SER OU ESTAR TRADICIONALISTA, consubstanciado em

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Movimento Tradicionalista Gaúcho
61º Congresso tradicionalista Gaúcho
10 a 12 de janeiro de 2014
Centro de Eventos Almir Azeredo Ramos
Parque Maurício Sirotsky Sobrinho
Porto Alegre
SEGMENTO: Cultural
Assunto:
CONSCIÊNCIA, MORAL E ÉTICA TRADICIONALISTA
Justificativa:
CONSIDERANDO:
1. Este congresso é diferenciado de todos os demais, uma vez que se propõe a avaliar
a atuação do tradicionalismo e eu diria de nós tradicionalistas, desde a sua
organização;
2. Nunca na história do movimento tradicionalismo gaúcho, tivemos a oportunidade de
avaliar e manifestar nossos anseios sobre os mais diversos assuntos que, no
transcorrer dos anos, como tradicionalista comum, observamos;
3.Toda a observação, em fórum competente, requer tecer comentários para o melhor
desempenho de nossas atividades, no sentido de fortalecer o tradicionalismo gaúcho e
manter crianças e jovens na divulgação da tradição gaúcha.
PROPOSIÇÂO:
Este trabalho propõe tão somente reflexão de cada um de nós:
SER OU ESTAR TRADICIONALISTA,
consubstanciado em
CONSCIÊNCIA, MORAL E ÉTICA TRADICIONALISTA.
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CONSCIÊNCIA, MORAL E ÉTICA TRADICIONALISTA
O Tradicionalismo é uma sociedade sócio-cívico-cultural, que defende,
preserva e divulga as tradições gaúchas, que congrega os defensores dos usos,
costumes, hábitos, cultura, valores do gaúcho. O tradicionalismo tem uma filosofia de
atuação assentada na tese: “O SENTIDO E O VALOR DO TRADICIONALISMO” ( Luiz
Carlos Barbosa Lessa) e objetivos consubstanciados na “CARTA DE PRINCÍPIOS” .
É um movimento planificado e regulamentado, cuja base organizacional e
administrativa de culto e divulgação do patrimônio sócio-cultural do gaúcho é orientado
e coordenado pela federação Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG, através de
seus órgãos administrativos executivo: Conselho Diretor, Regiões Tradicionalistas e
fiscalizador: Junta Fiscal.
O grande e importante soldado, o imprescindível divulgador de toda essa gama
patrimonial é o tradicionalista. E o tradicionalista é um “homo sapiens”, isto é, é o ser
que sabe que sabe, é o ser que está no mundo com ciência, com sabedoria, dotado de
inteligência, é um ser pensante, eminentemente social.
O trabalho que apresento exige teorizar e filosofar sobre os temas chaves,
buscando recursos na Psicologia, Sociologia e Filosofia.
Então vejamos, o que é “consciência”?
A Psicologia nos diz: “consciência é a intuição, que o homem possui dos seus
estados e dos seus atos”. É a função pela qual conhecemos nossa vida interior.
A Filosofia nos diz que “a consciência é definida como sendo a faculdade que o
homem tem de julgar o valor moral dos seus atos”.
Logo, podemos afirmar que a consciência é o poder que possui o espírito de se
perceber de si mesmo. É a intuição que o ser tem das modificações, que mais se
processam. A consciência apresenta-se em nós como se fosse o sentimento do que
em nós se passa, que acompanha nossos fatos íntimos, na medida em que se dão e
nos adverte do que se passa em nós. Assim, podemos concluir dizendo: “sofro, penso
e quero e sei que sofro, que penso e que quero“, por isso, a consciência é a intuição
imediata, que o homem possui dos seus atos. Ainda podemos considerar a
consciência como sendo o caráter comum a todos os fenômenos psicológicos, que se
revestem de uma intensidade em nosso espírito. A consciência dá plenas condições
ao homem de estar no mundo “com ciência”. É o órgão de adaptação, de síntese e de
assimilação da vida psíquica. Faz do ser humano, não apenas um ser diferente dos
demais, mas sim um outro ser. Sobre consciência ainda podemos dizer que é o
testemunho, é os julgamentos secretos da alma, que aprova as ações boas e
desaprova as ações más. É a característica que melhor define e distingue o homem
dentre os demais animais. É ela que permite o desenvolvimento do saber e de toda
essa racionalidade, que se empenha em distinguir o verdadeiro do falso.
