4ª Exposição Bíblica - Buscai primeiro o Reino de Deus - Mateus 6:24-34 Sessão de Abertura - Fabiano Fernandes 30 Setembro de 2016 00:13 Aproximamo-nos da 4ª mensagem sobre o Sermão do Monte. Alguns de vós provavelmente esta é primeira ocasião que estão connosco. E já sabíamos de que manter o fio condutor, esse guião continuo não seria de todo possível, porque durante o dia várias pessoas têm os seus compromisso profissionais e não podem estar connosco. 0:048 Sabem como já foi dito, e os que já estiveram connosco, é nosso propósito colocar em texto todas as mensagens, os debates, os testemunhos também. E queremos que esse material seja motivo de reflexão contínua. Eu sei que abordamos questões pertinentes, válidas, bem, bem relevante para o nosso contexto. E eu penso que há material digno de ser reflectido, analisado, criticado, melhorado e quem sabe o que mais se pode fazer. E é esse o propósito da Bíblia entre Nós, providenciar um espaço, onde haja oportunidade de verdadeira comunhão, partilha, estudo da Palavra, aplicação. E como foi hoje ventilado nos debates, porque não termos uma estratégia mais funcional, mais contagiante, mais apaixonante para envolver pessoas de todas as idades, com todos os tipos de formação. 02:22 Hoje um dos meus colegas se aproximou de mim e disse: pois é, lidámos com uma temática tão boa, mas ainda não envolvemos as diversas profissões. Eu sonho sempre com aquela parte do culto dominical, quando o líder, de uma forma quase rotativa vai chamando cada um dos seus membros: um é carpinteiro, outro é médico, outro é professor, outro é, sei lá o quê, e todos, todos, todos têm uma missão a cumprir. 03:05 Se verdadeiramente estamos na sociedade. Se verdadeiramente estamos presentes onde estão a pessoas. São nossas igrejas que têm que providenciar este espaço, este ambiente. Já imaginaram a luta de um professor, a educar filhos dos outros, em ambientes verdadeiramente desafiantes? Onde uma pequena repreensão quase se abre, um processo disciplinar. Onde é tão difícil, mas é lá que têm de estar, inclusive os professores moldados pelo Evangelho de Jesus, é lá, são esses os desafios da vida. E só para falar para falar de uma só profissão. 04:00 O Sermão do Monte tem validade. Nós dissemos e vou repetir aqui: é um Sermão referencial, sem dúvida alguma, é um sermão referencial. Porquê? É como o Norte Verdadeiro, eu amei isso quando vi pela primeira vez. Não contava ver a minha fotografia lá, mas isso não é relevante. Mas acompanhei, amo o projecto. Amo aquele projecto como amo todo e qualquer projecto de qualquer denominação que 1 se esforce por ganhar almas para Jesus. Tudo isto é válido o Norte Verdadeiro. O Sermão do Monte é um referencial verdadeiro. 04:53 Tenho um colega professor, amigo que faz questão de comprar dicionários sempre que eles são publicados. Porque a língua não é estática. E um dicionário é um referencial para uso das palavras apropriadas. É uma boa prática, não vejo muita gente a fazer isso. Nós falamos que o Sermão do Monte é referencial e está para o cristão, aquilo que a Constituição está para a Nação. A Constituição é a lei base fundamental, onde tudo o resto que é legislação de qualquer tipo tem de estar em conformidade com as bases, são os princípios norteados da nossa vida. 05:47 Falamos também que, esses estatutos do Reino dos Céus são abrangentes, têm nove e percorre toda esta complexidade da vida, do indivíduo, das famílias e da própria sociedade. Falamos também que é importante investir na formação do carácter. As bem-aventuranças, fala muito, muito alto pelo verdadeiro eu, pela verdadeira identidade dos nossos princípios. Ser cristão é ser uma bênção, mas têm um padrão exigente também. E isso faz parte da nossa identidade e do nosso carácter. 06: 49 Mart lloyd Johnson escreveu o seguinte “as bem- aventuranças não aparecem no fim do mesmo, mas no começo. Não hesito em dizer que a menos que tenhamos perfeita consciência das bemaventuranças, não deveremos prosseguir do estudo do Sermão. Não temos mesmo o direito d e continuar.” Acredito piamente nisto. Ou há bases, ou não há nada para se construir em cima. Ou há fundamentos, ou não persistem. E eu concordo com esta perspectiva. 07:37 O pastor Russell Shed um homem muitíssimo usado por Deus, no mundo lusófono começou a sua obra neste país, depois foi para o Brasil. Ele escreveu no seu livro sobre A Felicidade segundo Jesus, não é fácil definir a pobreza de espírito. Outra bem-aventurança que nós trocamos, porque é uma qualidade rara, a não ser que Deus focaliza em nosso coração, o seu rx espiritual, nunca chegaremos à condição de verdadeiramente humildes de espírito. 08:21 Como professor, como teólogo, eu tenho respeito por um grupo de pessoas de uma determinada persuasão teológica que defende que é impossível viver à altura dos estatutos do Reino dos Céus, conforme está no Sermão do Monte. Eu tenho respeito, mas não aceito. O respeito está a onde? Evite banalidades, evite superficialidades, porque quanto mais perto chegamos do espírito da letra e do espírito do Senhor Jesus, nós vamos ver quão complexo é, quão exigente é, negar-nos a nós mesmos e seguirmos Jesus carregando a cruz. Quão exigente é, e se não há mais transformação, mais contagio, mais influência, muito seguramente é porque eu não deixo que Cristo viva em mim em plenitude. Os valores são distorcidos de alguma forma e isso nos lança desafios. 2 09:45 Também prosseguimos no estudo do Sermão do Monte falando na missão dos discípulos. Somos um povo missionário. Somos um povo vocacionado e não temos tempo para expandir a natureza da missão, mas quero-vos dizer como iniciei: a missão é onde e qualquer lugar onde estejamos, como profissionais, como cidadãos, como seres humanos. Todo e qualquer lugar é tempo para brilhar por Jesus Cristo. 