Zika – Atualização Epidemiológica – 17 de novembro deApresentação 2016 Zika – Atualização Epidemiológica – 17 de novembro de 2016 [email protected] www.paho.org/bra www.paho.org/bra/salazika Vírus Zika (ZIKV) – Incidência e Tendências Até o momento, 48 países e territórios das Américas confirmaram a transmissão autóctone vetorial da doença do vírus zika desde 2015.1 Além disso, cinco países das Américas notificaram casos sexualmente transmitidos do vírus zika.2 Desde a última Atualização Epidemiológica sobre Zika (3 de novembro de 2016), nenhum outro país e/ou território confirmou a transmissão autóctone vetorial do vírus zika nas Américas (Figura 1). Figura 1. Países e territórios nas Américas com casos autóctones (vetoriais) confirmados de infecção pelo vírus Zika, 2015-2016 Nos Estados Unidos da América, casos de transmissão autóctone continuam sendo detectados na região de Miami Beach e no condado de Miami-Dade4. América Central5 Na América Central, o Panamá continua a notificar uma tendência crescente nos casos entre a SE 36 e a SE 41 de 2016. Nos demais países da América Central, a tendência permanece sendo decrescente. Caribe6 Montserrat, um Território Britânico Ultramarinho, é o mais novo território com detecção da circulação autóctone do vírus zika. Nas Ilhas Turcas e Caicos, houve uma tendência de aumento nos casos entre a SE 36 e a SE 38 de 2016. Enquanto isso, outros países/territórios do Caribe demonstram uma tendência decrescente nos casos de zika. América do Sul7 Destacado a seguir está um resumo da situação epidemiológica do vírus zika nas sub-regiões das Américas. América do Norte3 No México, desde o início do surto até a semana epidemiológica (SE) 39 de 2016, continua havendo uma tendência crescente nos casos. 1 Anguilla; Antígua e Barbuda; Argentina; Aruba; Bahamas; Barbados; Belize; Bolívia (Estado Plurinacional da); Bonaire, Santo Eustáquio e Saba; Brasil; Colômbia; Costa Rica; Cuba; Curaçao; Dominica; Equador; El Salvador; Estados Unidos da América; Guiana Francesa; Granada; Guadalupe; Guatemala; Guiana; Haiti; Honduras; Ilhas Cayman; Ilhas Turcas e Caicos; Ilhas Virgens Americanas; Ilhas Virgens Britânicas; Jamaica; Martinica; México; Nicarágua; Panamá; Paraguai; Peru; Porto Rico; República Dominicana; Santa Lúcia; São Bartolomeu; São Cristóvão e Nevis, São Martinho; São Vicente e Granadinas; Sint Maarten; Suriname; Trindade e Tobago; e Venezuela (República Bolivariana da). 2 Argentina, Canadá, Chile, Peru e Estados Unidos da América. 3 Canadá, México e os Estados Unidos da América. O Ministério da Saúde do Peru notificou que a partir da SE 21 de 2016, vem acontecendo um surto com tendência crescente na cidade de Iquitos. É a única cidade na qual continua tendo detecção de casos no Peru nas últimas treze semanas. Todos os países da América do Sul continuam a notificar números decrescentes de casos de zika. Esta semana o Ministério da Saúde do Brasil divulgou os resultados de um estudo realizado no país entre a SE1 e a SE 32 de 2016 utilizando dados do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-NET). Segundo o estudo, o maior número de casos foi registrado entre a SE7 e a SE9 de 2016, com o Centro-Oeste (270 casos por 100 mil habitantes) e o Nordeste (172 casos por 100 mil habitantes) notificando as maiores taxas de incidência. 4 Leia o relatório na íntegra. 5 Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá. 6 Anguilla, Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Bonaire, Santo Eustáquio e Saba, Curaçao, Cuba, Dominica, Granada, Guadalupe, Haiti, Ilhas Cayman, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens Americanas, Jamaica, Martinica, Porto Rico, República Dominicana, Santa Lúcia, São Bartolomeu, São Martinho, São Vicente e Granadinas, Sint Maarten, e Trindade e Tobago. 7 Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) 1 Apresentação Zika – Atualização Epidemiológica – 17 de novembro de 2016 Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika8 Até o momento, 20 países e territórios nas Américas notificaram casos confirmados de síndromes congênitas associadas à infecção pelo vírus zika. Desde a última Atualização Epidemiológica sobre Zika (3 de novembro de 2016), Argentina e Guadalupe notificaram casos confirmados de síndromes congênitas associadas à infecção pelo vírus zika. O caso na Argentina se trata de um bebê nascido na província de Tucumán na SE 42 de 2104, com idade gestacional de 34 semanas que apresentou perímetro cefálico de 31cm, artrogripose dos quatro membros, bandas amnióticas nas mãos e na perna esquerda e malformação intracranial (ventriculomegalia e lesões na fossa posterior). O bebê foi a óbito dez dias depois do nascimento. Até a SE 35, o Canadá notificou dois casos de transmissão do vírus zika da mãe para o feto; sendo que um teve anomalias neurológicas severas9. A partir de 1º de setembro, a tabela com o número de casos confirmados de síndromes congênitas vem sendo publicada semanalmente no site de Casos Cumulativos de Zika da OPAS/OMS. Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e outros distúrbios neurológicos Na Tabela 1 consta uma lista de dos países e territórios nas Américas com notificação de aumento nos casos Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e/ou confirmação laboratorial do vírus zika em pelo menos um caso de SGB. Tabela 1. Países e territórios nas Américas com SGB no contexto da circulação do vírus zika Aumento de SGB, com confirmação laboratorial do vírus zika em pelo menos um caso de SGB Confirmação labora-torial do vírus zika em pelo menos um caso de SGB Aumento de SGB, sem confirmação laboratorial do vírus zika em qualquer caso de SGB Brasil Colômbia El Salvador Guadalupe Guatemala Guiana Francesa Honduras Jamaica Martinica Porto Rico República Dominicana Suriname Venezuela Costa Rica Granada Haiti México Panamá Paraguai São Vicente e Granadinas Diretrizes para o diagnóstico sorológico da infecção pelo vírus zika A OPAS/OMS incentiva os Estados Membros a implementarem e aplicarem as Diretrizes para o diagnóstico sorológico da infecção pelo vírus zika da OPAS/OMS, publicadas em outubro de 2016, tendo em vista que a detecção dos anticorpos IgM contra o vírus zika (ZIKV) é uma ferramenta importante para a confirmação da infecção por esse vírus, a qual é associada a complicações, incluindo síndromes neurológicas e congênitas, e que o diagnóstico sorológico do ZIKV pode ser realizado utilizando o método ELISA de detecção dos anticorpos IgM a partir do sexto dia após o início dos sintomas até vários meses depois da infecção. Texto original em inglês Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). Zika Epidemiological Update – 17 de novembro de 2016. Washington, D.C.: PAHO/WHO; 2016 Pan American Health Organization • www.paho.org • © PAHO/WHO, 2016. Nota: A periodicidade da publicação da Atualização Epidemiológica deixará de ser semanal e passará a ser quinzenal até nova ordem. Desta forma, a próxima Atualização Epidemiológica sobre Zika está programada para o dia 17 de novembro de 2016. 8 Consulte a definição de caso. 9 Informações sobre o local onde a mãe contraiu a infecção não estão disponíveis ao público; no entanto, as autoridades canadenses informaram as autoridades nacionais do país onde se adquiriu a infecção. 2 Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS)