Unidade I - FORÇAS E MOVIMENTOS

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INTRODUÇÃO
Considerando o facto de que o ensino-aprendizagem deve atender à pluralidade das necessidades,
aptidões e interesses dos jovens, reconheceu-se fundamental na elaboração deste programa:
- Tornar o ensino da Física um ensino activo, motivador e actualizado;
- Dar uma continuidade aos estudos anteriores, respeitando o nível de maturidade do jovem, a sua
preparação matemática e a articulação dos conhecimentos a adquirir em Física com os das outras
disciplinas científicas;
- Dar uma visão e compreensão da Física com vista a que o jovem possa aceder com êxito a estudos
posteriores de nível superior ou desenvolver qualquer outro campo de actividade;
- Desenvolver no jovem a capacidade de compreender a tecnologia actual e a interligação das duas
áreas - a científica e a tecnológica;
- Contribuir para a maturidade intelectual e humana do jovem, assim como desenvolver as aptidões
e capacidades de forma a que desempenhe, no futuro, as suas funções na sociedade com
responsabilidade, competência e autonomia e participe, de uma forma solidária, no
desenvolvimento e melhoria do seu meio físico e social;
- Cuidar do enriquecimento cultural do jovem, dando a conhecer pormenores formativos
relativamente à história da Física.
No contexto apresentado, o programa de Física será equacionado em função de determinados
parâmetros. É fundamental, no ponto de vista científico, que a Física no Ensino Secundário
possibilite uma interpretação do mundo físico com maior aprofundamento a par de uma adequada
formalização matemática.
À medida que o estudante aprofunde saberes e domine competências, é óbvio que promoverá o seu
enriquecimento cultural e humano e, simultaneamente, preparar-se-á para estudos de nível superior
ou para o exercício de qualquer outra actividade, para compreender cada vez melhor a relação entre
Ciência-Tecnologia e Tecnologia-Sociedade e, finalmente, poder no futuro emitir opiniões sensatas
ou decidir sobre problemas que afectem a sociedade em que está inserido.
É importante que, após o traçado da panorâmica geral do que se pretende com o novo programa, se
refira o horário escolar estabelecido oficialmente e se analise o condicionalismo que o mesmo
impõe.
As turmas do 12° ano serão divididas em dois turnos para a realização de actividades teóricopráticas com a duração de 2 horas semanais, por turno, a retirar do total previsto (5 horas).
É certo que esta decisão, ao possibilitar o desenvolvimento da via experimental e outras que se
julguem convenientes, é extraordinariamente enriquecedora; no entanto, atendendo ao ritmo de
execução dessas actividades, necessariamente mais lento do que o de uma aula teórica, tornar-se-á
imprescindível programar e gerir o tempo cuidadosamente, evitando repetições desnecessárias e
desenvolvimentos excessivos.
1
2. FINALIDADES E OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE FÍSICA
2.1. FINALIDADES
As finalidades da disciplina de Física são:
• Proporcionar a aquisição e compreensão de conhecimentos e o desenvolvimento das
competências indispensáveis a uma visão científica global e coerente do mundo físico.
• Sensibilizar os alunos para a natureza dinâmica da Ciência através da reflexão sobre a história
das ideias em Física.
• Consciencializar o aluno de que os conhecimentos inerentes à Física são indispensáveis à sua
participação responsável na sociedade, nos planos científico, tecnológico e cultural.
• Ajudar o aluno a aprender, por si próprio, de modo progressivo e autónomo.
• Incentivar a realização pessoal mediante o desenvolvimento de atitudes de autonomia,
tolerância, cooperação e solidariedade.
2.2. OBJECTIVOS GERAIS
O ensino da Física deve orientar-se de modo a que o aluno, no final do Ensino Secundário,
possa:
1 - Demonstrar conhecimentos e compreensão sobre fenómenos científicos e sua estruturação
sob a forma de conceitos, leis e teorias.
Exemplos.
- conceitos de trabalho, energia interna, potencial eléctrico; leis da Dinâmica, etc.; - conhecer a insuficiência do
modelo ondulatório da luz, etc.;
- analisar a razão pela qual um ciclista se inclina ao descrever uma curva, uma bailarina
encolhe os braços quando quer rodopiar com maior velocidade angular; interpretar o uso tão
frequente da "ecografia" em detrimento da "radiografia"; uso de vidros duplos e vidros
espelhados nas janelas; analisar a necessidade de orientar as antenas de TV de certo modo,
etc;
2 - Utilizar, com autonomia., procedimentos e métodos inerentes à Física:
Exemplos:
- formular hipóteses e prever as suas consequências;
- conceber, planificar e executar experiências para verificar a pertinência das hipóteses
formuladas; - interpretar e avaliar, criticamente, os resultados experimentais;
- seleccionar e usar, correctamente, instrumentos de medida e equipamento laboratorial; - utilizar,
correctamente, processos de medição;
- controlar variáveis durante a realização experimental; interpretar os resultados experimentais, apreciando as
incertezas que os afectam, etc.
2
3 - Evidenciar competências e práticas de pesquisa, análise, organização e apresentação de
informação.
Exemplos::
- apresentar, de forma clara e pessoal, os relatórios sobre a actividade experimental, respeitando a terminologia e
convenções científicas (incluindo a simbologia e unidades SI); seleccionar e interpretar artigos de revistas e
textos de livros de consulta sobre qualquer assunto que seja indicado; expor com rigor, por escrito ou
oralmente, o resultado de uma investigação realizada individualmente ou em grupo, etc.;
- tratar e apresentar dados e resultados de actividades de forma diversificada, usando quadros, tabelas gráficos,
etc.
4 - Avaliar a relação entre os conhecimentos científicos e tecnológicos e suas implicações na
sociedade actual.
Exemplos:
- importância e implicações da descoberta da radioactividade (radioisótopos usados em medicina; bomba
atómica); aplicações dos raios laser (em medicina, em armamento) etc.;
- reconhecer que a sociedade exige meios de comunicação à distância, rápidos e eficientes; meios de análise e
diagnóstico cada vez mais avançados, etc.
5 - Reconhecer que a Física é uma criação dinâmica do espírito humano e que as teorias físicas
resultam da cooperação e interacção entre investigadores; reconhecer ainda o impacto, no
ponto de vista filosófico, político e cultural, da evolução das ideias científicas.
Exemplos:
- Kepler estabeleceu a "cinemática do sistema solar", baseando-se nos resultados das observações de Tycho
Brahe; Newton, baseando-se na obra científica de Galileu, de Kepler e de Huyghens, criou a teoria da
gravitação universal (primeira tentativa de unificação das forças da Natureza); na base da teoria
electromagnética da luz,devida a Maxwell, estão os trabalhos de Faraday e outros, etc.;
- avaliar o impacto dos trabalhos de Copérnico, Galileu e Newton na mudança da percepção do Homen sobre o
seu lugar no Universo;
6 - Evidenciar atitudes de autonomia, rigor, honestidade, responsabilidade, tolerância e
solidariedade.
Exemplos:
- na utilização e interpretação de qualquer tipo de informação para fundamentar as suas afirmações; na análise e
avaliação dos resultados de actividades individuais; na participação responsável em trabalho de grupo; no
interesse em participar em tarefas que conduzam à melhoria da qualidade de vida na comunidade em que se
insere.
3
3. CONTEÚDOS
3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Das finalidades e objectivos gerais indicados para a disciplina resultou a selecção de conteúdos
programáticos, organizados em unidades de ensino-aprendizagem.
A proposta do programa de Física que vai apresentar-se, logicamente condicionada pelo nível
etário dos alunos e sua correspondente estrutura conceptual, vai ter em conta a continuidade e
aprofundamento de muitos aspectos focados nos programas para os anos anteriores; daí
transcrever-se do Ensino Básico algo que demonstra a preocupação que aí existe e,
indubitavelmente, se intensifica no Secundário, de equacionar um programa em função de certas
dimensões, a distinguir a científica:
"Na sua dimensão científica a disciplina de Física/Química deve proporcionar a aquisição de conceitos,
leis, teorias e modelos característicos da Física e da Química necessários à compreensão global do
Universo e do mundo que nos rodeia e deve privilegiar os processos que lhe são inerentes. Nesse sentido
é indispensável a procura de relações causais, a experimentação, a descrição quantificada e explicação de
resultados de observações e experiências, a dedução das consequências de uma dada teoria, a previsão de
resultados com base numa hipótese, o planeamento de uma experiência para testar uma ideia,. a prática de
ajuizar as incertezas introduzidas numa medição (directa ou indirecta) ou, ainda, a reflexão sobre os
resultados experimentais."
3.2. PROCESSOS DE TRABALHO CIENTÍFICO
Pretende-se que a par do aprofundamento dos conhecimentos científicos, o aluno adquira uma
familiarização e um domínio crescentes relativamente aos métodos e processos próprios da
Física e que, portanto, se ultrapasse a pura descrição científica, mesmo que correcta e ordenada.
É importante que se rejeite o ensino verbalista centrado na pessoa do professor ou na pura
informação livresca. Contudo, o aluno tem de se consciencializar da necessidade de consulta e
estudo de livros científicos ou documentos adequados para organizar e completar o
conhecimento das questões em causa.
Ligado ao aspecto teórico deverá estar sempre presente o processo prático/experimental.
Oportunidades surgirão em que o aluno, por si próprio e com base no processo referido,
conseguirá fazer o estudo completo de determinado assunto. É uma boa atitude não só em
relação à formação do aluno como ao aproveitamento da actividade prática para prosseguimento
do programa.
Pretende-se que, na linha preconizada em anos anteriores, o aluno se familiarize com o
equipamento do laboratório, seguindo atentamente não só as instruções de manuseamento e
segurança, como as indicações sugeridas pelo professor, relativamente aos principais passos da
investigação que vai realizar. Dos dados experimentais recolhidos deve o aluno proceder a uma
análise conveniente, fazendo intervir os colegas cujas opiniões analisará, aceitando-as ou
rejeitando-as sensatamente.
4
3.3. ESQUENTA PROGRAMÁTICO
• Unidade I - Forças e movimentos
l. Dinâmica de uma partícula material em movimento num plano
1.1. Movimento curvilíneo de uma partícula actuada por uma força constante
Movimento de um projéctil
Componentes normal e tangencial do vector aceleração
1.2. Movimento relativo
Princípio da relatividade de Galileu
Velocidade relativa
(*) Princípio da relatividade de Einstein
1.3. Movimento de uma partícula material sujeita a forças de ligação
1.4. Movimento de uma partícula material sujeita a forças de atrito
2. Dinâmica de um sistema de partículas materiais
2.1. Centro de massa de um sistema de partículas; seu movimento
Lei fundamental de Newton para um sistema de partículas
Conservação do momento linear de um sistema de partículas
2.2. Momento angular de um sistema de partículas.
Variação do momento angular. Momento de uma força.
Momento angular de um corpo rígido móvel em torno de um eixo fixo em relação a um
referencial inercial
Lei da conservação do momento angular
2.3. (1 ) Lei do trabalho-energia referente a um sistema de partículas
2.4.
(*) Equilíbrio estático de um corpo rígido
(*) Centro de gravidade
3. Mecânica dos fluidos
3.1. Lei fundamental da Hidrostática
Lei de Arquimedes. Equilíbrio de corpos flutuantes
3.2. (*) Movimento dos fluidos em regime estacionário
(*) Lei da continuidade
(*) Equação de Bernoulli
1
Facultativo
5
•
Unidade II - Interacções e campos
1. Interacção gravitacional. Interacção electrostática
1.1. Interacção gravitacional
Lei da gravitação universal. Constante de gravitação
1.2. Interacção electrostática
Conservação e quantificação da carga eléctrica
Lei de Coulomb das acções electrostáticas
Permitividade de um meio
2. Campo gravitacional. Campo electrostático
2.1.
Conceito de campo
Vector campo gravitacional.Vector campo eléctrico
Campos eléctrico/gravitacional radial e uniforme
(*) Dipolo eléctrico
Energia potencial associada a um campo conservativo
Potencial eléctrico. Potencial gravítico
Relação entre as grandezas campo e potencial
(*) Condutores isolados em equilíbrio electrostático
3. Campo magnético da corrente eléctrica em regime estacionário