10:26 Quero ler o texto bíblico desta noite. Vai haver um pouco mais, está centrado no capítulo 6 é verdade, tem um foco mais particularizado e eu vou ler apenas alguns desses versículos aqui. Mateus capítulo 6 versículo 24. Têm o desafio da impossibilidade de servir a dois senhores. Como é mesmo complexo e tantos tentam desta forma. 11:03 Diz assim: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há-de aborrecer-se de um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto a que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai aves do céu, não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as alimenta. Porventura não valeis vós do que as aves? Qual de vós por ansioso que esteja pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida. E porque andeis ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo, eles não trabalham, nem fiam. Eu contudo vos afirmo, que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles, ora se Deus veste acima erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé. Portanto não vos inquietais dizendo que comeremos, que beberemos, ou que nos vestiremos, porque os gentios é que procuram todas estas coisas, pois vosso Pai Celeste sabe que necessitais de todas elas. Buscai pois em primeiro lugar o seu Reino e a sua justiça e todas estas coisas vos sertão acrescentadas.” 13:38 Porquê? Tomar a bica para acordar e comprimidos para dormir. Talvez este texto tem algo para nos ajudar. 3 1ª Parte – Samuel Rodrigues O sal é um elemento activo mas pode ficar escondido ou tapado. 00:04 Recapitulamos hoje o estatuto da responsabilidade, somos chamados ser sal e luz, elementos activos, no nosso meio. Somos sal da terra, luz do mundo, reflectores dos valores do reino de Deus. Mateus 516 diz: “ que a vossa luz brilhe diante dos homens para que vejam as vossas boas obra se dê honra ao vosso pai do céu.” Os outros têm de ver. Não somos agentes secretos de Deus, somos agentes activos em boas obras. Agora há três diferentes posturas que podemos ter esta questão da responsabilidade. Alguns caiem na inactividade, porque não assumem a sua responsabilidade. São agentes secretos de Deus, ou então são indiferentes. Não interessa, podem ter medo, podem ter alguma outra razão, mas simplesmente não são activos. 01:08 Segunda postura: podem ser activos, assumem e então são pessoas que nós respeitamos e o Pai é honrado pelas suas acções. Mas mais uma vez, Jesus não faz só assumir, ou não assumir, vai mais um passo à frente e vai para a intimidade. Porque há, como vamos ver em Mateus 6, aqueles que assumem, mas por motivos errados e estão agir. E toda a gente diz, olha que boas obras, mas Jesus vai mais fundo e pergunta. Porque fazem o que fazem? Vão às suas motivações. Aparentemente tudo vai bem, grande espectáculo. Nós vamos dizer servos e servas de Deus no activo, mas são actores. A palavra hipócrita, actores, fazendo um performance para os outros verem e o seu intimo não é condizente com a sua performance, têm as motivações erradas, são hipócritas como no grego dizia, significava actor. 02:17 E no contexto anterior, Mateus 5:20-48, Jesus aplicou a lei do Antigo Testamento para os relacionamentos humanos: homicídio, adultério, divórcio, juramentos, retaliação, inimigos. Depois, Jesus disse: ah, também o AT tem de ser aplicado no nosso relacionamento com Deus. Mateus capítulo 6 e ali surgem três obras de justiça, obras sociais que era esperado de um homem e mulher judeus que temem a Deus. Três coisas, Jesus vai pegar. 02:51 Em primeiro lugar, as esmolas, em segundo a oração e o jejum. Eu pus algumas imagens que vocês podem ver. Estas eram ideias que serão consideradas ah, servos e servas de Deus, se fazem isto devem amar a Deus de todo o seu coração. Eram prescritas pelo Antigo Testamento e era esperado que um bom judeu, ou uma pessoa temente a Deus o fizesse. Mateus 6 de 1 a 18. Jesus vai percorrer 4 cada um deles, as esmolas, oração, jejum. E em todos eles há uma fórmula, quatro coisas. Eu pedi para colocarem naquele ecrã. Quatro formas, começa sempre com uma advertência. Não façam esmola, oração ou jejum para agradar os homens. Em todos estes, Jesus diz isso. 03:46 Em segundo lugar, diz vocês até podem agradar os homens e podemos ouvir as trombeta e os aplausos, por aquilo que estão a fazer, mas vocês não recebem aprovação de Deus. 03:58 E a terceira parte façam em secreto porque ali estará a verdadeira motivação. Quarto elemento, e Deus que vê no secreto, ele vai recompensar publicamente. Estes são os quatro elementos que estão em cada um destas obras de justiça. 04:20 O problema obviamente não sãos as obras, porque Jesus assumiu que as obras de justiça têm que ser feitas, aliás Mateus 5:16-20 já vimos, façam boas obras diante dos homens para que glorifiquem ao nosso pai. Então elas são para serem feitas. Esta é a nossa responsabilidade de ser sal e luz, temos que ter obras, obviamente. O problema é a atitude por detrás delas, a atitude hipócrita. E isto é tão grave que Jesus fala em Mateus 5:20. Eu vos digo se a vossa justiça, não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrarei no Reino dos céus. É um barrar, logo, estes que achavam nos Reinos dos céus, Jesus já está dizer, não estão. 05:17 A nossa acção tem de ser reflexo da justiça de Deus, as obras de justiça, mas essa justiça têm que ser muito superior àquela que a liderança judaica estava a reflectir no século I. Em Mateus 6:1, as mesmas obras de justiça surgem, esmolas, oração, jejum, mas eles ali surgem como algo externo, algo formal, algo público e algo visível. E Jesus está não focado no aparente, mas naquilo que motiva a pessoa a orar a jejuar e a dar esmolas. A justiça tem que ser visível não para o aplauso dos homens, mas para Deus. Por isso é que Jesus diz sabedoria. É melhor fazer uma obra de justiça no segredo, do que fazê-lo publicamente para ostentação. 06:11 A fraqueza da liderança judaica, os fariseus em particular, era o seu amor pela aprovação dos homens, mais do que a Deus. O evangelho de João em particular é forte. João 5:44 diz assim: (Jesus a falar com os fariseus). Vocês recebem honra uns dos outros, mas não buscam a glória que vem do Deus único. João 12: 43, muitos não vinham á fé pública em Jesus, pois amavam mais a honra dos homens do que a glória de Deus. 06:42 Por isso o conselho de Jesus faz em secreto. Jesus não está a ordenar que as obras de justiça sejam todas feitas em privado e que isso vai eliminar as obras de justiça pública. Não é isso que está em 5 questão, mas este é o teste, há um teste para provar a verdadeira motivação da pessoa. Faz em secreto, ora mais em privado, ou ora mais em público? Dá esmolas quando ninguém está a ver ou dá esmolas quando os outros vêem? Jejua sozinho, ou jejua só quando a liderança pede? Se essas acções são feitas maioritariamente em público, exclusivamente sobre pressão social, orgulho ostentação, ou o que quisermos chamar. Possivelmente nós temos um problema de motivação e de valorização. Fazemos não porque é para Deus, mas fazemos porque é a regra. 07:38 Ideias portuguesas sobre a obra de justiça judaica. Esmolas? Esmolas é o que nós evitámos dar nas ruas de Lisboa, creio eu (risos). Lá vem aqueles chatos, com aquelas músicas e aqueles caizinhos com uma coisa na boca, (risos) mas eles vêm e nós: esmolas não! Ou talvez, esmolas são aquilo que nós lançamos nas ofertas da igreja e fazemos questão que as pessoas oiçam as nossas moedas cair. Ou então quando não se ouve nenhum barulho, ah é uma nota ou um cheque (risos). Mas as pessoas vêm essas coisas e que dizem? Olhem que homem de Deus, servos e servas de Deus. 08:23 E esmolas seriam na nossa realidade portuguesa, a acção social. Mas será que faremos a acção social porque queremos encher as nossas igrejas? É esse um gancho que nós usamos, ou praticamos obras de forma genuína. Ou hoje, como ouvimos o testemunho da Cláudia Sampaio, directora da Ajuda Cristã à Juventude, nós trabalhamos não por causa da burocracia portuguesa, nós não trabalhamos para encher igrejas, nós trabalhamos porque valorizamos as pessoas, criadas à imagem de Deus. E se cremos ser compassivos, como Jesus foi compassivo e se vierem dez leprosos e nós curamos os dez leprosos, nós fizemos, mesmo que só um regresse para dar gratidão por isso. Porque no final do dia, não foi sobre os dez, foi fazer o que era o bem e nós precisamos restituir isto para acção social. 09:17 E a oração? O que é a oração no contexto português? Rezas mecânicas? Pai Nosso, terço, Avé Maria ou qualquer outra fórmula que alguém ficou preso. Aquelas pessoas que oram publicamente e oram sempre igual? Não estou a contestar a sua forma, mas o que interessa mais uma vez porquê orar? É a oração genuína, Jesus vai dizer: sê sincero. Tal como ser sincero quando dás esmolas. E no jejum? Será que fazemos só amar exames médicos? Ou será que é um cartaz religioso, que diz o jejum de Daniel? Que em muitos círculos se tornou mais uma banal lista de exigências materiais, colocadas a Deus e centradas no eu, em troca de algum sacrifício pessoal. 10:02 Mais uma vez o jejum procura estar com Deus e negar as suas necessidades físicas, geralmente por termos sentimentos profundos de tristeza e que cremos buscar a Deus e colocar isso no altar Dele. Mais uma vez Jesus diz, sê sincero, sê sincero. Este é o estatuto da sinceridade. Não sejas hipócrita. Então, Jesus leva-nos para o mundo do disfarce das aparências. 6 10:28 Há uma imagem que eu queria partilhar. Nesta imagem nós vemos uma menina e um rapaz. Que linda menina adorável. Ao lado está um bandido, sujo, desprezível. Isto é o nosso julgamento precipitado. Mas vamos ver a outra perspectiva, porque quando a imagem mostra o reverso, a menina adorável, é de facto aquela que está com as suas motivações de matar. E o bandido foi facilmente julgado, ninguém quis dar a chance é na verdade aquele que tem uma intenção verdadeira. E facilmente as aparências nos iludiram das verdadeiras motivações. Nem tudo o que parece é. É algo que Portugal, costuma falar. 11:26 Machiavelli disse:“Todos vêem o que pareces ser, mas poucos realmente conhecem quem tu és”. Machiavelliitaliano, 1469, quando nasceu, é reconhecido actualmente como o fundador da política moderna. E esta citação dele vem do seu livro o Príncipe. Onde ele aconselha um príncipe como é que deve construir a sua imagem pública. Qualquer que seja o produto final diz Machiavelli, ele deve ser intencional e consistente. Como poucos nunca conheceram na realidade o príncipe, nunca vão conhecê-lo na intimidade é irrelevante a sua vida privada. Quando algo é descoberto, poucos vão acreditar porque poucos conhecem. Basicamente Machiavelli está a ensinar o príncipe mentir, enganar, e sair impune, de forma deliberada e cínica, hipocrisia. A mentira e o disfarce são usados para ganhar reputação do povo, é disso que se trata exactamente fariseus, escribas século I. Machiavelli esta só 1500 anos à frente. 