Boas práticas de laboratório e biossegurança na manipulação de

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Universidade de Campinas
Instituto de Biologia
Departamento de Genética, Evolução e
Bioagentes
Boas práticas de laboratório e
biossegurança na manipulação
de vírus
Prof. Dr. José Luiz Proença Módena
13/10/2016
Definindo um vírus
Replique-me
Vírus são extremamente pequenos
O Virion e o vírus
Os vírus são organismos com duas fases
Estrutura viral
Vírus nús
Vírus Envelopados
Matrix
Lipid
Glycoprotein
Critérios Avaliação de risco para vírus
• Virulência
• Modo de transmissão
• Estabilidade
• Estrutura da partícula viral
• Concentração e volume
• Origem do vírus
• Disponibilidade de medidas profiláticas
• Dose infectante
• Tipo de ensaio
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Manual de Biossegurança Anvisa, 2010
Classe de risco dos vírus
Classe I
•Cepa virais atenuadas
•Vírus naturalmente não patogênicos
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe II
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe II
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe II
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe II
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe II
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe II
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe III
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe III
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe IV
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe IV
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de risco dos vírus
Classe IV
Classificação de riscos dos agentes biológicos, Ministério da Saúde, 2006.
Classe de riscos dos agentes impacta diretamente nas
recomendações de biossegurança
• Pelo que foi falado até aqui, é
apenas o nível de risco biológico
que determina as recomendações
de biossegurança para um
determinado procedimento?
Trabalhando com vírus em laboratório NB2
Equipamentos de proteção individual (EPI)
•Avental
•Luvas
•Mascaras
•Óculos de proteção
•Sapatos fechados (propé)
Equipamentos de proteção Coletiva (EPC)
•Cabine de segurança biológica Classe II A
•Lava olhos
•Autoclave
Trabalhando com vírus em laboratório NB2
Boas práticas em laboratórios clínicos (BPLCs)
•Proibido comer
•Prender cabelo
•Uso IPIs
•Limpar superfícies antes e após o uso
•Nunca pipetar com a boca
•Nunca reencapar agulhas
•Descartar resíduos adequadamente, autoclavar material
antes do descarte
•Lavar as mãos sempre que deixe o laboratório
Trabalhando com vírus em laboratório NB2
Trabalhando na cabine Classe II
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Limpar a superfície da cabine com álcool 70%
Ligar Luz ultra violeta por 15 minutos
Restringir fluxo de pessoas durante uso da cabine
Limpar os objetos antes de introduzi-los na Cabine (álcool 70%)
Colocar o material na área de trabalho, de modo a formar
diferentes ambientes (limpos e sujos) dentro da cabine
Nunca usar bicos de Bunsen dentro da cabine
Sempre tenha um descarte com hipoclorito 1% dentro da cabine
No término, limpar os objetos com álcool 70% antes de retirá-los
da cabine
Limpar a superfície com hipoclorito 1% e depois álcool 70%.
Ligar a luz UV por 15 minutos
Trabalhando com vírus em laboratório NB2
Trabalhando com vírus em laboratório NB3
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Bocavírus Humano
•Vírus de DNA;
• Fita Simples;
• Não Segmentado;
• Capsídeo icosahédrico com 18 a 26nm;
• Não envelopado;
Brieu et al, 2007
Gurda et al, 2010
Hantavirus Araraquara
Família Bunyaviridae
•Vírus de RNA de polaridade negativa
tri-segmentado
•Transmitido pela excretas de
roedores (via inalatória)
•Síndrome pulmonar por hantavírus
(alta letalidade, próxima dos 30% em
humanos)
Washington University in Saint Louis (EUA)
Vírus Oropouche
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Arbovírus circulante na América
Central e caribe
Lipid envelope
Pertence a família Bunyaviridae,
genus Orthobunyavirus
Genoma segmentado de RNA de
Gn and Gc
polaridade negativa
S: N and NSs
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M: Gc, Gn and NSm
—
L: RNA polimerase
RNA polymerase
ribonucleocapsid
Oropouche : ciclos de transmissão
Ciclo na mata
Hospedeiros vertebrados: preguiças, macacos,
passáros.
Vetores: Aedes serratus and Coquillettidia
venezuelensis.
Ciclo Urbano
Hospedeiros vertebrados: homem, animais
domesticos?
Vectors: Culicoidis paraensis or Culex
quinquefasciatus.
