UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA APLICADA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO DE TRADUTORES MARIA ELIANE GOMES BARBOSA LIMA MICROESTRUTURA DE UM GLOSSÁRIO SEMIBILÍNGUE DE TERMOS FUTEBOLÍSTICOS EM PORTUGUÊS/ESPANHOL FORTALEZA 2013 MARIA ELIANE GOMES BARBOSA LIMA MICROESTRUTURA DE UM GLOSSÁRIO SEMIBILÍNGUE DE TERMOS FUTEBOLÍSTICOS EM PORTUGUÊS/ESPANHOL TCC submetido à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialização em Formação de Tradutores. Orientação: Profa. Mestre Romi Gläser Fortaleza-CE 2013 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Estadual do Ceará Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho Bibliotecário Responsável – Dóris Day Eliano França – CRB-3/726 L732m Lima, Maria Eliane Gomes Barbosa. Microestrutura de um glossário semibilígue de termos futebolísticos em português-espanhol. / Maria Eliane Gomes Barbosa Lima. – 2013. CD-ROM. 49 f. ; (algumas color.) : 4 ¾ pol. “CD-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho acadêmico, acondicionado em caixa de DVD Slim (19 x 14 cm x 7 mm)”. Monografia (especialização) – Universidade Estadual do Ceará, Centro de Humanidades, Curso de Especialização em Formação de Tradutores do POSLA da Uece, Fortaleza, 2013. Orientação: Profa. MS. Romi Gläser. 1. Futebol. 2. Terminologia. 3. Glossário. I. Título. CDD: 418.02 MARIA ELIANE GOMES BARBOSA LIMA MICROESTRUTURA DE UM GLOSSÁRIO SEMIBILÍNGUE DE TERMOS FUTEBOLÍSTICOS EM PORTUGUÊS/ESPANHOL Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Especialização de Formação de Tradutores da Universidade Estadual do Ceará. Aprovado em ___/ ___/______ BANCA EXAMINADORA _________________________________________ Profa. Ms. Romi Gläser (Orientadora) Universidade Estadual do Ceará ________________________________________ Profa. Dra. Vera Lúcia Santiago Araújo Universidade Estadual do Ceará _____________________________________________ Profa. Ms. Élida Gama Chaves Universidade Estadual do Ceará RESUMO O trabalho vigente tem como objetivo a elaboração da microestrutura de um glossário semibilíngue em português/espanhol de termos futebolísticos, cujo públicoalvo é constituído por usuários da língua portuguesa, profissionais da área, turistas, tradutores e o público em geral no contexto da Copa do Mundo de 2014. Em se tratando do aspecto teórico, há autores que fundamentaram expressivamente aspectos Terminológicos e Teminográficos como Pontes (2009), Finatto e Krieger (2004), Oliveira e Isquerdo (2001), Welker (2004) e Neveu (2008). Já nos estudos da Linguística de corpus, outro autor importante foi Berber Sardinha (2004) e Tagnin (2009). Os principais passos de nossa pesquisa consistiram, primeiramente, na construção do corpus de estudo dos termos de futebol. Logo após, escolhemos os termos que constituiriam a amostra do nosso glossário, tendo como base um corpus de estudo comparado com um de referência evidentes no programa WordSmith Tools que faz a análise de maior frequência dos termos nestes dois corpus destacados. Em seguida, armazenamos esses termos em fichas terminológicas dispostas em uma base de dados no Microsoft Word 2007. Os termos foram organizados semasiologicamente, isto é, partindo do termo para o conceito em ordem de frequência. 10 termos foram extraídos para a demonstração do glossário. Desse modo, esperamos que esse trabalho contribua para a conscientização do público-alvo no contexto da Copa do Mundo de 2014. Palavras-chave: Futebol. Terminologia. Glossário. ABSTRACT The present work aims to elaborate the microstructure of a semi multilingual glossary in Portuguese/Spanish/English and French with football language expressions, targeting professionals of Portuguese language as translators, tourists and the common citizens within the context of the World Cup in 2014. Approaching theoretical aspects, there are authors that expressively upheld terminological and terminographical aspects as Pontes (2009), Finatto and Krieger (2004), Oliveira and Isquerdo (2001), Welker (2004) and Neveu (2008). On the other hand, in the studies of corpus linguistic, another important author was Berber Sardinha (2004). The main steps of our research consisted, first of all, in building the study corpus of football terms. Afterwards, the terms which constituted the sample of our glossary were chosen, having as a base a study corpus compared with one of reference plain