12:31 E de repente facilmente Jesus entra e diz hipocrisia. E ele não está a abortar em Mateus 6 directamente a liderança política em Israel. Ele não está abordar os Romanos e os Herodes e os afins. Jesus está a falar dos líderes religiosos, aquilo que ele chama, aqueles que se sentam na cadeira de Moisés. E esses foram o que criarem a imagem para si, aparentemente justa e piedosa. Aparentemente, intelectuais, mestres e rabis andam pelas ruas e sinagogas fazendo actos de justiça e Jesus pergunta e no secreto? E com Deus que vê tudo? O que está acontecer? Ao príncipe Machiavelli aconselhou escolher bem as suas mentiras e estratagemas e é um incentivo a ser o melhor no jogo da política. E com as outras pessoas pensam sobre nós. Jesus nos ensina a temer a Deus em primeiro lugar. Porque ele tudo vê e tudo conhece. Deus não se deixa ficar pela superfície. Ás vezes nós ficamos pelas aparências e no final do dia o que conta, como Jesus foi mostrando, não é aprovação dos homens, mas aprovação é aquilo que Deus tem a dizer, a aprovação de Deus. 13:52 Portanto a versão do monte sobre Machiavelli é todos vêm o que parece ser, mas Deus conhece quem tu és. E no final do dia é isto que Jesus nos está a dizer no estatuto da sinceridade. Escusas de ser 7 hipócrita. Podes enganar multidões. Podes enganar igrejas. Podes enganar Portugal e o Mundo, mas não vais enganar Deus, que tudo vê. O que motiva as nossas obras de justiça. Será aprovação das pessoas? Será aprovação de Deus? 14:23 Concluindo, não basta fazer só obras, as obras de justiça podemos cair no activismo. Temos que ser, que perguntar, porque faz o que faz. Não se trata de abrir a igreja todos os dias, correr a todo o instante, estar em tudo. Porque as pessoas vão dizer, olha que pessoa consagrada. O que interessa é o que vai no íntimo. Porque faz o que faz? Porque vai assistir à reuniões? Mas também por outro lado não pode cair na passividade e na indiferença. Deus vai fazer tudo por mim, eu só tenho que estudar a Bíblia e fazer as minhas coisas individualmente, Deus fará tudo o resto. Não pode cair na indiferença porque tem que fazer. Foi isso que Jesus disse. Faça obras de justiça. Todos têm que ver a evidência da transformação de Deus na vossa vida. 15:18 Mas, em terceiro, faça as obras de justiça para Deus e para os outros, motivado para servir o seu Reino em primeiro lugar. Buscai o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar, tudo o resto vai ser acrescentado. Esta é a nossa prioridade, foi isso que tentamos colocar na música: a justiça de Deus veio reinar entre nós e Jesus personificou-a e temos de praticar esta justiça. Mas ela tem de ser muito, muito mais do que tradição, muito, muito mais do que mera religião. E isto é exactamente o confronto do Século I, como há o confronto em todos os séculos. 16:02 A nossa justiça, as nossas obras tem de ser genuínas, tem de vir de Deus para os outros verem e retornar a Deus para honra dele. E às vezes acho que a oração de Jesus, nos cobre a todos. Jesus nos cobre a todos na cruz. Quando diz, Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem. E podemos dizer mais. Não é só dizer o que fazem, porque fazem. Porque fazemos o que fazemos? Que a nossa motivação seja a sinceridade entre Deus e os homens, para praticar boas obras sabendo porque fazemos, porque somos representantes de Deus e do seu Reino. E esta deverá ser a nossa prioridade número 1: Buscar a Deus e o seu Reino em primeiro lugar. 8 2ª Parte – Matt VanderHeiden Como o professor Samuel acabou de explicar e explicar bem, a motivação por detrás das nossas acções, dos nossos comportamentos é importante! 00:17 Olhando para a segunda parte de Mateus capítulo 6, podemos acrescentar a essa verdade, mais uma verdade, que Jesus destaca ali. E a verdade é essa: juntamente com a nossa motivação, também a nossa perspectiva, ou seja, o nosso ponto da vista, a nossa cosmovisão é importante, no que diz respeito às nossas acções, e às nossas preocupações e ainda por cima, ao nosso relacionamento com Deus. Importante, porque como Jesus salienta aqui, a nossa perspectiva influencia tanto as nossas prioridades, como as nossas preocupações. 01:01 E ao analisarmos as nossas vidas podemos ver a verdade disso. A nossa perspectiva, o nosso ponto de vista diante duma situação específica, ou uma regra básica da vida, uma verdade incontornável, influencia largamente as nossas crenças, a nossa postura e a maneira em que vemos uma situação e assim a maneira em que agimos perante aquela situação. Por exemplo, vamos considerar, um exemplo cultural. Um exemplo que foi falado ontem à noite e tem sido falado um pouco hoje também, a concepção do tempo. Como é que usamos o nosso tempo? 01:51 Como muitos de vocês já sabem, sou australiano. Tenho passado os últimos 11 anos aqui em Portugal, mas culturalmente ainda sou, largamente australiano. Sempre vou ser. E quanto à questão do tempo, os australianos são como os britânicos e os suíços. Um australiano, normalmente ia ver o tempo muito mais com um recurso que precisa ser bem gerido. E essa verdade, afecta, muitas vezes, as nossas prioridades e as nossas preocupações, relativamente ao uso do tempo. Para um australiano, em geral, a nossa prioridade é usar, do modo eficiente, o tempo que temos. Se não estamos a alcançar um objectivo concreto é perda de tempo, e não gostamos de perda de tempo. E perder o tempo mal é algo que tentamos evitar. Por isso, tais coisas como a pontualidade e o uso eficiente do tempo são altamente valorizadas na minha cultura. 02:59 E foi interessante, porque depois da sessão de ontem à noite, eu estava a falar com um colega meu e estávamos a conversar e lembrei-me que esta referência ao tempo foi feita. E perguntei quanto tempo passamos da hora prevista para terminar? E a pessoa respondeu: ah era só quinze minutos. Ainda bem que foram só quinze minutos, podia ter sido pior. Se isso tivesse acontecido na Austrália, ia decorrer da seguinte maneira. Quanto tempo passamos da hora prevista para terminar? Quinze minutos. Que 9 horror é preocupante, temos que mudar isto logo. Estas duas respostas vêm por causa de perspectivas diferentes. 