POLUI(:AO, ECOSSISTEMA E DESENVOLVIMENTO

Propaganda
7
Arq.Apadec,l(I):jul. dez., 1997
POLUI(:AO, ECOSSISTEMA E DESENVOLVIMENTO
Fabio Alexandre Chinalia'
CHINALIA, F.A. Polui,ao, ecossistema e desenvolvimentoArq. Apadec, 1(1):5-10,1997.
RESUMO: Esse texto compara 0 ecossistema com urn sistema meciinico, e exemplifica que ambos apresentam urna estrutura e urna fun,ao defmida. as diferentes graus de polui,ao sao avaliados alTaves das altera,oes
nessa estrutura e/ou fun,ao, que podem ser monitoradas, enquanto sao discutidos os efeitos na estabilidade do
ecossistema. Entre algumas formas de monitoramento, encontram-se as 3valiayoes de variaveis quimlcas. biologlcas e quinuo-bioI6gicas. A diversidade expressa em termos de riqueza ou uniformidade de especies e unl
exemplo de uma variavel blO16gica muito utilizada na diferencia,ao dos graus de polul,ao. Uma maneira que se
encontrOll para controlar a poluiyao foi 0 desenvolvimento atenuado. enquanto ainda se discute wna politica
ambiental ecologicamente correta.
PALAVRAS-CHAVE: Polui,ao; Desenvolvimento e ecossistema.
INTRODU<;:AO
o termo ecologia foi oficialmente proposto
pelo z0610go a1emao Ernst Haeckel (1869 - 1870)
com a intenyao de definir uma ciencia que estuda
os organismosem seu ambiente natural. Em 1916,
Clements propoe 0 termo bioma para designar formayoes vegetais associadas com comunidades animais. 0 termo ecossistema foi introduzido pelo botamco ingles Tasley em 1935, para descrever uma
area em que 0 ambiente abi6tico, juntamente com
as suas populayoes em comunidades e considerado em urn estudo integrado (ACOT, 1980).
Os termos bioma, ecossistema e ambiente muitas vezes se confundem na mente dos leigos ou ate
mesmo entre os professores de ciencias elou biologia. Tal fato se deve ao uso inadequado desses
termos feitos pela midia, onde e possivel constatar
frases como "preservar 0 ambiente", "este ambiente esta poluido", "salvar 0 ecossistema", etc.
Mais eficiente do que redefinir esses termos
ou conceitos e entender como cada urn atua no campo da ideia formal. 0 termo ecossistema, por exemplo, possui como fator inerente a seu usc, a ideia
de que os organismos vivos organizam-se em estruturas com funy(ies definidas no ambiente, assirn
como urn motor de urn carro e movido por urn combustivel inflamavel e executa 0 trabalho mecamco
de transladar pessoas. 0 liquidificador, outro exemplo, e ativado pela energia eletrica e executa a tarefa de triturar e misturar os alimentos. 0
ecossistema e urn sistema que processa a luz solar,
ou e ativado por ela, e executa a funyao de transformar a energia eletromagnetica (luz) em energia
quimica ou materia orgamca e transferi-Ia para uma
sene de pequenas engrenagens ou organismos. Essa
transferencia resulta em urn fJuxo unidirecional de
energia (ODUM, 1983)
.
,
.
este contexto, 0 ecosslstema e caractenzado por qualquer area cuja delimitayao e definida
pela sua estrutura e funyao. Por esse motivo, 0
ecossistema pode ser urn aquario, urn terreno balclio ou urna formayao fJorestal inteira; basta que nesta
area ocorra a produyao e transferencia de energia
atraves dos diferentes niveis tr6ficos. Durante esse
, .
processo a matena presente nas pequenas engrenagens ou organismos e sempre reaproveitada. Isto
e, como a materia e limitada no ambiente e indispensavel para promover a produyao e transferencia de energia; ela e constantemente reciclada pelos seres vivos.
Em linhas gerais, a funyao do ecossistema e a
de produzir e transferir energia atraves de urn reaproveitamento da materia. A sua engrenagem e definida como 0 arranjo tr6fico (trophe= alimento) no
qual os organismos sao didaticamente agrupados em
produtores, consurnidores e decompositores. Porem,
as suas relay(ies sao na maioria das vezes mais complicadas do que essa divisao didatica.