3.1. Vector campo magnético, B , (indução magnética ou densidade de fluxo magnético)
Acção de um campo magnético sobre um elemento de corrente estacionária e sobre uma
carga eléctrica em movimento
3.2. Movimento de cargas eléctricas num campo magnético uniforme
Movimento de cargas eléctricas sob a acção simultânea de um campo eléctrico e de um
campo magnético
3.3.Campo magnético de uma corrente rectilínea Interacção entre correntes eléctricas
paralelas
6
Unidade III - Fenómenos que envolvem campos electromagnéticos variáveis
1. Indução electromagnética; factores de que depende
Fluxo magnético
Força electromotriz induzida. Leis de Faraday e de Lenz
Auto-indução. Indução mútua
Transformadores estáticos
2. Corrente eléctrica alternada sinusoidal
2.1. Produção de corrente alternada sinusoidal
Efeitos da corrente eléctrica alternada sinusoidal de baixa frequência
Intensidade e diferença de potencial (d.d.p.) eficazes
2.2. Circuitos em corrente alternada
Diferença de fase entre a intensidade da corrente e a d.d.p. em circuitos de corrente
alternada
Impedância. Lei de Ohm em corrente alternada
Potência média em circuitos de corrente alternada sinusoidal. Factor de potência
3. Ondas electromagnéticas
Propagação de ondas electromagnéticas
Campos eléctrico e magnético associados à onda electromagnética
3.4. SÍNTESE DE GESTÃO DOS TEMPOS LECTIVOS
N° de semanas (excluídas as
N° máximo de aulas previstas
Aulas disponíveis (*)
160
150
férias)
32
(*) incluindo 6 horas para avaliação sumativa
Unidade I
15 semanas (75 aulas)
Unidade II
9 semanas (45 aulas)
Unidade Ill
6 semanas (30 aulas)
7
6.2. UNIDADES DE ENSINO-AMENDIZAGEM
Unidade I - FORÇAS E MOVIMENTOS
Partindo essencialmente da preparação adquirida no 11° ano, pretende-se, nesta unidade, desenvolver os conhecimentos previamente adquiridos e
introduzir outros, numa atitude consentânea com a maturidade dos alunos e a formação matemática prevista para este nível etário.
Pretende-se também manter a linha seguida no 11° ano, fazendo uma abordagem integrada da Cinemática e da Dinâmica da partícula material em
movimento num plano e, posteriormente, de um sistema de partículas, não descurando os aspectos energéticos inerentes.
Relativamente à rotação, estudam-se aspectos fundamentais tais como variação e conservação do momento angular, lei de Newton do movimento de
rotação, não dando ênfase especial ao estudo da cinemática de rotação.
A unidade termina com um breve estudo da mecânica dos fluidos.
As aplicações práticas sugeridas nas actividades dão uma dimensão alargada de conceitos aflorados anteriormente.
CONTEÚDOS
1. Dinâmica de uma partícula em
movimento num plano
1.1. Movimento curvilíneo de uma partícula
actuada por uma força constante
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
  