03:55 Jesus na segunda parte de Mateus capítulo 6 destaca uma perspectiva mais importante, que uma pessoa pode ter. Uma perspectiva que influencia toda a nossa vida e cada parte dela, não apenas uma ou duas partes mas toda a nossa vida. E quanto a essa perspectiva, existem apenas duas possibilidades, segundo Jesus: podemos ter, ou a perspectiva terrena, ou a perspectiva celestial. 04:24 E Jesus, em Mateus capítulo 6, quer desafiar-nos, quer desafiar o seu povo: dizendo. Então vocês estão andar nesta vida com uma perspectiva terrena, ou uma perspectiva celestial? Essa pergunta, para Jesus, é crucial no que diz respeito ser discípulo d‟Ele. Uma questão importante em relação a esse assunto é o seguinte: como é que podemos saber e perceber se a nossa perspectiva é na verdade terrena ou celestial? Segundo Jesus, percebe-se através das nossas prioridades e preocupações. Por outras palavras, as nossas prioridades e preocupações são os que revelam, se a nossa perspectiva é terrena, ou se é celestial! 05:14 E Jesus ilustra essa verdade várias maneiras e em várias vezes, na segunda parte de Mateus capítulo 6. Por exemplo nos capítulos 19 e 20 Jesus usa a imagem de tesouro. E o professor Samuel já falou sobre isso, ontem à noite. Jesus está a incentivar o leitor para pensar o que é que ele valoriza, coisas terrenas ou coisas celestiais? Ou seja, qual é a sua prioridade? Coisas terrenas ou coisas celestiais? E pode perceber a resposta a essa pergunta ao olhar para onde fica o seu tesouro, disse Jesus. 06:06 Então você investe o seu tempo, os seus recursos, a sua energia, mais nas coisas terrenas ou nas coisas celestiais? Nas nossas famílias, nas nossas igrejas investimos o nosso tempo, a nossa energia mais em coisas terrenas ou coisas celestiais? E se não se sabe responde Jesus disse no versículo 25: “Olha para o seu coração”. Como ele disse “Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” E, aquilo que revela o que está nos nossos corações, segundo Jesus são as nossas palavras e as nossas acções. Como Jesus diz, em Lucas capítulo 6: “porque a boca fala do que está cheio o coração.”As nossas palavras revelam as nossas prioridades. 07:15 Mohandas Gandhi, o famoso pacifista indiano, fez a seguinte observação, em relação a este assunto. Ele disse. “Acções manifestam prioridades” Querem saber onde fica as suas prioridades? Olha as suas acções. Se houver dúvida qualquer, olhem para as acções e palavras, porque aqui revela as prioridades. Olhando de outra perspectiva. As nossas prioridades revelam-se nas nossas palavras e nas nossas acções, as escolhas que tomamos na nossa vida. 10 08:06 O que é que as suas acções, as suas palavras, as suas escolhas mostram sobre aquilo que valoriza? Sobre o que é que estima? Sobre o que faz o seu coração bater? É a resposta a essa pergunta vai ajudá-lo a perceber onde fica o seu tesouro, as suas prioridades. Porque a realidade é que não pode priorizar tantos os tesouros terrenos, como os tesouros celestiais. Jesus diz isso claramente no versículo 24 no capítulo 6, o professor Samuel falou também, ontem à noite. Então, cada pessoa tem uma escolha para fazer segundo Jesus. Vai servir a Deus ou a outra coisa qualquer? Dinheiro, poder, bom nome, igreja cheia. E, como já foi falado várias vezes, são as nossas prioridades e as nossas preocupações que revelam a escolha que tomámos nessa área. 09:16 E é precisamente nisso, que Jesus foca na passagem que o Professor Fabiano leu em Mateus 6:26 a 34. Porque nesta passagem, Jesus salienta tanto aquilo no qual um discípulo d‟Ele deve focar, como aquilo no qual ele não deve focar. E ele começa com aquilo no qual não devemos focar. Jesus faz um tipo resumo disso na primeira parte do versículo 25, olhem comigo. Jesus disse: “não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.” Então, Jesus diz aqui que não devemos andar preocupados com as nossas necessidades físicas, e concretamente a nossa comida a nossa roupa. Mas porque não? Porque não devemos preocupamonos com estas coisas? Porque afinal, se não temos comida nem roupa, a nossa vida está em risco, não é? Precisamos comida e roupa para viver e sobreviver. 10:29 Mas Jesus dá três razões, porque não devemos preocupamo-nos com a nossa comida e roupa. A primeira é, porque Deus vai providenciar. Ele disse no versículo 26. “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Porventura, “não valeis vós muito mais do que as aves?” Então, Deus, que alimenta as aves do céu, certamente ia providenciar-nos o que precisamos. Porque somos mais valiosos a Ele do que as aves. 11:14 E depois Ele continua nos versículos 28 a 30 e disse o seguinte: “E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” Jesus diz aqui, que Deus não apenas nos alimentará, mas também nos vestirá, tal como Ele fez com a Sua criação. Mas, também o facto que Deus vai providenciar todas as nossas necessidades. 11 12:08 Mas isso não é única razão que não devemos nos preocupar. Porque Jesus acrescenta mais uma no versículo 25, onde ele diz: “... não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” Uma segunda razão que Jesus apresenta aqui, contra a nossa preocupação com as nossas necessidades físicas, é porque existem necessidades ainda mais importantes do que estas. E Jesus vai falar sobre isto mais à frente. Mas por agora Jesus está argumentar o seguinte. Ele disse que: se Deus que tem vos dado as suas próprias vidas e os seus próprios corpos, claramente Ele vai cuidar não é? Ele vai fazer isso ao providenciar as suas próprias necessidades. É isso que acabamos de falar não é? Naqueles versículos 26 e 28 a 30. 