Crescimento da internet pode tornar a economia mais livre

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Nome: Atitude Bagarai
Data: 12/04/2011
Endereço: http://bagarai.com.br
Mídia: Portal/Site
Crescimento da internet pode tornar a economia mais livre
Lawrence Reed e Tyler Cowen apresentaram suas ideias no 7º painel do XXIV
Fórum da Liberdade, que tratou do tema “Livre Economia na Web”.
A dificuldade de tributação e regulação comercial das atividades presentes na
internet podem abrir precedentes para uma economia mais livre e mais lucrativa,
trazendo benefícios ao consumidor e aumentando o acesso à cultura e à
educação. A ideia central permeou as falas tanto de Lawrence Reed, presidente
da Foundation for Economic Education, quanto de Tyler Cowen, professor da
George Mason University.
XXIV Fórum da Liberdade
De acordo com Reed, a internet representa um desestímulo natural ao
protecionismo, pois é um meio pouco regulado de atividade econômica. Portanto,
atacar a internet com restrições tributárias, por exemplo, é impedir a geração de
riqueza. Para o palestrante, esse modelo deve servir de exemplo para uma
melhoria no grau de liberdade econômica no Brasil. “O governo tem um papel de
peso na economia, acabando por impor barreiras ao empreendedorismo por meio
de impostos altos e excesso de burocracia”, comentou, reforçando que a
intervenção do governo para conter a alta do Real, por exemplo, gera mais custos
e é contraproducente.
Reed complementou sua exposição apontando a 113ª posição do Brasil no Índice
de Liberdade Econômica elaborado pela Fundação Heritage e o Wall Street
Journal, com uma nota de 56,3%, abaixo da média mundial por conta de fatores
como excesso de participação governamental no exercício da economia.
Na sequência, Cowen salientou que o Brasil pode ter uma atuação importante no
fortalecimento econômico da internet, visto que o País é o que tem mais
participação em redes sociais como o Twitter e se caracteriza por uma criatividade
vibrante e extremamente ativa na produção de inovação e conteúdo na rede. “Nos
últimos 10 anos, os setores de lazer e entretenimento se tornaram mais produtivos
por causa da internet. Quando este meio passar a representar uma fatia maior do
PIB, uma grande parcela da economia não será tributada. De certa forma, isso
também tem a ver com liberdade de expressão”, afirmou.
No entanto, Cowen disse que um dos desafios dos novos meios e plataformas
digitais diz respeito à geração de empregos. “O Google emprega 20 mil
colaboradores, mas ainda é pouco comparado com Ford e GM, por exemplo. É
necessário que a formação de novos profissionais passe a integrar suas
competências à tecnologia de modo a complementá-la e potencializá-la”,
defendeu. Para isso, é preciso uma reforma educacional urgente, com instituições
de ensino devidamente preparadas às novas tendências, concluiu o professor.
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