POLUI<;:AO
Pode-se conseguir uma definiyao para a palavra poluiyao consultando urn dicionano, onde literalmente explica-se "Ato ou efeito de poluir, con-
. Professor Assistente do Departamento de Ciencias Biologicas da UNICENTRO e membro do Conselho da Apadec
•
-
,
Arq. Apadec. t(l):jul. dez.. 1997
8
-
taminayiio e conseqUente degradavao do meio natural causadas por agentes quimicos, detritos domesticos, industriais, etc." (FERREIRA, 1986)
A Ideia de poluivao ambiental, oferecida por
essa definivao, abrange uma serie de aspectos que
vao desde a contaminavao do ar. das aguas e do
solo adesfiguravao da paJsagem (FELLENBERG,
1980) Com essa perspectiva fica dificil discernir
o que em nosso planeta ainda nao esta poluido.
A grande maioria dos exemplos de poluivao
podem ser relacionados com duas causas basicas,
a industrializa<;iio e 0 aumento populacional. a crescimento populacional influencia porque este acarreta a cnavao de novas areas urbanizadas, onde se
concentram as atlvldades das industnais. as centros urbanos estao diretamente ligados aos
ecossistemas naturais por serem estes fontes de recursos basicos aos processos de produvao industriaL Com a urbanizavao, sao necessarias mais areas cultivaveis e/ou 0 aperfeivoamento de tecnicas
para aumentar a produvao. Para isso, necessita-se
de uma maior quantidade de energia e assim
constroem-se as hldroeletricas e acelera-se as atividades de mineravao, que modifica significativamente a paisagem. Entre outras necessidades, mas
nao menos importantes, aumentam-se as areas de
despejos de lixo (DREW, 1994).
Comparando-se as areas urbanizadas com as
naturais percebe-se uma diferenva entre os graus
de contaminavao ou poluivao (McDONNELL &.
PICKETT, 1990) A questao e, como relacionar e
distinguir a diferenva, pois a definivao de poluivao
adotada no dlclOnario nao se presta a ISSO. a uso
da palavra poluivao nao distingui qual regiao e mais
ou menos poluida e quais sao as suas conseqUencias para a manutenvao da vida.
Pode-se recorrer a outras fontes como a agencia norte-aJnericana, Environmental Pollution Panel,
que define a poluivao como sendo "uma alteravao
nao favoravel de nosso entorno, por produtos ou
avoes antr6picas (causadas pelo homem) produzindo direta ou indiretamente mudanvas nos padroes de energia, na composivao quimica, fisica
e/ou na abundancia dos organismos no ecossistema
(ANDREWS, 1972).
Com essa definivao, observa-se outros elementos que podem ajudar a compreender e diferenciar
os graus de poluivao A poluiyiio, ou melhor, 0 agente poluidor e classificado segundo a capacidade de
desestabilizar a funvao ou a estrutura do ecossistema
(PlMM, 1979). Em outras palavras, urn alto grau
de poluivao esta diretamente relacionado com a alteravao na capacidade de transfonnavao e transferencia de energia ou na ciclagem da materia.
AVALlACAO DO GRAU DE POLUICAO
A poluivao tern side assunto dos meios acadernicos e muitas inforrnavoes sao produzidas ano
ap6s ano, principalmente aquelas que se referem
os seus efeitos na estabilidade do ecossistema.
Fala-se muito sobre estresse e sua ligavao com 0
impacto ambiental, que pode ser c1assificado em
pouco, moderado ou altamente poluido ([YES,
1995)
Esse fato ocorre porque a avaliavao do grau
de poluiyiio tornou-se possivel tomando como base
a funvao e a estrutura do ecossistema. Embora, ainda seja necessario definir quais seriam as unidades
de medidas para uma avaliavao.