13:15 E Jesus acrescenta mais uma razão também. Ele explica que afinal a preocupação em si, não resulta em nada positivo. Ele disse no versículo 27: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” A preocupação em si, não ajuda em nada. Só aumenta o nosso „stress‟. A preocupação é como uma dose que é uma bomba de açúcar. No momento, pode parecer boa, pode até satisfazer como a baba de camelo, do nosso querido professor Gary. Mas afinal, muito açúcar não acrescenta nada de bom ao nosso corpo, pois não? E a mesma coisa em relação à preocupação, não acrescenta nada bom às nossas vidas. 14:19 Mas mais do que isso, Jesus nota que uma preocupação com as coisas do mundo, demonstra três realidades. Em primeiro lugar, demonstra uma falta de fé, como ele disse no versículo 30. Uma falta de fé em Deus e a Sua provisão pelo Seu povo. E juntamente com isso, uma preocupação com as nossas necessidades físicas também demonstra um comportamento pagão, como Jesus disse no versículo 32. E essa verdade segue-se naturalmente de uma falta de fé em Jesus, não é? Quem não tem fé em Jesus age como um pagão. 14:55 Em terceiro lugar, Jesus indica nos versículos 25 e 31, que uma preocupação com as coisas deste mundo demonstra uma perspectivo errada. Uma perspectiva terrena e não uma perspectiva celestial. E isso como, já foi falado, que é o foco principal de Jesus nesta parte do Sermão do Monte. Ele quer desafiar o povo sobre a perspectiva que tem, ao definir o que é uma perspectiva errada e o que é uma perspectiva certa. E é com uma descrição da perspectiva certa, que Jesus termina esta passagem. Tendo demonstrado que uma preocupação com as coisas deste mundo demonstram uma perspectiva errada, Jesus agora, no versículo 23, indica o que é a perspectiva certa. Ele disse neste versículo bem conhecido, o seguinte: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” É isso que deve ser a perspectiva de um discípulo de Jesus. Um discípulo 12 de Jesus deve busca o Reino de Deus em primeiro lugar, acima de qualquer outra coisa. Mas o que isso quer dizer? O que quer dizer: buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça? 16:23 Jesus tem usado esta palavra reino, já seis vezes antes de usá-la aqui no versículo 33 do capítulo 6. E em quase todas essas ocasiões, como o professor Alex nos mostrou hoje de manhã, a referência aponta-se para o lugar verdadeiro, ao qual os discípulos de Jesus pertencem. É o lar é o local verdadeiro dos seguidores de Jesus, é onde Deus habita. Então buscar primeiro o Reino, é ter as prioridades de Deus, com as nossas prioridades. É ter a perspectiva de Deus em tudo, tudo o que fazemos e o que dizemos e tudo o que nos acontece. Porque afinal o discípulo de Jesus pertence ao Reino de Deus, não ao mundo. (pausa) 17:15 Durante o Verão, eu e a minha família passámos uns dias na zona do Gerês. Uma zona muito bonita. E quando procurámos alojamento para a nossa estadia lá, não procurámos uma casa para comprar, nem procuramos escolas para os nossos filhos, nem centros de saúde, nada disso. Porque estávamos apenas a passar uns dias lá. Ninguém compra casa ou procura escolas para filhos, quando só fica uns dias. Só se faz estas coisas nos locais em que permanece, durante algum tempo. Eu e a minha família estávamos apenas a passar pelo Gerês, não íamos permanecer lá. 18:07 Com seres humanos, estamos a passar pelo mundo, estamos a passar apenas um breve tempo aqui. O nosso local permanente fica com Deus no seu Reino. Então, faz todo o sentido que as nossas prioridades e perspectivas reflictam essa verdade. 18:33 Mas quais são as prioridades afinal? Na segunda parte de Mateus, Jesus já fala sobre várias destas prioridades e já saliente algumas, mas vou rever brevemente. Por exemplo, nos versículos 19 a 21, Jesus diz uma prioridade de quem pertence ao Reino é focar e priorizar as coisas celestiais, não as coisas terrenas. No versículo 24, Ele disse que é servir a Deus antes de qualquer outra coisa. Nos versículos 25 a 32, não é preocupar-se com as nossas necessidades físicas, é mais do que isso é também tudo que Jesus fala no sermão do Monte. E mais na verdade são as prioridades que Jesus revela na sua Palavra. D.A Carson teólogo e comentarista norte-americano disse: “buscar o Reino de Deus e a sua justiça é buscar viver uma vida recta em plena submissão à vontade de Deus” 19:36 E no contexto do Sermão do Monte é procurar viver em conformidade com aquilo que Jesus disse neste sermão. Mas, o que isso significa na prática? O que significa buscar em primeiro lugar o Reino de Deus, na prática? Então é a Bíblia que nos informa dessas verdades, não é? E lemos sobre alguma delas no Sermão do Monte. Então, para nós, ler a Bíblia e pô-la em prática é essencial para quem deseja buscar o Reino em primeiro lugar. 13 20:17 Tenho um amigo na Austrália que tem uma doença muito grave, na verdade é terminal. E nas últimas semanas a saúde dele tem piorado bastante, até ao ponto que os médicos dizem que só tem poucas semanas de vida, à sua frente. Apesar do facto que o meu amigo encontra-se com imensas dores, o sofrimento é grande para ele. Apesar do facto que ele sabe que vai morrer em breve, mesmo tendo apenas 40 anos de vida. Ele diz que está a experimentar uma paz e uma alegria e uma sinceridade profunda, uma serenidade (desculpem) profunda. E a esposa dele também diz a mesma coisa, está a experimentar uma paz, uma alegria, uma serenidade profunda, apesar de que ela também está a sofrer. Está a sofrer ao ver o marido a sofrer. Está a sofrer a preparar-se para uma vida sem ele, uma vida de viúva, aos 38 anos. (pausa) 21:32 E na semana passada, ela escreveu o seguinte no facebook: (fala comovida) “Obrigada Jesus pela tua paz no meio do sofrimento. Que sejas glorificado através da nossa dor, porque sabes o que estamos a passar.” E aquilo que escreve no facebook está cheio de testemunhos assim. É mais do que isso, não ficam focados na doença e o efeito que tem nas suas vidas, apesar do fato que reconheçam a dor e o sofrimento que estão a passar. Os dois estão a fazer tudo que podem para compartilhar as boas novas de Jesus, com toda a gente: médicos, enfermeiras, famílias, amigos. 