternidade no dia
16/03/2015 com hipótese diagnóstica de pré-eclâmpsia leve. Apresenta IG 36
semanas e 1 dia segundo a USG do 1º trimestre, 1º feto: 2.313g, dorso à direita
e 2º feto 2.324g com dorso à esquerda, ambos com situação longitudinal e
apresentação cefálica. Exames solicitados: Hemograma, Ureia, Creatinina,
Acido úrico, Bilirrubina total e frações, TGO, TGP e DHL. Após a análise
laboratorial percebeu-se os níveis elevados de proteinúria 24h (1.145 mg/24h valor de referência: 20 à 150mg/24hs) e desidrogenase láctica (616 UI/L valor
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de referência: 115 à 225 UI/L). A partir destes achados obteve-se o diagnóstico
médico de Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG). Permaneceu
internada em observação por 8 dias, apresentando níveis pressóricos variados,
período no qual realizou terapêutica anti-hipertensiva e uso corticosteroides
para o amadurecimento dos pulmões fetais. Paciente foi orientada a
permanecer em repouso no leito em decúbito lateral esquerdo com intuito de
favorecer o retorno venoso e obter melhores resultados pressóricos. Submetida
a cesárea no dia 23/03. Após a realização do procedimento cirúrgico, a mesma
foi encaminhada para o Alojamento Conjunto, onde foi possível dar
continuidade a assistência de enfermagem. Neste momento a paciente
encontrava-se em estado geral bom, consciente, orientada, hidratada,
normocorada. Ao exame físico: Mamas com presença de colostro
bilateralmente, mamilos protrusos. A puérpera no momento da sua avaliação
queixou-se de que um dos recém-nascidos encontrava-se muito sonolento e
por esse motivo não havia, até o momento, amamentado. Apresentava a
eliminação dos lóquios sanguinolentos em quantidade moderada, útero
palpado a abaixo da implantação da cicatriz umbilical, ferida operatória limpa e
sem sinais flogísticos. Paciente encontrava-se utilizando peça íntima bastante
compressiva. Edema em membros inferiores ++/4, sinal de Bandeira e Homans
negativos. Sinais vitais: PA: 100x60; FR: 18 rpm; Pulso: 92 bpm; T: 35,6°C. A
partir da analise do histórico pode-se obter os seguintes diagnósticos de
enfermagem considerando a assistência ao final da gestação e ao puerpério
imediato: Risco de lesão materna relacionado à disfunção de um órgão ou de
um sistema causada por elevação da pressão sanguínea; Amamentação
Ineficaz relacionado à reflexo de sucção do lactente insatisfatório evidenciado
por sonolência e resistência do lactente em apreender a região areolar-mamilar
com a boca; Volume de líquidos excessivo relacionado à excesso de líquidos
nos MMII evidenciado por edema com sinal de cacifo positivo ++/4; Dor aguda
relacionada à procedimento cirúrgico evidenciada por comportamento de
proteção e relato verbal de dor; Risco de Infecção relacionado ao
procedimentos invasivos e aumento da exposição ambiental a patógenos.
Foram traçadas as seguintes metas, respectivamente: A gestante deverá
apresentar redução dos níveis pressóricos; O lactente irá desenvolver padrão
alimentar satisfatório para suprir as necessidades metabólicas; Paciente irá
apresentar redução do volume de líquidos. A puérpera irá relatar a diminuição
da dor; A puérpera irá evoluir sem quadro de infecção. Para alcançá-las, as
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respectivas intervenções: Avaliar constantemente a gestante em relação aos
níveis pressóricos. Recomenda-se que a gestante mantenha repouso no leito
em decúbito lateral esquerdo; Orientar a mesma com relação a alimentação,
diminuindo a ingesta de alimentos ricos em sódio. Mostrar a mãe a forma
correta da pega e a posição que o lactente deve encontrar-se durante o
aleitamento. Estimular a sucção do RN; Recomendar a puérpera a observar o
tempo de sono e acorda-lo quando necessário; Estimular a deambulação
precoce; Aconselhar a elevação dos membros inferiores; Administrar
analgésico conforme prescrição médica; Ensinar técnicas de relaxamento para
o desvio do foco na dor; Indicar a utilização de roupas intimas não
compressivas; Avaliar a ferida operatória quanto a sinais flogísticos e aumento
da exposição ambiental a patógenos; Orientar a retirada do curativo
compressivo durante o primeiro banho após a cesárea; Orientar que a ferida
operatória deve ser higienizada apenas com água e sabão neutro.Percebeu-se
que os resultados deste estudo se assemelham quanto a alguns diagnósticos
de enfermagem encontrados em outras pesquisas, a exemplo do estudo de
Herculano et al. (2011) que encontrou a presença dos seguintes diagnósticos
no puerpério imediato: “Dor aguda”, “Ansiedade”, “Risco de intolerância a
atividade”. Aguiar et al. (2010) também destacou o “Risco de infecção”, “dor
aguda” e “Baixo autoestima situacional”. A assistência de enfermagem vai além
dos diagnósticos, metas e intervenções, ela requer um olhar humanizado
levando sempre em consideração os aspectos subjetivos do ser. Oliveira,
Madeira e Penna (2011, p. 52-54) revelam o medo e insegurança das
gestantes de alto risco “As gestantes vivem na dúvida, na inconstância, na
incerteza, não sabem o que acontecerá com elas ou com seus filhos numa
situação considerada de alto risco.” CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente
estudo descreveu as três primeiras etapas do processo de enfermagem a uma
gestante de alto risco, a partir delas percebemos quais os fatores
determinantes, as manifestações, principais cuidados a serem implementados
e as medidas cabíveis para prevenção de possíveis complicações relativas a
esta condição. Com base nos artigos selecionados para a revisão de literatura
e discussão, verificou-se a constância de alguns diagnósticos de enfermagem
em gestações de alto risco e puerpério imediato. Percebeu-se que a utilização
do processo de enfermagem é um método eficaz no sentido de identificar os
problemas reais ou potenciais e agir precocemente evitando danos nas
gestações de alto risco. Após a execução do plano de cuidados proposto neste
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estudo observou-se o progresso em relação a amamentação ou seja o recém
nascido apresentou melhora quanto a pega e sucção. A paciente em seu
internamento apresentou a estabilização dos níveis pressóricos. Entretanto,
ressalta-se que algumas medidas poderiam requerer maior tempo e contato
com a puerpéra no sentido de alcançar os demais resultados esperados. A
realização deste estudo reitera a pertinência da sistematização da assistência
de enfermagem e sua validade nas situações de alto risco gestacional.
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
Kamille Rodrigues Freire Lopes, Faculdade Leão Sampaio
Rosanny Souza Brito, Faculdade Leão Sampaio
Gabryelle Pacheco Teles, Faculdade Leão Sampaio
Kátia Monaisa de Sousa Figueiredo. Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Traumatismo Cranioencefálico. Epidemiologia. Perfil de
Saúde.
INTRODUÇÃO: De acordo com a Classificação Internacional de Doenças da
OMS onde se denomina como Causas Externas-CEs, os agravos à saúde
resultantes de agressões, acidentes, traumas e lesões; dessa forma podem se
caracterizar de forma acidental (quedas, envenenamentos, afogamentos,
acidentes de transito, de trabalho e outros tipos) e intencional (como agressão,
lesões autoprovacadas, homicídios e suicídios Em relação à natureza da lesão,
se engloba os envenenamentos, ferimentos, fraturas, traumas e queimaduras,
entre outros (MELO et al., 2011). Trauma é o evento decorrente de causas
externas, essas podem ser desejáveis ou indesejáveis, com diferentes
incidências e mecanismos de lesão, que irá atingir o individuo neles envolvido,
causando-lhe assim, algum dano ou lesão (IMAMURA, 2012). Na atualidade o
trauma tem sido um motivo de grande discussão, sendo uma das principais
causas de morbimortalidade dessa forma é descrita como um problema de
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saúde pública, pois afeta a grande faixa etária ativa da população; por sua vez
o principal trauma que mais causa vítima é o craniano (GAUDÊNCIO E LEÃO,
2013). O Trauma Crânio Encefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro que não
possui natureza degenerativa ou congênita, mas causada por uma força física
externa, que suscita lesão anatômica e/ou comprometimento funcional do
couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo (MAIA et al., 2013) OBJETIVO:
analisar os casos em determinadas localidades brasileiras e dessa forma traçar
um perfil epidemiológico. MATERIAIS E MÉTODOS: Nesse sentido o estudo
se propõe a realizar uma analise dos perfis epidemiológicos dos casos de
Trauma Crânio Encefálico TCE em diferentes localidades do país, a fim de
identificar a população mais suscetível e sintetizar um único perfil. Este estudo
e do tipo de revisão sistemática da literatura onde ira abordar a produção
nacional acerca do perfil epidemiológico do TCE, com o objetivo de analisar os
casos em determinadas localidades brasileiras e dessa forma traçar um perfil
epidemiológico. As revisões sistemáticas são estruturadas para serem de
forma metódica, explícita e passível de reprodução, desse modo, esse tipo de
estudo serve para que se possa nortear o desenvolvimento de projetos,
indicando novas vertentes para futuras investigações (SAMPAIO E MANCINI,
2007). Para elaboração desse artigo utilizou-se os descritores Trauma Crânio
Encefálico, Epidemiologia, Acidentes e Causas Externas em português nas
seguintes bases de dados: LILACS (Literatura em Ciências da Saúde), SCIELO
(Scientific Eletronic Library Online) e BVS Enfermagem (Biblioteca Virtual em
Saúde). Observou-se durante a pesquisa o grande interesse pela temática nos
últimos 07 anos, devido os diferentes estudos acerca do TCE, essa pesquisa
compreendeu os anos de 2007 a 2014 e foi realizada em Setembro de 2014.
Após a seleção dos descritores para a pesquisa, ocorreu um levantamento dos
estudos que continhas esses descritores. Dessa forma ocorreu à finalização da
seleção dos artigos, posteriormente realizaram-se buscas avançadas pelos
estudos, compreendendo a leitura de títulos, resumos e objetivos, com intuito
de selecionar apenas os estudos com enfoque no estudo, excluindo aqueles
que não correspondiam com a temática em estudo. Desse modo, obteve-se
uma amostra de dezesseis (16) estudos científicos, no qual somente 11 foram
analisados. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O primeiro aspecto a ser analisado
foi a Unidade Federativa na qual os estudos sobre traumatismo
cranioencefálico foram realizados, notou-se uma maior quantidade na região
nordeste com 4 pesquisas equivalentes a 36% da amostra; a região sul com 2
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pesquisas 18% ; região norte com 1 pesquisa 9% e sudeste com 3 pesquisas
27%; além de outra que se referia a todo o Brasil. Em relação ao local de
pesquisa 95% foi intra- hospitalar e 5% banco de dados. Ao se tratar de
período observou-se uma predominância no ano de 2013 com 04 publicações
(36%), em segundo o ano de 2010 com 03 publicações (27%), e os demais
anos apenas com uma publicação, 9% para cada. Ainda que a causa principal
do traumatismo cranioencefálico varie entre diversas localidades, temos os
acidentes de transito e as quedas como as suas causas mais frequentes. A
etiologia do trauma varia de acordo com a susceptibilidade, que leva em
consideração não somente a fase de desenvolvimento, como também suas
características comportamentais e individuais; como também a faixa etária,
onde se pode observar que em crianças prevalecem os acidentes domésticos,
os esportivos e as quedas; e já nos adolescentes e adultos jovens os acidentes
de transito e as agressões se sobressaem; e nos idosos as quedas e os
acidentes domésticos (LIZ et al., 2012; IMAMURA, 2009). O predomínio do
sexo masculino como vitima de TCE é corroborado por diversos autores, e esta
relacionado com os acidentes por meios de transporte, principalmente os
motociclísticos, podendo ser justificado pelo aumento significante do número de
veículos circulantes e a alta frequência de comportamentos imprudentes,
atingindo assim a faixa populacional de maior produtividade. Quando se trata
de crianças seus fatores de risco geralmente estão relacionados por serem
naturalmente mais curiosas, propensas a exploração do meio ambiente,
incapazes de distinguir o perigo, sem possuírem noções de risco, sendo
incapazes de agirem de forma segura (IMAMURA, 2009). No estudo realizado
no município de Barbalha foi apontado que as causa de TCE mais frequente
em crianças e pré-adolescentes são as quedas, já nos adolescentes temos os
acidentes de motocicletas; isso se da pelos valores culturais e sociais
atribuídos aos homens dando-lhes mais liberdade para realização de
atividades. Devido a essa liberdade ofertada muitas vezes o ambiente
domiciliar se torna mais favorável a ocorrência de quedas, em virtude das
situações de perigo existentes no lar (FILHO et al., 2010). Nos adolescentes e
adultos jovens os fatores de risco destacam se devido a fatores inerentes a
juventude, vitalidade, força e velocidade, a sua aptidão para desempenhar
diversas atividades, o inicio de sua independência, cujos estes fatores
associam-se a imprudência, tornando- os mais propensos aos acidentes
(IMAMURA, 2009). Observou-se que no estado do PI ocorreu a prevalência do
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sexo masculino nos casos de TCE leve, moderado e grave constatando que o
maior número de casos se da na faixa etária de 21 a 40 anos, seguido pela
faixa etária de 10 a 20 anos; tendo como as idades de menor
representatividade os menores de 10 anos e os maiores de 60 anos. Tratandose da causa do TCE temos os acidentes de moto em primeiro lugar, seguido
dos atropelamentos e de quedas da própria altura. As causas menos relatadas
foram os acidentes devido à arma de fogo, tentativas de suicídio e maus tratos
(LOPES et al., 2013). Em idosos os fatores de risco se sobressaem devido a
sua idade, onde naturalmente apresentam maiores fragilidades, enfermidades,
diminuição da coordenação motora, instabilidade visual e postural. Pode estar
relacionado também a falta de alguém que possa auxiliá-lo, contribuindo pra a
minimização dos acidentes que na sua grande maioria é decorrente de quedas
(MELO et al., 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo sobre a
epidemiologia do TCE mostrou-se bastante relevante. Nele, observou-se que
as maiorias dos casos de TCE eram em faixas etárias ativas,
predominantemente do sexo masculino, porém nem todas as causas eram
decorrentes de acidentes motociclísticos, mas também de quedas da própria
altura. O sexo masculino é o mais suscetível no que refere-se a TCE, devido a
estes dados é necessário maior empenho no que diz respeito a saúde do
homem, podendo colocar em praticas as medidas preventivas relacionadas a
esse gênero. Conclui-se que é de suma importância a atuação do sistema de
saúde municipal e estadual, possibilitando a criação e implantação de
estratégias de prevenção e aperfeiçoamento no que diz respeito a
Traumatismo Cranioencefálico, para que se possa obter uma diminuição dos
casos e consequentemente uma redução de gastos, além de evitar os casos de
óbitos que ocorre numa fase ativa de produção intelectual e de trabalho.
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IMPORTANCIA, AVANÇOS E DESAFIOS NA REDE DE ATENÇÃO À
SAÚDE: UM RESGATE DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA NO BRASIL
Cicera Kassiana Rodrigues Vieira ,Faculdade Leão Sampaio
Erika Sobral da Silva, Faculdade Leão Sampaio
Milena Alencar Brasil, Faculdade Leão Sampaio
Ana Maria Machado Borges. Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Serviços de Saúde. Gestão dos Serviços de Saúde. Atenção
Primária à Saúde.
INTRODUÇÃO: A rede de atenção à saúde é a articulação entre serviços e
sistemas de saúde, e as relações entre atores que aí atuam, mediante relações
de interdependência entre os pontos da rede (MENDES, 2010). A ideia de rede
está implícita nos princípios e diretrizes do SUS assim como na Lei n° 8080/90,
que dispõem sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da
saúde, bem como a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes. Ainda coloca sobre funcionamento de uma rede
regionalizada e hierarquizada, apontando no seu Art. 10º arranjos
organizacionais para as redes locorregionais através de consórcios
intermunicipais e distritos de saúde como forma de integrar e articular recursos
e aumentar a cobertura das ações, devendo esta assegurar os princípios de
universalidade do acesso, equidade e integralidade. Desta forma, a rede de
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Atenção à Saúde é fundamental para garantir acesso universal dos cidadãos
aos serviços e ações de saúde, de acordo com suas necessidades e para
oferecer atenção integral. Sendo assim, os usuários do SUS usam esta rede
em busca de garantir atenção a sua saúde, e, portanto necessitam que a
articulação entre as redes seja eficaz para garantir que suas necessidades
sejam atendidas (SILVA, 2011). A rede de atenção à saúde é constituída por
três elementos, que são: população, estrutura operacional e modelo de atenção
à saúde. Existem ainda os fundamentos e atributos que juntos são
fundamentais para o funcionamento da rede e essenciais para efetividade de
suas ações, contribuindo assim para o alcance dos princípios e diretrizes do
SUS (BRASIL, 2012). A atenção básica é considerada a porta de entrada ao
sistema e o primeiro nível de atenção, e esta faz a interligação com outros
pontos da rede sendo responsável por coordenar o caminhar dos usuários
pelos outros pontos de atenção da rede, quando suas necessidades de saúde
não puderem ser atendidas somente por ações e serviços da atenção primária
e de manter o vínculo com estes usuários, dando continuidade às ações de
saúde, mesmo que estejam sendo cuidados também em outros pontos de
atenção da rede (BRASIL, 2012). Desde a criação do SUS viu-se a
necessidade de constituição de uma rede de atenção à saúde. Também, os
desafios para construir e trabalhar na rede de atenção, necessitando assim da
compreensão, apoio e participação dos usuários do SUS no fluxo e na
articulação da rede para uma maior efetividade, pois a rede só consegue se
concretizar se houver atores políticos comprometidos com sua efetividade tais
como gestores, trabalhadores da saúde e usuários (DOBOW, 2013), para um
efetivo funcionamento da rede de atenção à saúde, é necessário vencer muitos
obstáculos e desafios, pois ainda se vê grandes dificuldades na sua
organização, onde os principais são financiamento, gestão, orientação dos
serviços da atenção primária de saúde baseada na população, políticas da
atenção primária e valorização social (Brasil, 2012). OBJETIVO: Identificar as
produções científicas sobre redes de atenção à saúde. MATERIAIS E
MÉTODOS: esta pesquisa trata-se de uma revisão sistemática. Para busca dos
artigos, utilizou-se a base de dados do Scielo. As buscas foram feitas durante o
mês de Março de 2015, com a utilização do seguinte descritor: rede de atenção
à saúde. Foram encontrados 140 artigos. A partir daí utilizou-se como critérios
de inclusão: artigos publicados em português e que tiveram conformidade
específica com a gestão dos serviços de saúde e excluídos os artigos
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tratassem das assistência a populações específicas como, idoso, criança,
gestantes, entre outros. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão,
selecionaram-se 16 artigos. A coleta de dados seguiu as seguintes etapas:
leitura exploratória de todo material selecionado, leitura seletiva e registro de
informações extraídas das fontes em instrumento previamente elaborado pelas
autoras, coletando-se as seguintes informações: autor(es), título, ano, revista,
objetivos, tipo de pesquisa e principais resultados. A análise de dados foi
realizada a partir de uma leitura analítica com a finalidade de ordenar as
informações contidas nas fontes, de forma que estas possibilitassem a
obtenção de respostas ao estudo sugerido. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Na
primeira fase do estudo foram encontrados 140 artigos, após análise deste
material, verificou-se que 16 dos artigos foram satisfatórios de acordo com os
critérios estabelecidos. Ao analisar o material, percebeu-se que 100% (16) dos
estudos foram realizados no Brasil. No que se refere ao ano de publicação,
notou-se que 6,25% (1) dos estudos eram de 2004, 6,25% (1) de 2007, 18,75%
(3) de 2010, 18,75% (3) de 2011, 25% (4) de 2012, sendo este o ano onde
foram publicados mais artigos; 12,25% (2) de 2013, 12,25% (2) de 2014, e
6,25% (1) de 2015. Relacionado ao delineamento metodológico, percebeu-se
que 12,25% (2) dos estudos utilizaram a abordagem quantitativa, 18,75% (3)
apresentaram abordagem qualitativa, 50% (8) apresentaram revisão de
literatura, sendo este o método mais adotado, 6,25% (1) apresentaram uma
reflexão crítica, 6,25% (1) apresentaram estudo de caso e 6,25% apresentaram
abordagem avaliativa. No que diz respeito às revistas que publicaram os
artigos, percebemos que 50% (8) dos artigos foram publicados na Revista
Ciência e Saúde Coletiva, sendo esta a revista que mais publicou. 6,25% (1)
foram publicados na Revista de Saúde Coletiva, 6,25% (1) foram publicadas na
Revista de Enfermagem, 6,25% (1) foram publicados no Caderno de Saúde
Pública, 6.25% (1) foram publicados na Revista Saúde e Debate, 6,25% foram
publicados na Revista Eletrônica Gestão e Saúde, 6,25% (1) foram publicadas
na Revista Panam Salud Pública, 6,25% (1) foram publicadas na Revista
Brasileira Saúde Materna Infantil Recife, 6,25% (1) foram publicadas na Revista
Saúde Pública, e 6,25% (1) foram publicados na Saúde Soc. São Paulo. Como
principais resultados, foi possível perceber que a maioria dos artigos apresenta
estratégias para a melhoria do serviço, sendo um total de 50% (8 artigos) que
abordam este tipo de assunto, onde relatam que ter organização no serviço,
apresentar negociação dos papéis, novas soluções para velhos problemas,
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avaliar se está tendo ou não melhoria do serviço, são adaptações necessárias
indispensáveis para que o sistema venha a apresentar uma maior qualidade.
Uma boa qualidade das redes de atenção à saúde pode melhorar a condição
clínica, os resultados sanitaristas dos usuários e diminuir os custos dos
sistemas (SILVA, 2011). Para tanto, identificou-se três aspectos julgados
importantes na consolidação e melhoria da qualidade das redes de atenção à
saúde, inicialmente a integralidade no seu sentido vertical, que pressupõe a
busca das necessidades dos usuários a partir de um olhar integral, procurando
captar holisticamente o que pode beneficiar sua saúde nos seus contatos com
os diferentes pontos do sistema. O segundo seria a integralidade horizontal, no
qual se evidencia que as respostas às necessidades dos usuários geralmente
não são obtidas a partir de um primeiro ou único contato com o sistema de
saúde, havendo necessidade de contatos sequenciais, com diferentes serviços
e unidades, e monitorização do trajeto de uns aos outros. O último aspecto diz
respeito à interação entre políticas públicas e, portanto, à intersetorialidade.
Logo se percebe que as redes de atenção não são restritas a um único setor.
Três dos artigos utilizados relatam os déficits encontrados na oferta dos
serviços, sendo estes a deficiência na biossegurança dos procedimentos,
ausência de estrutura que favoreça o desenvolvimento adequado, insuficiência
de recursos na UBS, falta de informação e educação da população, podendo
ser perceptível que todos estes irão contribuir para o regresso da assistência.
No que diz respeito à insuficiência de recursos na UBS, Shimizu (2013)
reconheceu que este é um problema enfrentado pelas redes e contribui para
sua fragmentação, assim como a carência na estrutura como um todo, em
especial, equipamentos diagnósticos e terapêuticos, tecnologias nos serviços
públicos de atenção básica e serviços assistenciais de média complexidade.
Isso levou a um crescimento desproporcional dos serviços privados
complementares ao SUS. Já que a atenção básica deve ser o contato
preferencial dos usuários, caracterizando-se como principal porta de entrada e
centro de comunicação da rede, portanto seu alicerce, logo, se a oferta de
recursos assistenciais for insuficiente para a atenção primária, haverá prejuízo
para todos os pontos de atenção (SILVA, 2011). Outros 12,25% (2 artigos)
abordaram os desafios encontrados pelas redes, que as impede de fornecer
uma assistência de qualidade, sendo eles a demanda da população que muitas
das vezes está aumentada o que sobrecarrega a assistência, poucos
profissionais e alta rotatividade. Também, pode ser citada a complexidade das
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políticas da rede pública e a falta de investimento adequado do governo, tudo
isso contribui para que o sistema apresente falhas, e muitas vezes deixe a
desejar, não fornecendo uma assistência de qualidade aos usuários do
sistema. Nessa perspectiva, Silva (2011) enfatiza que a grande rotatividade e a
pouca disponibilidade de profissionais para as demandas, sobretudo da
Atenção Primária a Saúde, com destaque para o médico, coopera para uma
orientação falha dos serviços segundo a demanda. Ademais, os serviços
oferecidos, muitas vezes não coincidem com as necessidades e expectativas
da população assistida. Constatou-se que as práticas de cuidado da equipe
devem ser reestruturadas para efetivamente conseguirem dar respostas às
necessidades da população. Para isso, existem muitos critérios que devem ser
postos em prática para que os pacientes possam se assegurar de que
realmente existe um sistema integrado de serviços, por exemplo, não precisar
repetir sua história a cada consulta, não precisar submeter-se a repetições
inúteis de exames, não se restringir a um nível de atenção inadequado por
incapacidade de atendimento em outro nível, entre tantos outros (BRASÍLIA,
2012). O autor ressaltou ainda que o montante orçamentário destinado às
redes, em especial à Atenção Primária a Saúde é insuficiente e sua alocação é
gerencialmente ineficaz, que mesmo com aumentos constantes, é considerado
insuficiente para suprir as necessidades de saúde. No que diz respeito ao
financiamento, deve haver participação das três esferas governamentais
(tripartite), entretanto, na maioria das vezes há uma desarticulação, levando a
uma desagregação e ineficácia dos serviços. A Política de atuação do Sistema
Único de Saúde (SUS) se encontra fragmentado devido à fragilidade do
processo de articulação entre as instâncias gestoras do sistema, o que dificulta
o acesso e a continuidade da atenção à saúde (SHIMIZU, 2013). Nesse
sentido, os autores destacam que para superar os desafios e avançar na
qualificação da atenção e da gestão em saúde, é preciso forte decisão dos
gestores do SUS, enquanto protagonistas do processo instituidor e organizador
do sistema de saúde, implicando no cumprimento de pactos políticos
cooperativos entre as instâncias de gestão do sistema, para garantir os
investimentos e recursos necessários à mudança. É necessária articulação de
conhecimentos e vontades dos vários setores envolvidos na saúde, incluindo o
governo em suas diversas esferas e instâncias, além das categorias
profissionais da saúde e da sociedade civil organizada em instâncias
participativas de deliberação. Desta forma, o olhar de cada um poderá ser
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incorporado no processo de superação dos desafios (BRASÍLIA, 2012). Outros
37,75% (6 artigos) trouxeram informações como, o aumento das publicações
dos artigos relacionados a este tipo de tema, onde observou-se que comparado
a épocas passadas vem crescendo e ganhando seu espaço. Outro tema
abordado foram as funções da rede básica, onde foi possível perceber que ela
age produzindo valores para os usuários do serviço, coordenando o cuidado, e
funcionando também como o primeiro nível de contato da população com o
sistema, devendo coordenar o fluxo dos usuários entre os vários serviços de
saúde, buscando garantir maior equidade ao acesso e à efetiva utilização das
demais tecnologias e serviços do sistema, para responder às necessidades de
saúde da população. Os artigos utilizados abordaram ainda sobre composição
das redes interfederativas, que são compostas por diversas redes de serviços
organizadas territorialmente, e por último viu-se que a atenção primária no
Brasil vem sendo desenvolvida nos últimos anos, ganhando um papel de
destaque por coordenar o cuidado e organizar o sistema. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A Rede de Atenção à Saúde é a melhor estratégia para garantir
atenção efetiva e eficaz às populações assistidas, devendo esta assegurar os
princípios e diretrizes do SUS. Sendo assim, as redes regionalizadas e
integradas de atenção à saúde oferecem condições estruturalmente mais
adequadas para efetivação da integralidade de atenção além de reduzir os
custos dos serviços por imprimir uma maior racionalidade do sistema na
utilização de recursos e assim garantir o atendimento integral a todas as
necessidades da população, em qualquer setor da rede. Entretanto, viu-se que
a produção de artigos que trata sobre o tema ainda é escassa, apesar de ter
aumentado de forma sutil em comparação com épocas passadas. A atenção
básica à saúde tem uma importância primordial na rede de atenção, como
coordenadora do cuidado e ordenadora do acesso dos usuários para outros
pontos de atenção, sendo que todos os pontos de atenção à saúde são
importantes e se relacionam horizontalmente, pois se não fosse assim, não
seria uma rede. Por outro lado, há que se ressaltar que sistemas de saúde
baseados numa forte orientação para a atenção primária de saúde sem dúvida
são mais adequados porque se organizam a partir das necessidades de saúde
da população; mais eficientes porque apresentam menores custos e reduzem
procedimentos mais caros; mais equitativos porque discriminam positivamente
grupos e regiões mais pobres e diminuem o gasto do bolso das pessoas e
famílias; e de maior qualidade porque colocam ênfase na promoção da saúde e
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na prevenção das doenças e porque ofertam tecnologias mais seguras.
Contudo, ainda há grandes desafios a serem alcançados para uma real
efetivação das redes de atenção a saúde bem como de todos os serviços e
sistemas da saúde. Nesse sentido, o gestor tem grande contribuição,
principalmente ao assumir a responsabilidade do SUS, seja em qualquer área.
Nesse caso, ele deve ter conhecimento sobre a realidade do local, direcionado
à saúde e ao perfil epidemiológico populacional, para só então estabelecer um
modelo de atenção que atenda a cada indivíduo de acordo com sua
necessidade. Para que isto seja possível, o gestor terá que adequar o
financiamento de acordo com as condições reais, superar a fragmentação das
ações e serviços de saúde e qualificar as praticas clínicas. Desta forma, o
incentivo aos pesquisadores se faz necessário, no sentido de publicarem mais
estudos sobre o tema, que tragam soluções realmente eficazes para uma
melhor funcionalidade das redes e que abram os olhos dos gestores para o real
desafio a ser enfrentado, pois sem dúvida, com uma maior riqueza de
informações e diferentes alternativas aos obstáculos, há uma menor fragilidade
e fragmentação do sistema como um todo. Finalmente, vale destacar que a
superação dos desafios é uma tarefa que deve ser assumida pelas três esferas
de governo (municipal, estadual e nacional), devendo ser adotadas alternativas
consideradas absolutamente necessárias tais como, uma nova reforma
sanitária, o aperfeiçoamento da gestão intergovernamental, a qualificação da
atenção primária, e a ordenação de sua continuidade nos outros níveis do
sistema. Não se dispensa também uma reflexão sobre as práticas de saúde,
implicando assim em romper paradigmas por meio de uma reorientação,
exigindo realizações de médio e longo prazo, cobrando profundas mudanças
culturais sobre o que é saúde, através de uma radical reflexão sobre o modo de
fazer e pensar saúde, lutando para que haja a consolidação do SUS e para que
os princípios (universalidade, integralidade e equidade) sejam postos em
prática. A não realização disto contribui para que a evolução do cenário em
saúde no Brasil, que atualmente apresenta um relativo déficit na oferta de
serviços públicos de saúde, face às demandas em saúde da população.
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EFEITOS EMOCIONAIS ENFRENTADOS PELA MULHER E SEUS
FAMILIARES FRENTE AO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA
Cícera Luciana da Silva Sobreira, Faculdade Leão Sampaio
Wdyane Layane da Costa Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Cassia Rodrigues Viera, Faculdade Leão Sampaio
Maria do Socorro Nascimento de Andrade, Faculdade Leão Sampaio
Paula Suene Pereira dos Santos Maria, Faculdade Leão Sampaio
Elaine Silva de Melo. Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Câncer de Mama. Mulheres. Enfrentamento Familiar.
INTRODUÇÃO: Atualmente o número de mulheres portadoras de câncer de
mama no mundo aumentou. Segundo Gonçalves et al. (2009) e Primo et al.
(2010) a cada ano cerca de 22% dos novos casos de câncer no sexo feminino
são de mama, segundo dados de 2008 foram registrados no Brasil cerca de
49.400 novos casos de câncer de mama, com risco estimado de 51 casos para
cada 100 mil mulheres. A detecção precoce é a principal ferramenta para
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diminuir suas taxas de morbimortalidade, sendo utilizados os métodos de
rastreamento da neoplasia mamária: o Exame Clínico das Mamas (ECM), o
Autoexame das Mamas (AEM) e a mamografia. Camargo e Souza (2003)
lembram que o câncer de mama tem um típico e, por vezes, complexo impacto
psicológico. Assim, para minimizar os efeitos danosos do diagnóstico e
tratamento cada vez mais, os cirurgiões estão optando pela utilização da
cirurgia conservadora (onde não há extirpação completa da mama) o que
favorece a redução do efeito negativo na auto-imagem e da própria imagem
corporal das mulheres afetadas pela doença. Segundo Soares (2009) ao ser
diagnosticada com câncer de mama a mulher passa a vivenciar uma série de
preocupações, entre elas o medo de ser estigmatizada e rejeitada pela
sociedade e por seus familiares ao tomarem conhecimento de sua doença, a
possibilidade de disseminação da neoplasia pelo seu corpo,o medo da queda
do cabelo e seus efeitos sobre sua auto-estima, além da incerteza quanto ao
futuro, a sua sexualidade, ao seu relacionamento conjugal e materno e
principalmente o medo da recidiva da doença. Por se tratar de uma doença que
atinge muitas mulheres no mundo têm-se a necessidade de se avaliar como
acontece esse impacto no seio familiar. Dessa forma, trata-se de um tema que
provoca curiosidade não só nas mulheres, mas em toda sociedade. Almeja-se,
assim, contribuir para uma nova visão dos efeitos emocionais enfrentados
pelas mulheres e seus familiares na captação de informações que possam
esclarecer dúvidas, bem como uma forma de divulgar a importância do
autoexame e do diagnóstico precoce. OBJETIVO: Objetivou-se conhecer, a luz
da literatura, os efeitos emocionais vivenciados pelos familiares e pelas
mulheres com câncer de mama, com suas adaptações e mudanças.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica da literatura
nacional, de caráter descritivo e natureza qualitativa. A pesquisa é resultado de
buscas e analises de artigos científicos disponíveis nas bases de dados
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Bibioteca Virtual da Saúde (BVS)
e que tratavam dos efeitos emocionais vivenciados pelos familiares e pelas
mulheres com câncer de mama, com suas adaptações e mudanças. Após a
análise do material, foi possível dispor em categorias determinadas pelo teor do
conteúdo: O câncer de mama; Reações das mulheres ao receberem o
diagnóstico e o Enfrentamento familiar. Os artigos foram analisados durante os
meses de Fevereiro e Maio de 2010, foram encontrados 30 artigos e após a
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leitura dos títulos e resumos dos mesmos viu-se que apenas 22 eram
pertinentes aos objetivos propostos, sendo utilizados como fontes de
informação. Para Cervo e Bervian (2002) pesquisa descritiva é aquela em que
o pesquisador apenas descreve seu objeto de estudo, sem interferir no mesmo.
Já para Lakatos e Marconi (2010), a pesquisa qualitativa é aquela que passa a
aferir informações acerca das características mais intimas do comportamento
humano e delas extrai suas interpretações. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Nos
resultados evidenciou-se que o câncer de mama é visto como um momento
amedrontador, em que a mulher ao ser diagnóstico passa por sentimentos de
pesar, raiva e medo intenso. Deve-se, a trajetória da doença, que pode levar a
mulher a vivenciar situações que tanto levem a ameaça a sua integridade
psicossocial, quanto a se defrontar com a possibilidade de recorrência da
doença e da morte. Para Vieira, Lopes e Shimo (2005) o diagnóstico do câncer
afeta tanto a paciente quanto a família, trazendo efeitos como angústia e
mudanças de humor, provavelmente atribuída à dependência da mulher, que
se encontra fragilizada, devido a patologia. Ao receberem o diagnóstico muitas
mulheres acabam se sentindo como quem recebeu uma sentença de morte e
tornam-se deprimidas. Em alguns momentos do tratamento, a família acaba
desmotivada, gerando um sentimento de angústia e incapacidade que acaba
influenciando diretamente a cliente. De acordo com Bergamasco, Ângelo
(2001); Camargo; Souza (2003) e Fernandes et al. (2012) as reações e
sentimentos das mulheres durante o período de diagnóstico são relativas,
podendo variar de indiferença até um medo real. Aliado ao diagnóstico a
reação ao câncer de mama traz um forte impacto psicológico sobre o indivíduo
e sua família, que produz sentimentos como medo, ansiedade, dúvidas, raiva e
sofrimento emocional desde o momento do diagnóstico. “A primeira reação de
uma mulher ao receber o diagnóstico de câncer de mama e da iminência da
perda do seio, é uma tentativa, mesmo que nula, de salvação deste órgão
adoecido, esse fato pode estar relacionado com o significado da mama para a
mulher” (SOUZA, 2009, p. 02). Camargo e Souza (2003) mencionam que após
o diagnóstico de câncer de mama a mulher pode vivenciar a fase de negação e
depressão, que são vistas como defesas psicológicas. O período cirúrgico é
visto como outro momento delicado na vida da mulher. Pois, apesar da
tendência atual para a realização da cirurgia conservadora, ainda existem
casos em que exigem mastectomia, sendo assim, é nesse momento a mulher
se depara com o maior de seus confrontos, a perda da mama e o medo da
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cirurgia, da mutilação e da própria morte. Assim, segundo os mesmo autores,
esse impacto psicossocial que traz o câncer de mama pode ser visto em três
momentos: o desconforto psicológico, que causa ansiedade, depressão e raiva;
as mudanças em sua rotina de vida, como desconforto físico e a disfunção
sexual; o medo com a ocorrência da mastectomia, bem como a recidiva da
doença e a morte. Corbellini (2001) menciona que para algumas mulheres,
estar com câncer significa a perda da mama, sofrimento, dor e uma morte
solitária. Para outras, um alívio, pois a partir do diagnóstico, poderão iniciar o
tratamento e retomar as suas vidas normais. Para muitas, o diagnóstico vem
como um choque completo, talvez por que não tiveram noção de que o nódulo
poderia ser algo sério ou porque simplesmente usaram o sentimento de
negação para anular os sintomas presentes. Dependendo ou não dos tipos de
reações, o diagnóstico de câncer de mama cria um novo cenário na vida das
mulheres, fazendo com que elas procurem se adaptar a uma realidade
diferente. Bergamasco e Ângelo (2001) lembram, ainda, que para a mulher
com câncer de mama, a compreensão da doença e seus significados faz com
que ela seja capaz de refletir sobre o papel que exerce na vida da família, bem
como descobrir maneiras de ter uma melhor qualidade de vida. Refletindo
sobre sua importância no contexto familiar, a mulher sente-se mais encorajada
e disposta a enfrentar a doença, tendo em vista que precisa desse tipo de
comportamento para dar continuidade em sua vida. Uma série de emoções e
sentimentos as invadem, dessa forma, o apoio da família é bastante relevante
para o enfrentamento da doença. Gianini (2007) enfatiza que qualquer
mudança no status de saúde pode mudar o que considerávamos um estilo de
vida estável, normal. Quando a mudança é causada pelo diagnóstico de
câncer, a qualidade de vida certamente é ameaçada ou diminuída e,
frequentemente, substituída pelo medo e incertezas. Quanto à família da
portadora, a literatura dispõe sobre a criação de um sentimento de
responsabilidade e condescendência, que pode modificar o cenário na vida
cotidiana, fazendo com que a família da portadora procura se adaptar a nova
rotina de tratamento e reabilitação (BERGAMASCO E ÂNGELO, 2001).
Seguindo nessa linha, Gianini (2007), relata que a reação frente ao problema
deve ser encarada de maneira benéfica no quis diz respeito ao encorajamento
da mulher por parte dos familiares, pois o enfrentamento da doença, do
tratamento, das mudanças de vida, passa a ser uma realidade vivenciada em
conjunto, o que fortalece o vinculo familiar. Bergamasco e Ângelo (2001)
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mencionam a pressão exercida por familiares, amigos e profissionais, para que
a mulher comece o tratamento o quanto antes, é visto como ajuda, fazendo
com que se sinta fortalecida para não desistir. Deve-se lembrar de que há
várias mudanças na vida do indivíduo e que elas influenciam no seu
tratamento. “O apoio social exerce efeitos sobre o sistema imunológico,
fortalece a autoconfiança, aumenta a capacidade das pessoas de enfrentarem
situações adversas, podendo vir da família, dos amigos, do trabalho e dos
serviços de saúde” (RAMOS, LUSTOSA, 2009, p. 87). Venâncio (2004) afirma
esta opinião no momento e que “aponta que a eclosão do câncer de mama na
vida da mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da própria enfermidade,
visto que ela se depara com a iminência da perda de um órgão investido de
representações.” Fernandes et al. (2012) lembram, ainda, que o câncer de
mama pode representar para a mulher não apenas uma doença mamária, que
será acompanhada de tratamento, por vezes mutiladora e traumatizante, mas
também um somatório de situações conflituosas e avassaladoras dos efeitos
causados pela doença, como: mudanças corporais, insatisfação sexual, além
da variabilidade do humor e da instabilidade emocional. Isso implica em uma
grande instabilidade emocional para a cliente, seus familiares e amigos, e
todos os profissionais envolvidos no seu tratamento. O medo de enfrentar a
doença pode estar presente dificultando o tratamento e, de certa forma,
promovendo a perca da autoestima. No início, a mulher sente-se um pouco
desequilibrada com a nova situação que lhe foi imposta e algumas se tornam
tão inseguras que mudam o comportamento com familiares, parceiro e amigos.
Camargo e Souza (2003) lembram que, ao contrário de outros tratamentos
para doenças crônicas, o contra o câncer são vistos como mais tóxicos e
intensos, o que resulta num desgaste tanto físico quanto psicológico para
sobreviver e vivenciar a doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O câncer de
mama altera toda a dinâmica familiar, o que por vezes se não for adequado
dificultará o suporte emocional à mulher, desta forma torna-se indispensável,
portanto, que a família possa proporcionar a mulher diagnosticada com a
patologia todo apoio e incentivo para realização da terapêutica adequada.
Diante do diagnóstico e do tratamento antineoplásico percebe-se a grande
responsabilidade que a família exerce em prover suporte emocional de que a
mulher necessita para uma atitude positiva. Assim, o desenvolvimento de
pesquisas que envolvam a mulher e suas famílias, como foco no cuidado
domiciliar, com o intuito de preparar os profissionais enfermeiros para
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reconhecerem esses familiares como aliados ao tratamento e à recuperação da
mulher com câncer de mama, torna-se fundamental diante da gama que
envolve esse tratamento. De tal modo, além da necessidade de se conhecer
os significados construídos pelas famílias acerca do cuidado que prestam à
mulher com câncer de mama, deve-se entender a dinâmica que envolve a
família e a própria percepção que a mulher tem de si, possibilitando que essa
compreensão de suas atitudes e desses familiares ajude a orientar melhor a
prática do profissional enfermeiro.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Camila Cíntia Abreu Santana,
Cláudia Jeane Lopes Pimenta,
Thiago Lívio Barbosa,
Letícia Milena Freitas Silva,
Ana Cláudia Moreira Santana,
Antônio Carlos Alves Cartaxo.
Palavras-chave: Adolescência. Educação em Saúde. Promoção da Saúde.
INTRODUÇÃO: a escola é considerada um ambiente propício para o
desenvolvimento e transmissão de conhecimentos e habilidades junto aos
professores, funcionários, alunos e a comunidade na qual está inserida, o que
favorece a realização de ações de educação em saúde (GUBERT et al., 2009).
O desenvolvimento de estratégias que visem a promoção da saúde da
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população é uma temática bastante discutida atualmente, apresentando-se um
método promissor para enfrentar os múltiplos problemas de saúde que
enfrentam os diversos grupos populacionais e demais indivíduos ao seu redor,
evidenciando a necessidade de uma maior articulação entre os saberes
técnicos/científicos e do senso comum, fazendo com que todos os indivíduos
nesse processo auxiliem na construção de propostas viáveis para os
problemas de saúde (CERVERA; PARREIRA; GOULART, 2011). De acordo
com a 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada em
1986 no Canadá, a promoção da saúde é definida como “o processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e
saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo” (BRASIL,
2002). Diante disso, percebe-se a importância dos profissionais de saúde
desenvolverem atividades de educação em saúde nos mais variados espaços
da comunidade, o que proporcionará a troca de conhecimentos e o
esclarecimento de dúvidas, possibilitando assim, uma melhor qualidade de
vida, prevenção de agravos e doenças e promoção da saúde de maneira
individual e coletiva. Mediante essa prerrogativa, percebe-se que a escola é um
espaço oportuno para a realização de ações de educação em saúde onde
podem ser abordados os mais variados temas, buscando aperfeiçoar
conhecimentos, habilidades e destrezas para o autocuidado e prevenção de
condutas de risco, estimular o debate e a troca de saberes e experiências, e
possibilitar o aprendizado daqueles indivíduos de forma que possam transmitir
o que foi assimilado, buscando fortalecer tudo que contribui para a melhoria da
saúde e do desenvolvimento humano (MACIEL et al., 2010). A escolha do
ambiente escolar para o desenvolvimento de educação em saúde é algo que
deve ser estimulado, haja vista que, devido ao fato de todas as crianças de um
país passarem pelo sistema de ensino, faz com que as informações passadas
pelos profissionais de saúde atinjam um grande contingente populacional, o
qual é formado por indivíduos em fase de formação física, mental e social,
sendo mais receptivos à aprendizagem e assimilação de conhecimentos e
hábitos de vida saudáveis. Além disso, a educação em saúde na escola
também proporcionará a formação de cidadãos que irão colaborar com os
profissionais da saúde no ato de educar, sendo assim, disseminadores de
valiosos saberes (GOMES, 2009). Dentre os diversos temas que podem ser
discutidos em ambiente escolar, a educação sexual é algo que merece
destaque, pois ainda existe uma grande resistência por parte de alguns
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professores, pais ou responsáveis, em discutir e explorar a temática com os
adolescentes. Há vários obstáculos sociais responsáveis pela resistência da
explanação desse assunto, entre eles podem destacar-se as questões
educacionais e/ou culturais, o desconhecimento, a vergonha e/ou insegurança
e os preconceitos (FREITAS; DIAS, 2010). Diante disso, o profissional da
saúde tem papel importante na orientação sobre educação sexual para os
adolescentes, devendo, sempre, utilizar uma abordagem da sexualidade numa
perspectiva ampliada, considerando diversos fatores que influenciam direta ou
indiretamente nas práticas sexuais desses indivíduos, tais como aspectos
sociais, culturais e econômicos, a orientação sexual, as questões de gênero e
vulnerabilidade, e não somente a esfera biológica/reprodutiva (BRASIL, 2006).
OBJETIVO: O presente relato busca descrever a experiência dos autores
durante a realização de atividades de educação em saúde nas escolas públicas
do município de Cajazeiras-PB. MATERIAIS E MÉTODOS: As atividades de
educação em saúde foram desenvolvidas nas escolas públicas da rede
municipal e estadual da cidade de Cajazeiras – PB, no período de março a
junho de 2014. As atividades foram realizadas nos períodos da manhã e da
tarde, durante o horário normal das aulas, tendo duração de aproximadamente
uma hora e meia, e contemplavam os alunos do 7º ano do ensino fundamental
até o 3º ano do ensino médio, os quais apresentavam apenas adolescentes
matriculados. Segundo, a Lei nº 8.069 de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente, considera-se como criança toda pessoa que
apresentar idade inferior a doze anos, e adolescente aquela entre doze e
dezoito anos (BRASIL, 2012). Durante as atividades, foram realizadas
palestras e rodas de conversa com foco em temas relacionados à sexualidade
dos jovens, tais como mudanças corporais durante a puberdade, doenças
sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência, através de vídeos,
interpretações teatrais e jogos de perguntas e respostas, com o intuito de
tornar o momento o mais dinâmico possível. Além disso, como forma de tornálo mais atrativo foi realizada a entrega de brindes, e para obter-se um
aprendizado mais efetivo foram distribuídos folders e cartilhas aos alunos com
informações complementares daquilo que havia sido discutido. Ao fim de cada
ação solicitou-se aos alunos que escrevessem em um papel, de forma
anônima, as suas dúvidas a respeito de cada tema abordado, as quais eram
respondidas de forma imediata. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Durante a
realização das atividades de educação em saúde, percebe-se que os alunos se
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mostraram bastante receptivos e atentos, sempre expondo suas opiniões e
discutindo sobre cada assunto. Entretanto, evidenciou-se que a maioria dos
participantes apresentava pouco conhecimento e/ou saberes errôneos sobre a
temática sexualidade, grande parte envolta por mitos e crenças comuns no
cotidiano da sociedade. Segundo Camargo e Ferrari (2009), a adolescência é
uma fase da vida onde ocorrem diversas modificações corporais, psicológicas e
sociais, o que faz com que esses indivíduos vivenciem intensamente a sua
sexualidade, manifestando-a muitas vezes por meio de práticas sexuais
desprotegidas. Essa conjuntura pode se tornar um grande problema em
decorrência, principalmente, da falta de informação e de comunicação entre os
familiares a respeito do tema, resultando na procura do adolescente por fontes
não confiáveis para a aquisição de conhecimentos. As mesmas autoras ainda
afirmam que existe uma grande lacuna de informações devido à falta educação
sexual nos locais onde os adolescentes convivem mais tempo, dentre eles a
escola e a família. Diante disso, faz-se necessário que o profissional da saúde,
sobretudo o enfermeiro, realize constantemente atividades de educação em
saúde na escola, visando orientar e esclarecer as dúvidas dos adolescentes
sobre sexualidade, o que possibilitará a formação de um vínculo de confiança,
permitindo a troca mútua de conhecimentos e experiências. Conforme
explicitam Oliveira, Carvalho e Silva (2008), os enfermeiros, como profissionais
da saúde com formação generalista, devem atuar nas mais diversas áreas,
sejam preventivas ou curativas, e a educação em saúde é uma parte
fundamental do papel da enfermagem, o que constitui a saúde dos
adolescentes como uma interface importante de sua atuação, tornando assim,
a escola como uma ferramenta fundamental para a utilização de estratégias
que visem a disseminação de conhecimentos em saúde, pois é o espaço no
qual o adolescente permanece a maior parte do dia. As estratégias de
educação em saúde favorecem a interação entre educador e o educando
através da realização de ações e atividades em grupo, objetivando uma
aprendizagem compartilhada e a formulação individual e coletiva do
conhecimento, resultando na aquisição de autonomia pelos adolescentes no
cuidado com a sua saúde física, mental e emocional (DIAS et al., 2010). Em
contrapartida, Sousa et al. (2008) asseguram que as atividades de educação
em saúde que envolvem esse público-alvo específico devem considerar o meio
socioeconômico e cultural no qual estão inseridos, além de possibilitar a
oportunidade de gerar reflexões críticas sobre a temática da sexualidade. Ao
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fim das atividades, todos os questionamentos dos alunos foram respondidos,
onde a maioria foi relacionada ao ato sexual, uso do preservativo e mitos
relacionados ao desenvolvimento do corpo. Essa conjuntura também foi
encontrada por Freitas e Dias (2010), onde em suas práticas com
adolescentes, em ambiente escolar, evidenciaram que a temática de maior
interesse era a sexualidade, a partir da descoberta da sua própria sexualidade,
das mudanças corporais, dos relacionamentos e relações sexuais e demais
aspectos referentes ao tema. Para Camargo e Ferrari (2009), é explícita a
importância que os adolescentes atribuem para o conhecimento sobre o seu
corpo e o do outro, o que destaca a busca desses indivíduos em descobrir
cada vez mais sobre a sexualidade. As mesmas autoras ainda afirmam que
esse interesse deve ser incentivado pela escola, a qual tem o compromisso de
desenvolver nesses adolescentes a preocupação e a responsabilidade com o
autocuidado, buscando promover neles a capacidade de decisão sobre práticas
sexuais seguras. Após o contato com esses adolescentes e a discussão sobre
a temática, evidenciou-se que se faz relevante a atuação dos profissionais de
saúde no ambiente escolar, havendo assim, a necessidade de realizar outras
atividades de educação em saúde nesse espaço. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A partir dessa vivência, constatou-se que é imprescindível o desenvolvimento
de atividades de educação em saúde nas escolas, sobretudo relacionadas ao
tema sexualidade, visto que os adolescentes se mostraram bastante
interessados e cheios de dúvidas sobre a temática. A atuação do profissional
de saúde, sobretudo do enfermeiro, no ambiente escolar é algo que deve
ocorrer com maior frequência, haja vista que esse profissional também
apresenta o papel de educador e deve contribuir para a transmissão e
disseminação de conhecimentos relevantes para a promoção e prevenção da
saúde, não somente dos adolescentes, mas da sociedade como um todo, tanto
de forma individual quanto coletiva. A escola se mostrou como um ambiente
favorável para o desenvolvimento das atividades, pois foi possível realizar a
troca de conhecimentos e experiências entre um grande número de pessoas,
não somente alunos, mas também entre professores e funcionários que
participaram das ações. Diante disso, faz-se necessário que os profissionais de
saúde observem a escola como um importante espaço de saúde, o qual deve
se tornar um ambiente de rotina para o desenvolvimento de ações e estratégias
de educação em saúde, não apenas voltadas para a prevenção e cura de
doenças e agravos, mas direcionada para a promoção da saúde desses
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indivíduos. Espera-se que este relato das experiências vividas pelos autores
possa subsidiar o desenvolvimento de novas ações no ambiente escolar, não
somente relacionadas à sexualidade e/ou ao público adolescente, mas a
diversos temas que são de fundamental importância para a saúde e com
públicos-alvo diversificados, o que proporcionará a todos os envolvidos nesse
processo um melhor entendimento sobre as questões de saúde-doença,
ampliando assim os seus conhecimentos, o que auxiliará na realização do
autocuidado, na percepção de sinais e sintomas característicos de
determinadas doenças, bem como na busca de tratamentos adequados, ou
seja, essas ações permitem um melhor desenvolvimento da saúde pública
brasileira
PROJETO DE EXTENSÃO ADOLESCER COM SAÚDE: DESENVOLVENDO
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DO ADOLESCENTE
Eloíza Barros Luciano,
Camila Lima Silva,
Maria de Fátima Antero Sousa Machado,
Antônia Alizandra Gomes dos Santos,
Ítala Keane Rodrigues Dias.
Palavras-chave: Promoção da Saúde. Adolescentes. Educação em Saúde.
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INTRODUÇÃO: Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a
adolescência compreende o período entre os 12 e os 18 anos. Restringir a
adolescência a uma faixa etária, embora não permita uma compreensão mais
abrangente do processo, torna possível delimitar um grupo populacional para a
elaboração de políticas de saúde. O Ministério da Saúde segue a Organização
Mundial da Saúde (OMS) que demarca o período entre 10 e 19 anos, 11 meses
e 29 dias de idade como adolescência. A adolescência caracteriza-se como
uma etapa da vida de grandes transformações biológicas, psíquicas e sociais,
sendo um processo fisiológico da maturação humana. No entanto, essas
transformações geram crises vivenciadas com conflitos, que na maioria das
vezes atinge também os familiares e o grupo social no qual o adolescente está
envolvido. Frente a isso, a adolescência torna-se uma fase conturbada, com
muitas novidades e decisões a tomar em sua vida, como a sexualidade, a
carreira, ou como reagir às drogas e ao álcool. De acordo com É uma fase
importante para o profissional de saúde intervir de forma a garantir a
qualidade de vida na adolescência, com uma vivência saudável, pautada em
ações educativas, que incluam os adolescentes como sujeitos ativos no
cuidado a sua saúde, fomentando o pensamento crítico, prezando a autonomia
e cidadania de cada um. Desse modo, se faz necessária a adoção de
estratégias mais eficazes de participação e adesão a medias que promovam e
cuidem da saúde desses jovens. Nessa perspectiva, o governo brasileiro
instituiu em 2006 o Programa Saúde na Escola (PSE). O programa surgiu
como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação. O
PSE tem a perspectiva da atenção integral (prevenção, promoção e atenção) à
saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico. Acontece
no âmbito das escolas e Unidades Básicas de Saúde. Dentro de sua área de
abrangência, foi desenvolvido o projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE),
que se fundamenta na discussão de assuntos pertinentes às relações de
gênero, bem como diversidade sexual, gravidez na adolescência, drogas lícitas
e ilícitas, doenças sexualmente transmissíveis (DST‟s) e preconceito racial e
étnico, trazendo consigo como principal estratégia para o desenvolvimento de
ações no âmbito da escola e da saúde (BRASIL, 2011). Santos et al (2012)
pontua que escola é vista como um contexto privilegiado para efetivar ações
de promoção da saúde, fruto da sua capacidade de abrangência, é uma aliada
importante para a concretização de ações de promoção da saúde, voltadas
para o fortalecimento das capacidades dos indivíduos, para a tomada de
decisão favorável à sua saúde e à comunidade, para a criação de ambientes
saudáveis e promotores de saúde, bem como para a consolidação de uma
política intersetorial, voltada para a qualidade de vida, pactuada no respeito ao
indivíduo e tendo como foco o estabelecimento de uma nova cultura de saúde.
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Procurando, portanto, efetivar práticas que possibilitem a interação com
adolescentes, o curso de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri URCA, mantém um Projeto de Extensão, vinculado a escolas públicas de
ensino fundamental na cidade de Crato - CE. O “Projeto Adolescer com saúde”
vem sendo desenvolvido há sete anos por docentes e discentes do curso de
enfermagem, cujo objetivo é oferecer um espaço para discussão acerca de
temáticas importantes na adolescência. OBJETIVO: apresentar o Projeto de
extensão Adolescer com saúde, bem como seus objetivos e resultados
atingidos ao longo dos anos em que vem sendo desenvolvido. MATERIAIS E
MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência sobre o Projeto de Extensão
Adolescer com Saúde, que é desenvolvido desde 2008, por docentes e
discentes do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri URCA, em escolas públicas de ensino fundamental da cidade de Crato-CE. O
projeto surgiu a partir de uma atividade da disciplina de educação em saúde
que acabou se transformando em um grupo de extensão sendo aprovado pelo
colegiado do departamento de enfermagem da referida instituição em 28 de
dezembro de 2008. Neste trabalho, abordam-se assuntos relacionados às
oficinas realizadas no projeto, aos participantes, as vivências e experiências
adquiridas. A metodologia empregada nas oficinas favorece um processo
educativo participativo, pois, por meio das dinâmicas, grupais, os adolescentes
são estimulados a atuar como sujeitos reflexivos e ativos na vivência ensinoaprendizagem realizada, e não como meros espectadores.
Assim, na
aplicação do método escolhido, é criado um ambiente aberto de diálogo,
envolvendo a participação de todos, de forma ativa e reflexiva. Além disso, é
feita uma avaliação parcial com os adolescentes após cada oficina, no intuito
de perceber os aspectos positivos e negativos da oficina, para serem ajustados
nos próximos encontros. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O principal objetivo do
“Projeto Adolescer com Saúde” é promover espaços para discussão entre os
adolescentes, sobre os mesmos temas propostos pelo PSE: Álcool e outras
drogas; Diversidade sexual e gênero; DST`s, HIV e AIDS; Raças e etnias;
Sexualidade e saúde reprodutiva. Nosso embasamento teórico, as dinâmicas
realizadas nas oficinas e os conteúdos abordados nas mesmas são extraídos
dos manuais fornecidos pelo programa Saúde na Escola, porém com
adequações ás realidades locais e ao interesse dos participantes. Ao todo são
oito manuais que apresentam as oficinas dos temas já falados, além de um
específico descritivo das mudanças da adolescência e outro que versa sobre a
metodologia de educação entre pares. O trabalho com esses temas exige uma
abordagem pedagógica que inclui informação, reflexão, emoção, sentimento e
afetividade. Por isso, o conjunto de fascículos dos manuais do SPE, oferece
uma variedade de conteúdos e trabalha com conceitos científicos, poesias,
música, textos jornalísticos, dados históricos e de pesquisa, entre outros.Cada
um deles contém: texto básico; materiais de apoio, com informações variadas
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e/ou curiosidades sobre o que se discutirá em cada oficina; letras de músicas,
poesia e sugestões de filmes que mostram como o tema tem sido tratado em
diversas manifestações culturais e em diferentes lugares, no Brasil e no
mundo. A educação de pares visa capacitar os adolescentes para que depois
os mesmos possam ser multiplicadores das informações obtidas, estimulando
assim, o protagonismo juvenil. Os objetivos do projeto permeiam atividades de
ensino, pesquisa e extensão. No ensino, pretende-se complementar a vivência
teórico-prática das disciplinas da graduação. São oferecidas capacitações aos
participantes pelos docentes do projeto acerca das metodologias a serem
adotadas e formas de se comunicar com os adolescentes, por exemplo. Na
pesquisa, visa desenvolver o hábito da observação, registro e divulgação das
informações coletadas; e apoiar e participar de projetos de pesquisa que
possam contribuir para o desenvolvimento científico no âmbito da saúde do
adolescente. A extensão busca o contato com os adolescentes das escolas
públicas do município do Crato – CE; e a organização e desenvolvimento de
oficinas educativas com temas relacionados á sexualidade, drogas, gravidez na
adolescência e outros que se fizerem necessários para o andamento do
projeto. Além disso, a participação no projeto contribui para a formação dos
participantes do Adolescer com saúde, chamados de facilitadores das oficinas,
enquanto enfermeiros, por meio do aprendizado do processo de comunicação
com os adolescentes. O público alvo são adolescentes com idade entre 11 e
19 anos de ambos os sexos. Para o desenvolvimento das atividades, são
marcados encontros com os adolescentes nas escolas, conforme acordo
estabelecido anteriormente com a diretoria da escola que também define as
turmas que participarão das oficinas. Os assuntos tratados nas oficinas
referem-se aos recomendados pelo SPE: Álcool e outras drogas; Diversidade
sexual e gênero; DST`s, HIV e AIDS; Raças e etnias; Sexualidade e saúde
reprodutiva. Nos encontros, busca-se a interação entre os participantes,
buscando a ludicidade e liberdade nas atividades, assim, promovendo o
comprometimento e a motivação para a aprendizagem. Utilizam-se ferramentas
diversas, tais como cartolinas, cartazes, pincéis atômicos, camisinhas, dentre
outros, a depender da oficina. As oficinas têm duração de aproximadamente
duas horas e contam com no máximo quarenta participantes, a depender do
número de alunos da turma, sendo realizadas conforme a possibilidade dos
adolescentes, das escolas e dos acadêmicos de enfermagem. As escolas
disponibilizam salas para que os encontros sejam realizados, deixando os
participantes bem à vontade. No decorrer das oficinas, é possível construir
um espaço dialógico com os adolescentes, pois eles têm a oportunidade
de manifestar suas opiniões e pensamentos sobre os temas abordados. Isso
permite a obtenção e a troca de conhecimentos, de acordo com as
necessidades oriundas da realidade em que os adolescentes estão
inseridos. Nesse contexto, torna-se imprescindível para os realizadores do
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projeto a busca e o aprofundamento das informações sobre as temáticas
abordadas nas oficinas, fortalecendo o exercício proativo de construção de
conhecimento. Ao mesmo tempo, a troca de ideias entre todos favorece a
ponderação sobre os temas, tanto no âmbito da teoria quanto no da prática.
Desta maneira, o projeto busca contribuir com a promoção da saúde dos
adolescentes e com a construção coletiva de conhecimento na área da
Enfermagem, por meio de uma produção que remeta à promoção do
desenvolvimento saudável da juventude. Pretende-se desencadear, por meio
da continuidade do presente projeto, ações de reflexão que contribuam para a
qualificação profissional na área, bem como possibilitem oportunidade de
transformação no modo de atuar da enfermagem na sua prática cotidiana,
renovando o seu compromisso com a integralidade da assistência do
adolescente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O fato de a adolescência representar
um período de transformações físicas e psicológicas, permeada por fatores
culturais, deixa os jovens em situações de confusão, com muitos
questionamentos e necessidade de uma atenção especializada. Nessa
perspectiva, destaca-se a importância de projetos como o Adolescer, com o
objetivo de estabelecer ações educativas, que fomentem orientações,
discussões e aquisição de novos conhecimentos por parte dos participantes, a
partir da adoção de uma postura baseada no diálogo, evitando o autoritarismo,
a hipocrisia e a visão unilateral ou discriminatória sobre os diversos temas que
permeiam e são de interesse na vida desses jovens. Nota-se que o
desenvolvimento deste projeto permite suprir necessidades de informações aos
adolescentes, além de fornecer orientações acerca de suas dúvidas,
qualificando os cuidados com sua saúde. É possível perceber durante as
oficinas e no retorno que as escolas oferecem, que o projeto é efetivo como
forma de promoção da saúde do adolescente, ajudando-o a superar esse
período de grande turbulência que é a adolescência. Além disso, este projeto
proporciona aos acadêmicos do curso de enfermagem a oportunidade de
exercer, ensinar e aprender sobre a atuação de um profissional da área da
saúde engajado em ações de cunho educativo. Isso vem a contribuir para o
crescimento pessoal e profissional do estudante.
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A SAÚDE E SUA DETERMINAÇÃO SOCIAL: CONCEITOS E VISÕES À LUZ
DOS ESTUDOS DA ÚLTIMA DÉCADA
Willyane Leandro de Oliveira, Faculdade Leão Sampaio
Thamires Lunguinho Cavalcante, Faculdade Leão Sampaio
Gabryelle Pacheco Teles, Faculdade Leão Sampaio
Woneska Rodrigues Pinheiro Faculdade de Medicina do ABC, Faculdade Leão
Sampaio
Palavras-chave: Determinantes Sociais de Saúde. Saúde Pública. Saúde e
Sociedade.
INTRODUÇÃO: As políticas sanitárias criadas para atender as demandas de
saúde estão cada vez mais valorizando as necessidades sociais das
comunidades, fato esse que resulta de uma forte tendência oriunda do avanço
do tema saúde e sociedade no âmbito nacional desde o início dos anos 2000, e
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ainda devido à compreensão da saúde como um fenômeno social . Os
Determinantes Sociais de Saúde foram foco de atenção em 2005 com a
criação da Comissão sobre DSS por parte da OMS, que consolidou a fixação
do tema na agenda global, recebendo assim atenção dos governos, ministérios
e organizações civis. A partir desse ponto, foi possível a criação de uma
definição mais ampla que levasse em consideração todas as esferas sociais,
se consolidando como as características sociais, bem como as econômicas,
culturais, étnicas, pessoais e psicológicas que tem capacidade de influenciar o
bem estar do indivíduo e de sua coletividade . A relação entre condições de
saúde e condições sociais se expressa por vezes em níveis de saúde que
podem ser distintos entre as partes que são socialmente discordantes, o que
torna conveniente de criação de políticas que valorizem as necessidades
sociais dos cidadãos como fator crucial para o alcance de um nível de saúde
adequado para aquela realidade. A produção literária acerca do tema sofre
avanços após virar foco de vários autores que trabalham o tema e suas
vertentes, de forma a fomentar o debate iniciado pela OMS, o que promove a
disseminação do tema em âmbito nacional ao passo que reforça a importância
de reconhecer a influência dos determinantes sociais na condição de saúde
das populações. OBJETIVO: Contribuindo para esse debate, o presente
estudo objetiva realizar uma análise conceitual sobre os Determinantes Sociais
de Saúde e solidificar as ideias já incorporadas na temática, a partir da revisão
sistemática da literatura vigente, utilizando a visão de diversos autores que
contribuíram para a compreensão da complexidade da relação entre saúde e
sociedade na última década. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo teve suporte
na metodologia qualitativa e constitui-se de uma revisão sistemática da
literatura que analisou as bibliografias produzidas nos últimos 10 anos, período
o qual o tema Determinantes Sociais de Saúde foi incorporado na agenda
global da OMS. A análise sistemática consequentemente serve de recurso para
fomentar o debate que favorece mudanças positivas, especialmente se
tratando de criação e melhorias de políticas públicas em saúde que atendam as
demandas sociais. Partindo dos objetivos propostos, para a busca de
periódicos utilizou-se os termos “Determinantes Sociais de Saúde” e
“Desigualdades em Saúde”, em português, o último indexado ao DecS
(Descritores em Ciências da Saúde). Foi utilizado a BVS (Biblioteca Virtual da
Saúde) que encaminhou as buscas para diversas bases de dados, embora a
busca tenha sido concluída em periódicos publicados na base de dados
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LILACS (Literatura em Ciências da Saúde). Ocorreu repetição de periódicos
quando utilizado a base de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library Online),
motivo o qual não foi utilizado como fonte de literatura. A pesquisa foi realizada
em fevereiro de 2015. Em relação ao primeiro descritor utilizado,
“Determinantes Sociais de Saúde”, foram encontrados 869 resultados na BVS.
Após a filtragem a busca foi resumida a 29 resultaods. Os 29 artigos foram
submetidos a uma análise inicial na qual foi possível detectar apenas as
literaturas que tratassem do tema de forma direta. Variações de tema, bem
como estudos que tratavam o assunto de forma subjetiva foram excluídos da
amostra. Ocorreram ainda duplicidades de artigos uma vez que o mesmo artigo
continha ambos os descritores utilizados. Por fim, o presente estudo é
composto pela análise sistemática de 18 artigos acadêmicos encontrados na
base de dados LILACS. Apesar da busca selecionar artigos da última década,
as demais filtragens restringiram a amostra aos anos de 2007 à 2014, período
esse que corrobora com a literatura como o mais significativo para a
disseminação do tema. A análise foi realizada por categoria temática onde as
ideias convergentes sobre conceitos e solidificações frente aos Determinantes
Sociais de Saúde de diversos autores foram agrupadas para melhor
compreensão da temática. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A análise por
categoria temática permitiu o estabelecimento de quatro eixos temáticos que
foram separados de acordo com as opiniões convergentes dos autores,
encontradas nos 18 artigos científicos que compõem a amostra do presente
estudo. Dessa forma, foi possível estabelecer conceitos que serão pertinentes
a um diálogo sólido sobre os Determinantes Sociais de Saúde, bem como as
principais ideais resultantes de estudos recentes sobre a temática. Saúde e
Determinação Social: ponto de partida conceitual – Podendo ser conceituado
como as condições na qual a vida transcorre, como condições de vida e
trabalho são estreitamente relacionadas com a situação de saúde de uma
comunidade. Mesmo que discreta essa definição ataca todos os fatores
relacionados ao convívio cotidiano e permite destacar a que ações específicas
voltadas para renda, educação, estrutura familiar, disponibilidade de serviços,
saneamento básico, exposição a doenças redes de apoio e lazer são ponto
chaves. Uma vertente originada da inserção das ciências da saúde como nada
mais que uma ciência social incorpora uma visão mais holística à temática em
questão. Sendo assim, a saúde resulta de uma série de dimensões interrelacionadas a partir do contexto político e social ao qual o individuo e sua
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comunidade está submetida. As condições de vida social, bem como a
“vantagem social” de cada indivíduo, sua posição e voz perante seu meio são
cruciais para as decisões que afetam seu modo de viver e sua condição de
saúde. Caracterizando os DSS – A literatura especifica como determinantes
social de saúde os diversos aspectos relacionados ao nosso dia-a-dia, como:
fatores econômicos como renda e ocupação; fatores educacionais como:
inclusão social e escola; fatores sociais como: lazer, justiça social/equidade,
presença de redes de apoio comunitárias, segurança, recursos disponível de
saúde, transporte públicos; fatores pessoais e psicológicos como: alimentação,
estresse, primeiros anos de vida, auto-estima; e ainda fatores ambientais
como: saneamento, habitação, recursos sustentáveis e ecossistema saudável.
O contexto histórico existente no estudo da temática levou a criação de
modelos que procuravam esquematizar as relações complexas existentes entre
os determinantes acima citados. O modelo que mais prevaleceu nas amostras
analisadas foi o modelo de determinação social de Dahlgren e Whitehead, uma
vez que este modelo é o adotado pela Comissão Nacional Sobre
Determinantes Sociais de Saúde, devido sua simplicidade e clara visualização
gráfica. A influência dos determinantes sociais na situação de saúde é
reconhecida e caracterizada pelos autores citados como uma forma de facilitar
as ações que buscam a equidade nos sistemas sociais e de saúde. Dessa
forma, as ações transformadoras de uma realidade, bem como as políticas
públicas criadas para combater as iniquidades geradas pelos determinantes
sociais poderão ser direcionadas para aquilo que se constitui um determinante
social e que está atrelado à realidade das comunidades atuais. Os
Determinantes Sociais e as Iniquidades em Saúde - Iniquidades em saúde são
aquelas diferença que colocam determinados grupos sociais em constante
situação de desvantagem em relação aos demais, fato esse que favorece a
ocorrência de danos à saúde e que modifica o modo de viver como um todo
daquela população. Os estudos recentes sobre iniquidades em saúde buscam
a reposta para a relação entre saúde e pobreza, o entendimento sobre os
níveis diferentes de saúde de acordo com os critérios de estratificação
socioeconômica impostas, e ainda, entender como a posição social influencia
diretamente na situação atual de saúde, ou seja, tenta explicar como
acontecem as iniquidades em saúde. O maior desafio é estabelecer uma
hierarquia de determinação social entra os vários determinantes já citados e o
meio pelos quais esses componentes refletem na situação de saúde do grupos
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sociais, uma vez que já é fatídico que essa relação é inconstante. Utilizando o
conhecimento dos DSS como estratégia para a elaboração de medidas que
visem à melhoria das condições de saúde e a minimização das iniquidades,
autores propõem o estabelecimento de pontos estratégicos para a promoção
da equidade em saúde, são eles: a melhoria por parte dos governos perante o
desenvolvimento pessoal e do setor saúde, promoção da justiça “real”,
estimular a participação social na construção de políticas que iram repercutir na
sua própria forma de viver coletivamente, monitorar os avanços e ainda
trabalhar diretamente nos fatores causados de iniquidades. Perspectivas,
desafios e o trabalho realizado pela Comissão Nacional sobre Determinantes
Sociais de Saúde (CNDSS) - Os estudos sobre os DSS caminham para o
entendimento do mecanismo real de como os fatores políticos, social e
econômico incidem diretamente na situação de saúde das pessoas e grupos
sociais. Quando se pretende analisar as diferentes vertentes de uma sociedade
moderna, e falando de vertente, falamos também de nível de saúde, é
consenso de vários autores que não é válido analisar sobre uma postura
individualizante, pois é será possível reproduzir uma impressão das
coletividades a partir de tal óptica. Determinantes como pobreza e
desigualdades tem múltiplas dimensões de atuação, e dessa forma, é
necessário ultrapassar a fronteira individual para caracterizar sua relação com
a vulnerabilidade em saúde. O Brasil foi o primeiro pais membro da ONU a
adotar uma comissão nacional para falar sobre o tema. Criada em 15 de março
de 2006, em sua primeira conferência oficial foi trabalhado as possibilidades de
atuação frente o tema, principalmente com o objetivo de combater as
iniquidades em saúde presentes no perfil atual do país. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O presente estudo mostrou como a entrada do tema DSS evoluiu
desde que virou foco da Organização das Nações Unidas, e como a produção
científica tem se preocupado em abordar a partir de uma mesma base teórica
as diversas vertentes envolvidas no desdobramento da temática. Vale
ressaltar, que o principal objetivo atual envolvido quando se tenta entender o
mecanismo de determinação social da saúde/doença é poder encontrar
subsídios que favoreçam o enfrentamento desses determinantes, bem como
que as iniquidades geradas a partir dessas indiferenças, e favorecer melhorias
nos sistemas de saúde pública que atendem a maior parcela da população nos
dias de hoje. Acredita-se no monitoramento das melhorias e a continuidade dos
estudos científicos na área para o avanço do tema, de forma a incitar a prática
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do enfrentamento dessas causas, empoderar a população no nível de atuação
dos DSS, e promover a saúde equânime das populações.
INCIDÊNCIA DE VÍTIMAS DECORRENTES DE ACIDENTES
MOTOCICLÍSTICOS
Mauro Mccarthy de Oliveira Silva,
Maxvan Anacleto Suassuna Lima,
Nathalia Matos de Santana,
José Diogo Barros,
Suzy Helen Carvalho Bezerra,
Renato Felipe de Andrade.
Palavras-chave: Acidentes de Trânsito. Acidentes Motociclísticos. Vítimas de
Trânsito.
INTRODUÇÃO: Na atualidade, a motocicleta vem sendo o pivô da maioria dos
acidentes de trânsito e das lesões traumáticas de entrada nos hospitais de
emergência, visto que muitas pessoas optam por ela, pois, já que é um meio de
transporte rápido, barato e com a facilidade de credito oferecida no mercado, o
número destes veículos vem crescendo potencialmente nas ruas gerando
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muitos prejuízos para o indivíduo acometido, como também para os cofres
públicos, com destaque para o Sistema Único de Saúde (SUS), e em casos
mais graves, para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre 2000 e
2010 a população cresceu 120%, atingindo quase 65 milhões de veículos. Na
atualidade, o Brasil participa com apenas 3,3% do número de veículos da frota
mundial, mas é responsável por 5,5% dos acidentes com vítimas fatal,
registrados em todo mundo. Provocando superlotações nos setores de trauma
dos hospitais. O Departamento de Trânsito do estado do Ceará (DETRAN-CE)
registrou na ultima década 58.572 mil vítimas de acidentes motociclísticos
dentre elas fatais e não fatais durante o período de agosto de 2003 até agosto
de 2013, somente no estado do Ceará, representando 69,91% do total geral de
acidentes de trânsito. Os acidentes com motocicletas estão levando a várias
sequelas, sendo algumas delas irreversíveis e, podendo até mesmo levar os
indivíduos acometidos a óbito. Há prejuízo físico para a vítima como também
para os cofres públicos na parte financeira com o tratamento ou em caso de
invalidez para previdência, que na maioria das vezes quando não perdem a
vida ficam com graves sequelas e muita delas irreversíveis. Ademais, fatores
externos também contribuem para esses índices, tais como: a ingestão de
bebidas alcoólicas, o uso indevido ou o não uso do capacete, má conservação
das vias, desrespeito aos limites de velocidades e as leis de trânsito. Segundo
o Sistema de Informações de Mortalidades (SIM) do Ministério da Saúde, o
número de vítimas fatais foi de 40.610 pessoas, sendo que 25% ocorreram
com motocicletas. De 2002 a 2012 a quantidades de óbitos ocasionados por
acidentes com motos quase triplicou no país, saltando de 3.744 para 10.143
mortes. No Brasil os acidentes de moto foram responsáveis por 82,0% do total
de internações por causas externas no âmbito do SUS, dentre eles, os
acidentes de transporte terrestre ocuparam 15,7% das hospitalizações com
risco de 7,6 internações por 10 mil homens em comparação com as mulheres
3,2 internações por 10 mil mulheres. Os hospitais em todo estado estão com a
maioria dos seus leitos ocupados por pessoas que se acidentaram pilotando
moto. Muitos estão nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e outros
ficaram com sequelas graves (cadeiras de rodas). O Cariri lidera em número de
mortes e acidentes no interior do Ceará. Só na rotatória (Triângulo Crato,
Juazeiro e Barbalha), a quantidade de acidentes envolvendo motocicletas é
alarmante. Nos fins de semana os acidentes aumentam por falta de
fiscalização e consumo de álcool. As quedas representam 39,1% das
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internações entre 2000 a 2010, verificou-se um aumento de 19,1% na taxa de
internação hospitalar por causas externas. Já para acidentes, houve um
aumento de 8,7 no risco de internação por acidente de transporte terrestre.