in the software Word Smith Tools that makes an analysis of higher frequencies of the terms in these two outstanding corpus. Later, these terms were saved in terminological files, disposed in a data base of Microsoft Word 2007. The terms were organized in a semasiological way that is, starting from the term towards the concept in order of frequency. Ten words were set aside to demonstrate the glossary. Thus, we hope this work could contribute to make people on the audiences aware in the context of World Cup 2014. Key-words: Football, Terminology, Glossary. SUMÁRIO CAPÍTULO I ..................................................................................................................7 1.1INTRODUÇÃO .........................................................................................................7 1.2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................9 1.3 QUESTÕES DE PESQUISA.................................................................................10 1.4 OBJETIVOS ..........................................................................................................10 1.4.1 Objetivo Geral ....................................................................................................10 1.4.2 Objetivos Específicos .........................................................................................10 CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................11 2.1 A MACRO E A MICROESTRUTURA ...................................................................11 2.2 TERMINOLOGIA ..................................................................................................12 2.2.1 Terminografia .....................................................................................................14 2.2.1.1 Tipologia dos dicionários.................................................................................15 2.2.1.2 Características internas do glossário ..............................................................17 CAPÍTULO III- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..........................................19 3.1 CONTEXTO DA PESQUISA ................................................................................19 3.2 LINGUÍSTICA DE CORPUS .................................................................................19 CAPÍTULO IV- COLETA E ANÁLISE DOS TERMOS FUTEBOLÍSTICOS ..............22 4.1 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS TERMOS PARA A ANÁLISE ................22 4.2. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS TERMINOLÓGICAS .........................................28 4.3 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA MICROESTRUTURA. .....................30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................34 FONTE ........................................................................................................................38 ANEXO ........................................................................................................................39 7 CAPÍTULO I 1.1INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como proposta a elaboração de uma microestrutura de um glossário semibilíngue português/espanhol com vistas à realização de um glossário semimultilíngue português-espanhol-inglês-francês de termos futebolísticos com a colaboração de duas colegas do Curso de Especialização em Formação de Tradutores, promovido pelo Programa de PósGraduação em Linguística Aplicada da UECE, que venha atender às necessidades de jornalistas esportivos, profissionais da área, tradutores, estudantes e turistas no contexto da Copa do Mundo de 2014. Já na Antiguidade, o exercício de impulsionar uma bola com os pés era um divertimento popular; na China, constituía mesmo uma distração para os governantes. Um documento do século III a.C. conta que o aniversário dos imperadores chineses era comemorado com uma partida do jogo chamado tsu-chu. O campo, em frente ao palácio, era limitado por postes de bambu de mais de 8 metros de altura, repletos de adornos em cores brilhantes; entre as traves, uma rede de seda, com uma abertura de 30 centímetros no centro. A ideia é que cada equipe deveria tentar passar a chu (bola) pelo orifício da rede adversária. Em outros países houve o kemari (Japão), o epyskiros (Grécia), o harpastum (Roma) e o soule (Bretanha e Normandia), todos os jogos em que, com maior ou menor grau de agressividade, os jogadores tratavam a bola a pontapés. Contudo, essas são as origens remotas do esporte. O futebol moderno teria nascido na Itália (segundo os italianos) ou na Inglaterra (segundo os ingleses). A argumentação italiana baseia-se na existência de um jogo medieval florentino, que se realizava em comemoração a diversas festas. Denominava-se calcio, palavra que até hoje significa “futebol” em italiano. Tenha sido uma evolução do harpastum, do soule ou mesmo do calcio florentino, a verdade é que o jogo se tornara brutal na Inglaterra, sendo comuns as mortes e os ferimentos; por isso foi proibido. 