Moral é uma parte da filosofia, que trata dos costumes, dos deveres e do modo
de agir, de proceder dos homens para com os outros homens, ou seja, é o conjunto, o
corpo de preceitos e de regras para dirigir as ações do homem, segundo a equidade
natural, ou seja, as justiças naturais, que é o reconhecimento imparcial do direito de
cada um. É o conjunto de regras, de normas que determinam o comportamento, a
conduta dos indivíduos na sociedade.
Etimologicamente, MORAL vem do latim “mos morri”, que significa “maneira de
se comportar regulada pelo uso”, e de “moralis”, morais, adjetivo referente ao que é
“relativo aos costumes”.
O homem moral é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou
transgride as regras estabelecidas pelo grupo social.
A consciência lógica nos permite distinguir o verdadeiro do falso. O ser
humano possui uma consciência moral, que é a faculdade de observar a própria
conduta e formular juízos sobre seus atos, suas ações, suas atitudes passadas e
presentes e as intenções futuras. Podemos afirmar que a consciência moral é como
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um juiz interno, informa-se da situação, consulta as normas estabelecidas, interioriza
como suas ou não, toma as decisões e julga seus próprios atos.
Ética é uma parte da filosofia, que busca refletir sobre o comportamento
humano, o agir sob o ponto de vista do bem e do mal, de justo e de injusto.
A ética é a reflexão do comportamento moral dos homens, enquanto vivem em
sociedade. A moral é a aplicação de princípios ou normas ao comportamento humano.
Todos os grupos humanos preservam seus valores fundamentais, transformando-os
em normas, que devem ser seguidas por todos os seus membros. A reflexão ética é,
portanto, o ato de repensar as normas e como aplicá-las no comportamento humano.
A definição mais comum de ética é “a busca do conhecimento do ser para
construir aquilo que deve ser”. A palavra vem do grego “ethikós”, que significa
“costume, comportamento”.
A ética tem duplo objetivo:
1 – elaborar princípios de vida capazes de orientar o homem para uma ação
moralmente correta;
2 – refletir sobre os sistemas morais elaborados pelos homens.
As questões éticas abrangem largo campo da vida humana. Pois como o
homem, além de sua dimensão individual, é também um ser social, o agir humano
atinge a sociedade. A ética tem preocupações práticas. Ela orienta-se pelo desejo de
unir o saber ao fazer.
Como filosofia prática, a ética busca aplicar o conhecimento sobre o ser, para
construir aquilo que deve ser. A ética abrange normas morais e jurídicas. Na prática, a
ética procura responder as perguntas, as questões tais como:
_ O que devo fazer? Como devo agir? O que devo fazer para ser justo?
_ Que tipo de atitude devo ter como pessoa e como cidadão?
_ Que valores devo escolher para guiar minha vida?
_ Que tipo de atitudes devo praticar como pessoa e como cidadão?
_ Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo mesmo, com meus
semelhantes e com a natureza?
_ Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida?
O tradicionalismo é um movimento social, com filosofia de atuação, portanto é
um movimento filosófico, e exige de cada tradicionalista a consciência moral e ética.
O tradicionalismo nasceu da insatisfação, da inquietude e do despertar da
consciência crítica dos jovens estudantes da década de quarenta do século XX, em
sentir o desconhecimento e o descaso do povo rio-grandense ao negar sua própria
histórica, aculturado-se com influências norte- americanas. Primeiro, veio o espanto e
a decepção de ver o gaúcho sentir vergonha e negar sua tradição histórica, depois, o
despertar crítico em ver a juventude aceitar, acatar e expandir a cultura norteamericana no Rio Grande do Sul. Essa juventude estudantil, oriunda da zona rural,
queria uma explicação para o que ora acontecia, ao mesmo tempo que buscava
caminhos viáveis para o caos cultural da época. Foi por tal motivo, que aceitaram o
convite do Governo do Estado para recepcionarem os restos mortais de David
Canabarro (5 de setembro de 1947). Eles queriam e sonhavam, “com o conhecer
verdadeiro e a propagação da história, da tradição e da honradez do Rio Grande do
Sul”. Assim, despertaram, na comunidade rio-grandense, não só a consciência de ser
gaúcho, mas a consciência de valorizar a tradição histórica do gaúcho, no contexto
nacional. A busca pela valorização histórica tornou os estudantes cada vez mais
ambiciosos, críticos e exigentes na busca de alternativas para propagar e difundir o
patrimônio sócio-cultural do povo gaúcho a outras gerações.