2010 foram autorizadas 929.893 internações hospitalares por causa externa
nos serviços financiados pelo SUS. Os homens representam 70,5% das
internações por essas causas e as mulheres 29,5%, no entanto, aumentaram
de 243,1% no risco de internação com motocicleta, que passou de 1,1
internações por 10 mil habitantes para 3,7 internações por quedas (10,5%), em
comparação com as demais. A partir de 2010, a frota de motocicletas cresceu
500% no Estado. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o
número passou de 170.282 para 845.287 veículos, uma explosão que tem
duros reflexos. Apenas no Cariri, 300 pessoas morreram em 2011, vítimas da
própria imprudência ou do desrespeito no trânsito de outros condutores. Maior
quantidade de moto consequentemente maior números de acidentes gerando
mais gastos. A única subtração nesse caso é de vidas. Os eventos adversos do
trânsito envolvem vários tipos de vítimas, com diversas lesões associadas ao
evento. Dentre as principais estão as lesões musculoesqueléticas, que podem
ser definidas como danos causados por trauma físico sofrido pelos tecidos do
corpo, o que acarreta maior dano e, consequentemente, maiores sequelas ao
indivíduo. Segundo um relatório divulgado pelo Detran-CE, no ano passado
morreram em acidentes de trânsito em todo estado, nada menos que 887
motociclistas. Desse total, 557 motoqueiros perderam a vida em ruas, avenidas
e rodovias no interior e, apenas 124 na capital. A triste estatística que cresce
de ano para ano, mostra o despreparo daqueles que adquirem uma moto sem
a perícia necessária para utilizá-la. Diante da situação os pesquisadores
notaram a necessidade do estudo no seu ambiente de trabalho no Hospital
Regional do Cariri (HRC), localizado na cidade Juazeiro do Norte- CE, devido a
grandes relatos de acidentes moto ciclísticos de internos na unidade de
traumatologia da referida instituição hospitalar. A pesquisa tornara-se relevante
para a comunidade, para gestores de saúde, para corporações ligadas à
intervenções em acidentes de trânsito como corpo de bombeiros e socorristas,
como também para os profissionais da área saúde, logo estes terão acesso as
informações contidas neste trabalho, podendo então ficar a par da temática
pesquisada. OBJETIVOS: quantificar a incidência de vítimas decorrentes de
acidentes moto ciclísticos nos últimos dez anos no estado do Ceará, identificar
a incidência anual dessas vítimas, traçar média anual de vítimas referente a
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uma década e comparar os dados registrados de acidentes moto ciclísticos
antigos com os registrados recentemente. MATERIAIS E MÉTODOS: Este
estudo caracteriza-se como descritivo, documental (pois foi realizada através
de um levantamento de dados epidemiológicos no site do DETRAN) e
quantitativo. A pesquisa foi realizada através de um levantamento de dados
epidemiológicos no site do Departamento De Trânsito Do Ceará (DETRAN).
Incluindo-se no estudo dados referentes a acidentes envolvendo motocicleta
desde agosto de 2003 à agosto de 2013. Este site mostra as estatísticas de
acidentes moto ciclístico discriminando os envolvimentos de vítimas com os
referidos acidentes e os diferencia em tipos de veículos, tipos de vítimas, tipo
de acidente. As informações que não envolviam acidentes de motocicleta foram
excluídas do estudo. Logo a obtenção dos dados, as informações coletadas
foram organizadas a partir da técnica de descrição estática. Após a tabulação
dos dados, os mesmos foram dispostos em forma de tabelas e gráficos para
uma melhor visualização e compreensão da realidade analisada, onde se
utilizará dos cálculos estatísticos pelo programa SPSS e gerados pelo Microsoft
Excel versão 2010. Sendo consideradas as denominações dos dados de 2003
a 2008 como dados antigos e de 2009 a 2013 como dados recentes, para
melhor aplicabilidade nos gráficos e tabelas para uma média.
RESULTADOS,/CONCLUSÃO: Após consulta na base de dados, foram
registradas 58.572 vítimas de acidentes envolvendo motociclistas, dentre elas
fatais e não fatais no período considerado, estratificadas por tipo de acidente
sendo colisão, atropelamento e outros. A partir dos dados pesquisados por
meio desta amostra um alto índice de vítima fatal no decorrer dos anos citados,
foi representado por 29,42% do total de acidentes de trânsito registrado a partir
do ano de 2003 até Agosto de 2013 pelo DETRAN-CE. Sendo que o ano que
obteve o maior índice foi o ano de 2012 com 36,91% do total de acidentes
registrados pelo DETRAN-CE, durante o período supracitado. O sexo
masculino predomina em acidentes motociclísticos que podem levar a morte, é
atribuído a uma maior exposição e maior número de pilotos no decorrer do
aumento do número de motocicletas, baixos custos, características da idade:
imaturidade, autoconfiança, subestimação do jovem de suas capacidades e
limites, pouca prática na pilotagem, ingestão de álcool, uso de drogas,
comportamentos de riscos, não aceitação das leis de trânsitos e a não
utilização do equipamento de proteção individual. Novamente o ano de 2012
bate o recorde no número de vítimas, porém na porcentagem do total geral o
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ano de 2013 obteve 48,55% contra 48,30% do ano de 2012, devido ao menor
número de acidentes registrados em 2013. Diante do exposto percebe-se o
aumento gradual com o passar dos anos da frota de motocicleta, que preocupa
não só o sistema de planejamento viário, mas também o sistema público de
saúde e da previdência social brasileira. O maior número de acidentes vem
gerando grande impacto nos índices de morbidade. A cada ano cresce o
contingente de vítimas com incapacidades temporárias e/ou permanente,
tornando-se incapacitados fisicamente para os serviços. A pesquisa nos vem
mostrar um alto índice de vítimas não fatais registradas, mas com boa parte
delas com sequelas distintamente e com plena necessidade de realizarem
fisioterapia para adquirir sua reabilitação. Vale ressaltar que o número de
vítimas não fatal e bem maior do que o registrado pelo DETRAN em virtude de
que nem todo acidente que acontece envolvendo motocicleta por ser muitas
vezes de poucas consequências físicas e materiais não e dado queixa, sendo
muitas vezes acordado a despesa financeira por ambas as partes envolvidas. A
média anual de acidentados no decorrer de uma década da quantidade de
motociclistas acidentado por ano, dentre eles vítimas fatais e não fatais de
acordo com o mesmo gráfico, o período de 2003 até Agosto de 2013
totalizaram 58.932 mil acidentes moto ciclísticos mostrando assim uma média
de 5.357 mil acidentes por ano. Pôde-se observar também que o ano de 2005
foi o que apresentou menor índice 4.370 mil de vítimas por acidentes moto
ciclísticos incluindo fatais e não fatais, e 2012 com o maior índice 7.214 mil, no
qual também apresenta uma queda abrupta no número de vítimas no ano de
2013 com 4.715 mil vítimas em relação ao ano de 2012. De acordo com a
metodologia do trabalho os primeiros cinco anos são denominados como dados
antigos e os últimos cinco anos com dados recentes. Verificou-se que os dados
antigos tiveram uma menor média de acidentes por ano que os dados recentes
que apresentou uma média mais elevada por ano, isso se dá pela facilidade de
crédito que foi sendo proporcionada com o passar dos anos tendo assim um
aumento da frota de motocicletas no estado do Ceará, pelo custo benefício
barato, fácil manutenção, versatilidade no trânsito e o agravamento das
condições socioeconômicas colaboram para a maior utilização desse veículo.
O Ceará e um dos estados com o índice mais elevado de vítimas de trânsito
envolvendo motocicleta, com isso as autoridades de saúde deveriam implantar
projetos que induzem a participação dos indivíduos destas motocicletas, para
melhor utilização da mesma, em forma de campanha. Entre outras formas de
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alerta para os altos índices apresentados. Com o referente estudo, observa-se
que devido ao elevado número de motocicleta circulando no Estado do Ceará,
também aumentou o número de acidentes com vítimas fatais e não fatais, e
concluímos que os índices de vítimas por acidentes envolvendo motocicleta só
aumentaram com o passar dos anos, com uma média 5.357 vítimas, total por
ano referente há uma década, e uma discrepância de 1.459 vítimas, bem
evidente com relação à média por ano dos primeiros cinco anos com relação
aos últimos cinco anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este trabalho tornou-se
relevante para o conhecimento particular de cada pesquisador assim como
também para os interessados no tema, pois com ele será capaz de se obter
uma noção das quantidades de vítimas que vem a se derivar dos acidentes
envolvendo motocicletas no estado do Ceará. Como também o
aprofundamento do tema nos mostra em números como é grande os índices de
vítimas que se envolvem nesse tipo de acidente.
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PRINCIPAIS FATORES RELACIONADOS À DEPRESSÃO ENTRE
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Danilo Ferreira de Sousa,
Eli Carlos Martiniano,
Maria Hevelma Leonel de Melo,
Marcia Raquel Xavier de Lima,
Cícera Barbosa de Souza,
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira.
Palavras-chave: Depressão. Estudantes. Enfermagem.
INTRODUÇÃO: A depressão pode ser compreendida como um processo em
que ocorrem vários sintomas de alterações de humor. Devido a esse fato
ocorrem várias consequências na vida do indivíduo principalmente referente a
questões comportamentais afetando as atividades de vida diárias e
relacionamentos sociais como um todo (FUREGATO et al., 2010). Esse quadro
representa cerca de 30% dos casos de déficit de capacidade social no mundo.
Sua prevalência é alta principalmente em indivíduos com mais de 20 anos e
antes da terceira idade. Ela ocorre em mais de 5% da população em geral e
afeta principalmente o sexo feminino (AMADUCCI et al., 2010). Na população
em geral, certos fatores como ser do sexo feminino, ter história familiar de
transtorno mental ou do próprio quadro depressivo são características
frequentemente associadas ao desenvolvimento da condição. O estudo desses
fatores permite a identificação de alguns grupos que se mostram mais
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vulneráveis a desenvolver a depressão subsidiando melhores estratégias de
prevenção e tratamento (SOKRATOUS et al., 2014). O quadro de depressão
influencia nas condições de vida vivenciadas pelos estudantes. Isso tem como
consequência um maior impacto no nível e qualidade educacional desenvolvida
pelos mesmos. Durante o curso está implícito o desenvolvimento de qualidade
de relacionamento que sofre interferências de aspectos cognitivos e afetivos.
Essa situação reflete o desenvolvimento do processo de cuidar dos pacientes
tendo influências nas questões pessoais e profissionais. Um quadro de
depressão durante a graduação pode refletir negativamente nesse aspecto
(BAMPI et al., 2013). OBJETIVO: Identificar os principais fatores relacionados
ao desenvolvimento de depressão entre alunos de enfermagem. MATERIAIS E
MÉTODOS: Para alcançar os objetivos do estudo foi optado pela revisão
sistemática com abordagem principalmente qualitativa, permitindo uma
avaliação crítica e síntese de evidências em que é possível deduzir algumas
generalizações a partir de um conjunto de estudos selecionados previamente
por critérios de inclusão e exclusão em pesquisas feitas em bases de dados.
Neste estudo foram realizados alguns passos para a revisão como: seleção
das questões norteadoras a serem analisadas, estabelecimento dos critérios
de inclusão / exclusão previamente elencados para selecionar a amostra,
análise das características dos textos e seus dados a partir da leitura inicial de
títulos e resumos e posteriormente pela leitura dos estudos na íntegra,
interpretação dos resultados com base em suas características e em critérios
de análise e apresentação da revisão. Realizou-se a busca por descritores nas
bases de dados eletrônicas Scientific Electronic Library Online (SciELO), Public
Medline or Publisher Medline (PubMed), Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando como descritores em Decs –
Descritores em Ciências da Saúde: “depressão”, “estudantes” e “enfermagem”
e seus correspondentes em inglês “Depression”, “Students” e “nursing” na base
de dados que requeria em que obteve-se como resultados somando-se em
todas as bases de dados 487 estudos. Foi estabelecido o período de
publicações de janeiro de 2010 a março de 2015, devido a uma maior
possibilidade de encontrar estudos sobre o tema nos últimos anos a considerar
que em anos anteriores a relação entre estudantes e níveis de depressão
mostrou-se escassa. A revisão ocorreu no mês de março de 2015. O operador
Booleano de escolha foi AND. Em um primeiro momento houve uma análise
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preliminar tendo como critérios de inclusão estar disponíveis de forma gratuita,
publicados entre os anos de 2010 a 2015, disponíveis em qualquer língua e
considerando o objeto de estudo inerente à temática. Os critérios de exclusão
foram artigos que abordassem outras patologias associadas a discentes de
enfermagem. Foram aplicados os critérios de inclusão restando 103 estudos.
Foi realizada a exclusão de estudos repetidos excluindo-se 12 estudos e
restando 91 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos para identificar os
critérios de exclusão destacados anteriormente resultaram em 13 estudos que
fundamentam a revisão em questão. Os estudos selecionados foram
analisados sobre sua distribuição segundo a análise temporal, idiomas,
periódicos (bases de dados os quais pertenciam), produções nacionais e
internacionais, desfechos, fatores relacionados com a depressão e tipos de
estudo. Essas características foram avaliadas na quantidade de estudos e suas
respectivas porcentagens aproximadas. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram
encontradas 487 referências nas bases de dados citados e após aplicação dos
critérios de inclusão/ exclusão foram selecionados 13 estudos os quais compõe
a presente revisão. A maioria dos estudos que foram abordados é do tipo
transversal que pode responder quais as frequências e exposição a algum fator
de risco ou evento que possa ocorrer. Em relação à distribuição temporal dos
estudos, eles se subdividiram de maneira uniforme no corte de tempo
estabelecido, principalmente nos anos de 2010 e 2014 que pode retratar certa
uniformidade das publicações e variados estudos realizados sobre o assunto
inerente. Ainda nesse contexto, quase 50% das produções encontra-se em
língua diferente do português brasileiro. Apesar do crescimento da produção
científica brasileira vir crescendo nos últimos tempos, pode-se em alguns casos
afirmar que ainda não é ideologicamente relevante dentro do cenário mundial
quando comparados com outros parâmetros. Entre os fatores para
desenvolvimento do quadro depressivo está a fadiga referida em quase 8% dos
estudos. Os principais fatores referidos como sua causa está pontos relativos
ao próprio curso como quantidade de horas, número de disciplinas, atividades
curriculares inerentes, a fato de morar longe da casa de origem, padrões não
funcionais de sono, pouco lazer e problemas com transportes. A fadiga é
encontrada em mais de 80% dos discentes do curso enfermagem e a grande
maioria é do sexo feminino e segundo estudos o nível de fadiga aumenta
conforme os anos de estudos assim como a prevalência de depressão
(AMADUCCI et al., 2010). Outro fator que também influencia nesse processo é
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o nível de estresse referido em mais de 15% dos estudos. Este também
aumenta com o decorrer da vida acadêmica devido a maiores cobranças
acadêmicas e ansiedade relativas ao término do curso. Esse período envolve o
enfrentamento de novos desafios fora do ambiente de conforto da faculdade.
Isso implica também em um menor tempo para realizar atividades de lazer
(MOREIRA et al., 2013). Outros cursos como medicina e engenharia também
apresentam grandes níveis de estresse aos quais submetem os alunos
independente de outros fatores. Apesar disso a enfermagem ainda se
apresenta como um curso estressante correlacionado com outros fatores
encontrados em outros cursos como tempo de formação, cobranças
acadêmicas e iniciação de estágios (BEHERE et al., 2011). Esse quadro tem
como consequências o surgimento de pontos negativos nas atividades de vida
diária dos estudantes inclusive na sua percepção sobre bem-estar em que o
mesmo se encontra. No que se refere ao gênero o sexo feminino encontra-se
predominante entre os índices não só por que é maioria nos cursos de
enfermagem como também por características emocionais mais sensíveis. O
desenvolvimento de depressão pode acarretar piora nas condições vivenciadas
referentes ao sono, alterações emocionais e a realização das suas
necessidades de vida básicas (SOUZA et al., 2012). No que se refere à
autoestima mais de 20% dos alunos a apresentam em caráter mediano ou
baixo o que também influencia no desenvolvimento do quadro. Muitos alunos
que apresentam sintomas depressivos tem uma percepção negativa sobre sua
saúde. Normalmente essas percepções são principalmente físicas que é
evidenciado quando os próprios alunos se avaliam (FUREGATO et al., 2010).
Estudos realizados demonstram que estudante que tem melhor auxílio
psicológico adoece menos. A maioria dos alunos revela que possuem vida
social mediana envolvendo relações familiares, amigos e atividade sexual.
Outro fator bastante apontado como causador de depressão é déficit financeiro
evidenciado por características inerentes da maioria dos estudantes que não
trabalham e tem gastos consideráveis (BAMPI et al., 2013). A maior
prevalência do aparecimento de sintomas depressivos ocorre em jovens,
mulheres e solteiros. Essas características não são exclusivas para o curso de
enfermagem. O aumento do índice de depressão ocorre em outros cursos o
que também deve ser atentado para outras categoriais profissionais, inclusive
da saúde, para um melhor desenvolvimento de práticas e estratégias
preventivas no desenvolvimento do sofrimento mental (CHRISTENSSON et al.,
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2010). No que se refere a aspectos sociais verificou-se que a relação
depressão e nível econômico são inversamente proporcionais. Essa categoria
tem importante influencia sobre temáticas mentais, sociais e físicas os quais
são sabidamente relacionados com níveis de depressão (FUGERATO et al.,
2010). Durante a própria profissão de enfermagem o profissional é exposto a
situações de alterações psíquicas, ansiedade, incertezas o que influencia
diretamente nas suas alterações de humor e relações sociais. Nesse contexto,
os sintomas de acadêmicos normalmente aparecem quando este tem contato
com pacientes nas mais variadas situações e este sofre o impacto que aquele
ambiente lhe transpassa tendo prejuízos no processo de comunicação e
prestação da assistência pelo acadêmico ao paciente (MOURA et al., 2014).
Foi demonstrado também que pacientes que possuem um melhor bem-estar
espiritual tem menores chances de desenvolverem depressão. Esse fato é
diretamente proporcional com o estresse que como visto tem grande influencia
para desencadear sintomas depressivos (LEE, 2014). Um fator bastante
discutido é a relação da depressão e o nível de assertividade que se mostra
inversamente apresentado influenciando em tomadas de decisão inerentes a
profissão. Outra relação também significativa é o interesse na área de estudo e
desenvolvimento da depressão. Em estudantes que se apresentam mais
interessados no seu campo de estudo, desenvolvem menos sintomas
depressivos do que acontece na relação inversa. Essa relação mostra-se
influenciada e causadora de diferentes níveis de motivação as quais podem
contribuir para a constituição da doença (REZAYAT et al., 2014). Ademais,
relacionamentos interpessoais vivenciadas pelos estudantes também influencia
na sua saúde mental. Isso foi evidenciado em um estudo no qual foi aplicado
programas de relacionamentos interpessoais para os estudantes e estes
apresentaram melhora na autoestima (YOON et al., 2011). O conhecimento
dos principais fatores inerentes ao desencadeamento de depressão entre
estudantes poderá nortear melhores práticas de saúde voltadas a esse público
como uma atenção mais focalizada para essa questão no que se refere ao
âmbito educacional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os principais fatores
relacionados com a depressão entre discentes de enfermagem foram estresse,
fadiga, relacionamentos sociais, autoestima, eventos de vida diária e até o
próprio interesse do aluno na área no qual está inserido. Como se percebe
esses fatores encontra-se relacionados tanto com questões cotidianas em
ambientes extracurriculares como inerentes a atividades acadêmicas com
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esses fatores funcionando de certa forma simultaneamente. Mais estudos
sobre a temática podem influenciar na identificação de grupo de riscos mais
vulneráveis ao desenvolvimento de depressão e proporcionar a
implementações, tanto em nível de saúde publica como relativas à academia,
que possam gerar melhores estratégias de promoção e principalmente de
prevenção do desenvolvimento de quadros depressivos entre estudantes, haja
vista a grande quantidade de aspectos negativos na vida dos mesmos essa
condição pode causar. Por meio de possíveis ações implementadas nos mais
diversos setores para melhorar a situação encontrada é possível fazer com que
os alunos reflitam e encontrem soluções saudáveis para sua situação
depressiva melhorando suas atividades de vida realizadas. Isso irá permitir que
estudantes conseguissem usar o conhecimento que foi adquirido na academia
para um bom desempenho de suas atividades profissionais como pósgraduado o que implica a necessidade de maiores estudos na área.
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ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM MULHERES NO
CLIMATÉRIO EM UM GRUPO DE TERCEIRA IDADE
Luciana Maria Pereira dos Santos, Universidade Regional do Cariri
Angélica Isabely de Morais Almeida, Universidade Regional do Cariri
Luciana Feitosa Lucas, Faculdade Leão Sampaio
Maria Elaine Silva de Melo, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Climatério. Educação em Saúde. Assistência ao Paciente e
Familiares
INTRODUÇÃO: A saúde da mulher no Brasil foi incorporada às políticas
nacionais no início do século XX e a atenção à saúde especificamente no
climatério vem seguindo um processo evolutivo. O climatério é definido como
conjunto de sinais e sintomas que provocam mal-estar físico e emocional,
destacando-se em curto prazo, ondas de calor, insônia, irritabilidade e
depressão; em médio prazo: atrofia dos epitélios, mucosa e colágeno; a longo
prazo, as doenças cardiovasculares e perda de massa óssea (MENDONÇA,
2003). Dentro deste processo ocorre a menopausa, que é a cessação
fisiológica permanente da menstruação associada ao declínio da função
ovariana (BRUNNER; SUDDARTH, 2009). Cerca de 32% das mulheres no
Brasil estão na faixa etária em que ocorre o climatério (DATASUS, 2007). A
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expectativa de vida da mulher brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (2000), é de 72,4 anos. Após a menopausa, que ocorre
por volta dos 50 anos, as mulheres dispõem-se de cerca de um terço de suas
vidas, que podem ser vividos de forma lúcida, saudável, com prazer, atividade
e produtividade. É dever inerente das profissões de saúde, o esclarecimento a
respeito dos questionamentos e problemas expressados pela população.
Nesse aspecto a educação continuada em saúde com esse grupo
especificamente trata-se de uma prioridade. OBJETIVOS: O presente estudo
teve como objetivo promover atividades de educação e saúde em mulheres no
climatério. Inicialmente, traçar o perfil das mulheres que estão no climatério,
esclarecer as principais dúvidas relacionadas às alterações físicas e
psicológicas do climatério e apresentar estratégias e ações que melhorem a
qualidade de vida dessas mulheres. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um
estudo de cunho descritivo-exploratório na modalidade relato de experiência.
Para Andrade (2003, p.124), na pesquisa descritiva „„[...] os fatos são
observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o
pesquisador interfira neles [...]‟‟, ou seja, os dados apresentados descrevem as
reflexões, com exatidão das situações investigadas do comportamento
humano, seja no contexto individual ou coletivo da sociedade. O campo para a
coleta de dados foi o grupo da terceira idade Renascer do Serviço Social do
Comercio - SESC, localizado no município de Juazeiro do Norte-CE, sendo a
população composta por 46 mulheres com idade entre 45 a 82 anos. A escolha
da população obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: participar das
atividades realizadas nos encontros semanais, residir no município de Juazeiro
do Norte-CE, estar no climatério e concordar em participar da pesquisa. Foi
utilizado como critério de exclusão o não comparecimento a um dos 16
encontros que foram realizadas as atividades de educação em saúde. A coleta
de dados foi realizada no período de junho a setembro de 2014, onde no
primeiro dia foi realizado o levantamento do perfil socioeconômico e
sintomatológico, além da verificação dos sinais vitais utilizando-se uma
entrevista semi-estruturada com questões fechadas para obter as informações
relatadas pelas mulheres e assim podermos estar a par das necessidades
educacionais daquele grupo. Nos demais encontros foram utilizados como
tecnologia leve a educação continuada em saúde, onde foram utilizadas como
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recursos humanos duas Enfermeiras da Universidade Regional do Cariri, dois
educadores físicos da Universidade Vale do Acaraú – UVA e uma psicóloga.
Durante a pesquisa foi utilizado datashow e computador para exposição de
informações audiovisuais e houve atividades demonstrativas sobre preparação
de uma alimentação saudável compatível com o climatério. Em seguida, foi
utilizado um questionário com questões abertas para avaliar a contribuição das
atividades de educação em saúde e o conhecimento das mulheres sobre a
temática após as atividades. Os dados estão dispostos em gráficos e
comentados com apoio de informações contidas na literatura para, assim,
vincular a presente pesquisa com as demais já existentes. Durante toda a
pesquisa foram obedecidos todos os preceitos da resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde e todas as participantes assinaram um Termo de
Consentimento Livre e esclarecido. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Dentre os
sintomas mais freqüentes entre as mulheres pesquisadas tivemos: fogachos ou
ondas de calor; alterações urogenitais; alterações do humo; modificação da
sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido); aumento do risco
cardiovascular e osteoporose. Todos esses sintomas foram evidenciados
durante os encontros e a cada encontro um deles era utilizado como foco para
as orientações e atividades desenvolvidas. A atividade educativa foi realizada
com 46 mulheres com idade entre 45 e 82 anos sendo em sua maioria entre 50
e 60 anos (41,1%). Cerca de 70% afirmaram serem donas de casa e o restante
tem outra ocupação. Todas eram casadas e, entre estas, apenas 8,3% eram
viúvas, sendo que todas as mulheres tinham filhos. 50% referiram ter estudado
o Ensino Fundamental incompleto, sendo 16,6% analfabetas. A atividade
sexual foi referida por metade delas (50%) sendo observada a diminuição da
libido em 45% delas, 55% relatou ter dispaurenia e 90% sentiam fogachos.
Verificou-se que apenas 5% das mulheres eram diabéticas tendo estas
histórico de diabetes mellitus na família. Ainda foi verificada uma pequena
porcentagem de hipertensas (4%) e apenas 25% praticavam atividades físicas.
Tratando-se de alimentação, 60% relatou a presença de frutas e verduras em
seu cardápio, além da ingestão diminuída de gordura e de sal. Ao realizarmos
o estudo, as mulheres relataram serem felizes e 17% tinham depressão. O
apoio da família neste período é de suma importância, porém apenas 5%
recebiam apoio. Ao iniciarmos a atividade educativa nenhuma das mulheres
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sabia definir o que é o climatério e todas confundiam o climatério com a
menopausa. Após a atividade educativa, 100% das mulheres souberam definir
com clareza o que é o climatério. Um dos temas abordados foi o câncer de
mama e a atividade educativa proporcionou o aprendizado do auto-exame das
mamas das mulheres, onde, depois da atividade 80% já sabia fazê-lo. Outro
ponto a ser abordado foi a alimentação, onde 84% relatou ter aprendido novas
opções de alimentos para ajudá-las nesta fase (exemplo, linhaça e camomila).
Dentre as que não praticavam atividade física, 65% aderiram à prática de
algum exercício físico. Ao indagarmos a contribuição da atividade educativa
todas afirmaram que todos os encontros promovidos foram ótimos. As
mulheres relataram que a atividade de educação em saúde foi importante para
trazer conhecimento sobre o climatério (55%), esclarecer dúvidas (30%) e
ajudá-las a ter uma vida mais saudável (15%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os
resultados evidenciaram as características das mulheres, os sintomas e os
problemas psicofisiológicos mais freqüentes, os quais podem estar
relacionados à desinformação da mulher, a sua história de vida e ao contexto
familiar e cultural, mesmo estando estas sempre interessadas em buscar
conhecimento seja aonde for. Com o presente estudo pôde-se verificar nesta
população sinais e sintomas do climatério de acordo com o que encontramos
na literatura. .O enfoque decorre do aumento da longevidade e, assim, avaliar
as medidas mais adequadas para possibilitar senilidade com melhor condição
de saúde e qualidade de vida. A oportunidade é a enfermagem preventiva,
através do acompanhamento do estilo de vida adequado e tratamento correto,
quando necessário, optando-se pela individualização de cada mulher. Os
resultados mostram o perfil biopsicossocial das mulheres, além de expor a
porcentagem de aprendizado através das orientações feitas sobre cada tema
abordado. Através dos achados podemos verificar a eficácia e perceber a
contribuição da atividade realizada. A principal atitude do profissional de saúde
diante da mulher no climatério deve ser em relação à promoção da saúde e
prevenção dos sofrimentos, fazendo os esclarecimentos cabíveis,
compartilhando experiências pessoais e profissionais, estando pronto para
ouvir seus desabafos emocionais e preparando-a para enfrentar todas as
dificuldades vigentes. A enfermagem está em uma posição excelente, com
suas interações, para ajudar a desmistificar as atitudes e as crenças da
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sociedade sobre esta etapa de vida de transição das mulheres, agindo como
facilitadoras do processo de ressignificação e direcionamento da mulher nesta
etapa de vida tendo para isto a educação continuada em saúde como
excelente ferramenta. Atividades com essa podem amenizar possíveis
sofrimentos posteriores provocados pelo desconhecimento. A enfermagem está
muito além dos atendimentos em salas de estratégias básicas focando a
patologia já instalada, mas sim atuando frente a grupos como estes que
propagam as informações nele recebidas com maior velocidade para o alcance
de uma assistência de primazia. A nossa assistência está muito aquém no
descompasso entre o que é oferecido e o que elas desejam. Temos a
necessidade de construir um modelo de assistência à mulher climatérica, que
possibilite compreendê-la em seu contexto ambiental, atendendo às
necessidades reais dessas mulheres.
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BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM UM GRUPO DA TERCEIRA IDADE
PARTICIPANTES DO PROJETO “BOMBEIROS E SOCIEDADE”
Damiana Geanice Gregório Ribeiro, Faculdade Leão Sampaio
Daiany Furtado de Lira, Faculdade Leão Sampaio
Franciene Maria Galvão, Faculdade Leão Sampaio
José Ivam Freire Amorim, Faculdade Leão Sampaio
Macsuelma Michelly Correia de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Ana Paula Ribeiro de Castro, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Idoso. Qualidade de Vida. Atividade Física
INTRODUÇÃO: A atividade física vem ganhando força ao longo dos anos,
incentivada desde a juventude até a velhice, sendo muito relevante para a
melhoria e manutenção da qualidade de vida de cada indivíduo. Atualmente,
temos diversas formas de se exercitar, segundo Pitanga (2002), a atividade
física é entendida como qualquer movimento corporal, produzido pela
musculatura esquelética, que resulta em gasto energético maior que os níveis
de repouso. Possuem elementos e determinantes de ordem biopsicossocial,
cultural e comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças,
esportes, exercícios físicos, deslocamentos, dentre outros. Cada praticante tem
várias formas de se exercitar podendo escolher a atividade que mais se
adéqüe as suas necessidades e limites corporais. Segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (2010) o Brasil teve um aumento da população com
65 anos e mais, de 4,8% em 1991, para 5,9% em 2000 chegando a 7,4% em
2010. O crescimento absoluto da população do Brasil nestes últimos dez anos
se deu principalmente em função do crescimento da população adulta, com
conseqüente aumento da participação da população idosa. O rápido
crescimento da população de idosos, no Brasil, causa importante impacto em
toda a sociedade, principalmente nos sistemas e programas de saúde.
Contudo, a infraestrutura necessária para responder às demandas desse grupo
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etário, quanto a instalações, programas específicos e recursos humanos
adequados, quantitativamente e qualitativamente, ainda é precária,
necessitando assim de uma atenção especial voltada para a melhoria das
condições de serviços e qualidade a essa população (LOURENÇO et al.,
2005). A indução de atividades físicas e práticas corporais é um reflexo da
grande importância atribuída a um modo de viver ativo como fator de proteção
e manutenção da saúde, exercícios regulares e hábitos de vida saudáveis são
essenciais para garantir mais qualidade de vida na terceira idade (MALTA, et
al., 2009). Escolheu-se a temática pela relevância que a atividade física tem no
impacto positivo na sua qualidade de vida, retardando as complicações de
doenças crônicas, promovendo a manutenção da funcionalidade e promovendo
a autonomia das pessoas idosas. OBJETIVOS: Conhecer os benefícios da
atividade física na terceira idade em um grupo de idosos na cidade de Crato,
Ceará; traçar o perfil sócio-econômico da população em estudo; Identificar os
fatores que levaram à adesão pela atividade física no grupo de idosos e listar
os benefícios da atividade física referida pelos idosos do estudo. MATERIAIS E
MÉTODOS: Estudo exploratório com abordagem quantitativa desenvolvido na
cidade de Crato durante o mês de abril de 2013, tendo como lócus um grupo
de idosos do Projeto “Bombeiros e Sociedade”. Segundo o informante-chave,
sargento Lira, o objetivo do grupo é a melhoria da qualidade de vida por meio
de atividades físicas, hábitos saudáveis de alimentação e integração social,
contando com 380 núcleos no Ceará que beneficiam cerco de 50 mil pessoas
da terceira idade. As aulas acontecem duas vezes por semana, com duração
de uma hora. Além da atividade física, são realizadas palestras realizadas por
estudantes universitários sobre diversos temas relacionados à saúde. A
população se constituiu de 28 idosos participantes regularmente no grupo,
sendo a amostra de 14 pessoas idosas, a partir dos critérios de inclusão que
foram: ter 60 anos e mais, pois participam pessoas de outras faixas etárias,
saber ler e escrever, e estarem assíduos, ou seja, participarem regularmente
do grupo há pelo menos três meses. Os que não se adequaram á esses
critérios foram excluídos. A coleta de dados foi realizada após a anuência do
capitão responsável pelo grupo, por meio de um questionário, aplicado em
horário previamente acordado com o participante, e após a assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo respeitadas todas as
recomendações da resolução 466/12. As respostas foram agrupadas e
organizadas no Excel 2007, sendo apresentados em forma de gráficos e
tabelas, sendo analisados e discutidos pela literatura pertinente e embasada.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Dos 14 participantes do estudo 06 (43%) tinham
idade entre 60 a 69 anos e 08 (57%) se encontravam com idade acima de 70
anos. Em relação ao estado civil, 04 (28%) se declararam solteiros, 05 (35%)
casados, 04 (viúvos) e 01 (9%) em outro tipo de relacionamento. Quanto à
escolaridade 05 (36%) não concluíram o ensino fundamental, 05 (36%) tinham
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ensino fundamental completo e 04 (28%) tinham o ensino médio incompleto.
Estudos evidenciam que a baixa escolaridade é uma das grandes responsáveis
pela diminuição da cognição na terceira idade, devendo realizar atividades e
exercícios para estimular a memória e outras habilidades para a manutenção
da saúde física e mental (BRASIL, 2006). Em relação ao tempo de participação
dos mesmos no grupo 09 (64%) participavam há 2 anos e 05 (36%) estavam
desde a sua formação, há 7 anos. A atividade física pode proporcionar
benefícios à saúde a curto, médio e longo prazo, sendo que quanto mais tempo
houver esta prática mais benefícios são alcançados ao longo dos anos. O
entendimento e a compreensão dos motivos que fazem co que o idoso procure
e participe de um programa de atividade física, bem como procurar saber quem
é este idoso, como vive, qual sua idade, como está sua saúde, qual sua história
de vida, entre outras informações, são questões fundamentais para orientar as
ações e intervenções dos profissionais que oferecem programas educacionais
ou de atividade física para essa população. Além disso, permite desenvolver e
elaborar estratégias e métodos que possam alcançar e trazer aqueles idosos
que possuem resistência à prática de atividade física (PEREIRA; OKUMA,
2009). Os idosos foram questionados sobre a prática de atividade física antes
de entrarem no grupo atual sendo que 08 (57%) relataram não participarem e
06 (43%) responderam afirmadamente. A maioria desses idosos relatou que
eram sedentários antes de entrar no grupo. A adoção de estilos de vida
saudáveis e a participação ativa no cuidado da própria saúde são
determinantes importantes em todas as fases da vida. Um dos mitos do
envelhecimento é que á tarde para adotar hábitos saudáveis, por se sentirem
no estágio último de suas vidas. Pelo contrário, o envolvimento do idoso em
atividades físicas adequadas, alimentação saudável, a abstinência do fumo e
do álcool e fazer uso de medicamentos sabiamente podem prevenir doenças e
o declínio funcional, aumentar a longevidade e a qualidade de vida (OPAS,
2005). Sobre os motivos que levaram os idosos à prática de atividade física
temos 09 (64%) disseram que por vontade própria, já 05 (36%) por motivos de
saúde e indicação médica. Esse ponto é importante, pois se atentar para os
motivos que fazem a população idosa procurar a prática de atividade física
conhecendo e compreendendo suas necessidades e limitações é fundamental
para ajudá-la nesse processo de forma mais contínua.Tão importante quanto
investigar os benefícios proporcionados por prática de atividade físicas, é
compreender como deixar as pessoas motivadas a se manterem engajadas e
envolvidas neste propósito (MCIEL, 2010). De acordo com Geris (2003), a
motivação é uma conduta que produz algo que move um indivíduo a
comportar-se de uma determinada maneira, e a mesma fará com que a
atividade física não seja abandonada, já que toda conduta humana necessita
ser motivada e incentivada para que haja esforço e assiduidade na atividade
física. Nesse processo de motivação alguns aspectos são facilitadores como,
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por exemplo, o incentivo de amigos e familiares, a procura por companhia ou
ocupação, alguns programas específicos de atividade física e, principalmente,
a orientação de um profissional de saúde especializado, estimulando a
população idosa um estilo de vida mais ativo e saudável (BRASIL, 2006). Ao se
perguntar sobre os benefícios da atividade física para a saúde, as respostas
foram diversas como: ter mais saúde (28%), melhoria para realizar as
atividades de vida diária (16%), aumento da energia corporal (6%), ser mais
feliz (16%), fazer amizades e aumentar a convivência social (12%) e bem-estar
geral (22%). A atividade física pode ser associada a progressos significativos
da capacidade funcional e do estado de saúde, podendo contribuir na
prevenção ou diminuição da gravidade de algumas doenças, mais para isso, o
indivíduo deve ter participação regular e contínua. Sendo alguns desses
benefícios evidenciados cientificamente como: aumento do bem-estar, melhora
da saúde física e psicológica, preservação da independência, controle do
estresse e obesidade, prevenir incapacidades na terceira idade (MANIDI;
MICHEL, 2001). Com a prática da atividade física também há uma redução
potencial nos custos de cuidados institucionais geriátricos economicamente
viáveis para a gestão (SHEPHARD, 2003). As atividades físicas oferecidas pelo
grupo proporcionam diversas melhorias no dia a dia de acordo com os idosos,
que não deixam de serem benefícios à sua saúde e que além de
proporcionarem uma melhoria na qualidade de vida destes, traz um convívio
social entre os mesmos, quebrando as barreiras que levam ao isolamento
social. Além disso, acrescenta-se a situação em que o idoso estará ocupando
seu tempo livre com atividades de lazer que irá fazer com que se sinta bem
consigo mesmo, aumente a sensação de bem-estar e diversão, multiplique seu
relacionamento e comunicação com os outros participantes do grupo e adquira
como nova aprendizagem a prática de atividade física, seja com esportes, seja
com lazer (GERIS, 2003). Podemos considerar que a atividade física faz bem
em um aspecto geral ao idoso, não só pela melhoria da sua qualidade de vida,
mas pela sua condição física melhorada, suas atividades sociais, que resultam
em suporte para o bem-estar físico e emocional, funcional e psicológico. A
atividade física por mais simples que seja reduz a complexidade de sinais e
sintomas físicos e emocionais nessa população crescente da terceira idade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS. A manutenção e prevenção à saúde busca
prolongar a capacidade funcional e retardar os processos fisiopatológicos
acarretados pela velhice, tornando-se fatores que contribuem para uma melhor
qualidade de vida da população geronto-geriátrica. De modo que a prática
regular de atividade física é um importante meio para se alcançar tais
finalidades. Este estudo evidenciou diversos benefícios à saúde de um grupo
de pessoas idosas participantes do Projeto “Bombeiro e Sociedade”, tais como:
controle de patologias crônicas e problemas relacionados à senescência,
aumento da disposição em realizar as atividades de vida diária, aumento da
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energia, do prazer e felicidade, melhoria das relações sociais, pois o grupo
proporcionou uma forma de interação e integração social e melhoria do bemestar físico, mental e social. Portanto, a atividade física deve ser estimulada
desde a juventude até a velhice, lembrando que não existe idade limitada para
um indivíduo começar a se exercitar. Necessário pois, a compreensão das
necessidades dessa população para a elaboração de estratégias de
intervenção, promovendo uma melhor adesão por parte dos idosos na
atividades físicas regulares, fortalecendo cada vez mais os benefícios que
ocasionam nessa população especificamente.
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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) A UMA
PACIENTE PORTADORA DE EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP)
Alex Araújo Rodrigues, Faculdade de Santo Augusto-FAISA/RS
Paula Suene Pereira dos Santos
Cícera Luciana da Silva Sobreira, Faculdade Integrada de Patos
Maria do Socorro Nascimento de Andrade, Faculdade Leão Sampaio
Regiane Clarice Macêdo Callou
Maria Elaine Silva de Melo, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Sistematização da Assistência de Enfermagem. Edema
Agudo de Pulmão. Equipe de Enfermagem
INTRODUÇÃO: Edema Agudo de Pulmão (EAP) é uma patologia classificada
como emergência clínica, caracterizada pelo acúmulo de liquido nos alvéolos
levando a uma congestão pulmonar, que manifesta-se pelo quadro de
insuficiência respiratória e hipóxia (BRASIL, 2008). O EAP acontece quando há
um desequilíbrio entre a pressão hidrostática (pressão intravascular), e a
pressão oncótica (fora dos vasos), fazendo com que haja transudação de
líquidos para o espaço intersticial e alveolar dos pulmões causando uma
congestão pulmonar dando uma sensação de sufocamento e/ou afogamento
(MASELLA, 2012). O paciente apresenta-se extremamente dispneico, cianótico
e agitado, dessa forma pode levar rapidamente para torpor, depressão
respiratória e, apneia seguida de parada cardíaca. O seu diagnóstico clínico é
de fundamental importância, para que assim possa ser iniciado o tratamento,
minimizando a progressão de sua gravidade (CASTRO, 2003). Sendo assim,
temos como justificativa, a gravidade do EAP e o quão é importante o
profissional de saúde estar preparado para agir e intervir em tal situação,
reconhecendo os sinas e sintomas clínicos para que o tratamento correto seja
implementado, livrando o paciente de maiores complicações. Com isso surge o
questionamento: como o enfermeiro e a equipe de enfermagem poderiam atuar
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em tal situação para ajudar a o paciente com diagnostico de EAP? Tentaremos
identificar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para tal
paciente. A relevância deste trabalho consiste em proporcionar aos pacientes
acometidos por tal patologia mencionada um plano de cuidados rápido,
eficiente, e livre de danos, como principal intuito de reversão do quando
patológico, prevenir complicações e promover tratamento rápido e adequado,
melhorando assim a qualidade de vida do paciente e seus familiares. Este
estudo apresenta contribuição de ordem acadêmica, à medida que servirá
como fonte de estudo para os pesquisadores, bem como, para outros
estudantes e profissionais de saúde acerca da temática envolvida, terá
contribuição social a medida que todo conhecimento adquirido pelos envolvidos
no estudo poderá ser implementado na assistência de pacientes acometidos
pelo EAP, de forma direta e indireta. OBJETIVOS: Objetivo Geral: Descrever a
atuação do enfermeiro na assistência ao processo de cuidar de uma paciente
com Edema Agudo de Pulmão. Objetivos Específicos: Realizar pesquisa no
prontuário da paciente; Elaborar história clínica da paciente; Fazer pesquisa
bibliográfica sobre Edema Agudo de Pulmão; Implementar a Sistematização da
Assistência de Enfermagem. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente trabalho
consiste em um estudo de caso realizado em uma unidade hospitalar do
município de Barbalha-CE, no Cariri cearense, durante cumprimento regular do
Estágio Supervisionado II (atenção Hospitalar), no período de agosto a
setembro de 2014. O estudo de caso discorre sobre uma paciente acometida
por Edema Agudo de Pulmão. Para execução do estudo em questão, foi
realizado consultas no prontuário da paciente e exame físico, bem como a
leitura de artigos científicos relacionado com o tema disponíveis em base de
dados virtuais como: Literatura Latino-americana em ciências da saúde
(LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), com posterior avaliação
e estabelecimento das condutas de enfermagem a um cliente diagnosticada
com Edema Agudo de Pulmão. Para análise dos dados e realização da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foi utilizado a taxonomia
II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA).
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Diagnósticos Médicos: Edema Agudo de
Pulmão, Insuficiência Respiratória Aguda, Hipertensão Arterial Sistêmica,
Diabetes Mellitus, Insuficiência Cardíaca Crônica e Depressão. Histórico de
Enfermagem: Paciente do sexo feminino de iniciais H. P. N., de 60 anos de
idade, cor parda, viúva, dois filhos, católica, dona do lar, reside na cidade de
Barbalha – CE. A paciente acometida com várias co-morbidades associadas:
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM), Insuficiência
Cardíaca Congestiva (ICC), Depressão, o que acarretou a paciente um quadro
de EAP e uma Insuficiência Respiratória Aguda (IRA), levando-a a procurar
uma Unidade Hospitalar. Foi levada ao hospital por familiares, com quadro
clinico de ansiedade e agitação, taquicardia, taquidispnéia, falta de ar,
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estenose de jugular, Murmúrios Vesiculares diminuídos, créptos pulmonares
bilaterais, hipoxemia, cianose de extremidades, e Pressão Arterial elevada. A
paciente referiu não seguir o tratamento corretamente como orientação medica
a respeito de medicamentos, dieta, estilo de vida, o que provavelmente
descompensou suas patologias de base e levou-a a um quadro de Emergência.
A mesma refere que já esteve internada neste nosocômio com o mesmo
quadro de dispneia, aguda tendo sido intubada e traqueostomizada, ficando
internada por volta de 40 dias; faz uso de: Captopril, HCTZ, espirinolactona,
furosemida, metformina, digoxina, amitriptilina, diazepan, clonazepan.
Tabagista forte parou há menos de um ano, tem infecções respiratórias de
repetição sempre tratada com antibióticos. Dia 29-08-2014 a paciente foi
admitida as 13 horas no pronto socorro do HMSVP com PA: 226x120mmhg
onde foi realizada ausculta pulmonar e evidenciado créptos em ambos
hemitorax foram feitos 60 mg de furosemida, morfina, isordil10mg sublingual.
Encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI); chega, consciente,
orientada, estável do ponto de vista hemodinâmico, PA: 140x90mmhg,
ventilação espontânea em ar ambiente com suporte de O2 por máscara de
Venturi a 50%, AVP em MSE, diurese por SVD com urina de cor clara. Por
volta das 21:50 horas do mesmo dia a paciente chega acompanhada do
técnico de enfermagem do Pronto socorro, consciente, orientada, estado geral
regular, com quadro de dor precordial, dispneia, taquicardia, hipertensão
arterial 140x90mmhgestável,ventilação espontânea em ar ambiente, foi
instalado O2 por Venturi a 50%, AVP em MSE, em SVD coletado material para
exame. Estável do ponto de vista hemodinâmico monitorizada; PA; coletado
material para exames laboratoriais, realizado RX e ECG. No dia 30-08-2014
cliente evolui consciente, orientada, dispneica, O2 úmido por máscara de
Venturi a 50%, monitorizada + oximetro de pulso, pressão arterial não invasiva,
AVP em MSD, faz uso de hidratação controlada por BIC; aceita a dieta, diurese
presente por SVD, evacuações ausentes há 2 dias, medicada CPM, prestados
os cuidados de enfermagem, realizado fisioterapia motora e respiratória. Dia
01-09-2014 paciente evolui com EGB, consciente, orientada, cooperativa e
verbalizando. AAA, normotensa, taquicardia, monitorizada, com boa saturação,
AVP em MSD sem sinais flogísticos, aceita a dieta; Ao exame: TX: AR: MV(+)
em AHT. ABD globoso com RHA (+), maciço a percussão, indolor a palpação.
Em uso de fralda com diurese (+) e evacuações (-) há 3 dias (SIC). MMSS e
MMII: livres de edema e com pele integra. SSVV: T: 36c, FC:110 bpm,
PA:100x90mmhg, FR: 26 irpm, SPO2:96% em ar ambiente. Aguarda alta para
o bloco IV. Segue sob os cuidados intensivos. Dia 02-09-2014 no bloco IV,
Paciente evolui em EGB, com HD de insuficiência respiratória aguda
(melhorada), EAP de etiologia a/e (superada), HAS (em tratamento), DM em
tratamento, ICC (controlada), Depressão evolui com EGB, acianótica,
anictérica, hidratada, normocorada, consciente, orientada, estável,
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taquicardica, normotensa, afebril, normoglicêmica. Renovado AVP em MSD,
HV em BIC. Sem DVA dieta por via oral boa aceitação, diurese por SVD debito
presente, evacuações (+), desvio da comissura labial por isquemia transitória,
Evidenciado leve disartria. Com suporte de terapêutica psicológica. No dia 0309-2014paciente evolui com EGB acianótica, anictérica, hidratada,
normocorada, consciente, orientada, estável, taquicardica, normotensa, afebril,
normoglicêmica. SSVV: T: 36ºC,FC:110 bpm, PA:100x90mmhg, FR: 26 irpm
SPO2:96% em ar ambiente, AVP em MSD, HV em BIC. Sem DVA, dieta por via
oral boa aceitação, diurese por SVD debito presente, evacuações (+). Segue
estável, sem drogas vasoativas refere leve cefaleia, foi ADM analgésico
conforme prescrito. Paciente evolui com EGB acianótica, anictérica, hidratada,
normocorada, consciente, orientada, estável, taquicardica, normotensa, afebril,
normoglicêmica. SSVV: T: 36ºC,FC:110 bpm, PA:100x90mmhg, FC: 26 irpm,
SPO2:96% em ar ambiente, AVP em MSD, HV em BIC. Sem DVA dieta por via
oral boa aceitação, diurese por SVD debito presente, evacuações presentes e
fisiológicas. Em finalização de antibioticoterapia. Prescrição Médica: Dia 29-0814: 1- Dieta zero (manter SNG aberta); 2- SF em BIC de 24/24 10 ml hora
frasco com 250 ml; 3- Ranitidina 25 mg amp 2ml; 4- Dipirona 500 mg 1amp 2
ml diluir em 10 ml de água para injeção injetável se dor ou febre6/6h; 5- Plamet
amp c/10mlagua p/ injeção se náuseas o u vômitos; 6- Clexane ser c/40ml; 7Glicose 50% amp ACM; 8- Insulina humana 10 ml ACM; 9- Furosemida amp
c/2 ml EV 12/12h; 10- Isordil comp c/10 mg 1 comp SL ACM; 11- Dimorf1 mg IV
ACM; 12- Captopril; 13- ASS; 14- Sinvastatina. Exames Solicitados: Exames
Laboratoriais: Hemograma completo; Gasometria; Ureia bioquímica; Creatinina
bioquímica; Sódio bioquímica; Potássio bioquímica; Cloro sérico; Cálcio
bioquímica; Fósforo bioquímica; Magnésio bioquímica; Bilirrubina total e
frações; Tempo de Protrombina (TAP); Tempo de Tromboplastina Parcial
(PTT); Albumina; Sumario de urina; Proteína C reativa titulada; Lactato arterial;
Troponina I; Creatina fosfoquinase fração MB; Exame de imagens:
Eletrocardiograma e RX de tórax PA. Implementação da assistência de
enfermagem / diagnóstico e intervenções de enfermagem: Como resultados
desse estudo foram identificados alguns diagnósticos de enfermagem para a
paciente em questão, onde os mesmos foram elaborados a partir da verificação
das necessidades da paciente e de acordo com estes diagnósticos foram
propostas suas metas e implementadas intervenções. Os principais
diagnósticos de enfermagem encontrados para esta paciente foram: a)
Agitação, relacionada com a incapacidade de respirar, evidenciada por
desconforto respiratório; b) Conhecimento deficiente sobre o EAP, relacionado
a falta de informação, evidenciado por relato verbal; c) Dor torácica,
relacionada aos esforços respiratórios, evidenciada por uso da musculatura
acessória para respirar; d) Perfusão tecidual prejudicada, relacionada com as
trocas gasosas, evidenciada pala cianose de extremidades; e) Risco para
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volume de líquidos aumentados, relacionado com o edema pulmonar,
evidenciado por sinais e sintomas característicos; f) Nutrição desequilibrada:
mais que as necessidades corporais, relacionada a não realização da dieta
hipossódica e hipolipídica, evidenciada por peso excessivo; g) Padrão
respiratório ineficiente, relacionada a taquidispneia, evidenciado por dificuldade
na amplitude respiratória; h) Risco para quedas, relacionado com a hipoxemia,
evidenciado por tonturas e sincope. Teremos como principais metas frente aos
respectivos diagnósticos: a) A paciente terá a eliminação da agitação; b)
Paciente terá suas dúvidas esclarecidas a respeito do EAP; c) A paciente
relatará diminuição da dor torácica; d) A Paciente terá sua Perfusão tecidual
reestabelecida; e) A paciente apresentará quantidade de liquido satisfatória; f)
A paciente tentará normalizar seu peso; g) A paciente terá seu padrão
respiratório normalizado; h) A paciente não apresentará quedas. Para estes
diagnósticos e para o alcance das metas propostas, será realizada as
seguintes intervenções de enfermagem: 1) Administrar oxigenioterapia
conforme prescrição; 2) Auscultar sons respiratórios; 3) Realizar monitoração
cardíaca e respiratória; 4) Realizar educação em saúde com a paciente sobre o
EAP; 5) Fornecer informações seguras e confiáveis a respeito do EAP; 6)
Administrar analgésicos, diuréticos, anti-hipertensivos e outras medicações
conforme prescrição medica; 7) Realizar monitoramento da dor torácica; 8)
Realizar coleta de gasometria; 9) Avaliar preenchimento capilar, cianose e
valores da saturação de oxigênio e valores da Gasometria; 10) Posicionar a
paciente em angulação confortável que favoreça a respiração; 11) Oferecer
suporte de nutrição dietética adequado para seu quadro clinico; 12) Sugeri
acompanhamento psicológicas; 13) Realizar monitoramento dos sinais vitais; e
14) Manter a Elevação das grades do leito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao
serem inseridos na realidade da instituição hospitalar, os autores tiveram a
possibilidade de vivenciar e executar a SAE a uma paciente acometida por
EAP, compreendendo que a cliente diagnosticada com tal patologia deve ser
atendida o mais rapidamente possível por uma equipe multiprofissional
qualificada, para reversão de alterações já existentes, bem como prevenir
agravos e novas complicações. Este estudo de caso proporcionou maior
entendimento acerca do adoecimento e enfrentamento da doença pelo
paciente promovendo aos acadêmicos um estudo mais amplo do assunto
Edema Agudo de Pulmão. Em virtude disso torna-se necessário que os
profissionais de saúde, tenham um maior conhecimento dessas patologias de
forma a permitir uma intervenção rápida, adequada, e capaz de reduzir os
riscos de complicações possíveis. Diante do exposto concluiu-se que ao
realizarem a implementação da sistematização da assistência de enfermagem,
os discentes puderam conhecer melhor o edema agudo de pulmão e quais
condutas frente a ele. Entretanto, fica claro que para a melhor compreensão do
que é ser enfermeiro, e do que esse profissional faz em sua prática diária, nada
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melhor do que ser inserido na sua realidade, onde podemos aliar todo
conhecimento teórico, que adquirimos durante todos esses anos de academia,
a prática executada, onde isso acarreta em um melhor apreender.
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CONHECENDO AS VIVÊNCIAS DA MATERNIDADE TARDIA
Vanessa Macêdo Cruz Cordeiro de Morais, Universidade Regional do Cariri
Valeska Macêdo Cruz Cordeiro, Faculdade Leão Sampaio
Dayanne Rakelly de Oliveira, Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Gravidez Tardia. Maternidade. Saúde da Mulher.
INTRODUÇÃO: Ao longo dos anos o universo feminino vem passando por
profundas transformações de cunho social, político e econômico com vistas à
parcial ou total independência do sexo oposto, ao qual esteve submissa
durante toda história, e só apenas na primeira metade do século XIX, com os
movimentos feministas, vem conseguindo vez e voz frente à sociedade
patriarcal que tanto oprimiu e calou essas mulheres (RODRIGUES, 2008).
Além da forte influência dos movimentos feministas sobre a inserção da mulher
no mercado de trabalho, o atual sistema econômico do capitalismo, que se
caracteriza pela acumulação de capital, obriga as mulheres a evadirem dos
seus compromissos exclusivos no lar e trabalharem fora, como forma de
complementar a renda familiar, e oferecer a sua família uma vida mais digna
(OLIVEIRA, 2009). Nesse contexto, a partir do século XX, década de 60, a
difusão do uso do anticoncepcional, vem trazer mais autonomia ao sexo
feminino sobre seu corpo, como também, seu modo de agir e pensar questões
pertinentes à sexualidade e à reprodução (AQUINO; XIMENES; PINHEIRO,
2010). Assim, a mulher passa a decidir o momento ideal para procriar,
mudando ao longo dos anos os contornos da maternidade, evidenciando a nãoconcepção medicalizada e diversos fatores como colocação no mercado de
trabalho, estabilidade conjugal, carreira profissional, como determinantes no
adiamento de gestações. A gravidez tardia se enquadra no grupo das
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gestações de risco, sendo um dos principais fatores da morbi-mortalidade
materna, acarretando ônus social e econômico (PARADA; PELÁ, 1999). Tornase, portanto, esta temática, um ponto de estudo que necessita de melhor
investigação e abordagem multiprofissional na saúde pública. A gravidez tardia
é estabelecida tradicionalmente, como aquela igual ou superior a 35 anos
(GUSMÃO; TAVARES; MOREIRA, 2003; KRISTENSEN et al., 2007 apud
RODRIGUES, 2008). Nessa faixa etária, os riscos são maiores e podem ser
refletidos por meio de complicações maternas, fetais e do recém-nascido, e
obstétricos (ANDRADE et al.,2004). OBJETIVOS: Conhecer as vivências da
maternidade tardia; Caracterizar o perfil socioeconômico e obstétrico das
primíparas de idade materna avançada e Identificar os motivos que determinam
o adiamento da gestação; Realizar aproximação do universo feminino frente à
gestação tardia. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo-exploratório com
abordagem qualitativa, realizado em Juazeiro do Norte-CE. As participantes do
estudo foram mulheres que tiveram seu primeiro filho em idade igual ou
superior a 35 anos, cadastradas no Sistema de Informações sobre Nascidos
Vivos (SINASC), durante o 1º semestre do ano de 2011. No sistema, através
da ocorrência dos nascimentos, encontramos informações sobre a mãe (idade
materna, distribuição espacial e temporal, número de gestações, entre outras),
gestação e parto, bem como o perfil dos nascidos vivos, conforme
preenchimento da declaração de nascido vivo. Após essa seleção prévia,
identificamos seus domicílios, através do endereço contido na declaração, e foi
estabelecido um primeiro contato com vistas a explicar a finalidade da pesquisa
e confirmar a possibilidade de participação da mesma no estudo. Para
determinação do número de oito participantes no estudo, utilizamos o critério
de saturação dos dados, ou seja, a coleta de dados encerrou-se a partir da
repetição das respostas. Foi desenvolvido um formulário para coleta de dados
para o SINASC e roteiro para entrevista semi-estruturada. Após a coleta de
dados, os mesmos foram analisados e organizados através da interpretação e
categorização das falas, pela técnica de análise de conteúdo. O projeto de
pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade Regional do Cariri- URCA, através do parecer n°127/2011.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: A faixa etária para gravidez das mulheres
entrevistadas oscilou de 35 a 43 anos. Encontramos quatro (50%) mulheres
com faixa etária de 35 anos, uma (12,5%) com 37 anos, duas (25%) mulheres
com idade de 40 anos, e a mais velha 43 anos. Segundo dados do IBGE
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(2009) a faixa etária de 35 anos é predominante nas mulheres classificadas
como gestantes tardias tanto a nível municipal como estadual. No ano de 2009
temos na cidade de Juazeiro do Norte 36 nascidos vivos de mães com 35
anos, 17 nascidos vivos de mães com 40 anos, nas idades maternas de 45,46
e 47 anos apenas o registro de um nascido vivo. Com relação ao estado civil,
quatro eram solteiras (50%) e quatro eram casadas (50%). Segundo Guazzelli;
Abrahão; Conz (2011), a quebra de tabus da histórica identidade feminina
focada no casamento e na procriação vem sendo substituído pelo desejo de
realizações acadêmicas e profissionais, possibilitando participação crescente
na sociedade. Portanto a procriação deixa de estar intrinsecamente relacionada
ao casamento, assim a mulher contemporânea pode ou não ter um filho
independentemente do seu estado civil. A escolaridade mostrou-se divergente
entre as entrevistadas, duas (25%) possuíam 4 a 7 anos de estudo, quatro
(50%) possuíam 8 a 11 anos e apenas uma (12,5%), 12 anos ou mais de
estudo. Como pode ser observada, a maioria das entrevistadas não seguia as
estatísticas de que a maternidade tardia ocorre principalmente em mulheres de
alta escolaridade (RODRIGUES, 2008). Quanto à profissão, observamos a
ocorrência de: doméstica (2), do lar (1) por preferir ficar em casa para cuidar do
filho, artesã (1), costureira (1), vendedora (1), auxiliar administrativa (1),
aposentada (1) por problemas de saúde que a incapacitaram de trabalhar fora
do lar e inclusive realizar atividades de autocuidado e cuidados com a criança.
A maioria das entrevistadas tinham duplas ou triplas jornadas de trabalho, uma
vez que trabalhavam fora de casa como forma de complementação da renda
familiar e quando chegavam tinham que cuidar do filho, dos afazeres
domésticos, dá atenção ao esposo, etc. Isso confirma a ideia de Corrêa (1997)
apud Oliveira (2009) que a mulher atual participa plenamente na vida familiar,
profissional, social. Cabe a ela cuidar da casa, do relacionamento conjugal, e
muitas vezes contribuir ativamente ou ser a provedora do sustento familiar.
Com relação à renda familiar, os dados observados foram homogêneos, sendo
a renda das famílias de até 3 salários mínimos. Três (37,5%) possuíam renda
de até 1 salário mínimo, uma (12,5%) de 1 a 2 salários mínimos e quatro (50%)
possuíam renda familiar de 2 a 3 salários mínimos. Umas das entrevistadas
que apresentou menor renda, até um salário mínimo, era doméstica, solteira e
não contava com a participação do pai da criança nas suas despesas. Esse
resultado contrapõe-se ao da pesquisa do IBGE (2005), que relata que as
mães que tiveram seu primeiro filho em idades relativamente avançadas eram
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participantes de famílias com alto poder aquisitivo. Os dados obstétricos das
entrevistadas apresentaram resultados satisfatórios com relação ao número de
consultas de pré-natal realizadas, sendo constatado que o pré-natal foi
realizado em 100% das gestantes, tendo 87,5% (07) das grávidas realizado
sete ou mais consultas de pré-natal. A realização do pré-natal em 100% das
entrevistadas foi feita pelo médico, exceto uma cliente que foi assistida pelo
médico e pela enfermeira da Estratégia Saúde da Família. O pré-natal e
puerpério são momentos de atenção destinados à mulher visando o bom
prognóstico materno e neonatal, deve ser iniciado logo no início da gestação,
preferencialmente primeira consulta realizada até 120 dias da gestação,
estendendo-se até 42 dias após o parto, onde deve ser realizada a consulta de
puerpério. Nesse intercurso do pré-natal, deverão ser realizadas um número
mínimo de seis consultas, distribuídas como uma no primeiro trimestre, duas no
segundo trimestre e três no último trimestre (BRASIL, 2006). O aumento do
número de consultas no último trimestre de gestação visa à detecção precoce
das intercorrências clínicas mais comuns nesse trimestre dentre as quais
podemos citar: trabalho de parto prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia,
amniorrexe prematura e óbito fetal, bem como a avaliação do risco perinatal
(BRASIL, 2006). Tipo de gravidez única e tipo de parto cesariano foi
unanimidade nas entrevistadas. Diversos estudos relatam que as taxas de
cesariana vão aumentando com o avançar da idade materna, Silva e Surita
(2009) indica que a partir de 35 anos aumentam, as taxas de cesariana, a
chance de fracasso na prova de trabalho de parto e as taxas de complicações.
A opção da cesariana foi feita apenas por uma gestante e não por opção, mas
por escolha e conduta médica, para as demais mulheres. A única gestante que
marcou a cirurgia contempla o que nos diz França (2012) em seu estudo,
quando relata que a indicação da cesariana muitas vezes corresponde ao
anseio e medo do casal, que optam por essa via de parto, quando se trata de
uma gestação em idade materna avançada. Portanto as condições maternas e
fetais ou complicações obstétricas não são preponderantes para esta escolha.
Quanto à fertilidade, seis das mulheres entrevistadas relataram não ter tido
dificuldade para engravidar, duas mulheres relataram dificuldades relacionadas
à má formação uterina e infertilidade. Brasil (2010) define a infertilidade como
ausência de gravidez em um casal após um ano ou mais de comportamento
sexual ativo que não façam uso de métodos anticonceptivos. Quando
questionadas sobre a gestação, parto e puerpério obtiveram diferentes relatos.
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Na gravidez, cinco (62,5%) gestantes relataram ter problemas e três (37,5%)
terem tido uma gestação sem intercorrências. Com relação ao momento do
parto, três (37,5%) relataram ter tido complicação; duas apresentaram préeclâmpsia e uma delas, além disso, reação à anestesia e outra hipotensão e
vômitos. O puerpério foi vivenciado sem dificuldades para quatro (50%)
mulheres e com dificuldades para quatro (50%). Dos motivos relatados como
dificuldades, a referência aos pontos da cirurgia foi relatada por três (37,5%)
mães, outro motivo referido por uma (12,5%) das mães foi uma leve depressão.
É precipitado identificar essas complicações correlacionadas ao quesito de
faixa etária materna, por conseguinte seria necessário um maior
aprofundamento para entendimento dos riscos maternos e fetais atribuídos à
idade avançada. A escolha do momento ideal da mulher torna-se mãe, pode
muitas vezes não ter influência com o envelhecimento do padrão etário de
fecundidade, uma vez que 50% (quatro) das entrevistadas relataram não
planejar a gravidez e 50% (quatro) ter planejado. Dos motivos que
determinaram a postergação da gravidez para idades mais avançadas
encontramos respostas relacionadas a problemas clínicos, infertilidade
masculina e com predominância a importância que estas davam a constituição
familiar, sendo esse quesito a se mostrar um fator sociocultural determinante
na concepção dessas mulheres, assim as circunstâncias pessoais
predominaram diante de carreira profissional quando elas pensaram em ter
filhos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O adiamento da maternidade para terceira,
quarta décadas de vida da mulher é uma tendência cada vez mais frequente no
cenário nacional. Adiar biologicamente uma gravidez representa a nova
formação da identidade feminina que vêem na priorização dos estudos e da
carreira profissional uma maneira de se inserir no mercado de trabalho e se
tornarem tão competitivas quanto o sexo masculino. A desvantagem dessa
inserção repercute no seu cotidiano porque essas mulheres são obrigadas a
conciliar a maternidade, casamento, profissão e cuidados com o lar. Assim, a
maternidade tardia representa a configuração de uma nova identidade
feminina. Através do presente estudo vemos uma realidade diferente com
relação a esse adiamento, que para as mulheres entrevistadas não se
manifesta como o desenvolvimento de carreira acadêmica e profissional, mas,
ocasionadas por busca de relacionamentos estáveis ou problemas clínicos.
Portanto o destino de longos anos de estudo e carreira profissional e
acadêmica, tão citado na literatura, não se manifestou. Apreendemos da idade
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materna avançada benefícios e malefícios, daí a importância do
acompanhamento por profissionais qualificados que visem diminuir os medos e
angústias de se gestar um filho tardiamente, bem como a prestação de uma
assistência individualizada e humanizada capaz de suprir as necessidades
apresentadas.
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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PREVALÊNCIA DE SÍNDROME
METABÓLICA EM PACIENTES SOROPOSITIVOS
Danilo Ferreira de Sousa
Eli Carlos Martiniano
Maria Hevelma Leonel de Melo
Marcia Raquel Xavier de Lima
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira
Dayse Christina Rodrigues Pereira Luz
Palavras-chave: Síndrome Metabólica. HIV. Epidemiologia
INTRODUÇÃO: Com os avanços nas terapias antirretrovirais o estado de
saúde e sobrevida de pacientes portadores do Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) tem melhorado significativamente e associado a essa melhoria
também aconteceu o aumento de complicações cardiovasculares e
metabólicas como gordura visceral, dislipidemia, diabetes e hipertensão. A
Síndrome Metabólica (SM) pode ser entendida como um conjunto de
alterações metabólicas que acontecem no organismo e que estão associadas a
presença de adiposidade visceral (DIEHL et al., 2010). Normalmente, há
presença de obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão e
dislipidemia. A SM geralmente está associada ao desenvolvimento de Diabetes
Mellitus tipo 2 (DM2) e problemas cardiovasculares que quando associado com
as condições clínicas inerentes da pessoa infectada pelo HIV geram grandes
consequências para o paciente que é afetado com a síndrome em mais de 20%
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dos casos (SIGNORINI et al., 2012). A prevalência de pacientes com a SM
juntamente com todos os seus fatores de risco como obesidade, dislipidemia,
pressão arterial elevada e a associação com HIV tem aumentado
especialmente quando associado com outro problema clínico correlacionado
como a lipodistrofia. Essas características geralmente estão associadas com
inatividade física, má alimentação e fatores genéticos. Esses fatores também
contribuem para o aumento de complicações decorrentes das duas situações
clínicas relatadas (MARRENO et al., 2014). Além disso, a própria terapia
relacionada ao HIV tem sido associada a aumento de doenças
cardiovasculares assim como características virais não totalmente elucidadas
parecem contribuir de forma positiva para a arteriosclerose presente na SM
(NGATCHOU et al., 2013). A dislipidemia tem sido relatada como associada ao
uso da terapia antirretroviral se relacionando com as altas taxas de
mortalidades nesses pacientes, o que sugere que importantes alterações
podem ocorrer nesses pacientes e que a temática merece mais estudos
(BEHANE et al., 2012). Nesse contexto o diagnóstico de SM especialmente em
pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é de especial
importância visto que possibilita nortear ações estratégicas para a promoção da
saúde e prevenção de possíveis complicações associadas ao quadro (LAUDA
et al., 2011). OBJETIVO: Identificar as características clínicas e a prevalência
de síndrome metabólica em pacientes portadores de HIV. MATERIAIS E
MÉTODOS: Para a construção desse estudo foi realizado uma revisão
sistemática com abordagem principalmente qualitativa, permitindo uma
avaliação crítica e síntese de evidências em que é possível deduzir algumas
generalizações a partir de um conjunto de estudos selecionados previamente
por critérios de inclusão e exclusão em pesquisas feitas em bases de dados.
Neste estudo, foram realizados alguns passos para a revisão como: seleção
das questões norteadoras a serem analisados, estabelecimento dos critérios de
inclusão/exclusão previamente elencados para selecionar a amostra, análise
das características dos textos e seus dados a partir da leitura inicial de títulos e
resumos e posteriormente pela leitura dos estudos na íntegra, interpretação
dos resultados com base em suas características e em critérios de análise e
apresentação da revisão. Realizou-se a busca por descritores nas bases de
dados eletrônicas Scientific Electronic Library Online (SciELO), Public Medline
or Publisher Medline (PubMed), Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em
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Ciências da Saúde (LILACS), utilizando como descritores em Decs –
Descritores em Ciências da Saúde: “síndrome x metabólica”, “HIV” e
“epidemiologia” e seus correspondentes em inglês “metabolic syndrome x”,
“HIV” e “epidemiology” na base de dados que requeria em que obteve-se como
resultados somando-se em todas as bases de dados 298 estudos. Foi
estabelecido o período de publicações de janeiro de 2010 a abril de 2015,
devido a uma maior possibilidade de encontrar estudos sobre o tema nos
últimos anos a considerar que em anos anteriores a relação entre a síndrome
metabólica e infecção por AIDS não era tão fortemente focada, pois havia mais
interesse em tratar e amenizar sintomas desta. A revisão ocorreu no mês de
abril de 2015. O operador Booleano de escolha foi AND. Em um primeiro
momento houve uma análise preliminar tendo como critérios de inclusão estar
disponíveis de forma gratuita, publicados entre os anos de 2010 a 2015,
disponíveis em qualquer língua e considerando o objeto de estudo inerente à
temática. Os critérios de exclusão foram artigos que abordassem a síndrome
metabólica isoladamente ou que a considerasse inteiramente inerente a
determinada faixa etária ou condição de saúde. Foram aplicados os critérios de
inclusão restando 72 estudos. Foi realizada a exclusão de estudos repetidos
excluindo-se 15 estudos e restando 57 artigos. Após a leitura dos títulos e
resumos para identificar os critérios de exclusão destacados anteriormente
resultaram em 12 estudos que foram utilizados para a construção da revisão
em contexto. Os estudos selecionados foram analisados sobre sua distribuição
segundo as características clínicas e taxas de prevalência da associação entre
AIDS e síndrome metabólica, assim como objetivos e desfechos encontrados e
características inerentes dos estudos como distribuição temporal,
nacionalidade ou não e as principais ideias referentes ao tema e ao objetivo do
presente estudo foram concatenadas para uma melhor análise e interpretações
do tema. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O perfil antropométrico dos pacientes
que apresentam síndrome metabólica associado com HIV geralmente
corresponde a indivíduos do sexo masculino (mais de 50%), com altura de
mais de 1,60 m, Indice de Massa Corporal (IMC) configurando sobrepeso e
obesidade (mais de 35%), com mais de 8 anos de infecção pelo HIV e uso há
mais de 6 anos de terapia antirretroviral (DIEHL et al., 2010). Os pacientes
relatam que geralmente após o diagnóstico de AIDS observam mudanças
corporais, principalmente referente à adiposidade principalmente mulheres,
mas as alterações ocorrem em ambos os sexos. Uma condição chamada de
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lipodistrofia associada ao HIV é descrita em mais de 40% dos pacientes e
estes geralmente apresentam fatores de risco evidentes para o
desenvolvimento de SM como hipertensão, diabetes, dislipidemia, aumento da
circunferência abdominal mostrando-se mais prevalentes em indivíduos com
mais de 40 anos de idade o que também predispõe a complicações
cardiovasculares aumentando as taxas de mortalidade (DIEHL et al., 2010). A
prevalência de SM associado ao HIV é de cerca de 20 a 30% da população
infectada o que é um valor alto considerando os riscos e complicações que são
inerentes às duas situações clínicas (SIGNORINI et al., 2012). Crenças e
percepções sobre a própria saúde também podem influenciar o prognóstico dos
pacientes que irão ter impacto sobre às relações terapêuticos praticadas
influenciando, por exemplo, estilo de alimentação que influencia diretamente o
desenvolvimento ou não de SM. Para a prevenção de complicações referentes
à SM e correlações cardiovasculares é essencial à prática de atividades físicas
com a redução de comportamentos sedentários e mudanças nos hábitos
alimentares e a autoestima do paciente influencia muito nesse processo
(MARRENO et al., 2014). Pacientes com mais de 40 anos mostraram-se 6
vezes mais propensos ao desenvolvimento de aterosclerose (FALCÃO et al.,
2012). Além disso, pacientes com as características relatadas apresentam em
mais de um quarto dos casos co-infecção por hepatite C o que aumenta ainda
mais as consequências das patologias. Há sugestão de que o aumento das
taxas de SM em pacientes soropositivos está intimamente relacionado com
aumento das taxas de pessoas obesas geralmente em indivíduos que já tinham
peso elevado antes de qualquer diagnóstico (FREITAS et al., 2011). A
associação direta entre os antirretrovirais e o desenvolvimento de SM ainda
não e bem esclarecida. O que pode acontecer é que o desenvolvimento da
última pode ser resultado da má prestação de serviços de saúde
principalmente na atenção primária frente a esses indivíduos e seus fatores de
risco para o surgimento de condição secundária (LAUDA, et al., 2011). Em
relação a aspectos fisiológicos a idade, sexo, história familiar, duração da
infecção pelo HIV, contagem de células CD4 e medidas antropométricas
auxiliam na identificação da predisposição a SM (ALVAREZ et al., 2010). A
presença de SM e triglicerídeos elevados podem funcionar como preditores de
mortalidade em indivíduos com HIV, pois se constatou que em indivíduos que
apresentam essas duas condições as taxas de mortalidade são mais altas
principalmente por causa do aumento de inflamações sistêmicas (JARRETT et
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al., 2013). Foi constatado que há um aumento da prevalência de SM em
pacientes após o começo de uso da terapia comum a AIDS elevando as taxas
em mais de 8% dos casos. Existe uma controversa em tal teoria que associa a
SM principalmente ao aumento da idade e estilos de vida (KRISHNAN et al.,
2012). Várias características antropométricas podem ser utilizadas na
determinação de fatores de risco para o desenvolvimento de síndrome
metabólica. Além dos usualmente conhecidos como IMC, circunferência
abdominal e peso a circunferência do pescoço e a circunferência da coxa
mostra-se como marcadores valiosos, pois algumas características como
aumento da circunferência do quadril podem estar associadas a características
próprias do avanço da idade (PULLINGER et al., 2010). Ainda em relação às
características dos pacientes mais de 50% é casado e mais de 30% não
possuem níveis de estudo elevados e estes possuem como principais
características obesidade e níveis elevados de dislipidemia (BERHANE et al.,
2012). Apesar dos índices antropométricos se apresentarem mais baixos nos
indivíduos com HIV do que na população geral, esses ainda determinam
situações de risco para desenvolvimento de SM. Estratégias para a
modificação dos fatores de risco como orientações contra o fumo, praticas de
exercícios físicos, mudanças na dieta podem ser uteis na prevenção de
doenças e agravos, mas é preciso que o profissional conheça tais
singularidades e aplicações para cada tipo de paciente (NGATCHOU et al.,
2013). Mais de 50% dos estudos analisados sobre a temática não eram
nacionais e em relação à distribuição temporal, ela mostrou-se uniforme de
certa maneira, porém com poucos estudos relevantes envolvendo diretamente
o assunto nos últimos anos apresentou-se um pouco escassa o que sugere a
necessidade de mais estudos sobre o tema que poderão nortear as estratégias
de saúde na assertividade de suas condutas frente aos pacientes que
apresentem as duas situações clínicas associadas gerando graves impactos na
sua saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A SM é referida em mais de 20% dos
pacientes com HIV e as principais características clínicas/epidemiológicas dos
mesmos é ser do sexo masculino, com sobrepeso ou obesidade, alto índice de
IMC, circunferência abdominal, do pescoço, quadril e coxa, mais de 6 anos de
diagnóstico e terapia antirretroviral, grandes taxas de lipodistrofia, percepções
sobre a imagem corporal alterada, baixa autoestima, idade acima de 40 anos,
valores lipídicos alterados, normalmente casados e com baixo nível de
escolaridade. Este fator atesta para a necessidade de desenvolvimento de
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estratégias de educação em saúde voltadas para esses pacientes em relação a
fatores de vida modificáveis como hábitos alimentares e de exercícios com
ações específicas para os pacientes em questão. Para isso é necessário o
conhecimento sobre os fatores de risco e características dos indivíduos mais
propensos a desenvolver o quadro que pode nortear para o profissional de
saúde a seleção de público-alvo mais propenso para uma melhor elaboração e
direcionamento de atividades que permitam a execução de forma plausível os
objetivos propostos de promoção e prevenção de agravos que se discutem
referentes aos mais diversos pacientes e nesse caso aos portadores de HIV e
propensos a desenvolver SM.
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MOTIVOS QUE INFLUENCIAM A REALIZAÇÃO TARDIA DO EXAME
PAPANICOLAU SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE MULHERES NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA CENTRO EM EXU-PE
Antonio Ronaldo de Sousa Junior, Faculdade Leão Sampaio
Adalberto Cruz Sampaio, Faculdade Leão Sampaio
Marlene Menezes de Sousa, Faculdade Leao sampaio
Charlene Coelho de Moura, Faculdade Leão Sampaio
Expedito Rennê Delmondes Miranda, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Câncer de Colo de Útero. Exame Papanicolau. Enfermagem
INTRODUÇÃO: Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de cem
doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que
invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do
corpo. Não obstante, o câncer vem tomando proporções consideráveis na
população, principalmente por falta de informações adequadas quanto à
prevenção, ao diagnostico e ao tratamento dessa doença, visto que o método
de reduzir os índices é o preventivo, com expectativas maiores de cura quando
há o diagnostico precoce. A despeito do câncer de colo do útero, de acordo
com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, órgão vinculado ao Ministério da
Saúde do Brasil 2012, o câncer cervical é uma patologia de evolução lenta
cujas alterações nas células, desencadeantes do câncer, podem ser
descobertas facilmente no exame preventivo, também denominado de
papanicolau, fato que confirma a importância de sua realização periódica.