22:22 Como é que possível enfrentar sofrimento e a morte assim? É só possível para quem tem a perspectiva celestial e eterna. É só possível para quem sabe que o seu lugar, não é aqui, mas sim no céu. É essa a perspectiva que os meus amigos têm, não apenas têm porque estão a sofrer e enfrentar a morte. Porque quem os conhece, e há algumas pessoas nesta sala os conhecem. Todos que os conhecem podem testemunhar que eles tiveram essa perspectiva celestial muito antes de enfrentar estes momentos de sofrimento. A vida deles tem sido marcada pela perspectiva celestial. Dava para ver no passado, dá para ver no presente, nas palavras, nas acções deles e assim nas prioridades e preocupações deles. 23:25 - O foco deste casal não fica em sua situação terrena, mas na sua realidade celestial. E é isso que Jesus quer trabalhar em cada um dos Seus discípulos. Somos nós que temos que deixá-lo a fazer. 14 Conclusão - Fabiano Fernandes Oramos que Deus continue a ministrar às nossas vidas, às nossas mentes, aos nossoscorações, à nossa alma, a sede dos nossos valores, para que as nossas vidas possam espelhar, viver, vivenciar em conformidade com isso. 00:22 Quanto vale o Sermão do Monte? Quanto pagariam para ter acesso ao Sermão Monte? O valor não é uma coisa que cai do céu. O valor é aquilo que tu e eu colocamos em certas coisas. É assim na vida real. É assim na vida comercial. É assim no mundo dos negócios. Uma casa pode ter um determinado valor, num determinado ano, volvidos outros tantos anos, pode perder completamente. 01:25 Onde colocamos, ou quanto valor colocamos no Sermão do Monte? Este é o desafio para todos nós. Quero partilhar convosco aquilo que realmente mexeu comigo e não foi pouco. Numa tarde de sábado, enquanto pensava e preparava a mensagem de domingo. Eu sou fascinado desde a minha adolescência pelos jornais. Segui o conselho de um pregador que diz: pega a Bíblia numa mão e os jornais na outra. Faz parte da minha identidade. Então leio, leio, leio e leio volto a ler e gosto muito disto. 02:23 Nessa tarde de sábado, no jornal expresso, desse de sábado. Há pouco tempo atrás, creio eu que foi no mês de Abril, houve um artigo, naquela secção, daqueles cadernos, não é o primeiro, daqueles cadernos onde vem a literatura, livros publicações e houve um livro que a senhora do expresso, a jornalista escreveu o seguinte título: “ foi a morrer que ele nos ensinou a viver”. E eu resolvi ler o artigo. O artigo realmente, me fez correr à FNAC e comprar o livro. Comprei o livro. Fui ler me inglês. Li na versão do português de Portugal. Li na versão do português do Brasil. Porquê? Porque este mundo ocidental, este nosso mundo, é um mundo manhoso, manhoso. É um mundo extremamente vaidoso. Este homem, vejam o percurso dele, vou ser rápido. O tempo funciona certo? Eu não vi a tabuleta. 04:23 Este jovem nasceu numa família cristã nos valores da fé. A mãe preocupou muito pelos filhos. No inicio da adolescência, a mãe lhe deu um conjunto de clássicos para ler, vários volumes, ele digeria aquilo tudo. Quando chegou à idade dos dezassete anos ir para universidade. Ele foi aceite numa das mais prestigiosas universidades do mundo, privada, paga um preço fabuloso. Entrou na universidade de Sanddford e fez o primeiro curso de bacharel, em literatura inglesa. Porquê? Ávido leitor amava livros, literatura. 05:30 Á procura do sentido da vida. Esta palavra sentido é chave é determinante. Quem encontra o sentido, encontra o norte é decisivo para qualquer vida. Ele termina o curso de bacharel em literatura inglesa, 15 imediatamente faz o mestrado em literatura inglesa e não fica e ainda continua à busca do sentido da vida. A literatura abriu um certo capítulo, mas ele começou a pensar e resolveu estudar biologia, para entender a fisionomia a estrutura, principalmente a parte interior da vida também. Estou biologia. Terminou o curso de biologia também na mesma universidade e não queria lançar-se no mundo do trabalho ainda, como professor, literatura. Foi para universidade de Cambridge no Reino Unido e foi aceite para fazer o Mestrado em Literatura, Filosofia das ciências médicas. Para mais uma vez procurar compreender do ponto de vista dos investigadores da literatura, qual o sentido da vida. 07:03 Volta para os Estados Unidos já não tinha nem dó, já não tinha mais condições de pedir mais ajuda aos pais, era tempo de trabalhar e no segredo da sua noite escreve um e-mail da universidade de Yale e entra eventualmente no curso de medicina. Sete, oito anos a estudar medicina. Termina o curso de medicina, nesta prestigiada universidade do mundo e é imediatamente aceite na academia pela qualidade dos seus artigos científicos. Sempre à procura do sentido da vida. E depois de terminar o curso de medicina: disse não, eu preciso de estudar o cérebro humano. E entra na universidade de Stanford para ser neurocirurgião. Mais seis anos de estudo enquanto trabalhava. 