 Relacionar as grandezas r , v e a entre si,
usando o operador derivada
 Descrever o movimento de uma partícula

com velocidade inicial, v 0, actuada por
 Verificação experimental da independência
dos movimentos, segundo a horizontal e a
vertical, no caso do movimento de um
projéctil lançado horizontalmente
uma força constante de direcção diferente

da de v 0, como a composição de dois
movimentos simultâneos e independentes
num plano
Actividade obrigatória
8
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
Movimento de um projéctil
OBJECTIVOS
 Analisar, sob o ponto de vista dinâmico e
cinemático, o movimento de um projéctil lançado
obliquamente, considerando desprezáveis a

resistência do ar e a variação de g .
 Justificar que o sistema "projéctil-Terra" é um
sistema conservativo
Componentes normal e tangencial do vector
aceleração
1.2. Movimento relativo
Dedução, em trabalho de grupo, por via
cinemática, dinâmica e energética das
expressões que permitem calcular, para um
projéctil lançado obliquamente: o tempo de
subida, a altura máxima atingida e o alcance,
considerando desprezável a resistência do ar

Planeamento de uma experiência que permita
determinar a velocidade inicial de um projéctil
lançado obliquamente (30°, 45°), utilizando,
por ex., uma pistola de plástico com mola que
lança bolas de ping-pong

Dedução das expressões que permitem
determinar as componentes tangencial e normal
da força que actua num projéctil de massa m
lançado horizontalmente com velocidade

inicial, v 0

Utilização de programas para computador que
simulem o movimento de um corpo, sob o
ponto de vista cinemático e dinâmico, em
diferentes referenciais inerciais (Por exemplo,
 Exprimir a aceleração em função das suas
componentes tangencial e normal
 Descrever o movimento de uma partícula em
relação a dois referenciais em movimento relativo de
translação uniforme (transformação de Galileu)
 Enunciar o princípio da relatividade de Galileu
Princípio da relatividade de Galileu
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Identificar as características importantes da
transformação de Galileu:
Movimento relativo de Graça Ventura e Conceição Ruivo, Soft
Ciências, Sociedade Potuguesa de Física)
 Actividade obrigatória
9
12° ano - Unidade I (cont.)
CONTEÚDOS
Velocidade relativa
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
-o carácter absoluto do tempo e a relatividade do
 Discussão e resolução analítica de questões
espaço percorrido
que envolvam situações correntes de
- a invariância das distâncias espaciais
composição de velocidades, considerando
movimentos a uma e duas dimensões
 Analisar conceptualmente os significados de
referencial inercial e de espaço absoluto
(*) Princípio da relatividade de Einstein
1.3. Movimento de uma partícula material sujeita
a forças de ligação

Leitura e discussão de textos escolhidos, por
exemplo, em "Aprenda a Teoria da
Relatividade Restrita brincando", L. Landau, ou
em "O Tempo e o Espaço do tio Alberto",
Russel Stannard