Nesse contexto a literatura afirma que o principal fator de risco para esse tipo
de câncer é a infecção pelo Vírus do Papiloma Humano – HPV, com alguns
subtipos de alta correlação ontogênica com o desenvolvimento de alterações
intra-epiteliais na cérvice. O câncer de colo uterino ainda hoje é uma das
maiores causas de morte em mulheres adultas jovens, perdendo apenas para o
câncer de mama que ocupa primeiro lugar em caso de mortes femininas por
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câncer. Durante a consulta de enfermagem, no programa de controle de câncer
uterino, percebe-se que muitas mulheres que procuram a unidade para realizar
o exame preventivo pela primeira vez só o fizeram depois de muitos anos de
início da vida sexual ativa. O interesse pelo estudo se deu durante as aulas de
saúde da mulher e revisão de estágio nas quais o exame Papanicolau era um
tema muito abordado e ao realizar um estágio extracurricular em uma
Estratégia Saúde da Família – ESF do município de Exu-PE, na qual foi
percebida uma dificuldade na adesão das mulheres no que diz respeito à
realização do exame ginecológico e quando as mesmas procuravam a UBS já
apresentavam alguma sintomatologia de uma outra patologia que poderia ter
sido evitada se o exame estivesse sido realizado com antecedência, como
forma de prevenção. A pesquisa realizada traz informações acerca das reações
pelas quais as mulheres atendidas na UBS, resistem a realizarem o exame
ginecológico preventivo do câncer de colo uterino e explica por que as mesmas
só o procuram tardiamente. Os dados coletados contribuíram na divulgação e
orientação das pacientes pesquisadas sobre o exame, assim compreendendo
os fatores indicados e na reestruturação de estratégias de alcance voltados
para estas mulheres, não somente no âmbito local. OBJETIVOS: Avaliar os
motivos que norteiam as clientes da Unidade Básica de Saúde- UBS à um
exame ginecológico tardio; Traçar o perfil socioeconômico das clientes usuárias
do programa de saúde da mulher; Investigar os fatores que interferem na
realização do exame ginecológico para prevenção do câncer de colo de útero;
Determinar aspectos que possam contribuir à má adesão ao exame
Papanicolau. O útero é um órgão que recebe os óvulos e, em caso de gravidez
aloja o embrião que aí se desenvolve até o nascimento ele situa-se na pelve,
entre a bexiga urinaria e o intestino. Trata-se de um órgão muscular oco. O
útero tem forma de uma pera invertida e está situado no assoalho pélvico entre
a bexiga urinaria e o reto, apresentando três porções: uma porção acima das
tubas, chamada de fundo, uma porção central chamada de corpo e uma porção
estreita que se abre para a vagina chamada de colo. Há cinquenta anos o
câncer do colo de útero era a principal causa de morte por câncer nas
mulheres norte americanas, com a introdução e o emprego disseminado da
triagem citológica, a incidência de câncer cervical diminuiu nos países
ocidentais. É o sexto câncer feminino mais comum nos Estados Unidos, onde a
taxa de mortalidade caiu em 70%. Não obstante mundialmente o câncer
cervical ainda é o segundo câncer mais comum em mulheres. O câncer de colo
de útero é considerado um problema de saúde publica, atingindo todas as
camadas sociais e regiões geo-econômicas do país. É o segundo tipo de
câncer mais comum na população feminina, perdendo apenas para o câncer de
mama. As lesões podem variar de processos benignos exuberantes até
adenocarcinoma endocervical in situ. Uma discussão dos casos duvidosos com
o citopatologista pode auxiliar e o grau de investigação dependerá das
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condições clinicas de cada paciente. Em nosso meio, o problema do câncer é
particularmente grave, pois, a maior parte das mulheres acometida pela doença
é de faixa etária ainda economicamente ativa e associada ao fato de que
detecção tardia da doença implica em aumento da mortalidade, uma vez que a
lesão do carcinoma invasor pode levar a óbito e, por outro lado, seu tratamento
pode causar sequelas importantes que dificultarão a reintegração familiar e
social, além do custo assistencial alto. O câncer vem sendo considerado
mundialmente, um grave problema de saúde pública por representar a segunda
causa de morte por doença, precedida apenas pelas doenças
cardiovasculares. No Brasil, o câncer de colo de útero ocupa o segundo lugar,
sendo evidenciado a partir dos 20 anos de idade e apresenta seu maior risco
entre 25 e 49 anos, sendo responsável pelo óbito de aproximadamente 230 mil
mulheres ao ano. O câncer de colo de útero é uma patologia que se instala na
parede do epitélio da cérvice uterina. O câncer não é o crescimento
desordenado das células imaturas, mas um processo patológico coordenado,
no qual uma célula normal sofre modificação adquirindo capacidades
especiais.O câncer de colo de útero pode se originar em um ou em ambos os
epitélios. O mais frequente é o carcinoma epidermoide, iniciado no epitélio
metaplasico (zona de transformação) e precedido por lesão precursora:
Neoplasia Intraepitelial Cervical – NIC. Os tumores malignos do colo de útero
dividem-se em tumores epiteliais, sendo os principais o carcinoma de células
escamosas e o adenocarcinoma. Estima-se que uma redução de
aproximadamente 80% da mortalidade por câncer de colo de útero é possível
através do rastreamento com o exame preventivo e tratamento das lesões
precursoras com alto potencial de malignidade de carcinoma in situ.
MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo foi de natureza descritiva
exploratória com abordagem quantitativa, estabelecendo característica da
população que busca a realização do exame citopatológico de colo uterino. O
caráter descritivo é escolhido pela necessidade de ampliar os conhecimentos
acerca do problema a ser investigado, analisando as características dos fatores
para que se possa estabelecer uma relação com outros, tornando o estudo
mais abrangente e completo. A pesquisa exploratória permite um aumento de
experiências para o investigador tratando-se de um determinado problema.
Esta tem o objetivo de explorar tipicamente a primeira aproximação de um
tema, visando a criação de um maior laço em relação a um fato e um
fenômeno. A pesquisa foi realizada na Estratégia de Saúde da Família –
Centro, localizada na Rua Coronel Manoel Aires, Nº 346, Bairro Centro, na
Cidade de Exu, Pernambuco, Brasil. A pesquisa foi desenvolvida no período de
Agosto 2013 a Maio 2014, sendo de Agosto a Novembro 2013 a elaboração do
projeto de pesquisa e janeiro a maio de 2014 foi coletados dados para
conclusão da pesquisa. A população do estudo foi composta por todas
mulheres usuárias das UBS na cidade de Exu – PE. Participaram após
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assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que
atenderem ao seguinte critério de inclusão: estar cadastrada na UBS
pesquisada e ter idade entre 18 a 58 anos. A amostra foi composta por 40
mulheres cadastradas na ESF – centro, que buscaram realizar o exame
preventivo citológico. O instrumento escolhido para guiar o estudo foi o
formulário, onde foram identificados os fatores que influenciam a realização
tardia do exame papanicolau. A entrevista foi realizada após autorização da
participante, sendo a ela explicado que se tratava de uma pesquisa cientifica
com o intuito de ajudar na prevenção do câncer de colo de útero e que os
dados estatísticos serão de utilidade para órgãos de saúde. O formulário é uma
lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de dados resultantes
quer de observação, quer de interrogação, cujo preenchimento é feito pelo
próprio investigador. Os dados quantitativos coletados foram organizados e
analisados através de gráficos, e foram interpretados de acordo com as
perguntas formuladas na coleta de dados e fundamentadas na literatura
pertinente a temática abordada. Gráficos são figuras que servem para a
representação dos dados. Bem com a utilização da ferramenta Microsoft Office
Excel 2010 para analise e construção dos gráficos. Viabilizando assim o
desenvolvimento das informações coletadas. A pesquisa foi realizada baseada
nas normas éticas da resolução Nº466/2012, do Comitê Nacional de
Saúde/Ministério da Saúde, que regulamenta a pesquisa com seres humanos.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: O grupo de mulheres entrevistadas constitui-se,
portanto de quarenta mulheres com idade média de 38 anos (mínima 18 anos,
máxima 58 anos), das quais 20 (50%) são casadas/União estável; 18 (45%)
são solteiras e 2 (5%) são viúvas, sendo também o grupo entrevistado 16
(40%) possui ensino médio completo; 13 (32,5%) afirma possuir ensino
fundamental completo, 7 (17,5%) são alfabetizadas , sabem assinar seu nome;
3 (7,5%) são analfabetas e apenas 1 (2,5%) possui ensino superior completo.
O nível educacional é um fator que pode interferir na adesão ao exame
preventivo de câncer de colo de útero, ocasionando uma menor compreensão
sobre a doença e da importância do exame e uma menor utilização dos
serviços de saúde. Um estudo realizado sobre a prevalência e seus fatores
associados a não realização do exame citopatológico evidenciou que as
mulheres de menor nível de escolaridade apresentam prevalência
significativamente maior para a não realização do exame preventivo. Este fato
ficou evidenciado na nossa pesquisa. A mulher tem papel primordial no cuidado
com a casa e os filhos, relacionados ao dia-a-dia repleto de afazeres que
socialmente se vêem como necessários, considerando as funções das
mulheres que somam as atividades de casa e ao papel de mãe e a condição de
trabalhadora fora de casa. Existe uma relação intima entre o baixo nível de
escolaridade e a renda familiar, estimulando que as mulheres enquadradas
nesta relação sejam mais suscetíveis ao câncer de colo de útero. ComparamISBN 978 – 85 – 65221 – 12 – 2
se que estejam expostos a um maior risco de morbimortalidade por utilizarem
com menor freqüência os serviços de saúde e a prevenção de doenças. No
que diz respeito a importância e a finalidade do exame papanicolau 40 (100%)
das mulheres considera o exame importante e expressa sua opinião a que se
refere suas finalidades onde 25 mulheres 62,5% das entrevistadas diz que o
mesmo previne o câncer de colo de útero, 8 (20%) diz que o exame serve
como método de diagnostico do câncer de útero e 7 (17,5%) afirmam que o
exame é usado como forma de tratamento das DST‟S. Evidenciou-se na
pesquisa que as mulheres apontam a prevenção de doença como a principal
finalidade do exame. No entanto após analisar todos os dados que, elas
definem a prevenção como algo que detem o desenvolvimento da
anormalidade. A prevenção significa, para as mulheres impedir o surgimento da
doença, ou seja, refere-se a ação que evita, intercede, e até mesmo estaciona
o processo de adoecimento. Foi avaliada ainda a adesão das mulheres ao
exame de Papanicolau relativo à frequência com que as mulheres o realizam,
sendo que o grupo de mulheres na sua maioria esta esclarecida quanto a esse
procedimento, onde 25 mulheres (62,5%) das entrevistadas realizam o exame
de Papanicolau em um intervalo preconizado pelo Ministério da Saúde, isto é,
anualmente. Isso pode ser justificado pela possibilidade de um aumento real na
sua cobertura, tendo em vista a ocorrência de divulgação de importância do
exame na década de 80. Outra possibilidade pode ter sido pelo aumento do
numero de citologias cervicais realizadas em mulheres como procedimento de
rotina durante o pré-natal e o planejamento familiar, fazendo-se destacar neste
estudo, pelo fato dessa população esta vinculada a uma Unidade Básica de
Saúde. No entanto, 13 mulheres (32,5%) das pesquisadas realiza o exame em
períodos não recomendados, sendo 3 (7,5%) tardiamente (a cada 2 anos),
explicando que essa raridade era apenas quando estava apresentando alguma
sintomatologia de alguma patologia cervical, 5 (12,5%) precocemente (a cada 6
meses) e 5 (12,5%) raramente realiza o exame, o que demanda uma
intervenção educativa, buscando adequar essa periodicidade com vista a uma
melhor detecção precoce de alterações cervicais sem custo desnecessários,
ainda foi constatado que 2 (5%) das entrevistadas nunca realizaram o exame
de Papanicolau. Contudo vale ressaltar que a pesquisa em questão não revela
se a periodicidade das entrevistadas a cada 2 anos é após 2 exames
consecutivos com resultados negativos para displasia ou neoplasia cervical. O
Ministério da saúde, desde 1988, segue a recomendação da Organização
Mundial da Saúde que propõe a realização do teste de Papanicolau a cada três
anos em mulheres entre 25 e 60 anos de idade, após dois controles anuais
negativos. Quanto aos cuidados necessários antes das mulheres se
submeterem a realização do exame de Papanicolau, observa-se que as
mesmas no geral, apresentam algum conhecimento. Foram citados os
cuidados, sendo estes os resultados: 20 mulheres (50%) não tiveram relações
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sexuais na véspera do exame; 2 (5%) não usar cremes vaginais; 6 (15%) não
estar menstruada e 12 (30%) responderam que é necessário realizar higiene
intima. Os resultados mostra uma necessidade de intervenção educativa
direcionada às mulheres para os cuidados prévios a sua coleta, sendo que a
negligência das mulheres interfere na realização do exame, assim como, no
seu resultado, sabendo-se que esses cuidados referidos devem ser do
conhecimento de todas as mulheres que realizam o exame de Papanicolau. Na
avaliação dos Motivos que norteiam as mulheres a um exame tardio ou se
recusam a realizar o exame de papanicolau, observa-se que 15 mulheres
(37,5%) não realiza o exame por vergonha, as mulheres sentem-se
inferiorizadas, demonstrando vergonha de se expor, principalmente para um
médico. O exame ginecológico, em especial o exame de prevenção do câncer
de colo do útero, foi o exame mais citado como temido e vergonhoso. Atingindo
uma porcentagem menor que a vergonha, o medo de realizar o exame soma
10 (25%) das entrevistadas. O medo age como sinal condicionalmente e
antecipador de sofrimento, caso tome proporções altas. Algumas mulheres não
mencionam a palavra dor, mas expressam o medo de senti-la na realização do
exame, enquanto outras 30 (75%) conseguem verbalizar seus sentimentos
(vergonha, medo, nervosismo, desconforto), que parecem estar diretamente
relacionados à questão de pudor. Estes achados comparam-se as informações
coletadas no presente estudo, nas quais as mulheres relatam o medo
antecipado e a vergonha protagoniza os seus sentimentos. Desse modo os
profissionais de saúde devem dispor de estratégias que minimizem esses
sentimentos, como: informar as clientes sobre o exame, o procedimento em si;
expor somente partes do corpo necessárias para a realização e evitar que
outras pessoas circulem na sala do exame. Outro fator avaliado foi a falta de
conhecimento das mulheres sobre a importância do exame atingindo a mesma
porcentagem que a vergonha 17 (37,5%). Um estudo com mulheres com
câncer de colo de útero em um hospital no município de São Paulo,
demonstrou que a deficiência do conhecimento sobre o exame da papanicolau
é freqüente em mulheres mais velhas provavelmente porque a historia das
ações preventivas no Brasil é recente. Os dados desta pesquisa mostram que
a população pesquisada foi composta por mulheres já em plena fase
reprodutiva, com renda familiar e escolaridade predominantemente menor que
01 salário mínimo e nível médio, respectivamente. Todas as entrevistadas
referiam conhecer a importância do exame Papanicolau, o apontado como
meio de prevenir o câncer de colo de útero, diagnosticar o câncer de útero e
tratar as DST‟S. Observou-se também, que a maioria 25 (62,5%) dessas
mulheres realiza o exame em um intervalo preconizado pelo ministério da
saúde, ou seja, anualmente. No entanto, 15 (37,5%) delas o realizam em
períodos não recomendados (tardiamente, precocemente ou nunca
realizaram), o que demanda uma intervenção educativa, buscando adequar
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essa periodicidade com vistas a uma melhor detecção precoce de alterações
cervicais sem custos desnecessários. Quanto aos cuidados necessários para a
realização do exame Papanicolau, as pesquisadas, no geral apresentam
conhecimento satisfatório, como: não ter relação sexual na véspera do exame;
higiene intima; não estar menstruadas e não usar cremes vaginais. No entanto,
o conhecimento fragmentado expressado por essas mulheres demonstra a
necessidade de uma intervenção educativa direcionada aos cuidados prévios a
sua coleta, visto que a negligência dos mesmos interfere na realização do
exame, bem como, no seu resultado. Avaliando as causas pelas quais as
mulheres realizam o exame tardiamente as entrevistadas relacionaram
vergonha, medo e falta de conhecimento sobre a importância do exame.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se, portanto, que a vergonha e o medo,
são ainda, os maiores causadores da não realização do exame de Papanicolau
pela maioria das mulheres, confirmando as afirmações de autores, os quais
referem ser o câncer de colo de útero uma seria ameaça à população feminina
brasileira, apesar dos programas de prevenção da doença existir e estarem
disponíveis a população. Portanto vale ressaltar, que os projetos educativos em
saúde sejam direcionados não apenas para a necessidade de divulgação da
importância e finalidade do exame de Papanicolau, mas também, abordem
sobre os cuidados necessários antes do exame e a humanização na interação
profissional-cliente durante a consulta ginecologia. Visando este
direcionamento reduzir a vergonha, o medo na realização do exame,
contribuindo assim na prevenção do câncer do colo de útero e de outras
doenças ginecológicas que são detectados, imprescindíveis na promoção da
saúde da mulher.
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CONDUTA DO ENFERMEIRO FRENTE A PACIENTES COM INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO
Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima
José Diogo Barros
Nathalia Matos de Santana
Renato Felipe de Andrade
Mauro Mccarthy de Oliveira Silva
Palavras-chave: Assistência de Enfermagem. Fármacos. Protocolo
INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) refere-se a uma alteração
cardiológica, que quando não aplicadas terapias corretas é irreversível. É
caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo dos vasos coronários que
irrigam o coração, essas alterações são marcadas por necrose do tecido
miocárdico em consequência de uma isquemia local causada frequentemente
pela formação de trombose em decorrência de uma placa aterosclerótica. Para
que a região isquêmica consiga se reestabelecer, o fluxo sanguíneo tem que
permanecer ao menos com 40% de atividade. Se a normalidade do fluxo não
for restabelecida dentro de 4 a 6 horas, a necrose tecidual se completa e a
lesão dessa maneira torna-se irreversível. A população brasileira nos últimos
anos vem passando por transformações impactantes, como a redução das
taxas de fecundidade e aumento da expectativa de vida. Esses fatos refletem
diretamente no surgimento das epidemias debilitantes decorrentes da idade,
como: IAM, neoplasias e doenças crônicas relacionadas ao aparelho
respiratório. O IAM preocupa bastante a esfera governamental e os
prestadores de assistência direta a pacientes com essa patologia, pois requer
internação hospitalar nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI‟s), por sua
gravidade e complexidade, gerando dessa maneira uma quantidade muito
grande de gastos aos cofres públicos e mais demanda de profissionais
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capacitados para seu tratamento. É cada vez mais vista a necessidade de
qualificação profissional visando assistências humanizadas e de qualidade,
sobre tudo pelo crescente desenvolvimento das tecnologias hospitalares, o
impacto do alto índice de mortalidade e o volume em demasia de internações
que o IAM representa. Por mais que os avanços nas ciências da saúde
existam, driblar o óbito e proporcionar diagnóstico correto em tempo hábil e
tratamento a esses pacientes ainda é um objetivo a ser alcançado. O
diagnóstico se faz basicamente por associação de três fatores: dor torácica,
alterações nos traçados eletrocardiográficos (desnivelamento ou supra
nivelamento do segmento ST) e presença de marcadores de necrose
miocárdica (troponinas T) e a Creatinofosfoquinase massa (CKMB). A
enfermagem está envolvida em todas as etapas da assistência prestada a tais
pacientes, desde sua entrada no serviço hospitalar até sua reabilitação, porém
o conhecimento a respeito da identificação e da assistência ainda é muito
pouco aplicado. Diante de tais considerações, esse estudo torna-se relevante
por concentrar-se na necessidade de aprimoramento e aprofundamento na
temática em questão, facilitando desse modo à disseminação de informações
referentes a atuação do enfermeiro no IAM tanto no âmbito acadêmico como
no profissional. Desse modo a questão norteadora dessa pesquisa foi: quais
condutas/protocolos dão subsídios à atuação do enfermeiro frente ao infarto
agudo do miocárdio? OBJETIVO: O presente estudo objetivou verificar os
principais métodos de abordagem dos enfermeiros aos pacientes infartados.
MATERIAIS E MÉTODOS: Para que esse objetivo fosse alcançado, realizouse ensaio teórico, a partir de revisão de literatura, delimitando e sintetizando o
tema em questão, de maneira sistemática e organizada favorecendo dessa
maneira a uma maior compreensão sobre o assunto em estudo, visto que esse
método de análise proporciona adquirir conhecimentos a partir do emprego de
informações obtidas de materiais informatizados. No que tange o levantamento
bibliográfico optou-se pelo acesso online as seguintes bases de dados: Sientific
Eletronic Library Online (SCIELO) e National Library of Medicine and
NationalInsti tutes of Health (MEDLINE), bem como utilizado busca a acervos
de livros atualizados na área em questão. A busca nas bases de dados ocorreu
no período de Setembro a Outubro do ano de 2014. RESULTADOS/
DISCUSSÃO: A assistência de enfermagem a pacientes com iam é
fundamentada em protocolos respaldados, que visam a reversão de quadros
isquêmicos e estabilização do quadro cardiológico do indivíduo. A avaliação do
profissional enfermeiro em pacientes com sintomatologia de IAM deve ser
realizada por meio de protocolos estabelecidos de enfermagem, sendo dessa
maneira respeitada a fase de coleta da história clínica do paciente como: data
de início da dor, intensidade, localização, duração, irradiação e alívio. Tendo
em vista o objetivo do estudo, foram delimitadas três categorias que
contemplam as condutas do enfermeiro em casos de IAM, são elas: controle da
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dor precordial, realização de exames e administração de medicações
cardiológicas. A característica marcante do IAM é a dor prolongada, com
localização subesternal, abdominal alta ou precordial que se irradia para o
pescoço, ombro, mandíbula, braço ou mão esquerda. O IAM pode ser seguido
de sudorese, palidez, falta de ar e perda temporária de consciência, com isso
torna-se muito importante a identificação da dor, bem como correlacioná-la com
IAM. A dor torácica pode ser dividida nas de origem cardiovascular ou não. A
dor de origem cardiovascular especifica de IAM se manifesta como uma dor
retroesternal com duração de 15min que se espalha através do tórax podendo
irradiar para a face interna do braço. A enfermagem atua na administração de
drogas, e uma das principais drogas analgésica é a nitroglicerina, um potente
agente vasoativo que é administrado para reduzir o consumo de oxigênio pela
musculatura cardíaca, o que de forma indireta influencia no controle da dor
causada pela isquemia. A nitroglicerina também atua aumentando o fluxo
sanguíneo coronariano, facilitando dessa maneira a perfusão dos vasos
sanguíneos colaterais. Segundo o formulário brasileiro terapêutico nacional,
outra droga também pode ser empregada, a morfina, que é classificada como o
analgésico narcótico para dor intensa e é muito utilizado também em casos de
neoplasias por seu potente efeito. Para tratamento de IAM, a dose inicial de
morfina é 10mg EV, seguido de doses adicionais de 5 a 10mg. A administração
de drogas para alivio da dor e do sofrimento é de extrema relevância, as
facetas da atuação da enfermagem em pacientes com IAM tangem deixar o
cliente confortável, visto que quanto mais confortável o paciente estiver, mais
oxigênio será poupado, o que auxiliará no avanço mais retardado da doença.
São de extrema importância também registar a medicação e o horário que foi
administrado. É de fundamental importância que o enfermeiro tenha dentro de
seu contexto científico a padronização e priorização da prestação de cuidados
a pacientes que apresentam sintomatologia de infarto agudo do miocárdio. O
diagnóstico e o tratamento precoce melhora de forma significativa a qualidade
de vida desses pacientes. A atuação frente à dor é uma das medidas mais
importantes a serem tomadas frente a pacientes com um quadro de IAM
sintomático. A droga de primeira escolha para tratamentos de tais pacientes é a
morfina, por se tratar de um analgésico de forte potencial de ação, sessando
dessa forma os quadros álgicos decorrentes de isquemia da musculatura
cardíaca. É muito importante que o enfermeiro da atenção básica identifique
tais pacientes desde seus primeiros sintomas, a fim de diminuir o tempo gasto
pelo paciente. A eletrocardiografia é o exame mais importante para
identificação de IAM, o enfermeiro deve realiza-lo seriadamente nas primeiras
24 horas e diariamente depois de passado o primeiro dia. O supra
desnivelamento de segmento S-T constitui um importante traçado na
identificação do IAM, por exemplo: supra de derivação V1, V2 e V3 relacionase com isquemia septal, aVL e DI a parede lateral alta, de V1 a V6 de parede
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anterior extensa e V7 e V8 que são derivações especiais indicam lesão
isquêmica posterior. Outro exame de extrema relevância é dosar os
marcadores de lesão cardíaca, a enfermeiro é responsável por realizar uma
coleta de sangue para identificação de CK-MB (creatino-fosfoquinase) onde se
encontra alterada de 04 a 06 horas após o início da lesão cardíaca, dosa-se
também mioglobina, quando existe lesão cardíaca a mioglobina é liberada pelo
miocárdio em um tempo de 01 a 02 horas após o IAM, e a troponina, dosam-se
as quantidades de troponinas T e troponina I, qualquer uma dessas encontrase na musculatura cardíaca, podendo com isso indicar uma lesão necrótica. Os
marcadores de lesão cardíaca são macromoléculas intracelulares que são
liberadas quando a musculatura entra no processo de necrose, lesionado
dessa forma a membrana dos sarcômeros musculares. A velocidade do
aparecimento dessas moléculas na circulação depende de vários fatores
incluindo fluxo do sistema linfático, seu peso molecular e o fluxo sanguíneo.:
Além do conhecimento da sintomatologia do IAM, o enfermeiro deve
desenvolver competência de entender a terapia medicamentosa adequada
para reestabilização de pacientes com desnivelamento de segmento S-T. Entre
as medicações utilizadas temos a estreptoquinase (SK) é uma droga muito
utilizada por seu baixo custo em comparação a outros trombolíticos. Utiliza-se
também a tenecteplase (TNK), considerada um trombolítico de terceira
geração, apesar de alto custo (3.770,77) foi escolhido para atendimento préhospitalar, comparando a estreptoquinase (250,00) seu custo é mais elevado.
A terapia imediata realizada em pacientes com infarto agudo do miocárdico
com supranivelamento do segmento S-T (IAMCSST) seja ele administrado nas
unidades de suporte avançado ou nos prontos socorros (PS) é realizado com a
utilização da droga TNK, sua dose varia de 30 a 50mg. Se o paciente chega à
unidade terciaria para tratamento em até 90 min do início dos sintomas não
realiza-se a TNK, realiza-se primeiramente a angiografia para verificar grau de
perfusão de coronárias. Além do TNK, o paciente utiliza como drogas
coadjuvantes de morfina, heparina (de baixo peso molecular) Endovenoso (EV)
além de drogas orais como: AAS, nitratos, aspirina e betabloqueadores. As
principais drogas utilizadas para tratar IAM são as seguintes: AAS 200mg que
devem ser mastigados na admissão do paciente; clopidogrel 75mg, 1
comprimido via oral (VO) com associação ao AAS; Nitratos via sublingual;
estreptoquinase ou tenecteplase quando não for possível realizar angiografia;
Heparina de baixo peso molecular; atenolol, 5 mg, EV durante 5 min e a
segunda dose após 10 min, e ansiolíticos como diazepan. É necessária a
presença de um enfermeiro para realizar a administração de oxigênio (3l/min a
100% por meio de cateter de posicionamento nasal) e monitorização
eletrocardiográfica momentânea ou continua dependendo da analise
bioquímica ou da avaliação clínica. Como parte da assistência de enfermagem
a tais pacientes, temos além da administração da medicação: a observação de
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possíveis hemorragias sistêmicas, trombose decorrente da estreptoquinase,
arritmias e depressão respiratória caso a droga de escolha para dor tenha sido
a morfina, bem como observar sinais de hipersensibilidade aos fármacos
administrados. Enfim, o protocolo de atendimento a pacientes infartados se
baseia em seus sintomas apresentados, onde imediatamente ao ser
confirmado é iniciada a terapêutica de reperfusão miocárdica, podendo ser
química com o uso de trombolíticos, ou mecânica, através da Angioplastia
Transluminal Cutânea (ACT), que trata-se da colocação de um stent na artéria
obstruída com a finalidade de desoclusão. A ACT é indicada nas primeiras
horas após a confirmação através do Eletrocardiograma (ECG) e de sua
sintomatologia, o que diminuirá a área de necrose e a mortalidade quando mais
precocemente realizado. Fazendo parte também do protocolo de tratamento
inicial tem-se o “MONAB” (Morfina, Oxigênio, Nitratos, Ácido Acetil Salicílico –
AAS, e Betabloqueadores). A morfina é essencial porque tem efeito analgésico,
reduz a ansiedade e tem efeitos na diminuição da resistência vascular
sistêmica. O oxigênio é administrado em uma fração de 2-4l/min se SO2 <
90%. Nitratos reduzem o desconforto torácico. AAS é um antiagregante
plaquetário, impedido assim uma reoclusão coronariana, e por fim os
betabloqueadores, que reduzem a reincidência de infarto ao tempo que
promovem à < FC, bem como redução da sobrecarga cardíaca, poupando
dessa maneira mais oxigênio ao miocárdio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
presente estudo demostra que a atuação do enfermeiro é de fundamental
importância para um bom reestabelecimento do quadro de IAM, bem como a
compreensão das fases de tratamento que os enfermeiros atuam. Com isso,
foram identificadas a necessidade de realização de exames confirmatórios,
como a analise bioquímica que registra dessa forma as enzimas que são
marcadores de necrose cardíaca como a CKMB, Troponina I e mioglobina.
Outro exame é o eletrocardiograma, trata-se de uma avaliação cárdica
realizada por enfermeiros e que teria que ser interpretado por tal, o que não foi
evidenciado nesse estudo, contudo é de fácil realização e entendimento.
Farmacologicamente a enfermagem atua na administração de drogas
cardiológicas, tendo as principais os trombolíticos tenecteplase e
estreptoquinase, o analgésico morfina, o antiagregante plaquetário AAS e
heparina, e betabloqueadores. Lembra-se que a atuação do enfermeiro
encontra-se no preparo, administração e avaliação posterior a medicação, visto
que esses fármacos tem um potencial de efeito colateral muito alto. Sem
esgotar a temática em questão, o presente estudo demostra a necessidade de
uma atuação pautada em conhecimento científico por parte dos enfermeiros
para tratamento e intervenção em possíveis complicações cardiológicas
envolvendo o IAM, bem como a necessidade de conhecimento sobre os
traçados eletrocardiográficos.
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AVALIAÇÃO DO CARTÃO PRÉ-NATAL DE PARTURIENTES ASSISTIDAS
EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA MICRORREGIÃO DE BREJO SANTO NO
ANO DE 2014
Eloá Ribeiro Santana, Faculdade Leão Sampaio
Cleidiane Barbosa Paz, Faculdade Leão Sampaio
Lediane Xavier Almeida Torquato, Universidade da Cidade de São Paulo
Palavras-chave: Pré-Natal. Assistência de Enfermagem. Registros
INTRODUÇÃO: No Brasil, as políticas públicas de saúde tiveram um
considerável avanço principalmente pela vigência do Sistema Único de Saúde
(SUS) na década de 80, o que acarretou uma ampliação das ações e serviços
de saúde. Com base nisso, a assistência à mulher sofreu diversas
modificações, passando a abrangê-la em todo o ciclo vital, levando em conta
as significativas taxas de morbidade e mortalidade que esse grupo
representava e ainda representa nos dias atuais. Nestas perspectivas, o
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), implementado
pelo Ministério da Saúde em 1984, tornou-se um direito na Constituição da
República Federativa de 1988, cujas ações estão voltadas para a assistência
integral à saúde da mulher desde a adolescência até a terceira idade. A
elaboração desse programa, que oferece propostas de atendimento à mulher
garantindo seus direitos de cidadania, decorreu de uma mobilização social
levando feministas e profissionais da saúde, juntamente ao Ministério da
Saúde, ao desenvolvimento do mesmo (DUARTE; ANDRADE, 2006). No
entanto, a elaboração e implantação do PAISM não foi o suficiente para
resolver o grave problema brasileiro quanto às altas taxas de morbidade e
mortalidade decorrente da baixa qualidade da atenção à mulher no ciclo
gravídico-puerperal. Assim, tendo em vista a magnitude desse problema, o
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Ministério da Saúde instituiu em 1º de junho de 2000, o Programa de
Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), que possui como objetivos:
diminuir o índice de morbidade e mortalidade materna e perinatal, ampliar o
acesso às consultas pré-natal, estabelecer critérios para qualificar essas
consultas e promover o vínculo entre a assistência ambulatorial e o parto
(BRASIL, 2000). Esse programa fez com que cada município refletisse e
discutisse sobre a assistência prestada à gestação, ao parto e ao puerpério,
criando estratégias para cumprir essa portaria que estabelece critérios mínimos
a serem seguidos. Paralelo a esse desenvolvimento surgiu, no Brasil, o
Programa Saúde da Família (PSF), oficializado em 30 de dezembro de 1998,
como estratégia de implementação das ações de assistência integral de saúde
coletiva em todas as fases do ciclo da vida. Assim, dentre as diversas ações
englobadas, podemos destacar o pré-natal, voltado à assistência específica à
gestante, uma vez que diversas são as alterações que ocorrem no corpo de
uma mulher durante esse período, alterações essas que são vivenciadas
diferentemente por mulher, dependendo do contexto familiar, social, econômico
e cultural que essa gestante esteja inserida. Com base nisso, torna-se
imprescindível o acolhimento da mesma pela Equipe de Saúde da Família
(ESF), garantindo uma assistência de qualidade e humanizada, que contribuirá
para preservar a saúde da gestante e do feto. Diante o exposto, surgiram-se os
seguintes questionamentos: os cartões de pré-natal estão sendo preenchidos
adequadamente? Qual o grau de aparecimento dos registros oriundos da
assistência pré-natal? Torna-se imperativo relatar a importância da avaliação
para uma posterior demonstração da validade das ações desenvolvidas,
apontando a relação entre o proposto e o obtido, uma vez que o cartão prénatal faz parte de um todo da qualidade da assistência prestada. Assim sendo,
torna-se essencial destacarmos que os registros do cartão pré-natal
estabelecem uma comunicação escrita de informações pertinentes às
condições do processo gravídico e dos cuidados que são necessários ao
mesmo, além de assegurar a continuidade da assistência, detectar novos
problemas para a avaliação dos cuidados prescritos e possibilitar a
comparação das respostas da gestante aos cuidados prestados. Esses
registros oferecem subsídios para propor mudanças e adequações
centralizadas no cuidado individualizado, integral e resolutivo. OBJETIVO:
Desta forma, o estudo teve como objetivo avaliar a presença de determinados
registros presentes nos cartões de pré-natal das parturientes assistidas em um
hospital público da microrregião de Brejo Santo - Ceará no ano de 2014.
MATERIAIS E MÉTODOS: Para o alcance dos objetivos, empregou-se um
estudo documental, retrospectivo e com abordagem quantitativa, onde buscouse informações nos cartões de pré-natal de parturientes que evoluíram para o
parto normal e cesariano. A pesquisa foi desenvolvida em um hospital público
de um município da microrregião de Brejo Santo, localizada no estado do
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Ceará. Esse, por sua vez, é dividido geograficamente em 33 microrregiões e,
Brejo Santo, é uma dessas microrregiões pertencente à mesorregião Sul
Cearense com uma área total de 1891,514 km 2 e formada pelos municípios de
Abaiara, Brejo Santo, Jati, Milagres e Penaforte (CEARÁ, 2010). A população
do estudo consistiu em prontuários de parturientes do referido hospital no ano
de 2014 e, levando em consideração a problemática do presente estudo, foram
investigados os que atenderam aos seguintes critérios: prontuário de
parturiente, independente do tipo do parto (normal ou cesariano); e possuir em
anexo a cópia do cartão pré-natal em condições legíveis para análise. Utilizouse como instrumento de coleta de dados um formulário autoelaborado e as
seguintes variáveis foram analisadas: idade gestacional na primeira consulta; o
número de consultas pré-natal realizadas; dados do exame físico (pressão
arterial da gestante, ausculta dos Batimentos Cardiofetais - BCF, medida da
altura uterina - AU, determinação do peso da gestante e índice de massa
corpórea - IMC); e os registros dos exames laboratoriais segundo as
recomendações do Ministério da Saúde ao pré-natal de baixo risco (tipagem
ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito, Venereal Disease Research Laboratory VDRL, glicemia de jejum, sumário de urina, sorologia para hepatite B e antiHIV). Os resultados encontrados foram dispostos com base na estatística
descritiva e avaliados à luz dos referenciais teóricos específicos, obedecendo
às recomendações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde Ministério da Saúde, que relata as diretrizes e normas regulamentadoras das
pesquisas que envolvem seres humanos. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
Investigaram-se 95 prontuários de mulheres que evoluíram para o parto no ano
de 2014 no referido hospital; desses, 66 evoluíram para o parto cesariano e 29
para o parto normal. Por conseguinte, apenas 39 prontuários puderam ser
incluídos na pesquisa por se enquadrarem nos critérios de inclusão
estabelecidos. Diante dos dados adquiridos, observou-se uma maior incidência
de cesarianas entre os prontuários das parturientes incluídas na pesquisa
(33/84,6%), sendo importante relatar que o tipo de parto não consistiu como
variável pré-determinada do estudo, uma vez que o intuito da pesquisa foi
avaliar os registros presentes no cartão pré-natal. Mas, preliminarmente, é
preciso destacar que o índice de partos cesarianos no Brasil é alarmante. Uma
pesquisa coordenada pela FIOCRUZ e em parceria com diversas instituições
mostrou que a cesariana é realizada em 52% dos nascimentos, o que contradiz
com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que
somente 15% dos partos devem ser realizados por procedimentos cirúrgicos
(FIOCRUZ, 2014). Os dados referente ao início da assistência pré-natal
mostraram que a maioria (28/71,8%) das adesões ao serviço de pré-natal
ocorreram ainda no 1º trimestre gravídico, 8/20,5% no segundo trimestre,
1/2,6% no terceiro trimestre e 2/5,1% dos cartões não foram informados esse
dado. Sabe-se que o Ministério da Saúde recomenda minimamente um total de
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seis consultas de pré-natal e, na referida pesquisa, detectou-se que 35/89,7%
realizaram 6 ou mais consultas e 4/10,3% um número inferior ao recomendado.
Fica evidente que os cuidados antenatais têm um efeito significativo na saúde
dessa criança levando, consequentemente, à minimização das taxas de
mortalidade e morbidade perinatais. No entanto, para que o resultado do prénatal torne-se significativo é necessário levar em consideração, além da
qualidade da assistência, o momento ideal para a realização da primeira
consulta e o número desejável de consultas durante essa gestação. O objetivo
de iniciar o pré-natal o mais precoce possível está relacionado ao
fortalecimento da adesão dessa mulher ao acompanhamento sistemático e,
com isso, rastrear os possíveis fatores de risco inerentes a essa gravidez
refletindo, assim, no sucesso da mesma (GRANGEIRO; DIÓGENES; MOURA,
2008). O alcance desse objetivo envolve vários fatores, dentre eles, a busca
ativa dessas gestantes e, após essa busca, um adequado acolhimento da
mesma pelos profissionais, dedicando-os a prestar um atendimento digno e
humanizado garantindo, com isso, que o pré-natal transcorra de forma segura e
continuada. Quanto aos dados do exame físico, constatou-se que as variáveis
pressão arterial sistêmica e peso da gestante apareceram com a maioria dos
seus registros iguais ao número de consultas, 30/76,9% e 35/89,8%
respectivamente. Por outro lado, as variáveis BCF (33/84,6%) e medida da
altura uterina (32/82%) revelaram-se registros inferiores ao número de
consultas. Vale a pena destacar que 21/53,8% dos cartões analisados não
possuíam informações referentes à variável IMC, registro de extrema
importância e indispensável para o acompanhamento nutricional da gestante. É
importante salientar que na primeira consulta pré-natal o profissional
responsável deverá realizar uma anamnese com a gestante, com o intuito de
adquirir informações sobre a história clínica dessa mulher, objetivando
identificar fatores de riscos que envolvem essa assistência. Realizada a
anamnese, o profissional deve continuar a consulta realizando o exame físico
geral e o específico, o gineco-obstétrico e, em seguida, solicitar os exames
complementares a fim de identificar anormalidades (BRASIL, 2012).
Novamente, destacamos que o PHPN foi instituído com a visão de assegurar a
melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento prénatal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido.
Quanto à assistência à gestação, o mesmo determina os parâmetros de acesso
e frequência ao atendimento e a solicitação de exames complementares
básicos, na perspectiva do direito à cidadania e da humanização da
assistência. Com relação aos critérios recomendados para alguns exames
laboratoriais, podemos destacar que a tipagem ABO/Rh e o toxoplasmose
IgM/IgG, devem ser solicitados na primeira consulta ou no primeiro trimestre; já
a hemoglobina/hematócrito, o VDRL, a glicemia de jejum, o sumário de urina, a
sorologia para hepatite B e o anti-HIV são exames básicos que devem ser
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ofertados um na primeira consulta/primeiro trimestre e outro no terceiro
trimestre (BRASIL, 2012). Com base nisso, outra variável pertencente aos
dados desse estudo são os registros dos exames laboratoriais realizados pelas
gestantes e considerados como essenciais no acompanhamento do pré-natal
de baixo risco, detectando-se grande variabilidade da presença dos mesmos.
Segundo os registros coletados, 5/12,8% das parturientes não portavam a
tipagem ABO/Rh e nem a dosagem da hemoglobina/hematócrito em seus
cartões. O VDRL, a glicemia em jejum e o sumário de urina também não foram
anotados em 3/7,7% dos cartões analisados. Além disso, destacou-se um
significativo percentual de cartões sem registros dos exames Anti-HIV e
Sorologia para hepatite B, onde em 12/30,8% e 16/41% dos cartões não
apareceram dados desses exames, respectivamente. Dando sequência aos
dados desse estudo, averiguou-se ainda que, nos cartões, esses exames
laboratoriais sobressaíram com apenas um registro, ou seja, a maioria dos
exames foram realizados apenas uma vez durante o pré-natal, aparecendo da
seguinte forma: hemoglobina/hematócrito em 17/43,6% dos cartões, VDRL em
21/53,8%, glicemia de jejum em 19/48,7%, sumário de urina em 20/51,2%,
sorologia para hepatite B em 19/48,7% e anti-HIV em 22/56,4%. Vale
acrescentar ainda que 12/30,8% dos cartões pertencentes ao estudo possuíam
registros de outros exames além dos já descritos anteriormente, como o exame
de toxoplasmose e coombs indireto. Tais dados nos levam a entender que a
maioria das gestantes não possuíram uma cobertura adequada de exames no
primeiro e no terceiro trimestre, já que alguns exames devem ser repetidos
para a continuidade da assistência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do
que foi analisado, os dados do presente estudo permitiram concluir que o início
precoce do pré-natal e o número adequado de consultas por si só não
garantem uma assistência de qualidade, necessitando também de um número
adequado de exames laboratoriais e avaliação física/obstétrica criteriosa, uma
vez que ficou visível nos dados da pesquisa. Assim, os registros nos cartões
devem ser reconhecidos como etapa fundamental do pré-natal, objetivando
monitorar e acompanhar a gestação para identificar e assim intervir nas
situações de risco à saúde materna e fetal. Dessa forma, vale ressaltar a
importância desses registros, visto que os mesmos proporcionam a
continuidade da assistência prestada favorecendo, com isso, a segurança do
paciente. Além disso, a presença dos registros fundamenta essa assistência e
respaldam os profissionais da saúde, uma vez que deve ser utilizado como
instrumento que permita avaliar sua própria atuação e ser usado como base de
suas reivindicações para melhoria da atenção. Nessa perspectiva, é relevante
darmos seguimento a investigação iniciada, pois sem duvida, novos elementos
serão incluídos e pontuados, possibilitando uma melhor adequação às
necessidades das gestantes e ao mesmo tempo em que proporcionarão
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visibilidade ao trabalho do profissional de saúde no cenário da atenção básica
e hospitalar.
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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO E
DEMAIS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO DIABETES MELLITUS
Cícera Luciana da Silva Sobreira, Faculdade Leão Sampaio
Maria do Socorro Nascimento de Andrade, Faculdade Leão Sampaio
Paula Suene Pereira dos Santos, Faculdade Leão Sampaio
Alex Araújo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Maria Elaine Silva de Melo, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Pé Diabético. Complicações do Diabetes. Cuidados de
Enfermagem
INTRODUÇÃO: Tem-se observado no Brasil a partir da década de 60 uma
maior incidência de doenças crônicas degenerativas não transmissíveis
(DCNT) entre elas a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Mellitus
(DM). Algumas dessas patologias surgem principalmente após os 60 anos. A
DM é caracterizada como uma epidemia mundial, se constituindo desta forma
como um desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo (CAMPOLINA et
al., 2013; BRASIL, 2013). Os principais responsáveis pelo aumento da
incidência e prevalência dessa patologia são o envelhecimento da população, a
crescente urbanização e a adoção de hábitos de vida pouco saudáveis, tais
como: sedentarismo, alimentação inadequada e obesidade (BRASIL, 2013). "O
diabetes mellitus é definido como uma síndrome de etiologia múltipla,
decorrente da falta ou da incapacidade da insulina em exercer adequadamente
seus efeitos no organismo" (ALMEIDA et al., 2013, p.143). A patologia está
associada a um aumento nas taxas de mortalidade devido ao alto risco que os
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portadores tem de desenvolver complicações agudas e crônicas. Entre as
principais complicações agudas pode-se citar a hipoglicemia, a cetoacidose
diabética e o coma hiperosmolar. No entanto podem ocorrer complicações
crônicas sendo que estas estão associadas a alterações na microcirculação,
causando a retinopatia e a nefropatia e de alterações na macrocirculação que
podem levar a quadros de cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular,
doença vascular periférica e ainda neuropáticas (VIEIRA-SANTOS et al., 2008).
O diabetes se caracteriza por ser a principal causa de cegueira, doença renal
terminal e amputação de membros na população com diagnóstico da patologia
nos Estados Unidos. Clientes com diagnóstico de diabetes têm entre 15 e 40
vezes mais chances de se submeteram a uma amputação dos membros
inferiores quando comparadas a população em geral. Sendo que, em pacientes
que apresentam alguma lesão infectada e isquêmica, o risco pode ser até 90
vezes maior quando comparado ao apresentado por clientes que não
apresentam isquemia ou infecção (VIRGINI-MAGALHÃES; BOUSKELA, 2008).
“O pé diabético é a principal causa de internação de diabéticos e corresponde a
6% das hospitalizações nos Estados Unidos. No Brasil, a prevalência desse
tipo de ulceração em diabéticos do tipo 2 é de 5% a 10%”(ROCHA; ZANETTI;
SANTOS, 2009, p.18). OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo identificar
as principais complicações desencadeadas pelo diabetes em pacientes com
diagnóstico da patologia e verificar a importância que o enfermeiro exerce na
prevenção dessas complicações. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente
estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura nacional, de caráter
descritivo e natureza qualitativa, onde foram analisados artigos científicos
disponíveis nas seguintes bases de dados Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e na Bibioteca Virtual da Saúde (BVS), e que tinham como tema
central as principais complicações desencandeadas pelo DM, em especial o pé
diabético e as principais intervenções dos enfermeiros para prevenção das
mesmas. Assim, a análise foi subdividida em tópicos, como: pé diabético,
complicações do diabetes e cuidados de enfermagem as complicações do
diabetes. Os artigos foram analisados durante os meses de Março e Abril de
2015, a princípio foram encontrados 27 artigos, após a leitura dos títulos e
resumos dos mesmos 12 trabalhos foram pré-selecionados por serem
pertinentes aos objetivos propostos nesse estudo. A pesquisa descritiva de
acordo com Cervo e Bervian (2002) se caracteriza por ser uma descrição que o
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pesquisador faz do seu objeto de estudo, sem que ocorra a interferência do
mesmo. Já a pesquisa qualitativa para Lakatos e Marconi (2010) é aquela em
que o pesquisador passa a aferir informações acerca das características mais
intimas do comportamento humano e delas extrai suas interpretações.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: A diabetes mellitus está associada ao
surgimento de complicações micro e macrovasculares de elevada
morbimortalidade, e desta forma necessitando de cuidado contínuo, educação
permanente e suporte para prevenção de complicações agudas e redução de
riscos de complicações crônicas. Em conseqüência das complicações crônicas,
os clientes diagnosticados como diabéticos apresentam, quando comparados a
população não diabética, elevadas taxas de morbidade e mortalidade,
equivalentes a duas a três vezes maiores, com redução na expectativa de vida.
Este quadro evolutivo indesejado pode ser reduzido com a implantação de
ações educativas voltadas para prevenção de agravos e manutenção da
qualidade de vida (SOUZA et al., 2012; CHAVES; TEIXEIRA; SILVA, 2013).
“As consequências humanas, sociais e econômicas relacionadas ao DM são
devastadoras, sendo a doença responsável direta ou indiretamente por
aproximadamente 4 milhões de mortes por ano, o que representa 9% da
mortalidade mundial total”(SOUZA et al., 2012, p. 276). Dentre as diversas
complicações que o portador de DM pode vivenciar as ulcerações nos pés
representam uma grande preocupação em virtude de aumentar o risco de
amputações nesse cliente e interferir na qualidade de vida dos mesmos.
Segundo Almeida et al. (2013), cerca de 15% dos pacientes com diabetes
mellitus ao longo da vida desenvolvem algum tipo de lesão nos pés, que se
caracterizam por serem feridas de tratamento complexo, principalmente
aquelas que encontram-se infectadas e com acentuada profundidade, o que
contribuem para maior possibilidade de amputação. Batista; Luz (2012),
salientam que a perda de uma parte do corpo pode alterar toda a existência do
ser, na medida em que viver uma incompletude pode trazer uma serie de
alterações no existir. O cliente que vivencia esse processo terá que se adaptar
e readaptar a nova condição, revisando seus valores e planos e aprendendo a
viver novamente com outras perspectivas de si mesmo e do mundo. Pé
diabético é definido como sendo uma infecção, ulceração e/ou destruição dos
tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e vários graus de
doença vascular periférica nos membros inferiores (Vieira-Santos et al, 2008).
De acordo com Rocha; Zanetti; Santos (2009), um dos maiores desafios para
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que se possa estabelecer um diagnóstico precoce dos riscos de desenvolver
ulcerações nos membros inferiores de clientes diabéticos é a realização de um
cuidado inadequado para com os pés ou simplesmente a falta de um exame
nos mesmos. Cerca de 10% a 19% dos pacientes diabéticos admitidos em
unidades de saúde tiveram seus pés examinados após a remoção de meias e
sapatos, sendo que realização dessa avaliação é de extrema importância na
prevenção de problemas nos pés dessa população, reduzindo em
aproximadamente 85% esses agravos. Santos; Capirunga; Almeida (2013) nos
apresenta outra pesquisa que corrobora com esses achados mostrando que
65% dos internautas que tem diagnóstico de diabetes e responderam a
entrevista informaram que nunca tiveram seus pés examinados, demonstrando
dessa forma que a negligência que alguns profissionais têm no atendimento a
esses clientes pode influenciar negativamente na prevenção dessas lesões. A
realização de uma avaliação sistemática dos pés se constitui como sendo
essencial na identificação de fatores de risco e na redução das chances de
ulceração e amputação essa avaliação deve ser realizada em associação com
a história clinica do cliente, de forma a investigar a ocorrência de lesões e
amputações anteriores, observando as incapacidades dos clientes para realizar
o autocuidado com os pés. Desta forma pela enfermagem ser uma profissão
que se constrói tendo como base o estabelecimento de uma relação de
confiança com os clientes, deve ter uma visão holística do mesmo, avaliando
os aspectos biopsiquicosociais envolvidos no processo saúde-doença, o que
contribuirá para identificação de fatores que possam interferir na qualidade de
vida dos mesmos (SANTOS; CAPIRUNGA; ALMEIDA, 2013; CHAVES;
TEIXEIRA; SILVA, 2013). Batista; Luz (2012) sugerem-nos que tendo em vista
a cronicidade do diabetes mellitus torna-se necessário para que ocorra a
redução de complicações como a amputação que o cliente diagnosticado com
a patologia participe ativamente do tratamento, pra isso é imprescindível que o
enfermeiro resgate as experiências, o conhecimento, os valores e crenças do
mesmo para que desta forma possa ter um direcionamento acerca das atitudes
desse cliente em relação ao cuidado com sua saúde. De acordo com Santos;
Capirunga; Almeida (2013) a idade avançada do cliente, o sexo e o estilo de
vida adotado pelo mesmo (crenças valores, condições socioeconômicas e de
saúde) podem influenciar negativamente a prestação do autocuidado, se
configurando desta forma como os principais fatores para a prática ineficaz do
mesmo. Sensibilizar os clientes diagnosticados com diabetes para a
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compreensão da necessidade de alterações no estilo de vida se constitui como
sendo o principal papel dos profissionais de saúde envolvidos no tratamento da
patologia. O profissional deve ajustar, juntamente com o cliente, quais medidas
são pertinentes e viáveis de execução, abandonando, desta forma, o
mecanismo essencialmente prescritivo e instituindo um processo colaborativo,
capaz de ouvir os questionamentos e dilemas dos pacientes e se tornar mais
efetivo, provocando mudanças concretas na vida dos usuários (CHAVES;
TEIXEIRA; SILVA, 2013). A atuação do enfermeiro se constitui como sendo de
extrema importância no rastreamento de clientes com DM e na prevenção das
ulcerações nos pés, pois através da identificação dos clientes de risco, do
exame clinico associado a uma avaliação física detalhada, da aferição dos
pulsos distais e da investigação de neuropatia, da implementação de medidas
preventivas é possível reduzir as complicações decorrentes da patologia
(SANTOS; CAPIRUNGA; ALMEIDA, 2013). Assim, o comprometimento dos
profissionais de enfermagem em disseminar ensinamentos e orientações aos
usuários, de forma a incentivá-los a terem um maior autocuidado consigo
mesmo, promove uma melhor qualidade de vida reduzindo as complicações
oriundas do diabetes mellitus (CHAVES; TEIXEIRA; SILVA, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se desta forma que o diabetes mellitus se
caracteriza por ser uma doença crônica associada a altas taxas de
morbimortalidade na principalmente na população idosa. Diversas são as
complicações decorrentes da patologia, entre elas, o pé diabético, que se
caracteriza por lesões nos membros inferiores que podem ser altamente
incapacitantes levando os clientes acometidos, quando não tomados os
cuidados adequados, a amputação do membro afetado. Desta forma percebese o efeito negativo que a patologia pode provocar na qualidade de vida dos
clientes, tornando-os dependentes e reduzindo a expectativa de vida dos
mesmos. Entretanto é importante salientar que esse quadro pode ser reduzido
significativamente quando implementadas ações educativas voltadas para a
prevenção desses agravos. Neste sentido a atuação dos profissionais de
saúde, em especial do enfermeiro, se torna imprescindível, na medida em que
estes profissionais podem identificar com maior rapidez o surgimento de
complicações, através da realização de uma avaliação sistemática dos
membros inferiores, que inclui a palpação de pulsos periféricos e a
identificação de lesões, associada a uma avaliação da história clínica do cliente
em questão na busca de hábitos que o tornem propenso ao surgimento dessas
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complicações. A atuação dos profissionais de enfermagem é de extrema
importância na realização de orientações a esses clientes tendo em vista que a
maior proximidade que esses profissionais tem com os mesmos, proporciona o
desenvolvimento de uma relação de confiança, que muito favorece o diálogo,
contribuindo assim para que esse profissional tenha um maior conhecimento
acerca das necessidades individuais dos clientes e possa sensibilizá-los a
terem um maior autocuidado, melhorando assim a qualidade de vida dos
mesmos e reduzindo as complicações decorrentes da patologia.
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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE
COM PROBLEMAS NA VESICULA BILIAR
Edinaldo do Nascimento Silva, Faculdade Leão Sampaio
Hyllary Silva Mota, Faculdade Leão Sampaio
Alessandra Bezerra de Brito, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Problemas. Vesícula Biliar. Sistematização. Enfermagem
INTRODUÇÃO: o Presente trabalho pretende abordar e ressaltar a importância
da sistematização da enfermagem na assistência ao cliente com problemas na
vesícula biliar, enfatizando a importância dessa sistematização e revelando os
seus resultados que são alcançados através do diagnostico de enfermagem,
das metas traçadas e das intervenções realizadas. Também denominada litíase
biliar a colelitíase é conhecida popularmente como “pedra na vesícula”. Essa
patologia é caracterizada por formar cálculos (massas cristalizadas) no interior
da vesícula biliar, causado pela a saturação e por hipersecreção de elementos
que compõem a bile principalmente o colesterol e bilirrubina, Suas
complicações mais comuns são inflamações aguda ou crônica da vesícula
(colecistite), compressão e obstrução de ductos biliares exemplificando o ducto
colédoco (coledocolitiase), inflamação no pâncreas (pancreatite) e
adenocarcinoma da vesícula biliar que pode ocorrer devido à inflamação
crônica e prolongada (CONTRAN; COLLINS, 2000). A colelitíase pode
apresentar-se em três variantes: assintomática, sintomática e complicada. Na
forma assintomática não apresenta manifestações clínicas, na forma
sintomática destacam-se os seguintes sintomas: cólica biliar, fortes dores na
região hipocondríaca direita, já na forma complicada: as dores hipocondríacas
são irradiantes á escapula direita e região epigástrica que podem indica
complicações inflamatórias. Além de todos esses sintomas apresentados a
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litíase biliar também pode acometer ao portador os seguintes sintomas clínicos:
febre, calafrios, náuseas, vômitos, flatulos, e ainda podemos cita outra
complicação severa, e já mencionando o risco iminente de vida, sendo está
outra complicação o abscesso fistular, comunicando a vesícula com o aparelho
digestivo, podendo levar a sepse (infecção generalizada) e consequentemente
à morte (NUNES et al., 2007). O exame físico abdominal não consiste um
método totalmente confiável para o diagnóstico da colelitíase, embora seja
bastante importante sua realização, pois através da avaliação o examinador
pode encontrar achados sugestivos da patologia, pois, seus acometidos ao
exame físico demonstram os seguintes sinais indicativos: Dor ao palpar o
hipocôndrio direito, sendo possível constatar rigidez abdominal local, associada
à possibilidade da vesícula se encontrar aumentada com percepção iminente
do examinador, além de possível observação do sinal de Murphy, sinal em que
o acometido apresenta dificuldades ao respirar relatando dores locais em
região próxima a vesícula biliar (MAYA et al., 2009). O diagnóstico preciso e
precoce da colecistite é extremamente importante, pois ajudar numa melhor
escolha do tratamento, sendo os achados diagnósticos encontrados mediante a
realização de exames laboratoriais como: hemograma onde se apresenta o
quadro de leucocitose com desvio para esquerda, enquanto ao hepatograma
apresenta elevação das transaminases, bilirrubinas (hiperbilirrubinemia),
amilases (hiperamilasemia) e também o aumento da fosfatase alcalina, porém
o exame padrão “ouro” para o diagnóstico da colecistite que pode ser
decorrente de uma litíase, e a ultrassonografia abdominal, pois somente esse
exame permite avaliar e classificar alterações inflamatórias da vesícula biliares
sendo essas calculosas ou acalculosas, e também possibilita a visualização de
liquido perivesicular e possível estado de distensão biliar por cálculo ou por
inflamação crônica. Podem-se utilizar também outros métodos de avaliação
diagnóstica a exemplos: Tomografia Computadorizada (TC), Ressonância
Nuclear Magnética (RNM), entre outros (SANTOS et al., 2008). A incidência da
litíase biliar aumenta de acordo com o avanço da idade, no qual são fatores
predisponentes o sexo, tendo uma proporção média de quatro mulheres para
cada homem em idade reprodutiva, se igualando ao longo do tempo devido ao
envelhecimento. Também vale lembrar as condições físicas, bem como as de
saúde, que também são importantes para o aparecimento do quadro
patológico. Além disso, são mencionados os seguintes fatores de riscos para o
surgimento e desenvolvimento da litíase biliar: Diabetes mellitus, hormônio
estrogênico, menopausa, gravidez, doenças hemolíticas, cirrose e obesidade.
A colelitíase é uma das patologias mundiais de maior indicação cirúrgica, assim
na maioria das vezes os pacientes são submetidos à cirurgia de retirada da
vesícula biliar (colecistectomia), (MAYA; ET AL. 2009). OBJETIVOS: Realizar a
sistematização da assistência de enfermagem ao paciente com problemas na
vesícula biliar e avaliar os resultados da assistência de enfermagem ao
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paciente com problemas na vesícula biliar. MATERIAS E MÉTODOS: A
pesquisa é documental, bibliográfica e exploratória: documental pesquisa que é
realizada através de documentos denominados fontes primária de investigação.
Bibliográfica pesquisa que permite meios para definir ou resolver problemas
conhecidos ou não. Exploratória pesquisa que consiste em investigações com
objetivo de formulação de um problema, com finalidade principal de
desenvolver e solucionar hipótese (MARCONI; LAKATOS, 2010). Essa
pesquisa foi construída através de um caso clinico. Os dados foram coletados
pelo prontuário do paciente, através de sua autorização por escrito. Quanto os
sinais e sintomas, foram identificados mediante ao exame físico abdominal.
Posteriormente á coleta primária de dados foi realizada á sistematização da
assistência de enfermagem no dia 26 de setembro de 2014. Realizada através
das seguintes informações: Histórico de Enfermagem: Paciente R.F.N, 46
anos, sexo feminino, auxiliar de serviços gerais, solteira, mãe de dois filhos,
procedente de nova Olinda, admitida desde o dia 25/09/2014, devido a queixarse de intensas dores abdominais especificamente na região hipocondríaca
direita, com diagnóstico médico de colelitiase, “pedra na vesicular”, medicado
sob prescrição, administrado dipirona quarenta gotas quatro vezes ao dia,
ceftriaxona intramuscular uma ampola duas gramas uma vez ao dia, tramal
uma capsula duzentos miligramas duas vezes ao dia, plasil uma ampola de oito
em oito horas se necessário, e hidratada com solução fisiológica 0,9 por cento
intravenoso mais complexos B mais vitamina C com acesso venoso no membro
superior direito. No dia 26/09/2014, foi realizada a atualização do histórico de
enfermagem e consulta subsequente, onde se verificou ao exame físico que a
cliente apresentava-se orientada, consciente, normocorada, normocardiaca,
taquipnéica com Frequência respiratória 23 movimentos respiratórios por
minuto, verificar-se estado geral calmo, estado mental ativo colaborativo,
apresentava-se preocupada apenas quando se referia a supostos problemas
familiares por envolvimento dos filhos e netos com drogas, apresenta-se
chorosa ao fazer menção a esse problema, relata ainda dificuldades na relação
com os jovens. Eliminação presente, sono e repouso preservado. Ao exame
físico abdominal, detectado rigidez local perceptiva a palpação, nega dores
momentâneas, refere ainda sentir incomodo apenas quando anda muito ou
quando faz qualquer esforço físico prolongado e duradouro. Paciente segue
aos cuidados da equipe de enfermagem, sendo orientada quanto à doença e
medicada, aguardando conduta médica. Após o histórico foi realizada a
sistematização de assistência em enfermagem abordando os seguintes
diagnósticos, metas, intervenções e avaliação de enfermagem: Diagnóstico de
Enfermagem: Deambulação prejudicada relacionada à dificuldade e
desconforto abdominal ao andar evidenciada por dores hipocondríacas direitas.
Meta: Reestabelecer o padrão de mobilidade; Intervenções: Administrar
medicação analgésica conforme prescrição médica; Monitorar a frequência,
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ritmo profundidade respiratória, avaliando a ocorrência de possíveis incômodos
ao deambular; Ofertar dieta liquida e sucos de frutas típicas da região para
reposição hídrica e vitamínica corporal, e evitar o aumento do desconforto
abdominal ao andar; Diagnóstico de Enfermagem: Desconforto físico
prejudicado relacionado á colelitíase evidenciada por dores abdominais; Meta:
Aliviar as dores e cólicas abdominais; Intervenções: Administrar medicação
analgésica conforme prescrição médica; Avaliar a dor de acordo com
intensidade, localização e características; Orientar uma posição de conforto;
Diagnóstico de Enfermagem: Conforto social prejudicado relacionado á
problemas familiares evidenciados por relação problemáticas com filhos e
netos usuários de drogas; Meta: Reestabelecer conforto social; Intervenções:
Proporcionar conforto a paciente em atuação conjunta aos profissionais
competentes; Aconselhar a paciente a evitar estresse, conflitos informando que
pode prejudicar sua saúde e da família; Orientar a paciente a tentar manter um
nível de convivência familiar saudável; Diagnóstico de Enfermagem: Risco de
depressão relacionado a problemas familiares evidenciado por choro; Meta:
Diminuir o risco de depressão; Intervenções: Administrar medicamentos
tranquilizantes, calmantes conforme prescrição médica, se necessário;
Fornecer suporte emocional (NANDA, 2013) e (SMELTZER; BARE et al.,
2014). Avaliar grau de comprometimento emocional; abordagem citada foi
realizada no dia 26 de setembro de 2014 no hospital são Raimundo na cidade
do Crato-CE. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A avaliação ocorreu no dia 27 de
setembro de 2014 á paciente apresentou: melhora dos sintomas referidos após
tratamento medicamentoso; Redução das dores abdominais após
administração medicamentosa; Melhora seu aporte vitamínico após ingestão de
frutas; Não apresenta complicações relacionadas à colelitiase; Diminuiu
significadamente o risco de depressão; apresentado sinais de estabilidade
emocional; Apresentou-se tranquila em relação ao procedimento cirúrgico.
Esses resultados foram obtidos após a sistematização da enfermagem em que
os profissionais foram norteados quanto a melhor forma e método de prestação
de assistência de enfermagem ao paciente com distúrbios da vesícula biliar
onde puderam planejar e realizar a assistência mais eficaz. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A sistematização da assistência de enfermagem ao paciente com
colelítiase pode contribuir de forma decisiva para melhor elaboração de
intervenções que de fato sejam eficazes para proporcionar o bem-estar do
cliente; a assistência sistematizada facilitar o processo de avaliação do
paciente, sendo então um importante instrumento de facilitação do processo do
trabalho em enfermagem, pois através da aplicação da equipe de profissionais
de enfermagem o cuidado prestando fica mais abrangente e eficaz ao cliente, e
assim torna-se possível a atender toda a necessidade do paciente de maneira
mais organizada e articulada, visando evitar complicações potencias ou
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qualquer tipo de intercorrências indesejadas, vale ressaltar que o processo de
trabalho sistematizado e uma ação privativa do profissional enfermeiro (a), cuja
sua elaboração e execução e de responsabilidade exclusiva desse profissional,
onde compete ao enfermeiro obedecer aos critérios básicos para sua
realização que é feito nas seguintes etapas: historio de enfermagem onde
ocorre a colheita e agrupamento de dados do paciente através de entrevista,
prontuário e/ou exame físico. Diagnóstico de enfermagem etapas em são
levantas dados relevantes com relação ao quadro clinico da paciente. Metas ou
planejamento etapa em que se cria um proposito principal para a assistência ao
paciente. Intervenções ou implementações etapa onde são realizadas de fato
as ações que visar à melhoria do estado de saúde do cliente. E evolução ou
avaliação etapa em que são avaliados os resultados referentes ás ações já
implementadas avaliando se foram eficazes ou não, com relação aos
resultados observados no cliente.
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TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORBIMORTALIDADE POR FEBRE
HEMORRÁGICA DA DENGUE (FHD)
Letícia Milena Freitas Silva, Universidade Federal de Campina Grande
Edsonete Feitas Silva, Sociedade Beneficente São Camilo
Islaini de Barros Costa, Universidade Federal de Campina Grande
Camila Cintia Abreu Santana, Universidade Federal de Campina Grande
Cláudia Jeane Lopes Pimenta, Universidade Federal de Campina Grande
Thiago Lívio Barbosa, Universidade Federal de Campina Grande
Palavras-chave: Morbimortalidade. Dengue Hemorrágica. Epidemiologia.
Prevenção
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença infecciosa aguda, transmitida através
da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti contamidado (ROCHA; TAUIL,
2009). De caráter tropical que anualmente acomete de 50 a 80 milhões de
pessoas em mais de 100 países e no Brasil atingi aproximadamente 20 mil
indivíduos (MENDONÇA; SOUZA; DUTRA, 2009). Ela pode ser causada por 4
sorotipos diferentes, se apresentando de uma forma mais amena como a
dengue clássica, até uma mais grave como a febre hemorrágica da dengue
(FHD) e choque, acometendo 500.000 pessoas por ano no mundo, tendo
21.000 casos de óbitos (MASERA et al., 2011). Com a detecção do DEN-3, no
Rio de Janeiro no ano de 2000, o Ministério da Saúde implantou dois anos
depois o Plano Nacional de Controle da Dengue (PNCD), com a finalidade de
aumentar as ações que já existiam e introduzir novas, com maior abrangência,
mas foi ineficaz (PESSANHA et al., 2009). E apesar do avanço do Sistema
Único de Saúde na vigilância e prevenção de doenças infecciosas, a situação
se agravou com o surgimento do DEN-4, em 2010, pois a população se
encontrava completamente suscetível, assim a demanda aos serviços de
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saúde se elevou tornando-se difícil assistir com qualidade a população
(TEIXEIRA; COSTA; BARRETO, 2011). E a FHD permanece como um
importante problema de saúde pública no Brasil (CAVALCANTI et al., 2010).
Sendo de notificação compulsória, com intuito de descobrir o foco e adotar as
medidas preventivas mais eficazes, principalmente em combate ao vetor.
Sendo diagnosticada através de sinais e sintomas característicos, dentre eles
febre com duração de até 7 dias, trombocitopenia, manifestações
hemorrágicas, hematócrito com um aumento de 20% do valor basal, ou queda
após tratamento e confirmação laboratorial específica (PENNA et al., 2011).
Essas manifestações hemorrágicas variam numa escala de até 4 grau, cujo
grau I é a positividade da prova do laço e a FHD II é caracterizada pelo
aparecimento de petéquias (manchas vermelhas na pele), epistaxe
(hemorragias nasais), gengivorragia (hemorragia nas gengivas) e hematúria
(sangue na urina). Os graus III e IV são os mais graves, denominados de
Síndrome de Choque do Dengue (SCD) (CATÃO; GUIMARÃES, 2011), mas
em ambos os casos podem levar ao óbito. Uma das grandes dificuldades de
diagnóstico dessa doença é a falta de preparo dos profissionais de saúde,
principalmente os da atenção primária, pois muitos não sabem realizar o
exame do laço, sendo necessária uma capacitação desses profissionais. E por
causa da variedade de vírus da dengue é esperado um aumento em diversos
casos, até os de maior gravidade, além da morbidade ocular e sistêmica, por
isso, medidas de profilaxia, para a eliminação dos focos da dengue, o uso de
telas protetoras em janelas e portas para impedir o acesso do mosquito, o uso
de inseticidas e desinfetantes para diminuir a quantidade dos mosquitos são de
suma importância para a diminuição do risco de contágio (ARAGÃO et al.,
2010). Diante do exposto torna-se clara a importância do conhecimento sobre
os dados de mortalidade por FHD para a instituição de formas mais efetivas de
prevenção e controle com o intuito de erradicá-la no país, partindo do
pressuposto das características das vítimas mais acometidas e focando na
educação em saúde, capacitação dos profissionais da saúde e na melhoria do
ambiente, sendo esse um trabalho coletivo. OBJETIVOS: Analisar a
distribuição da morbimortalidade por FHE no Brasil e sua tendência temporal
no período de 2000 a 2012, descrever as características das vítimas e
identificar a região brasileira, o ano e o local de ocorrência com maior
coeficiente de mortalidade por esse tipo de agravo e identificar a melhor forma
de combate a essa doença. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo epidemiológico,
retrospectivo com abordagem quantitativa, do tipo descritivo, com dados
secundários, coletados no site DATASUS/Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM), tendo como variáveis óbitos por FDH no Brasil no período
de 2000 a 2012 por residência, faixa etária, raça/cor, estado civil, sexo,
escolaridade, unidade de federação e local de ocorrência. Teve como
população todos os indivíduos que vieram a óbito por essa causa no Brasil no
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período escolhido e a amostra foi composta por 1418 pessoas registradas no
SIM. Para a seleção e a tabulação dos dados foi utilizado o microsoft office
word 2010 e o excel 2007, usando como parâmetro estatístico a proporção e
como medida de tendência central a média. Na construção das tabelas adotouse a abreviação das regiões brasileiras assim ficando: N para Norte, NE para
Nordeste, SE para Sudeste, S para Sul e CO para Centro-oeste. No tocante
faixa etária as mesmas foram agrupadas em menor igual a 19 anos, de 20 a 39
anos, de 40 a 59 anos, de 60 a 79 anos e maior igual a 80 anos e ignorada.
Para a variável raça/cor tem-se as categorias: branca, parda, preta, amarela,
indígena e ignorada. A variável estado civil foi agrupada em solteiro, separado
judicialmente, casado, viúvo e em outros/ignorado. Por local de ocorrência temse hospital, outro estabelecimento de saúde, domicílio, via pública, outros e
ignorado. Com relação a escolaridade, foi dividida em nenhuma, de 1 a 3 anos,
de 4 a 7 anos, de 8 a 11 anos, de 12 anos e mais e ignorado. De acordo com a
Unidade de Federação foram divididas entre as 25 capitais do país. Por último
tem-se quanto ao sexo masculino e feminino. Para a construção das oito
tabelas utilizou-se a variável ano como base e as demais para fazer relação
com ela. Os preceitos éticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde foram obedecidos, mesmo a pesquisa tratando-se de dados secundário,
onde primou-se pelo respeito e manutenção fidedigna dos dados consultados.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: O ano que apresentou o maior número de casos
de óbitos por FHD foi o de 2010 com 334 casos. Esse dado pode ser
justificado, pois no Brasil, nesse mesmo ano, foi constatado o surgimento do
DENV4, ou seja, do sorotipo 4, e por ainda ser algo novo, a população se
encontrava bastante suscetível, então com o agravamento da doença sendo
esta hemorrágica, ocasionou o maior número de mortes (TEIXEIRA; COSTA;
BARRETO, 2011). A região com maior coeficiente de mortalidade foi a sudeste,
com 550 casos de óbitos no período estudado, cuja Unidade de Federação do
Rio de Janeiro foi a mais acometida com 318 casos. Nele já houve quatro
grandes epidemias relacionadas a essa doença, em 1986-1987, 1990-1991,
2001-2002 e 2007-2008 com mais de 500.000 mortes, e o elevado número no
sudeste pode estar relacionado ao tamanho da sua população e uma maior
quantidade de dispositivos para o diagnóstico e a notificação dos casos
(WYSE; CHAMILCO, 2011). Salientando-se que a quantidade de casos de
óbitos por essa doença varia de acordo com vários determinantes, dentre eles
o número populacional. Sendo necessário observar as outras diferentes
variáveis responsáveis por tal constatação, como o risco de transmissão,
condições socioeconômicas e ambientais, além do grau de imunidade e hábitos
da população e a eficácia das ações de controle desse tipo de enfermidade
(RESENDES et al., 2010). Tendo como maiores vítimas homens com 737
casos. Essa constatação vai contra o estudo realizado por França et al. (2011)
onde as mulheres foram as mais incidentes com esse tipo de doença, pois em
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sua maioria, elas passam muito tempo em casa, sendo este um local muito
propício ao desenvolvimento de focos da dengue. A faixa etária de 60 a 79 foi a
mais acometida com 345 casos, salientando que 90 casos corresponderam a
crianças com idade igual ou inferior a 4 anos, entre esses, 40 eram menores de
1 ano. Em crianças esse agravo ocorre com maior gravidade, sendo de difícil
diagnóstico inicialmente, pois assemelha-se a outras enfermidades, causando
irritabilidade, dores musculares, articulares e febre e a sua evolução se dá
rapidamente, podendo ocasionar o óbito (ABE; MARQUES; COSTA, 2012),
então deve-se observar e realizar uma consulta mais detalhada. Esse grande
número de óbitos na melhor idade pode ser explicado pela diminuição da
imunidade. Como o constatado em um estudo, que afirma que apenas saber
sobre as causas, transmissão e os fatores de risco da dengue não são
suficientes para combatê-la e que pessoas idosas apresentam maior risco e
vulnerabilidade social, pois com o passar dos anos, maiores são os cuidados a
serem prestados, e muitos tornam-se dependentes da família ou de um
profissional da saúde, podendo eles mesmo serem os principais produtores de
focos da dengue, devido a determinados hábitos (BRITO; COBELLO, 2010). A
raça/cor parda se apresentou como a de maior coeficiente de mortalidade com
596 casos. Ao contrário dos resultados de um estudo em Anápolis, onde a
raça/cor branca foi a mais incidente (OLIVEIRA, 2010). O estado civil casado
foi o de maior registro de óbitos por esse tipo de causa com 484 casos. Tal
afirmação corrobora com um estudo realizado por Boas et al. (2011), onde foi
constatado que os casados se apresentaram como os mais incidentes nesse
tipo de agravo. Em relação a escolaridade, constatou-se a categoria ignorada
como a com maior quantidade de vítimas com 459 casos, tendo a de menor
índice os indivíduos que estudaram de 12 ou mais anos representados por 97
óbitos. Assim fica claro que quanto maior o nível de instrução educacional,
menores são os riscos de vir a ter FHD (ASSUNÇÃO; AGUILAR, 2014). Devido
a categoria ignorada ter se apresentado com essa grande quantidade de
casos, demonstra a falta de dados importantes para um melhor diagnóstico
situacional da população e assim a implantação de melhores medidas que
podem ser desenvolvidas através da educação. Havendo a necessidade de um
melhor preenchimento das informações referentes ao paciente. Por local de
ocorrência tem-se o hospital como o principal com 1268 casos. O fato da
ocorrência dessa grande quantidade de mortes nesse local, possivelmente darse pela gravidade dos pacientes que são acometidos pela FHD, pois devido a
sua rápida evolução, com febre e hemorragias, os pacientes são levados ao
hospital, com o intuito de um atendimento mais eficaz. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Ao traçar o perfil epidemiológico de óbitos por febre hemorrágica da
dengue, percebe-se que, mesmo havendo uma relativa diminuição em sua
incidência, ainda é preocupante o elevado número de casos ocorridos. Bem
como a dificuldade de encontrar dados e pesquisas atualizadas referentes a
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esse assunto, apesar de ser uma doença de notificação compulsória e em
constante estudo. Havendo a necessidade de estudos mais aprofundados
sobre as vítimas e outros fatores determinantes, além dos já conhecidos,
mesmo essa doença atingindo qualquer pessoa, em todo lugar e em qualquer
faixa etária. Há várias formas de combate a essa doença, cujo conjunto dessas
ações tem como consequência uma maior eficácia. Sendo algumas delas as
voltadas ao meio ambiente, através de um destino adequado ao lixo, a não
poluição de lagos, rios e outras de fontes de água e o não acúmulo de água
parada em recipientes e lugares propícios a proliferação. Sendo de suma
importância a educação em saúde, havendo uma maior atenção às formas de
prevenção, pois uma forma de combater a dengue e a febre hemorrágica
proveniente dela são através do conhecimento e das ações promovidas pela
comunidade juntamente aos profissionais da saúde, onde esses devem ser
capacitados sobre a dengue e suas implicações, através de uma educação
permanente. Ressalta-se que é dever de cada um selar pela sua vida e pela do
próximo, assim, através de um trabalho feito por todos, finalmente esse agravo
poderá ser erradicado.