8 No século XVIII e princípios do XIX, o esporte popularizou-se na Inglaterra, difundindo-se em princípio entre as camadas mais baixas da população, para depois penetrar nas Universidades. Em 1846, representantes de seis Universidades (Cambridge, Eton, Oxford, Harrow, Westminster e Winchester) reuniram-se para padronizar o jogo, onde foi estabelecido o seu código de regras. Em virtude dessa padronização de regras instituídas na Inglaterra, os termos usados nessa modalidade esportiva permanecem no original em inglês em muitos idiomas. Também na América os habitantes antigos (maias, astecas, zapotecas etc.) praticavam o jogo da bola. E os colonizadores quer tenham aprendido com os indígenas, quer tenham trazido de seus países de origem, também gostavam desse esporte. Chegou ao Brasil em 1894, trazido pelo paulista Charles Miller do retorno de sua viagem para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e trouxe uma bola e suas regras: é considerado o precursor do futebol brasileiro. Esporte praticado no início apenas por pessoas da elite, popularizando-se na 1ª copa no Brasil em 1950. Cognominado “esporte das multidões”, o futebol é a modalidade esportiva que reúne o maior número de adeptos em todo o mundo. Outro aspecto a salientar é a relevância dos dicionários para o tradutor, em especial, o monolíngue, facultando a esse profissional um maior desempenho e concentração. Enfatizamos que a atenção deve ser voltada na ideia central de um texto, evitando-se a prática da tradução simultânea de cada palavra. A maior dificuldade nem sempre é entender o significado das palavras, mas a sua função gramatical e consequentemente a estrutura da frase. O grau de dificuldade dos textos vai avançar gradativamente, e o tradutor procurará fazer da leitura um hábito frequente e permanente a fim de contextualizar todo o léxico, de uma forma expressiva, em um contexto adequado. O glossário de termos futebolísticos se faz relevante, pois corrobora para a conscientização de usuários da língua portuguesa, dos profissionais da área, dos turistas, dos tradutores e do público em geral no contexto da Copa do Mundo de 2014. 9 O objetivo do trabalho é propor a constituição de um glossário semibilíngue com termos futebolísticos que se respalda nos seguintes pressupostos teóricos: estudo da macroestrutura e da microestrutura, fundamentados nas teorias de Pontes (2009); o estudo da terminologia, trabalhada por Krieger e Finatto (2004) e a metodologia do trabalho por meio da Linguística de Corpus, levando em consideração a utilização do programa WordSmith Tools que tem como teóricos basilar, Berber Sardinha (2004) e Tagnin (2009). A criação desse glossário semimultilíngue de termos futebolísticos tem o propósito de instruir e informar os profissionais envolvidos na área em estudos terminológicos porque é através da Terminologia, que se conceitua os termos técnico-científicos de uma determinada área, a veiculação e a expressão de sua linguagem especializada. Devido ao atual mundo globalizado, em diversos setores das sociedades, surgiu a necessidade de vários profissionais, dentre eles os tradutores, terem obras de referência multilíngues para subsidiá-los no domínio e compreensão de terminologias de determinadas áreas e uma melhor comunicação entre os povos, de modo a propiciar uma inter-relação em nível de intercâmbio, comércio, cultura, ciência, tecnologia ou informação. 