Análise de situações referentes, por exemplo,
a um pêndulo cónico, a um pêndulo gravítico
simples, um "looping", relevé das entradas,
 Aplicar a fórmula de Galileu da adição de
velocidades em casos simples
 (*) Reconhecer:
- a impossibilidade de explicar a invariância da
velocidade da luz, no vazio, com base na
Mecânica newtoniana
- a necessidade de uma nova teoria física que
resolva tal facto
 (*)Descrever, sumariamente, os fundamentos
da Teoria da Relatividade Restrita e as suas
principais consequências
 Identificar e representar as forças actuantes
em partículas materiais que descrevem
trajectórias circulares
etc.:
* Facultativo
10
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
1.4. Movimento de uma partícula material sujeita
a forças de atrito
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
No caso de um pêndulo cónico, estabelecer
 Aplicar a lei fundamental de Newton e a lei da analiticamente as expressões que permitem
determinar a tensão do fio, a velocidade e o
conservação da energia à análise de situações
período de rotação
envolvendo partículas materiais em movimento
No caso da elevação das curvas numa estrada,
circular:
estabelecer a expressão que permite calcular o
- uniforme
ângulo de elevação em função da velocidade
- não uniforme, particularmente num plano
média (atrito desprezável)
vertical
No caso de um pêndulo gravítico e de um
pequeno corpo num looping:
a) Relacionar, para uma posição genérica, as
componentes das forças responsáveis pelo
movimento com as componentes tangencial e
normal da aceleração
b)Determinar as posições a que correspondem os
valores máximo e mínimo das forças de ligação
c) Determinar as condições em que um corpo
poderá completar uma trajectória circular num
plano vertical
Investigação experimental dos factores de que
 Identificar os factores de que dependem os
depende o valor da força de atrito estático e
valores das forças de atrito estático e cinético
planeamento de uma experiência para
determinar o coeficiente de atrito estático
 Enunciar as leis do atrito de escorregamento
relativo a um par de materiais
 Actividade obrigatória
11
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
2. Dinâmica de um sistema de partículas
materiais
OBJECTIVOS
 Distinguir sistema discreto de partículas de
corpo rígido (sólido indeformável)
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

2.1. Centro de massa de uma sistema de partículas,  Conhecer e aplicar a equação que define a
seu movimento
posição do centro de massa (CM) de um sistema
de partículas
Lei fundamental de Newton para um sistema de
partículas
 Resolução de questões que envolvam:
- a determinação do centro de massa em
situações simples
- o conhecimento das propriedades do centro de
 Exprimir o momento linear de um sistema de
massa
partículas em função da velocidade do seu centro
 Provar que o momento linear de um sistema
de massa
de partículas, em relação ao referencial do
 Explicitar o significado físico do centro de
centro de massa, é nulo
massa a partir da lei fundamental de Newton
aplicada a sistemas de partículas
 Aplicar a lei da conservação do momento
linear à análise de colisões elásticas e não
Conservação do momento linear de um sistema de elásticas a duas dimensões
partículas
 Definir e caracterizar o momento angular de
uma partícula material e de um sistema de
2.2. Momento angular de um sistema de partículas
Resolução de problemas numéricos
envolvendo os conceitos sobre movimentos de
partículas sujeitas a forças de ligação e a forças
de atrito de escorregamento
partículas em relação a um ponto fixo num
referencial inercial

Análise de situações de colisões elásticas e
não elásticas, a duas dimensões, a partir de
filmes vídeo ou software computacional

Mostrar que o momento angular de uma
partícula com movimento circular uniforme em
relação ao centro da trajectória descrita é


determinado pela expressão:
 = m r2 
 Actividade obrigatória
12
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
Variação do momento angular
Momento de uma força
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Relacionar a taxa de variação do momento
angular de uma partícula e de um sistema de
partículas, em relação a um ponto fixo num
referencial inercial, com o momento resultante
das forças actuantes, em relação a esse ponto
 Definir momento de uma força e de um
 a) Verificação experimental da
sistema de forças em relação a um ponto e a um
proporcionalidade entre o momento das forças
eixo
aplicadas a um disco, girando em torno de um
 Caracterizar o momento de um binário
eixo perpendicular ao seu plano, e a sua
 Estabelecer e aplicar a expressão do momento
aceleração angular
Momento angular de um corpo rígido móvel em
angular de um corpo rígido, homogéneo, móvel

torno de um eixo fixo em relação a um referencial

em torno de um eixo de simetria ( L = I  )
b) Determinação do momento de inércia do disco
inercial
 Deduzir (a partir da expressão anterior) e
aplicar a lei de Newton do movimento de rotação


( M =I  )
 Exprimir o significado físico de momento de  Relacionar as velocidades de um planeta no
inércia em relação a um eixo fixo e indicar os
periélio e no afélio com as respectivas
factores de que depende
distâncias ao Sol

Inferir
as
condições
de
conservação
do
Lei da conservação do momento angular
 Verificação experimental da lei da conservação
momento angular de:
do momento angular
 Actividade obrigatória
13
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
- um sistema de partículas
-um corpo rígido, homogéneo, móvel em torno
de um eixo de simetria
 Enunciar a lei da conservação do momento
angular e interpretar situações reais com base
nesta lei
(*) 2.3. Lei do trabalho-energia referente a um
sistema de partículas
(*) 2.4. Equilíbrio estático de um corpo rígido
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Análise e discussão de questões que envolvam
a aplicação do conceito de momento angular,
da lei da variação do momento angular, da lei
de Newton do movimento de rotação, da lei da
conservação do momento angular e do conceito
de energia cinética de rotação
 Reconhecer a correspondência formal entre o
movimento de rotação em torno, de um eixo fixo  Leitura e análise de informação sobre a lei do
em relação a um referencial inercial e o
trabalho-energia para um sistema de partículas
movimento de translação ao longo de uma
(Por exemplo, University Physics - H. Benson)
direcção fixa
 (*) Exprimir a lei do trabalho - energia
referente a um sistema de partículas
 (*) Inferir que, no caso geral, um sistema de
 Determinação experimental de tensões em
forças aplicadas a um corpo rígido é redutível a
cordas e/ou compressões de cabos ligados a
uma força única igual à resultante e a um binário
corpos rígidos em equilíbrio estático
 (*)Enunciar as condições de equilíbrio estático
de um corpo rígido
 Actividade obrigatória
* Facultativo
14
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
(*) Centro de gravidade
3. Mecânica dos fluidos
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 (*) Definir centro de gravidade de um corpo
como o ponto em relação ao qual o momento
do seu peso total é nulo
 Caracterizar a força de pressão exercida sobre
uma superfície colocada no interior de um
• Estudo experimental das características das
forças de pressão exercidas por um líquido sobre
uma superfície no seu interior
• Análise e interpretação do "paradoxo
hidrostático"
Lei de Arquimedes
Equilíbrio de corpos flutuantes
líquido em equilíbrio
 Definir e aplicar o conceito de pressão num
fluido em equilíbrio
 Deduzir e aplicar a lei fundamental da
hidrostática
 Interpretar a experiência de Torricelli e avaliar
a sua importância histórica
Planeamento de uma experiência que ponha em
evidência que um corpo mergulhado nutra líquido
reage sobre este exercendo uma força simétrica da
impulsão
(*) 6.2. Movimento dos fluidos em regime
 Inferir, a partir da lei fundamental da
hidrostática, as leis de Pascal e de Arquimedes
 Aplicar a lei de Arquimedes a situações de
equilíbrio e de movimento de corpos num
fluido
 A Indicar as condições de estabilidade de um
corpo flutuante
(*) Caracterizar o escoamento de tun fluido ideal
em regime estacionário
viscoso
3.1. Lei fundamental da hidrostática
estacionário
• Verificação experimental da lei de Arquimedes
• Observação experimental de algumas das
características de escoamento de um líquido
* Facultativo
15
12° ano - Unidade 1 (cont.)
CONTEÚDOS
(*) I.ei da continuidade
(*) Equação de Bernoulli
OBJECTIVOS
 (*) Estabelecer, a partir da lei da
conservação da massa de um fluido em
movimento estacionário, a equação da
continuidade para um fluido ideal
 (*) Deduzir a equação de Bernoulli a partir
da lei da conservação da energia
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Mostrar que a lei fundamental da hidrostática
é um caso particular da equação de Bernoulli