Os jovens da época sentiram a grande necessidade de entender, de explicar e
divulgar tudo de maneira clara, coerente, concreta e precisa. Por isso, em 1947, surgiu
o DTG do Colégio Júlio de Castilhos, e curiosamente, estudantil ligado ao Grêmio da
escola, a Chama Crioula e a Ronda Gaúcha, que mais tarde deu origem a Semana
Farroupilha, e, já no ano seguinte, foi motivo da fundação do primeiro pólo cultural da
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tradição gaúcha, o “35 CTG”, em Porto Alegre, que muito contribuiu na proliferação de
tantos e tantos outros pelo Brasil a fora, inclusive no exterior.
Hoje, podemos até considerar o ”Piquete da Tradição” e o “Grupo dos Oito”,
bem como os fundadores do “35 CTG” como “filósofos do tradicionalismo”. Tal como
Pitágoras, eles não detiveram a posse do tradicionalismo. Humildemente, assumiram o
posto de serem amantes da tradição gaúcha, amantes do saber, alguém que procura a
sabedoria, que busca alcançar a verdade. Com o decorrer do tempo, a tradição
gaúcha foi tomando espaços, foi crescendo no pago gaúcho e no pago brasileiro,
chegando inclusive a outros países.
No tradicionalismo, não basta saber, não basta conhecer a tradição gaúcha, é
preciso fazer tradicionalismo. E o fazer tradicionalismo se faz de diversas maneiras.
Qual delas será a melhor?
A mais justa?
Qual o fazer tradicionalismo traz felicidade ao gaúcho?
Porém, o fazer tradicionalismo exige consciência, moral e ética.
Todos nós “seres humanos e tradicionalistas” somos seres conscientes, assim
afirma a Psicologia; somos seres eminentemente sociais, é o que nos diz a Sociologia;
sabemos julgar nossos atos, é o que nos afirma a Filosofia; “sabemos que sabemos”,
é o que nos afirma a Biologia.
Portanto, temos condições plenas de questionarmos e respondermos a nós
mesmo e ao nosso grupo social, as seguintes questões:
Será que somos ou estamos tradicionalistas?
Temos consciência tradicionalista?
Fazemos tradicionalismo de fato?
Conhecemos a “Carta de Princípios”?
E o Estatuto e Regulamento do MTG e do CTG e o Regimento Interno da
Região Tradicionalista?
E a tese o “Sentido e o Valor do Tradicionalismo”?
Como anda a nossa participação nas atividades culturais, nos Encontros
Regionais, nas programações da nossa Entidade, da nossa Região e da nossa
federação MTG?
Colaboro realmente com a Entidade que pertenço ou só critico?
Minha participação é exclusiva em grupos de danças, em rodeios, em
concursos de prendas e peões?
Sou realmente um tradicionalista?
Preocupo-me com os rumos do Movimento Tradicionalismo Gaúcho ou só com
a Entidade a que pertenço ou a que administro?
Estou consciente de que, no momento em que pertenço ao quadro social de
uma Entidade Tradicionalista ou ainda mais,integro a Patronagem de uma Entidade
Tradicionalista eu sou integrante do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG?
Será que sou realmente tradicionalista porque participo somente de fandangos
opu dos festejos farroupilhas?
Será estou consciente do significado da Semana Farroupilha para o Rio
Grande do Sul?
Preocupo-me somente com o desfile do “20 de setembro”?
Será que tenho o direito de dizer que sou tradicionalista por querer frequentar
somente os bailes sem usar a indumentária?
Tais questionamentos de “fazer tradicionalismo, ser ou estar tradicionalista”,
merecem uma consciência reflexiva. A resposta só a consciência do agir e reagir
individual dará a cada um de nós.
“A teoria sem prática é inútil, mas a prática sem a teoria é ingenuidade”. Vamos
fazer tradicionalismo e depois teorizá-lo.
Além da consciência lógica, o ser humano é dotado de consciência moral, que
é o observar a sua própria conduta e a partir daí, formular juízo sobre seus atos, sobre
suas atitudes passadas e presentes, inclusive suas intenções futuras. Somente depois
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de julgar seus próprios atos, terá condições de escolher, dentre as circunstâncias
possíveis, o próprio e o melhor caminho na sua vida, inclusive como tradicionalista. A
esta possibilidade de poder escolher o caminho de como fazer história, inclusive
história tradicionalista, a filosofia chama de LIBERDADE.
A capacidade de poder julgar suas próprias atitudes, ações e de poder decidir
se suas atitudes, suas ações são boas ou más, se servem ao bom ou ao mau
desempenho como pessoa e consequentemente como tradicionalista chama-se de
CONSCIÊNCIA MORAL.