1.2 JUSTIFICATIVA A iniciativa, que propiciou a escolha desta pesquisa visando a elaboração de uma microestrutura para a realização de um glossário de termos futebolísticos, teve como fator primordial a conquista do Brasil em sediar a Copa do Mundo de 2014. Outra motivação foi o apreço pela área de Lexicologia e a sua contribuição para o trabalho dessa pesquisa, ou seja, a elaboração de um glossário semibilíngue (português-espanhol) que culminará num futuro próximo com a compilação de um glossário semimultilíngue. Essa pesquisa se faz relevante, pois um glossário dessa natureza pretende contribuir para a disseminação de informações atualizadas, que facilitará na compreensão da terminologia futebolística, transmitindo conhecimentos para o público-alvo. coletadas nesse glossário, 10 1.3 QUESTÕES DE PESQUISA • Quais são os 10 termos do futebol, apresentados pelo corpus, que corroboram para a conscientização de usuários da língua portuguesa, os profissionais da área, jornalistas esportivos, turistas e o público em geral no contexto da Copa do Mundo de 2014? • Quais são os critérios teóricos, metodológicos adotados para a elaboração da microestrutura de um glossário semibilíngue de termos futebolísticos? • Quais são os elementos da microestrutura que servirão para a confecção do glossário em português/espanhol? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral Elaborar uma microestrutura para um glossário semibilíngue do português para o espanhol de termos futebolísticos, selecionando e definindo 10 termos expressivos nessa área. 1.4.2 Objetivos Específicos • Realizar uma análise direcionada pelo corpus de textos futebolísticos em português (Brasil) e espanhol (Uruguai). • Identificar os 10 termos do futebol que corroboram para a conscientização de usuários da língua portuguesa, os profissionais da área, turistas e o público em geral no contexto da Copa do Mundo de 2014. • Descrever os critérios metodológicos adotados para a elaboração da microestrutura de um glossário semibilíngue de termos futebolísticos de português/ espanhol. • Descrever os elementos da microestrutura que servirão para a confecção do glossário de termos futebolísticos de português/ espanhol. 11 CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente trabalho contemplará os princípios da Lexicologia com base em Pontes (2009) e o estudo da Terminologia, trabalhado por Krieger e Finatto (2004) como alicerce fundamental da pesquisa dos termos futebolísticos. 2.1 A MACRO E A MICROESTRUTURA Para Pontes (2009, p73), a macroestrutura é constituída por um conjunto de entradas, organizadas verticalmente no corpo do dicionário ou nomenclatura. Essas entradas estão dispostas em ordem alfabética, facilitando a leitura do público – alvo. Ainda, conforme o autor, a organização de um dicionário em relação à macroestrutura, leva-se em questão os aspectos fundamentais que formam seu nível estrutural: a seleção lexical, que pode ser feita por meio de um corpus antecipadamente estabelecido ou através de dicionários já existentes. Consoante o princípio da seleção lexical, Haensch (1982, p.396) apud Pontes (2009,p.73-74) salienta que há quatro critérios que estabelecem a constituição da macroestrutura que são os seguintes: a seleção de entrada de um dicionário, glossário etc., a sua finalidade (conforme aspectos normativos ou descritivos), o determinado públicoalvo a que se dirigirá (estudantes, tradutores, especialistas etc.). e o método de seleção lexical de acordo com os princípios linguísticos1. A microestrutura, para Pontes (2009, p.95), constitui um conjunto de informações ou paradigmas ordenado horizontalmente, após a entrada, dentro de cada verbete, em um dicionário ou glossário. Esse paradigma é definido como um conjunto de informações pertinentes à unidade lexical. Como exemplo de paradigmas evidenciados na microestrutura, temos a presença de informações etimológicas, as transcrições fonéticas, as definições etc. 1 Princípios linguísticos: De acordo com Haensch (1982, p.396) apud Pontes (2009,p.73-74): “... a frequência de uso, a importância de uma unidade léxica dentro do conjunto do vocabulário registrado e o critério da diferenciação frente ao diassistema de referência e a omissão ou a inclusão de palavras tabus. “ 12 Os paradigmas não estão presentes em todos os dicionários, isso vai depender da natureza linguística a qual ele apresentará. Em um dicionário escolar, por exemplo, é constituído de uma entrada, seguido de uma informação gramatical e a respectiva acepção de sua entrada. Em contra partida, o dicionário de cunho histórico, além de apresentar uma definição bem elaborada, também é notório a informação etimológica como um importante traço paradigmático. 