KEOUGH & QUINN (1991) dividem essas
unidades, segundo 0 nivel ecol6gico em: caracteristicas individuais, popula-cionais e de comunidade. Isto
e, pode-se detectar 0 grau de poluivao atraves da
contaminavao dos individuos analisando as suas alteravoes fisicas, bioquirnicas ou reprodutivas Avalia-se as a1tera<;6es de densidade de uma populayiio
em especial, principalmente quando esta e uma especie indicadora ou facilmente ,associ ada aos diferentes graus de contarninavao. E possivel, tambem,
avaliar 0 grau de diversidade de uma comunidade.
Em urn estudo ecol6gico, 0 carninho mais adotado ea avaliayiio da diversidade. A diversidade pode
ser expressa atraves de dois indices basicos: a riqueza
ou a uniforrnidade das especies. Por isso, quando se
atribui uma alta diversidade para urn ecossistema e
necessario investigar se esta afirrnayiio refere-se a riqueza ou a uniforrnidade de especies.
A uniformidade e definida como sendo uma
densidade equacional entre as especies, ou seja,
em uma alta uniforrnidade todas as especies apresentam uma relavao dinfunica e equilibrada com relavao a densidade. Uma baixa uniforrnidade significa que uma ou duas especies apresentam, compara-tivamente, uma alta densidade ou uma especie predornina numericamente dentro da comunidade.
a ecossistema poluido e caracterizado por uma
baixa riqueza de especies (poucas especies em uma
deterrninada area) ou uma baixa uniforrnidade de
especies (uma ou duas especies dorninam numerica-
Arq. Apadec. l(I):jul. dez., 1997
mente as outras). Quando isso acontece, diz-se que
o ecossisterna apresenta baixa diversidade (tanto em
tennos de riqueza como de uniformidade de especies). Porem, e possivel que em alguns casos em
que urn ecossistema moderadamente poluido, apresente graus mais elevados de diversidade. Esse fenomeno ocorre porque em urn ambiente moderadamente poluido aumenta-se as fontes de recursos alimentares. Para se certificar desse fenomeno e necessario estudar 0 ecossistema em quesilio, e assim
investigar as outras informay6es, tais como as caracteristicas populacionais e individuais.
este tipo de avaliayao sao necessarias comparayaes constantes com outros ambientes pr6ximos ou semelhantes e nao impactados ou com
dados hist6ricos da area em estudo.
A partir de tudo que se discutiu ate aqui, a
poluiyao deixa de ser definida como apenas a contarninayao do ambiente e passa a ser relacionada
com as mudanyas da estrutura e/ou funyao do
ecossistema, e uma das fonnas de medir essa alterayao ou impacto e a diversidade descrita pelos
indices de riqueza ou uniformidade de especies. Assim e possivel classificar os ecossistemas em pouco, moderado ou altamente poluido ou impactado.
ESTABILIDADE DO ECOSSISTEMA
o ecossistema, assim como seus componentes basicos, os organismos vivos, apresenta a capacidade de controlar a sua funyao e estrutura atrayes de urn mecanismo chamado de Homeostase
(homeo = igual estasis = estado). 0 ecossistema,
como uma unidade definida, utiliza dois recursos
para estabilizar a sua funyao e estrutura: atraves da
capacidade de resistir ao agente poluidor chamada
de "resistencia"; e da capacidade de absorver a
ayao poluidora chamada de "resiliencia". Por esse
motivo, a estabilidade de urn ecossistema e definida em tennos de resistencia ou resiliencia, mas
ambas apresentam urn limite a partir do qual ocorre uma perturbayao irreversivel caracterizando urn
ambiente poluido. (ODUM, 1985; TILMAN,
1996).
Desde que a poluiyao foi definida e quantificada atraves de suas conseqiiencias para a funyao e a
estrutura do ecossistema, ficou comurn 0 uso da palavra impacto ou estresse. Embora nao se tenha ainda deterrninada uma diferenya conceitual entre essas palavras, a analise do contexto onde elas aparecern remete a palavra estresse as alteray6es nos
9
mecanismos homeostaticos do ecossistema, enquanto a palavra impacto geralmente aparece associada
as mudanyas na estrutura ou funyao do ecossitema.