Verificação de que a pressão de um líquido é
maior nos pontos de maior secção de um cano
horizontal e mais reduzida nos estrangulamentos
(princípio do medidor de Venturi)

Interpretação qualitativa do aparecimento de
uma força de sustentação na asa de um avião que
se move horizontalmente no ar
 (*) Interpretar algumas aplicações práticas
da equação de Bernoulli
* Facultativo
16
Unidade II - INTERACÇÕES E CAMPOS
Inicia-se a unidade pelo estudo das interacções, gravitacional e electrostática, dando ênfase à teoria de Newton da gravitação universal como a primeira
tentativa de unificação das forças da Natureza. De seguida procura-se que os alunos entendam que as interacções entre partículas podem ser descritas
usando o conceito unificador de campo que, pela sua maior complexidade, requer uma certa capacidade de abstracção.
Nessa linha é desenvolvido o estudo dos campos conservativo, gravitacional e electrostático e, posteriormente, o de um campo não conservativo, o
campo magnético. Considera-se importante salientar que, em relação a um referencial inercial, cargas eléctricas em repouso criam apenas um campo



eléctrico, E (campo electrostático) e cargas eléctricas em movimento criam simultaneamente um campo eléctrico, E , e um campo magnético, B , ou
seja, um campo electromagnético.

Nesta unidade tratar-se-á apenas do campo electromagnético da corrente estacionária, o qual pelo facto de a sua componente E ser desprezável ficará

reduzido à componente B (campo magnético estacionário ou campo magnetoestático).
E relevante a abordagem histórica bem como o estudo de inúmeros fenómenos do quotidiano próximo e longínquo dos alunos, numa perspectiva
científico-tecnológica.
CONTEÚDOS
1. Interacção gravitacional e interacção
electrostática
OBJECTIVOS
 Comparar as concepções que estão na base
dos modelos ptolomaico e coperniciano do
sistema solar
1.1. Interacção gravitacional
 Avaliar as implicações no ponto de vista
filosófico, cultural e religioso, decorrentes
da aceitação da teoria heliocêntrica de
Copérnico
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Leitura/análise de extractos de "O
Nascimento de uma Nova Física" (Cohen,
I.B.), de "Diálogos sobre os dois grandes
sistemas universais" (Galileu) e de outros
documentos para evidenciar as implicações
culturais da descrição dos movimentos dos
corpos celestes
17
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
Lei da gravitação universal
Constante de gravitação
OBJECTIVOS
 Explicar os passos fundamentais que
conduziram Newton à formulação da lei da
gravitação universal
 Descrever a experiência de Cavendish e
evidenciar o seu interesse na confirmação de:
- a validade da lei da gravitação universal
- a ordem de grandeza do valor da constante de
gravitação prevista por Newton
 Referir alguns sucessos e limitações da
teoria da gravitação universal
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
Elaboração, individual ou em grupo, de um texto
para análise/discussão da importância das
observações telescópicas de Galileu na
consolidação da teoria heliocêntrica de
Copérnico

Mostrar que a lei das áreas de Kepler implica
que as forças exercidas pelo Sol nos planetas
sejam forças centrais
 Selecção e comunicação de informação sobre:
- a causa das marés oceânicas e a explicação dos
seus aspectos fundamentais
- a descoberta de novos planetas
- a discrepância entre a previsão teórica e valor
determinado relativamente ao movimento
angular do eixo da órbita de Mercúrio
Resolução de questões que envolvam a
 Enunciar e aplicar a lei da gravitação
universal
determinação de:
- a massa do Sol e da Terra
- a velocidade orbital de planetas e satélites
artificiais em órbita circular à volta da Terra
 Actividade obrigatória
18
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Relacionar a massa gravitacional com a massa
inercial de um corpo
 Inferir a quantificação da carga eléctrica e
enunciar o princípio da conservação da carga
eléctrica
1.2. Interacção electrostática
Conservação e quantificação da carga eléctrica
Lei de Coulomb das acções electrostáticas
Permitividade eléctrica de um meio
 Enunciar e aplicar a lei de Coulomb das
acções eléctricas
- o período de revolução dos planetas do sistema
solar e de satélites artificiais
- a altitude de gravitação de um satélite
geoestacionário
• Palestra/documento informativo sobre: "O bigbang e a expansão do Universo"
 Relacionar a constante da lei de Coulomb com
a permitividade de um meio
 Indicar as semelhanças e diferenças entre as
leis da força coulombiana e da força Newtoniana
 Reconhecer a massa e a carga eléctrica como
fontes dos campos gravitational e
 electromagnético, respectivamente
2.Campo gravitational. Campo electrostático
2.1 . Conceito de campo
 Identificar o campo electrostático como um
caso particular do campo electromagnético
• Comparação dos valores das forças eléctrica e
gravitational entre o protão e o electrão no
átomo de hidrogénio (modelo de Bohr).
Discussão do resultado obtido
19
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
Vector campo gravitacional
Vector campo eléctrico
OBJECTIVOS

