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Edição 1 • 12 de maio de 2017
ECONOTÍCIAS
Por que a febre amarela tem relação com a
degradação ambiental?
Segundo
a
última
divulgação
do
humanas: ribeirinhos e ecoturistas que
Ministério da Saúde, já são confirmados
vivem em áreas próximas às matas.
574 casos de febre amarela no Brasil,
Contudo,
sendo 187 mortes registradas em 91
atingindo pequenas cidades rurais e a
municípios. Colômbia e Peru também
preocupação é que, depois de mais de
estão às voltas com o problema. Mas só
70 anos, atinja novamente a área urbana
o Brasil teve casos confirmados de
onde o vetor do vírus é o mosquito
febre amarela. Por causa do avanço da
Aedes aegypti, mesmo transmissor das
doença, a Organização Mundial da
doenças dengue, zika e chikungunya.
Saúde reforçou o alerta para outros três
Apesar da ampliação das vacinas em
países vizinhos.
algumas
dessa vez a doença está
áreas,
a
doença
continua
avançando e especialistas relatam que o
aumento
de
humana
pode
surtos
estar
na
população
relacionado
à
degradação ambiental.
A destruição das florestas deixa os
macacos isolados em fragmentos, onde
Esta doença é ocasionada por um
vírus
da
família
Flaviviridae,
transmitido
pelos
mosquitos
esses animais não têm contato com
indivíduos de outros locais e acabam se
reproduzindo
apenas
com
parentes
Haemagogus e Sabethes que picam
próximos. Nessa situação eles se tornam
principalmente macacos de diversas
muito
espécies e propagam o vírus para
frágeis à exposição ao vírus, e desta
outros
das
forma, quando ocorre um surto da
ocorrem
doença as populações de macacos são
populações
praticamente dizimadas. Este fato pode
macacos
(início
dentro
florestas).
Periodicamente
pequenos
surtos
revistabio ika.org
em
parecidos
geneticamente
e
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ECONOTÍCIAS
explicar
as
centenas
encontrados
mortos
de
macacos
morte desses animais indica a região
atualmente em
onde o vírus está presente, o que pode
várias regiões, levando inclusive os
(Alouatta
bugios-ruivos
guariba
guariba) à grande ameaça de extinção.
Além do fator genético, o ambiente
degradado pode acarretar em perda de
indivíduos e de espécies (perda da
biodiversidade),
espécies
visto
sobrevivem
ambientais
que
em
inadequadas.
servir de alerta à população humana.
poucas
condições
Assim,
os
mosquitos encontrando número menor
de macacos nos fragmentos florestais,
buscam sangue humano ou de qualquer
outro mamífero, contribuindo para a
disseminação da febre amarela.
Nesse contexto, o desequilíbrio
dos
ecossistemas
fragmentação
de
gerado
pela
florestas
pode
interferir diretamente
na saúde
da
população humana. Por outro lado, a
preservação de ecossistemas íntegros
garante o equilíbrio e a saúde das
populações de animais silvestres, e
consequentemente, evita que o vírus da
febre
amarela
e
outras
doenças
silvestres atinjam a área urbana. A
preservação
de
florestas
está
relacionada à resultados de longo prazo
Além disso, há evidências de que a
e tem relevante importância para a
doença está “caminhanqo na paisagem”
manutenção da saúde das populações
(os
envolvidas. Como medida emergencial
surtos
não
se
iniciaram
simultaneamente em todos os locais),
destaca-se
indicando
cobertura
humanos
que
provavelmente
doentes
assintomáticos
os
a
necessidade
vacinal
da
de
maior
população
–
humana, visto que atualmente a vacina
maioria das pessoas infectadas – e os
é a principal forma de controle da
mosquitos
doença.
estejam
desempenhando
papel de dispersores do vírus, pois estes
apresentam
maior
capacidade
de
dispersão do que os macacos. Vale
ressaltar
que,
por
serem
muito
sensíveis, os macacos são os primeiros a
morrer no início dos surtos, portanto a
revistabio ika.org
Editora: Rosa Maria Dias
Mais informações:
https://www.youtube.com/watch?v=JR
OPMURrucI&feature=youtu.be
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http://g1.globo.com/bemestar/febreamarela/noticia/ministerio-da-saudeconfirma-574-casos-de-febre-amarelano-brasil.ghtml
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/n
oticia/2017-01/especialistas-investigamrelacao-entre-febre-amarela-edegradacao-ambiental
https://www.nexojornal.com.br/express
o/2017/01/29/Qual-%C3%A9-arela%C3%A7%C3%A3o-entredegrada%C3%A7%C3%A3o-ambiental-eo-surto-de-febre-amarela
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/1
6/politica/1484595238_183819.html
http://oglobo.globo.com/sociedade/sau
de/a-febre-que-silencia-as-florestas20873202
http://oglobo.globo.com/sociedade/sust
entabilidade/primata-pode-sumirdevido-surto-de-febre-amarela21189462
http://jornal.usp.br/atualidades/estabili
zacao-do-surto-de-febre-amareladepende-de-maior-vacinacao/
revistabio ika.org
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