Portanto, urn impacto seria 0 causador de urn estresse. 0 estresse pode ser originado de urn pulso,
quando a perturbayao poluidora ocorre esporadicamente, como nos casas dos acidentes ecol6gicos,
ou atraves de urna ayao cronica. Avaliar urn estresse
causado por uma ayao poluidora cr6nica e mais dificil, principalrnente quando 0 ecossisterna apresenta uma estabilidade por resiliencia.
DESENVOLVIMENTO
Tentar calcular 0 efeito desse estresse na estabilidade do ecossistema pode levar muito tempo e, e
possiveL que a maioria dos ecossistemas estressados
nao esperem 0 tempo necessario antes de entrar em
urn colapso irreversivel nos seus mecanismos
homeostliticos. Mesmo sem compreender completamente os efeitos da poluiyao nos mecanismos
homeostaticos do ecossitema, e possivel monitonila e mante-la sob urn certo controle, atraves de indicadores quirnicos, biol6gicos e quimio-bioI6gicos.
Entre as variaveis quimicas encontra-se a
quantificayao de ions de nitrogenio e f6sfora ( e P
) ou comumente chamados de nutrientes por serem
imprescindiveis para 0 processo de produyao orgiinica (fotossintese). A demanda bioquimica de oxigenio (DBO) e urn exemplo de urna variavel quimiobiol6gica e a diversidade de uma comunidade e urn
exemplo de uma variilvel biol6gica, assim como os
testes de toxicidade e genotoxicidade.
A toxicidade de uma amostra qualquer e medida a partir de sua capacidade de, em uma deterrninada concentrayao, matar cinqiienta por cento
de uma populayao de organismos testes (eL50)
ou concentrayao letal para cinqiienta por cento da
populayao teste. Os testes de genotoxicidade de
uma amostra qualquer mede 0 seu poder mutagenico; para tanto, sao utilizados organismos especialmente preparados (LIU & DUTKA, 1984).
o simples monitoramento, porem, nao tern se
demonstrado eficaz no controle da poluiyao; e necessario criar urna politica de desenvolvimento mais
adequada Ii explorayao dos recursos naturais.
LlliANORI (1991) cita que muitos paises
vern se utilizando de varios tipos de incentivos economicos para controlar a poluiyao, como taxas e/
ou concessao de beneficios. Nao e dificil de observar que, em urn pais como 0 nosso, a adminis-
Arq. Apadec, l(I):jul. dez., 1997
10
•
trayao politica e social esta totalmente desatrelada
das questoes ambientais. Este e urn fato facilmente
demonstrave~ basta observar como as decisoes poIiticas sao realizadas. ao sao descritos muitos casos onde urn govemante qualquer tenha, por livre e
espontiinea vontade, procurado avaliar como as
suas ideias influenciariam 0 ecossistema. Na maioria esmagadora dos casos, as negociayoes para as
instalayoes de industrias, loteamentos, areas de explorayao agricola ou mineral ocorrem antes da avaliayao do impacto das mesmas sobre 0 ecossistema.
Essas avaliayoes ocorrem apenas porque sao previstasporlei(MAGLlO,1991).
Falta a nossa sociedade a conscientizayiio adequada sobre 0 uso dos recursos naturais. Apos
seculos de modelos antropocentricos, 0 homem
defronta-se, hoje, com a responsabilidade dos seus
atos. Para aqueles que trabalham urn pouco mais a
capacidade individual de raciocinio, avaliam que a
dimensao dessa responsabilidade pode se perder
no tempo comprometendo as futuras geraVOes. Essa
preocupayao, em particular, causou revolta de muitos "ecologistas" e "ambientalistas" que pregam a
preservayao absoluta da natureza em detrimento
do desenvolvimento.
o biocentrismo, no entanto, provou ser ele a
outra face da moeda do radicalismo antirracional. A
sociedade modema nao possui mais a ingenuidade
da ignoriincia, ou seja, todos conhecem os prazeres
dos Shoppings, do consumo e da tecnologia. Epor
esse motivo que hoje se fala em desenvolvimento
sustentado, muito embora, na pratica a politica atual
adote 0 modelo do desenvolvimento atenuado. A
politica do desenvolvimento auto-sustentavel objetiva urn modele cuja perspectiva e definir e estabelecer relayoes entre os ecossistemas e 0 desenvolvimento (MAGLIO, 1991).
