ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA

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SANT’ANNA, A.C.; RUEDA, P.M.; BALDI, F.; ALBUQUERQUE, L.G.; PARANHOS DA COSTA,
M.J.R. Estimação de parâmetros genéticos para temperamento em bovinos da raça Nelore. In:
Congresso Latino Americano de Etologia Aplicada, 2., 2011, Ilhéus. Anais... Ilhéus: International
Society for Applied Ethology, [2011]. (CD-ROM).
ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA TEMPERAMENTO EM
BOVINOS DA RAÇA NELORE
Aline C. Sant’Anna (Grupo ETCO e Pós-Graduação em Genética e Melhoramento Animal,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP; e-mail: [email protected])
Paola M. Rueda (Grupo ETCO e Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, UNESP; e-mail: [email protected])
Fernando Baldi (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP; e-mail:
[email protected])
Lucia Galvão de Albuquerque (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP; e-mail:
[email protected])
Mateus J. R. Paranhos da Costa (Grupo ETCO, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
UNESP; e-mail: [email protected])
A reação de bovinos de corte ao manejo é dependente de seu temperamento e pode afetar o
bem-estar destes e dos trabalhadores que os manejam. O objetivo deste estudo foi avaliar a
possibilidade de uso da seleção genética para temperamento como uma ferramenta para
melhorar o bem-estar de bovinos de corte da raça Nelore. Foram realizadas avaliações do
temperamento de 4.590 bovinos da raça Nelore, aplicando-se o teste de velocidade de saída
(VS), que mede a velocidade com que os animais saem do tronco de contenção após a
realização de um procedimento de manejo. Foi registrado também o ganho de peso médio
diário (GP), com pesagens aos 8 e 18 meses de idade. Os componentes de variância foram
estimados por modelo animal que incluiu os efeitos aleatórios genético e residual e efeitos
fixos de grupo de contemporâneos (GC) e idade da vaca em classes (de 4 a 14), além da idade
do animal na data da avaliação como covariável (efeito linear). Para VS, o GC incluiu fazenda
do nascimento, grupo de manejo a desmama, retiro, sexo do animal e data da avaliação,
enquanto que para GP incluiu fazenda, ano e estação do nascimento, grupo de manejo a
desmama e ao sobreano e sexo do animal. Os parâmetros genéticos foram estimados por
modelo linear utilizando inferência Bayesiana, com aplicação da Amostragem de Gibbs.
Cadeias de Markov de 1.000.000 iterações foram geradas com intervalo amostral de 100
iterações, utilizando o programa THRGIBBS1F90. O coeficiente de herdabilidade de VS foi
0,18 ± 0,05 e a correlação genética de VS com GP foi 0,13 ± 0,12. Estes resultados indicam
que VS responde lentamente à seleção e que, apenas a seleção para GP não é eficiente para
melhorar o temperamento dos animais. A inclusão de VS em programas de melhoramento se
justifica por sua importância para o manejo seguro e bem estar dos animais. Auxílio
Financeiro: CNPq, CAPESP e FAPESP (Proc. 09/53609-7 e 09/53608-0).
Palavras-chave: reatividade, comportamento, herdabilidade, correlação genética.
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