08:23 No seu primeiro curso da universidade em Yale, de medicina, ele dava a mãos aquela que era a sua namorada, que também se graduou como médico, casaram, foram passar a lua-de-mel na ilha da madeira. E, e este médico, este médico, um dia quando faltava meses para terminar a sua especialidade de neurocirurgião, com mais de vinte artigos publicados, nas mais prestigiadas e difícil de publicar nas revistas médicas. Este homem passou por alguns dilemas. Primeiro dilema, o casamento estava em risco. A mulher não queria mais suportar um homem que só vivia para a medicina, para as cirurgias e para as longas horas fora de casa. A mulher pediu aconselhamento matrimonial e ele não precisava disto. 09:49 Foi naquelas alturas que ele começou a sentir dores nas costas, pensava que era apenas cansaço e com brufen lá ia fazendo a as sua longas horas de cirurgia. Até que começou a perder peso também, e o resultado, e o resultado é que foi diagnosticado cancro no pulmão, stage four, avançadíssimo, sem retorno. Um médico habituado a ler aqueles “c.t.scans” estava a ver o seu próprio. E com a idade de 36, 34 anos prestes a terminar a sua formação de neurocirurgião com um contrato um milhão de dólares. Eu pensei que eram só os futebolistas que ganhavam essa quantia. 11:03 Em menos de dois anos estava morto. Essa é a história deste livro. E o mais fascinante de tudo é que este indivíduo: eu vou ler um aparte apenas, que eu acho que vale a pena: “Embora eu tenho sido criado numa família cristã devota, passei à acreditar na possibilidade de uma concepção material da realidade. Numa visão do mundo essencialmente cientifica que garantia uma metafísica completa, deixando de fora conceitos ultrapassados, como alma, Deus, homens de barbas brancas. Passei uma 16 boa parte dos meus vinte anos. Isto é dezassete aos trinta e seis trinta e sete. Tentando sustentar essa teoria dita cientifica. O problema contudo acabou-se tornando-se evidente. O problema contudo acabou se tornando evidente, transformar a ciência no orbito da metafísica, não significava banir do mundo apenas Deus, mas também o amor o ódio, o sentido. Significava conceber um mundo que evidentemente não é o mundo que vivemos. Isso não quer dizer que é preciso acreditar em Deus para acreditar no sentido. Quer dizer que se você crê que a ciência não fornece uma base para Deus, tornase quase obrigatório concluir que ela não fornece uma base para o significado, para o sentido. E portanto a própria vida deixa de ter sentido. Em outras palavras, afirmações existenciais não têm peso. Todo o conhecimento é puramente científico.” 13:17 Que pobreza deste mundo Ocidental que tem inundado e invadido as nossas universidades. (pausa) Tem criado miséria no nosso continente. Este médico! A esposa afirmou: “foi preciso o cancro para salvar o nosso casamento”, e salvou. Naquele espaço depois do diagnóstico resolveram ter o seu primeiro filho. Nasceu uma menina, um olhar para o outro dizia, a mulher chegava ao pé dele, “não vai ser muito duro para ti deixar esta menina, morrer assim?” E ele disse: “A vida não consiste em evitar sofrimento”. Sofrimento faz parte da vida. Tiveram uma filha. É lindo ler a história. É lindo ver a mensagem que ele transmitia à filha, antes de morrer. Pegando no colo, eu quero que um dia, mais tarde, tu venhas a saber que nos últimos momentos da vida de um homem morrer, deste uma alegria que eu jamais tinha experimentado. Não há alegria que busca mais e mais, mas a alegria que satisfaz. 15:17 Este homem voltou à fé, voltou aos valores bíblicos e as suas palavras são verdadeiramente significativas. Ele escreveu assim já na última fase da vida: “Mas eu retornei aos valores centrais do Cristianismo, nomeadamente: sacrifício, redenção, perdão, porque os considerava atraentes. E existe na Bíblia uma tensão entre justiça e misericórdia, entre o antigo e o Novo Testamento. E o Novo Testamento diz que você nunca é o bom, nunca é bom o suficiente. A mensagem principal de Jesus, acredito é que a misericórdia sempre supera a justiça.” 16:14 Buscai primeiro o Reino de Deus. (pausa) Temos uma mensagem para apregoar. Temos uma mensagem para apregoar. Ele deu ao título desse livro em inglês When Breath Becomes Air, citou um poeta que diz: “você que busca o que a vida é na morte. Agora encontrar o ar que já foi respiração. Novos nomes desconhecidos. Velhos nomes se vão. O tempo ilumina corpos, mas almas não. Leitor, faça seu tempo enquanto pode. Mas caminhe para a sua eternidade” 17:11 Quais são os valores que eu cultivo na vida? Quais são os teus valores? Que legado queremos deixar enquanto indivíduos, enquanto colectividade? Que legado queremos deixar? Há valores realmente, há valores que ultrapassam e em muito os do mundo. Há valores que a própria razão não compreende. 17 17:44 Eu quero terminar dizendo. Vale a pena seguir Jesus Cristo e o seu Reino em primeiro lugar nas nossas vidas. Vale a pena. Experiente, busque, ame mais o Reino dos céus e todas as demais coisas vos serão acrescentadas. 18: 14 Termino dizendo que ele quis ser autor, mas não conseguiu, mas conseguiu escrever nos derradeiros momentos da vida, mesmo com dor e sofrimento um livro que não foi achado, a esposa terminou. Quis ser médico e especialmente nesta parte do cérebro e conseguiu exercendo muito pouco, mas nos últimos momentos da vida, ele afirmou que talvez a profissão que demais lhe satisfaria era ser pastor. 18: 50 Meus irmãos somos possuidores de um Evangelho que vale a pena. Não há muitos pastores nesta sala, nem esperávamos que houvesse, é digno a missão do pastor. Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Porque será? Talvez consegue explicar melhor o sentido da vida. 19:24 Amanhã mais duas mensagens, mais um debate, mais tempo de comunhão, mais Workshops, mais testemunho, para finalizar o primeiro ABEN. 18