Como esse objetivo nao foi ainda atingido, a
politica do desenvolvimento atenuado criou os mecanismos de controle da poluiyao anteriormente
citados. Para complementar a pratica de monitoramento surgiu 0 Estudo de Impacto Ambiental (ElA)
eo Relatorio de Impacto Ambiental (RIMA).
o principal inirnigo nao e 0 desenvolvimento,
mas sim a ignoriincia
de como gerenciar os recur,
sos naturais. E por este motivo que a atuayao dos
professores de ciencias e biologia e fundamental
para ajudar a resolver este problema.
Os membros adultos da sociedade de hoje nao
possuem a capacidade de oferecer uma resposta
racional para 0 que seja 0 desenvolvimento sustentado. Nao se sabe como organizar uma explorayiio dos recursos naturais sem afetar a estrutura e a
funyiio do ecossistema e talvez isso nao seja possivel. 0 homem ainda precisa entender mais desta
relayao, ecossistema e desenvolvimento, e assim
aprender a gerenciar a "estabilidade" dos ecossistemas mesmo com mudanyas. Para tanto, e necessario tempo e uma das poucas atitudes que se pode
fazer de concreto, alem de melhorar as que ja sao
utilizadas, e oferecer urn conteudo genuino e livre
de erros ou confusoes conceituais, para que a sociedade possa vir a sentir a influencia e 0 peso que
a conscientizayao pode exercer nas declsoes politicas. ,
E verdade que falta aos govemantes a capacidade de organizar uma politica "ambiental" para
o desenvolvimento; por outro lado, falta aos professores a capacidade de gerenciar sua propria
capacitayao e a de seus alunos, os futuros politicos. Na maioria dos casos e mais comodo 0 sono
sem sonho da ignoriincia, do que 0 esforyo e 0 trabalho na busca do conhecimento.
.
,
REFERENCIAS BmLIOGRAFICAS
ACOT. P. Hist6ria da ecologia. Rio de Janeiro. Camous. 1980.
p.212.
ANDREWS. W.A Environmental poDurian. New Jersey. Prentice-Hail, 1972. p.2 59.
DREW, D. Processos interarivos homem-meio ambientc. Rio
de Janeiro, Bertrand Brasil, 1994. p.206.
FELL ENBERG. G. lntrodu~jo aos problemas da polui-;ao
ambiental. Sao Paulo. EDUSP. J980. p.196.
FERREIRA, A.B.H. Novo didonario Aurelio. Rio de Janeiro.
Nova Fronteira, 1986.
IVES,AR. Measuring resilience in stochastic systems. Ecol. Monogrr., 6S: 217-233, 1995.
KEOUGII, MJ.; QUINN, G.P. Casuality and the choice of measurements for detecting human impacts in marine environments.
Awt. J. Mar. Freshwater Res. ,42: 539-554, 1991
UBANORI,A. Incentivos economicos para controlar a poluiyao.
Ambiente, 5: 21,1991.
L1U,D.; DUTKA,BJ. Toxicity screening procedures using
bacterial systems New York, Marcel Dekker, 1984. p.476.
MAGLIO, I.C. A politica ambiental e 0 desenvolvimento. Ambicote, 5: 41- 46, 1991.
McOONNELI, MJ.; PICKETI, T.A Ecosystem structure and function along urban-rural gradients: an unex.ploitcd opportunity
for ecology. Ecology ,71: 1231-1237,1990.
ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro, Guanabara, 1983. p.434.
ODUM, E.P. Trends ex.pected in stressed ecosystems. BioScienco,3S:419-422, 1985.
PIMM, S.L. Complexity and stability: another look at MacArthur's
original hypothesis. Oikos, 33: 351-357, 1979.
TILMAN,D. Biodiversity: population versus Ecosystem stability.
Ecology ,77: 350-363, 1996.
Agradecimentos: it professora Rosi Kaminski pel a revisio do texto
Download