 Definir as grandezas campo gravitacional, G ,

e campo eléctrico, E e indicar as respectivas
unidades SI
 Caracterizar, em cada ponto, o campo
gravitacional/electrostático criado por:
- uma massa/carga pontual estacionária
- urna distribuição descontínua de massas/
cargas estacionárias
Campos eléctrico/gravitacional radial e uniforme
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Investigação experimental da disposição das
linhas de campo de um campo electrostático
criado por:
- uma carga eléctrica pontual
- duas cargas iguais em módulo e de sinais
contrários (dipolo eléctrico)
- duas cargas iguais em módulo e em sinal
- dois condutores planos e paralelos entre si com
cargas de igual módulo e sinais contrários
(condensador plano)

 Representar graficamente as funções G=G(r) e
E = E(r) no caso de campos de forças devidos a
uma massa pontual e a uma carga pontual
estacionária
 Analisar situações de equilíbrio e movimento
de partículas com carga eléctrica num campo
electrostático uniforme
Descrição sucinta e clara da experiência cia
gota de óleo de Millikan e avaliação da sua
importância
 Observação da deflexão de um feixe de
electrões quando entram num campo eléctrico
uniforme usando tubos de descarga ou o tubo
de Braun
 Estudo analítico do movimento de um electrão
que entra num campo eléctrico uniforme, com

velocidade inicial, v 0, perpendicular à direcção

do vector campo E (o movimento dos electrões
num osciloscópio, num aparelho de televisão,
etc.)
 Actividade obrigatória
20
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 (*) Definir dipólo eléctrico e momento de um
dipólo eléctrico
 (*) Descrever o comportamento de um dipólo
eléctrico num campo eléctrico uniforme exterior
Energia potencial associada a uni campo
conservativo
2.2. Potencial eléctrico; potencial gravítico
 Justificar o carácter conservativo dos campos
electrostático e gravitacional (campos de forças
centrais)
 Estabelecer e aplicar a expressão da energia
potencial correspondente ao sistema campo
massa, m /campo-carga, q
 Indicar o significado físico de potencial num
ponto de um campo eléctrico/ gravitacional e
definir as respectivas unidades SI
 Relacionar o trabalho das forças do campo
sobre uma carga/ massa pontual móvel entre
dois pontos com a diferença de potencial entre
esses pontos
 Relacionar as propriedades de certas
substâncias, como por exemplo, a água, os
detergentes, etc. com o momento dipolar das
suas moléculas
 Determinação do valor de:
- a velocidade de escape de um corpo à superfície
da Terra
- a energia cinética orbital de um satélite
- a energia mecânica de um planeta
- a energia de ionização molar do hidrogénio,
considerando o modelo atómico de Bohr
 Estabelecer a relação entre o electrão-volt e a
unidade SI de energia
 Actividade obrigatória
* Facultativo
21
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
 Representar, graficamente, a variação do
potencial num ponto de um campo electrostático/
gravitacional em função da distância à carga/
massa, respectivamente
 Comparar os dois processos de descrever e
caracterizar os campos conservativos em cada
ponto
Relação entre as grandezas campo e potencial
 Caracterizar a direcção e o sentido dos
vectores campo eléctrico e gravitacional
relativamente às superfícies equipotenciais
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Determinação do valor do potencial num
ponto de um campo devido a:
- uma carga pontual estacionária
- uma distribuição descontínua de cargas
pontuais estacionárias
 Investigação experimental da forma das linhas
equipotenciais de um campo electrostático
devido a:
- uma carga pontual
- duas cargas pontuais de sinais contrários e do
mesmo sinal
- dois condutores planos e paralelos com cargas
de igual módulo e sinais contrários
 Relacionar o módulo do vector campo eléctrico
Análise de diagramas que descrevam campos
com a diferença de potencial, em casos simples
electrostáticos/gravitacionais, através de linhas
equipotenciais e das linhas de campo
 Definir a unidade SI da grandeza campo
eléctrico
 Actividade obrigatória
22
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
Verificação, experimental, de que num condutor

 (*) Justificar que o campo eléctrico, E , é:
electricamente carregado:
- normal, em cada ponto, à superfície de um
- a carga eléctrica só se distribui à sua
(*) 2.3. Condutores isolados em equilíbrio
condutor em equilíbrio electrostático
superfície
electrostático
- nulo, no interior de um condutor em equilíbrio
- o valor do campo electrostático é muito
electrostático
elevado nas regiões do espaço que envolvem
as zonas de maior convexidade
Pesquisa, individual ou em grupo, de dados sobre
 (*) Relacionar a densidade superficial de carga
as aplicações da electrostática em áreas
eléctrica com a forma da superfície do condutor
tecnológicas como: comunicações,
revestimento de superfícies, impressão,
processos industriais de fabrico, processos de
 (*) Indicar aplicações industriais da
despoluição nas chaminés de centrais eléctricas
electrostática
e fábricas, etc.
 Associar a criação de um campo magnético ao
 a) Observação experimental de espectros do
movimento de cargas eléctricas num referencial
campo magnético criado por:
inercial e identificá-lo como uma das
- um íman em barra e um íman em U
componentes do campo electromagnético
- uma corrente eléctrica ao passar num fio
3. Campo magnético da corrente eléctrica em
condutor longo, numa espira e num solenóide
regime estacionário
b) Identificação da polaridade das faces de uma
 Referir analogias e diferenças entre as
espira percorrida por corrente (dipólo
interacções eléctricas e magnéticas
magnético)
 Actividade obrigatória
* Facultativo
23
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Representação de diagramas das linhas de
campo magnético nas vizinhanças de uma
 Relacionar a direcção e o sentido do vector

campo magnético, B , com as linhas de campo
corrente eléctrica que percorre um condutor
filiforme longo, uma espira circular e um
solenóide
 Caracterizar a força magnética exercida sobre
3.1. Vector campo magnético, B (indução
magnética ou densidade de fluxo magnético)
Acção de um campo magnético sobre um
elemento de corrente estacionária e sobre uma
carga eléctrica, pontual, em movimento
um elemento de corrente de intensidade I, situado  Investigação experimental de:
a) a direcção e o sentido da força magnética que
num campo magnético uniforme
 

traduz a interacção entre um campo magnético
F= I x B
uniforme e um elemento de corrente
 Estabelecer as dimensões do campo magnético,