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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE
PORTADOR DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA: UM ESTUDO DE CASO
Natália Daiana Lopes de Sousa
Camila Caldas Neves Menezes
Damiana Maria de Oliveira Alves
João Paulo de Sousa Gonçalves
Italo Robson Sobreira Miranda
Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Pé Diabético. Hipertensão. Assistência de
Enfermagem
INTRODUÇÃO: O Diabetes mellitus é uma doença metabólica, de natureza
crônica, caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue,
resultante da resistência à ação da insulina, destruição das células betas do
pâncreas ou por alterações na secreção da insulina produzida. O diabetes
pode ser classificado em Diabetes Mellitus tipo 1 mais conhecido como
diabetes juvenil, onde as células betas produtoras da insulina são destruídas,
caracterizando por 10% dos casos, em que o paciente é dependente da
insulinoterapia; no Diabetes Mellitus tipo 2 ou diabetes do adulto, representado
por 90% dos casos, a dependência da insulina é relativa ao quadro clínico do
paciente uma vez que o organismo apresenta uma resistência a ação desse
hormônio ou ha alguma alteração na sua secreção; já o diabetes gestacional
não tem uma etiologia definida, no entanto é considerado um estágio préclínico de diabetes detectado no pré-natal. Os principais sintomas do Diabetes
Mellitus são a polifagia, polidipsia, perda involuntária de peso e a poliúria, no
entanto outros sintomas podem ser observados como a letargia, fraqueza,
infecções de repetição, fadiga, balanopostite e prurido cutâneo e vulvar. O
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diagnostico do diabetes é feito a partir do quadro clinico do paciente
(sintomatologia) e por exames laboratoriais como a glicemia de jejum, o Teste
Oral de Tolerância a Glicose (TTG-75mg) e a glicemia casual. Suas
complicações podem ser severas e comprometer alguns órgãos alvo,
principalmente rins, cérebro, olhos e coração. Dentre suas complicações,
evidencia-se o pé diabético, termo empregado para determinar as diferentes
alterações anatomopatológicas periféricas que ocorrem nos pés de um
indivíduo portador do Diabetes mellitus, o qual se caracteriza como uma das
complicações mais frequentes nesses indivíduos, resultado de um conjunto de
alterações que o diabetes provoca nos membros inferiores, incluindo lesões
nos nervos, no sistema circulatório distal com e micro e macrovasculopatias
plantar, redução da imunidade e até mesmo distorcias nos pés. A neuropatia
reduz a sensibilidade dos pés, concomitante ao desenvolvimento de
incapacidades como a macha anormal, neste sentido, o profissional de saúde
deve enfatizar suas orientação relacionadas aos cuidados com os pés, por
exemplo, utilização de sapatos adequados e corte correto das unhas. O
tratamento do pé diabético depende do grau do comprometimento, após o
diagnóstico de diabetes o paciente deve controlar os níveis de glicose através
da alimentação e quando necessário, com medicações, para evitar o
comprometimentoo neurovascular. Caso haja complicações destes pés
diabéticos, com consequente osteomielite e/ou isquemia, se faz necessário a
amputação cirúrgica do membro. O diabetes quando não controlado, corrobora
com o aparecimento de doenças cardiovasculares, dentre elas enfatiza-se a
Hipertensão Arterial Sistêmica, a qual de acordo com o Ministério da Saúde é
definida pela Pressão Arterial Sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma
Pressão Arterial Diastólica maior ou igual a 90 mmHg para indivíduos que não
estão em uso de medicação anti-hipertensiva. De acordo com a Organização
Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte
no mundo, sendo a Hipertensão uma das três principais doenças responsáveis
por este panorama. O diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial
frequentemente são negligenciados, pois estudos mostram uma baixa adesão
por parte dos pacientes, ao tratamento sugerido. Mudanças no estilo de vida é
de fundamental importância para o tratamento dos hipertensos, como uma
alimentação adequada, prática de atividade física, controle do peso e do
consumo de álcool, que juntamente com o tratamento medicamentoso,
proporcionaram valores de pressão arterial adequados. As intervenções nãofarmacológicas têm sido indicadas pela literatura, devido ao baixo custo e
eficácia na diminuição da pressão arterial. Desta maneira, essas intervenções
têm um grande papel no controle dos fatores de risco e nas modificações do
estilo de vida dos pacientes, prevenindo a evolução da hipertensão arterial.
Neste contexto, o aumento progressivo na prevalência e incidência de Diabetes
mellitus e das doenças cardiovasculares, evidência a necessidade de se
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desenvolver e implementar medidas de prevenção com relação aos seus
fatores de risco. Sabe-se que o Diabetes mellitus e a Hipertensão Arterial
Sistêmica são patologias comuns à população, tendo em vista os riscos e
complicações que as mesmas podem acarretar a saúde quando diagnosticadas
e tratadas tardiamente ou de forma incorreta, dessa forma torna-se necessário
discutir sobre a temática, ressaltando sua importância na qualidade da
assistência de enfermagem e no processo saúde-doença desta população. O
presente estudo visa contribuir para uma assistência de enfermagem mais
qualificada e humanizada, bem como na aquisição de conhecimento para os
profissionais de saúde e acadêmicos da área sobre a temática abordada.
OBJETIVO: Conhecer a Sistematização da Assistência de Enfermagem a um
paciente com Diabetes mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. MATERIAIS E
MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso realizado no Hospital Maternidade
São Vicente de Paulo, localizado no município de Barbalha- CE no período de
janeiro a abril de 2015, referente ao estágio curricular supervisionado II do
curso de graduação em Enfermagem, da Faculdade Leão Sampaio. Para
execução deste estudo de caso os acadêmicos em questão escolheram
aleatoriamente um paciente da clínica médica onde passaram a acompanhá-lo
rotineiramente durante sua permanecia de internação, observando assim o
processo de saúde-doença. A coleta de dados deu-se a partir de informações
obtidas no prontuário da paciente e da anamnese feita pelos acadêmicos. A
partir dos dados coletados, foram identificados diagnósticos de enfermagem, os
quais foram elaborados de acordo com a Associação Norte Americana de
Diagnósticos de Enfermagem (NANDA). Ressalta-se que para realização deste
trabalho foram respeitados os princípios da Resolução de nº 466/2012, no que
se refere à pesquisa com seres humanos, como também assinado o Termo de
Consentimento livre e Esclarecido. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Paciente F.
V. N., 67 anos, sexo feminino, viúva, agricultora, católica, acompanhada pelo
Hospital Maternidade São Vicente de Paula do município de Barbalha-CE,
residente na zona rural. Portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica há 4 anos
e Diabetes mellitus tipo 2 descompensada com complicação de pé diabético.
Devido comprometimento da lesão do membro inferior direito, foi hospitalizada
no dia 19/02/15. A mesma relata que sua lesão foi devido a um corte na região
dorsal do pé no seu ambiente de trabalho, procurou o referido hospital após
alguns dias mediante a inflamação exsudativas sanguinolenta, edema, rubor,
calor e dor local, havendo uma discreta exposição da fácia muscular. Em
relação ao exame físico evidenciou-se: cabeça e pescoço não apresentavam
deformidades ou alterações aparentes, pele hidratada e ictérica, sem lesões na
face e pescoço. Acuidade visual preservada, sem dificuldade de enxergar,
audição apresentava hipoacusia unilateral em ouvido esquerdo, que segundo
paciente começou gradativamente. Tórax plano, simétrico, com expansão
pulmonar bilateral, em que ausculta realizada no ápice e base pulmonar,
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apresentou murmúrios vesiculares na porção anterior e na posterior do tórax.
Na ausculta cardíaca observou-se presença de bulhas efetivas nos quatro
focos (Aórtico, Pulmonar, Tricúspide e Mitral). No momento do exame a
paciente apresentava-se taquicárdica com pulso forte e hipertenso. Abdome
protuso, flácido sem nenhuma alteração; ausculta feita nos quatro quadrantes
abdominais, com ruídos hidroaéreos presentes; percussão apresentou som
maciço característico; palpação superficial e profunda não constatou nenhuma
alteração de sensibilidade. Em relação as genitália não referiu queixas. A
paciente não estava restrita ao leito, deambulava com auxílio do
acompanhante. Diurese presente e evacuações ausentes. Membros superiores
com perfusão periférica adequada, tônus muscular preservado, sem edema
nas mãos e articulações. Venóclise em membro superior direito com acesso
pérvio e sem sinais flogísticos. Membro inferior direito com sinais acentuados
de inflamação devido a complicações do diabetes, em que no mês anterior,
após um acidente na zona rural onde trabalha, sofreu um corte profundo na
região dorsal do pé. Membro inferior esquerdo encontrava-se edemaciado e
íntegro. Durante o período de internação da paciente, perante suas patologias,
a equipe multidisciplinar estabilizou seu quadro a partir de suas necessidades.
Mediante o quadro clínico da paciente, elencaram-se os seguintes diagnósticos
de enfermagem: 1) Risco de infecção relacionado à ferida do pé diabético.
Meta: recuperar a integridade da pele. Foram elaboradas as seguintes
intervenções: trocar curativo diariamente; observar pontos consideráveis de
infecção, exsudação e necrose; manter curativo seco e aerado. Os resultados
foram observados mediante a exsudação diminuída, o odor característico
tornou-se brando em relação a sua admissão e os sinais flogísticos reduziram.
2) Risco de glicemia instável evidenciado pela monitoração da glicemia capilar.
Meta: paciente evidenciar níveis de glicemia de acordo com os parâmetros
normais exigidos pela Sociedade Brasileira de Diabetes. E como intervenções:
diminuir a ingestão de alimentos hiperglicêmicos e utilização de
hipoglicemiantes orais; resultando na diminuição das taxas glicêmicas. 3) Risco
de perfusão tissular periférica ineficaz evidenciada por edema e dor em
extremidade relacionado a diabetes. Meta: Diminuição da dor e do edema
periférico. Intervenções: elevação de membros, uso da mobilidade articular e
administração de analgésicos conforme prescrição médica. Os resultados
alcançados foram: retorno sanguíneo evidenciado pela diminuição do edema e
do estimulo da motricidade, e ainda o alivio da dor com uso preciso dos
medicamentos. 4) Mobilidade física prejudicada evidenciada pela dificuldade de
deambulação. Meta: facilitar deambulação. As intervenções foram executadas
com apoio do incentivo quanto a importância de não ficar restrito ao leito e
melhora no sistema microcirculatório distal com auxílio de fisioterapia. Os
resultados obtidos: paciente restringiu-se menos ao leito. Após os diagnósticos
e intervenções, reforçou-se a importância de um plano individualizado de
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alimentação para atingir o objetivo de controle da glicemia e da pressão arterial
devido a mesma atingir valores pressóricos e glicêmicos elevados,
concomitante a educação medicamentosa, consolidando o uso adequado dos
fármacos conforme prescrição médica, os quais redusirão disturbios endocrinos
e farmacocinéticos. Incentivou-se o planejamento de exercícios físicos
regulares, levando em consideração a sua condição socioeconômica e
ambiental e o monitoramento da glicemia. Orientou-se o autocuidado com a
ferida, em que a paciente deverá monitorar o processo cicatricial do pé
acometido, com realização de limpeza e curativos diários. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O acompanhamento e a participação do enfermeiro é de extrema
importância na recuperação do cliente, tanto na orientação em relação a
doença e no tratamento, como na implementação dos cuidados e na
reabilitação de suas necessidades. Quanto a paciente, ressaltamos a
importância da adesão as condutas corretas, visto que ela é a peça chave para
a obtenção de resultados positivos, contribuindo assim, para o prognóstico
esperado. No período de internação observou-se que o quadro clínico da
mesma manteve-se estável, evidenciando que o controle das patologias de
base são possíveis e condicionam a uma melhora da qualidade de vida do
paciente. Neste sentido, ver-se necessário uma busca gradual quanto ao
conhecimento sobre o Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial Sistêmica por
parte dos profissionais de saúde, de forma a amenizar os impactos causados
por essas doenças.
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O PROTAGONISMO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA VISÃO DAS
MULHERES QUE TIVERAM TRABALHO DE PARTO PREMATURO
Daniel Pereira Barros, Faculdade Leão Sampaio
Maria Jeanne De Alencar Tavares, Faculdade Leão Sampaio
Aline Morais Venancio, Faculdade Leão Sampaio
Ivaneide Lemos Soares, Universidade Anhanguera
Palavras-chave: Trabalho de Parto Prematuro. Assistência de Enfermagem.
Satisfação das Puérperas
INTRODUÇÃO: O parto prematuro vem sendo considerado o problema de
saúde pública perinatal mais importante nos últimos tempos, é caracterizado
pelo parto ocorrido entre a 22ª e 37ª semanas de gestação e é observado em
pouco mais de 10% de todas as parturições (MONTENEGRO E REZENDE,
2008). Sendo o parto pré-termo, atualmente, um grande entrave à saúde da
mulher e que requer assistência indissociável ao binômio mãe-filho, pois está
associado a diversas morbidades, maternas e fetais, bem como a índices
significativos de mortalidade neonatal, julga-se necessário estudos que
favoreçam a resolução ou minimização desses entraves que norteiam a
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temática (BETIOL et al., 2010). Com isso, percebeu-se a importância de
levantar estratégias que possam minimizar ao máximo os danos e/ou
complicações, materna ou fetal, que podem advir da prematuridade, e sabendo
que a equipe de enfermagem se constitui por profissionais que se encontram
mais presentes durante a assistência pré-natal, parto e puerpério, a pesquisa
buscou investigar se a atuação dessa equipe está sendo resolutiva frente às
necessidades de mulheres em trabalho de parto prematuro, uma vez que a
assistência prestada por esses profissionais favorecem significativamente tanto
no conforto e recuperação da mãe quanto a um bom prognóstico do neonato.
Escolheu-se esse assunto pelo fato do pesquisador ter desenvolvido, em outro
momento, projeto de intervenção em saúde voltada para a assistência à mulher
e à criança, e neste ter observado que se mostra inesgotável todo e qualquer
estudo que permeie a assistência materno-infantil, sabendo então que a prática
da enfermagem apresenta papel indispensável para esta assistência, julgou-se
necessário uma abordagem teórico-prática sobre a atuação dos enfermeiros
diante de pacientes em Trabalho de Parto Prematuro (TPP), que ora foi
realizada através da referida pesquisa, bem como se vê a necessidade de
manter permanentemente dados atualizados sobre a assistência voltada para a
mulher e neonato. O estudo se mostrou relevante à medida que abordou sobre
a importância dos cuidados prestados pela equipe de enfermagem e
reconheceu o papel desses profissionais como ferramenta indispensável para
se protagonizar a assistência de enfermagem frente à mulher em trabalho de
parto prematuro. A pesquisa contribuiu para a valorização da assistência de
enfermagem, como também para avaliação sobre a participação dos
enfermeiros durante o manejo obstétrico de mulheres com diagnóstico de
prematuridade. Contribuiu ainda na divulgação do nível de satisfação das
mulheres que tiveram partos prematuros e receberam assistência de
enfermeiros. Servindo ainda, como fonte de dados para o desenvolvimento de
novas pesquisas na área que permeia a assistência materno-infantil.
OBJETIVOS: Analisar o protagonismo da equipe de enfermagem na visão das
mulheres que tiveram trabalho de parto prematuro, investigando a atuação da
equipe de enfermagem frente à mulher em condição de prematuridade e
identificar o nível de satisfação, na percepção das puérperas, com base na
assistência prestada pelos enfermeiros. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de
um estudo descritivo de campo, de natureza qualitativa, pois além da
investigação a respeito das causas que levaram ao problema estudado, o
pesquisador assumiu um papel na busca ativa de informações diretamente da
fonte da problematização, ficando face a face com a população que vivencia a
temática abordada. Os dados foram coletados durante o segundo semestre de
2014, nos meses de setembro a outubro, com duas visitas semanais, às
segundas e quintas-feiras pela manhã, realizada no Hospital e Maternidade
São Lucas, localizado à Rua São Benedito, 243-São Miguel, Juazeiro do NorteISBN 978 – 85 – 65221 – 12 – 2
CE, sendo uma instituição de referência materno-infantil na região do cariri. As
participantes foram convidadas a responder uma entrevista semi-estruturada,
desde que atendessem aos critérios de inclusão da pesquisa: puérperas que
tiveram partos prematuros e que se encontravam admitidas no local do estudo
no momento em que o pesquisador compareceu para proceder a coleta de
dados. Obtendo um total de 12 entrevistadas que participaram legalmente da
pesquisa. Os critérios de exclusão foram aplicados nos casos em que mulheres
receberam diagnóstico de trabalho de parto prematuro, porém, foram
transferidas para outra instituição de saúde. Não houve delimitação de faixa
etária, número de gestações, riscos de complicações do parto pré-termo ou
outros critérios que impossibilitaram a inclusão das mulheres na pesquisa,
exceto o já citado. Após levantados todos os dados, procedeu-se a
organização, análise e interpretação das informações obtidas através do
depoimento das pesquisadas. Foi utilizado como método de análise dos
resultados a categorização temática, por meio de agrupamento das falas. O
estudo esteve fundamentado na resolução 466/2012, que assegura os direitos
dos seres humanos participantes de pesquisa científica, individual e coletiva,
como tambem, esteve fundamentada na resolução do Conselho Federal de
Enfermagem - COFEN 311/2007, que trata do código de ética dos profissionais
de enfermagem. Foi ainda mantido em toda e qualquer forma a integridade, o
desconhecimento e o respeito à identidade dos entrevistados. Para tal, foi
utilizado como meio de identificação das falas dos pesquisados nomes de
personagens femininos de fábulas e desenhos animados popularmente
reconhecidos. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Após o desenvolvimento das
entrevistas com as puérperas que vivenciaram partos prematuros e que
aceitaram legitimamente participar do estudo, procedeu-se a organização,
análise e interpretação das informações por meio dos depoimentos das
participantes. Diante da análise realizada emergiram 5 categorias. Na categoria
1 foi indagado sobre qual o “Profissional que esteve mais presente durante a
assistência, na concepção da mulher” e ainda que uma boa parte das
entrevistadas tenha apresentado algum grau de dificuldade em saber identificar
quem são enfermeiros e quem são técnicos de enfermagem, profissional de
enfermagem de nível superior e nível médio, respectivamente, a grande
maioria das entrevistadas afirma serem os enfermeiros o profissional que
prestou maiores cuidados, embora algumas terem apontado o médico obstetra
e o técnico de enfermagem como o profissional mais presente no decorrer de
sua assistência. O fator diálogo se mostrou importante para essa opinião, uma
vez que as participantes do estudo relataram que estes profissionais
conversavam, tranquilizavam e prestavam informações claras sobre suas
dúvidas, angústias e anseios. Observou-se, que além da realização dos
procedimentos específicos de enfermagem, esse profissional transcorre sobre
a humanização no âmbito de sua profissão, conquistando com isso o
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reconhecimento de seu papel durante a assistência às parturientes. Com base
nessas informações, percebe-se que o enfermeiro ao atuar com um bom
acolhimento, presteza nos cuidados, educação, cordialidade, interesse e
preocupação com as necessidades do cliente, comunicação por meio de
orientações e esclarecimento de dúvidas, torna-se mais fácil o estabelecimento
de confiança e do vínculo afetivo profissional-cliente e, consequentemente,
conquista a satisfação do usuário pela atividade prestada. Contudo, vale
ressaltar que para alcançar esse reconhecimento, se faz necessário que o
enfermeiro tenha embasamento científico, prático-profissional, mas também
uma postura ética e humanizada no âmbito de sua profissão. Na categoria 2
foram abordados os “Procedimentos realizados pela enfermagem durante o
trabalho de parto prematuro” e com base nas falas das entrevistadas pôde-se
observar que a maioria desses profissionais estão atuando de acordo com o
que se preconiza sobre a assistência de enfermagem à mulher que teve parto
pré-termo, já que foi observado no estudo que a grande maioria dos
enfermeiros desempenha cuidados diretos e específicos de sua atribuição às
mulheres em trabalho de parto prematuro, vejamos algumas falas: “[...] Fez o
toque em mim, olhou o coração do bebê, pediu pra colocar um soro em mim,
apertou minha barriga”. (Luluzinha); “[...] Me dava assistência, pedia para os
técnicos escutar o coração da criança”. (Rapunzel); “[...] Me examinava,
verificou minha pressão, olhava se eu tava com febre, escutou o coração do
bebê, examinou minha barriga, procurou a posição do bebê”. (Cinderela); “[...]
Ela chegou e disse que o que eu precisasse ela tava ali pra ajudar. Passou
uma sonda em mim e providenciou a vaga de meu bebê na NEO”. (Mônica);
“[...] Examinou minha barriga, olhou o coração do bebê. Foram todos legais
comigo. Teve paciência, me tranquilizava”. (Magali); “[...] Colheu sangue pra
fazer exame e colocou soro pra eu tomar”. (Narizinho); “[...] Fez o exame de
toque e me mandou pra sala de parto, olhou minhas contrações contando no
relógio, escutou os batimentos do coração do bebê”. (Florzinha); “[...] Me deu
injeção na veia, toda hora ia deixar remédio e media minha pressão”.
(Chapeuzinho Vermelho). Contudo, nota-se que esses mesmos cuidados são
prestados tambem à mulheres que apresentam trabalho de parto a termo. Com
isso, não sendo possível destacar procedimentos que sejam especificamente
realizados diante da condição de prematuridade que diferencie dos cuidados
prestados às parturientes com idade gestacional a termo. A categoria 3
abordou a “Assistência de enfermagem atendendo às necessidades da mulher”
uma vez que, a partir da afirmação das participantes de que era comum
solicitar a presença do enfermeiro junto ao leito as mesmas foram indagadas
se este profissional solucionou seu problema e de que forma? Obtendo um
resultado unânime de que o enfermeiro compareceu ao leito todas as vezes
que foi requisitado e que atendeu às suas necessidades, com isso, é possível
afirmar que os enfermeiros da instituição em estudo estão sendo resolutivos
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nas atribuições às quais lhes são incumbidas, sem que seja preciso omitir as
condutas privativas de sua função. A categoria 4 abordou sobre o “Papel de
maior destaque realizado pelo enfermeiro segundo a percepção das puérperas”
onde foi possível observar que os discursos das participantes em relação à
essa categoria variaram entre procedimentos técnicos, assistência burocrática
e assistência humanizada, vejamos alguns registros: “[...] Chamar o médico pra
fazer meu parto”. (Magali); “[...] Tomou uma atitude pra eu ganhar logo, porque
ele disse que eu não podia esperar mais. Ele disse: pois pode se preparar que
você vai pra sala de cirurgia ser operada e chamou o médico e explicou que eu
tava entrando em trabalho de parto, [...] disse ao médico assim: ela não tem
como ganhar normal não porque o bebê já está posicionado de cabeça pra
baixo e ela não tem passagem”. (Cinderela); “[...] Quando ela perguntou se eu
tinha me alimentado, porque senão eu tinha ido pra sala de cirurgia e não
podia. [...] por ela ter sido atenciosa”. (Cininho); “[...] Ele ficava do meu lado e
examinando eu direto. [...] me tranquilizava mais porque ele ficava conversando
comigo”. (Luluzinha); “[...] A avaliação do trabalho de parto, [...] porque me
tratou bem. Me colocou na Central de Regulação e ficava cobrando a vaga”.
(Rapunzel); “[...] O cuidado e a atenção. [...] olhou minhas contrações e
escutou o coração do bebê [...] me tranquilizava e dizia que tava tudo bem”.
(Emília); “[...] Providenciou a vaga de meu bebê na NEO, [...] porque só podia
fazer minha cirurgia se tivesse vaga pra colocar meu bebê quando ele
nascesse”. (Mônica); “[...] Me acompanhou quando eu ia pra sala de cirurgia e
foi me tranquilizando. [...] fez o toque vaginal em mim e chamou o médico”.
(Narizinho). Levando com isso a perceber que o papel do enfermeiro enquanto
coordenador de sua equipe e articulador dos serviços integrados discorre pelo
desempenho de inúmeras atividades para que se alcance uma assistência de
qualidade para os usuários dos serviços de saúde. Por fim, a categoria 5
abordou sobre o “Nível de satisfação das mulheres relacionado à atuação do
enfermeiro” obtendo como resultado de todas as participantes que apontaram o
enfermeiro, ou não, como o profissional que lhe prestou maior assistência a
afirmativa de que se encontravam satisfeitas com os cuidados desempenhados
pela equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora se reconheça que há
necessidade de novos estudos e investigações sobre a atuação dos
profissionais de enfermagem, a pesquisa realizada apresenta claras
evidências, por meio da percepção das mulheres, que o enfermeiro e técnicos
de enfermagem vêm atuando com resolutividade diante dos cuidados que
devem ser executados durante o período de trabalho de parto, principalmente
se tratando de assistência humanizada nos serviços de saúde. Ao ser
destacada atividades de enfermagem, vista pelas mulheres como
indispensáveis para a qualidade no cuidado evidenciou que a prática
profissional do enfermeiro representa uma parcela, da totalidade, das inúmeras
ações necessárias para alcançar uma assistência qualificada oferecida nos
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serviços de saúde pública. Embora outros profissionais tenham sido apontados
como o ator principal durante essa assistência, médico-obstetra e técnico de
enfermagem, a representatividade mais expressiva indica o enfermeiro como o
integrante da equipe de cuidados que apresentou maior atuação frente às
necessidades apresentadas pelas parturientes. Assim, a pesquisa evidencia
que de um modo geral as puérperas encontram-se satisfeitas com os cuidados
prestados pelos enfermeiros da instituição pesquisada, permitindo afirmar com
base no estudo realizado que estes profissionais se categorizam como
protagonistas da assistência à mulher em trabalho de parto prematuro.
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PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO ATUANTE NA ATENÇÃO BÁSICA EM
SAÚDE SOBRE A PRÉ-ECLÂMPSIA
Rosely Leyliane dos Santos, Universidade Regional do Cariri
Helaine Porfírio dos Santos, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Gestante. Atenção Primária em Saúde. Pré-Eclâmpsia
INTRODUÇÃO: A gestação é uma fase na vida da mulher permeada por
inúmeras alterações físicas, psicológicas e sociais. Representa, pois, uma fase
complexa e quer requer especial atenção. Adiciona-se ainda, a necessidade de
se considerar este período como passível de alguma intercorrência clínica que
poderá influenciar no transcurso gestacional. Podendo se constituir deste
modo, como complicações potenciais e que afetem a qualidade de vida da mãe
e do filho. Neste contexto, percebe-se que, dentre as patologias clínicas que
costumam ocorrer durante o período gestacional, são as doenças
hipertensivas. Neste contexto, evidencia-se a pré-eclâmpsia como uma
alteração nos níveis pressóricos da gestante acompanhada de hipertensão
arterial, proteinúria, podendo lesar órgãos nobres e desencadear a eclâmpsia e
neste caso, evoluir para a convulsão. O que se faz relevante destacar ainda é
que estas alterações podem alterar órgãos e sistemas orgânicos além de influir
diretamente na qualidade de vida do recém-nascido. O que parece, é que a
pré-eclâmpsia ainda é responsável pela morbimortalidade materna e perinatal.
Rementendo deste modo, a necessidade de se ampliar a atenção às gestantes
para que esta patologia não ocorra e/ou agrave-se, diminuindo os índices por
morbimortalidade materna e fetal. No que se refere ao acompanhamento da
gestante por intermédio das consultas de pré-natal, as equipes de saúde
necessitam fortalecer a capacidade de atenção ao pré-natal e estarem
preparadas com recursos humanos e materiais a fim de realizarem o pré-natal
de baixo risco. O pré-natal de baixo pode ser acompanhado pelo profissional
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enfermeiro nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em consultas regulares,
bem como a intervenção de toda equipe multiprofissional em saúde com a
finalidade de realizar também esta atenção durante a gestação. Deve realizar
as consultas, atividades educativas sobre alimentação, cuidados com a
gestação, alterações corporais provocadas pela gestação, sexualidade,
imunização, cuidados ao recém-nascido, aleitamento materno, participação do
parceiro, preparação do parto e puerpério; dentre outras. Contudo, na
identificação de fatores de risco maternos e fetais, reconhece-se a necessidade
de encaminhar a gestante para acompanhamento de atenção em saúde
especializada no que se condiz ao pré-natal de alto risco. Nesta ótica, retratase a importância da atenção ao pré-natal de baixo risco que pode ser
acompanhado pelo enfermeiro da UBS com consultas alternadas pelo médico
da UBS. Entretanto, salienta-se que mesmo a gestante em acompanhamento
no pré-natal de alto risco, a equipe de saúde deve acompanhá-la e orientar
sobre quaisquer necessidades requeridas pela gestante, seu companheiro e
familiares. Neste entendimento, o enfermeiro atuante na atenção básica em
saúde parece necessitar conhecer sobre as principais sintomatologias
desencadeadas pelas síndromes hipertensivas haja vista as necessidades
demandadas por algumas gestantes que se apresentarão com pré-eclâmpsia.
Neste contexto, reitera-se a relevância da prevenção desta síndrome
hipertensiva através do diagnóstico oportuno, intervenção e manejos
adequados e demais ações que se poderá ofertar visando contribuir para a
redução da mortalidade materna e fetal além de influenciar na qualidade de
vida dos sujeitos. Representando ainda a necessidade do profissional
enfermeiro, atuante na atenção básica de saúde, em se aperfeiçoar
constantemente para melhorar o desempenho de suas atividades profissionais.
Neste sentido, esta pesquisa contribui para a compreensão dos profissionais
enfermeiros atuantes nas UBS sobre a pré-eclâmpsia. Destacando as
necessidades de aperfeiçoamento profissional para a melhoria das atividades e
ações realizadas nos serviços de saúde. OBJETIVO: Neste sentido, este
estudo tem como objetivo analisar a percepção do enfermeiro atuante na
atenção básica em saúde sobre a pré-eclâmpsia. MATERIAIS E MÉTODOS:
Trata-se de uma pesquisa do tipo descritivo-exploratória, com abordagem
qualitativa. O cenário do estudo foram as UBS localizadas em regiões urbana e
rural de um município localizado na região Centro Sul, no estado do Ceará.
Utilizaram-se como critérios de inclusão: ser enfermeiro da UBS, atuar como
profissional há no mínimo seis meses, estarem na UBS quando da aplicação
da entrevista. Como critérios de exclusão, adotaram-se os seguintes: não ser
enfermeiro, estar de férias durante o período das entrevistas. Neste contexto,
compuseram o estudo 15 enfermeiros atuantes na atenção básica em saúde. O
estudo foi realizado entre os meses de Dezembro de 2013 a Janeiro de 2014.
As entrevistas foram gravadas com aparelho celular após a concordância dos
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participantes da pesquisa para posterior, transcrição na íntegra para que deste
modo fosse garantido a fidedignidade dos relatos. Com a finalidade de
preservar o anonimato e o sigilo de informações dos participantes da pesquisa,
o registro das falas foi por meio de numeração crescente, antecedidas da letra
“E” remetendo ao termo enfermeiro, para que de forma não se identificasse o
relator de cada resposta. Desta forma, de acordo com a descrição, foi
acrescida numeração crescente em consonância com a realização das análises
das falas. Para a coleta de dados, optou-se pela realização de uma entrevista
semiestruturada que fora aplicada aos sujeitos após devidamente acordados
dia e horário. Os dados foram organizados após a transcrição das falas e
categorizados pela técnica Análise de Conteúdo, a qual foi conduzida pelos
relatos dos sujeitos. A entrevista procurou identificar sobre a percepção dos
enfermeiros sobre a pré-eclâmpsia, considerando a atenção ao pré-natal
ofertada além de facilidades e dificuldades encontradas. Salienta-se que o
estudo observou o que preceitua os aspectos éticos e legais da pesquisa com
seres humanos. A todos os entrevistados, explicou-se o objetivo principal da
pesquisa sendo solicitado a assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Foi garantido o anonimato dos participantes e o direto de
desistir da pesquisa, caso achassem necessário. A pesquisa foi submetida ao
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri, recebendo
parecer CAAE: 31773514.3.0000.5055. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os
sujeitos desta pesquisa foram os enfermeiros que atuavam nas UBS durante o
período pesquisado. Sendo 15, todos do sexo feminino. Construiu-se a
seguinte Categoria: Percepção dos enfermeiros da atenção básica em saúde
acerca da pré-eclâmpsia. Foi perguntado sobre como o enfermeiro percebe a
pré-eclâmpsia. As respostas indicam esta categoria: “A gente começa, é... a
perceber através do... da Pressão Arterial, né? Começa a avaliar através da
pressão, da PA.” (E-6) Outra enfermeira afirmou mais que isto, como segue o
relato: “Assim, geralmente um mal-estar, né? Por conta da pressa alta, [...] A
gente pede pra verificar a pressão, o peso, a altura; né? Sempre que a
gestante vem fazer a consulta. Aí a gente já ver isso aí. E também o mal-estar
e, e também tem a hereditariedade, né? Na família quando o pai é hipertenso
ou a mãe é hipertensa. Isso também a gente tem que ver tudo, né? Fazer tipo
uma anamnese da, da gestante.” (E-09). Outra enfermeira do estudo, relatou e
descreveu sobre os edemas que podem ocorrer: "[...] a gente primeiro faz o
acompanhamento da pressão arterial, quando a gente vê alguma alteração na
pressão normal da que a gente vem acompanhando, vem a questão também
dos edemas, certo? [...], sempre aumentando a pressão e também vem a
questão do edema.” (E-13). Outra afirmou que: “[...] a gente ver a questão de
tornozelo, se tá edemaciado, o evoluir da gestação, se a PA vem aumentando
ou se continua do mesmo jeito de como iniciou, é... a questão dos exames
também se tem alguma alteração, é esse tipo de coisa.” (E-15). Pelos relatos,
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nota-se que os profissionais percebem a pré-eclâmpsia como uma alteração da
pressão arterial, em discrepância com outros sinais e sintomas que se
manifestam nesta patologia. Portanto, a identificação apenas desse cuidado
revela a limitação da assistência às pacientes com pré-eclâmpsia. Entende-se
que para oferecer uma assistência eficaz à gestante com pré-eclâmpsia, o
enfermeiro precisa estar embasado em conhecimento científico, reconhecendo
suas habilidades e competências. Deste modo, destaca-se a necessidade
constante do profissional enfermeiro atualizar periodicamente seus
conhecimentos técnicos e científicos que são importantes no desempenho de
suas atividades nos serviços de saúde para se ofertar uma qualidade na
assistência. No entanto, alguns dos enfermeiros percebem a pré-eclâmpsia
como uma sintomatologia ampla relatando hipertensão, edema, proteinúria,
aumento da creatina, cefaleia, fadiga. Conforme registrados nos relatos abaixo:
“É... a gente verifica primeiro os sinais vitais, né? A pressão. Aí com a pressão
a gente vai vendo as alterações, os edemas, que é a parte que a gente
visualiza né? Aí, daí a gente faz o pedido do exame proteinúria e creatinina. E
com os diagnósticos, com os exames a gente passa pra médica. A médica
daqui da unidade... a gente não pode diagnosticar! e a médica toma todas as
condutas, as medicações que é pra tomar, remédio pra pressão tudo direitinho,
os acompanhamentos.” (E-1). Outra enfermeira relatou: “Geralmente a
gestante, ela chega se queixando de dor de cabeça intensa, muitas vezes
visão turva, tem delas que apresenta assim, diz que tem tipo desfalecimento. Aí
se verifica a pressão, né? Muitas vezes é constatado que tá alta. Assim, a
gente já encaminha e ela faz o pré-natal especializado” (E-8). A outra
enfermeira, atuante na atenção básica de uma UBS, que participou desta
pesquisa, afirma: “[...] quando a gestante tá apresentando pressão alta, né?
Começa os picos hipertensivos e quando ela tem associado o edema... Aí a
gente pede o sumário de urina, se tiver a presença de proteína na urina, aí a
gente percebe que é uma pré-eclâmpsia.” (E-14). No que se refere ao edema,
relatado pelos informantes, é importante considerar que isoladamente este
sinal pode ser desencadeado frequentemente no período gestacional e,
portanto, merece ser investigado de forma especializada especialmente se
associado a alterações nos níveis pressóricos. Ainda neste contexto, pode-se
afirmar que não havendo manejo adequado, a pré-eclâmpsia pode evoluir para
a forma mais grave, a eclâmpsia, e comprometer o prognóstico materno e fetal.
Deste modo, a percepção dos enfermeiros que atuam na atenção básica em
saúde, em sua maioria; relataram alguma dificuldade sobre a sintomatologia da
pré-eclâmpsia. Ou conhecem como sintomas apenas de hipertensão arterial ou
edema, renegando os demais aspectos da síndrome hipertensiva específica da
gestação. Somente três dos profissionais relataram proceder com outras
pesquisas para diagnósticos da doença; sendo necessário trabalhar este
aspecto. Estas se referem porque os profissionais focam apenas na verificação
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da pressão arterial e no encaminhamento para o médico. Nota-se dessa forma,
um desconhecimento das demais questões essenciais a serem ofertadas para
a gestante, apresentando algumas dificuldades na atenção em saúde durante o
pré-natal para o reconhecimento desta síndrome hipertensiva específica da
gestação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maneira como o enfermeiro da
atenção básica em saúde adota as intervenções durante a atenção ao prénatal, pode influenciar na resolubilidade do caso. Por isso, as intervenções
direcionadas são determinantes para prevenção de complicações. Por isto,
ainda é relevante destacar que o enfermeiro deve informar sobre os principais
cuidados domiciliar a serem observados pela gestante em que se manifeste
esta síndrome. Pois, mesmo a gestante em acompanhamento no pré-natal de
alto risco, é importante o acompanhamento periódico do enfermeiro da atenção
básica a esta gestante, pelas consultas de acompanhamento, garantindo o
vínculo e esclarecimentos à esta gestante. Espera-se ainda que os resultados
obtidos nesta pesquisa propiciem a melhoria das atividades assistenciais
realizadas pelos enfermeiros da atenção básica em saúde, apontando as
possíveis intervenções que possam ser realizadas para a eficácia de tais
atividades com foco na prevenção da doença e promoção da saúde das
gestantes.
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PREVENÇÃO NA ESCOLA AO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
ATRAVÉS DO PROJETO DE EXTENSÃO ADOLESCER COM SAÚDE
Camila Lima Silva, Universidade Regional do Cariri
Eloíza Barros Luciano, Universidade Regional do Cariri
Maria Naiane Rolim Nascimento, Universidade Regional do Cariri
Antonia Alizandra Gomes dos Santos, Universidade Regional do Cariri
Maria de Fatima Antero Sousa Machado, Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Adolescência. Prevenção ao Uso Abusivo de Álcool e Outras
Drogas. Escola
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera os
indivíduos com faixa etária entre 10 a 19 como adolescentes. A adolescência é
um período considerado crítico no que se refere ao desenvolvimento de
competências pessoais e interpessoais, aquisição de habilidades e tomada de
decisões. Além disso, nessa fase os sujeitos buscam mais fortemente o
universo das experimentações (descoberta do novo) e identificações,
geralmente com associações a grupos. De modo que, o adolescente encontrase mais vulnerável à gravidez não planejada, às Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST), à experimentação de drogas, exposição aos acidentes
em decorrência do comportamento desafiador, além de diferentes formas de
violência, conforme explicam Vaters; Pillon (2011) e Jesus et al. (2011). Em
especial, o consumo de drogas, entre adolescentes, vem ganhando maior
amplitude na sociedade contemporânea. Tal uso tem ocorrido precocemente e,
assim, suas consequências ou prejuízos também podem ser antecipados. Além
da vulnerabilidade dos adolescentes ao consumo de substâncias psicoativas, o
uso indevido de álcool, por exemplo, tem sido considerado um dos principais
fatores para a morbimortalidade por acidentes de trânsito entre os jovens
(ARALDI et al., 2012). Segundo Fonseca et al. (2012), no Brasil, os riscos
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inerentes aos problemas relacionados ao alcoolismo são uma das principais
vulnerabilidades que acometem as crianças e os adolescentes, seja pelo
próprio consumo ou pela violência doméstica gerada pelo mesmo. Desse
modo, se faz necessária a adoção de estratégias mais eficazes de participação
e adesão a medidas que promovam e cuidem da saúde desses jovens. Nessa
perspectiva, o Governo brasileiro instituiu em 2006 o Programa Saúde Escola
(PSE). O programa surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios
da Saúde e da Educação. O PSE tem a perspectiva da atenção integral
(prevenção, promoção e atenção) à saúde de crianças, adolescentes e jovens
do ensino público básico. Acontece no âmbito das escolas e Unidades Básicas
de Saúde. Dentro de sua área de abrangência, foi desenvolvido o projeto
Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), que se fundamenta na discussão de
assuntos pertinentes às relações de gênero, bem como diversidade se sexual,
gravidez na adolescência, drogas lícitas e ilícitas, doenças sexualmente
transmissíveis e preconceito racial e étnico, trazendo consigo como principal
estratégia para o desenvolvimento de ações no âmbito da escola e da saúde.
(BRASIL, 2009) (BRASIL, 2006). Santos et al. (2012) pontuam que escola é
vista como um contexto privilegiado para efetivar ações de promoção da
saúde, fruto da sua capacidade de abrangência, é uma aliada importante para
a concretização de ações de promoção da saúde, voltadas para o
fortalecimento das capacidades dos indivíduos, para a tomada de decisão
favorável à sua saúde e à comunidade, para a criação de ambientes saudáveis
e promotores de saúde, bem como para a consolidação de uma política
intersetorial, voltada para a qualidade de vida, pactuada no respeito ao
indivíduo e tendo como foco o estabelecimento de uma nova cultura de saúde.
OBJETIVO: Descrever uma experiência promotora de saúde vivida graduação
em durante a oficina de prevenção ao uso de álcool e outras drogas do projeto
de extensão Adolescer com saúde com adolescentes do ensino fundamental
de uma escola do município de Crato, Ceará. MATERIAIS E MÉTODOS: Esta
pesquisa é um relato de experiência, de caráter descritivo com abordagem
qualitativa, realizada por acadêmicas do Curso de Enfermagem da
Universidade Regional do Cariri - URCA, participantes do projeto de extensão
Adolescer com Saúde da referida instituição. O projeto desenvolve atividades
com adolescentes de escolas públicas, e aborda através de oficinas os
mesmos temas do PSE: Álcool e outras drogas; Diversidade sexual e gênero;
DST`s, HIV e AIDS; Raças e etnias; Sexualidade e saúde reprodutiva. O
embasamento teórico, as dinâmicas realizadas nas oficinas e os conteúdos
abordados são extraídos dos manuais fornecidos pelo projeto PSE, porém de
forma flexível. Ao todo são oito manuais que apresentam as oficinas dos
temas, além de um específico descritivo das mudanças da adolescência e
outro que versa sobre a metodologia de educação entre pares. A educação de
pares visa capacitar os adolescentes para que depois os mesmos possam ser
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multiplicadores das informações obtidas, estimulando assim, o protagonismo
juvenil. O estudo foi realizado com 18 alunos (6 meninas e 12 meninos) na
faixa etária entre 12 e 13 anos do 8° ano de uma escola municipal da cidade de
Crato-CE, no mês de abril de 2015. Inicialmente, o projeto e o seu intuito foram
apresentados aos adolescentes. Os alunos foram questionados se gostariam
de participar das atividades. As cadeiras foram dispostas em círculo,
possibilitando que todos se vissem, criando assim um ambiente propício ao
debate. Geralmente antes do início das oficinas, realiza-se a “dinâmica quebra
gelo”, que como o próprio nome sugere, ela ajuda a quebrar as barreiras de
comunicação e interação que possam existir naquele espaço. Para tanto, se
fez uso da dinâmica “a origem do nome”. Todos os participantes deveriam dizer
seu nome e a origem do mesmo, caso soubessem. O objetivo é tornar o
ambiente mais tranquilo e amistoso já que, a partir de então é projetada a ideia
que todos se conhecem. Na sequencia, os estudantes foram divididos em
equipes por meio da dinâmica “os animais”. Foram distribuídos papéis
contendo o nome de 5 animais (jumento, galinha, macaco, bode e porco). Os
alunos deveriam imitar os animais dos seus papeis e reconhecer nos demais
quem estava imitando o mesmo animal que o seu. A partir daí os “animais”
iguais formariam um grupo. Montado os grupos, segue-se para a primeira
oficina. A oficina “o que me dá prazer” do manual do PSE tem por objetivo
discutir as diferentes motivações para o uso de drogas, seus fatores de risco e
formas de proteção. Visa responder questões como: qual a relação entre
droga, prazer, sexualidade e AIDS e o que uma coisa tem a ver com a outra;
quais os fatores de risco e de proteção dos adolescentes e jovens em relação
ao uso de drogas; quando a família, a escola, e os amigos são fatores de risco
e de proteção. Para tanto, foram distribuídos aos grupos canetas piloto e uma
cartolina. Foi-lhes solicitado que dividissem a cartolina em três colunas
enunciadas de prazer, risco e proteção. Foi-lhes orientado que na coluna
“prazer” eles deveriam escrever algo que lhes davam prazer, na coluna “risco”
precisavam relatar os riscos que implicariam dos prazeres por eles descritos e
por fim, na coluna “proteção” eles teriam que apontar formas de proteção para
esses riscos. Deu-se um tempo de 15 minutos para conclusão da atividade.
Terminado isso, cada grupo apresentou seus resultados e em conjunto
apontou-se os riscos que a droga, considera como prazer para alguns, poderia
gerar como também a proteção para estes. A segunda oficina “É fato ou é
boato” também do manual do PSE objetiva trazer informações sobre as drogas
mais utilizadas pela camada jovem da população. Pretende responder o efeito
do álcool no Sistema Nervoso Central e o que poderia levar uma pessoa a
dependência química. De início explicamos o significado de boato, que é uma
informação falsa que surge em um determinado grupo e que muitas pessoas
acabam acreditando de tanto ouvir. As afirmações foram: 1. O álcool é uma
droga que deprime o Sistema Nervoso Central - SNC (cérebro). 2. As mulheres
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são mais sensíveis aos efeitos do álcool que os homens. 3. Beber é uma forma
de curar a tristeza. 4. Uma pessoa sob o efeito do álcool está mais vulnerável a
contrair o HIV. 5. A maconha é uma droga leve que não causa prejuízos ao/à
usuário(a). 6. A maconha afeta a memória. Após cada resposta, explicamos
melhor o porquê de aquela resposta ser a certa ou errada. Encerramos a
atividade aprofundando o tema a partir das questões a serem respondidas.
Após a realização das duas oficinas deu-se inicio a um debate em grupo sobre
o que se tinha vivenciado em sala de aula ate aquele momento e quais eram as
dúvidas que ainda não tinham sido sanadas. Para o encerramento, pediu-se
que cada adolescente descrevesse em uma palavra ou frase o sentimento
gerado por aquele momento. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Como resultado da
primeira oficina “O que me dá prazer” os prazeres citados foram: doces,
frituras, massas, internet, celular, vídeo game, dormir, mulher e andar de skate.
Destacamos que todas as equipes citaram o “açúcar”/doces como prazer. Os
alunos citaram como riscos: engordar, diabetes e glicose alta para os doces;
engordar, entupimento das veias e enfarto para as frituras e massas; vício,
problemas de visão e psicológico para os prazeres internet, celular e vídeo
game; sedentarismo como causa do dormir; ter filhos para o prazer “mulher”; e
quedas por andar de skate; Os estudantes citaram como proteção: comer
doces moderadamente, comer menos massa, trocar as frituras por frutas,
ingerir menos açúcar, ter uma alimentação saudável, gastar mais energia; usar
menos a internet e o celular, manter certa distância da tela da TV/computador;
sair mais para evitar o sedentarismo; usar camisinha; usar equipamentos de
proteção (caneleiras) quando andar de skate. Discutiu-se que mesmo que
comer, fazer ou usar certas coisas que proporcionam prazer, estas podem
gerar riscos e é necessário saber como se proteger do mesmos. Os
adolescentes foram questionados se consideravam a droga como um prazer, e
a maioria, respondeu que não. Foi solicitado que os estudantes elencassem os
risco que as drogas geram e a proteção para os aqueles. Para riscos eles
apontaram o vício, morte, doenças, câncer, cadeia, violência e roubo; e as
medidas de proteção citadas foram: não deixar se influenciar por “amigos”, não
usar drogas, tratamento/terapia. As respostas das perguntas que a oficina se
propôs a discutir foram respondidas, por exemplo, os alunos citaram a
influencia dos maus amigos como risco para o uso das drogas e não deixar se
influenciar pelos mesmos como uma proteção. A religião também foi destacada
como uma forma de se proteger dos riscos do uso das drogas. Uma pessoa
não começa a usar drogas ou a abusar delas por acaso ou por uma decisão
isolada. Cada vez mais pesquisas e estudos mostram que o uso de drogas é
fruto de vários fatores. (BRASIL, 2010). Os fatores de risco são condições ou
variáveis associadas à possibilidade de ocorrência de resultados negativos
para a saúde, o bem-estar e o desempenho social. Alguns desses fatores se
referem a características das pessoas; outros ao meio em que se vive ou,
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ainda, a condições estruturais e socioculturais mais amplas (BRASIL, 2010).
Frequentemente, quando uma situação arriscada ocorre, todos esses fatores
estão trabalhando de forma simultânea. Por exemplo, os adolescentes desse
estudo, fizeram a ligação entre o uso do crack como o vício (fator pessoal) com
o risco de morte por arma de fogo, caso o usuário da droga não pagasse o
traficante, ou seja, relacionado ao meio externo e as relações sociais. Brasil
(2010) explica que os fatores de proteção são aqueles que resguardam as
pessoas de situações que podem agredi-las física, psíquica ou socialmente,
garantindo um desenvolvimento saudável. Por exemplo, ter acesso aos
serviços e ações de saúde, participar de atividades educativas dentro e fora da
escola, praticar atividades físicas. Na prática, para esses fatores sejam
efetivados, é necessário investir no desenvolvimento de um processo
participativo que os identifique e multiplique em um determinado contexto e
lugar. Na escola, por exemplo, é essencial ter espaços para conversar, sem
constrangimento, sobre os diversos assuntos de interesse a saúde dos
adolescentes, entre estes, a prevenção e redução de danos no uso de álcool e
outras drogas. Esses espaços, se democráticos, respeitosos e participativos,
vão funcionar como fatores e processos de proteção. Ações continuadas e
permanentes que incentivem atividades solidárias, fortalecendo a comunicação
e o respeito às diferenças, minimizam os mais diversos fatores de risco e
incrementam potenciais fatores de proteção. Após a conclusão do momento
anterior, iniciou-se a segunda oficina “É fato ou é boato”, a partir de uma
discussão sobre o que são drogas lícitas e ilícitas. O resultado foi bem
satisfatório, pois resultou em uma ampla discussão do uso e efeitos das drogas
sobre o corpo humano além das implicações que essas trariam para a vida
social dos usuários. Os adolescentes demonstraram largo conhecimento dos
tipos de drogas e as consequências que estas implicam. Os mesmo foram
capazes de correlacionar, por exemplo, o uso de substâncias psicoativas e
risco para adquirir uma doença sexualmente transmissível. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Durante as oficinas é evidente o interesse e envolvimento dos
adolescentes, na medida em que participaram ativamente tirando suas dúvidas
e levantando questões. Percebeu-se uma disparidade de comportamento dos
jovens, onde uns demonstraram saber uma postura correta diante das diversas
situações, outros verbalizaram a vontade de se submeter a situações de perigo
e até mesmo acreditar que determinadas situações não geravam risco para sua
saúde. As atividades puderam contribuir para formação de jovens críticos e
que tenham consciência de suas atitudes, sendo de grande importância na
medida em que os fazem refletir em situações reais, dialogando seus medos e
dúvidas.
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RELATO DE EXPERIÊNCIA: UTILIZAÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL
NA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Luciana Feitosa Lucas, Faculdade Leão Sampaio
Palloma Feitosa Lucas, Faculdade Leão Sampaio
Maria Elaine Silva de Melo, Faculdade Leão Sampaio
Luciana Maria Pereira dos Santos, Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Educação em Saúde. Cordel. Promoção da Saúde
INTRDUÇÃO: A educação em saúde trata-se de um ramo da promoção em
saúde, no qual visa à disseminação dos conhecimentos ligados à saúde por
profissionais da área para a comunidade, atuando na divisão de
responsabilidades, uma vez que é importante a realização de momentos
educativos, com fito de formar cidadãos mais críticos e corresponsáveis por
sua saúde, como também, pela saúde da comunidade e do meio ambiente.
Consoante o pensamento de Roncalli (2003) e Fernandes, Chagas e Souza
(2010), a educação em saúde configura-se, como uma das principais ações
promotoras da saúde, recebendo várias denominações, de acordo com cada
período e sua própria evolução, denominando-se em determina época,
educação sanitária, educação em saúde, educação para a saúde, dentre
outros, tendo sempre como intenção difundir informações para a diminuição,
controle e erradicação de doenças. De acordo com Renovato e Bagnato
(2012), a educação sanitária associa-se diretamente à saúde pública, como
forma de prevenir doenças através do repasse de informações à população por
profissionais, caracterizando-se pela normatização, regulação e rigor, no intuito
de modificar hábitos indesejáveis, sendo amplamente empregada para
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transmitir conhecimentos de higiene, especialmente a crianças em idade
escolar. Construindo um parâmetro de diferenciação, Souza e Jacobina (2009)
asseveram que a educação em saúde difere-se daquela através da ampliação
do seu conceito, tornando-se instrumento de reflexão onde os sujeitos podem
interagir com as informações passadas, expor suas experiências, o saber
popular, e assim promover a troca de saberes, como também para
conscientização de sujeitos corresponsáveis por sua saúde e pela saúde da
comunidade. Portanto, destacamos a importância da realização de momentos
educativos, para a criação de cidadãos críticos corresponsáveis por sua saúde,
pela saúde da comunidade e do meio ambiente. Neste sentido, Smeltezer e
Bare (2009), afirmam que é preciso estimular à sociedade a cultivar condutas
apropriadas à saúde como, dieta equilibrada, realização de atividades físicas
regularmente e boas práticas de higiene, medidas estas que reduzem os
custos especializados em saúde, gerados por tratamentos complexos, uma vez
que várias doenças podem ser evitadas e o tratamento inicial é mais barato. No
entanto, para promover sua saúde, o indivíduo deverá participar ativamente de
ações e serviços que estimulem cuidados em prol da saúde e implementar as
mudanças necessárias, pois, de nada adiantará ter posse das informações que
fortaleçam sua saúde, se não colocá-las em prática. Por isso, o projeto em
questão busca promover ações educativas na área da saúde no ambiente
escolar e em unidades do programa Estratégia Saúde da Família (ESF),
através do uso da literatura de cordel. Segundo Moura et al. (2007), a
promoção à saúde no ambiente escolar é uma extensão das políticas públicas
de saúde, e como tal de extrema importância demandando planejamento,
parceria, integração e fortalecimento de seus agentes promotores, tendo assim
estrutura multidisciplinar colaborando com os indivíduos no confronto dos
problemas de saúde, ela requer que a população fortaleça sua capacidade de
enfrentar o processo saúde-doença, individual e coletivamente de forma
consciente, a fim de fortalecer a saúde e melhorar a qualidade de vida. O
interesse dos pesquisadores partiu durante acompanhamento do estágio
supervisionado do curso Técnico em Enfermagem, de uma Escola Estadual de
Educação Profissional (E.E.E.P), em uma unidade do programa Estratégia
Saúde da Família, quando os estudantes realizavam uma atividade educativa
em saúde, tendo como tema: Prevenção, controle e tratamento da Hanseníase,
durante o desenvolvimento da ação educativa, notamos dificuldades em sua
execução em relação a compreensão e entendimento pela comunidade, quanto
as informações passadas. O desenvolvimento do projeto justifica-se pela
elaboração de um recurso didático, que visa facilitar a compreensão e
entendimento da comunidade independente do seu nível sociocultural, ao
participarem de atividades educativas relacionadas à saúde, por conter
linguajar simples e com humor, porém contendo informações pertinentes e
relevantes aos temas abordados. Para Castoldi e Polinarski (2009), recursos
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didáticos são quaisquer elementos que beneficiam a aprendizagem. Os sujeitos
frente à utilização destes recursos se mostram, mais motivados e interessados
a participarem. A relevância do projeto se dá por seu caráter social, na medida
em que podemos sensibilizar os discentes de uma E.E.E.P e a comunidade,
quanto à prática de hábitos saudáveis de vida, a prevenção de doenças, como
ao mesmo tempo, estimular a participação e o acesso às ações e serviços de
saúde como é o caso de palestras e ações educativas. OBJETIVO: Neste
sentido, o presente estudo objetivou relatar a experiência das autoras, na
promoção de ações educativas na área da saúde, no ambiente escolar e em
unidades do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), através do uso da
literatura de cordel, por meio da elaboração de cordéis pelas docentes, com a
contribuição de discentes do curso Técnico em Enfermagem de uma E.E.E.P,
situada na região do Cariri, tendo temáticas relacionadas à saúde, como
também visa contribuir para formação de profissionais especializados para
atuarem de maneira interdisciplinar durante sua formação e atuação
profissional. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de cunho
descritivo-exploratório na modalidade relato de experiência, a cerca do uso da
literatura de cordel em atividades de educação em saúde. Para Andrade (2003,
p.124), na pesquisa descritiva „„[...] os fatos são observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles
[...]‟‟, ou seja, os dados apresentados descrevem as reflexões, com exatidão
das situações investigadas do comportamento humano, seja no contexto
individual ou coletivo da sociedade. Ainda na concepção de Andrade (2003), a
abordagem exploratória tem várias finalidades, dentre elas a formulação de
hipóteses, definição de objetos e possibilidade de um direcionamento novo,
para um estudo futuro. Por fim, segundo Tereza; Santos e Santos (2007),
relatos de experiências tem a capacidade transmitir/repassar questões
singulares da vivência profissional, tornando objeto de discussão coletiva e
social. O projeto de extensão nomeado “Saúde em Cordas” foi idealizado em
2011 e ainda está em execução, à elaboração dos cordéis se deu de forma
conjunta, contando com a participação de docentes nas áreas de Enfermagem,
Artes e discentes do segundo e terceiro ano do curso Técnico em Enfermagem,
da E.E.E.P Aderson Borges de Carvalho, situada na cidade de Juazeiro do
Norte - CE. Como sujeitos da pesquisa, compuseram estudantes dos demais
cursos e turmas da instituição de ensino em questão e a comunidade
participante das ações educativas realizadas utilizando os cordéis. Como
critério de inclusão para o estudo, analisamos apenas os indivíduos
participantes das atividades educativas em saúde realizadas utilizando os
cordéis. A coleta dos dados se deu através da observação participativa e as
avaliações das ações educativas em saúde ocorram, por meio dos feedbacks
dos participantes durante os atos educativos. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
Utilizando a literatura de cordel como recurso didático, na elaboração de
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cordéis específicos com temáticas ligadas à saúde. Segundo Tereza; Santos e
Santos (2007, p. 329) “Os cordéis têm como vantagem a possibilidade de falar
sobre os mais diversos temas, podendo ser excelente veículo para educar em
saúde”, uma vez que os mesmos, são constituídos de linguajar simples e com
humor, possibilitou maior interatividade entre os membros da comunidade e os
profissionais da saúde durante a realização de ações de educação em saúde,
contribuindo assim para favorecer a compreensão e o entendimento das
informações passadas. Fontana (2008) evidencia um dado relevante, que é
fundamental que os responsáveis pelas ações educativas abordando qualquer
questão, atentem para o entendimento das informações passadas, ainda no
planejamento das ações e durante sua execução, adotem recursos que
facilitem a comunicação, porque compreender é o primeiro passo, para
conscientizar os indivíduos que eles são responsáveis por sua saúde, assim
como o Estado. Durante a confecção dos cordéis os alunos participantes do
projeto, tiveram que pesquisar de forma exaustiva as temáticas propostas, na
tentativa de explorar e relacionar da melhor forma os conteúdos que foram
abordados, as rimas características dos cordéis, sendo escolhidos num
primeiro momento os temas hanseníase e saúde bucal, vale destacar que os
cordéis contam ainda com xilogravuras confeccionadas por alunos da escola
em questão, de todos os cursos oferecidos pela instituição destacando-se os
do curso técnico em enfermagem, feitas especialmente para ilustrar cada tema
abordado, enfatizando a interdisciplinaridade. O primeiro cordel elaborado
abordou o tema hanseníase relatando sobre o histórico da doença, sinais e
sintomas, tratamento e cura, sendo utilizado dentre outros locais, durante uma
ação educativa desenvolvida no Centro de Dermatologia de Juazeiro do NorteCE, durante a apresentação do cordel observamos uma boa aceitação por
parte dos ouvintes, como também os mesmos, foram presenteados com um
exemplar do cordel em questão, desta forma ampliamos a possibilidade das
questões abordadas durante a educação em saúde serem discutidas no
ambiente domiciliar, escolar ou no trabalho, atuando assim, os participantes
como agentes multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. Segundo Maciel
(2009) as ações educativas em saúde passam a ser definidas como um
processo que objetiva capacitar indivíduos ou grupos para contribuir na
melhoria das condições de vida e saúde da população, devendo ainda servir
como estímulo à reflexão crítica das causas dos seus problemas bem como
das ações necessárias para sua resolução. Para a elaboração do segundo
cordel abordamos a temática saúde bucal, destacando a importância da
higiene bucal para uma saúde plena, escovação completa da cavidade bucal,
convívio social, halitose bucal e o preconceito gerado pela mesma, o cordel foi
apresentado de forma dramatizada para facilitar ainda mais a compreensão do
público durante um evento na E.E.E.P Aderson Borges de Carvalho. Este
projeto possibilitou aos alunos participantes, um conceito reflexivo da
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educação, utilizando estratégia diferenciada contribuindo assim para a
formação de profissionais de saúde comprometidos com o processo de
educação e saúde, bem como tornou os momentos de educação em saúde
mais atrativos. Para os clientes, a experiência ofereceu oportunidade de tratar
de forma descontraída e bem humorada de assuntos ligados à saúde,
destacando-se a prevenção de doenças em especial da hanseníase e o
incentivo a saúde bucal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação é um
processo rico, contínuo, porem dinâmico e repleto de desafios, que mobiliza o
sujeito a não só replicar os saberes, mas também a interagir e construir
conhecimentos a partir de sua realidade. Neste intuito, o estudo em questão,
possibilitou relatar a experiência das autoras, na realização de atividades de
educação em saúde, utilizando a literatura de cordel, por meio da elaboração
de cordéis com temas relacionados à saúde, episódio que proporcionou maior
interatividade entre os membros da comunidade e os profissionais da saúde
durante a realização de ações de educação em saúde, contribuindo assim para
favorecer a compreensão e o entendimento das informações passadas. A
realização de ações educativas na área da saúde tem papel de destaque,
neste caso em especial, pois os alunos participaram ativamente do processo
construtivo dos mesmos, aprofundando seus conhecimentos sobre as
temáticas abordadas, tanto para a elaboração dos cordéis, quanto para a
apresentação dos mesmos. Por fim, esta iniciativa que contribuiu de direta ou
indiretamente no fortalecimento da saúde individual e/ ou coletiva, por meio da
promoção à saúde, destacando-se a prevenção de doenças, em especial da
hanseníase e o incentivo a saúde bucal.
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A ENFERMAGEM ASSISTENCIALSTA ATUANTE EM NÍVEL HOSPITALAR:
ELE ESTÁ BEM?
Jéssyca Isabel de Aquino Carvalho, Faculdade Leão Sampaio
Danielly Gonçalves da Silva, Faculdade Leão Sampaio
Ana Bárbara da Silva Ribeiro, Faculdade Leão Sampaio
Kamille Rodrigues Freire Lopes, Faculdade Leão Sampaio
Woneska Rodrigues Pinheiro, Faculdade de Medicina do ABC; Faculdade Leão
Sampaio
Marco Akerman, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Desgaste
Profissionais de Saúde
Profissional. Burnout.
Estresse
Profissional.
INTRODUÇÃO: Estresse é um tema de larga abrangência e que ocupa lugar
de destaque nos diversos meios de comunicação. É amplamente abordado em
temas de discussão popular, assim como na literatura científica (BIANCHI,
2000). O termo estresse tem sido cada vez mais utilizado e associado a
situações e sentimentos desagradáveis, que provocam algum tipo de reação
negativa aos sujeitos acometidos (PRETO; PEDRÃO, 2009). Com o passar dos
anos, várias abordagens foram surgindo. Como pontos marcantes nesse
desenvolvimento têm-se Selye (1956) que definiu o chamado stress biológico,
com a descrição da Síndrome de Adaptação Geral (SAG). Foi chamado o "pai”
da teoria do estresse devido à delimitação que colocou no uso do termo
estresse. Smeltzer e Bare (2005) apontaram que o estresse ocorre quando ha
uma modificação ameaçadora, lesiva ou tensa no ambiente, desencadeando
um desequilíbrio no individuo. O individuo sente ou torna-se incapaz de realizar
tarefas sob essa situação. Esse estímulo causador de tal situação é o fator
estressor, sendo variável: o fator estressor que gera estresse em um indivíduo
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pode não gerar em outro. Os estressores podem ser distinguidos como físicos
(agentes químicos, frio e calor), fisiológicos (fadiga, dor) ou psicossociais
(medo de perder, falhar ou errar). Guyton (1988) nos lembra que a fisiologia do
estresse envolve mecanismos hormonais que começam no cérebro com o
estímulo da neuro-hipófise e desencadeiam uma cascata de eventos que
englobam as glândulas da suprarrenal, que agem sobre o estômago, o
coração, o sistema linfático, mobilizando inclusive o sistema imunológico que,
além de deixar o organismo com as defesas comprometidas, baixam também
os níveis de endorfinas e serotonina que elevam a autoestima do ser humano.
Este estudo apresenta uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de
identificar e analisar as últimas concepções teóricas sobre estresse na área da
saúde, discutidas nos últimos anos, buscando contribuir para propor soluções
para diminuir o impacto negativo na vida profissional e pessoal destes
profissionais, sensibilizando gestores e os próprios profissionais sobre a
problemática em questão. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo trata-se de
um levantamento sistemático bibliográfico, apoiado na necessidade de se
conhecer melhor o estresse que vêm comprometendo a qualidade de vida nas
diversas dimensões, profissional, social ou biológica dos profissionais de
enfermagem que atuam na assistência direta a nível hospitalar. Considerandose o objetivo referido, foram selecionados estudos que contemplassem a
temática sobre a saúde psíquica e física dos profissionais de enfermagem
publicados em periódicos nacionais indexados nas bases de dados LILACS
(Literatura em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library
Online). A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2015. Como primeiro
procedimento para busca e seleção dos artigos foi identificado os descritores
(desgaste profissional, burnout, estresse profissional) nas bases de dados, em
português, ambos indexados ao DecS (Descritores em Ciências da Sáude).
Com esses descritores, foram levantados 45 estudos indexados no LILACS e
31 estudos indexados no SCIELO, totalizando 76 artigos. Chegou-se a esses
números após seleção de filtros específicos no site da BVS, são esses: artigos,
do período de 2010 a 2014, nacionais e em português. Assim, finalizou-se a
seleção dos estudos, onde após essa primeira identificação, realizou-se buscas
avançadas pelos estudos, de forma atenta e minuciosa, compreendendo a
leitura dos títulos, objetivos e resumos, visando selecionar apenas estudos
relacionados ao foco do estudo. Foram excluídos, além dos estudos que não
estavam relacionados com o tema, os trabalhos que não estavam
disponibilizados na íntegra e que encontravam-se em outro idioma que não o
português. Dessa forma, a amostra final ficou composta por quinze estudos
científicos. Os trabalhos selecionados, no momento da análise, foram
ordenados e organizados pela seguinte sequência: Nome do autor, o título do
estudo, o ano de publicação, a metodologia, periódico de indexação e a
conclusão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os quinze artigos científicos
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selecionados compuseram a fonte de análise de onde extraiu-se diversos
trechos que demostram comprometimento da qualidade de vida dos
trabalhadores de enfermagem associados a condição de trabalho, tanto no
âmbito físico, quanto psíquico. Esses artigos foram numerados de 1 a 15 e
diferenciados por ano de acordo com o eixo temático pertencente. A
formulação deste estudo compôs-se de uma criteriosa seleção, onde a partir de
um corpus de 76 artigos, selecionou-se 15 ou 21,42 % dos trabalhos. Em
relação ao ano de publicação, percebe-se que houve maior número de
indexações 2011 e 2013, atingindo um total de 66,66% publicações, 5
correspondente a cada ano. O segundo período que apresentou maior
frequência foi do ano de 2010, com 26,66% das publicações. E o terceiro
período com o menor número de indexações foi o de 2012, com o total de
6,66% de publicações. No ano de 2014 não foram encontrados nenhum
resultado. Esses dados demostram, de uma maneira geral, a timidez de
pesquisas científicas abordando a temática em questão. Em relação aos
periódicos de indexação, destacou-se as Revista de Escola de Enfermagem da
USP, Revista Gaúcha de Enfermagem e a Revista de Enfermagem UERJ com
o maior número de artigos publicados com esta temática, perfazendo 60% do
total. Os periódicos como Revista de pesquisa: saúde é fundamental, Ciência e
Saúde Coletiva, Revista Saúde Pública, Escola Ana Nery e Revista Eletrônica
Saúde Mental Álcool Drogas, também continham artigos considerando o tema
pesquisado. Partindo dessa sistematização, foram identificados os seguintes
eixos temáticos: “Vulnerabilidade ao Burnout entre os profissionais de saúde” e
“Cargas de trabalho geradoras de desgaste profissional”, proporcionando uma
melhor da análise dos estudos selecionados. Vulnerabilidade ao Burnout entre
os profissionais: Entre os estudos analisados, quatro citam a Síndrome de
Burnout diretamente como estressores ocupacionais na vida dos trabalhadores
estendendo-se a várias categorias de profissões, sendo que 3 apontam o
conceito e sinais e sintomas da mesma, diferenciando do estresse comum
(OLIVEIRA; COSTA; SANTOS, 2013; LIMA, et al., 2013; LIMA; SOUZA;
FELICIANO, 2013; EZAIAS et al., 2010). Conforme um dos estudos, a
Síndrome de Burnout é definida como uma síndrome característica do meio
laboral, que se constitui em um processo de resposta ao estresse ocupacional
crônico, e traz consigo consequências negativas em nível individual,
profissional, familiar e social. Porém, há um conceito multidimensional, que é
evidente nos artigos, o conceito de referência é o de Maslach e Jackson, os
quais afirmam que a síndrome resulta de um processo que envolve a
superposição de: (1) alta Exaustão Emocional (EE), perda ou desgaste dos
recursos emocionais com sentimentos de esgotamento e tensão; (2) alta
despersonalização (DP), distanciamento emocional contraproducente frente
aos pacientes, colegas e organização; (3) baixa realização pessoal no trabalho
(RP), tendência à auto avaliação negativa, com declínio no sentimento de
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competência (LIMA; SOUZA; FELICIANO, 2013; EZAIAS et al., 2010). Jbeili
(2008) enfatiza que a Síndrome de Burnout é expressa no estágio mais
avançado do estresse. Tem seu início com o desânimo e a desmotivação com
o trabalho, e pode chegar a doenças psicossomáticas, fazendo com que o
profissional tenha altas taxas de absenteísmo, afastamento temporário das
funções, chegando até a aposentadoria por invalidez. Após esse breve
percurso, apresenta-se os efeitos do Burnout sobre a saúde: hipertensão
arterial, cefaleia, insônia, mialgia, artralgia, ansiedade, irritabilidade,
desmotivação, desconcentração, entre outros; e o trabalho: absenteísmo,
rotatividade, diminuição da produtividade e qualidade da assistência. Existem
várias características evidenciavéis, algumas em maior, outras em menor
intensidade, dentre elas ressalta-se a angústia, taquicardia, distúrbios
gastrintestinais, entre outras. Diante de um dos estudos apresenta-se a
dificuldade de uma necessidade de correta diferenciação entre a Síndrome de
Burnout e o estresse comum, uma vez que a síndrome envolve atitudes e
condutas negativas do profissional em relação à população por ele assistida, à
organização e ao seu processo de trabalho; assim como também engloba
atitudes e sentimentos que geram problemas de ordem prática e emocional ao
trabalhador e à instituição. Já o estresse não envolve atitudes e condutas, pois
se refere ao esgotamento pessoal, que interferem na vida do indivíduo, mas
não necessariamente em sua relação com o trabalho. Inicialmente, esta
síndrome era diagnosticada apenas em profissionais que trabalhavam em
contato direto com as pessoas. Resultados típicos mostram diferentes
categorias profissionais, dentre as profissões que mais têm desenvolvido a
síndrome do Burnout encontra-se a enfermagem. Esse fato relaciona-se ao
árduo trabalho em turnos, à falta de reconhecimento profissional, às relações
de trabalho e ao lidar constantemente com a sensação de impotência frente à
morte. Destaca – se também estudos que contemplam, ao mesmo tempo,
distintas categorias de profissionais de saúde encontram maiores níveis entre
médicos tanto da propensão à síndrome quanto da ocorrência de Burnout
(LIMA et al., 2013; OLIVEIRA; COSTA; SANTOS, 2013). Por fim, no âmbito
institucional, os efeitos da Síndrome de Burnout refletem-se na diminuição da
produtividade, na qualidade do trabalho, no aumento do absenteísmo, na alta
rotatividade, no incremento de acidentes ocupacionais, na visão negativa da
instituição; tendo como resultado importantes prejuízos financeiros para as
organizações e constituindo-se em um evento com repercussões no processo
de trabalho em saúde (BENEVIDES, 2003). Cargas de trabalho geradoras de
desgaste profissional: A partir da década de 1980, houve uma eclosão de
estudos sobre os estudos sobre saúde do trabalhador, a qual passa a ser
concebida como campo de conhecimento e, como consequência, incrementouse as produções científicas referentes ao assunto. Desse modo, a saúde
ocupacional passou a ser entendida como uma importante estratégia, não
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apenas para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também contribuir para a
motivação e satisfação no trabalho, a produtividade, a qualidade dos produtos
e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de vida dos indivíduos e da
sociedade como um todo (NEVES et al., 2010). Santana et al. (2006)
complementa que na concepção histórico-social, dada à inserção desses
trabalhadores na prestação de serviços de saúde, apreende-se que os mesmos
interagem com uma variedade de cargas no seu processo de trabalho as quais
são geradoras de processos de desgaste, conferindo-lhes perfil de morbidade
característico. A convergência das temáticas de qualidade de vida e saúde do
trabalhador em uma mesma direção pode proporcionar um avanço significativo
na qualidade dos serviços prestados pelos trabalhadores. Inserido no contexto
do trabalho, o profissional da área de saúde muitas vezes atua em favor da
otimização do bem-estar de seus clientes e, quase sempre, negligencia o
cuidado em direção ao seu próprio estado de saúde (NEVES et al., 2010).
Cargas de trabalho são definidas como os elementos do processo de trabalho
que interagem entre si e com o corpo do trabalhador, desencadeando
alterações nos processos biopsíquicos que se manifestam como desgastes
físicos e psíquicos potenciais ou efetivamente apresentados. Elas são
classificadas em cargas de materialidade externa ao corpo do trabalhador
(cargas físicas, químicas, biológicas e mecânicas) e cargas de materialidade
interna (cargas fisiológicas e psíquicas), por se estabelecerem por meio do seu
corpo (SECCO et al., 2010). Três dos artigos pesquisados ressaltaram a
Enfermagem como uma das categorias da área da saúde que tem longas
jornadas de trabalho. Nesse grupo profissional, as longas jornadas podem levar
à exaustão e fadiga, podendo afetar a assistência aos pacientes. As condições
de trabalho da equipe de enfermagem, principalmente nos hospitais, têm sido
consideradas impróprias no que concerne às especificidades do ambiente
gerador de riscos à saúde. Os trabalhadores de enfermagem muitas vezes,
necessitam de vários vínculos de trabalho, por situação econômica
desfavorável e baixos salários que prejudicam a qualidade de vida (SILVA;
ROTENBERG; FISCHER; 2011; SCHMOELLER et al., 2011; LIMA et al.,
2013). A ideia de carga de trabalho tem sido utilizada na literatura para estudar
a saúde dos trabalhadores. Esta é definida como um dos elementos do
processo de trabalho que interagem entre si e com o corpo do trabalhador,
desencadeando alterações nos processos biopsíquicos, que se manifestam
como desgaste físico e psíquico, potenciais ou efetivamente apresentados
(SCHMOELLER et al., 2011). Nas últimas décadas tem-se observado uma
tendência mundial no aumento da jornada de trabalho. Há dificuldade em se
estabelecer um limite seguro para a duração das jornadas devido à variedade
de condições envolvidas. Contudo, estudos apontam interferências negativas
das longas jornadas de trabalho em diversos aspectos da vida dentro e fora do
trabalho (SILVA; ROTENBERG; FISCHER, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS:
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Com a realização deste trabalho, foi possível verificar o avanço tímido de
estudos sobre o estresse e a qualidade de vida dos trabalhadores de saúde na
atuação hospitalar em todas suas dimensões, especialmente no que diz
respeito ao profissional de enfermagem, tendo em vista que o estresse está
diretamente relacionado com o estado de saúde regular desses profissionais.
Acredita-se que este trabalho contribuiu para uma melhor compreensão da
amplitude e complexidade da saúde física e psíquica dos profissionais de
saúde, a partir da forma como as literaturas mais recentes o trazem, revelando
outros contextos sobre estresse, voltando-se para a avaliação das estratégias
defensivas desenvolvidas pelo trabalhador de saúde no seu cotidiano de
trabalho, da assistência prestada, ponto de vista dos profissionais e gestores e
a organização dos serviços de saúde. Julga-se que medidas de enfrentamento,
juntamente com organização e colaboração de gestores das unidades,
certamente resultarão em melhor qualidade de vida da equipe de saúde e
elevará a qualidade da assistência prestada aos pacientes que necessitarem
de atendimento. No que diz respeito ao conceito de qualidade de vida dos
profissionais de enfermagem, considera-se vários fatores que afetam e
desestabilizam os mesmos, como, atuação no período noturno, atuar como
principal responsável pela renda familiar são fatores relevantes em relação ao
trabalho, seja doméstico, seja profissional.
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A INFLUÊNCIA DOS FATORES ESTRESSORES E COMO ELES ATUAM NA
VIVÊNCIA DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS DA CIDADE DE JUAZEIRO
DO NORTE-CE
Thereza Deborah de Oliveira Sales, Faculdade Leão Sampaio
Nathalia Matos de Santana, Faculdade Leão Sampaio
José Diogo Barros, Faculdade Leão Sampaio
Fernanda Matos de Santana, Faculdade Leão Sampaio
Mauro Mccarthy de Oliveira Silva, Faculdade Leão Sampaio
Chesla de Alencar Ribeiro, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Trânsito. Fatores Estressores. Condutores de Veículos
INTRODUÇÃO: O trânsito local da cidade de Juazeiro do Norte – CE
caracteriza-se como sufocante já há algum tempo. Difícil pelo número de
veículos, motociclistas, bem como outros do tipo não motorizados, que
circulam na cidade o que foi considerado como alvo da problemática, a
partir da dificuldade de locomoção nas ruas estreitas e sem planejamento
prévio. Entender uma população com tanta diversidade cultural, assim
como conviver com ela, suas complicações e um trânsito tão conturbado é
um desafio. O que leva os condutores de veículos desta cidade, a se
sentirem tão ansiosos? Quais problemas acarretam o estresse, interferindo
este no comportamento desses condutores? Este trabalho objetiva analisar
como se dá a vivência de situações estressantes no trânsito da cidade de
Juazeiro do Norte - CE fazendo, pois um levantamento dos fatores que
levam os condutores de veículos, a comportamentos inábeis e grosseiros,
prejudicando sua qualidade de vida. Já que a metodologia consiste em
colher dados através de entrevistas com condutores da cidade, bem como
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obter informações sobre como e porque, o emocional dos sujeitos se
mostra abalados, torna-se assim um estudo relevante, uma vez que se é
partícipe ativa desse processo, na posição de condutora de veículo
automotor. OBJETIVO: Como hipótese, procurou-se investigar se existe na
cidade, uma configuração que comporte diversos fatores estressantes, de
forma que afetem consideravelmente a saúde dos condutores de veículos,
bem como dos transeuntes e da população de um modo geral. A
contribuição que este trabalho visa proporcionar para uma visão mais
ampliada acerca do trânsito em nossa cidade para o conhecimento de
quantos se apropriarem desta leitura, assim como subsidiar áreas da
psicologia como educacional, do trânsito, ambiental, social, estatística, já
que o trânsito interage com várias vertentes da vida humana. MATERIAIS
E MÉTODOS: Este estudo tem uma abordagem qualitativa, de caráter
descritivo. Foi realizada no Auto Posto Casarão, localizado na Av. Leão
Sampaio, Km. Oito. Este foi escolhido pela pesquisadora, como ponto
aleatório, visto que qualquer um outro, se representaria significativo. Na
pesquisa de campo, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas onde o
pesquisador perguntou sobre a percepção a respeito do trânsito nos
quesitos violência, estruturação urbana, fatores estressantes e como ele (a)
se sente diante das situações cotidianas sabendo que a cidade apresenta
demanda, principalmente nos últimos anos, de muitos acidentes no transito.
A abordagem aos condutores de veículos também foi feita através de
entrevista gravada, e depois transcrita na íntegra. Colheu-se a
categorização por maiores relevâncias nas falas dos entrevistados. Esta
etapa da pesquisa se deu no período de uma semana. Os sujeitos do
estudo foram os condutores de veículos automotores, incluindo
motociclistas da cidade, não sendo necessário delimitar o número da
amostra, em virtude de se utilizar o conceito do ponto de saturação.
