O RENASCIMENTO Fim do séculos 14 até fim do século 17. No centro do interesse do Renascimento está o homem, o que é um pensamento herdado da cultura greco-latina: o humanismo. No Renascimento há uma inclusa declaração: O Homem é a Glória do Mundo. O homem agora confia em duas coisas: a Experiência e a Razão. Agora a burguesia paga os artistas e eles todos assinam as obras de arte. Os artistas são todos conhecidos nominalmente. Não há mais só artesãos como na Idade Média: agora os expoentes são Artistas. A PERSPECTIVA Os espaços pictóricos são perfeitamente geométricos e a preocupação com a perspectiva está em todas as obras. A perspectiva é a representação da percepção da Razão. No início do século 14 um grupo de artistas começou a representar o espaço na pintura com uma enorme exatidão. A perspectiva linear colocava no espaço os elementos vários e até as figuras humanas e divinas com exatidão. O ponto de fuga em geral era central. Mas também há a perspectiva com dois pontos de fuga. LEONARDO (1452-1519) “O corpo humano é tão perfeito que quando a alma sai dele, sofre.” Leonardo da Vinci Estuda-se anatomia e o interior do corpo humano e procura-se aprofundar esse conhecimento. O pioneiro nessa ciência foi Leonardo. A nudez e sua beleza ideal, preocupação grega, ressurge nos artistas, entre eles Michelangelo, e Rafael. Leonardo da Vinci (1552-1519) foi o primeiro a fundir a figura humana com a paisagem e não com ambientes internos. Foi o estudante da luz em virtude disso. Leonardo é o primeiro a pintar efeitos atmosféricos. Sua perspectiva está no ar por meio de luz e sombra, graduais chiaro-oscuros . O ambiente para A Virgem das Rochas é inédito na história da pintura. O ambiente é insólito: uma gruta. Ele fez um estudo da fisionomia com a maior profundidade e o rosto de Mona Lisa é a expressão da mente daquela mulher. O sorriso está em seus olhos mais do que na boca. Quem a olha se sente olhado. MICHELANGELO (1475-1564) Ele foi intimado por Clemente VII, o Papa, para pintar o teto da Capela Sixtina. Sixtina como homenagem ao Papa Sixto, tio de Júlio. Michelangelo argumentou que estava ocupadíssimo com obras que ele queria muito terminar. Mas foi forçado a iniciar as obras pedidas por Clemente VII. Sua obra colossal e de realização dificílima no teto da Capela trata dos principais assuntos do Velho Testamento desde a Criação do mundo: a separação das águas e da terra; a Criação de Adão; a Criação de Eva; o Pecado original; o sacrifício de Abraão; o Dilúvio e a embriagues de Noé. Um trabalho infernal que hoje não seria iniciado por ninguém no mundo. Hoje não usariam o afresco em um teto (pigmentos diluídos em água sobre argamassa fresca). E lembrar que o trabalho no teto era feito pelo pintor deitado. COMMEDIA DELL’ARTE Começa na Itália no Século 16 e se espalha pela Europa. Commedia Dell’Arte = comédia da habilidade. Arte mimética, improvisação ágil (rude e burlesca), jogo teatral primitivo. Os atores eram treinados desde pequenos para um personagem; cantar, dançar, fazer mímica, fazer acrobacias. Temas: amor, dinheiro, comida, trabalho, vida do imigrante rural na cidade. Conflitos demasiadamente humanos. São o contraponto ao teatro literário culto dos humanistas. Não fazem questão de espaço, usam qualquer lugar, não tem preconceito. Tem a sua base no teatro medieval itinerante. Origens: 1) Carnaval de Veneza – vários personagens com meia máscara (Pantaleão) 2) Farsa Carnivale – Nápoles 3) Comédia Bufa – Florença Cenografia: 3 casas em perspectiva de cada lado, a primeira é em praticável, algumas vezes é só cortina. Usam cortinas fechadas Personagens : tipos fixos e característicos de cada região da Itália - Pantaleão (comerciante de Veneza) - Arlequim e Brighella (norte da Itália, Bergamasso) - Doutor Bolonha (primeiro ele é advogado) - 2 granfinos de Roma - El Capitano (soldado espanhol, é ridicularizado, vem da comédia nova grega) - Paliate (do Sul da Itália, se apresentam com macacões e bolso cheio de palha) 2 elementos básicos: 1) Angelo Beolco: diretor de Cia, 1502-1542, personagem típico ‘Il Ruzzante’, camponês branco, ele escreve suas comédias e determinou fixar o gênero, eram improvisações 2)Seamaffeo: 1545 – estrutura a comédia: 1 prólogo e 3 atos. Era também dono de uma Cia que dá o nome de Commedia Dell’Arte (significação mais aceita: comédia de profissionais, mais artista, apesar de ser desprezada pelos intelectuais por não ser escrita) Filme: “A viagem do Capitão Tornado” Personagens: 1) jovens enamorados: um rapaz e uma moça, não usam máscara, apenas tem que ser bonitos e não precisam atuar bem; 2) os servos – masculinos: Arlequim, sujeito rústico com roupas de remendos, usa chapéu com rabo de animal, depois se transforma em roupa com formas geométricas e chapéu pontudo, sujeito inteligente, ‘O pastelão de Arlequim’, se tornou o personagem romântico do triângulo amoroso da Commedia Dell’Arte moderna, conquistador Brighella: ruim, trapaceiro, mentiroso Pedrolino: em francês Pierre-Pierrot, idealista, amor platônico (o trio romântico foi criado pelos românticos Pierrot, Arlequim e Colombina não eram o trio romântico), roupas branca, calça e paletó; Pulcinella: Polichinelo, é o Karagoz do teatro de boneco, Petruska etc. É visto em todo o teatro europeu. Corcunda e narigudo. 3) velhos: Pantaleão – veneziano, roupa preta com capa vermelha e vice-versa , comerciante avarento Doutore – roupa preta tanto de Dr. como de Advogado, fala usando um latim macarrônico Geosomino – granfino romano El Capitano – espanhol, soldado fanfarrão, caçoada do espanhol que está dominando Nápoles, fala um dialeto misturado TEATRO OLÍMPICO DE VICENZA – Paládio - 1585