B , a partir da relação F = BI  e indicar a sua
b) os factores que determinam o valor dessa
força

unidade SI
funcionamento de um galvanómetro de quadro
móvel (amperímetros e voltímetros) e de
 Aplicar a expressão da força resultante da
interacção entre uma carga eléctrica móvel e um

 
campo magnético: F = q v x B
Elaboração de painéis sobre o princípio de
motores eléctricos de corrente contínua

Observação, numa ampola de Crookes ou
num osciloscópio, da deflexão de um feixe de
electrões por acção de um campo magnético
 Actividade obrigatória
* Facultativo
24
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
 Observação das trajectórias, circular e
helicoidal, de um feixe de electrões em
 Comparar os movimentos de uma carga
eléctrica móvel, com velocidade inicial constante, movimento no vazio, com velocidade constante
quando entram num campo magnético uniforme
num campo magnético uniforme e num campo
3.2. Movimento de cargas eléctricas num campo
magnético uniforme
eléctrico uniforme
 Dedução, a no caso de um electrão descrever
uma trajectória circular, das expressões que
determinam o valor de:
 Inferir que o campo magnético é um campo não - o raio da trajectória descrita
- a frequência do movimento do electrão
conservativo
 Elaboração, individual ou em grupo, de uma
curta comunicação sobre:
- o campo magnético terrestre, sua origem e
caracterização
- o importante papel do campo magnético terrestre
na protecção contra as partículas cósmicas
Análise e discussão de questões relativas ao
Movimento de uma carga eléctrica sob a acção
simultânea de um campo eléctrico e de um
campo magnético
movimento de cargas eléctricas num campo
electromagnético
 Aplicar a expressão da força que actua sobre
uma carga móvel num campo electromagnético
 Utilização de programas computacionais que
permitam observar a simulação da trajectória de uma
partícula carregada em:
- um ciclotrão
- um espectrómetro de massa
 Actividade obrigatória
* Facultativo
25
12° ano - Unidade II (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
 Identificar e aplicar a expressão do valor do

campo magnético, B , nas vizinhanças de um fio
condutor filiforme, longo, percorrido por uma
corrente estacionária
3.3. Campo magnético de uma corrente
rectilínea
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Determinação experimental do valor da carga
mássica do electrão utilizando o material que
serviu para a observação da trajectória circular
de um electrão no vazio

Elaboração de um trabalho escrito, sob a
forma de notícia histórica, acerca das
experiências de J. Thomson para a determinação
da carga mássica do electrão
 Relacionar a constante de proporcionalidade

entre | B | e I/r com a permeabilidade do meio
Permeabilidade de um meio
 Verificação experimental de que o valor do
Interacção entre correntes eléctricas paralelas
 Interpretar, qualitativamente, a interacção entre
dois condutores rectilíneos e paralelos
percorridos por corrente eléctrica estacionária
campo magnético nas vizinhanças de
condutores longos e filiformes, percorridos
por uma corrente, é proporcional a I/r

 Definir a unidade SI de intensidade de corrente
Estudo experimental das interacções entre
correntes paralelas do mesmo sentido e de
sentidos contrários
eléctrica
 Actividade obrigatória
26
Unidade III - FENÓMENOS QUE ENVOLVEM CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS VARIÁVEIS
Estudado o campo electromagnético estacionário, analisar-se-ão fenómenos relacionados com o campo electromagnético variável no tempo. Inicia-se
esta unidade com o tratamento da indução electromagnética, designação que engloba dois aspectos que interessa salientar: (a) indução de uma fem num
condutor devido ao movimento relativo deste e da fonte de um campo magnético e (b) indução, num condutor estacionário, de um campo eléctrico não
conservativo associado a um campo magnético variável no tempo.
Abordar-se-ão também aplicações da indução electromagnética, em especial a produção de corrente alternada sinusoidal e suas características.
Termina-se dando ênfase aos trabalhos de Maxwell o qual, baseando-se nos resultados das investigações de Faraday sobre a indução, formulou, por via
matemática, a teoria do electromagnetismo e realizou a síntese entre o Electromagnetismo e a Óptica.
Quer o estudo do conceito de onda electromagnética quer do espectro electromagnético correspondem, nesta unidade, ao desenvolvimento dos aspectos
abordados em anos anteriores.
CONTEÚDOS
1. Indução electromagnética; factores de que
depende
Fluxo magnético
Fòrça electromotriz induzida
Leis de Faraday e de Lenz
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Verificação experimental da produção de uma
corrente induzida por:
- um movimento relativo entre um condutor e a
fonte de um campo magnético
- uma variação de um campo magnético nas
vizinhanças de um condutor (sem qualquer
movimento relativo)

Medição da fem induzida, por exemplo, com
um osciloscópio e investigação dos diferentes
factores que determinam o seu valor
 Definir e aplicar o conceito de fluxo magnético

de um campo magnético uniforme, B , através de
uma superfície plana de área A
 Associar a fem induzida à taxa de variação
temporal do fluxo magnético
27
12° ano - Unidade III (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
 Enunciar e aplicar as leis de Faraday e Lenz
 Concluir que a lei de Lenz é urna consequência
da lei da conservação de energia
 Definir as unidades SI defluxo magnético e de
densidade defluxo magnético
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Verificação experimental da lei de Lenz
 Resolução de problemas que envolvam os
conceitos de fluxo magnético, fem induzida,
intensidade da corrente e carga eléctrica induzidas
Auto-indução. Indução mútua
 Explicar a auto-indução e a indução mútua e
referir os seus efeitos em circuitos de corrente
contínua e corrente alternada
 Definir indutância e indicar a sua unidade SI