Previamente ao início da coleta de dados, o presente projeto foi registrado
no Sistema Nacional de Informações sobre Ética em Pesquisa envolvendo
Seres Humanos (SISNEP) e encaminhados ao Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Faculdade Leão Sampaio. Os dados coletados na
entrevista foram mantidos em sigilo quanto à identificação das pessoas
analisadas, em acordo com a resolução 466/12 do Ministério da Saúde que
rege as pesquisas envolvendo seres humanos, respeitando os princípios da
bioética (autonomia, justiça, beneficência, não malevolência) e garantindo
os direitos do sujeito, do pesquisador e da comunidade científica.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Analisando as entrevistas efetuadas, ficou
bem evidenciada a problemática sobre o trânsito cotidiano na cidade de
Juazeiro do Norte-CE. Ressaltam-se várias vertentes que se pode discutir e
realçar através das falas dos motoristas, bem como as dificuldades
encontradas no exercício do ato de dirigir, respondendo a hipótese que se
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procurou investigar, quanto aos fatores estressantes permeando o
cotidiano do condutor de veículos da cidade. De início é importante
salientar a resistência encontrada quanto às aceitações em se fazerem
entrevistados. A pressa era uma constante, a falta de tempo para a
execução da entrevista, o horário para se chegar ao destino, enfim eram
tantas as alegativas contrárias ao intento da pesquisadora, necessitando de
muita persuasão, paciência e determinação para a concretude da tarefa
proposta. São muitos os problemas encontrados nas famílias pobres,
apresentando um leque de dificuldades no enfrentamento do cotidiano, tais
como instabilidade, falta de segurança, analfabetismo, baixa escolaridade,
violência, fome. Tudo isto acarreta uma série de mudanças no
comportamento pessoal de cada um, sendo refletido no trânsito. A
inquietude ante a pressa, a falta de respeito para com o outro, é
desgastante, para quem está num veículo, numa moto, ou a pé. De
conformidade com as respostas escutadas pelos entrevistados, os
comportamentos dos condutores diferem, não obstante, em sua maioria
retratam nervosismos, ansiedade, grosseria, falta de educação, de atenção,
de respeito, de responsabilidade, ousadia, enfim, são registrados amiúde, e
por estas razões expressam atos indisciplinados e estressantes. A
educação para o trânsito é um compromisso social e político de todos os
cidadãos, focando a educação ética-social, integrando o homem, o meio
ambiente e a realidade social. Conforme o que os próprios entrevistados
falaram a respeito de compromisso político, eles acreditam ser escasso
entre a classe, e quanto ao éticosocial, são poucos os que se apegam a
este comportamento. Em todos os entrevistados, a resposta foi unânime
quando indagados sobre o que achavam do trânsito na cidade.
Representando um percentual de 100% de desaprovação quanto à
Educação no trânsito, o que se pode constatar a necessidade urgente de
práticas educativas, e de políticas públicas direcionadas a uma educação
nas disciplinas escolares, nas práticas das autoescolas, enfim,
propagandas insistentes com o objetivo de chamar a atenção dos condutos
menos disciplinados, para uma melhor prática diretiva e quiçá, ética e
política. A violência no trânsito não se dá somente por colisões,
atropelamentos e mortes, mas também na conduta verbal de alguns
condutores. Nos xingamentos, nos gestos obscenos, nas buzinadas
insistentes e desnecessárias, acontecidas pela impaciência e nervosismo.
Infelizmente tais atitudes se alastram por todo o país, como se percebe
através dos jornais escritos e falados. “[...] dirigir tendo ingerido álcool, dá
uma conotação de superioridade, esperteza, independência e, sobretudo
ser moderno”. O município de Campinas - São Paulo apresentava, como
Juazeiro do Norte-CE, um trânsito desordenado e com índices alarmantes
de mortes no trânsito. Medidas preventivas foram estabelecidas pelo
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município a partir de sérias colocações do próprio governo municipal, com
autonomia para gerir a Instituição, deslocando percentual da renda
municipal e juntamente com as multas arrecadadas pelas irregularidades
cometidas, suprir o pessoal responsável. Com isso o número de
mortalidade teve um acentuado déficit, mesmo com a nova investida na
motorização de novos veículos chegados à cidade. Além de muitas
situações de empasse que a locomoção dos condutores sofre, a trânsito
concorre para um comprometimento no rendimento do trabalho, pelo tempo
que o condutor leva para chegar até ele. Apesar de todos os entrevistados
terem se reportado ao trabalho como prazeroso, percebe-se sua
significância na vida dos trabalhadores de um modo em geral. Não
obstante, é indiscutível o quanto denotam o temor pelo atraso, pela
mercadoria entregue em tempo hábil, pela distância residência/trabalho,
necessitando chegar a tempo para o não recebimento da cobrança pelos
responsáveis. Percebe-se nas entrelinhas da pesquisa, que este fator os
deixa por demais estressados. Teóricos afirmam que “o termo estresse
denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam
excitação emocional [...] O termo estressor por sua vez define o evento ou
estímulo que provoca ou conduz ao estresse. As situações estressantes
envolvem um incremento que desperta o organismo, acelerando o ritmo
dos batimentos cardíacos, secura da boca, sensação de estômago
apertado e sudação excessiva. Diante de tais constatações percebe-se
que, como o estresse provoca os fatores internos dos condutores que por
sua vez, são provocados pelos fatores externos, o que interferem no modo
de agir de muitos. Outros fatores também são ressaltados como irritantes
para os condutores, tais como “más condições das vias; condições do
trabalho vistas como precárias; condições climáticas relacionadas com o
calor excessivo. Já se procura amenizar a situação do trânsito e do álcool,
implementando providências como ações ambientais fiscalizatória e
educacional, propiciando pelo menos inibir um pouco, as situações
drásticas para os sujeitos e para a sociedade de modo geral. Pode-se tirar
como conclusões deste estudo, uma gama de conhecimentos acerca dos
fatores estressores, e o que leva os condutores de veículos a terem
comportamentos nervosos no trânsito da cidade de Juazeiro do Norte-Ce.
Foi de imensa valia, haja vista, a problemática ser de cunho abrangente a
todos que participam do cotidiano da cidade, suas idas e vindas e,
naturalmente integram sua mobilidade urbana. Desde os primórdios da
criação da cidade, sua edificação foi comprometida pela falta de
planejamento estratégico. Suas ruas são estreitas de forma a dificultar a
movimentação diária, já que houve um considerável crescimento religioso,
comercial e populacional. De acordo com as entrevistas realizadas, foram
relacionadas três categorias que se mostraram mais salientes e pertinentes
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às falas. Estas denotaram a falta de educação no trânsito, os fatores
estressores que mais enervam os condutores de veículos evo álcool
associado à direção. É perceptível que dirigir nesta cidade se tornou nos
últimos tempos um desafio. E também o ato de dirigir, mesmo que não
profissionalmente, se tornou difícil, onde se faz necessário a cautela e a
habilidade, bem como uma atenção redobrada, haja vista, concomitante
aos carros e motos, bicicletas, carroças, animais estão presentes no
cenário diário da cidade. Além desses, outros veículos trafegam por
motivos de subsistência. Foi também percebida através da fala dos
entrevistados, a cobrança no trabalho, no que diz respeito à pressa no
cumprimento de cotas repassadas pelos gestores, calor excessivo, ruas
mal cuidadas e esburacadas, e significativamente o consumo de álcool
associado à direção, bem como a falta de educação da população
condutora de veículos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O trânsito se tornou
um problema de saúde pública, atingindo o biopsicossocial dos sujeitos.
Destarte, se faz premência numa reconstituição comportamental, seja nas
escolas, nas companhias que perpassam os ensinamentos, seja nos
órgãos administrativos subsidiados pelos governos municipais, estaduais
ou federais.
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AÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE À PESSOA COM HIPERTESÃO E/OU
DIABETES EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Lydia Nianny Ribeiro de Brito, Faculdade Leão Sampaio
Jéssica Barbosa Sampaio, Universidade Federal de Campina Grande
Milena Silva Costa, Universidade Federal do Cariri
Palavras-chave: Promoção da Saúde. Hipertensão. Diabetes Mellitus
INTRODUÇÃO: A trajetória do processo saúde-doença da população mundial
e brasileira tem perpassado por diversas mudanças nos últimos anos, devido o
avanço tecnológico e científico, ocasionando alterações no perfil
epidemiológico, em que as doenças crônicas passaram a ser destaque. A
maior longevidade da população associada às modificações ocorridas no estilo
de vida também tem contribuído significativamente para o aumento na
ocorrência destas doenças, que são responsáveis por um grande número de
óbitos em todo o mundo. As doenças crônicas são caracterizadas por história
natural prolongada, multiplicidade de fatores de risco, interação de fatores
etiológicos e biológicos, período de latência, curso clínico geralmente
prolongado e permanente, manifestações clínicas com período de reemissão,
exacerbação e evolução para graus variados de incapacidade e morte. Como
exemplos, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Melittus (DM) são
consideradas como as principais doenças crônicas acometidas pela população,
decorrente há vários fatores multicausais. O diagnóstico da HAS consiste na
média aritmética da pressão arterial maior ou igual a 140/90mmHg, verificada
em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre
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as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as
duas medidas subsequentes e divide-se por três. Sua prevalência no Brasil
varia entre 22% e 44% para adultos, sendo 32% em média, chegando a mais
de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de
70 anos. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. Associa-se a
doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, renais e metabólicas.
Consideram-se como fatores de risco a dislipidemia, tabagismo, sobrepeso,
obesidade, sedentarismo, DM, hereditariedade, população negra, idade
avançada, uso de anticoncepcional. O tratamento para o controle da HAS inclui
além da utilização de medicamentos quando indicado, a própria ideia de saúde
que o indivíduo possui, ou seja, a concepção de saúde é formada por meio da
vivência e experiência pessoal de cada indivíduo, tendo estreita relação com
suas crenças, valores, pensamentos e sentimentos, o que leva o indivíduo,
muitas vezes, a aderir ou não ao tratamento. Quando ele percebe esta
necessidade, procura controlar o peso, reduzir o consumo de bebidas
alcoólicas, abandona o tabagismo, pratica atividade física regular e adota
hábitos alimentares saudáveis. Portanto, a HAS requer um diagnóstico
precoce, tratamento e autocuidado adequado. No tocante a DM, é definida
como grupo de doenças metabólicas, com etiologias diversas, caracterizado
por hiperglicemia devido à deficiência de secreção de insulina pelas células
beta do pâncreas, resistência periférica à ação da insulina, ou por ambas as
causas. É classificada em tipo 1 e tipo 2. Há uma perspectiva que em 2030
haverá 19,6 milhões de pessoas com DM, sendo que o tipo 2 se destacará em
maior número de casos, representando 90% dos casos. São fatores de risco a
dislipidemia, tabagismo, sobrepeso, obesidade, sedentarismo, hereditariedade,
idade avançada, HAS, diagnóstico de diabetes gestacional ou macrossomia
fetal. São sinais e sintomas: a poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso,
fraqueza, tonturas, turvação visual e parestesia. O diagnóstico de DM se faz
quando a pessoa apresentar sintomas e glicose acima de 200mg/dl em
qualquer momento; em jejum, se a glicose apresentar maior que 126mg/dl em
duas ocasiões ou se a glicose evidenciar acima de 200mg/dl após 2h de carga
de 75g dextrose. Quanto ao tratamento, é baseado em medicamentos sendo
eles hipoglicemiantes orais e insulina, além disso, é necessário uma
reeducação alimentar, a prática de exercícios e está sempre monitorando os
níveis de glicose e hemoglobina glicada. Ao certo é que a HAS e DM são
responsáveis pela primeira causa de mortalidade e de hospitalizações no
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Sistema Único de Saúde (SUS); há cerca de dois milhões de cadastrados no
Sistema de Informação de Acompanhamento de Hipertensão e Diabetes (SISHIPERDIA), sendo que 23% destes tem diabetes e hipertensão e 4% somente
diabetes, representando assim um desafio para assistência implementada
pelos profissionais de saúde. Para reduzir os números e controlar os casos é
necessário o acompanhamento integral pelos profissionais de saúde nos três
níveis de atenção em saúde. No que se referem à equipe da atenção primária,
os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) atuam nas ações para a
promoção da saúde dessas pessoas com enfoque nas questões sociais,
culturais e econômicas em que o paciente está inserido, bem como a patologia,
tratamento e adesão desse paciente as mudanças no estilo de vida. Então,
parte-se do pressuposto que ações de promoção da saúde desenvolvidas na
ESF às pessoas com HAS e/ou DM contribuem para o controle das doenças,
prevenção de agravos e melhor qualidade de vida. E quando há parcerias com
os cursos de saúde de instituições de ensino técnico e superior, os resultados
podem ser mais eficazes por acreditar que o trabalho interdisciplinar
proporciona grandes benefícios para a população em tela. Dessa forma, o
presente trabalho se justifica pela importância que se tem de apresentar os
resultados das ações desenvolvidas por profissionais da ESF em parceria com
estudantes de cursos na área de saúde. Com o resultado, espera-se que esse
relato de experiência colabore para reflexões das equipes de ESF quanto o
significadorelevante em desenvolver tais ações. OBJETIVO: Relatar as
experiências vivenciadas por uma equipe da ESF durante atividade
interdisciplinar de promoção da saúde às pessoas com HAS e/ou DM.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência de uma
equipe de ESF atuante em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na
zona urbana do município de Juazeiro do Norte – Ceará, que realizou uma
atividade de promoção à saúde de pessoas com HAS e/ou DM, em parceria
com professores e alunos dos cursos de Técnico em Enfermagem e de
graduação em Farmácia, no dia primeiro de abril de 2015, no horário matutino.
Para tanto, houve um planejamento prévio em que a equipe estabeleceu os
temas que seriam abordados, a enfermeira contatou com as instituições
parceiras, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) convidaram os
participantes através de convites impressos e houve distribuição de tarefas
entre os demais membros da equipe para que fossem possíveis os resultados.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Na ocasião, compareceram 25 mulheres
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predominantemente idosas, com história de HAS e/ou DM, cinco alunos do
curso Técnico em Enfermagem, cinco alunos do curso de Graduação em
Farmácia, dois professores que estavam acompanhando tais alunos e os
membros da referida equipe: médica, enfermeira, sete ACS, uma técnica de
enfermagem, um agente administrativo, recepcionista e uma educadora física
da equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). A equipe da ESF
junto com os alunos e professores das instituições de ensino recepcionaram as
convidadas, fizeram uma atividade de acolhimento e explicaram os objetivos da
ação. Os alunos do curso técnico de enfermagem, professora, enfermeira e a
técnica de enfermagem verificaram a glicemia capilar, pressão arterial, peso,
altura e circunferência abdominal das participantes. Em seguida, iniciou-se a
troca de diálogos com os respectivos temas: “Medicação e alimentação para
hipertensos e diabéticos” abordado pela médica da equipe e alunos do curso
de Farmácia, que explicaram sobre a doença, fatores de risco, as medicações
recomendadas, uso, efeitos adversos, automedicação e mudanças no estilo de
vida. O segundo tema foi sobre “Atividade física e sua importância”
contemplada pela educadora física, que aproveitou a oportunidade para
ensinar quais são os exercícios recomendados e exercitar junto com todos os
participantes. A enfermeira abordou sobre o autocuidado. A recepcionista
agendou as consultas de retorno das participantes. As convidadas estavam
descontraídas, tiraram as dúvidas, interagiram com todos os que estavam
presentes, alimentaram-se com um café da manhã saudável ofertado pela
equipe, sugeriram que outros encontros devem acontecer por apresentarem
benefícios à saúde, agradeceram e parabenizaram pela ação. Diante dos
resultados, percebeu-se que apesar de homens e mulheres terem sido
convidados, apenas as mulheres compareceram, fato que pode está
relacionado aos homens não terem o hábito de procurar os serviços de saúde,
por eles não disponibilizarem de tempo em virtude das atividades laborais, ou
ainda, porque as mulheres são as pessoas que mais procuram os serviços de
saúde e por serem a maioria na área de atuação da equipe. Os envolvidos na
ação realizaram as atividades que o Ministério da Saúde recomenda para a
promoção da saúde das pessoas com HAS e/ou DM, que são: esclarecer sobre
os fatores de risco e mudanças nos hábitos de vida; orientar sobre as medidas
de prevenção; perguntar ao paciente se o mesmo está seguindo o tratamento;
verificar os níveis da PA, peso, altura e circunferência abdominal; agendar
consultas; dentre outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se que ações
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como essa devem propagar entre as equipes de ESF, pois se todos os
profissionais de saúde agir com as suas devidas tarefas e de forma
interdisciplinar, conseguirão obter resultados melhores em relação à promoção
da saúde das pessoas hipertensas e diabéticas.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE APRESENTANDO
FRATURA TRANSTROCANTÉRICA DE FÊMUR, COM EVOLUÇÃO PARA
TROMBROSE VENOSA PERIFÉRICA EM MEMBRO INFERIOR DIREITO:
UM ESTUDO DE CASO
Daniel Pereira Barros, Faculdade Leão Sampaio
Aline Morais Venancio, Faculdade Leão Sampaio
Maysa Kelly Leite de Lavor, Universidade Vale do Acaraú
Ivaneide Lemos Soares, Universidade Anhanguera
Palavras-chave: Fratura de Fêmur. Estratégia Saúde da Família. Assistência
Domiciliar. Cuidados Enfermagem.
INTRODUÇÃO: O envelhecimento representa a passagem do tempo, não uma
patologia, sendo um processo natural e fisiológico. No idoso, as alterações
como osteoporose, acuidade visual diminuída, fraqueza muscular, diminuição
de equilíbrio, doenças neurológicas, cardiovasculares e deformidades
osteomioarticulares são fatores que contribuem para a alta incidência de fratura
do terço proximal do fêmur (MUNIZ et. al., 2007). As fraturas do colo femoral ou
transtrocanterianas ocorrem em uma área entre o pequeno e o grande
trocânter, na porção extra-articular, em osso de predominância esponjosa e
ricamente vascularizado. São muito comuns na população idosa, estimando-se
que nove em cada dez fraturas do quadril ocorram em pacientes com mais de
65 anos de idade e mulheres. Essas fraturas são o resultado de forças diretas
e indiretas envolvendo o fêmur proximal. Geralmente estão associadas a
quedas, mas forças aplicadas indiretamente pelos músculos circundantes
também desempenham um papel definido, embora seja difícil de quantificar
(SMELTZER; BARE, 2005). O número de fraturas do quadril e cirurgias para
estas fraturas teve um aumento significativo nos últimos anos. Estima-se que a
partir de 2050 mais de 6 milhões de fraturas transtrocantérica ocorram em todo
o mundo, isto é explicado pelo aumento no número de idosos e por
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consequência na incidência de osteoporose. Este tipo de lesão ocasiona maior
mortalidade (15%) no primeiro ano pós-fratura, ou representa perda
significativa da capacidade funcional. Cerca de metade dos idosos torna-se
incapaz de deambular e um quarto necessita de cuidado domiciliar prolongado
(MUNIF, 2008). Apesar da cirurgia, o paciente idoso tem uma maior dificuldade
de locomoção. O estresse e a imobilidade relacionados com o trauma
predispõem o adulto idoso a pneumonia, sepse e capacidade reduzida para
lidar com outros problemas de saúde. Muitas pessoas idosas hospitalizadas
com fratura de fêmur ficam confusas em consequência do estresse do trauma,
ambiente desconhecido, privação do sono, medicamentos e doença sistêmica
(SMELTZER; BARE, 2005). Dessa forma, é válido destacar que, quando ocorre
o descomprometimento da família e dos profissionais de saúde na reabilitação
e recuperação do paciente isso poderá implicar como um fator agravante na
assistência prestada. Diante dessa problemática, o presente estudo buscou
acompanhar as etapas da reabilitação de um paciente vítima de fratura de
fêmur ressaltando a importância do apoio familiar durante essa fase de sua
vida, bem como, destacar o papel do enfermeiro na assistência ao cliente
durante esse processo de recuperação, como também, sistematizar a
assistência de enfermagem ao paciente em estudo. Segundo Ribeiro et. al.
(2009), a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma
metodologia de trabalho, que possibilita a organização, planejamento e
avaliação do cuidado prestado, sendo uma ferramenta importante para o
enfermeiro alcançar qualidade da assistência, melhorar a comunicação entre a
equipe, priorizar as necessidades de cada paciente e ainda desenvolver ações
baseadas em conhecimento técnico-cientifico. A escolha do presente estudo
ocorreu durante o estágio supervisionado dos pesquisadores na rede de
Atenção Básica, por indicação de um Agente Comunitário de Saúde (ACS) e da
preceptora responsável pelo estágio, onde os pesquisadores buscaram
aprofundar seus conhecimentos e desempenhar suas capacidades de cuidados
de enfermagem frente ao caso de um paciente vítima de acidente de trânsito
que teve como trauma uma fratura de fêmur, evoluindo para uma trombose
venosa periférica. A pesquisa mostra-se relevante à medida que fortalece a
importância do programa de cuidado domiciliar por profissionais da ESF e a
importância do papel da atenção básica – rede primária, na reabilitação do
paciente. Com isso, a pesquisa contribuiu ainda na recuperação do cliente,
através da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, e
proporcionou estratégias para que o paciente pudesse ser reinserido na
sociedade com qualidade de vida. Como também, contribuiu aos
pesquisadores na construção do papel de indivíduos atuantes, enquanto
profissionais da equipe de enfermagem, dos serviços de saúde da atenção
primária. OBJETIVO: Sistematizar a assistência de enfermagem em um
paciente vítima de acidente motociclístico, apresentando fratura
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transtrocantérica de fêmur, evoluindo com trombose venosa periférica em
membro inferior direito. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de caso
desenvolvido na Estratégia de Saúde da Família 25, situada em Juazeiro do
Norte-CE, este sendo quesito obrigatório a ser apresentado ao estágio
supervisionado da rede de Atenção Básica, como parte integrante da grade
curricular do Curso de Graduação em Enfermagem. O estudo realizou-se de
fevereiro a maio de 2014 e ocorreu na residência do pesquisado, localizada na
cidade de Juazeiro do Norte-CE. Foram realizadas 4 (quatro) visitas
domiciliares ao sujeito do estudo, destas 2 (duas) no mês de março e 2 (duas)
no mês de abril, todas essas visitas aconteceram em período vespertino, com
escolha do dia e horário de maneira aleatória. Dados pertinentes ao paciente e
sua patologia foram coletados através de uma entrevista informal e sucinta com
o mesmo e familiares, foram avaliados exames apresentados, receituários e
consulta ao prontuário, além da realização de exame físico. A abordagem
desse exercício teórico-prático foi qualitativa-descritiva, usando como
instrumento de consulta e orientação o roteiro de Anamnese e Exame Físico
orientado em Potter e Perry (2005). Foi realizado pesquisa bibliográfica para o
desenvolvimento do embasamento teórico do problema através de livros,
revista brasileira de ortopedia e saúde, artigos da biblioteca virtual em saúde
(BVS), entre outros. Para a implementação dos diagnósticos de enfermagem
utilizou-se como referência a North American Nursing Diagnosis Association–
NANDA. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foi traçado um plano de cuidado de
enfermagem individualizado, onde os pesquisadores buscaram atuar com base
nos problemas reais e potenciais do paciente, visando proporcionar um nível
máximo de saúde. Através dos dados levantados, que serão apresentados a
seguir, emergiram-se 5 diagnósticos de enfermagem que exigiram intervenções
distintas para cada um. Histórico do Paciente: A. P. S. 76 anos, casado,
pedreiro, possui 3 (três) filhos, residente na cidade de Juazeiro do Norte-CE,
mora com sua esposa, uma filha e um neto. Vítima de acidente motociclístico,
apresentando fratura transtrocantérica de fêmur (D), evidenciado por exame de
imagem junto ao laudo médico, evoluindo com Trombose Venosa Periférica
(TVP) em Membro Inferior Direito (MID). No momento da 1ª visita (em 19-0314) apresentava grande dificuldade de mobilidade física e locomoção, ferida
operatória com secreção serossanguinolenta e com sinais flogísticos, região
patelar do MID com sinais de inflamação e referindo dor intensa nessa
localidade. Fazia uso de HCTZ 25mg (01 comprimido pela manhã) e Anlodipino
5mg (1 vez ao dia), no momento suspensos, fazendo uso de Privaroxabana
15mg. Contando com auxílio de cadeira de rodas para se locomover e realizar
suas atividades de vida diária. O ACS de sua microárea e o técnico de
enfermagem da Unidade Básica de Saúde (UBS) que está circunscrito
forneceram orientações básicas de cuidados e agendamos visita para semana
seguinte. Visitas realizadas: 28/03/14 – Realizado visita de rotina para
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acompanhamento do paciente em foco. No momento, o mesmo não refere
queixas, mas ressalta a inflamação em região patelar do MID. Ao exame:
Encontram-se consciente, orientado quanto ao tempo e espaço, pupilas
reativas a feixe de luz (miose), normocorado, anictérico, turgor nos limites de
normalidade, normorrítmico (69 bpm), pulso radial cheio e normoisfígmico,
Avaliação do Aparelho Pulmonar: murmúrios vesiculares presentes, com
ausculta pulmonar sem alterações em ápice, terço médio e base (anteroposterior), eupinéico (22 irpm). Abdômen globoso, rígido, porém depressivo e
indolor à palpação superficial e profunda em todos os seus quadrantes,
percussão com som timpânico em Quadrante Superior Direito (QSD) e
submaciço em Quadrante Superior Esquerdo (QSE), som maciço em
Quadrante Inferior Direito (QID); sons hidroaéreos presentes e movimentos
peristálticos hiperativos (8/min.); evacuações presentes, de característica sólida
e coloração marrom, Segundo Informações Colhidas (SIC); micções presentes
de cor amarelo-claro (SIC); incisão cirúrgica com ausência de sinais flogísticos,
não apresentando secreções, porém com presença de pequeno orifício e
acúmulo de pequena massa tecidual; membros inferiores (MMII) com presença
de edema em região tibial (3+/4+) em MID e região do maléolo lateral (2+/4+)
do mesmo membro; perfusão periférica normal, tônus muscular preservado e
discreta descamação em região plantar dos MMII. Condutas: Indicação do uso
de óleo de canola nos MMII, orientado a secar bem entre os dedos após o
banho, realização de exercício e movimentos leves, fisioterapia domiciliar profissional do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), orientação sobre
cuidados para prevenção de quedas (piso escorregadio, objetos pela casa, má
iluminação, etc), alimentação correta (sucos, arroz, feijão, legumes, verduras).
03/04/14 – Realizado visita domiciliar de rotina para avaliação do quadro clínico
do paciente e evolução de sua recuperação. Apresenta-se com estado geral
bom, continua sem uso de anti-hipertensivos, refere sono e repouso
preservados, eliminações fisiológicas presentes, segundo informações colhidas
(SIC). Relatando facilidade para transferência da cadeira de rodas e fica em pé
sem apoio, porém ainda refere parestesia em MID. Ainda apresenta pequena
inflamação no joelho direito e força diminuída do tônus muscular, porém o
edema dos MMII regrediram significativamente. No momento, os níveis
pressóricos encontravam-se com valores normais (110x70 mmHg); apresenta
glicemia capilar pós-prandial dentro dos valores aceitáveis (HGT: 115mg/dl).
Condutas: Reforçamos a continuidade da fisioterapia motora domiciliar (NASF);
elevação dos MMII; movimentação terapêutica do membro afetado (pressionar
bola terapêutica com movimentos regulares). 24/04/2014: Realizado visita
domiciliar de rotina dando continuidade na assistência do processo de
reabilitação do cliente. Paciente apresenta com estado geral bom, sem grandes
queixas no momento. Consciente, orientado, hidratado, normocorado,
anictérico, pupilas reagentes; ictus cordis não palpável a nível do 5º espaço
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intercostal paraesternal à esquerda; bulhas cardíacas audíveis e
normofonéticas. AAP: Toráx plano; abaulamento xifoidiano; simétrico, sem
presença de cicatriz; murmúrios vesiculares presentes; ausculta pulmonar
normal em ápice, terço médio e base (ântero-posterior). Abdômen: Globoso,
rígido, porém depressivo e indolor à palpação superficial e profunda; ruídos
hidroaéreos presentes, movimentos peristálticos normais (3/min); à percussão,
apresentou som maciço em QID e som timpânico em QSE. Eliminações
fisiológicas presentes e normais (SIC), e perfusão periférica satisfatória.
Condutas: Incentivamos adesão à alimentação hipossódica, uso de muletas,
deambulação e suspensão dos membros. Com isso, foi ainda desenvolvido um
plano de assistência ao paciente através de diagnósticos e intervenções de
enfermagem, podendo ser observado a seguir: Diagnóstico: - Dor aguda
relacionada com a fratura, evidenciado por relato verbal. Intervenções:
realizamos avaliação do tipo e a localização da dor; orientamos quanto ao uso
correto de analgésicos; orientamos para que manuseasse suavemente o
membro afetado, apoiando-o com as mãos ou travesseiro. Resultados
alcançados: o paciente descreveu confiança nos esforços para controlar a dor,
expressando pouco desconforto para a mudança de posição, referindo também
conforto quando a perna era posicionada de maneira cômoda e imobilizada,
passou a utilizar as medidas físicas, psicológicas e farmacológicas para reduzir
o desconforto, o paciente mostrou-se encorajado no posicionamento
terapêutico. Diagnóstico: Mobilidade física comprometida relacionada com a
fratura de quadril, evidenciada por restrição em cadeira de roda. Intervenções:
orientamos quanto às alterações de posições e transferência; instruímos sobre
a necessidade de auxílio do cuidador durante suas atividades de vida diária e
transferência da cadeira de roda para outros assentos; encorajamos o uso de
muletas como instrumento de apoio à marcha. Resultados alcançados: o
cliente contribuiu nas mudanças de posição e mostrou independência
aumentada nas transferências; passou a exercitar-se na cadeira de rodas;
aderiu as orientações sobre a deambulação progressiva; participou ativamente
na realização dos exercícios; utilizou o instrumento de apoio à marcha
(muletas) de maneira correta e segura. Diagnóstico - Integridade cutânea
comprometida relacionada com a incisão cirúrgica, evidenciada por secreção
serossanguinolenta. Intervenções: monitoramos os Sinais Vitais (SSVV);
orientamos quanto à troca de curativos de forma asséptica (colocar o paciente
em uma posição confortável, realizar higiene das mãos antes de iniciar a troca
do curativo, evitar expor grande parte do membro onde se localiza a ferida, a
fim de evitar infecção, usar luvas de procedimento e máscara, se possível,
colocar saco de lixo com fácil alcance, retirar o esparadrapo em direção
paralela a pele, a fim de evitar lesões teciduais, não tocar na área da ferida,
entre outras); avaliamos o aspecto da ferida e caráter de drenagem.
Resultados alcançados: o paciente manteve os SSVV dentro da faixa de
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normalidades; exibiu a incisão cirúrgica sem deiscência, secreção e nem sinais
flogísticos. Diagnóstico: - Risco de comprometimento de eliminação
relacionado com a imobilidade. Intervenções: orientamos quanto ao aumento
da ingesta de líquidos; encorajamos à deambulação; indicamos alimentação
com fibras e hipofermentadas. Resultados alcançados: o cliente referiu ingesta
de líquidos aumentada e exibiu os padrões miccionais normais (SIC).
Diagnóstico: - Risco de manutenção da saúde ineficaz relacionado com a
fratura de quadril e mobilidade comprometida. Intervenções: Realizamos visita
domiciliar periodicamente; encorajamos o paciente a expressar suas
preocupações sobre o cuidado em casa; dialogamos com o paciente,
explorando as possíveis soluções para os problemas; investigamos a
disponibilidade de outros profissionais da ESF para atuarmos conjuntamente e
de maneira interdisciplinar. Resultados alcançados: o paciente relatou
desconforto mínimo e ausência de hematomas, descreveu ainda, sentimentos
relativos à fratura de quadril e implicações na mudança do estilo de vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A assistência de enfermagem ao paciente vítima
de acidente motociclístico que teve como consequência fratura de fêmur,
evoluindo para uma TVP se mostrou de suma importância para uma boa
progressão do tratamento, uma vez que ajudou a proporcionar a reabilitação do
paciente e regressão das complicações comuns às fraturas de fêmur. Através
dessa investigação, houve um maior aprendizado por parte dos pesquisadores
sobre o papel dos profissionais de enfermagem na atenção básica, no que diz
respeito ao programa de cuidado domiciliar a pacientes incapacitados de se
locomover até a ESF. Deve-se então, reforçar que uma sistematização da
assistência de enfermagem com qualidade e humanização promove uma
evolução clínica satisfatória independentemente da condição em que o
paciente apresenta-se. Dessa forma, constata-se que o presente estudo foi de
imensa contribuição não só para o desenvolvimento de habilidades dos
pesquisadores, que a partir de então, poderão atuar com maior resolutividade
frente a pacientes que apresentem fratura transtrocantérica e que, após
receber alta hospitalar, necessite de cuidados domiciliares e suporte dos
profissionais de saúde da ESF, mas também contribuiu significativamente no
processo de recuperação e reabilitação do cliente, uma vez que o presente
estudo ofereceu maior autonomia aos pesquisadores para tomada de decisões
e execução de estratégias que foram possíveis de ser aplicadas a essa
condição e que obtiveram resultados satisfatórios. Dessa forma, verifica-se
neste estudo que a aproximação com a Sistematização da Assistência de
Enfermagem durante a formação acadêmica é um meio de promover
mudanças e estimular os profissionais a aderir à implantação da SAE nos
serviços de saúde.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM PANCREATITE
AGUDA E DIABETES MELLITUS TIPO 2: UM ESTUDO DE CASO
Italo Robson Sobreira Miranda, Faculdade Leão Sampaio
Camila Caldas Neves Menezes, Faculdade Leão Sampaio
Simone Pereira de Souza, Faculdade Leão Sampaio
João Paulo de Sousa Gonçalves, Faculdade Leão Sampaio
Natália Daiana Lopes de Sousa, Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Assistência Enfermagem. Pancreatite. Diabetes Mellitus
INTRODUÇÃO: A pancreatite aguda é uma inflamação que ocorre no pâncreas
geralmente autolimitada que possui início variável podendo manifestar-se
através de um simples desconforto abdominal ou de forma súbita e agressiva
podendo levar a falência de múltiplos órgãos até ao óbito. Pesquisas
demonstram que a pancreatite é um dos diagnósticos etiológicos de abdômen
agudos mais frequentes nas internações hospitalares, a magnitude das lesões
pancreáticas está correlacionada com a gravidade da doença evidenciada
através de exames laboratoriais e de imagem. A pancreatite aguda é
provocada por agentes etiológicos decorrentes geralmente de doenças
litiásicas biliares, pela ingestão de álcool, além de problemas congênitos,
hereditários e adquiridos por agentes de natureza química, traumática e
infecto-parasitárias, o que desencadeia a ativação das enzimas anômalas
pancreáticas no interior da célula causando a liberação de uma série de
mediadores inflamatórios. A litíase biliar é responsável por aproximadamente
60% dos casos de pancreatite aguda devido a cálculos embutidos
passageiramente na papila duodenal. Dessa forma, em pacientes com
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pancreatite aguda, cálculos são frequentemente encontrados na vesícula biliar,
no colédoco e achados nas fezes peneiradas, nas primeiras 24 horas de
evolução do episódio agudo em mais de 90% dos pacientes. O uso crônico do
álcool, certamente é a causa mais básica de pancreatite crônica onde sua
etiologia não é bem conhecida, acreditando-se que seja por múltiplos fatores,
como: espasmo do esfíncter de Oddi que é o ducto que transporta a bile,
obstrução de ductos pancreáticos pela precipitação de proteínas, ativação de
zimogênios pancreáticos e resposta secretiva exorbitante pancreática à
colecistoquinina – CCK. Em sua forma grave, possui alta taxa de mortalidade
provocada pelo surgimento das disfunções orgânicas desencadeada pela
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica, e mais adiante por infecções da
necrose pancreática, abscesso, pseudocisto de pâncreas e sepse. Esse
processo inflamatório reproduz uma alteração da permeabilidade capilar,
evoluindo com edema tissular além de alterações na microcirculação
pancreática, levando a hipóxia tissular, isquemia e necrose. Posteriormente,
evolui para lesão e destruição tissular nos lóbulos pancreáticos periféricos e
dos ductos pancreáticos, caracterizando a necrose pancreática, que pode
envolver também vasos e gerar hemorragia ou trombose. O tratamento da
pancreatite aguda é clínico e dependendo de sua gravidade deve ser realizado
em uma unidade de terapia intensiva. Essa abordagem clínica deve ser
realizada para limitar a intensidade da inflamação pancreática ( com inibidores
de secreção pancreática, inibidores das enzimas pancreáticas, inibidores dos
mediadores inflamatórios ) interromper a patogenicidade das complicações
com antibióticos, antiácidos, heparina e vasopressina e também como medidas
de suporte e tratamento das complicações como: restauração e manutenção do
volume intravascular, reposição de eletrólitos, suporte ventilatório, suporte
nutricional e analgesia. O diabetes mellitus por sua vez, é uma doença
metabólica causada pela não secreção de insulina ou até mesmo pela
resistência à ação da mesma. É um grave problema de saúde pública, pois se
trata de um distúrbio crônico com altas taxas de morbidade que afeta grande
parte da população brasileira, tendo como principais causas de acometimento a
hereditariedade e fatores ambientais. No Brasil estima-se que cerca de cinco
milhões de pessoas com diabetes mellitus, sendo que quase a metade dessas
pessoas não tem diagnóstico confirmado. Em sua evolução, a hiperglicemia
associada a complicações resultam em disfunções e insuficiência de vários
órgãos, principalmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos
sanguíneos. São conhecidos os tipos: Diabetes gestacional, Diabetes mellitus
tipo 1 e Diabetes mellitus tipo 2. O diabetes gestacional ocorre durante a
gravidez, trazendo prejuízos para mãe e filho, como macrossomia fetal, entre
outras. O Diabetes mellitus tipo 1 se instala quando o pâncreas, através das
células beta das Ilhotas de Langerhans, produz pouca ou nenhuma insulina,
em que se inicia na infância e adolescência, sendo seus portadores
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insulinodependentes crônicos. O diabetes mellitus tipo2 é uma síndrome que
resulta da deficiência de secreção de insulina ou de sua ação. Os fatores
ambientais, que se referem principalmente aos hábitos de vida, funcionam com
os precursores fundamentais da síndrome diabética. Estudos epidemiológicos
têm indicado o diabetes mellitus tipo 2 como a principal causa de morbidade e
mortalidade prematuras, afetando milhares de indivíduos. A alimentação
abundante de carboidratos e gordura, o sedentarismo e o excesso de peso,
consequentemente, culminam com o estado de “resistência à insulina”, que
pode associar-se ou não ao diabetes mellitus tipo 2. Os indivíduos acometidos
estão mais dispostos aos riscos, com probabilidade maior para doenças
cardiovasculares. Além disso, o diabetes é a causa principal de doenças renais
terminais, amaurose, neuropatia periférica e ulcerações de membros inferiores.
No tratamento do Diabetes mellitus tipo 2, geralmente, diante da incapacidade
de controlar os níveis glicêmicos pela dieta e prática de exercícios físicos, entre
os agentes medicamentosos disponíveis para sua terapia estão incluídos a
insulina em casos emergenciais e os hipoglicemiantes orais. O diagnóstico do
diabetes mellitus é feito a partir do quadro clínico do paciente (sintomatologia) e
por exames laboratoriais como a glicemia de jejum, o teste oral de tolerância a
glicose (TTG-75mg ) e a glicemia casual. Contudo, cabe aos profissionais de
saúde estar atentos na identificação das pessoas com risco para o diabetes
mellitus e intensificar as ações para promover o seu controle, entre os já
diagnosticados. Acredita-se que a família tem papel fundamental em ambas as
patologias. OBJETIVO: Aplicar a sistematização da assistência de
enfermagem a um cliente com Pancreatite Aguda e Diabetes Mellitus tipo 2,
visando ampliar o conhecimento relacionado ao tema. MATERIAIS E
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo em forma de estudo de caso,
desenvolvido em um hospital conveniado ao Sistema Único de Saúde,
localizado no município de Barbalha-CE, no período de abril de 2015. Na
instituição citada, os pacientes são assistidos por uma equipe multiprofissional
composta de médicos especializados, enfermeiros, fisioterapeutas,
nutricionistas, assistentes sociais, dentre outros. Foi realizada escolha
randomizada de um cliente com diagnóstico de pancreatite aguda e diabetes
mellitus tipo 2.A coleta de dados foi realizada por meio da entrevista com o
paciente, anamnese, exame físico, evolução clínica, consulta ao prontuário e
observação de procedimentos de enfermagem. A partir dos dados coletados,
foram identificados diagnósticos de enfermagem, os quais foram elaborados de
acordo com a Associação Norte Americana de Diagnósticos de Enfermagem
(NANDA). O presente estudo segue as normas da Resolução 466/12 referente
à pesquisa envolvendo seres humanos. Foi assegurado o sigilo sobre a
identidade do cliente ou sobre qualquer informação que pudesse identificá-lo.
Vale salientar que o paciente assinou um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido permitindo a realização do estudo. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
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Paciente R.P.M.F, 41 anos, sexo masculino, divorciado, um filho, etilista
crônico, não tabagista, sedentário, trabalha como vigilante. Tem como
antecedente familiar mãe hipertensa. Diagnóstico de pancreatite aguda e
diabetes mellitus tipo II, nega outras doenças clínicas. Faz uso de plasil,
dipirona, insulina regular, glicose 50%, metformina, glibenclamida. Nega alergia
medicamentosa. Queixa-se de epigastralgia intensa associada à sudorese
profunda com episódios de êmese. Encontra-se consciente, calmo, orientado
no tempo e espaço, higienizado, compactuando verbalmente. Deambula sem
auxílio. Hipocorado, afebril (36,5ºC), normotenso (pressão arterial =
120x60mmHg), normocárdico (frequência cardíaca = 80bpm), eupneico
(frequência respiratória = 17irpm). Aceita parcialmente as dietas oferecidas,
referindo desconforto na digestão de alguns alimentos. Sono e repouso
preservados. Couro cabeludo higienizado. Pupilas isocóricas. Escleróticas
levemente ictéricas. Mucosa oral hidratada, tórax simétrico, abdome flácido,
dolorido em sua porção superior. Na ausculta cardíaca= bulhas normofonéticas
rítmicas, ausculta pulmonar = murmúrios vesiculares presentes, ausculta
abdominal = ruídos hidroaéreos presentes. Diurese presente, eliminação
intestinal diária. Apresenta conhecimento satisfatório sobre a patologia,
fazendo assim todas as orientações adequadas. Diante do quadro evidenciado
na coleta de dados, foram encontrados cinco diagnósticos de enfermagem: 1)
Dor aguda definido por evidência observada de dor e relato verbal de dor
relacionado a edema e distensão do pâncreas, tendo como meta a melhora da
dor. Foram implementadas as seguintes intervenções: administração de
analgésicos prescritos, uso da escala de avaliação da dor, controle do
ambiente (conforto). Como resultado do diagnóstico, observou-se, durante as
visitas a melhora da dor. 2) Nutrição desequilibrada menos que as
necessidades corporais, evidenciado por dor abdominal, relacionado à
capacidade prejudicada de digerir os alimentos, tendo como meta a melhora da
digestão dos alimentos. Foram executadas as intervenções a seguir: investigar
a ingestão alimentar, retirando da dieta alimentos que ocasionem desconforto
gástrico, relatados pelo paciente; registrar a aceitação da dieta e se o cliente
recusar, registrar o motivo. Como resultado obtido, houve a melhora do
desconforto abdominal, relatado pelo paciente. 3) Ansiedade caracterizada por
relato de apreensão relacionado ao medo de morte, tendo como meta a
diminuição da ansiedade. As intervenções nesse caso foram: monitorar o
estado emocional do indivíduo; oferecer ambiente calmo e agradável, para
proporcionar bem estar; retirar todas as dúvidas sobre a patologia. Obteve-se
como resultado a melhora da ansiedade, com a compreensão pelo paciente
das complicações acerca da patologia. 5) Risco de glicemia instável
relacionado a estado de saúde física, tendo como meta a estabilidade da
glicemia. Intervenções: monitorar os níveis de glicose sanguínea, conforme
indicação; observar os sinais e sintomas de hipoglicemia ou hiperglicemia;
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monitorar os níveis de gasometria arterial. O resultado obtido foi a constatação,
na última visita, da estabilidade da glicemia. 5) Náusea evidenciada por relato
verbal, relacionado à doença pancreática, tendo como meta o alívio da náusea.
As intervenções realizadas foram: comunicar reflexos de náusea e êmese a
equipe médica; registrar características da êmese; administrar medicações
conforme prescrição médica; manter cabeceira 180° e observar e anotar estado
de consciência. O resultado encontrado foi a melhora da náusea, não
apresentando hêmese até a última visita. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em
virtude dos fatos mencionados, podemos concluir que a pancreatite aguda e o
diabetes mellitus são doenças que requerem assistência e cuidados
constantes, uma vez que podem evoluir com complicações agudas e crônicas.
A assistência de enfermagem, principalmente utilizando a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) neste contexto é fundamental, pois o
enfermeiro é o profissional que estará em contato direto com o paciente, além
de monitorizar a evolução clínica da doença, também é capaz de traçar
estratégias de cuidado que auxiliem o tratamento.
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A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO
DOMICILIAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Letícia Milena Freitas Silva, Universidade Federal de Campina Grande
Camila Cíntia Abreu Santana, Universidade Federal de Campina Grande
Cláudia Jeane Lopes Pimenta, Universidade Federal de Campina Grande
Thiago Lívio Barbosa, Universidade Federal de Campina Grande
Antonio Carlos Alves Cartaxo, Universidade Federal de Campina Grande
Ana Cláudia Moreira Santana, Universidade Federal de Campina Grande
Palavras-chave: Assistência. Enfermagem. Domicílio
INTRODUÇÃO: A partir da década de 60 a atenção domiciliar começou a ser
introduzida no Brasil, tendo destaque as iniciativas nas esferas municipais nos
anos de 1990 e 2000, onde essa atenção começou a ser vista como uma nova
modalidade da atenção á saúde disponibilizada em domicílio e marcada por um
conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças,
com enfoque desse atendimento disponibilizado a partir da assistência na
atenção básica (BRASIL, 2014). Assim, a atenção domiciliar pode ser realizada
por órgãos públicos e privados, e no setor público, essas ações são
desenvolvidas através das Estratégias Saúde da Família (ESF), onde, ao
identificar a necessidade dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em
receberem assistência em domicilio, a equipe de enfermagem realiza visitas
para desenvolver ações que almejam a prevenção e a promoção em saúde
domiciliar, levando a saúde para mais perto das famílias (BRASIL, 2003). As
visitas domiciliares, realizadas pela equipe de enfermagem, buscam prestar
uma assistência continua com base no contexto sociocultural no qual o
paciente esta inserido, observando suas relações na comunidade e em
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particular no contexto familiar (GIACOMOZZI; LACERDA, 2006). Dessa forma,
o enfermeiro pode perceber a real problemática vivenciada pelos indivíduos e
não apenas aquelas expostas pelo paciente, mas considerando também
fatores econômicos, condições de higiene, segurança, conhecimento acerca da
saúde e modo de enfrentamento da doença no seio familiar, fatores esses,
extremamente importantes para se direcionar um atendimento qualificado,
humanizado e adequado as condições particulares vivenciadas por cada
individuo (LACERDA; OLINISKI, 2003). Dessa forma, o domicílio é um lugar
singular, onde o enfermeiro pode fundamentar-se para traçar suas metas e
estratégias frente à assistência domiciliar, para indivíduos que necessitam de
cuidados contínuos havendo a manutenção da vida, que deve ser oferecida
priorizando uma excelente qualidade. Cabendo também ressaltar que, o SUS
atende mais de setenta por cento da população brasileira, então vê-se a
necessidade de formar profissionais enfermeiros que tenham essa visão da
importância da assistência de enfermagem no atendimento domiciliar
(TAKAHASHI; OLIVEIRA, 2001). Nesse contexto, a Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG) oferece aos alunos do Curso de Bacharelado em
Enfermagem, na disciplina Estágio Supervisionado I a oportunidade de
vivenciar essa experiência no atendimento domiciliar na ESF, tendo como
finalidade aproximar os acadêmicos da graduação em enfermagem á
assistência domiciliar, onde essa assistência engloba tanto a consulta de
enfermagem, como a troca de curativos, verificação de sinais vitais, teste de
glicemia, bem como a educação em saúde sobre alimentação saudável e
higiene pessoal. Portanto, a inserção dos acadêmicos de enfermagem nas
ESF, no âmbito da assistência do atendimento domiciliar, objetivando atender
as necessidades da população com metas de promoção e prevenção da saúde
e buscando concretizar a de enfermagem no atendimento domiciliar e
reorganizar as práticas de saúde indo além dos muros das ESF justifica o
relato da experiência dessa assistência no atendimento domiciliar vivenciada
por esses alunos. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar a importância
da assistência de enfermagem no atendimento domiciliar. MATERIAIS E
MÉTODOS: Esse relato de experiência refere-se á realização da assistência de
enfermagem no atendimento domiciliar, em um município do estado da
Paraíba, durante o Estágio Supervisionado I do curso de Bacharelado em
Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG,
desenvolvida por acadêmicos e estagiários da atenção básica, onde foram
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realizados consultas de enfermagem, troca de curativos, verificação de sinais
vitais e teste de glicemia, bem como a educação em saúde sobre alimentação
saudável e higiene pessoal. Essas atividades foram tutoreadas e coordenadas
pela enfermeira da Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pelo estágio
dos graduandos. Os pacientes que receberam a assistência de enfermagem
em domicilio eram pacientes idosos, acamados e/ou com alguma dificuldade de
locomoção em virtude de alguma enfermidade, em geral pessoas
impossibilitadas de se deslocar até a UBS para o atendimento. Foram
realizadas seis visitas domiciliares ao todo, sendo duas a cada semana por
cada dupla de graduandos, acompanhados pela Enfermeira deste
estabelecimento de saúde. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Em cada visita foi
realizada a consulta de enfermagem, tendo seu inicio com a anamnese e o
histórico de enfermagem abordando os aspectos epidemiológicos,
antecedentes familiares e pessoais, história atual da doença, história de
doenças pregressas e consumo de medicamentos, estabelecendo assim,
contato com o paciente e colhendo informações a respeito de seus hábitos de
vida, para que fosse possível desenvolver um raciocínio crítico e dessa forma
tomar as devidas decisões a respeito do tipo de cuidado a ser prestado ao
cliente. A realização destes questionamentos colabora para o conhecimento de
sua condição clínica atual e anterior, com a finalidade de conduzir o enfermeiro
às próximas etapas deste processo (SANTOS; VEIGA; ANDRADE, 2011). Uma
vez obtidas essas devidas informações foi possível direcionar o exame físico,
sendo realizado com o intuito de obter dados complementares a respeito da
saúde do paciente, objetivando confirmar os dados coletados na entrevista,
além da verificação dos sinais vitais onde, segundo Potter e Terry (2004) os
sinais vitais são informações básicas colhidas pelo enfermeiro para a avaliação
do estado de saúde do paciente. Assim, a verificação dos sinais vitais foi
utilizada para auxiliar o exame clínico, com intuito de observar possíveis
alterações clínicas, a depender da condição de saúde do paciente, sendo eles,
a pressão arterial periférica, a temperatura, a frequência respiratória e
cardíaca, que são considerados indicadores do estado de saúde, de acordo
com essas medidas pode-se indicar a eficácia das funções circulatória,
respiratória, neural e endócrina do corpo. Em todas as verificações dos sinais
vitais, se apresentaram com valores normais, tendo em vista que muitos
pacientes faziam uso de remédios para o controle da pressão. E em apenas
uma visita domiciliar foi realizado o teste de glicemia em jejum, também
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estando de acordo com a normalidade, pois o indivíduo em questão utilizava
antiglicemiantes orais e fazia uma dieta alimentar adequada a sua condição de
saúde, obtendo assim, um controle de seu nível glicêmico. O diferencial dessa
consulta de enfermagem em domicílio é que em se tratando do ambiente ao
qual foi realizada, possibilitou o estabelecimento de uma escuta e uma
observação qualificadas, favorecendo o vínculo e o acolhimento, e dessa forma
houve a associação dos problemas relatados pelo paciente e observados no
exame físico ao universo social encontrado. Então se percebeu os reais
problemas, fraquezas, fragilidades e necessidades de saúde. Dessa forma,
evidenciou-se o paciente e a família no espaço domiciliar, com o foco na
promoção, prevenção e reabilitação da saúde com base nas legítimas
necessidades do indivíduo. Nesse contexto, foi desenvolvido ações de
promoção e educação em saúde, evidenciando a melhoria da qualidade de
vida e a prevenção de doenças, com o foco na mudança de comportamento:
estimulando-os para os princípios do autocuidado, para que sejam capazes de
se responsabilizarem pela sua saúde, despertando a consciência crítica do
cliente e da família sobre os aspectos relacionados à saúde. Que de acordo
com Santos; Leon e Funghetto (2011), o atendimento domiciliar tem o intuito de
restabelecer a autonomia do paciente, através da execução de suas próprias
ações desempenhadas em seu lar. Partindo desse princípio da autonomia do
paciente, durante a assistência prestada em todas as residências selecionadas,
houve a preocupação em promover a educação em saúde sobre alimentação
saudável e higiene pessoal, apesar de haver casos onde o paciente se
restringia ao leito e, em algumas vezes, o banho era realizado lá mesmo.
Então, foram passadas informações sobre a ajuda do paciente durante sua
própria higiene, mesmo que precisassem de auxilio para chegar ao banheiro e
se limpar, orientando também sobre alguns materiais e utensílios que deveriam
ter o não na residência, como por exemplo, a não utilização de tapetes ou
panos no banheiro e em toda a casa, para evitar quedas, a colocação de
barras nas paredes para que o idoso possa se apoiar e haver cadeiras ou
bancos para que possam sentar-se durante o banho se for necessário. E com
relação à alimentação, discutiu-se sobre alimentos mais saudáveis ao cliente,
levando em consideração sua condição financeira e de clínica, bem como do
seu goste, orientando aos seus cuidadores a estimulá-los a comer sozinhos,
quando possível. Assim, pretendeu-se devolver a esses indivíduos assistidos
uma maior autonomia dentro de suas limitações, tentando superar as
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dificuldades de locomoção, além de melhorar a auto-estima deles, ao serem
capazes de desempenhar ações simples. De acordo com Lacerda (2010), os
profissionais da saúde têm o intuito de possibilitar uma melhor condição de vida
à família e ao paciente, estabelecendo metas realmente alcançáveis, para que
o cliente consiga ser autônomo e possa conduzir seu próprio cuidado, através
do ensino e acompanhamento das condutas de saúde, sendo os serviços de
saúde de grande auxílio a eles. Em quatro atendimentos em domicílio foram
realizadas trocas de curativos, em pacientes com úlceras venosas ou úlceras
de decúbito, sendo esta última encontrada em pacientes acamados, que por
ficarem na mesma posição por muito tempo acabaram desenvolvendo esse
tipo de lesão, principalmente na região sacral e nos calcâneos em virtude do
atrito provocado pelo contato constante com a cama. Com relação às úlceras
venosas, percebeu-se o cuidado inadequado com essas lesões nos casos em
que se apresentaram, onde o indivíduo não utilizava um tratamento adequado
e quando utilizava, devido ao esforço com os afazeres, muitas vezes
domésticos, tinham como consequência o aumento da dor e da extensão do
ferimento. Então, constatou-se a falta de informação sobre ações que
possibilitariam a diminuição da dor e prevenção do aumento desse tipo de
lesão. Sendo essas ações a terapia compressiva, associada ou não a
substâncias que auxiliam na cicatrização, a realização de exercício físico
quando possível e repouso (SILVA et al., 2012). Além da realização dos
curativos, com técnicas assépticas e com embasamento científico, eram
passadas informações aos pacientes e/ou cuidadores sobre o tratamento
adequado e a prevenção dos agravos. Demonstrando assim a importância da
assistência de enfermagem em domicílio, que ao realizar mais uma vez a
educação em saúde, visando à promoção e melhoria da qualidade de vida,
através de informações, como limpeza adequada das lesões, com técnicas
assépticas, alimentação adequada, fortalecimento do sistema imunológico para
auxílio da cicatrização, e a mudança frequente de decúbito, a cada hora, podese prevenir o surgimento ou a evolução das úlceras de pressão, sendo
necessário para isso o conhecimento sobre esses assuntos e as experiências
vividas pelo profissional de enfermagem. segundo Souza et al. (2010), uma
formação de qualidade e os saberes gerados das reflexões sobre assuntos de
saúde, são necessários para a melhoria da qualidade da assistência de
enfermagem a esses indivíduos. Portanto, essas ações de prevenção de
complicações e promoção da saúde, objetivaram desenvolver a educação
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permanente, capacitando assim, o paciente e a família para a busca da
melhoria de suas condições de saúde, proporcionando uma melhor qualidade
de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através dessa experiência, propiciada
pelo estagio Supervisionado I do curso de Bacharelado em Enfermagem, foi
possível constatar que a assistência de enfermagem no atendimento domiciliar
traz inúmeros benefícios, entre eles a redução dos custos para a família e o
setor de saúde devido à diminuição da demanda pelas UBS. Como também, a
criação de vinculo entre a população e o enfermeiro fortalecendo os pilares da
humanização e da excelência no atendimento, mediante o conhecimento da
realidade vivenciando pelo indivíduo, identificando os reais problemas no
domicílio, garantindo assim, uma boa qualidade de vida ao paciente. Nesse
contexto, percebemos que a assistência de enfermagem no atendimento
domiciliar exerce a função de proporcionar saúde a comunidade uma vez que
objetiva os quatro princípios fundamentais da atenção básica: acessibilidade,
longitudinalidade, integralidade e coordenação e aos três princípios doutrinários
do SUS: universalidade de acesso, equidade na assistência e integralidade da
assistência.
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SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Sumina Kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Aline Morais Venâncio, Faculdade Leão Sampaio
Palavras–chave: Doença Profissional. Esgotamento Profissional. Fatores
Risco
INTRODUÇÃO: A síndrome de burnout é considerada um transtorno mental
relacionado ao trabalho, constituído partir de reações de tensão emocional,
desenvolvido no contexto laboral de profissionais que mantém contato direto e
duradouro com outros seres humanos. O termo burnout foi usado pela primeira
vez em 1974, citado pelo psicólogo Herbert J. Freudenberger, quando
descreveu um quadro observado em jovens trabalhadores de uma clínica de
dependentes de substâncias químicas na cidade de Nova York, Estados
Unidos, os profissionais reclamavam que já não conseguiam ver os pacientes
como pessoas que necessitavam de cuidado, tendo em vista que estes não se
esforçavam em seguir o tratamento (MOREIRA et al., 2009). Desde esse
momento alguns estudiosos começaram a expor suas teorias e definições
sobre burnout, porém a proposta que maior teve e impacto e também
considerada de melhor aceitação acadêmica a definir a síndrome de burnout é
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a de Maslach caracterizando-a como uma síndrome de cansaço emocional
levando até a baixa realização profissional, que normalmente ocorre entre
indivíduos em que o trabalho requer contato com pessoas. A palavra em inglês
Burnout traz como significado “queimar-se” ou “consumir-se”, sendo
empregado para caracterizar um conjunto de sintomas predominantemente
evidenciados em profissionais que lidam com outros seres humanos como:
enfermeiros, professores, médicos e policiais entre outras profissões, estes ao
apresentar os sintomas da síndrome queixam-se de esgotamento físico e
mental, perda do interesse pelo trabalho e sentimento de auto-desvalorização.
Apesar de a síndrome de burnout acometer diversas profissões, as que
demonstram que há uma maior vulnerabilidade são as que se lida com o
sofrimento alheio, dor, morte e miséria. O desenvolvimento de eventos
negativos do burnout inicia-se com o cansaço e o desgaste físico e mental
progressivo, estresse ocupacional levando a exaustão emocional do
profissional (TEIXEIRA et al., 2010; TAVARES et al., 2014). A síndrome de
burnout é um processo composto por três dimensões: Exaustão emocional,
despersonalização e baixa realização profissional. No estado de exaustão
emocional, o profissional sente-se esgotado, com as forças diminuídas,
desprovido de força física e emocional, com extrema dificuldade para realizar
sua atividade laborativa, afirmando frequentemente estar com excesso de
trabalho e assoberbado, sendo considerada então a dimensão mais obvia da
síndrome, pois uma pessoa que se descreve experimentando burnout estará
referindo exaustão, normalmente sendo relacionada à sobrecarga laboral e a
conflito pessoal no trabalho. Na despersonalização o trabalhador gera uma
distância entre ele e outras pessoas como colegas de trabalho e clientes,
desenvolvendo uma forma de insensibilidade emocional, sendo esse
distanciamento uma reação consequente da exaustão. À medida que a
despersonalização progride diminui-se o tempo no trabalho e a energia que o
profissional dispensa para realizar tais atividades, interferindo assim na
qualidade e desempenho do serviço prestado, o que levará em contrapartida a
um sentimento de incompetência e improdutividade e falta de realização, o qual
é considerado a terceira dimensão da síndrome a Realização Profissional
diminuída (SÁ et al., 2014). A enfermagem é considerada uma área profissional
que exige conhecimento técnico e cientifico voltado para ao cuidado humano
de forma holística, portanto o enfermeiro necessita de várias habilidades:
cognitivas, interpessoais e psicomotoras aliadas ao embasamento científico.
Desse modo o serviço de enfermagem é de grande importância por tratar-se de
um componente vital e de extrema importância do serviço de assistência
médica. Os profissionais de enfermagem estão diariamente em contato direto
com pacientes e familiares, tornando-os assim mais expostos por trabalhar com
pessoas em situações vulneráveis e encontram-se rotineiramente cercado por
um ambiente ocupacional o qual oferece risco de desenvolvimento de tal
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síndrome, pois na maioria das vezes o excesso de atividades laborais que esse
executa em conjunto com a ausência do reconhecimento do trabalho prestado
o leva ao estresse ocupacional, podendo evoluir para burnout quando as
estratégias utilizadas para enfrentar o estresse pelos profissionais tornam-se
ineficazes (FRANÇA; FERRARI, 2011; GALINDO et al.,2011). O
desenvolvimento de burnout nesses profissionais leva a uma diminuição na
qualidade da assistência prestada bem como uma desmotivação para o
trabalho, sendo assim considerado de grande relevância o estudo sobre os
fatores de risco para desenvolvimento de síndrome de burnout em profissionais
de enfermagem. OBJETIVO: A pesquisa teve como objetivo conhecer os
fatores de risco para síndrome de burnout e em profissionais de enfermagem
através da analise de estudos realizados sobre o assunto. MATERIAIS E
MÉTODOS: Esse estudo apresenta-se como uma revisão sistemática de
caráter exploratório de abordagem qualitativa, a qual procura responder a
pergunta. Quais os fatores de risco para síndrome de burnout em profissionais
de enfermagem? O método é a ordem que se deve impor aos diferentes
processos necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado, não
se inventa um método; ele depende fundamentalmente, do objeto da pesquisa
(CERVO; BERVIAN, 2010). Um estudo de revisão sistemática, igualmente a
outros tipos de pesquisa de revisão é uma forma de estudo que utiliza como
fonte de dados a literatura sobre determinado tema e aplicam técnicas
explicitas e sistematizadas de identificação de pesquisas originais e de
abstração de dados literários com o objetivo de evitar ou minimizar distorções
dos resultados (SAMPAIO;MANCINI 2006). Uma pesquisa de caráter
exploratório são investigações que tem como objetivo descrever
completamente determinados fenômenos na qual essas descrições podem ser
de caráter quantitativo ou qualitativo. Já a abordagem qualitativa trata-se de um
método que não utiliza instrumentos estatísticos, havendo uma maior
preocupação na análise e interpretação dos aspectos, fornecendo assim uma
análise mais detalhada sobre as investigações (MARCONE; LAKATUS, 2010).
O presente estudo foi desenvolvido utilizando artigos publicados nas bases do
banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Utilizou-se também
artigos da base do banco de dados ScientifcEletronicLibrary Online (scielo)
como forma de complementar a pesquisa, utilizou-se os descritores; síndrome
burnout e enfermagem, foram utilizados os seguintes critérios: o texto deve
estar completo, na base de dados da LILACS, ter país como assunto o Brasil e
estar em idioma português. Sendo como critérios de exclusão a contradição
das informações anteriormente descritas. O estudo foi realizado durante o mês
de março de 2015. Foram encontrados na base de dados da Biblioteca Virtual
de Saúde (BVS) quatro artigos sendo um descartado por não relacionar-se com
profissionais de enfermagem e sim com estudantes de enfermagem, após essa
seleção foi realizada uma leitura para se obter uma melhor compreensão sobre
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o assunto abordado e posteriormente foi realizada uma análise dos mesmos.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Em estudo realizado em um hospital de grande
porte localizado na Região Sul do Brasil, o Hospital Nossa Senhora da
Conceição, localizado em Tubarão, Santa Catarina, com 15 enfermeiros, 106
técnicos e 48 auxiliares de enfermagem obteve-se que os trabalhadores no
inicio da carreira profissional e geralmente abaixo de 26 anos em relação aos
mais velhos são mais passíveis a desenvolver a doença por mostrar-se menos
realizados, podendo explicar-se pelo fato destes encontrar-se no inicio da vida
profissional e estarem em um período de sensibilização e na passagem dessas
expectativas idealistas para a realidade nem sempre se obtém o resultado
esperado. Porém, a ocorrência da atividade laboral estressante, prolongada e
subvalorizada pode estar ligado ao aparecimento ou agravamento desses
sintomas (MOREIRA et al., 2009). Ainda para Moreira et al. (2009) no estudo
realizado os profissionais com cansaço emocional com prevalência de índices
alto ou médio eram trabalhadores acima de 35 anos que foi mais que o dobro
ao relacionar-se aos que tem até 25 anos, como maior realização pessoal tevese os indivíduos na faixa entre 26 e 35 anos, ao avaliar o cansaço emocional
relacionado ao estado civil obteve-se que os solteiros mostraram-se menos
propensos aos sintomas dessa dimensão, os que não tem filhos foram
associados a menores níveis de cansaço emocional e despersonalização, já o
tempo de profissão maior que cinco anos associou-se a alta pontuação na
dimensão cansaço emocional. Mediante contexto, verifica-se que a síndrome
de burnout pode afetar os indivíduos em diversas faixas etárias desses os
adultos jovens, até aqueles mais experientes, mostrando que em nenhuma
idade o indivíduo está livre de desenvolver o transtorno. De acordo com
Ezaiaset al. (2011) em um estudo realizado com 160 trabalhadores dentre
esses sendo 8 enfermeiros e 53 técnicos/auxiliares de enfermagem de um
hospital de media complexidade em Londrina-PR, obteve-se que os
profissionais que apresentaram maior grau de exaustão emocional foram os da
equipe de enfermagem sendo 18 técnicos/auxiliares e 3 enfermeiros,
justificando-se, que por esses passarem um maior tempo junto ao paciente e
familiares, vivenciando situações de estresse e nem sempre estarem
psicologicamente capacitados para tal situação leva-se ao risco de transformar
o trabalho como algo penoso que pode repercutir na sua vida pessoal e ao
analisar o grau de despersonalização também obteve-se os profissionais da
enfermagem como os que apresentavam mais representantes de trabalhadores
com alta taxa de despersonalização 17 técnicos/auxiliares e 3 enfermeiros os
resultados quanto a nível de realização profissional encontrou-se novamente
que os trabalhadores da classe de enfermagem foram os que tiveram mais
representantes sendo daqueles que apresentam a baixa realização
profissional como característica da Síndrome de Burnout sendo representado
por 10 trabalhadores. E tem-se ainda que o nível educacional elevado mostraISBN 978 – 85 – 65221 – 12 – 2
se como um agravante para o desenvolvimento da síndrome, apresentando-se
também como um risco: encontrar-se em estado civil solteiro, viúvo ou
divorciado por considera-se que esses não tem com quem dividir suas
emoções, elevando assim o risco para o desenvolvimento da síndrome de
burnout, contudo não trata-se de um problema ligado somente a fatores
individuais, mas também ao ambiente social no qual o indivíduo atua. Tendo
como exemplo de fatores para baixa realização profissional, escassez de
recursos humanos e materiais e estrutura física não adequada, baixo nível de
controle das atividades ou até mesmo a baixa participação nas tomadas de
decisão, que provocam pouca ou nenhuma satisfação ao trabalhador. Para
Oliveira et al. (2011) as unidades hospitalares mais pesquisadas são as de
terapia intensiva, emergência, centro cirúrgico, unidade de cuidados pós
operatório e setor de queimados, por normalmente nesses locais haver uma
sobrecarga da atividade laboral e de responsabilidades dos profissionais que lá
atuam, sendo que esses enfermeiros além de assistir esses pacientes com
cuidados diretos e indiretos ainda desenvolvem atividades gerenciais,
tornando-se assim um fator contributivo para uma maior carga de trabalho
aumentando a probabilidade dos profissionais de enfermagem que trabalham
nesses setores apresentar síndrome de burnout. Tem-se ainda que os conflitos
interpessoais afeta significativamente para níveis de exaustão emocional
elevados, sendo ainda um precursor negativo que poderá levar a uma menor
realização pessoal no trabalho e provável surgimento de burnout.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após a realização do estudo foi possível averiguar
a importância de se estudar a síndrome de burnout em profissionais de
enfermagem, tendo em vista que fatores que aumentam a probabilidade de
desenvolver a síndrome estão diariamente e diretamente presente no local de
trabalho desses profissionais, e ainda por esta patologia ter característica
subjetiva e apresentar o envolvimento de aspectos emocionais e psicológicos
alguns tornam-se mais propensos a ser acometido, sendo importante uma
vigilância continua com a saúde desses trabalhadores, para que possam ser
implantadas medidas a fim de minimizar o risco de desenvolver tal doença,
afinal a natureza e eficácia da assistência prestada depende também da saúde
do profissional que a executa. Dessa forma a pesquisa pretende contribuir para
divulgação da síndrome de burnout, visto a escassez de estudos sobre a
temática e a dificuldade no diagnóstico da doença, o que leva muitas vezes ao
seu mascaramento e sem divulgação sobre ela, não é possível a
implementação de medidas preventivas eficazes.
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O PROCESSO DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
RELACIONADO À VACINAÇÃO DO IDOSO NA CIDADE DE CARIRIAÇU-CE
Pastora Wilma Feitosa, Faculdade Leão Sampaio
Daniel Pereira Barros, Faculdade Leão Sampaio
Mariana Coelho Lima, Faculdade Leão Sampaio
Fredielma Alexsandra Santos de Sousa, Faculdade Leão Sampaio
Elainy Fabrícia Galdino Malta, Faculdade Leão Sampaio
Geni Oliveira Lopes, Faculdade Leão Sampaio; Faculdade Juazeiro do Norte
Palavras-chave: Vacinação. Promoção Saúde. Prevenção Doenças. Educação
INTRODUÇÃO: A vacinação nas pessoas idosas tem se mostrado uma medida
custo-efetiva na prevenção de doenças infecciosas, possibilitando a redução
dos índices de morbimortalidade e a melhoria da qualidade de vida. Esses são
alguns dos aspectos que justificam a utilização da imunização como parte
fundamental para obtenção de uma boa expectativa de vida. O velho, o idoso
ou a pessoa da terceira idade foi assunto evitável por muitos anos. Porém, com
a mudança no perfil demográfico cresce o interesse pelos estudos voltados a
essa faixa etária. A mudança na pirâmide populacional se dá pelo declínio das
taxas de natalidade e fertilidade, melhoria da qualidade de vida e a evolução
tecnológica médica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
vêm alertando o aumento significativo da população idosa. As projeções
estatísticas apontam que para o ano de 2025 os idosos passarão a representar
14% da população (KEYTH, 2008). Isso quer dizer que entre 1950 a 2025, a
população brasileira de idosos crescerá 16 vezes. Diante disso, é provável que,
em 2025, o Brasil tenha a sexta maior população idosa do mundo (CORDOBA,
2013). A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como sendo
“estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência
de enfermidade” (CORDOBA, 2013). Ainda para o mesmo autor, o estado de
saúde e doença é um constante equilíbrio e reequilíbrio. Segundo o dicionário
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Aurélio, saúde é o estado habitual de equilíbrio do organismo. Para Cordoba
(2013), o conceito de saúde direcionada a população idosa é abrangente e não
se restringe apenas a presença ou ausência de doença, mas a sua
independência e autonomia. O envelhecimento envolve a redução progressiva
da capacidade funcional dos indivíduos, senescência, como também, situações
passíveis de causar condições patológicas, ou seja, a senilidade (BARROS,
2011). O ser humano passa por várias alterações como morfológicas,
funcionais e bioquímicas, por isso o envelhecimento manifesta-se pelo declínio
gradativo da funcionalidade dos sistemas do corpo humano que
caracteristicamente, tende a se limitar em função do tempo, em termos mais
grosseiros, as pessoas idosas tendem a adquirir problemas e doenças à
medida de envelhecem (KEYTH, 2008).
Dada a atual ênfase, faz-se
necessário que a equipe de enfermagem reflita sobre o papel na saúde do
idoso, já que esse grupo é mais suscetível e vulnerável a infecções,
aumentando os índices de hospitalizações. Diante do exposto, surge o
seguinte questionamento: as equipes de enfermagem que atuam nas salas de
imunização do município de Caririaçu têm acompanhado a situação vacinal dos
idosos em suas áreas de abrangência? A razão da escolha pela temática se
deu pela curiosidade em saber se as equipes de enfermagem da Estratégia
Saúde da Família (ESF) recomendam e conhecem as vacinas disponíveis no
calendário básico de vacinação do idoso, implantado desde 1999 como umas
das efetivações do governo brasileiro em consonância com a universalidade, a
integralidade e a equidade, princípios fundamentais do Sistema Único de
Saúde (SUS). O estudo se torna relevante à medida que tem buscado
sensibilizar os profissionais de saúde, os idosos e os leitores para a
importância da vacinação e os benefícios que as vacinas trazem para a saúde
do idoso, tendo como consequência melhoria na qualidade de vida, redução de
gastos com medicamentos, redução de internação e óbitos. O presente
trabalho, ainda contribuiu para a sociedade e para a enfermagem como um
referencial teórico para a elaboração de projetos voltados ao conhecimento das
vacinas, assim como o aprimoramento das práticas dos profissionais de saúde
que trabalham na sala de vacinação, disponibilizando dados e informações
para que estes profissionais possam melhor atender a população idosa.
OBJETIVO: Dessa forma, pretendeu-se com esse estudo averiguar o processo
de trabalho da equipe de enfermagem sobre o calendário básico de vacinação
do idoso, de acordo com o ponto de vista desses profissionais. MATERIAIS E
MÉTODOS: A presente investigação é do tipo exploratório, descritivo, de
abordagem qualitativa. A pesquisa qualitativa preocupa-se em analisar e
interpretar aspectos mais profundos, descrevendo o comportamento humano.
Possibilitando uma analise mais detalhada sobre as investigações, hábitos,
atitudes, tendências do comportamento etc. (MARCONI E LAKATOS, 2011).
Os dados foram coletados no município de Caririaçu-CE, este, segundo IBGE
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(2010), apresenta uma população de 26.393 habitantes (população urbana
14.031,000 (53,22%) e rural 12.362,000 (46,8%)). O presente estudo ocorreu
no período entre setembro e novembro de 2014. Os participantes do estudo
foram representados pela equipe de enfermagem da Estratégia Saúde da
Família (enfermeiros (as) e técnicos (as) de enfermagem) da zona rural e
urbana em exercício de suas funções nas salas de vacinação das Unidades
Básicas de Saúde (UBS) no momento da coleta e que aceitaram participar do
estudo. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados questionário
semiestruturado, com o objetivo de traçar o perfil dos sujeitos da pesquisa,
buscando conhecimentos sobre os dados relativos à vida acadêmica e
profissional e conhecer as possibilidades e limites dos enfermeiros e técnicos
de enfermagem enquanto membros da equipe da Estratégia Saúde da Família,
sendo aplicado a todos esses profissionais, seja da zona rural ou urbana em
exercício de suas funções nas salas de vacinação das Unidades Básicas de
Saúde (UBS) que no momento da presença da pesquisadora nessas unidades
aceitaram participar do estudo. Para a análise dos dados, a princípio
realizaram-se diversas leituras das respostas como forma de obter uma visão
geral do material a ser analisado, empregando a técnica de análise de
conteúdo, a qual segundo Bardin (1999), diz ser um conjunto de técnicas
voltadas para um trabalho rigoroso de interpretações que oscilará entre a
objetividade e a subjetividade da mensagem para então configurar a resposta
do sujeito sobre o objeto pesquisado. Dessa forma, apoiando-se no referencial
teórico utilizado para dar suporte à pesquisa, partiu-se então para a análise dos
dados coletados. A pesquisa seguiu a diretriz e normas da resolução 466/2012
de pesquisa em seres humanos. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Com base nos
dados do questionário, traçou-se o perfil dos interlocutores da pesquisa com
relação às variáveis de gênero, de idade, de estado civil, de titulação máxima,
de quantidade de locais de trabalho, de tempo de atuação como profissional da
equipe de enfermagem. Os dados encontrados sinalizam que os interlocutores
do estudo são profissionais com experiência, em sua maioria, com mais de 5
anos de atuação na área de enfermagem. Indicam ainda que se trata de
profissionais que atuam somente em uma instituição, apresentando um
percentual de 50% de solteiros e 50% de casados. Na maioria, os sujeitos
pesquisados situam-se na faixa etária entre 31 e 50 anos. Desse conjunto de
profissionais, todos os enfermeiros possuem título de especialista. Essa
realidade pode-se justificar em função da pouca oferta dos cursos de pósgraduação stricto-sensu na área de Enfermagem na região pesquisada, o que
acaba por dificultar a busca por esse nível de estudo. Em seguida, procedeu-se
a um estudo mais apurado, articulando-o com os objetivos e o referencial
teórico estabelecido na pesquisa. Nesse momento, estabeleceram-se três
eixos de análise, levando-se em conta os aspectos fundamentais estabelecidos
nos objetivos propostos para averiguar o processo de trabalho da equipe de
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enfermagem sobre o calendário básico de vacinação do idoso, identificando o
conhecimento dos pesquisados, a periodicidade da avaliação dos cartões de
vacina e conhecer as estratégias utilizadas pelos profissionais de enfermagem
para que os idosos mantenham suas vacinas em dia. Ao solicitar aos
participantes que nomeassem as alterações que ocorreram no calendário
vacinal, identificou-se que 70% dos entrevistados desconheciam que houve
mudanças. Observou-se que alguns dos entrevistados explanaram insegurança
ao discorrer sobre esta informação, demonstrando pouco conhecimento sobre
o conteúdo abordado. Indagados sobre quais as vantagens e/ou desvantagens
da vacinação para o idoso, 100% dos entrevistados relataram que havia
vantagens na vacinação e expuseram as seguintes falas: Diminuir as
complicações das IRAS, infecção respiratória aguda, inclusive pneumococo.