2.2 TERMINOLOGIA A terminologia se baseia no estudo dos subconjuntos do léxico de uma língua, levando-se em consideração uma área específica do conhecimento. A terminologia procura estabelecer uma relação entre as estruturas conceituais e as estruturas lexicais em uma língua. Consoante Cabré (1993, p.32-33) apud Oliveira e Isquerdo (2001, p.19) a teoria geral da terminologia se baseia na relação entre os conceitos, na relação termo-conceito, e na relação semântica específica de cada conceito que permeia uma determinada área do saber. Na ótica do glossário semibilíngue de português/ espanhol de termos futebolísticos, levaremos em consideração a relação termo-conceito; pois os termos analisados já são existentes na tradição futebolística ao longo da história, caracterizando esse glossário como semasiológico. A título de ilustração, evidenciamos essa relação no seguinte termo: a....................................................................................................................... Bo.la. s.f. 1. Artefato esférico sólido us. em diferentes jogos (boliche, bilhar, gude, futebol etc.). 2. Bras.Fut. O jogo de futebol: Saiu para jogar bola. Até que, aos 39 minutos, aproveitando sobra de bola, Baier tocou na saída do goleiro e balançou as redes pra definir a vitória. Ba.lón. s.m. Ramírez estrelló un balón al travesaño. É notório a relação do termo em português bola, tendo como equivalente no espanhol o termo balón. Partimos então do princípio semasiológico do qual se move da direção do termo em destaque bola para o seu conceito. Também como característica peculiar desse glossário semibilíngue é a contextualização desses 13 termos em sentenças enunciativas evidenciadas nos exemplos em português: “Até que, aos 39 minutos, aproveitando sobra de bola, Baier tocou na saída do goleiro e balançou as redes pra definir a vitória.” e, em espanhol: “Ramírez estrelló un balón al travesaño.” O glossário futebolístico, em estudo, tem como progressão analítica a definição que parte dos termos pré-existentes. As definições, conforme Krieger e Finatto (2004): “...na condição de textos particularizados, identificam facetas de compreensão de fenômenos e de determinados valores no seio das diferentes ciências e áreas de conhecimento.” Então, percebemos o quanto é relevante a definição dos termos futebolísticos como cerne desse trabalho. Como aspecto também relevante no desenvolvimento desse glossário, temos a concepção de definição terminológica (doravante DT), sendo reconhecida como aquela que se ocupa de termos técnico-científicos. Em um amplo contexto definitório, a DT tem tido uma atenção significativa por muitas razões. Essas razões têm como aspectos importantes a sua especificação que ocorrem em função de ser um enunciado-texto que dá conta de significados de termos ou de expressões de uma técnica, tecnologia ou ciência no escopo de uma situação comunicativa no âmbito profissional, direcionando, assim, conceitos de uma determinada área de conhecimento. Logo, definir equivale a expressar um determinado saber, uma particularidade desse conhecimento especializado. Como destaque nos estudos terminológicos, faz-se relevante o estudo da fraseologia como outro objeto fundamental na análise terminológica de termos em um glossário de uma determinada área específica. Como exemplo de fraseologia, temos a locução Fútbol sudamericano destacado por último nesse verbete. a a Fu.te.bol. s.m. Esp. Jogo disputado por duas equipes de 11 jogadores cada, num campo que possui dois gols, e cuja finalidade é, sem usar as mãos, fazer com que a bola entre no gol do adversário. “Se fizer um levantamento, 75% dos gols no futebol, hoje em dia, saem de bola parada.” Fút.bol. s.m. Este miércoles comenzó la fase de grupos de fútbol femenino en Londres 2012. Fútbol sudamericano. A concepção de fraseologia está relacionada à junção de sintagmas nominais que amalgamados inferem um valor semântico diferente em relação a um 14 termo que esteja isolado separadamente. Como exemplos de fraseologia, temos as frases feitas, as locuções, as colocações, as expressões idiomáticas, os coocorrentes e outras expressões do gênero. Consoante Ettinger, (1982, p.249) apud Krieger e Finatto (2004, p.84) essas estruturas sintagmáticas apresentam as suas peculiaridades que levam a ser compreendida como unidades pluriverbais lexicalizadas e presentes na comunicação. De acordo com Krieger e Finatto (2004), essas unidades permeiam a comunicação humana tanto em interlocuções gerais como em temáticas especializadas. Logo, em se tratando de um específico contexto comunicativo, manifesta-se a fraseologia geral ou a fraseologia especializada. Esta mais vinculada ao contexto terminológico, pois se vincula a um processo comunicativo e semântico especializado. A relevância do estudo da fraseologia especializada está muito presente na terminologia, pois há uma preocupação por parte dos terminógrafos, pois se trata de um elemento constitutivo das comunicações profissionais. 