Etiópia Império Etíope CONTEXTO GERAL O Império Etíope, também chamado de Abissínia, está localizado no nordeste do continente africano, no “chifre da África”. Frequentemente apontado como o Estado mais antigo do mundo, o Império existe, aproximadamente, desde o ano de 1270, quando teve início a Dinastia de Salomônica. A região é cobiçada pelos italianos, pelo menos, desde a corrida colonial do século XIX. No episódio conhecido como Batalha de Adwa, a Etiópia resistiu com sucesso à tentativa de colonização da Itália e sua independência foi garantida após a Conferência de Berlim, reunião na qual as terras africanas foram partilhadas entre as potências colonizadoras europeias. PARTICIPAÇÃO NA SEGUNDA GUERRA Desde a segunda guerra ítalo-etíope, que aconteceu nos anos de 1935 e 1936, a Abissínia estava sob o domínio italiano. Após a entrada da Itália na Segunda Guerra ao lado dos alemães, entretanto, o Império Britânico, junto aos lutadores patriotas etíopes, e forçou a libertação do país no curso da Campanha da África Oriental. Mas foi somente em 1944 que a soberania completa da Etiópia foi reconhecida pelos britânicos. No contexto desta invasão, o rei Hailè Sellassiè denunciou, em 1936, na Liga das Nações, um possível uso de armas químicas, por parte da Itália, contra seu povo. A Liga determinou, então, que seus Estados-membros restringissem o comércio com a Itália, fato que não afetou a economia da potência fascista, pois ainda mantinha relações com outras potências fortes, como Estados Unidos e Alemanha, que não faziam parte da Liga. Este fato evidenciou a incapacidade da Liga das Nações de assegurar a paz mundial. A ETIÓPIA E AS NAÇÕES UNIDAS Após a invasão italiana, as tropas do rei Hailè Sellassiè montaram uma resistência, o que atrasou a campanha imperialista de Mussolini. Quando a Itália se aliou, porém, à Alemanha nazista, o Império Britânico apoiou as forças de resistências etíopes e, em 1941, as tropas do rei retomaram a capital, Adis Abeba. A visão internacionalista e a experiência política de Sellassiè são pontos que favorecem a promoção do multilateralismo e da segurança coletiva. Nesse sentido, a política externa abissínia pode contribuir para o estabelecimento de uma organização internacional sustentada nestes princípios.