(Enf. 1); Melhoria da expectativa de vida, diminuição do número de
internação.(Enf. 2); Vantagem é que os mesmos ficam imunizados (Tec. A);
Proteção, prevenção (Téc. F). Como último eixo de análise, buscou-se
apreender e caracterizar as estratégias pedagógicas utilizadas pela equipe de
enfermagem para que os idosos mantenham suas vacinas em dia e identificar
a periodicidade que é avaliada os cartões de vacinação. Para compreender
como os interlocutores desenvolvem suas práticas pedagógica de educação
em saúde no cotidiano da Unidade Básica de Saúde, veja o que revelam suas
narrativas: Campanhas, educação em saúde sobre o autocuidado, e cuidados
com o idoso, acompanhamento HAS e DM, visita domiciliar. (Enf. 3);
Orientações. (Téc. B); Campanhas e palestras. (Téc. D). Com isso, observa-se
que todos os profissionais se dizem está sendo atuantes no que diz respeito a
desenvolver estratégias pedagógicas para manter o cartão de vacinação do
idoso atualizado, porém, torna-se evidente a necessidade dos profissionais
atualizarem seus conhecimentos, técnicas e habilidades, a fim de conseguir
seu aperfeiçoamento, capacitação e qualificação profissional para uma
prestação de serviço com qualidade a essa população. Pois, percebeu-se a
fragilidade dos enfermeiros sobre o conhecimento das vacinas oferecidas aos
idosos, ao passo em que nenhum respondeu conforme preconizado pelo
Ministério da Saúde. Será mesmo que a população está suficientemente
esclarecida sobre as doenças evitadas por imunização? Será que os
profissionais divulgam e indicam as vacinas? Como falar sobre algo ou indicar,
sem que tenha o domínio do conhecimento? Afinal, somos sabedores de que o
conhecimento técnico-científico, a supervisão em relação à imunização e a
capacitação dos demais profissionais da sala de vacina são atribuições do
profissional de enfermagem. Sua atuação vai desde a conservação da vacina
até a busca ativa dos faltosos para obter qualidade nos serviços e cobertura
vacinal. Portanto, os profissionais de enfermagem que atuam nas equipes de
saúde da família precisam contribuir na conscientização da população,
adotando atitudes que busque a participação da comunidade. Estas práticas é
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algo gradativo, pois a obtenção do êxito fica mais fácil quando a equipe de
enfermagem possui vínculos e confiança desse grupo, sendo ilusório acreditar
que os usuários dos serviços de saúde passarão a acreditar no profissional
apenas por conta de uma vacinação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mediante os
dados obtidos, a pesquisa alcançou os objetivos propostos. As ações de
promoção da saúde e prevenção de doenças das pessoas idosas dependem
do desenvolvimento de ações dos profissionais de saúde. Nota-se, que o
processo de trabalho está fragilizado, que grande parte dos profissionais está
parcialmente preparada e/ou motivada para trabalhar no que tange a vacinação
junto com a população idosa, seja por sobrecarga de trabalho, indisposição das
condições operacionais ou por ser um tipo de atuação considerado de pouca
importância. Os dados mostraram ainda, a importância da atualização
contínua, por parte da equipe de enfermagem, sobre os conceitos que
envolvem a imunização, uma vez que, torna-se necessário para o
desenvolvimento profissional, mediante a motivação pela busca do
autoconhecimento, do aperfeiçoamento ampliando seus conhecimentos
técnico-científicos, para melhor desenvolver o cuidado prestado ao cliente e a
comunidade. Assim, a busca pelo aperfeiçoamento deve ser constante. Vale
ressaltar sobre a importância da necessidade de capacitação e educação
contínua para os profissionais que atuam na sala de vacinação para motivar,
mobilizar e informar a comunidade a respeito da importância das imunizações
para que esta participe de todos os momentos, seja para divulgar informações,
seja para participar da vacinação. É relevante enfatizar que o planejamento das
ações de vacinação no que tange a saúde continuada, aperfeiçoamento de
práticas, divulgação e informação do calendário de vacina é algo primordial
visando minimizar os riscos de incapacidade e melhoria na qualidade de vida.
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QUEIMADURAS EM CRIANÇAS E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Márcia Michelly Pereira Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Ycaro Barros Muniz, Faculdade Leão Sampaio
Maria Elaine Silva de Melo, Faculdade Leão Sampaio e Universidade Regional
do Cariri
Palavras-chave: Queimaduras. Crianças. Assistência de Enfermagem
INTRODUÇÃO: Durante o processo de desenvolvimento neuropsicomotor
infantil para que aconteça a maturidade biológica é necessário que ocorra a
interação dessa criança com o meio ambiente, pois ele exerce um importante
papel. Essa interação proporciona o aprendizado motor por meio da vivência
de novas experiências, porém a criança pode torna-se mais susceptível a
acidentes como quedas, intoxicações, afogamento, envenenamento e
queimaduras que é um dos traumas mais graves podendo deixar sequelas
físicas, sociais, emocionais e ainda econômicos que irão marcar a criança e o
cuidador pelo resto da vida (SANTOS; SÁ, 2014). As queimaduras têm como
definição lesões cutâneas causadas pela ação direta ou indireta do calor,
sendo causados principalmente por a chama direta, o contato com água
fervente ou líquidos quentes, com superfície aquecida, corrente elétrica e
também por agentes químicos. Estas lesões podem comprometer diferentes
estruturas orgânicas e são avaliadas em graus, conforme a profundidade do
trauma nos tecidos. Na queimadura de 1º grau o comprometimento está restrito
à epiderme. Na queimadura de 2º grau o comprometimento envolve não
somente toda a estrutura da epiderme como também parte da derme. Já na
queimadura de 3º grau tem-se destruição da epiderme e derme podendo atingir
o tecido subcutâneo, tendões, ligamentos, músculos e ossos. Como as
queimaduras provocam lesões que leva ao rompimento da integridade da pele
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provoca um comprometimento das funções locais e o surgimento de necrose e
coagulação decorrente de trombose dos vasos que causa repercussão
sistêmica. Em relação às complicações mais expressivas encontra - se a sepse
responsável pelo o maior número de óbitos nas vítimas de queimaduras, outras
complicações, também comuns nestes pacientes, são as cardiovasculares e o
comprometimento da função renal, diretamente associada à hipovolemia. Entre
as cardiovasculares tem-se a hipotensão, aumento da freqüência cardíaca e o
choque. Desta forma, o tratamento para estes pacientes envolve tanto o local
quanto o sistêmico. O tratamento local da lesão, conta com coberturas de ação
bactericida e/ou bacteriostático e de desbridamento de tecidos desvitalizados.
Entre os agentes tópicos destacam-se a sulfadizina de prata 1% e os Ácidos
Graxos Essenciais (AGE). Entre os produtos naturais destacam - se a papaína
e o mel e entre as soluções, o nitrato de prata, o gluconato de clorexidina e o
iodopovidona, embora pouco utilizado nos dias atuais. Outra alternativa é o uso
dos substitutos temporários de pele indicados para proteger a lesão até a
realização de enxerto ou apenas na proteção da pele até a cicatrização caso
não haja infecção. Os substitutos podem ser de origem animal como o enxerto
homólogo, membrana amniótica, e o colágeno; sintéticos como o silicone, o
poliuretano; e finalmente associados à matéria orgânica como o colágeno e
silicone (MONTES; BARBOSA; NETO, 2011). Mediante a gravidade do
problema e considerando a especificidade do tratamento no grupo infantil, a
maioria dos casos de queimaduras demanda hospitalização por longo período
muitas vezes, o que para a criança constitui uma experiência nova que, na
maioria dos casos, exige adaptação a situações como: horários préestabelecidos, exames dolorosos, afastamento do ambiente familiar,
distanciamento das atividades escolares, diminuição de estímulos de
socialização, entre outros (BATISTA; RODRIGUES; VASCONCELOS, 2011).
Outro fator crucial é a qualidade de vida desses pacientes no ambiente
hospitalar no período de internação para que o sofrimento seja atenuado
estudos recentes mostram que as atividades pedagógicas complementares
relacionadas pintura, dramatização, musicalização, jogos recreativos e de
raciocínio, podem diminuir as tensões e tornar o ambiente hospitalar mais
agradável quando trata-se de crianças a comunicação entre a vítima e a equipe
de cuidados fica mais fácil para construir uma relação de confiança (SOUZA,
2011). Dessa forma o profissional de enfermagem deve estar atento para a
possibilidade do uso de novos artifícios e tecnologias para prestar uma
assistência qualificada para esse grupo de pacientes, bem como, o uso da
Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma ferramenta crucial para o
processo da assistência prestada, por meio, dela é possível enfocar nos
segmentos mais graves do paciente através da clinica apresentada por ele
embasando, assim os diagnósticos, intervenções e prescrições de enfermagem
na visão holística do paciente (BATISTA; RODRIGUES; VASCONCELOS,
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2011). OBJETIVO: Realizar um levantamento das produções científicas acerca
da temática queimadura em crianças por meio de uma revisão sistemática.
MATERIAIS E MÉTODOS: A revisão sistemática consiste em uma síntese
rigorosa de todas as pesquisas relacionadas a uma temática específica, tendo
como finalidade identificar não só a produção, mas a causa e as soluções do
problema da mesma. A revisão sistemática difere da revisão tradicional por
buscar superar possíveis vieses em todas as etapas, seguindo um método
rigoroso de busca e seleção de pesquisas, validação da relevância e validade
das pesquisas encontradas, coleta, síntese e interpretação dos dados oriundos
das pesquisas. (GALVÃO; SAWADA; TREVIZAN, 2014). O estudo em questão
utilizou-se como descritor “Queimaduras em Crianças”. A base de dados
utilizada para a busca de produções científicas foi a Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), bem como, os
seguintes filtros: texto completo disponível, idioma português, tipo de
documento artigo publicados no período de 2010 a 2014, no total foram
encontrados 132 artigos para o descritor, após a utilização dos filtros
permaneceram 18 produções, e uma foi excluída, pois tratava-se de aspectos
orofaciais e negligência odontológica não aplicando-se a temática em questão.
Todas as produções selecionadas foram publicadas em revistas, sendo a
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica tendo 4 publicações, Revista Paulista de
Pediatria com 2 publicações, Caderno de Saúde Pública, Ciência e Saúde
Coletiva, Revista Escola de Enfermagem da USP, Revista Latino Americana de
Enfermagem, Scientia Médica Porto Alegre, Revista Gaúcha de Enfermagem,
Revista Médica de Minas Gerais, Revista René de Fortaleza, Revista Eletrônica
de Enfermagem, HU Revista de Juiz de Fora, Revista Baiana de Saúde
Pública, todas com 1 publicação cada. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O
Sistema Nacional de Serviços Sentinelas de Vigilância de Violências e
Acidentes (VIVA), que é um inquérito acerca dos atendimentos decorrentes de
causas externas realizados em serviços de urgência e emergência em todo o
Brasil os levantamentos estatísticos do ano de 2009 com relação a
queimaduras os dados do inquérito teve como resultado: à faixa etária as
crianças menores de 10 anos são as mais atingidas, com as queimaduras,
responsável por total de 22% dos atendimentos nos serviços de emergência do
Sistema Único de Saúde. Evidenciou-se que a faixa etária de 0 a 4 anos
representa 16% do total de atendimentos. Observou - se ainda que 96,5% das
queimaduras em crianças nesta faixa ocorreram nas residências, e que esta
proporção vai diminuindo com o aumento da idade. As queimaduras ocorreram
predominantemente nas residências representando 62,1% do total de
atendimentos. E em relação ao agente causador, a substância quente foi
responsável pela maior proporção de queimaduras em todas as faixas etárias,
atingindo o valor mais alto para as crianças entre 0 e 4 anos 61%
(GAWRYSZEWSKI et al., 2012). Temos ainda dados mais recentes dos
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registros no Brasil em um estudo comparativo apontam que, em 2006, foram
hospitalizadas 16.573 crianças e adolescentes menores de 15 anos, devido a
lesões por queimaduras, representando 14% de todas as internações nesse
grupo etário. No mesmo ano, as queimaduras foram responsáveis por 363
óbitos nessa faixa etária. Em 2010, o número de hospitalizados este tipo de
trauma aumentou para 21.472, mas o número de casos fatais caiu para 313.
Esses dados evidenciam que, embora os avanços no atendimento hospitalar
venham contribuindo para a sobrevivência de pacientes que sofreram
queimaduras, ainda são imprescindíveis medidas preventivas. Como principais
causas de queimaduras na faixa etária em questão podem ser citadas as
ocorrências acidentais em ambiente doméstico, sendo as escaldaduras ou
lesões por líquidos aquecidos. Entre outras situações de risco, destacam - se a
manipulação de produtos químicos ou inflamáveis, acidentes com panelas no
fogão cujo cabo está voltado para fora, com bombas festivas, com tomadas
elétricas, manipulação de fios descascados e metais aquecidos. O agente
causador varia conforme a idade, sendo que, em menores de dois anos,
predominam os banhos em água excessivamente quente. Em pré escolares,
dos dois aos sete anos, as substâncias inflamáveis são a causa mais
prevalente, sendo o fato justificado pelo início da exploração do ambiente pela
criança e a atração pela luminosidade das fontes. Já em escolares e
adolescentes, há o predomínio da queimadura por combustão. Entretanto,
independentemente da idade, ocorrem os acidentes provocados por adultos,
mesmo que sem intenção (BISCEGLI et al., 2014). A violência e os maus tratos
na infância contribuem para o aumento da porcentagem das queimaduras com
um valor de 2,6% dessa porcentagem a faixa etária mais acometida é a de 0 a
1 ano e causada por substâncias quentes (MALTA et al., 2012). Com relação
aos cuidados de enfermagem prestados as vítimas de queimaduras em
especial em crianças são repletas de uma simbologia negativa e dolorosa,
principalmente dependendo da área corporal atingida e da profundidade pelo o
fato de tratar-se de crianças isso fica ainda mais evidente, o procedimento
citado pelos os profissionais de enfermagem mais difícil é troca de curativos
(GAWRYSZEWSKI et al., 2012). No âmbito da assistência de enfermagem os
diagnósticos de enfermagem com base no NANDA, mais encontrado nos
prontuários foram: integridade da pele prejudicada relacionada, a fatores
térmicos e elétricos, evidenciado por tecido lesado; risco de disfunção
neurovascular periférica, relacionado às queimaduras e por fim risco de
infecção relacionada ao trauma, procedimentos invasivos e destruição de
tecidos (BATISTA; RODRIGUES; VASCONCELOS, 2011). CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Fica evidente que o problema queimaduras em crianças, ainda
ocorrem, em índices consideráveis, e levando em consideração, que é um
evento passível de prevenção e de difícil tratamento, os profissionais das mais
diversas áreas devem atuar junto a comunidade, visando a prevenção.
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Observou - se que as causas variam de acordo com a faixa etária, envolvendo
desde brincadeiras, até acidentes envolvendo o ambiente doméstico ou maus
tratos e negligência infantil as produções encontradas ainda são poucas
quando compara - se a relevância da temática. Espera-se que esse estudo
contribuía para chamar atenção para a produção de novas pesquisas nessa
área para que os dados epidemiológicos e o perfil das crianças atingidas sejam
cada vez mais definidos para subsidiar a prevenção das queimaduras e que as
principais causas sejam atenuadas ou eliminadas principalmente no ambiente
doméstico que é o principal local da ocorrência das queimaduras. Ainda tem se a preocupação com a qualidade de vida dos pacientes internados como
prevenir as complicações decorrentes das queimaduras para que o número de
óbitos seja reduzido proporcionando uma assistência de qualidade e um
tratamento adequado para a reabilitação dessas crianças no âmbito físico e
psicológico não esquecendo o familiar das vítimas.
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O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA CIDADE DE CRATO-CE
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Daniele de Souza Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Francinubia Nunes Barros, Faculdade Leão Sampaio
Naiéli Schiefebein Souto, Universidade Federal Santa Maria
Sumina kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Cleide Correia de Oliveira, Faculdade Leão Sampaio
Palavras–chave: Doença Mental. Plantas Medicinais. Uso
INTRODUÇÃO: O uso de plantas medicinais é uma prática muito antiga,
podendo-se dizer até milenar que é passada de geração a geração com o
intuito de obter dessas espécies a cura ou o alivio de algumas enfermidades,
durante o processo de metabolismo as plantas produzem uma série de
substancias químicas conhecidas como principio ativos, esses podem interagir
e provocar respostas biológicas ao ser introduzido em um organismo animal
(ARGENTA et al., 2011). A Organização Mundial de Saúde (OMS) caracteriza
planta medicinal como sendo todo e qualquer vegetal que possui em um dos
seus órgãos, substancias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou
que seja precursores de fármacos semi-sintéticos (VEIGA; PINTO, 2005). Nos
tempos atuais observa-se o uso das plantas por um número bastante elevado
de pessoas, seja devido a fatores culturais ou econômicos, em alguns casos o
alto custo de medicamentos também leva ao uso dessas. A sua utilização em
rituais no Brasil é uma prática comum resultante da forte influência cultural dos
indígenas locais miscigenadas as tradições africanas, oriundas de três séculos
de tráfico escravo e da cultura européia trazida pelos colonizadores (ALMEIDA,
2003). O habito de se usar-las está ligado a manifestações culturais e é uma
forma de apresentar a importância que estas espécies têm em relação aos
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costumes de um povo. O comércio de plantas de uso medicinal vem sendo
estimulado nas últimas décadas pela crescente necessidade da população em
encontrar uma saída considerada “natural” para as afecções que atingem
grande parte da sociedade, geralmente comercializadas em feira livre,
mercados populares, lojas de produtos naturais e algumas vezes cultivadas em
quintais das residências. A tradição popular de uso de plantas medicinais leva
a origem de valiosos conhecimentos a cerca desses produtos, porém o
conhecimento empírico ao ser passado oralmente pode se dispersar-se
ocorrendo assim a perda de informações corretas e de valor (ROCHA, 2006 ).
E dentre outras formas de utilização das plantas de uso medicinal, diversos
autores como ALBUQUERQUE (1997) e MORGAN (1995) afirmam que é
grande o interesse por tais plantas, tanto em âmbito nacional quanto
internacional, pois estas apresentam um potencial terapêutico e econômico,
visado especialmente pela indústria farmacêutica que realiza a prospecção de
novos produtos. É de suma importância que os profissionais de saúde,
principalmente médicos e enfermeiros, aceitem e difundam a prática da
fitoterapia nos tratamentos de enfermidades mentais e convençam os próprios
pacientes da eficácia, benefícios e cuidados desse tipo de tratamento. O uso
de fitoterápicos e plantas medicinais, com fim profilático curativo ou paliativo ou
ainda com fins de diagnósticos é uma pratica reconhecida oficialmente pela
Organização Mundial de Saúde desde o ano de 1978, sendo também
considerada uma pratica que se expandiu globalmente. No Brasil cerca de 82%
da população utilizam produtos a base de plantas medicinais seja em forma de
chá decocção ou outros sendo esse conhecimento passado de geração a
geração no popular “boca a boca” e muitas vezes até mesmo no nível primário
de saúde por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), o uso de plantas
medicinais através da medicina natural e medicina complementar vem
tornando-se cada vez mais objeto de políticas públicas nacionais e
internacionais incentivadas pela Organização Mundial de Saúde, a fim de
assegurar a população o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e
fitoterápico a fim de promover o uso de forma segura (BRASIL, 2006).
Considerando o crescente uso de plantas medicinais torna-se de fundamental
importância o estudo sobre o tema tendo em vista a importância de se
conhecer sobre as plantas utilizadas bem como o conhecimento que os
usuários tem sobre a forma de consumo. OBJETIVO: O presente estudo teve
objetivo verificar a existência do uso de plantas medicinais no tratamento de
transtornos mentais na cidade de Crato-CE. MATERIAIS E MÉTODOS: A
presente pesquisa trata-se de um estudo quali-quantitativo que foi desenvolvido
na cidade de Crato-CE, Brasil no período de 01 a 31 de março de 2015, tendo
como amostra da pesquisa uma composição de 10 participantes. O método é a
ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um
certo fim ou um resultado desejado (CERVO; BERVIAN, 2009). Não se inventa
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um método; ele depende fundamentalmente, do objeto da pesquisa (CERVO;
BERVIAN, 2010). O presente estudo apresenta caráter descritivo-exploratório e
direcionamento quali-quantitativo. Segundo Cervo e Bervian (2009), a pesquisa
descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem
manipulá-los; já a pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação
e quer descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes.
Bopp (2003) descreve a pesquisa qualiquantitativa como sendo aquela que
interpreta as informações quantitativas através de símbolos numéricos, e dos
dados qualitativos através da observação e interação participativa. Como
instrumento de coleta de dados (ICD) foi utilizado a entrevista, que consiste na
conversação face a face, realizada de maneira metódica, onde perguntas e
respostas são expressas verbalmente e permitindoao participante revelar
valores, normas e símbolos. (MARCONI; LAKATOS, 2001; GIL, 2007). A
entrevista pode ser classificada em estruturada, que visa à obtenção de dados
“uniformes”entre os entrevistados, permitindo assim uma comparação; não
estruturada, onde a conversação é iniciada por um tema geral, sem
direcionamentodo entrevistador; e semiestruturada, que se segue um roteiro
pré-elaborado, mas sem muita rigidez. A entrevista realizada contém
questionamentos em torno de dados epidemiológicos do paciente, como idade,
sexo, escolaridade e etnia, e por fim, dados relacionados ao uso, terapêutica
desenvolvida e características da planta medicinal utilizada pelo paciente. A
amostra da pesquisa foi composta por pessoas cadastradas nas Unidades de
Saúde da Família (USFs) da zona rural da cidade de Crato-CE, escolhidas
aleatoriamente. Foram descartados da amostra, os pacientes que não fizeram
referência ao uso de plantas medicinais como método terapêutico para as
patologias mentais. Como critérios de inclusão, foram considerados apenas
àqueles usuários que tinham suas faculdades mentais preservadas, que
aceitaram de forma livre e legal participar do estudo e que tenham realizado ou
estavam realizando acompanhamento profissional médico na cidade de CratoCE. A coleta de dados foi realizada por meio da de uma entrevista
semiestrutura, previamente elaborada pelos pesquisadores, e que foi aplicada
durante visitas às residências dos pacientes. De acordo com Fortin (2003),
qualquer estudo/investigação suscita o surgimento de questões morais e
éticas, pelo que é necessário proteger os direitos e liberdades dos indivíduos
que participam no estudo. Na sociedade a ética tem o papel de proteger todos
os indivíduos, principalmente os que não podem defender a si mesmo. A
interação do pesquisador com os sujeitos desta envolve uma série de questões
de ordem moral, daí a grande necessidade de salvaguardar os direitos dos
participantes do estudo. Assim sendo, neste estudo foram preservados todos
os princípios e direitos éticos dos participantes, representados pela resolução
196/96 de pesquisa com seres humanos, além de ser previamente aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP da Faculdade Leão Sampaio. A
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garantida de que todos estes direitos serão respeitados será dada aos sujeitos
da pesquisa por meio de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que
foi assinado pelos mesmos após uma leitura prévia.Conforme a Resolução
466/2012. RESULTADOS/DISCUSSÃO: De acordo com os dados coletados
encontrou-se que: Em relação ao perfil sócio-economicocultural dos 10
participantes do estudo 70% dos participantes são do sexo feminino e 30% do
sexo masculino, 70% com idade entre 25 a 50 anos e 30% mais que 50 anos.
Sendo residentes da zona rural. A renda familiar declarada pelos entrevistados
foi que 20% recebem 1 salario mínimo e 80% de 1 a 3 salários mínimos.
Quanto à ocupação 20% declararam ser aposentados, 10% gerente, 20% dona
de casa, 30% estudante 10% auxiliar de cozinha, 10% cabeleireiro. Quando
questionados quanto à religião 80% disseram serem católicos, 10% evangélico
e 10% declaram não ter religião. Quanto ao nível de escolaridade 20%
declaram ter cursado o 1º grau completo, 50% nível médio e 30% nível superior
incompleto. Quanto aos saberes e práticas em relação ao uso das plantas
medicinais. Todos os participantes do estudo declararam usar plantas
medicinais por indicação da família. Tendo como forma de obtenção das
mesmas, 50% compram, 30% cultivam e 20% ganham. As plantas citadas
pelos entrevistados, forma de uso e indicação de acordo com os entrevistados
são:10% utilizam Alecrim, Rosmarinusofficinalis, em forma de Chá (infusão)
com as folhas e caule para dor de cabeça. 20% utilizam boldo Pemusboldus
em forma de chá (infusão) com as folhas para cólicas intestinais. 10% utilizam
camomila Matricariarecutita, em forma de Chá (infusão),folhas,sementes,raiz
para dor de cabeça.10% utilizam Girassol Helianthusannus em forma de chá
(infusão), com as sementes torradas para evitar convulsão. 10% utilizam
hortelã Mentha x villosahuds em chá (decocção), folhas para sanar febre. 20%
utilizam laranjeira Citrusvulgaris em forma de chá (infusão), folhas para evitar
nervosismo. 10% utilizam macelaAchyroclinesatureioides em forma de chá
(infusão) com as flores para dor na barriga e indigestão. 10% utilizam nozmoscada Myristicafragrans em forma de chá(infusão) com a semente para mal
estar. O estudo mostrou que muito rotineiramente acontece o uso de plantas
medicinais e que essa prática é passada através dos parentes. Comecei a usar
através dos meus pais sabe.(...) A gente aprende que o que é natural é melhor
não faz mal pra saúde né[...](p1.).(...) Comecei a usar por causa da minha mãe,
para dor de barriga, boldo, macela faço fervido melhora.(p.2). Comecei a usar
pela minha mãe uso para mal estar o chá da noz moscada.[...] (p.5).Em relação
a forma de obtenção das plantas a metade dos pesquisados relatam comprar a
planta medicinal e disseram utilizar rotineiramente. Quanto a forma de
conservação foi observado que os participantes relataram preparar o chá na
hora do consumo apenas dois referiram conservação de modo diferente.
Conservo o chá aquecido (p.4). Faço o chá e deixo em temperatura
ambiente(p.2). Em estudo relizado por Boscolo e valle (2011), tem-se as
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atividades biológicas estabelecidas por algumas plantas medicinais como a
macela Achyrocline satureioides apresentado-se como atividade biológica
estabelecida
analgésica
e
antiinflamatória.
Girassol
Helianthus
annushipocolorestiamiante,
antimicrobiana,
antioxidante,
antitumoral,
antiinflamatória. Boldo Pemusboldus, estimulante do sistema nervoso central,
antidispeptica, antiulcerogênica. Alecrim Rosmarinusofficinalis,antimicrobiana,
anti-helmintica antifúngica e hipertensiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
estudo evidencia a utilização de plantas medicinais como práticas da
população a fim de buscar a cura ou alivio de sintomas dolorosos ou mentais
como dores de cabeça, cólicas intestinais, nervosismo, indigestão, mal estar,
febre entre outros. Consagrando como de extrema importância estudos sobre o
tema, por tratar-se de uma pratica tão utilizada, pois algumas plantas podem
apresentar atividades tóxicas para o usuário e esse desconhece essa
possibilidade acreditando que por tratar-se de um produto natural esse
somente lhe trará benefícios, fazendo assim uso inapropriado deste, podendo
provocar assim uma dosagem excessiva, pois de acordo com a pesquisa foi
evidenciado que a maioria desses usuários obtém conhecimentos sobre as
plantas somente a partir de informações prestadas por seus familiares,
desconhecendo que algumas vezes não é realmente a atividade biológica que
a planta desenvolve no usuário. Dessa forma a pesquisa almeja auxiliar sobre
a divulgação da temática, visto a carência de estudos sobre o uso das plantas
e conhecimento popular sobre as mesmas, torna-se importante que sejam
desenvolvidos mais estudos sobre esse tema.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE FRENTE AOS DESAFIOS ENCONTRADOS NO
AMBIENTE HOSPITALAR, UMA NOVA PERSPECTIVA DE ASSISTÊNCIA
Sumina Kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Maria Elaine Silva de Melo, Faculdade Leão Sampaio e Universidade Regional
do Cariri
Palavras-chave: Assistência Enfermagem. Qualidade de Vida. Promoção
Saúde
INTRODUÇÃO: Em 1986 no Canadá, acontecia a I Conferência Internacional
sobre Promoção da Saúde, sendo definida a partir da Carta de Otawa, como
um processo para a capacitação de uma determinada comunidade, atuando na
melhoria da qualidade de vida e saúde, contribuindo, para um maior controle
deste processo. Foram identificados nesse documento cinco campos de ações:
reorientação dos serviços de saúde, reforço da ação comunitária,
desenvolvimento de habilidades, criação de ambientes favoráveis à saúde e
construção de políticas públicas de saúde (BRASIL; 2002). A prática da
promoção da saúde surgiu e desenvolveu-se com maior vigor nos últimos vinte
anos, especialmente nos países que se encontram em desenvolvimento como:
o Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa Ocidental. A
Organização Mundial da Saúde (OMS), em relação à promoção da saúde e
instituições de serviços de saúde, em conjunto com o Centro de Colaboradores
para a promoção da saúde, tem como principal objetivo apoiar o
desenvolvimento de hospitais e de outras instituições para se tornarem
promotores de saúde, proporcionando suporte técnico-científico e favorecendo
a comunicação entre os hospitais que compõem a rede; afirmando também que
estas instituições devem consistir em: espaços saudáveis para os cuidados
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com a saúde, permitindo ir além do tratamento de doenças, com a prevenção e
a promoção da saúde de maneira positiva e humanista; contribuir para o
empoderamento das pessoas hospitalizadas, para que as mesmas possam
controlar os fatores que influenciam ou não o seu estado de saúde; veículos de
participação da comunidade; um local adequado, saudável, para que os
profissionais da saúde trabalhem com mais êxito e organizações sustentáveis,
humanitárias e saudáveis (BRASIL; 2002). O hospital historicamente se
constituiu como um espaço especificamente para o tratamento e a cura, em
que o modelo profissional dominante nesse local diz respeito a um conjunto de
aparato tecnológico e político, distanciando assim prática efetivamente
promotora de saúde, que em conjunto com as relações hierárquicas de poder e
autoritárias de profissionais de saúde e usuários do serviço, dificultam ainda
mais a construção de espaços de autonomia e participação daqueles que
buscam atenção à saúde, espaços estes que uma vez constituídos, contribuem
para a efetivação de uma prática promotora de saúde (CECÍLIO; 2006). Em
contra partida, ainda acredita-se que seja possível em tempos atuais uma
mudança de paradigma, em respeito à promoção da saúde em ambientes
hospitalares, apesar de inúmeras dificuldades ainda existentes e persistentes
nos diversos ambientes hospitalares, em que a clínica e a técnica curativa
predominam até hoje (ROLLO; 2006). O ambiente hospitalar é considerado um
lugar estratégico de intervenção, tratando-se de um território inexplorado na
perspectiva de humanização do atendimento e da defesa da vida, enfatizando
ser possível pensar em promoção da saúde, em educação em saúde e
construção de vínculos em ambientes hospitalares. Mas, para isso é
necessário que haja uma mudança no que se diz respeito ao atendimento
médico-paciente, médico-equipe e o serviço hospitalar como um todo
(CECÍLLIO; 2006). Esse processo é dificultado, contudo pela supervalorização
do processo saúde-doença, tornando-se uma rotina mecanicista em que há
fragmentação da assistência deixando muitas vezes aberturas para uma
assistência não qualificada e humanizada, tendo como visão o indivíduo
necessitado como um objeto da equipe em si; a relação desigual permeada
pelo autoritarismo e pela prepotência inibindo qualquer desejo de autonomia
preexistente, que levaria o indivíduo a ser tratado como um sujeito em seu
processo de recuperação e cura; essa realidade acaba refletindo também
acerca das ações de enfermagem desenvolvidas no processo de promoção à
saúde dos indivíduos, família e comunidades por eles assistidas,
compreendendo que prestar cuidado curativo por si só torna-se suficiente
(ROLLO; 2006). Para que haja a implementação da promoção da saúde em
ambientes hospitalares, torna-se necessário uma mudança gradativa das
instituições em direção à promoção da saúde, sem perder sua essência, prover
cuidados clínicos e de urgência, para isso, as práticas desenvolvidas precisam
ser reorientadas, no sentido de se tornarem condizentes com o que é proposto,
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alcançando-se assim à promoção da saúde em ambientes hospitalares (DIAS;
2008). OBJETIVOS: Diante do exposto o objetivo desse estudo é apresentar
perspectivas acerca da prática da promoção da saúde em ambientes
hospitalares, abordando desafios encontrados que dificultam sua
implementação. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo trata-se de um estudo
descritivo, bibliográfico e qualitativo. A pesquisa descritiva é aquela na qual o
pesquisador não interfere na pesquisa, apenas coleta os dados obtidos e
documenta-os; a bibliográfica tem como principal característica a obtenção de
informações advindas de materiais gráficos, sonoros ou informatizadas,
visando à resolução de problemas ou somente para a abrangência de
conhecimentos e a abordagem qualitativa não utiliza instrumentos estatísticos,
tem-se uma maior preocupação em análise e interpretação dos aspectos,
fornecendo uma resposta mais detalhada sobre as investigações realizadas
(MARCONI; LAKATUS 2010). A pesquisa bibliográfica foi realizada do dia 02 a
09 de Abril de 2015. A consulta bibliográfica foi realizada através da busca de
informações em livros, revistas acadêmicas e banco de dados digitais Scientific
Electronic Library Online (scielo), em que os critérios de inclusão para a análise
bibliográfica foram ter relação com o tema e contribuir para a investigação em
questão e os de exclusão, não ter relação com tema e não contribuir para a
investigação em questão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os resultados
encontrados mostram que considerando a realidade dos ambientes
hospitalares, afirma-se que é possível vivenciar novas experiências nesses
locais e são sugeridas diversas estratégias para serem trabalhadas no sentido
de construção de um novo ambiente hospitalar, defendendo-se que o hospital
não é intrínseca nem inevitavelmente um espaço só de prática de cura e de
reabilitação, e que pode e deve ser um espaço de promoção da saúde, de
defesa da vida e da cidadania, com suas equipes colaborando ativamente na
formação de novas relações dentro do sistema de saúde (DIAS; 2008). Para
isso devem-se destacar estratégias para a institucionalização da promoção da
saúde dentro dos ambientes hospitalares como: a criação de espaços coletivos
nas unidades de trabalhos que possam garantir a discussão saudável entre os
componentes do ambiente hospitalar, com ênfase na escuta dos usuários,
tendo em vista que os profissionais da saúde possuem um importante papel na
vida dos indivíduos e seus familiares no período de internação, sendo esses
espaços de conversação um meio de transmitir uma assistência mais
qualificada, conhecendo, identificando e repassando informações mediante
uma relação horizontal de sujeito para sujeito, permeados por confiança,
cooperação e responsabilidades; também é considerado para o processo de
mudança, o desenvolvimento de uma abordagem sistemática, devendo ser
direcionada às necessidades do indivíduo, dos trabalhadores e da comunidade
atendida, sendo as atividades de promoção da saúde um meio para se
transmitir conhecimentos e motivar o indivíduo a reduzir seus riscos, prevenir
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doenças e a maximizar seu potencial de bem estar, através de uma abordagem
positiva de estilo de vida e o aperfeiçoamento dos programas de educação em
saúde desenvolvidas em ambiente hospitalar, devem incluir os familiares da
pessoa hospitalizada, a discutirem sobre os efeitos oriundos da doença na vida
diária da família, preparando a pessoa para o processo de hospitalização,
contribuindo para o indivíduo a compreensão de sua patologia após alta
hospitalar, incentivando portanto a adoção de comportamentos saudáveis que
promovam a saúde (CECÍLIO; 2006). Para que haja a implementação dessas
estratégias, é necessário que enfermeiros, médicos e outros profissionais de
saúde, que constituem o ambiente hospitalar, estejam preparados para
adotarem esta nova abordagem direcionada a pacientes e familiares,
permitindo uma assistência qualificada. Percebe-se que as culturas complexas
e repletas de burocratização das instituições de saúde dificultam o processo de
mudança nesse espaço, outra questão, diz respeito às crenças em relação à
efetividade das intervenções para a promoção da saúde, sendo este o principal
desafio encontrado, assim como a falta de tempo dos profissionais para o
engajamento em projetos que visem à mudança no trabalho, pois a concepção
que os profissionais de saúde apresentam acerca de promoção da saúde pode
contribuir para maior ou menor alcance deste propósito (ROLLO; 2006).
Ressalta-se a importância de que as instituições de saúde se preocupem com
a salubridade dos seus funcionários, proporcionando um ambiente saudável
para o desempenho de atividades que resultarão em uma assistência
qualificada aos indivíduos necessitados, pois como dito anteriormente, um
ambiente adequado e com recursos suficientes para prestação de uma melhor
assistência, tem um reflexo positivo na qualidade de atendimento ao próximo
(CECÍLIO; 2006). Diante disso, considera-se que o fortalecimento de ações de
promoção da saúde não se constitui apenas ação básica, não ocorre
anteriormente à doença, nem antecede a atenção primária, secundária ou
terciária, partindo, entretanto do pressuposto de que um indivíduo com uma
patologia crônica poderá usufruir de uma vida saudável e reintegrando a
compreensão de que a clínica não se constitui apenas como um espaço
antagônico à promoção da saúde, e sim está presente em todos os espaços de
atenção à saúde, sendo viável e indispensável também na atenção terciária
(DIAS; 2008). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que, as atuais
instituições hospitalares possuem em seu contexto histórico um leque de
aspectos que as distanciam das propostas sobre a promoção da saúde,
tornando-se um real desafio para a mudança nesse contexto obtido há tempos
atrás. Os diversos profissionais que constituem essas instituições, devem se
preocupar com a promoção da saúde de seus clientes por eles assistidos,
buscando a ampliação de conhecimentos, o aperfeiçoamento de estratégias
para que possam ser realizadas com êxito, observando as necessidades atuais
de cada indivíduo, necessitando um novo olhar, uma nova postura, uma cultura
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atual que seja cultivada nos ambientes hospitalares, tendo como objetivo, a
saúde integral do indivíduo, e abolindo a visão restrita da doença, indo contra o
modelo biomédico de saúde. Embora haja a compreensão da abrangência das
ações de promoção da saúde, com o amplo conceito saúde/doença, considerase que a promoção pode ser implementada no ambiente hospitalar apesar dos
inúmeros desafios impostos atualmente, contribuindo para uma nova
perspectiva de assistência qualificada, acreditando-se, portanto que, a
promoção da saúde tanto seja possível quanto necessária em ambientes
hospitalares e que as ações desenvolvidas durante todo esse processo de
adaptação podem conduzir o indivíduo e sua família na busca de uma melhor
qualidade de vida reduzindo o risco de reinternações.
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ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM À MULHER EM PUERPÉRIO
IMEDIATO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Jaqueline Duda Rodrigues, Faculdade Estácio
Daniel Pereira Barros, Faculdade Leão Sampaio
Pastora Wilma Feitosa, Faculdade Leão Sampaio
Maria Jeanne de Alencar Tavares, Faculdade Estácio Faculdade e Leão
Sampaio
Palavras-chave: Educação Saúde. Processo Ensino-aprendizagem. Puerpério.
Cuidados de Enfermagem
INTRODUÇÃO: A saúde da mulher tem sido prioridade no Brasil desde a
implantação do Programa de Atenção à Saúde da Mulher (PAISM), na década
de 1980. Porém, os índices de morbidade e mortalidade no período gravídicopuerperal permanecem em números acima do aceitável. Com isso, o Ministério
da Saúde tem propagado diversos programas que tem como objetivo reduzir os
agravos que ora venham a ocorrer durante o período puerperal, bem como tem
incentivado que os estabelecimentos que prestem assistência à mulher
estabeleçam condutas diante das complicações materno-infantil, procurando
assim, alcançar práticas de assistência de qualidade e permeando a
humanização (ARAÚJO, 2012). O puerpério, que também pode ser
denominado de sobreparto ou pós-parto, consiste no período em que ocorrerão
todas as manifestações de involução e recuperação da genitália materna. Este
período pode variar de tempo e ser impreciso, dependendo da condição
fisiológica de cada puérpera. Durante essa fase é observado diversas
modificações que permanecem ativamente até o retorno do organismo às
condições pré-gravídicas. Em geral, a involução puerperal se dá por volta de 6
semanas, sendo que este período é dividido em três fases, sendo elas: pósparto imediato – que vai do 1º ao 10º dia; pós-parto tardio – do 10º ao 45º dia e
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pós-parto remoto – além do 45º dia (REZENDE, 2009). Segundo Araújo (2009),
o puerpério imediato se caracteriza como uma fase crítica que a mulher
(puérpera) irá vivenciar, pois é durante este período (primeiras horas do pósparto) que a probabilidade de ocorrer hemorragia é bastante significativa. As
puérperas enfrentam um maior risco de infecções genitais e extragenitais
durante este período, bem como, encontram-se em um estado de exaustão
pós-parto e sensibilidade psicológica devido à adaptação à maternidade. Logo
durante os primeiros dias do pós-parto, quando a mãe e a criança encontramse estáveis e em condições satisfatória de recuperação e adaptação, são
encaminhados para o alojamento conjunto, onde terão continuidade da
assistência e permanecerão até receberem alta hospitalar, possibilitando
assim, o estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho que se torna
acentuadamente com a prática de amamentação. Diante desse contexto, o
presente estudo buscou levar informações, que julga-se necessárias, para
esclarecer dúvidas que constantemente podemos observar entre as mulheres
que permeiam os primeiros dias pós-parto. Escolheu-se o referido tema pelo
fato de nós, pesquisadores, acreditarmos que será inesgotável toda e qualquer
ação voltada para a assistência materno-infantil, uma vez que considerando
esse binômio ainda existem muitas indagações a serem respondidas a respeito
dos cuidados que devem ser prestados a este grupo de indivíduos, bem como
se vê a necessidade de manter permanentemente uma educação continuada,
por parte dos profissionais de saúde, voltada para a mulher e neonato. A
relevância do estudo se mostra através da aquisição de conhecimentos por
parte das puérperas, onde se propõe que através deste possam descobrir que,
na grande maioria, as complicações puerperais podem ser evitadas através do
auto-cuidado e por meio da assistência de enfermagem prestada à mulher
(puérpera). Agora deve-se pensar como usar esses conhecimentos para
alcançar a prevenção efetiva das complicações advindas da falta de
esclarecimentos da população. E isso só será obtido juntamente com intensas
e permanentes atividades de educação em saúde, educação cívica, educação
ambiental e educação sanitária, no âmbito da coletividade. A intervenção
contribuiu na divulgação de cuidados básicos profiláticos e eficientes na
prevenção dos riscos que a mulher permeia durante este período crítico, que é
o puerpério imediato. Como tambem, teve sua contribuição no desenvolvimento
de técnicas e métodos, por parte dos pesquisadores, para que, a partir de
então, possamos elaborar palestras educativas permeadas no objetivo do
processo ensino-aprendizagem. Servindo ainda, como fonte de dados para o
desenvolvimento de novas pesquisas na área de educação em saúde e que
permeia a assistência materno-infantil. OBJETIVO: Abordar, junto às
puérperas, os principais cuidados de enfermagem inerente à mulher, em
puerpério imediato, através do processo ensino-aprendizagem em saúde.
MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo compreendeu uma pesquisa-ação, sendo
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esta ferramenta metodológica indispensável em projetos de intervenções
voltados para a educação em saúde, no âmbito da coletividade. Pois, segundo
Koerich et al. (2009), a pesquisa-ação emerge a possibilidade de
transformação das práticas de saúde. Visto que, é uma metodologia de grande
valor em diversas áreas sociais, em especial na área de saúde, o estudo alia
pesquisa e ação simultaneamente, ou seja, academia e prática como via de
mão dupla. É realizada em estreita associação com a resolução de um
problema coletivo, no qual os pesquisadores e os participantes, representativos
da situação e/ou do problema, estão envolvidos de forma participativa e
cooperativa (KOERICH, 2009). As atividades ocorreram durante dois dias por
final de semana dos meses de novembro e dezembro de 2013, ou seja, um
primeiro momento ocorreu no dia 23/11/13 (sábado) e no dia seguinte,
24/11/13 (domingo). O roteiro das atividades repetiu-se no final de semana
seguinte, 30/11/13 e 01/12/13, já que o publico alvo era composto por novas
participantes. A educação em saúde foi oferecida a todas as puérperas do
Hospital Maternidade São Lucas, localizado em Juazeiro do Norte-Ce, que
permeava os 10 primeiros dias do pós-parto (puerpério imediato). O referido
hospital oferece campo de estágio para acadêmicos de medicina, enfermagem
e outras graduações da área de saúde, sendo uma das referências em
assistência materno-infantil na região do cariri, atende um público das mais
variadas classes sociais, e além da assistência básica voltada para a mulher
em período gravídico-puerperal e recém-nascido, conta ainda com os serviços
de U.T.I. neonatal e banco de leite humano. O campo de pesquisa foi indicado
por dispor da população específica para a intervenção em saúde, uma vez que
cotidianamente é prestada assistência á mulher em puerpério imediato no
referido hospital. Foi apresentado às puérperas o termo de permissão e
compromisso para a autorização de imagens, a fim de registrar fotografias das
participantes, que se mostraram necessárias, como um dos meios de
comprovação da realização das atividades. Na oportunidade, foi proposto que
todas assinassem com letra legível, em folha reservada para este fim, o acordo
já mencionado, validando assim o compromisso e servindo de comprovante de
participação nas atividades. Foi mantido em toda e qualquer forma a
integridade e o respeito à imagem das participantes. Ainda foi reservado às
puérperas o direito de se desligarem a qualquer momento das atividades se ora
apresentassem interesse. Utilizamos uma linguagem popular, mas que não
fugiu do contexto das informações que pretendíamos passar para as
puérperas. Outrossim, foi permitido à elas registrar as impressões digitais com
auxílio de almofada para carimbo nos casos que as participantes não sabiam
assinar por escrito, afim de evitar-se o constrangimento a qualquer instância.
Obedecendo aos aspectos éticos e legais de uma pesquisa científica, a
intervenção seguiu conforme as regras estabelecidas pela resolução 466/2012
do Conselho Nacional de Saúde, que assegura os direitos dos seres humanos
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participantes de pesquisa individual e coletiva, bem como, esteve
fundamentada na resolução COFEN 311/2007, que trata do código de ética dos
profissionais de enfermagem. RESULTADOS/DISCUSSÃO: As puérperas
foram convidadas a se desligarem, momentaneamente, do alojamento conjunto
e se dirigirem ao auditório do Banco de Leite Humano, que fica interno às
dependências do hospital. No primeiro momento houve apresentação da
equipe e foi explanado a proposta e o objetivo das atividades, bem como todo o
conteúdo programático da educação em saúde. Em seguida, toda nossa
equipe se apresentou e foi procedida a leitura do termo de compromisso de
autorização do uso de imagem para que houvesse autorização efetiva, e assim,
concedessem-nos o direito de fotografá-las durante as atividades realizadas no
decorrer da intervenção, sendo que ao nos afirmarem verbalmente que
aceitavam as condições no termo expressas pedimos a elas que registrassem
esse acordo através de suas respectivas assinaturas, nos casos que foi
impossível esse ato foi sugerido que a autorização fosse feita através de suas
impressões digitais, e escrito ao lado o nome por extenso, onde um dos
membros do nosso grupo ficou responsável por esse processo. Dando
continuidade as atividades, foram mostradas fotos das mais diversas
complicações que ocorrem no puerpério devido a simples falta do
conhecimento correto ou mesmo da negligência que por vezes às puérperas
acabam cometendo. A intervenção seguiu com orientações sobre os principais
cuidados que se deve fazer durante o puerpério, bem como abordamos a
importância da assistência de enfermagem frente à mulher em período
puerperal. A fim de realizar as atividades de maneira metódica e dentro de um
tempo hábil e suficiente, foi traçado um conteúdo programático para nortear as
informações que abordamos no decorrer da intervenção, onde seguimos o
seguinte roteiro: Adaptação psicológica à maternidade; Normas higiênicas e
dietéticas; Exercício e deambulação; Micção e função intestinal; Vida sexual;
Cuidados com as mamas; Alojamento conjunto e amamentação. Após a
explanação de todos os conteúdos foi realizado uma dinâmica em grupo (sobre
conhecimentos populares relacionados aos cuidados com a saúde) e,
posteriormente, havendo encerramento do primeiro momento da intervenção.
Com isso, dando pausa nas atividades e retornando no dia posterior. Voltando
às atividades, foi revisado de maneira breve e sucinta todo o conteúdo
programático repassado no dia anterior. Após a revisão, foi exposto em data
show um questionário de perguntas e respostas referente aos assuntos
discutidos, de maneira clara e respostas acessíveis, com o objetivo de motivar
a participação, com isso, servindo de avaliação da proposta de educação em
saúde. Onde foi possível observar, através das respostas das participantes,
que a grande maioria conseguiram absorver algum dos conhecimentos que
foram repassados no dia anterior, nos fazendo acreditar que o propósito da
intervenção foi, pelo menos em parte, alcançado. Após a interação com as
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participantes através do questionário proposto, realizamos uma dinâmica em
grupo voltada para a auto-estima e motivação, com o objetivo de despertar
uma reflexão sobre os desafios que a vida nos impõe e que devem ser
superados da melhor maneira que possamos encontrar, uma vez que só o fato
de serem “mães de primeira viagem” já se mostra como o primeiro desafio dos
próximos que irão permear nesse novo mundo que é o de ser mãe. Obtemos
novamente, uma participação efetiva das puérperas, bem como, ficamos felizes
por terem entendido a proposta da dinâmica. Posteriormente foi lida uma
fábula, também de caráter reflexivo, voltada pro contexto da coletividade,
discutimos o objetivo da mesma e ouvimos, assiduamente, todos os
depoimentos que cada mãe quis dividir com a gente nesse momento tão
especial em nossa vida acadêmica. Dando término as atividades, foram
ofertados a cada participante 01 (um) kit cegonha (no ultimo dia de cada final
de semana), com o simples objetivo de agradecer às mães pela colaboração
em participar do projeto e pela a troca de conhecimento que ocorreu durante o
horário desses dois dias em que estivemos juntos. Em cada kit havia 03 (três)
camisetas de algodão, 02 (duas) fraldas de algodão e 01 (um) sabonete para
recém-nascido. Esperamos com isso, que as puérperas participantes do estudo
sejam capazes, assim como foram no momento da avaliação, de realizarem
sua higiene intima de maneira correta; reconhecerem o tempo ideal permitido
para o retorno à deambulação; reconhecerem a importância do aleitamento
materno; realizarem a técnica correta da amamentação; identificarem o melhor
período para o retorno da atividade sexual e reconhecerem a melhor maneira
de adaptação à maternidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sabendo-se que a
intervenção educativa se mostra como uma das estratégias para desenvolver a
promoção e prevenção de saúde nos mais diversos níveis de complexidade,
bem como atenção primária, secundária e terciária, percebemos a necessidade
de que haja constante aprendizado e aperfeiçoamento por parte do profissional
responsável por levar o conhecimento à população, para isso, é também
imprescindível que este profissional esteja acerca das características que
norteiam o processo ensino-aprendizagem, uma vez que, tendo propriedade
das ferramentas metodológicas para uma boa apresentação o profissional
mostrará domínio e, consequentemente qualidade no ensino. Sendo assim, as
habilidades desenvolvidas através da vivência docente embasadas no
processo ensino-aprendizagem nos permitiu a capacidade de atuação futura no
campo da educação em saúde, munidos de conhecimentos teóricos e práticos
do processo de ensinagem, o que por sua vez, nos ofereceu uma preparação
técnica, ao mesmo tempo em que nos instiga a direcionar ao caminho da
docência.
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ADESÃO AO EXAME PAPANICOLAU EM MULHERES IDOSAS DE UMA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO INTERIOR CEARENSE
Márcia Jackeline Cardoso Macedo, Faculdade Leão Sampaio
Isabela Pacífico Vasconcelos Araújo, Faculdade Leão Sampaio
João Paulo Xavier Silva, Faculdade Leão Sampaio
Aline Célia Nunes Viana, Faculdade Leão Sampaio
Itallo Carvalho Gomes, Faculdade Leão Sampaio
Ana Paula Ribeiro de Castro, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Idoso. Papanicolau. Mulher
INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é um fato irreversível, natural e
mundial, sendo esta crescente em nosso país. Entre os grupos “mais idosos,
muito idosos ou idosos em velhice avançada, também têm aumentado
proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento
populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da
população idosa” (BRASIL, 2010, p. 11). Apesar das mulheres idosas viverem
mais, pode encontrar-se funcionalmente incapacitadas ou com uma saúde
debilitada, e quase sempre isso é resultado de doenças preveníveis, como o
câncer cérvico-uterino. A longevidade das mulheres resulta num grande
número de idosas que vivenciam a fragilidade biológica do organismo, elas são
mais susceptíveis a alguns tipos de neoplasias, que são associadas às
doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, uso de contraceptivo orais
por longos períodos e várias gestações (SANTOS et al., 2010). O
envelhecimento progressivo das mulheres idosas é um desafio para todos os
profissionais de saúde, pois possibilitar uma velhice mais ativa e autônoma é
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um dos objetivos das políticas destinadas à população geriátrica. Neste
sentido, o Ministério da Saúde fala da grande importância epidemiológica do
câncer no Brasil, a sua magnitude social, as condições da população brasileira
em relação ao acesso à atenção oncológica, os custos que estão cada vez
mais altos na alta complexidade, sendo necessário rever a estruturação de
redes de serviços regionalizados e hierarquizados em relação à saúde integral
à população (BRASIL, 2013). O câncer de colo uterino ou câncer cervical
demora muitos anos para se desenvolver, sendo que detectado precocemente
as chances de cura são consideráveis. O exame para sua detecção precoce é
o papanicolau sendo este realizado de modo periódico, anualmente e a cada
três anos após dois exames anuais negativos consecutivos (BRASIL, 2011). O
câncer de colo uterino é considerado um grave problema de saúde pública,
devido ao fato de altas taxas de incidência ser observadas em países em
desenvolvimento, com elevada associação com as condições precárias de
vida, os baixos índices de alfabetismo, baixo índice de conhecimento sobre a
doença pela população e ausência ou deficiência de ações de promoção e
prevenção em saúde pela população feminina. Além da dificuldade de acesso
ao serviço de saúde para o diagnóstico precoce de lesões precursoras. A
realização do exame sistemático do papanicolau é uma estratégia de detecção
para o câncer de colo uterino, muitas mulheres o fazem por ter uma vida sexual
ativa. Desta forma, o estudo traz os seguintes questionamentos: as mulheres
idosas procuram realizar o exame papanicolau de forma adequada? As
questões sobre a sexualidade são fatores impeditivos na realização desse
exame? Quais as barreiras enfrentadas pelas idosas para realizar esse
exame? A necessidade do estudo pela pesquisadora emergiu por meio de
observações durante às consultas à mulher em estágios curriculares nas
Unidades de Saúde, onde foi percebido que muitas mulheres acima de 60 anos
não procuravam o serviço nos dias destinados ao atendimento para realização
do Papanicolau. Espera-se que com os resultados do estudo os serviços
possam promover estratégias para que as mulheres a partir de 60 anos
possam aderir à realização do exame de prevenção do câncer do colo uterino e
assim possibilitar diagnósticos precoces da doença, facilitando o tratamento,
reabilitação e cura. OBJETIVOS: Investigar a adesão ao exame papanicolau
em mulheres idosas entre 60 a 64 anos em uma unidade de saúde,
caracterizar o perfil sócio-econômico das idosas pesquisadas, identificar as
dificuldades/facilidades na realização do exame papanicolau da população
pesquisada e descrever o conhecimento entre idosas sobre o exame.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo, exploratório com abordagem
qualitativa. Realizado na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. O lócus do
estudo foi a unidade de saúde da Estratégia Saúde da Família 46, situada no
bairro Tiradentes, onde possui 68 mulheres na faixa etária entre 60 a 64 anos.
A coleta de dados foi realizada no período de agosto a outubro de 2014, após a
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anuência do secretário de saúde do município. Participaram 10 idosas a partir
dos seguintes critérios de inclusão: ser cadastrada na equipe da Estratégia
Saúde da Família 46, ter idade entre 60 a 64 anos e aceitar participar do
estudo após a assinatura do Termo de consentimento Livre e Esclarecido.
Foram excluídas todas as idosas que não se adequaram aos critérios
anteriormente citados. Utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturada,
sendo essas gravadas e transcritas na íntegra, sendo encerradas pelo critério
de saturação das falas. Analisou-se as falas das participantes pelo método de
análise de conteúdo proposto por Minayo na qual coloca que o método
“consiste em descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação,
cuja presença ou frequência signifiquem alguma coisa para o objeto analítico
visado” (MINAYO, 2010, p. 316). A pesquisa atendeu aos preceitos éticos e
legais de pesquisas com seres humanos a partir da resolução 466/12 (BRASIL,
2012). RESULTADOS/DISCUSSÃO: Das dez idosas entrevistadas 8 são
aposentadas e 2 não tem renda, em relação à escolaridade somente 4 das
mulheres tem ensino fundamental incompleto, 2 completo e 3 eram analfabetas
e quanto ao estado civil, 4 eram casadas, 3 viúvas e 1 solteira, o que para
Maeda; Alves e Silva (2012), a idade avançada, o baixo nível sócio econômico,
o fato de não ter conjugue são fatores apresentados para a não realização do
exame preventivo, além disso, não frequentam o serviço de saúde
adequadamente em relação à prevenção de doenças. As falas, após
transcritas, foram organizadas em três categorias temáticas intituladas:
Categoria 1 - conhecimento das idosas sobre o câncer de colo uterino;
Categoria 2 - Conhecimento das idosas sobre o exame papanicolau, sua
importância e periodicidade; Categoria 3 - Dificuldades das idosas em relação à
realização do exame papanicolau. Na primeira categoria as idosas foram
abordadas sobre o conhecimento das mesmas sobre o câncer de colo uterino
revelando que cerca de 50% delas não souberam responder adequadamente
ao questionamento. Castro (2010) afirma que as mulheres desconhecem o
câncer, o exame preventivo e a sua importância e acrescenta que a maioria só
procura o serviço quando surgem sinais e sintomas. A outra metade das
participantes revelou que entendem o câncer de colo uterino como uma doença
incurável e fácil de morrer, associando adjetivos como “horrível, desagradável,
devastador” ao mesmo. Torna-se muito importante verificar o que as usuárias
sabem sobre o câncer de colo uterino, pois quanto mais esclarecidas forem
essas mulheres, melhor será a adesão ao exame, pois é uma doença um alto
grau de letalidade e mortalidade sendo considerado um grave problema de
saúde pública (SOUZA; SILVA; PINTO, 2010). O desconhecimento pode levar
ao diagnóstico tardio, como revelam Moura et al. (2010) quando diz que em
relação à sobrevida das mulheres ao câncer do colo uterino, a média
estipulada dessas mulheres em cinco anos varia de 59% a 69% nos pises
desenvolvidos, já nos países em desenvolvimento, como no Brasil, os casos de
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câncer do colo uterino são encontrados em estágios avançados da doença,
com isso a média de sobrevida dessas mulheres é de 49% após cinco anos da
doença, ou seja, só metade delas sobrevivem após cinco anos do seu
diagnóstico. Na categoria 2 foi investigado o conhecimento das participantes
sobre o exame de papanicolau sendo revelado que um déficit de conhecimento
em metade das entrevistadas, sendo “não sei, não sei responder” as principais
respostas. Somente duas mulheres revelaram ter conhecimento sobre o exame
quando falam: “O que eu sei é que é pra prevenir...” (Participante I) e outra que
afirmou “Que através dele é que detecta se a gente tem algum problema no
útero ” (Participante A). Quando questionadas sobre a periodicidade da
realização do exame foi unânime ser anual. Souza; Silva e Pinto (2010)
colocam ser muito importante que o enfermeiro, em especial, informe e oriente
a população de sua área sobre os fatores de risco do câncer, sobre o que é, e
como prevenir, isso ajudará muitas mulheres a diminuir o índice de morbimortalidade. Na categoria 3, metade das participantes revelaram não ter
nenhuma dificuldade no acesso à realização do exame, já a outra relataram
medo, vergonha, não gostarem de ir ao médico, não ter tempo por serem
cuidadoras e pela demora na entrega do resultado pelos postos de saúde.
Souza, Silva e Pinto (2010) dizem que a vergonha é um dos principais motivos
para a não realização do exame preventivo, sendo um sentimento desafiador
para essas idosas. No estudo de Maeda; Alves e Silva (2012) revelou que a
demora na entrega dos exames ser um fator desmotivador para a realização
dos mesmos para a população. Como também a falta de transporte, trabalho,
esquecimento em relação à pegar o exame, dificultam que as mulheres
realizem periodicamente o exame papanicolau. Em um estudo de Mantovani e
Lucini (2012) revelou que os motivos das idosas não realizarem o exame
papanicolau está associado ao desconhecimento da importância do mesmo, ter
vergonha, medo do resultado dá positivo para displasia e não apresentar
nenhum sinal e sintoma da doença. É importante ressaltar que a vergonha
pode está ligada a experiências do passado onde as idosas tenham vivenciado
de forma negativa nos serviços de saúde, como a falta de privacidade na
realização dos exames, ou seja, não ter uma experiência positiva no
acolhimento a essas mulheres. Diante de tudo isso, gera uma inquietação pela
procura de respostas a cerca dos motivos pelas quais as mulheres idosas não
realizam adequadamente o exame papanicolau, necessitando de uma reflexão
de todos os profissionais da saúde envolvidos com a prevenção do câncer do
colo uterino no sentido de melhorar a adesão ao exame dessa população.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O conhecimento sobre o câncer de colo de útero
e o exame papanicolau por grande parte das idosas do estudo ainda é
escasso, uma vez que as mesmas associam a consulta com o profissional de
saúde como um ato de cuidar da saúde em relação ao câncer e não à
realização do exame. Consequentemente, essa situação remete aos altos
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índices de mortalidade por neoplasias. Tal doença carecendo um olhar mais
aprofundado e crítico por meio de ações preventivas, com estratégias
educativas e esclarecedoras direcionadas especialmente para a população
feminina em processo de envelhecimento. Essas estratégias devem ser
elaboradas pelos profissionais de saúde em articulação com as famílias,
fomentando assim a importância da Estratégia Saúde da Família (ESF) na
prevenção do câncer de colo uterino. Para aconteça a redução na mortalidade
por câncer de colo uterino entre as idosas é de extrema importância que se
faça o rastreamento pela busca ativa dessas mulheres. Esse deve ser um
trabalho de toda a equipe de saúde para que haja a efetivação do diagnóstico
precoce e condutas terapêuticas adequadas e oportunas. Nesse contexto, a
ESF deve aproximar-se das famílias, consequentemente da mulher idosa,
atuando em um âmbito de integralidade, por meio do diálogo simples e coeso.
A expansão nas unidades básicas de saúde atuando na elaboração de
protocolos integrados para a assistência de forma efetiva acaba por tomar a
mesma, cada vez mais, um instrumento de suma importância no combate a
essas neoplasias.
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A EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM OZÔNIO NO PROCESSO
CICATRICIAL DA ÚLCERA POR PRESSÃO
Dannieli de Sousa Silva Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Jeyzianne Franco da Cruz Silva, Faculdade Leão Sampaio
Francisca Márcia Costa Pereira, Faculdade Leão Sampaio
Maria Daniele Sampaio Mariano, Faculdade Leão Sampaio
Monalisa Martins Querino, Faculdade Leão Sampaio
Maria Lys Augusto Callou, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Úlcera. Ozonioterapia. Tratamento
INTRODUÇÃO: A pele é o maior órgão do corpo humano, o reveste totalmente
protegendo contra os invasores externos, resistente e flexível ao mesmo
tempo, possui as funções de proteção, regulação da temperatura corpórea,
renovação e reparação, dentre outras. É composta por três camadas:
epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é a camada mais superficial dapele,
está em contato direto com o meio externo, defendendo-a contra agentes
patogênicos, não possui vasos sanguíneos, todavia possui inúmeras
terminações nervosas que à torna bastante sensível ao toque, é constituída de
células epiteliais, pelos melanócitos, que são células produtoras de melanina,
pigmento responsável pela coloração da pele. A derme é a camada
intermediária, formada por tecido conjuntivo, por vasos sanguíneos e
terminações nervosas, possui a função de sustentação e nutrição das células,
é constituída por fibras de colágeno e elastina que são responsáveis pela
elasticidade e resistência do corpo. A hipoderme ou tecido subcutâneo é a
camada mais profunda da pele, basicamente formada por células de gordura,
funciona como um isolante térmico, e acumula energia para um bom
funcionamento do organismo, (DÂNGELO; FATTINI, 2005). A pele
desempenha papel vital para a existência humana, e quando sua integridade
encontra-se prejudicada podem ocorrer às úlceras por pressão (UPP), que são
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lesões cutâneas, ocorrem no tecido epitelial sobre proeminências ósseas
devido a uma pressão, fricção ou cisalhamento que é o principal fator etiológico
para ocorrência das mesmas. Decorrente disto há a interrupção do fluxo
sanguíneo impossibilitando o transporte de oxigênio para as células, podendo
ocorrerá morte celular. As UPP representam um grave problema de saúde
pública, devido ao grande índice de pessoas que as apresentam após períodos
de internação por falta de uma assistência de qualidade. Interfere diretamente
na qualidade de vida, as quaistrazem complicações financeiras, sociais e
psicológicas ao paciente, além de onerar cada vez mais os sistemas de saúde
com problemas que poderiam ser resolvidos de forma preventiva. É uma
preocupação permanente dos profissionais que proporcionam assistência aos
pacientes acamados, porém na maioria das vezes podem ser evitadas, através
da equipe de enfermagem, que possui a responsabilidade de prestar um
cuidado de excelência aos clientes, tendo uma visão holística do mesmo. As
UPPs classificam-se em: Estágio I: É caracterizada pela alteração da cor da
pele íntegra relacionada à pressão, onde apresenta uma hiperemia persistente.
Pele de pigmentação mais clara é de fácil visualização, no entanto as mais
escurecidas podem não ser tão perceptíveis as alterações. Estágio II: Há uma
perda parcial da espessura da pele que pode comprometer a epiderme e/ou
derme, apresenta-se como úlcera superficial, onde o leito da ferida encontra-se
avermelhado, pode apresentar bolhas ou cratera superficial. Estágio III: Perda
total da espessura da pele, comprometendo, epiderme, derme e hipoderme.
Pode haver a visualização de tecido adiposo, todavia não há exposição de
ossos, músculos e tendões. Pode haver esfacelo distribuído sobre a lesão.
Estágio IV: Perda total da espessura da pele caracterizada por danos nas
estruturas de suporte, como tecidos, músculos, ossos e tendões, pontos de
necrose ou esfacelo podem estar presentes, há comprometimento das funções
normais do organismo provocando lesões muitas vezes irreversíveis. Sem
estagiamento: Ocorre a perda total do tecido. Podem conter esfacelos e
escaras no leito da lesão e não há possibilidade de identificar o estágio antes
de ser realizado o desbridamento cirúrgico (POTTER, 2013). Atualmente,
existem diversas coberturas para o processo de cicatrização das UPP, como:
Filme transparente, hidrocolóides, hidrogel, alginatoea terapia através do
ozônio, dentre estes enfatizaremos a ozonioterapia como uma das formas de
tratamento alternativo. O ozônio é um componente químico formado por três
átomos de oxigênio (O3), é obtido através de um aparelho gerador por meio de
descargas elétricas, se constitui na forma de gás incolor com odor
característico perceptível. Atualmente, a ozonioterapia está sendo disseminada
com resultados surpreendentes, para fins terapêuticos no tratamento de
diversas patologias, pois apresenta facilidade de elevar a quantidade de
oxigênionas células, melhorando a oxigenação nos tecidos, uma vez que, é um
vasodilatador, possuem na sua estrutura as funções bactericidas, fungicidas e
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antivirais. Tem importante função de estimular a circulação sanguínea, como
também de revitalizar as funções orgânicas de um modo geral, além de ativar o
sistema imunológico. É indicado na utilização de várias terapias, dentre elas,
feridas infectadas e inflamadas, mal curadas, e de processos inflamatórios
crônicos, tais como úlceras nas pernas, colites e outras inflamações intestinais,
além de queimaduras, osteomelite, abcessos, pé diabético, doenças
isquêmicas, fibromialgia e degeneração macular relacionada com a idade,
(OLIVEIRA, 2011). Na utilização para as UPPs, a ozonioterapia induz a
formação do tecido de granulação, devido as suas propriedades antissépticas e
bactericidas, melhorando assim a permeabilidade capilar, consequentemente
aumenta o suprimento de oxigênio nas células, ocasionando a reparação do
tecido. O sistema imune possui papel importante nesse processo, produzindo
mediadores como o interferon e as interleucinas que ativam o sistema
imunológico para que o processo cicatricial ocorra de forma mais rápida,
mediante estímulo do organismo. São utilizadas como terapia complementar
em associação a tratamentos médicos habituais. Suas formas de aplicação
constituem-se de uso tópico, injeção intra-articular, insuflação vaginal, injeção
intra-discal, insuflação retal e inalação. Todavia a forma de aplicação irá
depender da necessidade da lesão acometida, (BARREIRA, 2011). A escolha
do tema deu-se devido à necessidade dos pesquisadores em obter maior
conhecimento a respeito da temática em questão, visando um aprimoramento
sobre os recursos que são utilizados no processo cicatricial na úlcera por
pressão. A relevância do presente estudo baseia-se em pesquisar através da
literatura, novas técnicas e conhecimentos a respeito do tema descrito,
proporcionando a informatização à cerca do tratamento com ozônio para
cicatrização de úlceras por pressão. Diante do exposto faz-se necessário um
estudo abrangente sobre as formas de cicatrização através do ozônio,
ampliando assim uma terapêutica com recursos atualizados e que
proporcionem uma melhor retração tecidual. Temos como OBJETIVOS:
Analisar mediante revisão de literatura a eficácia do tratamento com ozônio no
processo cicatricial da úlcera por pressão. Identificar as vantagens e os
benefícios da aplicação do ozônio nas úlceras por pressão; Descrever os
resultados da aplicação; Avaliar a efetividade da aplicação. MATERIAIS E
MÉTODOS: Para execução desse estudo realizou-se uma revisão de literatura
para a busca de informações sobre a eficácia do ozônio no processo de
cicatrização. Foi realizado um levantamento bibliográfico, mediante pesquisa
nos Bancos de Dados Scielo, Lilacs e livros didáticos. Como critérios de
inclusão foram definidos: artigos na versão em português compreendendo os
anos de 2010 a 2104 e como critérios de exclusão artigos que não se
enquadraram no tema proposto e anos inferiores a 2010. As palavras-chaves
utilizadas para a coleta foram: úlcera por pressão, cicatrização de UP,
ozonioterapia. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Através das leituras de artigos
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científicos pôde-se observar que já existem vários trabalhos relacionados sobre
o assunto, com seres humanos e também com animais, abordando a utilização
do ozônio no processo de cicatrização. Em um estudo de Cardoso (2012),
demonstrou-se através de relato de caso a utilização da ozonioterapia como
tratamento na ferida do pé diabético, através de uma administração tópica
seguida de várias seções e observou-se que a partir de 14 semanas de
tratamento tópico, a ferida apresentou-se completamente cicatrizada. Nesse
estudo o ozônio foi utilizado simultaneamente com a hidroterapia, agindo na
remoção de secreção e matéria orgânica, promovendo a abertura dos poros,
hidratando e melhorando a circulação periférica, facilitando o trabalho de
remoção do tecido desvitalizado. Cardoso et al. (2012), ainda afirma que a falta
de oxigênio no tecido lesado gera dor, e a aplicação do ozônio possui a função
analgésica, e melhora o metabolismo celular , diminuindo de forma
considerável a presença da dor no local da inflamação e nos tecidos
circunjacentes. Assim, a chamada ozonioterapia tópica pode apresenta-se
como alternativa para auxílio no tratamento de lesões em diabéticos, pois além
de seu poder antimicrobiano, estimula a angiogênese na região afetada,
expandindo a irrigação local, estimulando a formação de tecido de granulação,
diminuindo assim o tempo para cicatrização. Alcoforado (2012) realizou um
estudo de caso utilizando a hidrozonioterapia, não timização do tratamento da
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e foi verificado que depois de 36
seções, acompanhados de práticas complementares adjuvantes, o paciente
recebeu alta médica. Esse tratamento baseou-se de um estudo de caso em
que o paciente passou por etapas subsequentes como tratamento tradicional
da Leishmaniose mais sempre acompanhada de práticas complementares.
Tornou-se bastante relevante, a utilização do ozônio no processo cicatricial,
pois o mesmo, através da hidroterapia promovia a oxigenação celular, que tem
a potencialidade cicatricial e isso é evidenciado através de alguns adventos
que ocorriam nas úlceras, como por exemplo, a região onde era realizado o
procedimento ficava bastante hiperemiado, indicando dessa forma um aumento
da circulação periférica local, contribuindo então para a oxigenação do tecido
lesado promovendo a cicatrização do tecido. Oliveira (2011), através de uma
revisão de literatura sistemática, demonstrou a utilização do ozônio através do
aparelho de alta freqüência, no tratamento da úlcera por pressão, onde foi
possível verificar o benefício da ozonioterapia pelos trabalhos revisados, sendo
que nessa revisão observou-se nos estudos realizados que o desfecho que
acontecia com maior freqüência foi à cicatrização. O ozônio mostrou-se eficaz
nos mais diversos tipos de úlceras como: hansênicas, leishmaniose, pessoas
com complicações de pé diabético, sendo evidenciado nos trabalhos
supracitados. Também se podem verificar outras vantagens relacionadas ao
ozônio com o seu efeito bactericida, fungicida e antisséptico. No estudo de
caso de Sancheetel (2011), foi utilizado um tratamento tópico de ozônio na
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ferida de 2º intenção, através de curativo com óleo ozonizado e pôde-se
constatar a formação da crosta e o início da retração tecidual no intervalo de
três dias. Verificamos que os estudos de casos e revisões sistemáticas
corroboram entre si em relação à eficácia do ozônio no processo cicatricial,
sendo o ozônio eficaz e pouco oneroso torna-se acessível à população para
tratamentos dos diversos tipos de úlceras. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Existem várias formas para tratamento das UPPs, a mais eficaz é a condição
preventiva, porém quando essa forma de prevenção se mostra falha, é
necessário que haja intervenção de uma equipe multidisciplinar para que
ocorra a reparação do tecido de forma satisfatória sem causar maiores danos à
saúde do paciente. No presente estudo foi possível identificar as diversas
formas da utilização do ozônio, e a atuação significante no processo cicatricial,
sua eficácia quando associado a terapias como a hidroterapia e a utilização de
aparelhos de alta freqüência, que além do seu potencial poder cicatrizante,
também são bactericida, fungicida e antisséptico, auxiliando assim no processo
de reparação tecidual. Dessa forma o ozônio contribui de forma significativa na
restauração do tecido epitelial, seja relacionado à úlcera por pressão ou
qualquer outra lesão que prejudique a integridade da pele, tornando-o eficaz no
processo de cicatrização. Destacando-se assim uma alternativa de terapia
eficiente, de custo dispendioso e que pode ser utilizada para diversas
enfermidades, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida do
paciente/família, consequentemente não haverá sobrecarrega nos sistemas de
saúde, reduzindo assim despesas com as úlceras por pressão, para que se
possa reinvestir em outras áreas da saúde.
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O OLHAR DO IDOSO PERANTE AS AÇÕES DESENVOLVIDAS POR
ENFERMEIROS PARA A SUA SAÚDE
João Paulo Xavier Silva, Faculdade Leão Sampaio
Itallo Carvalho Gomes, Faculdade Leão Sampaio
Maria Elisabete Pereira Matias, Faculdade Leão Sampaio
Maria Soraia de Sousa Mauricio, Faculdade Leão Sampaio
Kerliane Gomes de Araújo, Faculdade Leão Sampaio
Ana Karla Cruz de Lima Sales, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Idoso. Enfermagem. Envelhecimento
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento pode ser visto de diversas
maneiras pelas pessoas, porém é algo real, individual e inevitável, que
acontece de forma espontânea e gradativa. Durante este processo percebemse diversas perdas naturais do ciclo da vida, que culminam na velhice e em
maior fragilidade do ser idoso, dificultando as ações de saúde previstas pelas
políticas públicas, não sendo observadas as reais necessidades e dificuldades
dessa parcela da população com características tão específicas. É um
fenômeno inerente ao processo da vida, que varia de indivíduo para indivíduo,
de acordo com sua genética, sues hábitos de vida e seu meio ambiente
(BRASIL, 2008). Envelhecer não significa necessariamente adoecer. Um
indivíduo pode envelhecer de forma natural, convivendo bem com as limitações
impostas pelo passar dos anos e mantendo-se ativo até as fases mais tardias
da vida. Há que se ter uma visão global do envelhecimento como processo, e
dos idosos como indivíduos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatísticas (IBGE), atualmente existem no Brasil, aproximadamente, 20
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milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa
pelo menos 10% da população brasileira. Segundo projeções estatísticas da
Organização Mundial de Saúde (OMS), no período de 1950 a 2025, o grupo de
idosos no país deverá ter aumentado em quinze vezes, enquanto a população
total em cinco. Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de
idosos, alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou
mais (BRASIL, 2010). Dessa forma, considerando a necessidade de dispor de
uma política devidamente expressa relacionada à saúde do idoso, o Ministério
da Saúde (MS) aprovou a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI), Portaria
GM/MS Nº. 1395/99 (MINAS GERAIS, 2006). A Equipe de Saúde da Família
deve ser responsável pela atenção à saúde da pessoa idosa pertencente a sua
área de abrangência. Todos os profissionais, principalmente os enfermeiros,
devem oferecer ao idoso e sua família uma atenção humanizada com
orientação, acompanhamento e apoio domiciliar. O interesse em analisar como
o idoso percebe as ações desenvolvidas pela enfermagem para sua saúde
surgiu a partir da observação em campo de estágio curricular onde foi
observado que na maioria das vezes o idoso fica intimidado frente ao
profissional de saúde e não expressa suas reais necessidades de saúde. Esse
estudo é importante por contribuir na produção científica que venha a
direcionar a ação dos profissionais de saúde em relação à pessoa idosa,
reconhecendo suas expectativas diante das atividades de enfermagem.
OBJETIVOS: Analisar como o idoso percebe as ações enfermagem
desenvolvidas para a sua saúde; compreender as expectativas dos idosos em
relação à consulta de enfermagem na ESF e identificar quais são as ações de
enfermagem realizadas para a promoção da saúde do idoso. MATERIAIS E
MÉTODOS: O presente estudo teve como proposta metodológica a pesquisa
de natureza descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa. Os
participantes desta pesquisa foram 12 idosos com idade igual ou superior a 60
anos, cadastrados na Estratégia de Saúde da Família 17, do município de
Juazeiro do Norte-CE. A amostra foi constituída pelos idosos que estavam
presentes na Unidade Básica de Saúde (UBS) no período da coleta de dados,
utilizou-se o critério da saturação ou recorrência dos dados. A coleta de dados
foi realizada através de uma entrevista semi-estruturada. Os dados foram
analisados por meio da técnica da categorização temática. Foram respeitados
os preceitos éticos e legais da pesquisa contidos na Resolução 466/12 do
Conselho Nacional da Saúde. RESULTADOS/DISCUSSÃO: No que se refere
ao perfil do público alvo dessa pesquisa, foram entrevistados 12 idosos com
idades entre 61 e 84 anos, 11 eram do sexo feminino e apenas 01 do sexo
masculino, com o número de idosos do sexo feminino superior ao masculino.
Com base nos dados dos últimos censos, observam-se importantes diferenciais
por gênero entre os idosos que procuram os serviços de saúde na atenção
básica, com uma expressiva predominância das mulheres sobre os homens
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(BRASIL, 2000). Estudos demonstram que os homens procuram menos os
serviços de saúde para as ações de promoção e preventivas de doenças, pois
associam a fraqueza, ao comportamento feminino, levando a desconfiança da
masculinidade, socialmente instituída (GOMES, 2007). No quesito escolaridade
predominou o ensino fundamental incompleto, onde 01 era analfabeto, 08 tinha
apenas o ensino fundamental incompleto, 01 tinha o ensino médio incompleto e
02 o ensino médio completo. Estes dados evidenciam o significativo número de
pessoas com pouco ou nenhum grau de escolaridade; fato considerado comum
na realidade dos países como o Brasil, principalmente quando se trata de
idosos que viveram sua infância em uma época em que o ensino não era
prioridade (PAVARINI et al., 2008). No que diz respeito às doenças crônicas
constatou-se que: 10 idosos tem Hipertensão arterial sistêmica (HAS), 07
idosos tem Diabetes mellitus (DM), 05 idosos tem HAS e DM, e 01 idoso tem
osteoporose. A prevenção de doenças tem como consequência a redução da
morbidade associada ao envelhecimento, em que os idosos que chegam à
velhice mais avançada com 80 anos ou mais sem doenças típicas e sem o
agravamento de condições crônicas são vistos como sobreviventes. A
hipertensão é um fator de risco importante em qualquer idade, embora seja um
problema característico da população idosa (NERI et al., 2009). Durante as
entrevistas, os relatos puderam evidenciar as ações realizadas pela equipe de
enfermagem, para o bem-estar e melhoria da promoção da saúde aos idosos,
onde os depoimentos destacaram como principais pontos a realização de
consultas de enfermagem e palestras. Outros pontos importantes que foram
observados: a falta de divulgação das palestras, e ânsia dos idosos para que
as palestras aconteçam com mais frequência. O aumento da população idosa
reflete em uma maior utilização dos serviços de saúde, o que requer dos
profissionais a implementação de novas ações e intervenções diferenciadas,
para o alcance de uma abordagem direcionada, tanto para o envelhecimento
fisiológico, quanto para o psicossocial, buscando assim, tecnologias para se
oferecer um cuidado multidimensional (COSTA; VERAS, 2003). Para os idosos
a promoção da saúde é tão importante quanto para as outras faixas etárias,
apesar de um grande número de idosos apresentarem uma ou mais doenças
crônicas e exibirem limitações em suas atividades, esta se apresenta de forma
positiva uma vez que os idosos exibem ganhos significativos para sua saúde.
Como a projeção futura é que a população idosa brasileira aumente cada vez
mais, fica evidente a necessidade de se abrir às portas da atenção básica, por
meio dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) para os idosos. A
enfermagem como parte essencial do ESF, deve prestar aos idosos de sua
área de cobertura uma assistência integral e isso só é possível quando se
conhece as particularidades da pessoa idosa. A consulta de enfermagem é
compreendida como a atenção prestada ao indivíduo, à família, e à
comunidade de modo sistemático e contínuo, realizada pelo profissional
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enfermeiro com a finalidade de promover a saúde, mediante o diagnóstico e
tratamento precoce (OLIVEIRA; TAVARES, 2010). Identificou-se que, o que
eles mais esperam da consulta de enfermagem são as ações técnicas, ou seja,
voltadas a atender as suas necessidades biológicas. Profissionais que cuidam
de idosos devem iniciar suas ações terapêuticas já com a simples presença: a
saudação gentil, as abordagens bem humoradas que transmitem alegria, o
respeito e a esperança que exercem efeitos surpreendentes. Ainda que
conquiste a confiança do usuário e da família, o profissional precisa ser
atencioso e fornecer explicações, responder perguntas, demonstrar boa
vontade em esclarecer todas as dúvidas. Acima de tudo, o profissional tem que
ter o claro discernimento que sua postura deve transmitir conhecimento e
segurança, sem austeridade (SALDANHA; CALDAS, 2004). As expectativas
dos idosos em relação à consulta de enfermagem na sua maioria são
coincidentes com as de outros estudos, como o de Pereira e Costa (2007),
onde os idosos esperam receber a receita para manter a medicação, devido a
situações de cronicidade (antidiabéticos, hipotensores, diuréticos, anti
inflamatórios, entre outros.); verificar a pressão arterial e a glicemia capilar; e
receber orientações quanto ao uso dos medicamento, alimentação e prática de
atividades físicas, o que é também observado neste estudo. O trabalho em
saúde não pode ser expresso apenas por equipamentos e saberes
estruturados, ele requer a incorporação de novos recursos para transitar no
campo das relações interpessoais. Os idosos entrevistados, de um modo
compreensivo, mostraram-se bastante satisfeitos com o atendimento prestado
pela enfermagem em sua área de abrangência. A equipe de enfermagem é
responsável pela melhoria da qualidade da assistência e consequente
satisfação do usuário; entretanto, deve-se pensar na produção de cuidados e
práticas humanizadas levando-se em conta as especificidades desse ofício que
envolve a utilização intensiva de capacidades físicas e psíquicas, intelectual e
emocional, incluindo troca de afetos e de saberes. Desta forma, se o
atendimento é voltado para o bem estar do idoso, não é difícil que os pacientes
estejam satisfeitos durante o mesmo, pois a tarefa de atender traz consigo
benefícios ou resultados positivos, tais como satisfação, melhora do senso de
realização, aumento do sentimento de orgulho e habilidade para enfrentar
desafios, melhora no relacionamento com idoso, retribuição, entre outros
(FREITAS, 2002). As falas mostram o reconhecimento dos idosos de serem
bem atendidos pela enfermagem e diante desse resultado a relação que se
estabelece entre o idoso e o profissional de saúde é de satisfação. A satisfação
é um importante instrumento para avaliar a qualidade da assistência prestada.
Grande parte dos problemas de saúde pode ser resolvida atribuindo às
unidades básicas funções de acolhimento, diálogo-comunicação, assistência
humanizada e vigilância à saúde. De acordo com Schimith e Lima (2004), a
satisfação do usuário está diretamente ligada ao acolhimento e vínculo entre
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profissional e paciente, proporcionando assim, qualidade nos serviços
prestados. Diante deste contexto, onde os idosos se mostram satisfeitos,
compreende-se que a enfermagem vem cumprindo o seu papel no sentido de
fornecer acesso à porta de entrada do vínculo profissional-usuário. No entanto,
o cuidado à saúde continua centrado na doença, considerando que esta
população deveria estar envolvida em ações promotoras da melhoria da
qualidade de vida, especialmente ações educativas. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Através deste estudo foi possível perceber que os idosos, de um modo
geral, estão satisfeitos em relação às ações de enfermagem desenvolvidas
para sua saúde. Mesmo diante da satisfação expressa por eles, percebe-se
que há ainda a necessidade de uma maior divulgação para os idosos sobre um
conceito mais amplo de saúde, é possível considerar que ainda persiste uma
cultura voltada para a necessidade de cuidados curativos. O estudo mostrou
também que através da relação que se estabelece com o cliente é possível
desvelar as necessidades de saúde e assistenciais sentidas pelo mesmo.
Desta forma a atitude compreensiva da enfermagem é fundamental para que
se alcance o bem-estar e a saúde do idoso. Cabe aos profissionais de
enfermagem que lidam com a Estratégia de Saúde da Família, o acesso à
educação permanente, visando uma atenção básica competente, humanizada
e resolutiva. Espera-se que esta pesquisa possa subsidiar outros estudos,
favorecer a compreensão das necessidades decorrentes do processo de
envelhecimento, contribuir para que os futuros idosos não sejam
estigmatizados e para que esta fase da vida seja mais bem compreendida e
respeitada em sua plenitude. É importante ressaltar que ter ou não as
necessidades de saúde supridas, não é responsabilidade individual. Fatores
econômicos, sociais e culturais interferem diretamente no bem-estar de uma
população. Desse modo, deve-se investir constantemente para a construção de
uma sociedade que esteja preparada para envelhecer com qualidade.
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SEPSE NEONATAL PRECOCE E SEUS CUIDADOS: UM OLHAR DA
LITERATURA
Sumina Kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Ana Raquel Bezerra Saraiva, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Sepse Neonatal Precoce. Recém-Nascidos. Assistência
Enfermagem
INTRODUÇÃO: A mortalidade infantil atualmente vem sendo vista como um
indicador de qualidade de vida e da assistência prestada dos vários âmbitos da
saúde, podendo ser observadas ao longo dos tempos com acréscimos e
decréscimos de seus índices. No que tange ao período neonatal houve um
decréscimo da morbimortalidade infantil, principalmente devido ao resultado de
boas campanhas de vacinação, o incentivo ao aleitamento materno e
divulgação de medidas preventivas de doenças infectocontagiosas. Quando o
óbito acontece na primeira semana de vida é chamado de morte neonatal
precoce, o que possibilita diante de sua ocorrência questionamentos de como
estão sendo realizadas a promoção e prevenção dos fatores que levaram a
esses óbitos (BRASIL, 2010). A sepse neonatal precoce é definida como uma
infecção sistêmica, que se apresenta até 72 horas após o nascimento, em que
irá apresentar alterações clínicas e laboratoriais diversas, tem como o principal
agente causador o Streptococcus agalactiae, também chamado Streptococcus
do grupo B (VALÉRIO et al., 2012). A sepse é vista como uma Síndrome de
Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) na presença de: disfunção
cardiovascular, síndrome do desconforto respiratório agudo ou duas ou mais
disfunções orgânicas, em decorrência da imaturidade do sistema imunológico
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dos Recém-Nascidos (RN) (AGMONT; 2010). Os fatores de risco para a sepse
neonatal podem ser agrupados em fatores maternos, neonatais ou ambientais.
Dentre os principais fatores de risco estão o trabalho de parto prematuro; a
ruptura de membranas em período superior de 18 horas antes do parto; a colonização materna pelo Streptococcus agalactiae (SGB); febre materna (≥ 38
ºC) durante ou imediatamente após o trabalho de parto; baixo peso ao
nascimento (< 2500 g); corioamnionite e filho anterior com infecção neonatal
(KREBS; 2003). A taxa de transmissão materno-fetal de bactéria é alta,
chegando a 50%, calcula-se que entre 1 a 2% do total de RNs desenvolvam a
doença, sendo a infecção precoce a mais comum entre os nascidos a termo,
acima de 37 semanas de gestação (SILVEIRA; GIACOMINE; PROCIANOY,
2010). A apresentação clínica da infecção precoce de sepse pode ocorrer na
forma de pneumonia ou meningite, em geral nas primeiras 24 horas de vida da
criança. Os sinais são inespecíficos, como o aumento da irritabilidade,
surgimento de letargia, alteração da temperatura corpórea, aumento da
frequência respiratória, hipóxia, choque séptico, caracterizado por má perfusão
tecidual e hipotensão (AGMONT; 2010). A manifestação tardia da infecção
neonatal, por SGB, pode estar relacionada ao contato do RN com familiares,
amigos ou demais frequentadores do ambiente hospitalar. Ao contrário da
doença precoce, ela se manifesta com mais frequência em RNs pré-termo,
sendo sua forma clínica mais comum a bacteremia. Nos quadros de bacteremia
existe um histórico prévio ou atual de infecções respiratórias de vias aéreas
superiores (IVAS), acompanhado dos mesmos sinais e sintomas da precoce
(KREBS; 2003). Como exames complementares para o diagnóstico de sepse
neonatal precoce destaca-se o leucograma; a proteína C-reativa (PCR) e a
cultura para bactérias piogênicas (FREITAS et al., 2011). Como forma de
prevenção do surgimento da sepse, estão os cuidados realizados pela
assistência de enfermagem, evidenciados pela atividade de supervisão
constante e atenta ao RN; administração de medicamentos conforme
prescrição médica; aferição de sinais vitais e o controle hídrico (AGAMONT;
2010). Existe uma preocupação constate dos enfermeiros diante da assistência
prestada, no intuito de reduzir ou minimizar o surgimento da sepse, pois a
utilização da técnica asséptica torna-se primordial como forma de prevenção de
seu aparecimento. Assim, avaliar e conhecer as formas de sepse, bem como
sua prevenção servirá para minimizar o seu surgimento e até mesmo para que
outros profissionais entendam como poderão prevenir e melhorar a sua
assistência. Diante do exposto, uma assistência qualificada e humanizada
favorece a redução dos índices de mortalidade infantil, principalmente quando
foram em decorrência de fatores evitáveis como quebra de técnica diante da
assistência realizada. Assim, promover uma discussão, tanto com a
comunidade acadêmica quanto com os profissionais, permite que sejam
revistas as formas de assistir ao RN enfermo, minimizando, assim, o risco de
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mortalidade pela quebra de qualidade de assistência. OBJETIVOS: Conhecer,
sob a ótica da literatura, os principais fatores desencadeantes da sepse em
recém-nascidos, bem como os seus cuidados para sua prevenção.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de revisão sistemática, com
uma abordagem qualitativa. Uma revisão sistemática é toda aquela em que
podem ser avaliadas as pesquisas originais e abstração de dados literários,
evitando ou minimizando futuras distorções de resultados (ROUQUAYROL;
ALMEIDA FILHO, 2003). A pesquisa qualitativa consiste de uma maneira para
explicar de forma ampla e concreta as características e significados das
informações analisadas, bem como seus resultados, sem utilizara para isso de
dados quantitativos (OLIVEIRA, 2010). Após a definição do tema foi realizada
uma consulta de artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com
os seguintes critérios de inclusão: artigos completos, na íntegra e em português
e que em seu titulo ou resumo fizessem menção a “Sepse neonatal precoce”. A
ordem para seleção foi realizada da seguinte forma: leitura do título e do
resumo e apreciação pormenorizada do artigo. Com isso, foram encontrados
noventa (90) artigos, dos quais apenas vinte e dois (22) encontravam-se de
acordo com os critérios, sendo relevantes para a pesquisa em questão. Foram
excluídas publicações que não faziam referência a recém-nascidos prematuros
e/ou seres humanos e aquelas que, após a leitura pormenorizada do artigo,
não associassem sepse neonatal precoce. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
Sabe-se que a sepse neonatal constitui um problema de saúde pública com
grande impacto em vários aspectos, pois acarreta diretamente no aumento no
tempo de internação, bem como elevação de custos com impacto econômico
na assistência a saúde. Deve-se ter atenção especial a essa problemática nos
países em desenvolvimento, onde se sabe da escassez de recursos humanos,
financeiros e de medidas de prevenção com controle de infecções hospitalares,
além do uso abusivo e pouco criterioso de antibióticos, favorecendo a
resistência de micro-organismos (BARBOSA et al., 2014). A literatura aponta
que foram determinados os fatores de risco para sepse neonatal precoce,
como a própria prematuridade. Existe uma maior probabilidade para os RNs,
nascidos com menos de 28 semanas de desenvolverem sepse, em relação
aqueles com idade gestacional maior que 37 semanas. Cabe lembrar, que em
geral, a sepse apresenta com um início silencioso, em que seus sinais e
sintomas podem ser facilmente confundidos por serem bastante inespecíficos e
apresentam semelhanças com condições da idade, como por exemplo:
taquipneia transitória do recém-nascido, distermias ambientais, apneia de
prematuridade e exacerbações agudas da displasia broncopulmonar. Por vezes
o RN que se encontra verdadeiramente séptico, pode ser tratado apenas pela
suspeita clínica presumida e não aquela confirmada de infecção (CAMPOS et
al., 2010). Assim, torna-se relevante que os profissionais consigam identificar
os pacientes que sejam de alto risco, o mais precocemente possível, sendo
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esse um dos grandes desafios no cuidado de pacientes críticos. Pois, para a
maioria das condutas, realizadas nos pacientes que estão com sepse severa,
são baseadas tanto na clínica quanto na análise laboratorial. No entanto, cabe
reiterar a importância de um maior entendimento na fisiopatologia da
inflamação sistêmica, bem como a identificação dos fatores de risco para
minimizar essa ocorrência (VALÉRIO, et al., 2012). Vale lembrar, que assim
como a prematuridade, o baixo peso ao nascimento, também foi evidenciado
como fator para o aumento do risco de infecção neonatal precoce. No que
tange o acompanhamento pré-natal, se a gestante apresentar número de
consultas próximo ao preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
o risco para sepse neonatal precoce é bem reduzido. Pois, sabe-se que pelo
menos seis consultas de pré-natal, favorece a redução dos índices de
morbimortalidade infantil. A associação entre colonização vaginal materna e
SGB também é amplamente reconhecida como fator de risco para sepse
neonatal por este patógeno (SILVEIRA; GIACOMINIII; PROCIANOY, 2010).
Este risco se torna mais elevado quando associado à ruptura prematura de
membranas, bem como febre materna ou prematuridade. Para minimizar essa
ocorrência usa-se quimioprofilaxia intraparto, o que favorece a redução da
possibilidade de o RN desenvolver sepse neonatal precoce. Porém, sabe-se
que um número muito restrito da população recebe a quimioprofilaxia, tendo
em vista não ser uma prática nos vários serviços de saúde (GOULAR et al.,
2006). A literatura, também, aponta para a ocorrência de sepse neonatal
precoce em prematuros devido ao pré-natal insatisfatório, bem como em
cenário de multiparidade, ou até mesmo a presença da Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) materna (GOULAR et al., 2006). Os seguintes fatores que
estão associados ao perfil materno que podem levar a sepse neonatal precoce
são: idade materna superior a 25 anos, pré-natais com número insatisfatório de
consultas, multiparidade, Doença Hipertensiva Específica da Gestação
(DHEG), bolsa rota por tempo prolongado, e o nascimento por via abdominal.
Já os fatores neonatais observados para o risco de sepse precoce estão: RN
com asfixia grave e necessidade de reanimação na sala de parto; idade
gestacional inferior a 33 semanas; quadro alterado respiratório e necessidade
de suporte respiratório com ventilação mecânica; uso de surfactante e o uso de
antibióticos para tratamento de sepse. Assim, os cuidados prestados nesse
período se tornam de suma importância para a estabilidade do quadro do RN,
pois toda assistência prestada deverá suprir as suas necessidades, de forma
humanizada e que não lhe traga riscos de morte. Diante da assistência ao RN
enfermo com sepse neonatal precoce, a enfermagem poderá atuar de forma
singular com medidas de: supervisão constante e atenta ao RN; bem como
diante da administração de medicamentos respeitando e orientando a sua
administração apenas conforme prescrição médica; aferindo sinais vitais, com
o controle do balanço hídrico; cuidados e atenção com o ambiente e
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equipamentos utilizados, evitando futuras infecções decorrentes do manejo
inadequado de equipamentos (REZENDE et al, 2010). CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Sendo a sepse neonatal uma das causas que mais contribuem na taxa
de morbimortalidade infantil, torna-se cada vez mais necessária a realização de
estudos que demonstrem medidas de prevenção e terapêutica diante da
assistência ao RN enfermo. Deve-se voltar o olhar também para as formas de
aparecimento da infecção e suas medidas de prevenção, inclusive dando-se
ênfase à resistência bacteriana em ambiente intra-hospitalar, principalmente
quais agentes etiológicos são mais prevalentes e fatores de riscos. Assim,
diante do amplo conhecimento possam estabelecer planos de ações na
tentativa de reduzir as taxas de infecção precoce, sendo a quimioprofilaxia
intraparto um fator a ser abordado como medida de saúde pública para
redução da incidência desse tipo de sepse. No que tange a enfermagem, voltar
o olhar para a assistência que respeite a técnica asséptica, bem como a
atualização constante com a participação em cursos de capacitação para
ampliar e nortear a assistência de toda a equipe de enfermagem minimizando,
assim, os riscos de infecção para o recém-nascido. Com essa atualização, o
profissional poderá reconhecer e identificar precocemente os sinais que
possam sugerir um episódio de sepse em RNs, favorecendo uma assistência
holística mais capacitada.
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ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO PERÍODO CARNAVALESCO
EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Ítala Keane Rodrigues Dias (Universidade Regional do Cariri)
Julia Mota Farias (Universidade Federal do Ceará)
Érica Oliveira Matias (Universidade Federal do Ceará)
Maria Naiane Rorim Nascimento (Universidade Regional do Cariri)
O Carnaval brasileiro é considerado uma das maiores festas populares do
mundo em que a população fica exposta a estímulos exacerbados de risco e
vulnerabilidade como, por exemplo, uso e abuso de bebidas alcoólicas,
acidentes de trânsitos, e relações sexuais desprotegidas (SILVA, 2008). Neste
período, o trânsito torna-se também mais violento e consequentemente o
número de vítimas é maior que nos dias normais do ano, assim como há um
aumento dos riscos de gravidez indesejada, infecções por Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST‟s), HIV/AIDS, o que justifica e reforça a
importância do desenvolvimento de campanhas preventivas neste período
(PASSOS et al., 2010). A ideia das campanhas neste período justifica-se e na
hipótese de que como há maior exposição às situações de vulnerabilidade,
deve-se também intensificar estratégias educativas com o público que fica mais
exposto aos riscos (PASSOS, et al., 2010). Para tanto, o Ministério da Saúde
(MS) desenvolve todos os anos inúmeras campanhas no sentido se sensibilizar
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a população a terem comportamentos seguros e facilitar o acesso aos serviços
de diagnóstico e a insumos (PORTO, 2005). O público alvo dessas campanhas
são os adolescentes e os adultos jovens, pois constituem fases da vida que
apresentam diversas peculiaridades que a tornam repleta de riscos que podem
influenciar negativamente em suas condições de saúde, principalmente em
períodos festivos como o carnaval, causando aumento da demanda nos
serviços de saúde, contribuindo para inúmeras repercussões para os níveis de
saúde. Portanto, este público constitui um grupo estratégico para o
desenvolvimento de ações educativas e preventivas no enfoque da promoção
da saúde (MALTA et al., 2012). Dentre os espaços para a realização de ações
de promoção da saúde o ambiente escolar representa um espaço privilegiado
para a realização e implementação dessas ações em especialmente aqueles
que promovam a qualidade de vida dos participantes, pois além de ser um
espaço para construção do conhecimento, há como prerrogativa legal o
incentivo governamental para que se ofereça nesse âmbito o esclarecimento
formal sobre temáticas transversais (BRASIL, 2000; MAIA et al., 2012). A
Educação em Saúde consiste numa estratégia de aprendizagem sobre saúde,
que envolve a capacidade permanente ou disposição para mudança de cada
sujeito, compreendida como atividade principal da promoção da saúde para
desenvolver autonomia, responsabilidade das pessoas e comunidades com
sua saúde, além de ser uma prática social crítica e transformadora amplamente
utilizada na prevenção de agravos (GUBERT et al., 2009). Desta forma, este
estudo objetivou descrever uma estratégia educativa para promoção da saúde
sobre os riscos durante o período carnavalesco em uma Instituição de Ensino
Federal. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência de uma estratégia
educativa. A atividade foi realizada durante o mês de Fevereiro de 2015, pelos
profissionais que compõem a equipe de Assistência Estudantil do Instituto
Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Tauá,
nos turnos da manhã e tarde com o propósito de abranger uma quantidade
máxima de alunos e servidores. A equipe multiprofissional é composta por:
Enfermeira, Psicóloga, Assistente de Alunos, Assistente Social e Pedagogos. A
instituição é composta por docentes; Técnicos Administrativos; Profissionais
terceirizados; e aproximadamente 135 discentes matriculados, em sua maioria
adolescentes e adultos jovens. A instituição oferta, atualmente, dois cursos um
de nível Superior (Tecnologia em Telemática) e outro de nível técnico
(Agronegócio). Como recurso para desenvolver a estratégia educativa foi
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elaborado um mural, previamente, para ficar exposto nas dependências do
campus ornamentado em estilo carnavalesco contendo preservativos
masculinos, que poderiam ser retirados, e cartazes com informações
diversificadas relacionadas aos riscos do consumo e abuso de álcool e drogas,
uso de preservativos e transmissão de DST´s, HIV/AIDS. O propósito do mural
foi de caráter informativo e proporcionar que as pessoas fossem estimuladas
pela curiosidade a adquirir preservativos de fácil acesso e sem burocracias. Na
medida em que os preservativos eram retirados havia a sua reposição no mural
pela equipe da Assistência Estudantil. No dia em que a estratégia educativa foi
realizada, utilizou-se: um jogo sobre mitos e verdades, como recurso
educacional; preservativos femininos e masculinos para ser feita
demonstrações do uso correto; acessórios e fantasias carnavalesca para os
participantes; e o auxilio de uma caixa de som tocando marchinhas de
carnaval, esses dois últimos foram utilizados para proporcionar um aspecto
lúdico e festivo na instituição. O jogo era composto de vinte e seis afirmações
em um folheto de cores diversificadas, espalhadas em uma mesa para que
cada participante pudesse escolher uma e responder se a afirmativa
correspondia a uma verdade ou um mito sobre as seguintes temáticas:
métodos contraceptivos, ingestão de drogas e bebidas alcoólicas, gravidez
indesejada, formas de transmissão e de prevenção das DST´s, HIV/AIDS.
Aqueles que justificassem a afirmativa de forma correta recebia como brinde
um preservativo. Observou-se que o mural foi uma estratégia que alcançou os
resultados esperados, pois houve uma alta demanda na procura pelos
preservativos, na medida em que era necessário fazer a sua reposição
periodicamente. Dessa forma, por ter um atrativo no local as pessoas eram
motivadas a ir até o mural e assim ter acesso às informações que estavam nos
cartazes. Porto (2005) ressalta que é surpreendente a abrangência dos
anúncios veiculados em cartazes, em um estudo realizado por ele revelou que
as mensagens da Campanha de Carnaval divulgadas por esse meio aparecem
em segundo lugar entre os meios mais eficazes, sendo lembradas por grande
parte das pessoas, além disso, é considerado o canal da mídia que alcança
uma distribuição mais uniforme. Existem indícios de que os anúncios de
campanhas divulgadas por este meio contribuíram para reforçar algumas
atitudes, especialmente no que se refere à afirmação da responsabilidade dos
jovens na aquisição de preservativos. Para que a estratégia de disponibilização
de preservativos não fosse realizada de forma isolada foram somadas outras
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estratégias no dia da atividade educativa, como a demonstração da correta
utilização dos métodos e a discussão sobre as vantagens do método.
Percebeu-se que o preservativo masculino não despertou interesse dos
participantes, talvez por ser mais comum e de fácil acesso, em contra partida, o
preservativo feminino chamou bastante atenção, em vista que muitos
afirmaram nunca terem visto, outros mencionaram que apenas viram, mas não
sabia como ser utilizado, o que despertou um grande interesse dos alunos e
dos funcionários em conhecê-lo e aprender a forma correta do seu uso.
Observou-se que esse interesse partiu de ambos os gêneros. Dessa forma, na
medida em que era demonstrado como usar o preservativo através de imagens
e simulações também se deu ênfase a sua vantagem, fazendo com que muitos
tivessem interessem, pois durante e após a atividade alguns solicitaram o
preservativo. Pode-se explicar a falta conhecimento em relação a este método
devido a sua pouca disponibilidade nos serviços de saúde e até mesmo no
comércio. Isso foi notado através da verbalização de uma servidora em que
afirmou que tinha vontade de usar, mas nunca encontrava pra comprar.
Segundo Oliveira et al. (2008) e Santos et al. (2005) as mulheres, em geral,
tem pouca ou nenhuma experiência com os métodos de barreira intravaginais,
sendo fundamental intervenções educativas que promovam a adesão e a
colocação correta da camisinha feminina. Esse método é mais aceito por
mulheres que conheçam seu corpo e tenham domínio sobre a forma correta de
usa-lo, pois uma das principais dificuldades das mulheres para utilizar o
método e a falta de intimidade com seu próprio corpo, provavelmente por
questões culturais e de gênero. Mesmo que o preservativo feminino não esteja
disponível na unidade de saúde é dever do profissional prestar informações
sobre ele, pois cabe a sociedade civil organizada exercer o controle sobre o
cumprimento da pactuação para a sua aquisição. Uma pesquisa realizada no
Brasil com mulheres sobre a aceitabilidade do preservativo feminino
demonstrou elevadas taxas de adesão, de continuidade de uso e de
aceitabilidade do método após terem participado de um grupo para receber
informações. A mesma pesquisa ainda identificou que os parceiros referiram
algumas vantagens desse método, como não apertar o pênis, ser confortável e
não ter preocupação com a colocação, e como aspecto negativo afirmaram a
interferência na estética: e feio e/ou estranho (BRASIL, 1999). Diante disso,
evidencia-se a necessidade de ações que possam fornecer mais acesso a
informação sobre os métodos contraceptivos para a população, principalmente
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para as mulheres, para que estas possam ter a autonomia de poder optar pela
melhor forma de prevenção, fortalecendo dessa forma o autocuidado e os seus
direitos sexuais e reprodutivos. As fantasias foram bem aceitas tanto pelos
alunos como pelos servidores, ao som de marchinhas de carnaval os
participantes se envolveram na atividade, postaram fotos nas redes sociais
registrando a participação e o propósito da atividade. Quanto ao jogo de mitos
e verdade, a maioria dos jovens participou da atividade. Houve aqueles que
participaram mais de uma vez, demonstrando interesse tanto nas informações
como ao brinde, que era um preservativo. A estratégia de premiação foi
positiva por estimular a participação dos jovens. Assim, quanto mais
questionamentos feitos a um participante mais oportunidade de conhecimentos
e reflexão sobre as temáticas abordadas eram proporcionados. Muitas
afirmações foram respondidas de forma correta, porém houveram algumas que
foram respondidas incorretamente pela maioria, como por exemplo, “Usar duas
camisinhas ao mesmo tempo previne duas vezes mais as DST’s e a gravidez”;
“Ingerir bebidas alcoólicas melhora o desempenho sexual”; “As mulheres são
mais sensíveis aos efeitos do álcool que os homens”. Esses achados
evidenciam que ainda há lacunas sobre alguns aspectos dos temas abordados,
o que pode representar uma vulnerabilidade para esta população, tornando-os
expostos a situações de riscos. Ao responder essas afirmações de forma
incorreta, muitos participantes justificavam a resposta por já ter escutado
anteriormente de algum amigo ou familiar, com isso observa-se que muitas
vezes o aspecto cultural é errôneo. CAMILO et al. (2009) mencionam que a
maioria dos jovens tem pouco ou nenhum conhecimento sobre as DST‟s,
alguns sabem informações básicas, como o modo de transmissão e doenças
mais frequentes, mas surgem dúvidas sobre os métodos anticoncepcionais e a
gravidez, o que pode ser um reflexo da carência de informações na escola e na
família, e de conhecimento adquirido sem fundamentação científica. Dessa
forma, através das manifestações dos participantes, há necessidade de
estratégias mais frequentes e eficazes de promoção da saúde ainda sobre os
temas abordados, que possam desvelar e desmistificar as dúvidas e as
informações incorretas, proporcionando capacidade de melhor cuidado com a
saúde. Conclui-se que a atividade proposta alcançou o seu objetivo por
proporcionar na instituição um momento lúdico de aprendizagem, discussão,
reflexão e sensibilização de todos sobre os riscos inerentes as festividades,
como o uso de álcool e outras drogas, gravidez precoce, uso de métodos
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contraceptivos e sobre as DST‟s, HIV/AIDS, fazendo com que os participantes
pudessem ter atitudes de forma consciente e saudável, minimizando as ações
que possam trazer consequências desastrosas e grandes repercussões para
as suas vidas. As ações visando estratégias preventivas sobre o uso de álcool
e drogas e em saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e adultos jovens
necessitam considerar comportamentos de lazer e festas comuns desse
público, juntamente a fatores comportamentais ligados a essas situações,
criando-se estratégias que reduzam riscos aos agravos à saúde. A partir desta
ação se evidenciou a necessidade da inclusão de ações periódicas realizadas
no IFCE Campus Tauá referente às temáticas abordadas, principalmente pelo
profissional enfermeiro do Campus que deve possuir habilidades e capacitação
que possam proporcionar diálogo e orientações de medidas preventivas tanto
para os alunos como para os demais que compõem e instituição. A
vulnerabilidade aos agravos de saúde, bem como as questões econômicas e
sociais, nas suas vertentes de educação, cultura, esporte, lazer e outros,
determinam a necessidade de atenção mais específica e abrangente aos
jovens, proporcionando direito à saúde através do acesso a informações e ao
conhecimento de forma universalizada, hierarquizada e regionalizada, dentro
dos preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo servirá para que
sejam repensadas outras ações e propostas a serem realizadas em situações
distintas, por trazer aspectos que precisam ser mais explorados. O contexto em
que a atividade foi realizada, ambiente escolar, se mostrou favorável para se
trabalhar conhecimentos, habilidades e mudanças de comportamento, pois é
local em que os jovens permanecem o maior tempo do seu dia, tornando-se,
propício e adequado para o desenvolvimento de ações educativas e de
promoção da saúde.
PALAVRA-CHAVE: Promoção da saúde; Enfermagem; Escola; Educação em
Saúde; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Drogas.
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NOVEMBRO AZUL: CONTRIBUIÇÕES DO INSTITUTO FEDERAL DO
CEARÁ PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Ítala Keane Rodrigues Dias ,Universidade Regional do Cariri
Érica Oliveira Matias ,Universidade Federal do Ceará
Helyane Candido Pereira ,Universidade Regional do Cariri
Eloíza Barros Luciano (Universidade Regional do Cariri
PALAVRAS-CHAVE: Promoção da saúde; Educação em Saúde; Saúde do
Homem; Câncer de Próstata, Diabetes Mellitus.
Os meses do ano têm sido utilizados para eleger ações especificas referentes
aos principais problemas de saúde pública, assim, são dadas cores aos meses
que tem alguma representação e simbologia para as respectivas ações. O mês
de Novembro foi escolhido para divulgar, esclarecer, sensibilizar, incentivar e
alertar a população, principalmente os homens, para a importância da
realização dos exames de detecção precoce do câncer de próstata, sendo a
cor azul a escolhida para a campanha “Novembro Azul”. Ainda neste mesmo
mês, no dia 19, é comemorado o dia mundial da Diabetes Mellitus (DM), a qual
também é representada pela cor azul. Dessa forma, profissionais de saúde
com o apoio das instituições de saúde e de ensino tentam mobilizar a
comunidade em prol de ações que busquem esclarecer a comunidade sobre a
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importância de ações preventivas e de diagnóstico precoce para essas
comorbidades. De acordo com o INCA (2015), o câncer de próstata é o mais
incidente entre os homens em todas as regiões do país, foi estimado para o
ano de 2014 aproximadamente 68.800 casos novos de câncer de próstata no
Brasil, esses valores correspondem a um risco estimado de 70,42 casos novos
a cada 100 mil homens. Por sua vez, o DM é uma doença crônica de fundo
metabólico na qual existe, por parte do organismo incapacidade total ou parcial
para metabolizar a glicose, o tipo 2 que geralmente acomete pessoas mais
velhas, é o mais frequente, responsabilizando-se por mais de 90% dos casos.
Essa doença crônica é responsável por uma epidemia mundial, representando
um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. Somente no
ano de 2002 eram 173 milhões de adultos com a doença, com a projeção de
chegar a 300 milhões em 2030, além disso, a DM é um importante fator de
risco e de disfunção para outras condições mais graves, tais como, as Doenças
Cardiovasculares, Insuficiência Renal e a cegueira (GOULART, 2011). Dessa
forma, o diagnóstico precoce, tratamento e a prevenção tanto do DM e do
câncer de próstata devem ser viabilizadas por meio do acesso aos serviços de
saúde e programas educativos efetivos e eficazes através de metodologias que
proporcionem capacitação da população através do acesso a informação que
permitam as pessoas fazerem escolhas por medidas preventivas a fim de
terem uma vida mais saudável. Os profissionais de saúde, dentre eles
Enfermeiros devem ter competências para atuar na prática educativa buscando
conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a concretização
dessas ações educativas a serem realizadas junto aos usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS) visando à educação para o autocuidado (FRIGO et al.,
2012). Dessa forma, este estudo objetivou descrever uma ação de promoção
da saúde acerca do câncer de próstata e da DM no mês de Novembro,
promovido pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE) Campus Tauá, em uma
comunidade da Região dos Inhamuns. Este estudo consiste em um Relato de
Experiência de uma atividade realizada no dia vinte e oito de Novembro do ano
de 2014. A atividade foi organizada pela Enfermeira do IFCE Campus Tauá,
com o apoio dos servidores da instituição. O IFCE é uma instituição de ensino
que tem como missão produzir, disseminar e aplicar os conhecimentos
científicos e tecnológicos na busca de participar integralmente da formação do
cidadão, tornando-a mais completa, visando sua total inserção social, política,
cultural e ética. Com isso, desenvolve ações articuladas com a comunidade na
qual está inserido na perspectiva de contribuir no âmbito da saúde, do meio
ambiente, da tecnologia e produção, da cultura, comunicação, educação,
direitos humanos e justiça. No Campus Tauá, atualmente, é ofertado dois
cursos, um de nível Superior (Tecnologia em Telemática) e outro de nível
técnico (Agronegócio). Para desenvolver a promoção da saúde no Novembro
azul a Enfermeira do Campus participou de um programa de rádio da cidade de
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Tauá para esclarecer a comunidade sobre alguns aspectos do câncer de
próstata e da DM, a exemplo: quais são os fatores de riscos dessas duas
doenças, quais os sinais e sintomas apresentados, como são realizados os
exames de diagnóstico e as medidas preventivas. Após a participação do
programa de rádio toda a comunidade foi convidada para participar da
atividade promovida delo IFCE que iria ocorrer próximo á rádio, localizada no
centro da cidade, referente as duas comorbidades. A ação consistiu em realizar
exame de glicemia capilar através do glicosímetro, que é um aparelho de
controle glicêmico com grande potencial de aplicação no auxílio de diagnóstico,
monitoramento e prevenção das complicações da DM, com o propósito de
identificar alterações sugestivas da doença; entregar folders informativos sobre
o câncer de próstata e DM, no sentido de estimular a população masculina
para realizar o exame do toque retal através de esclarecimentos sobre a
importância do exame e informar sobre aspectos do DM. Os homens que
participavam da ação tinham direito de estourar um balão contendo uma
numeração de um brinde personalizado do IFCE, em virtude e ser um mês
especifico de ações voltadas à saúde do homem. A ação ocorreu durante toda
a manhã. A atividade na rádio pode contribuir para aumentar o conhecimento
da população e esclarecer a comunidade sobre dúvidas relacionadas às duas
doenças, proporcionando para aqueles que tiveram acesso ao programa de
rádio refletir sobre seus hábitos de vida no enfoque do autocuidado. O
momento na rádio também serviu pra divulgar a ação que iria ser realizada pelo
IFCE, logo em seguida, que séria a verificação de glicemia capilar, entrega de
folders informativos e premiação de alguns brindes para os participantes. A
rádio é um dos meios de comunicação que pode ser usado para o
desenvolvimento de ações de promoção da saúde, na medida em que se torna
um facilitador para levar informações e conhecimentos para a sociedade civil,
devendo ser umas das estratégias utilizadas pelos profissionais da saúde. Para
Porto (2005) os anúncios do rádio são os que possuem uma presença mais
constante em todas as classes sociais e suas mensagens tem altos índices de
exposição entre o público em geral. A realização de glicemia capilar foi
realizada em 53 pessoas que manifestaram interesse em fazer o exame. Deste
total de pessoas 19 foram mulheres e 34 homens. Todos eram adultos. As
idades mais prevalentes estavam entre 40 a 49 anos, que somaram quinze;
entre 50 e 59 anos, total de doze e entre 60 a 69 que corresponderam a oito. A
participação predominante dos homens foi um aspecto muito positivo da
atividade, em vista que eles consistiam em um dos principais público alvo,
embora a ação desenvolvida pelo IFCE abrangesse toda a comunidade isso
denota o engajamento e o reconhecimento desse público em torno das
atividades do Novembro azul, devido ser um mês do desenvolvimento de
campanhas especifica para a saúde masculina. Com isso, percebe-se que
cada vez mais os homens estão participando de forma efetiva das ações que
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veem sendo implementadas desde o ano de 2008, em que foi criado pelo
Ministério da Saúde a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem, com objetivo de promover ações de saúde que contribuam
significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos
seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, a fim de
possibilitar o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de
morbimortalidade por causas que poderiam ser prevenidas e evitadas nessa
população (BRASIL, 2008). O fato da maioria dos participantes estarem na
faixa etária acima dos quarenta anos foi bastante satisfatório, pois corresponde
a faixa etária indicada para iniciar a realização dos exames preventivos de
câncer de próstata, contemplando dessa forma um dos objetivos da ação, que
era exatamente sensibilizá-los sobre a importância do exame. Pois, de acordo
com o INCA (2015) o único fator de risco bem estabelecido para o
desenvolvimento desse câncer é a idade, aproximadamente 62% dos casos
diagnosticados no mundo ocorrem em homens com 65 anos ou mais e nos
casos em que há o tratamento adequado e de forma precoce a sobrevida
aproximada chega a ser de 80%, portanto, ações de controle da doença devem
focar em outras estratégias, como a prevenção primária e o diagnóstico
precoce. Observa-se que enquanto era realizado e exame glicêmico os
homens eram abordados e interrogados quanto à realização do exame do
toque retal. Um fato importante é que grande parte deles afirmaram já ter
realizado o exame; alguns relataram inclusive, realiza-lo periodicamente; uns
ainda mencionaram que iriam realizar, já tendo a data agenda; enquanto os
outros que ainda não havia feito e apresentavam a idade indicada se reforçou a
importância de ter de fazê-lo devido possibilitar um diagnóstico precoce e
melhor prognóstico da doença. Embora, Carrara et al. (2009) afirmarem que a
proposta inclusiva dos homens em ações de saúde é desafiadora por eles não
terem reconhecimento do cuidado e valorização do corpo no propósito da
saúde como questões sociais e preconceito existir em relação ao gênero
masculino, nós podemos verificar durante a atividade um comportamento
positivo por parte do sexo masculino em relação aos cuidados com a saúde,
em vista que foi surpreendente a quantidade de homens que participaram da
atividade e afirmaram já terem realizado exames preventivos e de forma
periódica. Esses achados demonstram que essa população vem se tornando
cada vez mais consciente e valorizando os cuidados com o corpo no sentido da
saúde como questão social. Portanto, é necessário que os profissionais de
saúde, em relação à saúde do homem, adotem formas diferentes de pensar,
rompendo crenças e valores para incorporar novos conceitos pertencentes a
sua saúde adequando as ações de prevenção, promoção, proteção e
recuperação ao contexto em que estão inseridos, aproveitando as diferentes
formas para garantir que o homem crie o hábito rotineiro de cuidados e que
diferentes meios sejam utilizados para alcança-los através de ações de
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educação em prol da saúde (SILVA, et al., 2013). A premiação de brindes para
aqueles que participaram contribuiu para dinamizar a ação, servindo de
incentivo para que outras pessoas pudessem participar também. Ao ser
entregue os folders se tinha o cuidado de explicar as informações contidas
neles, para que não se tornasse uma ação mecanizada, proporcionando dessa
forma um maior entendimento por parte das pessoas. Quanto aos resultados
do exame da glicemia capilar a maioria obteve um valor entre 100 a 150mg/dl,
trinta e três pessoas; treze apresentaram um valor menor que 100mg/dl; dois
obtiveram um valor entre 180 e 190mg/dl, enquanto dois estavam com
hiperglicemia apresentando respectivamente 207mg/dl e 267mg/dl. O fato foi
que as pessoas que afirmaram ter DM apresentaram a glicemia dentro dos
parâmetros normais, enquanto aqueles que cotiveram um valor elevado e
hiperglicemia afirmaram que não sabiam se tinham a doença. Nenhum que
estava com a glicemia elevada relatou, no momento, nenhuma queixa após
interrogando pela enfermeira. Os que apresentaram valor maior de 200mg/dl
receberam encaminhamento para realizar acompanhamento na Estratégia
Saúde da Família de referência além de se reforçar a importância de fazer o
diagnóstico e tratamento. A verificação da glicemia pode proporcionar para
aqueles que tivessem a doença a oportunidade de verificar seus níveis
glicêmicos auxiliando o tratamento, assim como pode se fazer um rastreamento
daqueles que tinham alguma alteração, servindo, portanto de alerta, além de
identificar os que provavelmente possuíam a doença e ainda continuavam sem
tratamento. Mira, Candido e Yale (2008) afirmam que as campanhas públicas
de conscientização, associadas aos métodos modernos de diagnóstico e
tratamento do DM, têm resultado, ao longo das últimas décadas, tanto em
aumento no número de casos diagnosticados da doença quanto em aumento
da expectativa de vida dos pacientes, proporcionando tratamento precoce com
diminuição das complicações. De fato, segundo (BRASIL, 2006) o
envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos
de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade
são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência da
diabetes em todo o mundo. Assim, além das medidas visando o diagnóstico
precoce da doença o combate aos principais fatores de risco deve ser incluído
como estratégias essenciais, uma vez que a DM se tornou uma doença tão
comum e de grandes repercussões para a vida das pessoas. Pode-se concluir
a parti deste estudo que a comunidade foi bastante receptiva e participativa
durante a atividade proporcionando que a promoção da saúde pudesse ser
realizada com êxito, e que essa atividade pode contribuir para orientar e
auxiliar na tomada de decisão e conscientizar os sujeitos participantes sobre a
importância do autocuidado. O sucesso da ação pôde ser obtido devido à
integração e participação dos servidores do IFCE Campus Tauá, o que
demonstra a importância que é dada pela equipe para ações em torno da
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qualidade de vida da população. É importante que as ações voltadas para a
prevenção do câncer de próstata e da DM sejam realizadas de forma
constantes promovidos pela atenção primária e não somente durante o mês de
Novembro em torno da Campanha Novembro Azul. Além disso, os serviços de
saúde devem proporcionar e facilitar o atendimento ao publico masculino, o
qual apresenta suas particularidades, tentando sempre inseri-los em ações de
promoção da saúde para que estes possam adquirir o habito de perpetuar uma
prática saudável de vida. Este estudo torna-se um instrumento que poderá
nortear o desenvolvimento de outras intervenções de caráter educativo e de
promoção da saúde por órgãos gestores e demais profissionais de saúde, além
de produzir avanços mais significativos no enfoque que é dado às práticas
educativas desenvolvidas pelo Enfermeiro na perspectiva de reduzir no sistema
público de saúde as taxas de morbidade e mortalidade e aumentando a
qualidade de vida dos usuários.
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IMPACTO NA DINÂMICA FAMILIAR DIANTE DO INTERNAMENTO DE UMA
CRIANÇA: REFLETINDO SOBRE A PERCEPÇÃO DO ACOMPANHANTE
Leiliane de Queiroz Oliveira, ESP
Zilma Nogueira da Silva, SOSPI
Daniela Cavalcanti e Silva Novais Carvalho, FMABC
Magnollya Moreno de Araújo Lelis, URCA
Rafaely Maria Pereira de Carvalho Queiroz, FLS
PALAVRAS-CHAVE: Hospitalização; impacto; dinâmica familiar.
INTRODUÇÃO: A internação hospitalar é um dos eventos que mais pode
causar alterações na rotina de qualquer ser humano, gerando uma série de
mudanças nos hábitos de toda a família, tornando-se uma situação crítica e
delicada (FAQUINELLO, HIGARASHI, MARCON, 2008). Durante o processo
de hospitalização as crianças e suas famílias estão expostas a diversas
pressões externas e internas, no que diz respeito privação do ambiente
familiar, dos demais membros da família, da vida escolar e das atividades da
vida diária como as brincadeiras infantis (MILANESI, COLLET, OLIVEIRA,
VIEIRA, 2006). A hospitalização é uma situação desencadeadora de sofrimento
de natureza social, emocional, cognitiva e motivacional, tanto para as crianças
envolvidas, como para os familiares; o fato de ter um filho hospitalizado gera
mudanças em toda a dinâmica familiar (VITORINO, LINHARES, MINARDI,
2005). Quando a enfermidade e a hospitalização atravessam a trajetória das
famílias e do desenvolvimento da criança, emergem algumas questões
fundamentais, como o fato primordial podemos citar as dificuldades em
permanecer acompanhando seus filhos durante o internamento, principalmente
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quando possuem outros filhos que também necessitam de cuidados. O
internamento hospitalar provoca uma série de problemáticas uma vez que a
hospitalização de um filho desestabiliza a família, gerando alterações no
processo saúde-doença dos demais membros da família. Cabe a Equipe de
Enfermagem e demais profissionais da equipe, se utilizar de intervenções que
ajudarão a família a mudar suas expectativas sobre o membro doente de
maneira realista; criando um ambiente hospitalar de privacidade e de apoio
para a família (CARPENITO, 2001). A criança não está isolada no mundo,
sempre que uma criança adoece toda a família adoece junto, não importa se o
caráter é agudo ou crônico, se o tratamento será ambulatorial ou hospitalar,
toda a dinâmica familiar é alterada; os demais aspectos da vida perdem
sentido. A doença mostra-se assim, como um fator desorganizador da dinâmica
familiar (ROSSI, RODRIGUES, 2007). A internação pediátrica mostra-se como
uma reviravolta na vida familiar, obrigando a mãe a modificar seus hábitos e
sua relação com os familiares, afastar-se das atividades rotineiras, dos amigos,
e até do trabalho. (VASCONCELOS, et al, 2006). O medo do desconhecido, o
sofrimento, à doença do filho e ao mesmo tempo não saber como proceder em
relação aos outros filhos que ficaram em casa, agrava ainda mais o sofrimento
da mãe, que muitas vezes não pode contar com a ajuda de familiares ou até
mesmo de amigos. A mãe sofre por ter que deixar seus filhos pequenos aos
cuidados de outras pessoas. Com base nesse contexto, consideramos
relevante a problemática em questão, pois se constitui uma oportunidade de
compartilhar aspectos modificadores da dinâmica familiar, fato esse gerador de
diversas transformações no cotidiano de vida das famílias. A divulgação desse
tipo de informação poderá contribuir para a melhoria da assistência prestada à
criança hospitalizada, ampliando-a no sentido da integralidade, princípio
doutrinário estabelecido pela política de atendimento prestado pelo Sistema
Único de Saúde – SUS; incluindo a família nessa assistência, tentando
amenizar seu sofrimento frente à hospitalização de um filho e contribuindo para
uma melhor aceitação da doença, seu envolvimento no processo terapêutico e
no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento na mudança ocorrida na
dinâmica familiar. OBJETIVOS: Conhecer o impacto na dinâmica familiar
ocasionado pelo internamento hospitalar de crianças internadas em um hospital
pediátrico de Juazeiro do Norte – Ceará; identificar o principal acompanhante
da criança internada e quais os responsáveis diretos pelos cuidados dos
familiares que permanecem em casa; verificar a existência de permanência do
vínculo familiar do acompanhante com os outros familiares; averiguar como a
família se organiza para se adequar a internação de um de seus membros;
identificar o impacto no sono, repouso e alimentação das crianças internadas e
dos membros da família. MATERIAIS E MÉTODOS: Para realização do estudo
optou-se pelo de natureza exploratória, tomando como base fatores práticos
como o tempo para o estudo, custos e recursos disponíveis. Para tanto, nos
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baseamos em Leopardi et al. (2002), que defende a utilização de questionários,
pois permite aumentar a experiência em relação ao tema, como também esse
tipo de investigação admite a utilização de outros subsídios necessários à
investigação. Quanto à abordagem, o estudo é do tipo qualitativo, no qual
consideramos representatividade das falas dos entrevistados. O estudo foi
realizado entre os meses de maio a Julho de 2013 em um Hospital Pediátrico
de pequeno porte da Cidade de Juazeiro do Norte, fundado em 1977. Esse
serviço é responsável por toda a demanda de internação clínica pediátrica da
Cidade de Juazeiro do Norte e cidades circunvizinhas. Utilizamos como
procedimentos para coleta de dados um formulário com o objetivo de
caracterizar o perfil sociodemográfico dos entrevistados. Em um segundo
momento, utilizamos a técnica de grupo focal, contemplando perguntas acerca
da temática envolvida no estudo. Formam realizados 03 momentos com grupos
focais, durante um período do mês escolhido para coleta de dados, com o
objetivo de extrair das acompanhantes os diversos problemas enfrentados com
o adoecimento de um membro da família durante o decorrer do internamento.
O grupo focal foi composto por em média 04 pessoas, devido principalmente ao
fato que a maioria das acompanhantes das crianças internadas recusou-se a
participar da pesquisa; outro ponto relevante é em relação ao critério de
inclusão, que permite a participação de acompanhantes que estivessem por
mais de quatro dias de internamento. Os grupos aconteceram na Sala de
Estudos do Hospital. A análise dos dados levou em consideração a freqüência
dos eventos observados e a associação entre eles, e distribuído em categorias
de acordo com os objetivos propostos. Foram dispostos e analisados à luz da
bibliografia pertinente. Em observância aos pressupostos éticos, foi enviada a
Instituição selecionada para pesquisa, a cópia do projeto de pesquisa bem
como um ofício de solicitação para coleta de dados junto a esta. Após o aceite
formal, o protocolo de pesquisa foi encaminhado à avaliação do Comitê de
Ética em Pesquisa (CEP) através da Plataforma Brasil e obteve parecer
favorável sob o nº 434.802/2013 do CEP da FLS, conforme as normas da
resolução 466/12 (CNS). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os sujeitos
participantes da pesquisa foram 12 acompanhantes, com idade variando entre
19 e 54 anos; em relação à profissão, a grande maioria relatou realizar
atividades domésticas tanto no domicílio, quanto trabalhar como diarista em
algumas casas de família, complementando o orçamento doméstico. Em
relação ao grau de escolaridade, a maioria das pesquisadas (07
acompanhantes) relatou possuir apenas o Ensino Fundamental Incompleto;
sobre a renda familiar, recebem em média de 1 a 2 salários mínimos;
consideramos relevante o fato de 01 acompanhante relatar estar com todos os
membros desempregados, o que pode aumentar a tensão durante o
internamento devido a questões financeiras. Em relação às pessoas que
residem em casa com as acompanhantes, possuem de 3 a 8 pessoas,
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considerando pai, mãe e/ou irmãos(as); a grande maioria, quando questionada
sobre o estado civil (05 acompanhantes), relatou possuir união estável com o
companheiro. Durante a realização dos grupos focais emergiram 03 categorias:
APOIO, UNIÃO E PERMANÊNCIA DO GRUPO FAMILIAR: Quando um familiar
adoece, ocorrem mudanças na rotina diária e no relacionamento entre seus
membros; atitudes e laços familiares acabam se reformulando (PINTO;
RIBEIRO; SILVA, 2005) A família fica mais unida, demonstrando mais afeto e
apoiando diante das necessidades para manter o vínculo. Devido às mudanças
ocorridas pela hospitalização, ocasionada pela ausência da criança e do
próprio acompanhante, todo o convívio familiar se altera, o auxilio entre os
membros torna-se evidente, cooperando na realização dos cuidados
domiciliares e muitas vezes adiando seus compromissos com a função de
atender as necessidades e assim manter a estrutura familiar, conforme
podemos observar na seguinte fala de uma mãe do Grupo 02: “Ficamos mais
unidos, todo mundo tem que se ajudar né?”( G-2). CUIDADO DE MÃE É
FUNDAMENTAL: Mesmo sendo algo inesperado para a família, as mães
tendem a aceitar a hospitalização, acreditando que é a única forma de
tratamento e recuperação; relatam ser de extrema importância que a mãe
acompanhe o filho durante o internamento, sentindo-se mais seguras quando
elas estão responsáveis pelo cuidado, não delegando essa responsabilidade
para outra pessoa (SCHNEIDER, MEDEIROS, 2011). MUDANÇAS NO
COTIDIANO, SONO, ALIMENTAÇÃO E REPOUSO: A maioria das
acompanhantes relatou que houve mudanças consideráveis em relação ao seu
sono, repouso e alimentação, bem como das crianças e dos demais membros
familiares durante o período de internação. Podemos observar que eram as
mães que cuidavam dos filhos porque se sentiam seguras, o apoio social
suprido centrou-se nas realizações das atividades domésticas pelos familiares.
As estratégias utilizadas pelas famílias para enfrentar as mudanças ocorridas
durante a hospitalização foram possíveis devido à rede de apoio de outros
familiares, que mantiveram o vínculo através de visitas a instituição hospitalar,
telefonemas, amparo aos outros filhos que permaneceram no domicílio, bem
como a troca de papéis para que a responsável pela criança pudesse
descansar e não deixasse de lado totalmente o cotidiano domiciliar,
relacionados aos cuidados com a casa ou direcionados aos outros filhos.
Evidenciamos ainda, que o período de internação proporcionou o estreitamento
do vínculo entre os familiares e a união entre os membros da família.
Percebeu-se que mudanças que ocorrem com a hospitalização de um filho,
sendo motivo de angústias e sofrimento emocional, além de afetar o seu físico,
trazem conseqüências emocionais e físicas tanto para os pais como para
criança, os sintomas podem ser diversos, tais como, dor, sofrimento, cansaço e
mudanças nas rotinas da família, gerando alterações no sono, repouso e
alimentação, sendo que as estratégias usadas pelos pais são baseadas
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principalmente pelo auxílio no suporte de familiares. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Nesse estudo, os resultados mostraram que eram as mães que
cuidavam dos filhos porque se sentiam seguras, e o apoio social suprido
centrou-se nas realizações das atividades domésticas pelos familiares;
evidenciamos ainda, que o período de internação proporcionou o estreitamento
do vínculo entre os familiares e a união entre os membros da família. É
fundamental que a equipe que presta assistência, reconheça a importância da
manutenção dos vínculos e do cuidado com a família; é essencial que os
profissionais tenham dedicação, atenção e, principalmente, a interrelação dos
saberes e fazeres das diversas profissões responsáveis pelo cuidado da
criança e da família, a fim de auxiliar no enfrentamento e adaptação a esta
nova situação. O oferecimento de assistência humanizada diminui o impacto
traumático que a hospitalização causa na vida dos familiares e das crianças; o
acolhimento dos profissionais, oferta de acomodações adequadas, alimentação
ricas em nutrientes, promoção de atividades físicas para acompanhantes;
maior abertura da unidade hospitalar para que os familiares das crianças
internadas possam ter participação mais ativa na vida dos familiares durante o
período de internação; são ações simples que proporcionaram ao ambiente
hospitalar a possibilidade de construção de redes e apoio social necessários
para o enfrentamento da condição enfrentada durante o internamento. Deve-se
permitir que: a criança mantenha ao máximo os mesmos hábitos que tinha em
casa; a mãe/familiar participe de todos os procedimentos e decisões referentes
às condutas realizadas; e que a criança participe das aulas da classe
hospitalar, atividades recreativas e receba a visita dos familiares. Diante do
exposto, decidimos propor sugestões com o objetivo de favorecer o
fortalecimento da atenção à saúde, criando ações de apoio à família das
crianças internadas na Pediatria do Hospital, realizando ações de intervenção
junto a essas famílias: encaminhar todas as acompanhantes ao atendimento
individual para os profissionais de saúde inseridos na Unidade Hospitalar
(Médicos, Enfermeiros, Assistente Social, Psicopedagogo, Nutricionista,
Fisioterapeuta); Abordar sentimentos e atitudes das acompanhantes diante de
quaisquer assistências prestadas a criança e a família; criar espaços de
acomodação favoráveis ao repouso das acompanhantes e das crianças;
oferecer alimentação de alto valor nutritivo, rico em frutas, sucos, verduras para
acompanhantes e crianças internadas na instituição; comemorar datas
importantes, como o dia das mães, dia das crianças, aniversariantes do mês,
Páscoa, etc; engajar os profissionais de diversas faculdades de medicina e
enfermagem com atividades de promoção e educação em saúde para
acompanhantes e familiares; oferecer atividades que promovam a melhora do
condicionamento físico das mães acompanhantes durante o internamento;
proporcionar o engajamento da rede de apoio familiar no decorrer do
tratamento hospitalar e reforçar com orientações para alta hospitalar. O estudo
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sinaliza ainda, para o desenvolvimento de mais pesquisa que abordem outras
questões e contextos vivenciados nas mudanças na dinâmica familiar diante da
internação de uma criança e sobre a necessidade de implementação de
políticas públicas a essa população que permitam a construção de redes de
apoio social necessários para o enfrentamento da condição de internamento,
tanto em nível domiciliar em particular, como familiar.
HANSENÍASE COMO TEMÁTICA DE INTERESSE NA ROTINA DOS
ENFERMEIROS ATUANTES NA ATENÇÃO BÁSICA
Ana Alinne Gomes da Penha, Universidade Federal do Ceará
Jéssica Gonçalves Feitosa, Universidade Regional do Cariri
Natália Filgueira Rufino, Universidade Regional do Cariri
Kátia Monaísa de Sousa Figueiredo, Faculdade Medicina do ABC
Regina Petrola Bastos Rocha, Universidade Regional do Cariri
Maria Corina Amaral Viana, Universidade Regional do Cariri
PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase; Enfermeiras de Saúde Pública; Educação
Continuada.
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que tem como
agente causador o Micobacterium leprae (M.leprae), sendo este descoberto em
1873, pelo médico norueguês Amaneur Hansen. Ao qual foi feita a homenagem
ao seu descobridor, também chamado de bacilo de Hansen. Ao longo dos
tempos a hanseníase apresentou características de uma doença com forte
presença histórica e social. Na sua trajetória encontra-se, destaques para o
estigma desde tempos bíblicos e tantos outros fatores que afetam o imaginário
popular no presente. No decorrer dos tempos, muitas idéias e conceitos a
respeito da doença foram fixados pelos homens, atravessaram séculos e foram
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praticamente aceitos universalmente sem questionamentos por inúmeras
gerações. A hanseníase apresenta-se no cenário mundial da saúde como
questão ainda ser solucionada, principalmente, nos países em
desenvolvimento. Tal questão é reconhecida como um dos problemas de
saúde pública no mundo, onde foram notificados 249.007 casos novos, em 121
países, em 2008, dos quais 134.184 (54%) foram detectados na Índia, o país
que apresenta maior número de casos novos, seguido do Brasil com 39.047
(15%) e da Indonésia com 17.441 (7%). A segunda colocação mundial em
número de casos de hanseníase pertence ao Brasil. Os últimos anos foram
seguidos por elaboração de planos, metas e estratégias para conseguir
alcançar a eliminação da hanseníase, isto é, atingir a taxa de prevalência
menor que um caso por 10.000 habitantes. as regiões Norte e Nordeste têm
apresentado a maior tendência de crescimento em termos do número de casos
confirmados no Brasil, sendo conceituadas como áreas foco para o controle.
No ano de 2007 obteve notificação de um total de 39.271 casos novos de
hanseníase no país, a maior parte advinda da região Nordeste (16.335, 41,6%
dos casos do país). O Estado do Ceará foi responsável por 2.510 casos novos
(6,4% dos casos do país e 15,4% dos casos da Região Nordeste). No Brasil
permanece o coeficiente médio de detecção em menores de 15 anos de idade
de 0,53 casos novos por 10.000 habitantes (número absoluto 2.980 casos
novos), que pode ser considerado muito elevado. O Programa Nacional de
Controle da Hanseníase (PNCH) nos últimos três anos vem divulgando este
indicador como prioritário para o acompanhamento da doença. A região
nordeste, sozinha, apresentou o número de 47,0% de todos os casos em
menores de 15 anos de idade no país em 2007. Já o estado do Ceará de forma
isolada foi responsável por 5,5% de todos os casos em menores de 15 anos de
idade do país, o 6º lugar entre todas as unidades da federação em termos de
número absoluto. A redução da taxa de prevalência e o aumento do número de
casos tratados com a poliquimioterapia (PQT). A doença de Hansen dispõe de
tratamento gratuito e tem cura. A PQT teve início no Brasil a partir de 1986, em
quatro centros de referência, e, só a partir de 1993, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) adotaram como rotina no serviço, a
“dose fixa” da PQT em todo país. O tratamento do paciente acometido pela
hanseníase é fator primordial na cura e no rompimento da cadeia de
transmissão da doença, sendo responsável também por ajudar no controle
dessa endemia e desenvolver esperança de vida nova aos pacientes
acometidos. A garantia na quantidade dos medicamentos utilizados é calculada
com base no número de casos, pela equipe técnica do Programa Nacional de
Eliminação da Hanseníase (PNEH), com ajuda da assistência farmacêutica,
certificando o tratamento de todos os pacientes. A assistência de enfermagem
referente à hanseníase desempenha várias ações. Estas são prevenção, busca
e diagnóstico dos casos, tratamento sendo realizado o acompanhamento dos
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pacientes, prevenção e tratamento de incapacidade, gerência das atividades de
controle da doença, sistema de registro e vigilância epidemiológica e
pesquisas. O enfermeiro tem papel fundamental no acompanhamento da
doença quando realiza assistência de enfermagem ao paciente. Em virtude
disso, tem se a seguinte questão norteadora: qual seu interesse na temática
hanseníase aplicada a sua rotina de trabalho na atenção básica (AB)?
OBJETIVO: Relatar o interesse dos enfermeiros atuantes na AB sobre a
temática hanseníase. METODOLOGIA: O estudo é do tipo exploratório, com
abordagem qualitativa de caráter descritivo, foi realizado com os enfermeiros
da AB de um município de pequeno porte da região endêmica do Cariri, sul do
Ceará – Brasil. Os participantes da pesquisa foram nove enfermeiros que
atuam na AB do referido município. O cenário do estudo constituiu-se por duas
UBS da zona urbana e sete UBS da zona rural. Os critérios de inclusão foram:
terem acompanhado o tratamento de pelo menos um paciente com hanseníase
e ser enfermeiro da AB há mais de seis meses. Já os critérios de exclusão: os
enfermeiros que estavam de férias e licença médica no período de coleta de
dados. A pesquisa foi desenvolvida durante os meses de agosto-setembro de
2014. O instrumento de coleta de dados adotado foi uma entrevista
semiestruturada, sendo utilizado gravador digital e posteriormente feito
transcrição e digitação das falas no programa Word. No ato da entrevista foi
realizada a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
para os enfermeiros, que farão parte da entrevista. É importante esclarecer que
para zelar a identidade dos participantes e o sigilo absoluto das informações
prestadas por estes, foi utilizado códigos como a letra E (Enfermeiro) e
números de identificação 1, 2... 9. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo
temática, que segundo Minayo, é dividida em três etapas: a pré-análise, que
corresponde à escolha do material a ser utilizado; exploração do material, que
consiste na operação de codificação; tratamento dos resultados obtidos e
interpretação, que coloca em relevo as informações obtidas, propõem
inferências e realiza interpretações previstas no seu quadro teórico. A pesquisa
obedeceu aos aspectos éticos da pesquisa com seres humanos, conforme
institui a resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que
dispõe sobre a normatização das pesquisas envolvendo seres humanos. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Regional do Cariri (URCA), com parecer nº 705.008. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foram entrevistados nove enfermeiros que atuam na atenção
primária à saúde do município estudado. Durante a análise de conteúdo
temática dos dados emergiu a seguinte categoria, a saber: Hanseníase como
temática de interesse na rotina dos enfermeiros atuantes na atenção primária à
saúde. A hanseníase é uma doença que dispõe de tratamento eficaz, seguro e
gratuito disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tal tratamento
deve ser realizado de maneira correta e disciplinada pelos pacientes a fim de
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que o objetivo que é a cura seja alcançado. Entretanto em hanseníase existe
uma carga de preconceito e estigma que muitas vezes fazem com que o
paciente abandone ou mesmo ignore o tratamento. Este é imprescindível como
estratégia de controle da doença, enquanto problema de saúde pública. O
objetivo almejado através dele é de interromper a transmissão da doença, atuar
quebrando a cadeia epidemiológica, como também, prevenir incapacidades
físicas, promover a cura e a reabilitação física e social do portador. Assim, é
importante que o paciente tenha em mente que o tratamento deve ser realizado
com compromisso e que a hanseníase tem cura. A negação a doença e recusa
a se submeter a um tratamento médico ou mesmo adesão, é uma questão
rotineira devido ao estigma, preconceito e ignorância existentes em torno de
sua manifestação. Ainda nesse contexto, os pacientes acometidos pela
hanseníase, atualmente, ainda enfrentam preconceito e sofrem com o estigma
da doença. Aliados a isso se encontram a falta de conhecimento sobre a
doença, a incapacidade física e as deformidades causadas pelo
comprometimento dos nervos periféricos. Em relação ao manejo os
enfermeiros relataram ainda existir uma resistência por parte dos pacientes ao
tratamento. Ainda, o desempenho profissional na prestação de serviços muitas
vezes parte do interesse pessoal com campo de trabalho. Além disso, o
profissional na maioria dos casos deve ser provido de empatia por sua área de
atuação, no caso da hanseníase, não se limitando ao seu conteúdo já
adquirido, antes buscar sempre algo mais para incrementar sua bagagem de
conhecimentos e desenvolver um trabalho de qualidade junto à comunidade.
Foi possível perceber através da entrevista que a maioria dos enfermeiros
considera o tema em questão de grande interesse profissional através dos
relatos que se seguem: É do meu interesse sim, porque nós lidamos
diariamente com pessoas portadores da doença de hanseníase e outras que
poderão ser (E1). Já para outro entrevistado: Os profissionais de saúde ainda
encontram muita dificuldade no atendimento a esses pacientes e acho que é
um tema que merece um olhar especial por parte de todos, pois há muito a se
fazer pelos portadores de hanseníase (E2). Em outra fala: [...] é importante
estudar sobre esse tema porque podemos a qualquer momento nos deparar
com um paciente de hanseníase é bom sempre está preparado para atender
pacientes com hanseníase (E6). Este entrevistado acrescenta a meta de
eliminação em seu discurso: Com certeza, né?! Se não a gente nunca vai
alcançar a nossa meta de eliminação e de reduzir conforme o ministério
preconiza como a região aqui a gente saber que endêmica e todo profissional
de saúde tem obrigação de está por dentro dos problemas relacionados à
hanseníase para saber atender bem e manejar o paciente (E5). Neste discurso:
[...] assim na nossa região a gente tem uma incidência alta, né de hanseníase e
ainda um tanto que não descoberta ainda subnotificada e assim é importante
[...] e aí eu acho importante nesse sentido, principalmente, porque é coisa
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muito presente na nossa região e não é todo mundo que tem habilidade para
trabalhar com hanseníase (E4). Assim, mesmo existindo o desenvolvimento de
uma política voltada para o controle da hanseníase, o interesse pessoal ou
individual é tido como influência para o alcance do resultado almejado.
Destaca-se também o compromisso particular do indivíduo em realizar a prática
de ações, pactuações ou novos aprendizados, pode alcançar o êxito ou não de
um programa. No tocante aos participantes ficou evidente através de suas falas
um interesse significativo em desenvolver seus conhecimentos no campo da
hanseníase e pô-los em prática para o sucesso do programa de controle da
mesma. O envolvimento como empenho profissional e a capacitação de
enfermeiros correspondem ao alcance de um bom desempenho.
CONCLUSÃO: Diante dos resultados obtidos pelo presente estudo, foi possível
relatar o interesse dos enfermeiros da AB sobre a temática hanseníase. Ainda,
vale destacar quão difícil é trabalhar com uma doença com forte estigma e
preconceito persistentes. A educação continuada é um meio utilizado para
atualizar e aprimorar os conhecimentos dos profissionais envolvidos na
assistência ao paciente e aos familiares devendo ser utilizado pelos gestores
como instrumento essencial para melhora o desempenho profissional e a
inovação da assistência nos serviços de saúde. Dessa forma, o estudo foi
incisivo em apontar que há muito em que se aprimorarem os conhecimentos
dos profissionais da saúde, em especial, os enfermeiros atuantes no manejo
dos pacientes com hanseníase.
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DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE MULTIBACILAR: UM
ESTUDO DE CASO
Natália Daiana Lopes de Sousa, Universidade Regional do Cariri
Natália Silvestre de Carvalho, Universidade Regional do Cariri
Caroline Torres da Silva Cândido, Universidade Federal de Campina Grande
Gabriela Duarte dos Santos, Universidade Regional do Cariri
Italo Robson Sobreira Miranda, Faculdade Leão Sampaio
PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase Multibacilar; Diagnóstico; Complicações.
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica
causada pelo agente etiológico Mycobacterium Leprae, este bacilo é capaz de
infectar grande número de pessoas, porém poucas adoecem, isto acontece
pois o desenvolvimento da hanseníase depende de três fatores e da relação
entre eles, quais sejam: o hospedeiro, o grau de endemicidade do meio e o
próprio bacilo. Essa doença é de notificação compulsória em todo o território
nacional e de investigação obrigatória. Constitui relevante problema de saúde
pública, visto que no decorrer dos últimos anos houve uma redução drástica no
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número de casos, mas sempre deixando autoridades e profissionais da saúde
em alerta para uma possível recidiva. É transmitida pelas vias respiratórias
superiores de pacientes multibacilares não tratados, diminuindo efetivamente a
quantidade dos bacilos após a primeira dose do tratamento, sendo também, o
trato respiratório a mais provável via de entrada do M. Leprae no corpo, essa
transmissão está relacionada a fatores socioeconômicos e principalmente, a
resposta imunológica celular que pode inibir ou retardar a fase de adoecimento
e diminuir a carga bacilar. O período de incubação da hanseníase é muito
relativo, podendo ocorrer de sete meses até mais de 10 anos, a partir do
contato com os bacilos, mas geralmente ocorre, em média, de dois a sete
anos. O bacilo apresenta afinidade por células dos nervos periféricos e células
cutâneas, por esse motivo, a hanseníase atinge pele e nervos periféricos
podendo levar a sérias incapacidades físicas, e o seu poder incapacitante está
diretamente relacionado ao poder imunogênico do bacilo e ao diagnóstico
tardio da doença, que permite sua cronicidade. De acordo com sua carga
bacilar, a doença ativa é classificada na forma paucibacilar (PB) quando
poucos bacilos estão presentes, e na multibacilar (MB) quando grande carga
bacilar está presente nas lesões. Neste contexto, ao se levar em consideração
a quantidade de lesões, a forma paucibacilar é constituída por até cinco, já a
multibacilar por mais de cinco lesões. Desta forma, admite-se que a forma
multibacilar seja considerada fonte de transmissão e infecção para os
susceptíveis. No Brasil, no período de 2007 a 2011, uma média de 37.000
casos novos de hanseníase foram detectados a cada ano, sendo 7% deles em
menores de 15 anos. A hanseníase tem cura e seu tratamento é
poliquimioterápico (PQT), em regime ambulatorial, que efetivamente diminui a
carga bacilar do organismo, interrompendo a transmissão da doença e, quando
iniciada precocemente, diminui ou impede a instalação de incapacidades e
sequelas. O nível de gravidade da doença é avaliado não somente pela forma
física, mas principalmente pela alta potencialidade de limitação da vida social e
problemas psicológicos, inclusive, estigma e preconceito contra os portadores
da doença. Seu diagnóstico é clínico e epidemiológico, baseado nos
antecedentes familiares, nas condições de vida do indivíduo e exames
dermatoneurológico, a basciloscopia da linfa é definida como diagnóstico
complementar. O diagnóstico precoce tem grande importância, pois assim, se
pode reduzir fontes de transmissões e prevenir as formas graves da doença.
Porém apesar da importância do diagnóstico precoce, estudos realizados
recentemente evidenciam que muitas vezes os indivíduos são diagnosticados
tardiamente procurando o serviço de saúde quando já possuem incapacidades
físicas estabelecidas. Pesquisa realizada em um ambulatório de referência de
hanseníase, com portadores de hanseníase, apresentou que 71,20% dos
indivíduos estudados tinham procurado de uma a oito vezes os serviços de
saúde, apresentando lesões de pele e sinais neurais, para que pudessem ser
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diagnosticados corretamente. Diante do exposto, a iniciativa de desenvolver
este trabalho deu-se devido à dificuldade de se diagnosticar indivíduos com
hanseníase entre os profissionais de saúde, tendo como suporte as lacunas
evidenciadas em estudos publicados, como também a minha vivencia
profissional que corrobora com a premissa de diagnósticos tardios para essa
doença. OBJETIVO: O estudo objetivou conhecer as dificuldades enfrentadas
por uma paciente da atenção primária à saúde, para o seu diagnóstico de
hanseníase multibacilar. METODOLOGIA: Esta pesquisa trata-se de um estudo
de caso, abordagem metodológica adequada para quando se deseja
compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos,
nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos fatores. O estudo foi
desenvolvido no mês de junho de 2014, em uma unidade de Estratégia Saúde
da Família (ESF) da zona urbana, no município de Icó, Ceará, com uma
portadora de hanseníase multibacilar, paciente escolhida de forma aleatória, a
qual relatou para a pesquisadora a dificuldade de diagnóstico para sua doença,
a qual vinha sendo tratada a 3 meses para outra doença dermatológica. A
coleta de dados foi realizada através da entrevista com paciente, assim como a
observação dos documentos prontuário e ficha de notificação. Os dados
pesquisados basearam-se nos parâmetros utilizados no processo assistencial
do enfermeiro, profissional de saúde que mais tem contato com está clientela
na atenção básica, levando-se em consideração o processo de sistematização
de enfermagem em suas etapas da anamnese, tais como, história clínica e as
condições de vida do paciente e exame físico, incluindo o exame
dermatológico, com provas de sensibilidade superficial (térmica, tátil e
dolorosa) e pesquisa de nervos periféricos acometidos, como também a
realização da baciloscopia da linfa para classificação do diagnóstico
complementar. É de grande importância ressaltar que para realização deste
trabalho foram respeitados os princípios da Resolução 466/2012, no que se
refere à pesquisa com seres humanos, como também assinado o Termo de
Consentimento livre e Esclarecido. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Paciente
A.G.A., 50 anos, sexo feminino, solteira, dona de casa, raça autoreferida
branca, ensino fundamental incompleto, natural da cidade de Icó, Ceará, onde
reside, mora em casa de alvenaria com cinco cômodos com saneamento
básico presente, acompanhada pela mãe e filho. Tem história familiar de dois
tios e um primo que tiveram hanseníase há aproximadamente 8 anos, refere
que na época morava vizinho a esses familiares, onde mantinha contato
constante com eles, relata também não recordar ter recebido orientações de
profissionais de saúde da ESF de sua área sobre a vacinação de
comunicantes. Compareceu a ESF com queixas de sangramento e
ressecamento nasal, dores e déficit parcial de força motora em membro inferior
esquerdo, portando o exame de baciloscopia da linfa positivo. Referiu que há 3
meses teria percebido a hiperemia em manchas na pele e queimação em
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pavilhão auricular o que fez procurar atendimento médico no hospital geral do
município por três vezes, iniciando o tratamento para dermatite alérgica, onde
obteve agravamento dos sintomas, mediante o acontecido, decidiu procurar um
profissional médico da rede privada que solicitou a baciloscopia da linfa e a
orientou à procurar a ESF mais próxima. Ao exame dermatoneurológico
realizado na ESF evidenciou-se os seguintes pontos: pele e anexos secos,
apergaminhada, descamativa e escurecida. Madarose caudal e ciliar total,
espessamento de pavilhões auditivos e fronte; lesões papulo-nodulares,
delimitadas, simétricas, esparsas e anestésicas em MMSS (mãos, braços e
antebraços direito e esquerdo), MMII (região plantar dos pés, coxa e perna
direita e esquerda), tronco e pescoço, totalizando 24 lesões. Espessamento
bilateral dos nervos ulnar e mediano, tibial posterior e fibular. Cavidade oral
com lesões ulceradas em dorso da língua e palato, dentes sépticos. Gânglios
linfáticos móveis, indolores com cerca de um centímetro em cadeia cervical e
inguinal. Ao se avaliar a força motora, detectou-se movimento parcial na
abdução do 5º pododáctilo direito e esquerdo, polegar direito e esquerdo,
extensão do hálux direito e esquerdo. A dorsoflexão do pé direito e esquerdo
apresentou movimento parcial. Neste contexto, o acometimento neural pode
ocorrer em todas as formas de hanseníase, onde os pacientes com esse tipo
de acometimento devem ser tratados de forma especial, levando em
consideração a prevenção de incapacidades, que provavelmente aparecerão
se não houver tratamento. Segundo estudiosos no assunto, os nervos
periféricos mais frequentemente acometidos no momento do diagnóstico são o
nervo ulnar, o nervo tibial posterior e o nervo fibular. Após diagnostico da
hanseníase mutibacilar, preencheu-se a ficha de notificação compulsória e
iniciou-se a medicação preconizada pelo Ministério da Saúde por 12 meses
seguidos ou até 18 meses, que é a Rifampicina: uma dose mensal de 600 mg
(2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada, em que
recomenda-se ao paciente que evite o consumo de álcool (para prevenir
hepatoxicidade) como também o uso de qualquer outra droga ou medicação,
durante a terapia com Rifampicina deve-se monitorar as funções hepáticas,
hematopoiéticas e ácido úrico, devido ao aumento da atividade das enzimas
hepáticas, orientando também a administração da medicação 1h antes ou 2h
após as refeições para possibilitar boa absorção. Clofazimina: uma dose
mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com administração supervisionada
e uma dose diária de 50mg autoadministrada, com o uso desta medicação
recomenda-se aplicações frequentes de óleos para minimizar episódios de
prurido e ressecamento da pele durante a terapia, concomitantemente
administrar um ou mais agentes leprostáticos para prevenir o desenvolvimento
de resistência a cada droga e avaliar as reações adversas diante do aumento
do desconforto gastrointestinal e/ou outras incomum, além de alterações na
coloração da urina, fezes, saliva, suor e elevação da glicose. Dapsona: uma
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dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada,
durante a terapia deve-se monitorar as funções hematológicas (anemia
aplástica) e diante leucopenia e trombocitopenia significativa suspender a
medicação, orientar que a Dapsona deve ser ingerida durante as refeições. Os
diagnósticos de enfermagem firmados foram: risco de lesão relacionada a
déficits sensoriais, na medida em que há acentuado dano físico causado por
déficit sensorial e motor; percepção sensorial tátil perturbada, na qual se
percebe mudança na quantidade ou no padrão dos estímulos que estão sendo
recebidos, acompanhados por resposta diminuída, exagerada, distorcida ou
prejudicada a tais estímulos; isolamento social, em que a solidão
experimentada pelo indivíduo é percebida como imposta por outros e como um
estado negativo ou ameaçador; distúrbio da imagem corporal, onde há uma
confusão na imagem mental do físico do indivíduo. Diante dos diagnósticos as
prescrições de enfermagem foram: orientar paciente e familiares a identificar e
aplicar as medidas de segurança para evitar lesões; assistir e orientar o
paciente desmistificando o isolamento social, estimulando o paciente a realizar
alterações no estilo de vida ou na rotina diária para aumentar o contato com a
comunidade; estimular uma rotina de cuidados cutâneos para refletir as
alterações relacionadas às manchas hipocrômicas, durante a conversa com o
paciente, focalizou-se seus potenciais e o que ela pode fazer, enfatizando-se
os aspectos positivos do envelhecimento para aumentar a autoestima do
paciente. Após realização das explicações do diagnóstico da doença e dos
diagnósticos de enfermagem sobre a doença e seu tratamento para a paciente,
já que a portadora é peça primordial no seu tratamento, iniciou-se busca ativa
dos comunicantes, realizando imunização e exame físico dos mesmos, os
quais não apresentaram alterações. Essa busca torna-se essencial tendo em
vista a prevenção do surgimento de novos casos principalmente entre
moradores de uma mesma residência, na qual o contato direto torna-se a
principal via de infecção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir do presente
estudo de caso, evidenciou-se que apesar dos avanços obtidos ao decorrer
dos anos para o diagnostico da hanseníase, é imprescindível a presença de um
profissional capacitado para realizá-lo. Uma vez que, o tratamento eficaz, a
recuperação do paciente e a prevenção de incapacidades necessitam de um
diagnóstico precoce. Portanto percebe-se a necessidade de educação
continuada para estes profissionais. Este estudo evidenciou também o habito
cultural por parte da população em procurar atendimento apenas na atenção
secundaria, o que pode acarretar sérios danos no tratamento de algumas
comorbidades, pois o atendimento secundário é de caráter emergencial o que
não garante a continuidade do atendimento e do tratamento. É importante
ressaltar a importância da divulgação junto à população dos sinais e sintomas
da hanseníase para que haja maior chances do diagnóstico precoce e a
existência de tratamento e cura, eliminando o sentimento de estigma,
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preconceito e até mesmo o isolamento do portador da doença dentro da sua
residência ou comunidade, visto que o convívio social e familiar só faz
contribuir para a melhor adesão ao tratamento e consequentemente a cura.