2.2.1 Terminografia A terminografia é uma área direcionada a elaboração de glossários, dicionários técnicos ou terminológicos e bancos de dados. Podemos denominar também essa atividade como Lexicografia Especializada ou Terminografia. Ainda, conforme Krieger e Finatto (2004, p.50) ao mencionarem Boulanger (2001, p.13), a terminologia é definida como a técnica e o trabalho que consiste em relacionar minuciosamente os termos de uma área específica do conhecimento, presentes em uma ou mais línguas; considerando, pois, as suas formas, relações conceituais (onomasiológicas), e também os seus engajamentos com diferentes meios profissionais. Conforme esse viés, delimitamos as características peculiares da Terminografia que parte do termo que será definido o seu conteúdo e seu uso profissional. Partimos então do princípio onomasiológico, pois o seu conteúdo é um 15 foco preliminar e antecipa a preocupação com o plano significante no trabalho na identificação das unidades lexicais que adquirem o estatuto de termo. De acordo com o estudo terminográfico, é estabelecido um critério metodológico diferente para a elaboração de um dicionário terminológico. Logo, se formos elaborar um dicionário terminológico monolíngue, é relevante que apresentemos o termo, a sua definição e a contextualização desse termo em uma sentença. Já o glossário semibilíngue de termos futebolísticos em português/ espanhol, cerne desse trabalho, tem como característica o recenseamento de termos do futebol, a definição de seus termos em português e a contextualização destes em português e em espanhol, assim como a informação gramatical e a separação silábica. 2.2.1.1 Tipologia dos dicionários Os dicionários, por serem bem numéricos, apresentam-se diversas tipologias. Os dicionários podem ser classificados como gerais, escolares, dicionários de aprendizagem (classificados como monolíngues, bilíngues e semibilíngues) e os dicionários terminológicos (glossários). Os dicionários gerais são obras que possuem uma grande macro e microestrutura. A microestrutura, nesse tipo de dicionário, não objetiva exaltar informações que sejam desnecessárias, pressupondo o lexicógrafo que o usuário tenha os mesmos conhecimentos linguísticos. Esses dicionários servem mais para a leitura, mas não auxiliam o usuário nas tarefas pertinentes à elaboração de um texto. Os usuários desse dicionário geralmente têm um bom conhecimento, tendo um domínio do idioma e são falantes nativos da língua em foco. Os dicionários escolares, caracterizados como dicionários monolíngues, manuseados por estudantes do ensino básico. Conforme Haensch e Omeñaca, (2004) apud Pontes (2009, p.32) esses dicionários apresentam verbetes que não se restringem apenas à definição, mas apresentam informações mais detalhadas como a ampliação paradigmática que situa a palavra descrita dentro de um sistema léxico da língua (sinônimos, antônimos, famílias de palavras) e ampliação sintagmática, 16 que descreve o uso contextual das palavras (sistemas lexicalizados, regime preposicional, flexões verbais, colocações, modismo etc.). Os dicionários de aprendizagem que se subdividem em monolíngues, bilíngues e semibilíngues. Os bilíngues são utilizados pelos aprendizes de uma língua estrangeira. Esses tipos de dicionários são utilizados mais no trabalho de compreensão textual ao invés de auxiliar o aluno na produção de um texto. Uma peculiaridade desse dicionário é que ele permite contrastar semântica, sintática, pragmática e culturalmente uma noção em duas línguas diferentes, elucidando para o aluno da língua estrangeira, através de conceitos ligados à língua materna. Essa prerrogativa já não é presente em dicionário monolíngue. Os dicionários semibilíngues, conforme Pontes (2009, p.37), são caracterizados por apresentarem vocábulos mais simples no idioma em que se está