TÍTULO: A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO AUXILIO DO TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2 CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): ANNA BEATRIZ VIANA ALVES ORIENTADOR(ES): FERNANDA GALANTE A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO AUXILIO DO TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2 RESUMO O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) acomete grande parte da população mundial, sendo considerada uma doença crônica com alto crescimento nos últimos anos. O Tipo 2 é a forma presente em 90%-95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e na secreção da insulina, podendo comprometer o quadro clínico de um paciente crônico sem tratamento, acarretando complicações renais, pancreáticas, e metabólicas. A fitoterapia e os alimentos funcionais, são atualmente estudados como forma de terapias alternativas no tratamento desta patologia, sendo estes terapias complementares quando associados ao tratamento medicamentoso. Destacase ainda, que o profissional de Nutrição deve ter ética, conhecimento e qualificação para a prescrição desta forma terapêutica, afim de, auxiliar em uma melhor qualidade de vida para os pacientes portadores do Diabetes tipo 2 Palavras-chave: Diabetes, Tratamento, Fitoterápicos hipoglicemiantes, plantas medicinais. INTRODUÇÃO O Diabetes Melittus (DM) é considerado uma das principais síndromes de evolução crônica que acomete a população, e sua prevalência vem crescendo significativamente com o processo de industrialização e urbanização populacional dos últimos anos. Atualmente, esta patologia representa um importante problema de saúde publica com alta morbidade, mortalidade e repercussões econômicas significativas. Considerado como uma desordem relacionada à hiperglicemia em conseqüência da pouca ou nenhuma produção de insulina ou resistência de seus receptores, impedindo o transporte de glicose para o meio intracelular (GALANTE; ARAÚJO, 2012). A hiperglicemia crônica no diabete provoca glicação de proteínas que, por sua vez, leva a complicações secundárias que afetam olhos, rins,nervos e artérias (DALLAQUA; DAMASCENO, 2011). O tratamento do DM Tipo 2 também pode ter o auxílio das Plantas Medicinais. Geralmente as substâncias biologicamente ativas extraídas das plantas são os chamados metabólitos secundários, os quais desempenham papel importante no mecanismo de defesa química.. Há muitas substâncias extraídas de plantas que reduzem a glicemia. Algumas destas substâncias podem ter potencial terapêutico, enquanto outras podem produzir hipoglicemia como efeito colateral devido à sua toxicidade, especialmente hepatotoxicidade, devendo se atentar com efeitos colaterais (NEGRI, 2005). OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo descrever os benefícios hipoglicemiantes na utilização de plantas medicinais e alimentos funcionais, como auxilio no tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 2. METODOLOGIA A pesquisa foi realizada nas bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO, utilizando as palavras chave “plantas medicinais”, “polifenois”, “alimentos funcionais” e “insuficiência renal”. Os termos foram utilizados nos idiomas Inglês e Português e a busca limitou-se aos anos de 2000 a 2014. Os termos utilizados para pesquisa foram extraídos do DeCs (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings). Até o momento, 30 artigos científicos foram selecionados. . DESENVOLVIMENTO DO TEMA A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem estimulado, nas últimas décadas, a investigação de plantas medicinais para o tratamento desta enfermidade, visto que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em 2002, existiam cerca de 173 milhões de diabéticos no mundo, e a projeção é atingir 300 milhões de diabéticos em 2030 (BORGES; BAUTISTA; GUILERA, 2008). Também, alimentos podem contribuir para a terapêutica. Vários estudos comprovaram que existe uma diversidade de alimentos que possuem substâncias benéficas que atuam na prevenção e/ou controle de doenças como a Diabetes e suas complicações (ZAPAROLLI et al., 2013). RESULTADOS PRELIMINARES Inúmeras espécies vêm sendo testadas quanto à eficácia no tratamento do Diabetes, como por exemplo, Taraxacum officinale (dente-de-leão), Cynaras colymus (alcachofra), Arctium lappa (bardana), Baccharis trimera (carqueja), dentre outras espécies. Estudos indicam que o Allium sativum L (alho) contribui na estabilização do nível de glicose no sangue, o que pode causar uma significante variação na necessidade de insulina (CECÍLIO et al., 2008). Em outro estudo utilizando farinha da casca de maracujá (Passiflora edulis) na alimentação de ratos normais e diabéticos verificou com eficácia, o controle do diabetes, devido a sua ação hipoglicemiante, por se tratar de um subproduto rico em pectina. Considerando que a pectina em alguns estudos realizados apresentou ações hipoglicemiantes, sendo a mesma de fácil aquisição, uma vez que e obtida do albedo de frutas cítricas como o maracujá e que pode ser utilizado como alimento funcional, este estudo se propõe a verificar o efeito do albedo do maracujá, como suplemento alimentar, sobre os níveis de glicose e lipídeos em indivíduos com DM Tipo 2 (DM2), contribuindo assim para a melhora da tolerância a glicose e conseqüentemente o número de óbitos por essas causas nestes pacientes (JANEBRO et al., 2008). Segundo Zaparolli et al ( 2013), alimentos também, podem contribuir para a terapêutica, em relação alimentos funcionais, a legislação brasileira os define como “todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES, K. B.; BAUTISTA, H. B.; GUILERA, S. Diabetes – Utilização de plantas medicinais como forma opcional de tratamento. Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia, Campus I (UNEB). Vol. V (2), 12 - 20, 2008. CECÍLIO, A. B.; RESENDE, L. B.; COSTA A. C.; COTTA, M. M.; GIACOMINI, L. F.; GOMES, L. C.; SILVA, L. A.; VAZ, C. P. O.; OLIVEIRA, F. Q.; Revista Espécies vegetais indicadas no tratamento do Diabetes. Revista Eletrônica de Farmácia, Belo Horizonte. Vol. V (3), 23 - 27, 2008. DALLAQUA, B.; DAMASCENO, D. C. Comprovação do efeito antioxidante de plantas medicinais utilizadas no tratamento do Diabetes mellitus em animais: artigo de atualização.Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), 2011. GALANTE, F.; ARAÚJO, M. V. F.; Fundamentos de Bioquímica. 1.ed. São Paulo: Rideel, 2012. JANEBRO, D. I.; QUEIROZ, M. S. R.; RAMOS, A. T.; SABAA-SRUR, A. U. O.; CUNHA, M. A.; DINIZ, M. F. F. M.; Efeito da farinha da casca do maracujáamarelo (Passiflora edulis f. fl avicarpa Deg.) nos níveis glicêmicos e lipídicos de pacientes diabéticos tipo 2. Revista Brasileira de Farmacognosia, Brazilian Journal of Pharmacognosy, 18 (Supl.): 724-732, Dez. 2008 NEGRI, G.; Diabetes Melito: plantas e princípios ativos naturais hipoglicemiantes. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. São Paulo, vol. 41, n. 2, abr./jun., 2005. ZAPAROLLI, M. R.; NASCIMENTO, N. C.; BAPTISTA, D. R.; VAYEGO, S. A.; Alimentos funcionais no manejo da diabetes mellitus. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 12-17, jan./abr. 2013.