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UTILIZAÇÃO DE
MÚLTIPLAS FORMAS DE ENSINO
Natália Daiana Lopes de Sousa,
Camila Caldas Neves Menezes,
Damiana Maria de Oliveira Alves,
João Paulo de Sousa Gonçalves,
Italo Robson Sobreira Miranda.
PALAVRAS-CHAVE: Escola. Educação em saúde. Formas de ensino.
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INTRODUÇÃO: A Educação em saúde pode ser definida por diferentes maneiras,
tendo um caráter mais amplo, não se restringindo ao conceito de ensinar sobre hábitos
de vida mais saudáveis, mas também sobre ações para a estabilização da saúde e
sua manutenção, formas de prevenção, tratamento e cura de doenças, dentre outras.
Assim, a promoção em saúde torna-se uma excelente estratégia para a solução dos
problemas em saúde que afetam a população (CERVERA; PARREIRA; GOULART,
2011). E para que ocorra o ensino voltado para a saúde é necessária a atuação de
profissionais, principalmente dos atuantes da atenção básica, pois formam a base dos
serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), em escolas, faculdades,
hospitais e em centros educativos, mas em sua maioria, muitos ainda utilizam
metodologias pouco produtivas e antiquadas, não conseguindo alcançar efetivamente
a população. E por essas práticas educativas apresentarem um caráter autoritário,
com intuito de construir um perfil comportamental mais adequado para que a
população a siga a fim de terem saúde, dificulta a criação de um vínculo com a
comunidade (ALVES; AERTS, 2011). Então os acadêmicos em enfermagem podem
contribuir para a disseminação desses conteúdos, adaptando metodologias antigas e
complementando com novas formas de ensino, uma vez que durante a graduação
acabam exercendo a prática da docência de formas indiretas, através de palestras em
Unidades Básicas de Saúde, rodas de conversas, em monitorias, programas de
extensão e programas de iniciação à docência, demonstrando a importância dessas
experiências para esses alunos que ao se formarem poderão continuar a realizar
essas práticas de ensino, além de contribuírem positivamente para a ampliação de
ações voltadas ao bem estar da comunidade. Assim a atuação voluntária de
graduandos em enfermagem na educação em saúde em escolas tem o seu respaldo,
pois estes locais são promissores ao aprendizado em saúde, onde os indivíduos
podem aprender sobre higiene pessoal, bucal, sobre os principais agravos de seu país
e de sua região, formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, bons
hábitos alimentares, prática de exercício físico, enfim de como ter uma vida mais
saudável, cuidando também coletivamente do meio ambiente a sua volta. Diante do
exposto fica clara a importância da promoção em saúde através da educação em
escolas sobre temas diversos voltados a saúde, cuja utilização de diferentes formas de
ensino auxiliam na melhor compreensão da população, tendo os graduandos em
enfermagem o papel fundamental de disseminação desses assuntos. OBJETIVO: O
presente estudo tem o objetivo de relatar as experiências vividas pelos autores sobre a
promoção da saúde através da educação utilizando múltiplas formas de ensino em
escolas. METODOLOGIA: Esse relato de experiência refere-se á realização de
atividades educativas em escolas públicas de um município do estado da Paraíba,
desenvolvidas por um grupo, composto por 6 acadêmicos do curso de Bacharelado
em Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), como
atividade extracurricular do Estágio Supervisionado I, referente a atenção básica de
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saúde, tendo como proposta metodológica a implementação da promoção da saúde
no âmbito educacional, abrangendo o público infantil, juvenil e jovens adultos. Essas
atividades foram tutoreadas e coordenadas por 2 docentes da UFCG e por um
preceptor, representado por um enfermeiro, funcionário municipal atuante do SUS.
Para Leite et al. (2013) a escola é um ambiente estratégico para a realização da
educação em saúde, tendo em vista que esta deve atuar na formação do cidadão e na
aprendizagem em saúde, e tem como agente principal desse processo didáticopedagógico o enfermeiro atuante na Estratégia de Saúde da Familia (ESF). Diante
disso foram idealizadas e realizadas atividades dinâmicas em 4 escolas públicas,
abordando as seguintes temáticas: infecções sexualmente transmissíveis (IST‟s) e
doenças sexualmente transmissíveis (DST‟s), com os tópicos: transmissão, sinais,
sintomas e prevenção da sífilis, tricomoníase, vírus da imunodeficiência humana
(HIV)/síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), hepatites, candidíase, gonorréia
e vírus do papiloma humano (HPV); vacinação para adolescentes, jovens e adultos, a
saber, dT (contra difteria e tétano), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola),
hepatite B e HPV (contra vírus do papiloma humano); e alimentação saudável, higiene
e exercícios físicos. Os métodos utilizados foram: apresentação teatral de um jornal
televisivo, com apresentação em power point, roda de conversa, e jogo educativo, com
tabuleiro em tamanho real, após exposição de vídeos, placas explicativas, arcada
dentária gigante, creme dental e escova dentária, respectivamente. Os métodos
utilizados foram escolhidos de acordo com o público, levando em consideração pontos
importantes, como faixa etária e nível de escolaridade. E assim permitiram uma
participação significativa dos ouvintes, tornando-os componentes ativos do processo
ensino-aprendizagem, ao invés de meros coadjuvantes. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O objetivo primordial das atividades educativas realizadas com uma
determinada população é utilizar o saber anterior dos indivíduos participantes,
buscando um enriquecimento dos seus conhecimentos, de forma que haja um
aprimoramento do senso crítico (Cruz et al., 2012). Então com esse intuito pode-se
observar reações favoráveis a utilização de múltiplas formas de ensino, adequando o
assunto abordado a faixa etária correspondente. Assim na atividade educativa sobre
alimentação saudável, higiene e exercícios físicos, realizada para o público infantil,
através da utilização de vídeos, placas explicativas, arcada dentária em tamanho
grande, creme dental e um jogo de tabuleiro em tamanho real, houve uma maior
interação entre os alunos e os condutores do ensino, possibilitando as crianças
aprender de uma maneira divertida, e aos educadores, restaram uma melhor
transmissão dos assuntos abordados, assim as ações educativas em promoção da
saúde aconteceram com maior facilidade, cuja transmissão nessa faixa etária auxilia
na construção de hábitos individuais e coletivos adequados a melhoria e manutenção
da saúde. Tal resultado positivo foi constatado por Guedes e Silva (2012), cuja
pesquisa teve como resultado o uso benéfico de jogos e brincadeiras como formas de
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ensino na escola, atuando no desenvolvimento e aprendizagem dessas crianças.
Assim a escola se apresenta como local propício ao ensino em saúde. E de acordo
com o Programa Saúde na Escola (PSE) a escola é um espaço que contribui
significativamente na construção de vida dos educandos, tendo em vista que é o lugar
designado para o desenvolvimento e aprimoramento do pensamento crítico e político
dos seus indivíduos. E de acordo com o componente II do PSE, intitulado como
promoção e prevenção a saúde, as estratégias de promoção da saúde devem ser
elaboradas de acordo com as necessidades prioritárias do território em questão
(BRASIL, 2011). Diante disso, foram escolhidos dois temas de acordo com as
vulnerabilidades presentes na adolescência, através de novos arranjos
organizacionais e metodológicos, a saber, roda de conversa e encenação teatral. Um
dos escolhidos foi vacinação na adolescência, sendo este realizado através de uma
roda de conversa com alunos do ensino fundamental II, na qual eles se mostraram
bastante interessados, expressando seus conhecimentos prévios sobre o assunto e os
questionamentos acerca das doenças abordadas, bem como possíveis contraindicações e efeitos colaterais dos imunobiológicos em questão, principalmente da
vacina contra o HPV, tendo em vista que esta foi fornecida recentemente pelo
Ministério da Saúde. Logo, esta interação permitiu tanto a propagação dos benefícios
desta vacina, bem como reforçou a importância dos imunobiológicos fornecidos há
alguns anos, sendo estes, contra hepatite b, difteria e tétano, sarampo, caxumba e
rubéola. Além do interesse demonstrado por esses alunos e do conhecimento
adquirido, os graduandos de enfermagem que conduziram as conversas, também
foram beneficiados, adquirindo experiências sobre como articular conteúdos de maior
complexidade com esse público alvo, além de absorver outros saberes discutidos
durante esse diálogo, ficando notória a importância do ouvir, não partindo do
pressuposto que os alunos não têm conhecimento sobre o assunto ao qual se aborda,
mas sim, que podem ter informações prévias, vistas durante suas vidas pessoais e até
mesmo na própria escola. Assim, como o afirmado por Machado et al. (2015) onde a
roda de conversa atua como auxílio para a autonomia dos indivíduos envolvidos,
através da discussão do problema em questão, partindo das informações existentes e
com a reflexão das soluções do mesmo. O outro tema abordado foi IST‟s e DST‟s,
cujas explanações foram realizadas por meio de power point, com uma encenação
teatral de um jornal televiso, com alunos do ensino médio, as quais se mostraram
bastante proveitosas, tendo em vista que o público interagiu de forma significativa,
expondo seus conhecimentos e dúvidas sobre o tema proposto. As principais
indagações foram voltadas para entregas de camisinhas na ESF para adolescentes,
métodos contraceptivos, realização dos testes laboratoriais, principalmente sobre a
confidencialidade, principais sinais e sintomas e uso adequado da camisinha. Logo,
torna-se notório a contribuição dessas apresentações para a prevenção e tratamento
das doenças sexualmente transmissíveis da população em questão. Essas interações
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contribuíram de forma significativa para a ascensão da saúde dos indivíduos
participantes, e possivelmente dos seus familiares e conhecidos, pois Segundo Araújo
et al. (2010) a faixa etária denominada adolescentes possui uma nível elevado de
susceptibilidade a algumas doenças, como rubéola, sarampo, tétano, AIDS e hepatite
B, tendo em vista que nessa fase da vida há uma tendência a prática de relações
sexuais sem proteção e com múltiplos parceiros, além experiências com drogas lícitas
e ilícitas. Por isso a promoção da saúde através da educação é a base para a
prevenção e tratamento de doenças, bem como da reabilitação da saúde, pois não é
possível mudar hábitos e atitudes sem antes conhecer ou aprimorar seus
conhecimentos sobre os benefícios e consequências de cada um. Sendo necessário
considerar a importância dos saberes dos adolescentes, valorizando-os nas ações de
promoção da saúde (GURGEL et al., 2010). Ainda é importante ressaltar que os
assuntos abordados são bastante polêmicos e alguns bem divulgados, apesar disso,
através das indagações feitas pelos participantes, foi possível notar, que os indivíduos
da faixa etária envolvida, ainda não possuíam conhecimentos suficientes para prevenir
ou combater as doenças e complicações abordadas. Em todas as formas de ensino
utilizadas o resultado foi bastante satisfatório, resultando em uma participação ativa do
público-alvo, mostrando-se, que são métodos eficazes, não havendo apenas uma
transferência de saber, mas sim uma troca de conhecimentos e experiências,
contribuindo assim, para o crescimento dos saberes tanto da população-alvo quanto
dos acadêmicos. Logo, a escola torna-se um ambiente bastante propício para a
implementação da promoção da saúde com o intuito de obter-se uma população mais
propensa ao modelo preventivo idealizado pelo SUS. Sendo notório que a união entre
escola e equipe de saúde têm o poder de trazer novas perspectivas na produção da
saúde da comunidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A promoção da educação em
saúde em escolas utilizando diversas metodologias de ensino tem sua importância por
alcançar um público muitas vezes pouco assistido, apesar de programas realizados
com esse intuito, sendo necessária a sua complementação com a atuação conjunta de
profissionais da atenção primária e de acadêmicos de enfermagem, bem como de
outras áreas da saúde por terem um maior contato com a comunidade,
desempenhando formas de ensino adequado a faixa etária do público alvo e ao
assunto abordado, selecionando conteúdos que atendem as necessidades desses
indivíduos, envolvendo metodologias antigas e novas, através de palestras, rodas de
conversas, brincadeiras e jogos interativos, teatro e outras formas de transmissão de
conteúdos, criando um vínculo maior com a população, conseguindo atingi-la
efetivamente, ensinando como eles podem atuar individual e coletivamente para a
melhoria e manutenção da saúde na comunidade. E para os graduandos em
enfermagem a promoção da educação em saúde em escolas lhes proporciona
importantes conhecimentos e experiências inigualáveis, contribuindo positivamente
para sua formação acadêmica e pessoal, assim terão uma visão mais clara de como
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devem atuar ao se formarem, e através de projetos de extensão, monitorias e outras
formas iniciais de docência, desenvolvem novas habilidades, escolhendo ações
criativas, renovadores, utilizando múltiplas formas de ensino que façam com que haja
essa interação com os indivíduos aos quais querem alcançar, partindo do pressuposto
que saúde se aprende inicialmente na escola, junto com a construção de outros
saberes que os alunos devem aprender ao longo da vida. Assim a educação em saúde
é primordial para a melhoria e manutenção da saúde da população.
PERFIL DE PACIENTES COM TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR NO
MUNICIPIO DE BARBALHA-CE
Alisson de Meneses Sampaio,Faculdade Leão Sampaio(FLS)
Antonio Gonçalves, Faculdade Leão Sampaio(FLS)
Severino Samuel figueredo Rodrigues , Faculdade Leão Sampaio(FLS)
Salatieol Oliveira Silva, Faculdade Leão Sampaio(FLS)
Alessandra Bezerra de Brito, Faculdade Leão Sampaio(FLS)
Andréa Couto Feitosa, Faculdade Leão Sampaio(FLS)
PALAVRAS-CHAVE: Paciente; tuberculose; atenção básica; diagnóstico.
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Introdução: Existem registros da tuberculose desde a antiguidade, sendo
conhecida por grande parte, por peste branca Européia. Essa doença tem
acometido milhões de pessoas em todo o universo nacional causando grande
sofrimento e morte, sendo observado a sua magnitude no cotidiano dos
pacientes que são acometidos por esta patologia.Antigamente, as pessoas
infectadas eram levadas para dispensários, onde eram isoladas para a busca
do tratamento e cura. Atualmente, quando diagnosticada a tuberculose, é
iniciado o tratamento, e nas duas primeiras semanas deixa de ser
transmissível. Além de ser uma doença infectocontagiosa, a tuberculose é uma
doença crônica que acomete o homem desde o princípio da história (BRASIL,
2002). Em 2007, foram detectados 9,27 milhões de novos casos da doença no
mundo, sendo, destes, 92 mil casos no Brasil. Estes indicadores são resultados
de estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem como fonte o
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) ou Sistema de Informações
de Agravos e Notificação (SINAN). De acordo com o SINAN (2010), no Ceará,
foram notificados 3.430 casos novos de tuberculose, segundo dados da
Coordenadoria Regional de Saúde 21ª (CRES), a qual reúne os municípios da
região do Cariri (BRASIL, 2009). De acordo com a estimativa da OMS (2009),
um terço da população mundial esta infectada pelo Mycobacterium
tuberculosis, e a cada ano 8milhões de pessoas adoecem de tuberculose,
matando 2,9 milhões dos 8 milhões de casos anuais, sendo que 95% ocorrem
em países em desenvolvimento.Para Santos (2010), 5 mil brasileiros morrem
todos os anos por causa da doença, o que é lamentável, já que a tuberculose é
100% curável, se tratada corretamente. Para Brasil (2010), as ações para o
controle da tuberculose no Brasil têm como meta diagnosticar pelo menos 90%
dos casos esperados e curar pelo menos 85% dos casos diagnosticados. A
expansão das ações do controle para 100% dos municípios complementa a
metas a serem alcançadas. Essa estratégica ocorre no âmbito da atenção
básica, agindo de forma planejada, garantindo, desta forma, o controle da
tuberculose. Levando-se em consideração o caráter endêmico da tuberculose
no Brasil, a doença ainda apresenta persistência, constituindo, assim, um
importante problema de saúde pública e social muito discutido em nosso país,
estando intimamente ligadas as condições de pobreza, desnutrição, ao
aumento da população e moradia insalubre. A pesquisa foi realizada no
município de Barbalha, Ceará, com o intuito de evidenciar fatores
epidemiológicos dos casos notificados pela Secretaria Municipal de Saúde
(SMS), por meio das fichas de notificação da tuberculose. A partir deste
momento, surgiu as seguintes indagações: Qual o perfil sociodemográficodos
participantes do estudo? Qual a importância de identificar a existência de
outras formas de tuberculose na população estudada? É importante a
identificação da evolução e dos critérios utilizados para o encerramento do
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tratamento da tuberculose extrapulmonar?O interesse pelo estudo fez-se em
razão de, atualmente, haver aumento considerável de agravos associados á
Tuberculose Extra (TBEP), e na oportunidade, o pesquisador trabalhar na
vigilância epidemiológica deste município. A TBEP é uma doença de difícil
diagnóstico, sendofundamental despertar na equipe médica um estudo mais
profundo para detectar, de forma mais precocemente possível a doença,
evitando complicações posteriores, promovendo a cura e observando se o
paciente está apto a exercer suas funções de vida diária. A contribuição da
pesquisa visa identificar o perfil de pacientes diagnosticados com tuberculose
extrapulmonarno município de Barbalha-Ceará, a fim de mostrar as ações para
as equipes de saúde na perspectiva de encontrar, o mais rápido possível, cura
para a doença.É relevante a discussão da patologia no município em estudo,
devido à cidade estar inclusa nos municípios prioritários para o controle da
TBEP, segundo o relatório de situação do Sistema Nacional de Vigilância em
Saúde (SNVS) (2006), visando melhorar as ações de busca e controle da
patologia estudada. Objetivos: Tem-se como objetivo geral o de conhecer o
perfil de pacientes diagnosticados com tuberculose extrapulmonar no município
de Barbalha-Ceará, e como específicos: traçar o perfil sociodemográfico dos
participantes em estudo, verificar as formas de tuberculose extrapulmonar e
identificar a evolução e os critérios utilizados para o encerramento do
tratamento da tuberculose extrapulmonar.Materiais e Métodos:Teve como
proposta metodológica a pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. A
coleta dos dados foi realizada no setor de vigilância epidemiológica, na
Secretaria de Saúde do município de Barbalha - Ceará, após uma
comunicação prévia à Secretaria mediante ofício de solicitação para
autorização da realização da pesquisa, nos meses de setembro e outubro de
2012. Os dados foram extraídos das fichas de notificação compulsória dos
casos confirmados de tuberculose existente no Sistema de Informação
Nacional de Agravo de Notificação (SINAN), A população foi constituída de 92
fichas de pacientes com tuberculose pulmonar e extrapulmonarnos ano de
2007 a 2011, sendo a amostra composta de 12 pacientes com diagnóstico de
tuberculose extrapulmonar. Quanto aos critérios de inclusão foram todas as
fichas do SINAN que tenham notificação de tuberculose extrapulmonar,
enquanto que os critérios de exclusão foram todas as fichas do SINAN que
tenham notificação de pacientes com diagnóstico de tuberculose pulmonar e
TBEP. O instrumento utilizado foi o formulário, visando obter conhecimentos
necessários para atingir os objetivos propostos.Para elucidar a análise dos
resultados foram construídos gráficos e tabelas no programa microsoftexcel
2010. Através deste programa, serão analisados os testes estatísticos
necessários para a análise dos dados. O estudo obedeceu aos preceitos sobre
pesquisas envolvendo seres humanos, segundo a Resolução Nº 196/96
(BRASIL, 1996) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), obedecendo às
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determinações que atendeu as exigências éticas e científicas fundamentais.Por
se tratar de uma pesquisa onde ocorreu a manipulação dos dados das fichas
de cadastro dos pacientes, foi obedecida ainda a Resolução Normativa 01/97,
que discorre sobre a utilização de dados de prontuários de pacientes e de
dados
em
pesquisa,
utilizando
o
termo
de
fiel
depositário.
Resultados/Discussão:Durante o período de 5 anos foi diagnosticado 12
casos de tuberculose extrapulmonar, sendo 42% (7) do sexo
feminino.Observou-se que a prevalência foi maior no sexo masculino com 58 %
dos casos de TBEP, sendo semelhante ao estudo de Ferreira et al., (2005). Em
relação à raça /cor, a parda foi a mais referida com 50% (6). Há sempre um
questionamento voltado à cor ou raça. Em muitos casos, notou-se que o
entrevistado é negro, mas ele se define como pardo, uma vez que esta cor é
medianeira entre o branco e o negro, segundo resultado preliminar (IBGE,
2010).Segundo o boletim da CEInfo (2011), sobre análise do quesito raça/cor,
a partir de sistemas de informações da saúde do Sistema Único411de Saúde
(SUS), no município de São Paulo, do ponto de vista epidemiológico, observouse que em 2010, o número de casos atendidos de pretos e pardos (negros)
chegou ao patamar de 39,6, próximo dos 45% contrariando o presente
estudo.No que diz respeito ao grau de escolaridade, o ignorado e branco foi o
mais acometido com 25% (3) e 2 (17%) analfabetos. Através da análise de
escolaridade é importante salientar que quanto mais esclarecido for o paciente,
maiores informações buscarão a respeito da patologia, do tratamento, das
conseqüências e de outros fatores. Entendeu-se que a baixa escolaridade atua
como um fator de risco para a tuberculose, colaborando inclusive para o
aumento na taxa de abandono e não adesão ao tratamento.Na pesquisa
realizada por Mascarenhas; Araújo e Gomes (2005) mostrou que a população
mais atingida foi os analfabetos com 68,4%, contestando o atual estudo.A faixa
etária com maior número de portadores foi entre 20-29 anos. Foi possível
perceber através do estudo, queos pacientes notificados variaram de 5 a 79
anos de idade, concordando com o estudo realizado por Cruz (2003), onde
houve uma predominância de idade variando entre 20 a 79 anos. A zona
urbana foi a mais atingida sendo com 67% (8). Achados semelhantes foram
encontrados no estudo de Coelho et al. (2008), onde a população rural do
município apresenta incidência superior em 48% àquela encontrada na
população urbana. Em relação ao tipo de ocupação, de todos os casos
notificados,41,7% são do lar.No que se refere ao critério para encerramento do
tratamento do caso, o número de alta por cura foi de 83% (10), como mostra
bem próximo da meta proposta por Brasil (2010), que é curar mais ou menos
85% dos casos novos de tuberculose extrapulmonar.De acordo com Brasil
(2010), é de grande importância que o tratamento de curta duração contra a
tuberculose seja supervisionado até o final, visando desta forma a cura da
doença.No tocante ao total geral de todos os casos de tuberculose, observouISBN 978 – 85 – 65221 – 12 – 2
se 87% (80) de tuberculose pulmonar, 12% (11) de tuberculose extrapulmonar,
12% (11) de tuberculosepulmonar + extrapulmonar e1(1% ) de tuberculose
pulmonar + extra pulmonar, no qual foi encontrado 1 (um) caso de tuberculose
miliar. Dados da ficha de notificação do SINAN da tuberculose (2007), diz que a
forma de tuberculose miliar esta enquadrada entre a TBEP, enquanto que o
Manual de Recomendações para o controle da tuberculose(2011), diz que a
tuberculose miliar não é uma TBEP.Conclusão: Analisando os dados obtidos
na pesquisa, revelou-se que o município de Barbalha-Ceará, no período de
2007 a 2011, após confirmação do diagnóstico, revelou 80 casos de
tuberculose pulmonar, dos quais 12 foram TBEP, totalizando 100% dos casos
de portadores de TBEP.Através dos resultados obtidos, foi possível identificar
vários fatores que contribuíram para que o paciente tenha alta por cura da
doença, tendo predominância os indivíduos do sexo masculino, na faixa etária
de 35 a 49 anos, com baixo grau de escolaridade, de cor parda e que residem
na zona urbana. Concluiu-se que a falta de informações pelos pacientes e a
abordagem inadequada dos profissionais de saúde frente à população
abordada,ambos contribuíram, de forma significativa, para que o paciente
receba alta por curada TBEP. Em relação à caracterização da pesquisa,
observou-se que o serviço de saúde destinado aos portadores de TBEP, no
município de Barbalha-Ceará,precisa melhorar com uma intensiva e contínua
busca ativa, disponibilizar um maior número de baciloscopias de escarro e
aumentar os índices de cura. O trabalho deve ser consolidado, visando diminuir
o impacto que a tuberculose causa nas pessoas, como a exclusão social,
rejeição, injúria e desprezo, que são agravados pelas variáveis da natureza,
como a econômica, sociocultural, condições precárias de habitação, falta de
saneamento básico, carência de escolaridade, ausência de lazer e
desemprego.Portanto, espera-se que esta pesquisa venha contribuir e
impulsionar gestores e profissionais de saúde a oferecer um atendimento
humanizado e de qualidade aos indivíduos, mostrando uma forma de despertar
e de construir as competências relacionadas ao emocional e ligadas às
técnicas, nos tornando melhores cuidadores.
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PREVALÊNCIA DE TRICOMONÍASE EM MULHERES SEXUALMENTE
ATIVAS E OS FATORES CONDICIONANTES A INFECÇÃO, MUNICÍPIO DE
JUAZEIRO DO NORTE – CE.
Alessandra Morais Menezes Silva, Faculdade Leão Sampaio
José Valentim Belém, Faculdade Leão Sampaio
Priscila da Silva Ferreira, Faculdade Leão Sampaio
Patricia da Silva Almeida, Faculdade Leão Sampaio
Kátia Monaisa de Sousa Figueiredo, Faculdade Leão Sampaio
Magaly Lima Mota. Faculdade Leão Sampaio
PALAVRAS-CHAVE: Tricomoníase; fatores de risco; profilaxia.
INTRODUÇÃO: Conforme Neves 413L 413L. (2014) Trichomonas vaginalis é o
agente etiológico da Tricomoníase, a única DST de infecção por protozoário.
Apresenta como aspectos biológicos, como um organismo anaeróbio
facultativo, cresce na ausência de oxigênio, em meios de cultura com Ph ácido
e em temperaturas altas. É transmitido através de relação sexual, o parasito
pode sobreviver por uma semana no prepúcio do homem sadio, após o coito
com a mulher infectada. O homem é o vetor da doença, pois com a ejaculação,
os Trichomonas presentes na uretra são levados à vagina pelo esperma.
Trichomonas vaginalis tem se destacado como um dos principais patógenos do
trato urogenital humano, e, está associado a sérias complicações de saúde. No
homem, o parasitismo ocorre de forma assintomática e transitória, melhorando
espontaneamente em muitos casos. Ele costuma ser um carreador
assintomático do parasito. Quando há sintomas, o quadro mais comum é a
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uretrite (inflamação na uretra) levando a dor para urinar e corrimento uretral
purulento. Uma complicação pouco comum, mas possível é a infecção da
próstata, levando a prostatite. No sexo feminino a infecção pelo trichomonas
também pode ser assintomática, mais pelo menos 2/3 das mulheres infectadas
apresentam sintomas. O quadro mais comum é a vaginite, inflamação da
vagina que cursa com corrimento amarelo-esverdeado bolhoso de odor
desagradável, que aumenta a susceptibilidade a infecção pelo vírus da
Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV),
associado a disúria ( dor ao
urinar), dispareunia (dor durante o ato sexual), prurido, causa também baixo
peso, bem como de nascimento prematuro; predispõe mulheres as doenças
inflamatórias pélvica atípica, câncer cervical e infertilidade (REY, 2010). A
Tricomoníase, além das complicações patológicas à mulher, apresenta outra
problemática, a mesma é negligenciada pelo sistema público de saúde, as
mulheres não tem conhecimento sobre a mesma, não existem campanhas de
prevenção, o que leva a mantê-la no meio. No âmbito de ação da enfermagem
na prevenção da Tricomoníase, constata-se que, segundo Servo (2006), a
atuação da assistência de enfermagem no tratamento e prevenção da
Tricomoníase, é orientar os clientes na higiene pessoal e na não ingestão de
bebidas alcoólicas durante o tratamento. A enfermagem possui várias
oportunidades para orientar os pacientes quanto à medida de higiene pessoal.
Os odores genitais raramente provêm da vagina, e sim, da interação de
bactérias com óleos secretados pela pele da vulva. Sangue menstrual velho e
fluido seminal que permanecem após o coito. Por vezes produzem mau cheiro,
odor ou drenagem abundante que podem indicar um tampão retido ou outro
corpo estranho, ou determinada condição patogênica, devendo ser mais bem
avaliado. A limpeza da área perianal com água e sabão é normalmente
suficiente para higiene da mulher. No caso das mulheres, o diagnóstico
geralmente estabelece-se em poucos minutos, examinando uma amostra da
secreção vaginal ao microscópio. No caso dos homens, é necessária a coleta
de secreção uretral por meio de Zaragatoa ou alça de platina,
preferencialmente pela manhã, quando a secreção é mais abundante. A
massagem prostática pode auxiliar na sua detecção. A doença pode ser difícil
de diagnosticar nos homens. Homens são tratados se a infecção é
diagnosticada em qualquer um de seus parceiros ou parceiras sexuais. Os
homens também podem ser tratados se eles têm sintomas contínuos de
queimação uretral ou comichão. Tanto o paciente quanto os parceiros e
parceiras sexuais precisam de tratamento e evitar ter relações sexuais
desprotegidas até que a infecção seja curada, o que leva cerca de uma
semana. E para que o tratamento seja eficaz, tanto a mulher quanto o homem
precisa ser diagnosticado e tratado, para que não haja reinfecção (NEVES et
al., 2014). A terapia da tricomoníase torna-se eficaz somente quando os
parceiros são simultaneamente tratados, por isso a importância do parceiro
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acompanhar a paciente tanto nas consultas, como no tratamento. E as
pacientes também tem um importante papel em incentivar seus parceiros a
acompanha-las para entender melhor a forma de tratamento, transmissão e
cura. A Tricomoníase requer tratamento sistêmico já que o protozoário pode
ser encontrado no meio não vaginal, como uretra e glândulas perivaginal,
causando inflamação destes tecidos. O metronidazol em dose única é a melhor
opção terapêutica. As resistências ao imidazólicos é relativa e dosedependente; portanto, se ocorrer falha do tratamento basta repeti-lo, usando
doses ou tempo de duração maiores. Os parceiros devem ser avaliados e
também tratados. Não é recomendado o uso dos nitroimidazólicos devido a seu
potencial mutagênico e carcinogênicos observados em animais não
comprovados em humanos. Em grávidas, a Tricomoníase está associada com
a ruptura da membrana, partos prematuros e retardo no crescimento intrauterino. O tratamento farmacológico adequado é metronidazol em dose única,
evitar o uso tópico do medicamento para não atingir diretamente o feto. Para se
reduzir o risco de contaminação pela Tricomoníase: deve-se seguir algumas
recomendações: Prática do sexo seguro, a adequada higienização genital,
diminuindo o número de parceiros sexuais e fazendo o uso preservativo tanto o
masculino como o feminino que além de prevenir contra todas as Doenças
Sexualmente Transmissíveis, ainda evita filhos indesejáveis. OBJETIVOS:
Assim, esse estudo objetiva verificar a incidência de Tricomoníase em
mulheres sexualmente ativas no PSF 27, no município de Juazeiro do NorteCe, no ano de 2013, e, determinar os fatores que contribuem para o surgimento
das mesmas nestas pacientes. METODOLOGIA: Tipo de estudo: Trata-se de
uma pesquisa quantitativa, com abordagem documental, pois o relato foi feito
através de verificações documental. Para Cervo (2010), pesquisa quantitativa é
uma pesquisa feita com quantidade de pessoas, opiniões entre outros, utilizase formas estatísticas como: moda, média, mediana. É uma pesquisa que
envolve números, matemático e estatística. Pesquisa documental é elaborada
a partir de material que não recebe tratamento analítico. A pesquisa foi
realizada no PSF 27, no bairro Santa Tereza, em Juazeiro do Norte-Ce, no
período de fevereiro a abril de 2014, local onde se encontra arquivado o livro
de registros, que relata a patologia apresentada pelas pacientes no exame de
prevenção, no período de 2013. A população constituiu em todas as fichas
registradas no livro do PSF 27
do ano de 2013. A amostra foi composta
pelas fichas registradas no livro dos pacientes com diagnóstico de
Tricomoníase no ano de 2013 e que fazem parte da área do PSF 27 no
município de Juazeiro do Norte-Ce. O instrumento utilizado para a coleta de
dados foi o formulário de descrição do paciente. Aspectos éticos e legais da
pesquisa: Para o Conselho Nacional de Saúde (2012), a pesquisa envolvendo
seres humanos deve atender aos fundamentos éticos e científicos pertinentes.
Respeito ao participante da pesquisa é um dos mais importantes aspectos
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éticos e além desses aspectos éticos terá que ser feito o uso do termo de fiel
depositário, que se trata de um termo jurídico usado para designar um individuo
a quem a justiça confia um bem durante um processo. Sendo responsabilidade
de o fiel depositário zelar pela conservação do bem, sob pena de prisão caso
não cumpra. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após análises dos formulários
das pacientes atendidas no PSF 27, constatou-se que para cada quinze
mulheres que foi realizado prevenção no período de 2013, apenas cinco
pacientes (33%) apresentaram Tricomoniase. Este dado é considerado
relevante e de risco, pois, qualquer portador de Tricomoníase constitui
potencial vetor para propagação do parasito a outras pessoas. Existem vários
fatores associados à manutenção da Tricomoníase, inclusive nestas pacientes,
podendo destacar principalmente a ausência de vigilância de doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs) na população, bem como a determinação
de fatores de risco da doença. (SIMÕES-BARBOSA, 2002). Dentre essas
DSTs, a Tricomoníase é a doença sexualmente transmissível não viral no
mundo com maior estimativa de prevalência , porém é negligenciada (WHO,
2005). De acordo com Pinotti; Fonseca e Bagnoli (2005), um dos fatores que
contribuem a infecção por T. vaginalis está associado às altas taxas de
divórcio, que contribuem para que o maior número de mulheres se depare com
a falta de parceiro sexual, numa fase mais avançada da vida. Por serem
monogâmicas por longos períodos de suas vidas e não se preocuparem com
os riscos de DST‟s, o uso do preservativo não é uma prática comum da vida
destas mulheres, ficando mais suscetíveis a essas doenças. Seguindo as
análises dos dados, observou-se que 100% da amostra retornaram ao PSF 27
para receber o resultado e iniciar o tratamento. Destas, 27% das portadoras
obtiveram a efetiva cura, e, 6% após o tratamento, desenvolveu reinfecção,
com retorno ao referido PSF. Os prováveis fatores que condicionaram a
paciente a se reinfectar podem estar associados à falta de conhecimento
profilático pela portadora; o não tratamento do parceiro concomitante com a
mesma, levando-a a recontaminação por ele ou o não uso de preservativo
durante o ato sexual. Conforme Fonseca e Passos (1990), na Tricomoniase
recidiva, deve-se observar a falha dos tratamentos que ocorre por uso incorreto
da medicação ou por ausência de tratamento por um dos parceiros sexuais,
bem como, o contato com outras pessoas infectadas não deve ser
descartados. Tem-se observado que os esquemas terapêuticos de tempo
prolongado, levam ao abandono, por parte da cliente, antes do intervalo
prescrito. CONCLUSÃO: A Tricomoníase é uma patologia muito frequente
entre as mulheres. Seu diagnóstico não deve ser somente pelas manifestações
clínicas, mas também pelas decorrentes complicações desta, como a
possibilidade de ascensão de outras DSTs e inflamações pélvicas. Nos postos
de saúde, percebe-se uma busca ativa, por parte das mulheres, pelo exame
preventivo, mesmo com a dificuldade e demora na realização dos exames. De
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acordo com os dados obtidos, conclui-se que as mulheres que retornam para a
unidade de saúde em busca dos resultados de seus exames e conclui seu
tratamento adequado, a grande maioria consegue obter o resultado esperado
que é a cura da patologia. Desta forma, é extremamente importante determinar
a incidência e as faixas etárias mais atingidas, visando à realização de
programas de saúde para controle desta parasitose, como de outras DST‟s,
tendo este trabalho a pretensão de contribuir para orientação e prevenção.
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RESUMO
EXPANDIDO
Modalidade Pôster
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A PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO DE MULHERES
EM UMA MATERNIDADE ESCOLA DE UMA CAPITAL BRASILEIRA
Rafaely Maria Pereira de Carvalho Queiroz, Faculdade Leão Sampaio
Magnollya Moreno de Araújo Lelis, Universidade Federal do Cariri
Isabelita de Luna Batista, Universidade Regional do Cariri
Renata Peixoto de Oliveira, Universidade Regional do Cariri
Leiliane de Queiroz Oliveira, Escola de Saúde Pública
Daniela Cavalcanti e Silva Novais Carvalho, Faculdade de Medicina do ABC
Paulista
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Vínculo. Mulheres. Prática.
INTRODUÇÃO: A amamentação compreende uma prática essencial para o
crescimento e desenvolvimento da vida da criança. Trata-se de um complexo
relacionamento que traz o fortalecimento do vínculo entre o binômio mãe-filho,
proporcionando ao bebê, uma alimentação completa, sensação de segurança e
proteção, além de beneficiar a saúde da nutriz e oferecer intimidade entre
ambas às partes através da troca de carinho. Dentre as classificações para o
aleitamento materno, destacamos o Aleitamento Materno Exclusivo (AME),
sendo este, quando bebê recebe apenas o leite materno. Dessa forma,
segundo a OMS (2007), a prática, é realizada diretamente da mama,
ordenhado ou de outra fonte humana, sem que haja suplementação de líquidos
ou sólidos, exceto em casos de uso de medicações, sais de reidratação oral,
xaropes ou suplementos minerais, recomendado de forma exclusiva até os seis
meses, e complementado até dois anos ou mais. Sabe-se, que o aleitamento
materno exclusivo traz inúmeros benefícios para a saúde da criança, já que é o
alimento mais completo, e da mãe, por auxiliar em sua recuperação no pósparto. Além disso, contribui no planejamento familiar e na redução de custos,
por ser totalmente gratuito. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação
exclusiva até os seis primeiros meses de vida, por ser o melhor para o
crescimento forte e saudável do bebê, fornecendo-lhe proteção contra
doenças, evitando mortes infantis, diarreias, infecções respiratórias, alergias,
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desenvolvimento de obesidade, auxiliando no desenvolvimento da cavidade
bucal, garantindo uma boa digestão, além de outras vantagens (BRASIL,
2009). Neste evento da vida, as mulheres, tornam-se protagonistas no
processo de amamentação, podendo assim, participar de forma ativa da
indescritível sensação de satisfação, por poder fornecer ao seu filho alimento e
carinho. O aleitamento materno exclusivo é um ato de pura doação, e ao
observarmos a sociedade em geral, nos deparamos com uma amplitude de
pensamentos, crenças, limitações e imposições direcionadas a mulher durante
essa prática. Sabemos que os benefícios são muitos, a ambas as partes, mas
que também podem existir dificuldades maternas no processo de
amamentação. Percebe-se que nem todas as mulheres exercem o aleitamento
materno da mesma maneira, por existirem fatores capazes de desencorajá-las,
como nos casos de despreparo sobre a forma correta de amamentar,
desconhecimento dos benefícios da amamentação, situações de doença que
as impossibilite de amamentar ou até mesmo a falta do apoio familiar. Assim,
nota-se a importância de enfermeiros capacitados para o desenvolvimento de
ações de incentivo ao aleitamento materno, abrangendo essas mulheres de
forma integral, valorizando o lado do ser mulher que amamenta, exaltando sua
natureza feminina, esclarecendo dúvidas, respeitando e sendo sensíveis ao
discutirem seus sentimentos e crenças, para que a nutriz obtenha maior
segurança e consiga alcançar êxito no vínculo com seu filho, através do
processo de amamentação. OBJETIVO: Conhecer a vivência de mulheres em
Aleitamento Materno Exclusivo- AME. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de
uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa sobre a
vivência de mulheres em AME nas unidades de alojamento conjunto de uma
Maternidade pública de grande porte, vinculada ao Sistema Único de Saúde
(SUS), A coleta de dados se deu no mês de maio do ano de 2012, após
aceitação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, cujo protocolo é de nº
42/08. A população foi composta por mulheres que tiveram parto único,
independente da idade, classe social, tipo de parto e paridade, estando em
boas condições de saúde para amamentar e em AME no alojamento conjunto,
durante o período de maio de 2012. Para quantificar a amostra, utilizou-se o
critério de saturação dos dados, que segundo Fontanela; Ricas e Turato
(2008), é utilizado na delimitação de uma amostra, interrompendo a obtenção
de mais componentes, por repetição dos dados. Os dados foram coletados
através de uma entrevista semi- estruturada. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
Participaram do estudo vinte e uma (21) puérperas sendo a coleta realizada no
turno diurno. As participantes tinham entre 16 e 37 anos, com idade média de
23,4 anos, cuja situação conjugal caracterizava-se por 10 (47,6%) dessas
apresentarem união consensual, 07 (33,3%) serem solteiras e 04 (19,0%)
casadas. Com relação ao nível de escolaridade, 16 (76,1%) das mulheres não
chegaram a concluir o segundo grau, sendo que apenas 03 (14,2%) concluíram
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o ensino médio, 01 (4,7%) o ensino superior incompleto e 01 (4,7%) o ensino
superior completo. Observou-se que 06 (28,5%) delas, tinham entre 16 e 18
anos e mostraram ter baixo nível de conhecimento sobre sexualidade segura e
saúde reprodutiva. Sabe-se que a pouca orientação sobre essa temática,
predispõe ao aumento de índices de gravidez na adolescência. Nesse
contexto, Gurgel et at (2008), acreditam que este evento pode ser ocasionado
pelos seguintes fatores: descuido, uso incorreto dos métodos contraceptivos,
promiscuidade e acessos a informações de forma inadequada. Isto nos mostra
como é imprescindível abordar este assunto a este grupo, desenvolvendo
práticas de educação em saúde sobre sexualidade segura e vida reprodutiva,
desde o ambiente estudantil. Com relação ao trabalho e ocupação das
entrevistadas, apenas 09 (42,8%) exercem atividade remunerada e 12 (57,1%)
cumprem serviços não remunerados, sendo estas, estudantes e do lar. No
tocante ao trabalho dessas mulheres, percebeu-se que as atividades
remuneradas exercidas, em sua maioria 07 (33,3%), não requeriam nível médio
ou superior completo para serem desenvolvidas. O estrato social mostrou que
dentre as participantes, 08 (38,0%) tinham uma renda familiar de um salário
mínimo e 07 (33,3%) de dois salários, 04 (19,0%) não chegavam nem sequer a
um salário, e apenas 02 (9,5%) a três salários mínimos ou mais, vigentes no
período. Mediante as informações, percebeu-se que a maioria das puérperas
mantinham uma classe social desfavorecida. Subtende-se que a baixa renda
familiar intervém negativamente na qualidade de vida, no que gera a busca por
uma atividade remunerada, porém, a mulher, como integrante da família, tenta
dar a sua parcela de contribuição no sustento do lar. Dentre as participantes,
10 (47,6%) tiveram parto vaginal (normal) e 11 (52,3%) tiveram parto cirúrgico
(cesariano), por condições necessárias. Quanto ao tipo de paridade, 11
(52,3%) eram multíparas, aquelas consideradas por parirem mais de uma vez,
e 10 (46, 6%) eram primíparas, sendo aquelas que tiveram o primeiro parto
(DICIO, 2012). Quanto ao planejamento e aceitação da gravidez, 12 (57,1%)
das puérperas foram surpreendidas e apenas 09 (42,8%) haviam planejado.
Com relação ao intervalo interpartal, 04 (19%) tinham menos de dois anos, 07
(33,%) mais de dois anos e 10 (47,6%) não se aplicavam a esse intervalo, por
serem primíparas. Foram questionados às participantes, o acompanhamento
de pré-natal e a origem de informação sobre o aleitamento materno, havendo
frequência de 17 (80,9%) na realização de consultas e 04 (19,0) a não adesão.
O estudo mostrou ainda, que das orientações recebidas, 02 (9,5%) vinham
apenas de médicos, 05 (23,8%) de enfermeiros, 02 (9,5%) junção de médico e
enfermeiro, 03 (14,2%) através da família, 03 (14,2%) por meio de outras
fontes, como internet, panfletos, propagandas da mídia e amigos, e 06 (28,5%)
não receberam nenhuma orientação, e nem sequer a buscaram. A consulta de
pré-natal é o momento oportuno não só para avaliar as condições de saúde da
gestante e seu bebê, mas também, para o fornecimento de informações sobre
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as diversas transformações que ocorrem neste período, assim como o
esclarecimento de dúvidas, desvelamento de mitos e tabus, e o encorajamento
à prática da amamentação. Em relação ao local onde o bebê foi amamentado
pela primeira vez, 07 (33,3%) foram ainda em sala de parto, 05 (23,8%) em
sala de recuperação, 07 (33,3%) em alojamento conjunto e 02 (9,5%) no
berçário. No que diz respeito à experiência em amamentar, o estudo mostrou
que 13 (61,0%) das puérperas não tinham vivenciado esta prática, e apenas 08
(38%) delas, já haviam amamentado antes. O tempo de prática mencionado
por elas variou de uma semana a um ano e seis meses, sendo que 03 (14%)
amamentaram por menos de seis meses. Dentre estas, 02 ofereceram apenas
até duas semanas, 03 (14%) chegaram até os seis meses, 02 (9,5%) foram
além dos seis meses e 13 (61,9%) não se aplicaram, devido a sua
primiparidade. Diante os resultados acima citados, percebe-se que o incentivo
ao Aleitamento materno deve continuar sendo trabalhado. Os profissionais de
saúde precisam estar cada vez mais capacitados e dispostos a estimularem as
mães, a ressaltarem a importância da duração, e a predominância da
amamentação de forma exclusiva até os seis primeiros meses, abordando
questões de saúde ao binômio mãe-filho. Em relação à opinião das
entrevistadas sobre os fatores que facilitam a amamentação, citaram: boa
alimentação, apoio da família, disposição e determinação para amamentar,
tranquilidade e um bom psicológico durante a prática, experiência de
aleitamento, posicionamento adequado da mãe e do bebê, e a praticidade e
comodidade do leite materno. O apoio da família envolve auxílio nos cuidados
com o bebê, nas atividades do lar, especialmente logo após o parto e no
período de adaptação da criança. Configura-se em incentivo para o aleitamento
materno, principalmente quando a nutriz se vê diante de obstáculos a serem
superados (SHIMODA; SILVA, 2010). Em relação a como a mulher deve estar
psicologicamente para amamentação, relataram que o nervosismo apenas
atrapalha este evento,sendo necessário todo um preparo e paciência, pois a
lactante deve antes tentar se acalmar e relaxar, para que haja o momento de
satisfação a ambas as partes. O aleitamento materno proporciona o contato
pele a pele da mãe com o bebê, estimulando assim os sentidos. Se realizada
sem pressa e com amor e carinho o bebê além de sentir o conforto de ter suas
necessidades satisfeitas, vive o prazer por estar nos braços de sua mãe,
sentindo seu cheiro e suas carícias (ANTUNES et al, 2008). No que diz
respeito prática em amamentar, ainda se tratando dos fatores identificados
como facilitadores, foram enfatizados pelas puérperas que a experiência
própria em aleitar, ajuda nesse momento. Acreditam que essas mulheres, tem
uma maior noção de como é o decorrer deste evento e assim as possíveis
medidas a serem tomadas em momentos de dificuldades. Quanto ao
posicionamento adequado para se amamentar, 03 (14,2%) afirmaram ser este
um importante fator que predispõe o sucesso da amamentação, devendo ser
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preservado, por proporcionar conforto a mãe nesse momento. A inadequação
no posicionamento mãe e bebê dificulta a relação entre a boca da criança e o
mamilo, interferindo na pega correta e descida do leite, mostrando assim que
as ocorrências acontecem uma por consequências da outra (MARQUES et al,
2008). Quando ainda questionadas sobre os facilitadores da duração da
amamentação, 02 (9, 5%) mencionaram a praticidade e comodidade de aleitar,
por se tratar de um alimento completo que não necessita de tempo para
preparo, pois já vem pronto para ser oferecido à criança. Relacionado aos
fatores que dificultam o aleitamento materno, os principais obstáculos
encontrados pelas mães, foram os relacionados às mamas e suas alterações,
sendo estes: fissuras mamilares, devido a pega incorreta, mamas ingurgitadas,
mamilos planos que dificultam a pega correta, assim, como: inexperiência,
situações de estresse, impaciência e nervosismo, falta de tempo devido ao
trabalho ou a escola. Dentre as entrevistadas, apenas 04 (19,4%) afirmaram
não ver nenhum problema para amamentar. Quanto às dificuldades
relacionadas às mamas e suas alterações, foram abordados pelas lactantes, as
fissuras mamilares, e mamilos planos. Assim, percebe-se a dificuldade que
essas mulheres têm em proporcionar uma pega correta durante a lactação, por
se tratar de motivos que geram intenso sofrimento durante o aleitamento,
comparadas ao fato de que este deve ser um momento prazeroso a ambas as
partes. Os ferimentos nas regiões mamilares são as causas mais comuns de
dor quando se vai amamentar, ocasionadas pelo mau posicionamento e pega
inadequada. Outras causas compreendem mamilos planos, curtos ou
invertidos, assim como, disfunções orais na criança, freio de língua
demasiadamente curto, períodos prolongados de sucção não nutritiva, extração
de leite inadequada, suspensão incorreta da sucção do bebê quando for
preciso retirá-lo do peito, uso de produtos que causam processos alérgicos nos
mamilos e exposição a protetores mamilares e forros úmidos por muito tempo
(BRASIL, 2009). Com relação ao ingurgitamento mamário, as mulheres
mencionaram a dor, o desconforto e o sofrimento que elas sentem durante a
lactação, decorrentes desse processo. De acordo como Ministério da Saúde
(BRASIL, 2009), O ingurgitamento mamário ocorre devido a congestão da
vascularização da mama, seguido da retenção de leite nos alvéolos e o edema
devido ao aumento e obstrução da drenagem que o sistema linfático realiza
comprometendo a saída do leite. As situações de inexperiência, estresse,
impaciência e o nervosismo, foram enfatizados como fatores que interferem na
descida do leite. Nesse contexto, Shimoda e Silva (2010), observam em seu
estudo que a nutriz se preocupa em manter o equilíbrio emocional, por
acreditar que as situações de estresse e sentimentos ruins possam interferir
negativamente na sua produção de leite e a prejudicar sua criança. Quanto à
disposição de tempo para amamentar, as puérperas citaram a questão do
trabalho e a volta aos estudos como fator que as dificultem de amamentar seus
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filhos. Sabe-se que a jornada de trabalho e maternidade é difícil de ser
conciliada, e requer disposição da nutriz, apoio da família, assim como o
incentivo por parte dos profissionais de saúde ao acompanharem essas
mulheres em sua nova fase de vida. Apesar da linguagem simples, percebeuse que as puérperas haviam adquirido informações sobre o aleitamento
materno, pois mostraram ter conhecimento sobre a importância da
amamentação, onde algumas adotam modelos mais biologicistas e outras mais
sentimentais e culturais. Dentre elas, foram mencionadas palavras
relacionadas a questões sentimentais, como: a sensação de dependência,
apego e o fortalecimento do vínculo entre ambos, a alegria e felicidade que
proporcionavam prazer, a tranquilidade e a promoção de confiança. Os laços
afetivos que envolvem a mãe e seu bebê durante a amamentação, geram na
mulher a sensação de não apenas oferecer o seu leite, mas de vivenciar um
momento que poderá aflorar sentimentos de satisfação e prazer, influenciados
pelo vínculo com seu filho (ARAÚJO et al, 2008). Ainda sobre os motivos que
facilitam a lactação, também acreditavam em modelos biologicistas, quando
mencionavam a saúde, o crescimento, desenvolvimento, imunidade e proteção
do bebê, assim como a recuperação mais rápida de sua saúde. Refletindo
neste exemplo, percebeu-se que as depoentes acreditavam que ao
amamentarem, contribuíam para que seus filhos permanecessem saudáveis.
Observou-se que 11 (52,3%) mostraram crer que o leite materno proporciona
um bom crescimento, ganho de peso e desenvolvimento da criança. O
aleitamento materno traz ao recém-nascido, vantagens relacionadas ao
suprimento das suas necessidades nutricionais durante os primeiros seis
meses de vida, promovendo resistência contra infecções e ainda estimulando
vínculo a mãe e seu bebê (ARAÚJO et al, 2008). O estudo revelou que as
entrevistadas acreditavam que a prática do aleitamento materno contribui para
a recuperação mais rápida da saúde da mãe.O aleitamento materno
proporciona inúmeros benefícios à saúde da mulher e sua recuperação. De
acordo com o Ministério da Saúde, a amamentação iniciada logo ao nascer,
atua diminuindo os sangramentos da mãe após o parto e prevenindo a anemia
materna, além de ajudar na involução uterina, diminuir os riscos de
desenvolvimento de câncer de mamãe e ovário, e ainda ser um método natural
que auxilia no planejamento familiar (BRASIL, 2007). CONCLUSÃO: O estudo
nos permitiu conhecer a vivência de mulheres em Aleitamento Materno
Exclusivo através de seus relatos, onde nos fizeram apreciar as experiências e
conhecimentos adquiridos desse universo de conexão real entre mãe e filho, o
vínculo perfeito e uma das formas mais lindas de se expressar a dependência
de um ser e do cuidar.
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FATORES DE RISCO PARA ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO
COM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO AMBIENTE HOSPITALAR
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Maria Ludvania Romualdo Duarte, Faculdade Leão Sampaio
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Sumina Kayanni Alves de Lima, Faculdade Leão Sampaio
Aline Morais Venâncio, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Enfermagem. Saúde. Trabalhador. Risco Biológico.
INTRODUÇÃO: No Brasil, a promulgação da constituição brasileira, em 1988,
representou importante marco na atenção à saúde do trabalhador, uma vez
que o trabalho é um determinante/condicionante da saúde dos indivíduos e que
a saúde dos trabalhadores deve ser viabilizada pelo Sistema Único de Saúde,
segundo os princípios que o orientam (SIMÃO et al., 2010). Os trabalhadores
da área da saúde estão expostos a diferentes riscos ocupacionais; físico,
ergonômico, químico, biológico e psicossocial, a que se sujeitam os demais
trabalhadores, sendo o risco biológico o mais presente no cotidiano dos
profissionais da área da saúde, uma vez que se expõe constantemente ao
contato com sangue e outros fluídos orgânicos contaminados por uma
variedade imensa de patógenos desencadeadores de doenças. Considera-se
risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos
como microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de
células; os parasitas; as toxinas. Os profissionais de enfermagem no
desenvolvimento de suas funções estão expostos a inúmeros riscos
ocupacionais que podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho (ALMEIDA et al., 2009). Conforme as estatísticas observadas, a
equipe de enfermagem é uma das principais categorias profissionais sujeitas
às exposições com material biológico, este fato relaciona-se à enfermagem ser
a profissão da área da saúde que tem maior contato direto com os pacientes e
são os que realizam a administração de medicamentos, punção venosa,
soroterapia e aspiração, sendo as mãos a parte do corpo mais envolvida nos
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acidentes, causados principalmente por agulhas (SIMÃO et al., 2010). O
trabalho realizado pela equipe de enfermagem no âmbito hospitalar é
caracterizado por exigências organizacionais múltiplas, sobrecarga de trabalho,
situações conflitantes, tensão constante e estresse tanto pessoal quanto
situacional, levando o profissional a um desgaste físico e mental acentuado,
causando-lhe muitas vezes alterações emocionais, físicas, imunológicas e até
mesmo psicossomáticas, além de propiciar a ocorrência de acidentes (SILVA;
SANTOS; NASCIMENTO, 2008). Apesar do risco de infecções ao cuidar de
pacientes infectados por algum patógeno (vírus, bactéria ou outro
microrganismo) sempre ter existido, somente após a descoberta do vírus da
imunodeficiência (HIV), as organizações aumentaram no sentido de prevenir o
contágio dos trabalhadores através da diminuição da exposição ocupacional
aos fluidos orgânicos potencialmente contaminados. Por isso, para se evitar o
risco de exposição a material biológico, todo profissional deve ter à sua
disposição Equipamentos de Proteção Individual (EPI), instrumentos de uso
pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes possíveis de
causar lesões ao trabalhador e protegê-lo contra prováveis danos à saúde,
causados pelas condições de trabalho (SIMÃO et al., 2010). É dever da
empresa fornecer o EPI em quantidade e qualidade, e cabe ao trabalhador
utiliza-lo apenas com finalidade a que se destina, responsabilizar-se por sua
guarda e conservação, além de comunicar ao empregador qualquer dano ou
alteração que o torne impróprio para o uso. A análise da utilização de EPI é
complexa, pois existem fatores relacionados ao empregador, ao empregado e
ao próprio EPI (OLIVEIRA; LAGE; AVELAR, 2011). Almeja-se que este estudo
possa contribuir como fonte de pesquisa e para aumento das informações
pertinentes aos riscos de acidentes com material biológicos que estão expostos
os profissionais de enfermagem no ambiente hospitalar. OBJETIVOS:
Identificar os fatores de risco para acidentes com material biológico que
envolva os profissionais de enfermagem que trabalham em ambiente
hospitalar, segundo a literatura. MATERIAIS E MÉTODOS: Este trabalho é
uma apresentação de revisão sistemática, natureza exploratória e com
abordagem qualitativa, onde a mesma procura responder a seguinte pergunta:
Quais são os fatores de risco para a ocorrência de acidentes com material
biológico entre os profissionais de enfermagem? Revisões sistemática,
igualmente a outros tipos de pesquisa de revisão é uma forma de estudo que
utiliza como fonte de dados a literatura sobre determinado tema e aplicam
técnicas explicitas e sistematizadas de identificação de pesquisas originais e de
abstração de dados literários com o objetivo de evitar ou minimizar distorções
dos resultados (SAMPAIO; MANCINI 2006). Uma pesquisa de caráter
exploratório são investigações que tem por finalidade apresentar por completo
os apontados fenômenos onde essas descrições podem ser de caráter
quantitativo ou qualitativo. Já a abordagem qualitativa é aquela que permite
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abordar aspectos subjetivos e complexos de uma amostra que precisa ser
reduzida quando comparada com uma abordagem quantitativa. A metodologia
qualitativa permite uma análise profunda e psicossocial da amostra em estudo
além da interpretação dos dados (MARCONE; LAKATOS, 2010). Onde toda
esta análise é empregada como uma técnica para avaliar um conjunto de
dados obtidos e também uma maneira de fazer uma pesquisa mais profunda
sobre o tema abordado; através disso a mesma nos proporcionalizará realizar a
identificação dos tipos de risco biológicos e modos de prevenção em
profissionais de enfermagem dentro do ambiente hospitalar, fundamentada na
literatura. Após a definição do tema foi feita uma consulta literária que se
consistiu da análise de artigos publicados nas bases do banco de dados
Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Utilizou-se os descritores:
Enfermagem; Risco de Acidente; Material Biológico. Os critérios de inclusão
dos artigos foram estar na íntegra, estar no idioma português, fazer parte das
publicações brasileiras e ter alguma relação com o tema, e serem na unidade
hospitalar, contribuindo assim para a investigação em questão, sendo os de
exclusão a contradição das informações anteriores. O período da pesquisa foi
do dia 12 a 19 de abril de 2015. Foram encontrados um total de 7 (sete)
artigos, após isso foi realizada uma análise dos artigos obtidos através de
reflexões críticas. Destes, 3 (três) artigos foram excluídos, devido não estarem
de acordo com os critérios de inclusão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A
literatura mostra os principais fatores para a ocorrência de acidentes
envolvendo material biológico entre os profissionais de enfermagem. No que se
refere aos profissionais de saúde como um todo, a precariedade das condições
de trabalho, somadas a dificuldade de convivência com os colegas de
profissão, acarretam prejuízos na vida cotidiana privada. Tendo em vista a
permanência no hospital, devido às escalas extras de plantões, esses
trabalhadores se veem forçados a abdicar do seu lazer em prol de melhores
condições salariais (OLIVEIRA; LAGE; AVELAR, 2011). Muitas vezes a
estrutura física da instituição hospitalar é inadequada, como por exemplo: salas
apertadas, corredores estreitos, salas que deviam estar acopladas uma à outra,
distantes entre si, ausência de boa iluminação, ventilação, estrutura física
antiga e em más condições, banheiros insuficientes para o número de
funcionários, ausência de melhores condições de trabalho, falta de recursos
material e equipamentos; geram frustração, irritação e fadiga no funcionário
que tem de se adaptar a situação apesar de realizar bem o seu trabalho
(SILVA; SANTOS; NASCIMENTO, 2008). Os acidentes com perfuro cortantes
são caracterizados como o principal tipo de acidente na enfermagem,
oferecendo riscos à saúde física e mental dos trabalhadores, sendo que todos
esses acidentes têm como meio de contaminação o contato do indivíduo com o
sangue e secreções através de materiais perfuro cortantes ou por respingos do
liquido contaminado em mucosas ou pele lesadas, que podem transmitir
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infecções graves, como o vírus do HIV, da Hepatite B e C (SILVA; SANTOS;
NASCIMENTO, 2008). A lâmina de bisturi também é responsável por um
grande número de acidentes, estando relacionado com seu uso indevido ou
descarte em local inadequado. O reencape das agulhas foi um dos
comportamentos de risco mais referidos nas publicações e associado aos
acidentes percutâneos, evidenciando a permanência desta prática entre a
equipe de enfermagem apesar das recomendações oficiais que contraindicam
o reencape. Ainda é preciso destacar que o acidente com exposição a material
biológico é considerado como agravo de notificação compulsória. A
identificação dos locais, momentos e atividades que oferecem perigo para os
trabalhadores é fundamental para o planejamento de ações de modo a
minimizar o risco de acidentes. Os principais fatores condicionantes são:
desconhecimento dos profissionais quanto ao risco de adquirir uma doença
infectocontagiosa, indisponibilidade de equipamentos ou subestimação do risco
(ALMEIDE et al., 2009). Desta forma, medidas preventivas são importantes,
necessárias e eficazes para redução de acidentes com perfuro cortantes,
cabendo ao enfermeiro o planejamento e implementação destas (SIMÃO et al.,
2010). De acordo com a legislação vigente, a Norma Regulamentadora 32 (NR
32), os EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número
suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato
fornecimento ou reposição. O trabalhador deve receber capacitação quanto ao
risco biológico e sobre a utilização de EPI e vestimenta de trabalho. A não
adesão às medidas preventivas foi bastante discutida e foram fatores
condicionantes: desconhecimento dos profissionais quanto ao risco de adquirir
uma doença infectocontagiosa, indisponibilidade de equipamentos ou
subestimação do risco. Em um dos estudos foi observado que 79,6% dos
trabalhadores da enfermagem afirmaram que em seu local de trabalho havia
equipamentos de proteção individual (EPI), entretanto 46,3% dos que sofreram
acidentes não faziam uso deles. Os trabalhadores quando questionados sobre
os motivos do não uso, 84,0% alegaram ser desnecessário por não haver
contaminação. No que se refere a não adesão às precauções padrão, os EPI
surgem como protagonistas. Existe muito descaso com tais equipamentos,
tanto por parte dos trabalhadores, que mesmo tendo acesso aos equipamentos
não os usam em seus procedimentos, quanto por parte dos empregadores que
não os disponibilizam para seus funcionários ou, quando o fazem, estes são
inadequados ou insuficientes (ALMEIDA et al., 2009). Ainda como medida
preventiva, todo trabalhador de serviços de saúde deve receber, gratuitamente,
imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Sempre que houver
vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão
ou poderão estar expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente
(SIMÃO et al., 2010). É preciso valorizar a participação dos enfermeiros como
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educadores, sendo de extrema importância o paradigma nas práticas de saúde
do trabalhador. A educação em saúde, caracterizada por propostas de
mudanças, desde as atividades nas instituições de ensino, como a adoção de
medidas preventivas de biossegurança no ato de cuidar do cliente, é essencial
e pertinente na formação do enfermeiro e demais elementos da equipe de
enfermagem. A aderência às medidas de prevenção deve ser estimulada
durante a sua formação profissional, seja ele de nível médio, superior e de pósgraduação e se estender para o seu local de trabalho, com a finalidade de
concretizar o conhecimento adquirido e que possa permitir ao profissional ser
corresponsável pela conservação da sua própria integridade física. Entretanto,
não satisfaz somente disponibilizar as atividades de educação permanente, é
preciso rever os métodos de como elas estão sendo realizadas, pois a forma
de transmissão de informações, no que se refere a pedagogia tradicional, não
está atendendo às necessidades da sociedade na atualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após a pesquisa fundamentada na literatura,
foram descritas as ocorrências desse tipo de acidente com os profissionais de
enfermagem, fatores relacionados aos mesmos. No que se refere às causas
dos acidentes, o reencape de agulhas foram os mais evidenciados. Também
evidenciam que os trabalhadores estão expostos ao risco em todas as áreas
das instituições onde existe contato com os pacientes ou seus resíduos
biológicos, sendo potencializado quando relacionado aos cuidados diretos aos
pacientes e com elevado número de procedimentos. A não adesão às medidas
preventivas foi muito discutida. É preciso valorizar a participação dos
enfermeiros como educadores, sendo de extrema importância o paradigma nas
práticas de saúde do trabalhador. A educação em saúde é essencial e está
relacionada com a formação do enfermeiro e dos demais elementos da equipe
de enfermagem, pois os mesmos necessitam com o passar do tempo de
atualização, de inovação, para a melhoria da sua assistência. Se o ensino tem
enfatizado estes aspectos, não tem conseguido alterar a prática, indicando que
há necessidade de mudanças. É preciso formar estratégias que permitam uma
maior adesão dos profissionais às prevenções de acidentes, que é o
determinante para a redução dos índices de acidentes. A pesquisa aponta
ainda para necessidade de serem feitos novos estudos sobre a relação entre
os acidentes com material biológico e os profissionais de enfermagem, com a
finalidade de criar medidas preventivas e modelos de intervenção para
minimização dos acidentes no ambiente hospitalar.
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A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS APLICADAS PELOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE NAS ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA
Pedro Paulo Rodrigues, Faculdade Leão Sampaio
Rayane Moreira de Alencar, Faculdade Leão Sampaio
Magaly Lima Mota, Faculdade Leão Sampaio
Alessandra Bezerra de Brito, Faculdade Leão Sampaio
Palavras-chave: Educação. Profissionais. Saúde. Estratégia Saúde Família.
INTRODUÇÃO: A Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo assistencial da
atenção básica, a educação permanente, que tem suas origens no Programa
Saúde da Família (PSF) oficializado em 1994, constitui-se como um
instrumento essencial para a capacitação e qualificação dos profissionais,
buscando as lacunas de conhecimentos e atitudes, dando subsídios para que
eles possam entender e atender às necessidades de saúde da população, de
resolutividade, de organização dos serviços e de transformação da realidade
(COELHO ET AL., 2012). O foco deste programa é a família no seu espaço
físico e social, proporcionando à equipe de saúde uma visão ampliada do
processo saúde- doença, que permite intervenções além das práticas curativas
(FERREIRA; SCHIMITH; CÁCERES, 2012). Na qual suas equipes devem
prestar atendimento de saúde e criar espaços contínuos e crescentes de
atividades educativas (FERNANDES; BACKES, 2010). As diretrizes da
educação para a saúde foram definidas através do Ministério da Saúde, em
1980, como atividades planejadas que tinham como objetivo desenvolver
condições para produzir transformação de comportamento dos usuários.
Naquele momento, tais atividades eram voltadas para a cura, gerando um
estímulo para a sociedade apenas medicar-se em busca da cura das doença
(GAZZINELLI; GAZZINELLI; REIS; PENNA, 2005). Ao se considerar as
referidas diretrizes, constata-se que o contexto atual aponta para a
necessidade de uma reorientação no conceito de educação em saúde,
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tornando estas atividades uma base para que a população tenha autonomia de
participar de forma ativa durante todo o processo de cura ou manutenção do
seu estado de saúde, deste modo a abordagem dos profissionais deve evitar
uma redução as resoluções dos agravos de saúde apenas com a prática
curativa. Está sustentada na concepção de aprendizagem significativa que
produza sentido e proporcione a transformação das atividades profissionais
mediante a reflexão crítica sobre as práticas reais dos serviços de saúde. Para
trabalhar a educação em saúde na ESF é fundamental que os profissionais
conheçam a realidade da população da sua área de abrangência, suas
limitações e possibilidades, e que diante disso desempenhem seu trabalho de
forma ética, criativa, inovadora e acolhedora, sabendo lidar com as
adversidades. Contudo, muitos dos entraves à realização das ações educativas
referidos, provavelmente, fogem do controle contíguo dos profissionais de
saúde, tendo em vista o caráter macroideológico que abarca tal questão
(SILVA; DIAS; RODRIGUES, 2009). A construção de um processo educativo,
voltado para os profissionais, traduz-se na possibilidade de se oferecer um
serviço de melhor qualidade e resolutividade, visão mais abrangente da
necessidade do usuário, programação de ações para a saúde, intervenção
efetiva em relação aos problemas locais. Nesse sentido, a ação educativa
desenvolvida pelo enfermeiro deve propiciar uma reflexão crítica,
problematizadora, ética, estimulante da curiosidade, do diálogo, a escuta e a
construção de conhecimentos compartilhados. Então se faz necessário
conhecer as necessidades de cada profissional, para que cursos de
capacitação e reciclagem de profissionais em serviço possam vir a adequar os
perfis destes profissionais e consolidar a Estratégia Saúde da Família.
Portanto, justifica-se a realização de pesquisas que visem monitorar a
adequação do perfil dos profissionais de saúde em Programas de Saúde da
Família em diferentes municípios do país (FERREIRA; SCHIMITH; CÁCERES,
2012). Ressalta-se que a educação em saúde representa um importante
instrumento facilitador para a capacitação da comunidade, contribuindo para a
promoção da saúde. Assim, trabalhadores de saúde e usuários precisam
estabelecer uma relação dialógica pautada na escuta terapêutica, no respeito e
na valorização das experiências, das histórias de vida e da visão de mundo.
Para desenvolver estas ações, é necessário o conhecimento destas práticas
educativas por parte destes trabalhadores, considerando que é essencial
conhecer o olhar do outro, interagir com ele e reconstruir coletivamente
saberes e práticas cotidianas. Esse tema é relevante pois a educação em
saúde, é tida como prática norteadora do processo saúde-doença,
representando uma importante ferramenta para a prevenção da doença e
promoção da saúde (CERVADA; PARREIRA; GOULART, 2011). OBJETIVOS:
A pesquisa teve por objetivocompreender a importância das práticas
educacionais aplicadas pelos profissionais de saúde nas Estratégias Saúde da
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Família. MATERIAIS E MÉTODOS: esse presente estudo apresenta uma
revisão sistemática de modo exploratório e com abordagem qualitativa.
Revisões sistemáticas são as que se usam métodos específicas e explícitas de
assimilação de pesquisas originais e de abstração de informações literários,
com a finalidade de evitar ou tornar mínimo as distorções dos resultados
(ROUQUAYROL; ALMEIDA, 2003). As pesquisas de modo exploratório são
averiguações que tem como finalidade expor completamente os determinados
fenômenos onde essas descrições podem ser de caráter quantitativo ou
qualitativo. A pesquisa qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar
aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento
humano (MARCONI; LAKATUS, 2010). Onde toda esta análise é empregada
como uma técnica para avaliar um conjunto de dados obtidos e também uma
maneira de fazer uma pesquisa mais profunda sobre o tema abordado; através
disso a mesma nos proporcionalizará realizar a identificação do nível de
conhecimento dos profissionais de saúde, que atuam nas ESF acerca das
práticas educacionais; as principais formas de aplicação das práticas
educacionais por estes profissionais nas unidades; e conhecer as principais
dificuldades encontradas na aplicação destas práticas, fundamentada na
literatura. Após a definição do tema foi feita uma consulta literária que se
consistiu da análise de artigos publicados nas bases do banco de dados
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizou-se os descritores: Educação;
Profissionais de Saúde e PSF. Os critérios de inclusão dos artigos foram estar
na íntegra, estar no idioma português, fazer parte das publicações brasileiras,
serem publicações do ano de 2010 a 2015 e ter alguma relação com o tema,
contribuindo assim para a investigação em questão, sendo os de exclusão a
contradição das informações anteriores. O período da pesquisa foi do dia 9 a
20 de abril de 2015. Foram encontrados um total de 7 (sete) artigos, após isso
foi realizada uma análise dos artigos obtidos através de reflexões críticas.
Destes, 4 (quatro) artigos foi excluído, devido um deles ter como tema central a
assistência materna das puérperas; o segundo pelo fato de retratar as
atribuições das equipes de saúde da família, o terceiro pois fala sobre o
acolhimento no PSF, e o ultimo traz as mudanças comportamentais do usuário
do PSF, não sendo assim relevante para a discussão em questão, que tem
como foco o risco biológico em toda a unidade hospitalar.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: A literatura mostra os principais fatores para a
ocorrência da promoção à saúde na ESF implica um novo olhar dos
profissionais da equipe multidisciplinar, vislumbrando um conceito ampliado de
saúde, tendo a integralidade como princípio de ação. Nesse sentido, para
suprir as lacunas de formação destes profissionais para esse novo olhar, o
processo de educação permanente em saúde é essencial (COELHO ET AL.,
2012). No campo de competências e atribuições comuns à toda equipe, a
atribuição mais citada como fácil pelos profissionais de saúde da família foi a
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questão do conhecimento da realidade das famílias, além da identificação de
problemas e riscos à saúde vinculada à família e criação de vínculo familiar. A
facilidade em obter estes conhecimentos e vínculos se deve principalmente ao
cadastramento realizado pelos agentes comunitários de saúde e também pelo
fato dos mesmos, além de fazerem parte desta comunidade, desempenharem
o papel de elo entre os profissionais de saúde e as famílias, trazendo e
mostrando informações que facilitam o trabalho das equipes. Outro fator
importante pode ser a necessidade deste tipo de serviço pelas famílias, que
normalmente são carentes, e também o nível adequado de formação e
especialização dos profissionais, já que muitos têm alguma experiência prévia
com PSF. O foco de atenção das equipes à família no seu espaço físico e
social e o conhecimento da realidade delas irão proporcionar uma visão
ampliada do processo saúde-doença, vivenciada pelas equipes de trabalho,
norteando as equipes para uma maior facilidade no desenvolvimento de ações
de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde (COELHO ET
AL., 2012). Alguns profissionais veem as ações de educação em saúde como
oportunidade para desenvolver nas pessoas a consciência acerca da
importância da corresponsabilização de todos os envolvidos na promoção e
proteção da saúde, tanto o profissional, quanto os indivíduos e a comunidade
(RODRIGUES; SANTOS, 2010). A atividade mais difícil de desempenhar,
segundo as equipes, é a questão das ações intersetoriais e parcerias com
organizações existentes na sociedade. Uma vez que os diversos setores da
sociedade sempre trabalharam de forma independente, as organizações
formais e informais não estavam acostumadas a participar juntamente com
profissionais de saúde no enfrentamento dos problemas de saúde das
comunidades onde as mesmas estão inseridas. Segundo o Ministério da
Saúde, o profissional de saúde da família deve ter habilidades ou desenvolver
habilidades nas clínicas de estabelecimento de parcerias e trabalho em equipe
multissetorial (FERREIRA; SCHIMITH; CÁCERES, 2012). A atualização é
necessária para a realização do trabalho visto que o conhecimento é dinâmico
e a cada dia surgem novas informações que o profissional precisa buscar e
acompanhar. As ações educativas devem levar o ser humano a despertar nele
a capacidade de pensar sobre o papel do aprendizado, no seu contexto
individual e de trabalho, além da sua capacidade de ser sujeito do processo de
mudança. Portanto, o processo de educação permanente deve levar em
consideração os profissionais como protagonistas no campo da prática. A
integração da equipe auxilia no processo de aprendizado. O trabalho em
equipe é uma tendência atual, uma vez que, frente à complexidade e
diversidade dos problemas vivenciados na prática, os profissionais devem
desenvolver competências associadas à capacidade de cooperação, na
resolução de problemas (COELHO ET AL., 2012). Como pode-se observar a
educação permanente em os profissionais de saúde de uma ESF esta muitas
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vezes relacionado ao modelo tradicional e a precariedade desse modelo,
ficando evidente a necessidade de um novo modelo e novas práticas, que
englobe o diálogo e o trabalho em equipe dos membros dessa equipe, pois a
aprendizagem deve acontecer em equipe, por meio de trocas de informações
favorece a aplicação do aprendizado, no cotidiano de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após a pesquisa fundamentada na literatura,
foram identificadas as contribuições da educação permanente em uma ESF,
destacando-se as falhas e a resolução de problemas na organização do
trabalho; a possibilidade de maior relação entre equipe e comunidade e uma
maior motivação para a procura de qualificação e aperfeiçoamento, que
necessita de uma identificação precoce das falhas no atendimento e a
conscientização das necessidades reais de saúde. No que se refere às
facilidades observadas, os profissionais mostraram menores dificuldades com
atribuições coletivas e relacionadas a métodos e técnicas básicas de cada
área. Por outro lado, os resultados mostraram que, ainda após doze anos da
criação desta estratégia, os profissionais encontram várias dificuldades em
atuar da forma correta. Levando em conta a expansão da ESF no Brasil, notase que os estudos ainda são muito fracos, pois abrangem somente uma
pequena quantia dos programas implantados. A educação permanente torna o
profissional capacitado a planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que
respondam às necessidades da comunidade. E para que isto aconteça, é
preciso uma contínua interação com a comunidade, no sentido de mobilizá-la e
estimular sua participação. Por último, esta pesquisa aponta a necessidade de
serem feitos novos estudos sobre a relação entre as práticas educacionais e
profissionais de saúde de uma ESF, e espera-se contribuir para a inserção da
educação em saúde com base em um modelo de diálogo e emancipatório das
práticas do cotidiano dos profissionais inseridos na ESF, para assim
proporcionar uma melhoria do atendimento no processo do cuidar
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SATISFAÇÃO DO ENFERMEIRO COM O SEU TRABALHO EM HOPITAIS
Otávia Maria dos Santos S
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