aprendendo. Apresenta-se constituído por diferentes entradas contextualizadas por intermédio de exemplos (como em dicionários monolíngues), incluindo-se palavras sinônimas para cada lema (semelhante aos dicionários bilíngues). Inerente aos dicionários semibilíngues, há aspectos estruturais em sua conjuntura como a macro e a microestrutura. Os dicionários semimultilíngues contemplam mais de dois idiomas, apresentando o significado dos respectivos lemas e a contextualização destes, em diferentes exemplos semelhantes aos outros dicionários, favorecendo uma maior aprendizagem para o seu público-alvo, tanto na língua materna como nas línguas estrangeiras. Já os glossários, consoante AULETE (2011) são definidos como: 1.Vocabulário que vem anexo a uma obra para explicar palavras e expressões técnicas, regionais ou pouco usadas contida no texto. 2.Elucidário de termos técnicos (glossário de termos médicos). 3. Pequeno léxico de termos obscuros ou pouco conhecidos posto no final de uma obra, para elucidar palavras obscuras ou pouco conhecidas (glossário da cabala). 4. Léxico de um autor, ger. Em apêndice a uma edição crítica: glossário de Guimarães Rosa. 5. Função utilitária num processador de textos que consiste num arquivo como expressões e palavras de uso frequente que podem ser rapidamente incluídas no texto que está sendo preparado: glossário de Manoel de Barros. 6. Compilação de glossas. 17 No tocante ao bojo do trabalho, a concepção mais pertinente elencada no rol de acepções do dicionário AULETE (2011) é a segunda, que diz respeito ao elucidário de termos técnicos cujo objetivo é a conscientização do público leitor desses termos, auxiliando a compreensão destes no contexto da Copa do Mundo de 2014. 2.2.1.2 Características internas do glossário Os verbetes presentes nesse glossário são constituídos de cinco paradigmas importantes: a entrada, a informação gramatical, a definição do respectivo termo, a contextualização na língua materna, o sinônimo (se houver), o equivalente e a contextualização do termo na língua estrangeira. O primeiro paradigma referente ao glossário é a entrada, sendo definido como a unidade terminológica constitutiva da produção do saber, também é um elemento linguístico que converge na univocidade de uma comunicação especializada. Jamais teríamos um termo polissêmico presente em um glossário dessa natureza. Segundo Krieger e Finatto (2004), o termo apresenta uma invariabilidade semântica. Enquanto a palavra adquire diversos significados, dependendo do contexto discursivo ao qual esteja inserida, as unidades terminológicas não são suscetíveis de variação semântica, pois expressam conteúdos de uma determinada área científica. O plano do conteúdo dos termos é depreendido como da ordem dos conceitos e já o das palavras relativas à língua é de ordem dos significados. Evidencia-se o caráter onomasiológico que articula a essência dos termos. A título de ilustração no tocante a essa percepção, o item lexical seleção, significando uma ação ou resultado de selecionar, de escolher. Já no âmbito terminológico, o termo seleção, evidente no glossário semibilíngue de termos futebolísticos em português/espanhol, designa uma equipe formada pelos melhores atletas em uma modalidade de esporte. A informação gramatical se destaca como segundo paradigma na microestrutura deste glossário. Ela se faz relevante, pois auxilia o público-alvo em 18 relação à classe gramatical das palavras, auxiliando-o, por exemplo, na produção e / ou compreensão de um texto na língua fonte e alvo. A definição do termo designa a descrição dos semas ou unidades de significação que estão inerentes ao longo dos verbetes. A contextualização na língua materna ou paradigma pragmático apresentam informações contextuais como exemplos e abonações em português e em espanhol. E, por último, temos a forma equivalente que fornece a tradução dos verbetes na língua-alvo. Em suma, é relevante salientar que os paradigmas não foram escolhidos aleatoriamente a fim de constituir o glossário destes termos do futebol, mas foram submetidos a um critério metodológico bem elaborado. No capítulo seguinte, veremos como foram delineados os procedimentos metodológicos, levando-se em consideração o apoio da linguística de corpus. 