OROV causou mais de 30 epidemias na região amazônica, com mais de 500.000 casos
reportados
Oropouche: doença em humanos
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Febre do Oropouche
◦ Sintomas: febre (39oC), mialgia, dor de cabeça, artralgia,
fotofobia e mal estar. Alguns pacientes tem sinais hemorrágicos,
como exantema, petequias e sangramento de gengivas.
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OROV é associados com sinais de acometimento neurológico,
encafalite e meningite
—
Pode estar associado com abortos
Sala de Paramentação
Sala de Apoio
Na sala da esquerda (WNV, CHIKV)
Trabalhávamos com:
• jaleco descartável de plástico (não era de corpo
inteiro)
•Propé de plástico
•Máscaras N95
•Óculos de proteção
•Luva pele até o cotovelo
•Segunda luva
•Touca descartável
Na sala da direita (OROV, VEEV)
•Trabalhávamos com:
•Macacão impermeável de corpo inteiro
•Propé de plástico
•Respirador PFF2
•Luva pele até o cotovelo
Trabalhando com vírus em laboratório NB3:
Procedimentos de Segurança
Entrando e trabalhando no NB3
•Vestir todo o aparato de segurança
•Checar a pressão da sala antes de entrar
•Sempre trabalhar em dupla
•Nunca permanecer no local por mais de 6 horas
•Procedimentos que envolvam chance de aerossol (vortex, centrifugação,
Magnalyser) devem ser conduzidos dentro da cabine de segurança)
•Cabines de segurança II-B
•Usar sempre dois pares de luvas e descartar o primeiro par antes de
remover a mão da cabine (deixar um saquinho autoclavável para isso na
cabine)
Trabalhando com vírus em laboratório NB3:
Procedimentos de Segurança
Acidentes:
• Em caso de derramamento de liquido, parar o que estiver fazendo, cobrir
com um papel toalha embebido em hipoclorito e sair do ambiente. Deixar
agindo por pelo menos 30 minutos
• Em caso de acidentes com agulha ou mordida de animais: ser
encaminhado para quarentena em ambiente isolado
• Os freezers devem ser monitorados por uma central que avisa o
pesquisador responsável assim que tiver alterações significantes de
temperatura
Trabalhando com vírus em laboratório NB3:
Procedimentos de Segurança
Saindo do NB3:
•Ir até a área limpa próxima a porta de saída e remover o propé para pisar na
área demarcada
•Borrifar Lisol no corpo, braços e mascárá
•Repetir o processo com Hipoclorito, depois álcool 70% e por fim água
•Sair da sala de experimentação até a ente sala
•Remover o capacete, o macacão e a luva pele, evitando encostar a parte
externa da roupa na pele
•Descartar em lixo que deve ser autoclavável
•Usar testes de esterilidade de autoclave em todas as corridas (o lixo deve
ser incinerado após autoclavação)
•Lavar bem as mãos
Trabalhando com vírus em laboratório NB3:
Procedimentos de Segurança
Manipulando animais:
• Sempre abrir as gaiolas em cabines de segurança, mesmo que seja para
limpar a gaiola
• Sempre que trabalhar com animais anestesiados (quetamina e xelazina)
• Nunca trabalhar com grupos muito grande de animais num mesmo dia
• Evitar trabalhar de noite, pois os camundongos são mais ativos nesse
período
Linhas de pesquisa
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Caracterizar o papel de outros PPR no controle de OROV e outros
arbovírus?
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Como IRF-5 controla a neuroinvasão pelos bunyavírus e flavivírus (Zika)?
◦ Infecção em animais KO para Rag e uMT, replicação em células endoteliais, Mecanismos
de cavalo de Troia, transporte retrógrado.,
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Quais componentes virais são importantes no antagonismo de IFN-I?
Em colaboração:
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Caracterizar epítipos lineares de Zika
Caracterizar as citocinas no soro dos pacientes com Zika
Desenvolver novos métodos de diagnóstico
Caracterizar o papel de imunomoduladores para aumentar a eficiência
vacinal para Zika
Desenvolver vacinas alternativas contra Zika e OROV
Caracterizar possíveis antivirais contra Zika
Polimorfismo gênico/microbioma e doença grave por Zika
Obrigado
Collona Lab
•Renata Sesti Costa
Eurico Arruda (FMRP-USPBrazil)
Diamond Lab
Andrew Pekosz (Johns
Hopkins University – USA)
Michael Gale, Jr (University
of Washington – USA)
Funding:
SBV:
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