A reflexão sobre o comportamento como pessoa e como tradicionalista, uer
sob o ponto de vista das noções de bem ou de mal, de justo ou injusto é o que
chamamos de ÉTICA.
As questões éticas abrangem largo campo da vida do ser humana, que é
eminentemente social, portanto, abrangem a vida de um tradicionalista. Como ser
humano e como ser tradicionalista, além de sua dimensão individual, é também um ser
social. O agir humano do “ser tradicionalista” atinge a sociedade tradicionalista e a
sociedade tradicional. Por isso devemos ser a mesma pessoa em todo e qualquer
lugar onde estivermos.
As questões éticas não se restringem apenas na busca do conhecimento
teórico sobre os valores do “ser tradicionalista”, cuja origem e desenvolvimento
levantam questões de caráter sociológicas, antropológicas, religiosas e outros.
A ética tem preocupações práticas. Ela orienta-se pelo desejo de unir o saber
ao fazer tradicionalismo. E para isso, é preciso, é indispensável uma boa parcela de
conhecimentos teóricos, de cuidar da história tradicionalista. Assim podemos afirmar:
“A teoria sem a prática é estéril. E a prática sem a teoria é ingênua.”
Sempre que nos indagarmos sobre alguma coisa, passamos imediatamente a
reflexão no campo da ética.
O que fazer para ser uma pessoa e um tradicionalista justo?
Será que por usar vestido de prenda ou bombachas sou um verdadeiro
tradicionalista?
Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida pelos tradicionalistas?
Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo mesmo, com a
minha família e com meus companheiros, como cidadão e como tradicionalista?
Para que façamos tradicionalismo consciente, para que sejamos
tradicionalistas faz-se necessário conhecer, respeitar e praticar os objetivos do
Movimento Tradicionalista Gaúcho, consubstanciados na Carta de Princípios.
Nas questões morais, éticas e filosóficas, a Carta de Princípios nos diz o que o
tradicionalismo espera de cada um de nós. Vejamos:
Os aspectos éticos da Carta de Princípios são os seguintes:
Art. 3º- Promover no seio do povo, uma retomada de consciência dos valores
morais do gaúcho.
Art. 12- Evitar todas formas de vaidade e personalismo que busquem no
Movimento Tradicionalista veículo para projeção em proveito próprio.
Art. 13- Evitar toda e qualquer manifestação individual ou coletiva, movida por
interesses subterrâneos de natureza política, religiosa ou financeira.
Art. 14- Evitar atitudes pessoais ou coletivas, que deslustrem e venham em
detrimento dos princípios da formação moral do gaúcho.
Art. 15- Evitar que núcleos tradicionalistas adotem nomes de pessoas vivas.
Art. 16- Repudiar, enfim, todas as manifestações e formas negativas de
exploração direta ou indireta do Movimento Tradicionalista.
São os seguintes aspectos filosóficos da Carta de Princípios:
Art. 5º- Criar barreiras aos fatores e idéias, que nos vêm pelos veículos
normais de propaganda e que sejam diametralmente opostos ou antagônicos aos
costumes e pendores naturais do nosso povo.
Art. 7º- Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através
de reações emocionais etc.; criar, em nossos grupos sociais uma unidade psicológica,
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com modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao
meio, para a reação em conjunto frente aos problemas comuns.
Art. 9º- Lutar pelos direitos humanos de liberdade, igualdade e humanidade.
Art. 10- Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que têm como
característica essencial absoluta independência de sectarismo político, religioso e
racial.
Art. 18- Incentivar, todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio
dos autênticos motivos regionais.
Art. 25- Pugnar pela independência psicológica e ideológica do nosso povo.
O perfil da personalidade do gaúcho: lealdade, fraternidade, hospitalidade,
respeito à palavra empenhada, coragem, altivez, sobriedade, sinceridade, franqueza,
firmeza de atos, perseverança, insubmissão, religiosidade, fidelidade à Deus, à Pátria
e à Família, respeito às leis, respeito mútuo, ou seja, respeitar e ser respeitado deve
ser o grande estandarte da CONSCIÊNCIA MORAL E ÉTICA TRADICIONALISTA.
Vamos praticar tradicionalismo com conhecimento de causa e só depois
teorizá-lo.
As cores do Rio Grande são as cores tradicionalistas e devem enlaçar o “SER
TRADICIONALISTA” EM FAZER “TRADICIONALISMO CONSCIENTE”.
Porto Alegre, 8 de dezembro de 2013.
MARIA IZABEL TRINDADE DE MOURA
CONSELHEIRA DO MTG
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