Investigação experimental de:
a) o efeito da auto-indução em circuitos
percorridos por corrente contínua e corrente
alternada
b) o efeito de extracorrentes de estabelecimento
e de ruptura e o modo de as reduzir
28
12° ano - Unidade III (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Transformadores estáticos
Determinação do valor da indutância de uma
bobina de resistência desprezável, medindo a
fem induzida e a rapidez da variação temporal
da intensidade da corrente alternada que a
percorre, utilizando um osciloscópio
 Realização de experiências com
transformadores estáticos que permitam:
 Identificar os factores que determinam o valor 1. a) investigar as relações entre as tensões/
intensidades de corrente, no primário e no
da indutância de um componente de um circuito
secundário
 Explicar o funcionamento dos transformadores b) relacionar a potência disponível no
secundário com a potência transferida para o
com base na propriedade da indutância mútua
primário
2. comparar os valores da tensão no secundário
 Referir as principais causas de dissipação de
quando este circuito está "em vazio" e "em
energia num transformador e explicar como
carga" e quando se substitui o núcleo por outro
podem ser minimizadas
não laminado
3. comparar os valores da intensidade da corrente
no primário quando o circuito secundário está
"em vazio" e "em carga"
4. Determinar o rendimento de um transformador
estático
 Investigação, individual ou em grupo, de
situações de levitação e propulsão magnéticas
 Actividade obrigatória
29
12° ano - Unidade III (cont.)
CONTEÚDOS
2. Corrente alternada sinusoidal
OBJECTIVOS
 Descrever e explicar a variação da fem
induzida numa espira que roda com velocidade
angular constante num campo magnético
uniforme
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Representação, num mesmo gráfico, da
variação, em função do tempo, do fluxo
magnético , numa espira e da fem induzida, e
2.1. Produção de corrente alternada
Efeitos da corrente alternada sinusoidal de baixa
frequência
Intensidade e diferença de potencial (d.d.p.)
eficazes
(*) 2.2. Circuitos em corrente alternada
(*) Diferença de fase entre a intensidade da
corrente e a d.d.p. em circuitos de corrente
alternada
 Observação experimental dos efeitos
 Comparar os efeitos magnéticos, térmicos e
químicos da corrente alternada sinusoidal com os magnéticos, térmicos e químicos da corrente
alternada sinusoidal de baixa frequência
da corrente eléctrica estacionária Explicitar o
 Verificação experimental, usando um
significado de intensidade e d.d.p. eficazes
osciloscópio, da relação Vef= Vmax /
 Estabelecer e usar as relações entre os valores
eficazes e máximos da intensidade da corrente e
da d.d.p.
 (*) Interpretar a diferença de fase entre a d.d.p.
alternada aplicada e a intensidade da corrente
num circuito L e num circuito C
(*) lmpedância
Lei de Ohm em corrente alternada
 (*) Explicitar o significado físico de
impedância de um circuito

2
a) Observação experimental da diferença de
fase entre a d.d.p. sinusoidal aplicada e a
intensidade da corrente, num circuito L e num
circuito C, usando um miliamperímetro e um
voltímetro com zero ao centro
b) Utilização de um osciloscópio com dois
canais para descrever a diferença de fase entre a
d.d.p. e a intensidade da corrente num circuito
RL e num circuito RC
 Actividade obrigatória
* Facultativo
30
12° ano - Unidade III (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
 (*) Exprimir a lei de Ohm em corrente
alternada sinusoidal
(*) Potência média em circuitos de corrente
alternada sinusoidal. Factor de potência
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

1. Verificação experimental de que num
circuito RLC série:
a) Ve/Ie >R
b) a soma das d.d.p. eficazes nos diversos
componentes de um circuito RLC não é igual
à d.d.p. nos terminais da associação
2. Determinação experimental da impedância e
da diferença de fase- de um circuito RLC
série
 (*) Provar, a partir de gráficos v = v (t), i = i (t)
 Explicação da razão pela qual não é
e p = p (t), que, num ciclo, a potência absorvida
dispendioso deixar o transformador da
num circuito L e num circuito C é nula
campainha de uma porta sempre ligado à rede

Verificação experimental da influência da
indutância na potência em corrente alternada
 (*) Reconhecer que, de um modo geral, a
 Discussão da importância do factor de
potência média consumida num circuito depende
potência, por exemplo, numa instalação
da diferença de fase entre a corrente e a d.d.p.
industrial
aplicada
 Determinação do factor de potência num
circuito medindo a potência média com um
 (*) Distinguir potência média, de potência
wattímetro e a potência aparente com um
aparente, considerando o factor de potência
voltímetro e um amperímetro
 Actividade obrigatória
* Facultativo
31
12° ano - Unidade III (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

 Explicar a propagação de uma onda
electromagnética com base na hipótese de
Maxwell
3. Ondas electromagnéticas
Propagação de ondas electromagnéticas.
Campos eléctrico e magnético associados à onda
electromagnética
 Associar uma onda electromagnética à
propagação, com a velocidade da luz, de uma
perturbação electromagnética constituída pelos


dois campos oscilantes, E e B
 Avaliar a importância das experiências de
Hertz sobre a primeira emissão de ondas
electromagnéticas e a confirmação experimental
do valor teórico de c, previsto por Maxwell
Análise e discussão de problemas envolvendo
os conceitos dos pontos 2.1. e 2.2.

Comunicação, oral ou em painel, sobre:

a) fundamentos de um alternador trifásico e
vantagens da corrente trifásica

b) transporte de energia a distância; perda em
linha

Revisão das principais características de uma
onda electromagnética no vazio

Análise/discussão sobre as implicações, a
nível científico e tecnológico, dos trabalhos de
Ampére, Faraday e Maxwell relativos ao
desenvolvimento do electromagnetismo


Experiências com o emissor e detector de
microondas; verificação das suas propriedades
(reflexão, refracção, interferência, difracção e
polarização)
Descrição do funcionamento de antenas
lineares e parabólicas
 Actividade obrigatória
32
12° ano - Unidade III (cont.)
CONTEÚDOS
OBJECTIVOS
 Associar a energia transportada por uma onda

electromagnética à intensidade dos campos E e

B
 Analisar as bandas de radiações componentes
do espectro electromagnético, tendo em vista:
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Trabalho, individual ou em grupo (escrito ou
oral), sobre aspectos relativos à produção,
detecção e aplicações das radiações
componentes do espectro electromagnético, com
especial incidência nas ondas de rádio,
microondas e raios X
- os diferentes modos de produção
- as principais propriedades e aplicações
 Actividade obrigatória
33
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