19 CAPÍTULO III- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 CONTEXTO DA PESQUISA Este trabalho monográfico é de caráter terminográfico com uma perspectiva descritiva direcionada pelo corpus. É de natureza qualitativa, tendo como princípio a Linguística de Corpus, enquanto abordagem metodológica. Isto porque, segundo Krieger e Finatto (2004), ainda são recentes as metodologias para a elaboração de glossários que utilizam softwares para a análise estatística, lexical e gramatical em textos direcionados por corpora. A pesquisa para a coleta da terminologia no futebol identificando os 10 termos mais expressivos da área foi desenvolvida pela Linguística de Corpus, isto é, por meio da exploração de corpora. Utilizando o programa de computador WordSmith Tools, que, além de fazer a análise de corpus, Berber Sardinha (2004, p.112) reúne as principais ferramentas que o linguista dessa área precisa para identificar e comparar as frequências e listar os termos no seu contexto original. 3.2 LINGUÍSTICA DE CORPUS Consoante Sardinha (2004, p.3), a linguística de corpus se encarrega do recenseamento de um conjunto de informações linguísticas coletadas com o intuito de ser base para a pesquisa de uma determinada língua ou variedade linguística. Ela se dedica à exploração de uma linguagem por meio de comprovações empíricas, sendo extraídas por um computador. A Linguística de Corpus contribui para o desenvolvimento dessa pesquisa, pois, para Sardinha (2004, p.18): Um conjunto de dados linguísticos (pertencentes ao uso oral ou escrito da língua, ou a ambos), sistematizados segundo determinados critérios, suficientemente extensos em amplitude e profundidade, de maneira que sejam representativos da totalidade do uso linguístico ou de algum de seus âmbitos, dispostos de tal modo que possam ser processados por computador, com a finalidade de propiciar resultados vários e úteis para a descrição e análise. 20 Essa definição se torna mais significativa, conforme Sardinha (2004, p.18), quando certos aspectos relevantes são considerados, levando-se em questão os termos futebolísticos, como notamos abaixo: • A origem: os dados devem ser autênticos. Os termos futebolísticos são oriundos de jornais brasileiros como Gazeta Esportiva, Jornal Futebol Globo Esporte e Folha de São Paulo. Também de origem uruguaia como El Heraldo, Ladiaria e Uy Press. Todos esses artigos futebolísticos são escritos por nativos das línguas em foco, inferindo autenticidade nesse corpus. • O propósito: tem como finalidade contribuir com estudos linguísticos. O cerne deste trabalho é também auxiliar os pesquisadores na área esportiva (representados pelos tradutores). • A composição: trata-se de uma análise criteriosa dos termos presentes no corpus. Como exemplo disso, fizemos o recenseamento dos 10 termos mais relevantes em virtude da frequência de uso no corpus analisado e da chavicidade. • A formatação: A legibilidade dos dados do corpus pelo computador. Fizemos essa constatação através do programa WordSmith Tools que ratificou a legibilidade dos termos futebolísticos. • A representatividade: A importância da representação do corpus em uma ou mais línguas. Nesse âmbito, faremos um glossário semibilíngue de português/espanhol destinados aos estudantes, tradutores, profissionais da área, turistas e o público em geral. • A extensão: O corpus deve ser amplo a fim de que seja representativo. Esse aspecto é notório nesse trabalho, pois há uma grande frequência de uso dos termos analisados. Evidenciamos a relevância dessa ciência para a escolha dos 10 termos futebolísticos, pois foi através da coleta de artigos sobre futebol na internet, em sites de jornais na seção de esporte, que constituímos um corpus comparável bilíngue (corpus composto por dois subcorpora com textos originais nas respectivas línguas), levando-se em conta a análise feita por intermédio da ferramenta computacional WordSmith Tools, descrita, a seguir, que elencamos esses 10 termos, analisamos as suas maiores frequências de usos e os seus respectivos contextos enunciativos. 21 Como análise dos 10 termos futebolísticos, utilizamos esse programa cujas ferramentas são as seguintes: WordList, KeyWords e Concord, conforme explica Sardinha (2004, p.91, 96 e 105): Wordlist Propicia a criação de listas de palavras. O programa é pré-definido para produzir, a cada vez, duas listas de palavras, uma ordenada alfabeticamente (identificada pela letra A entre parênteses) e outra classificada por ordem de frequência das palavras (com a palavra mais frequente encabeçando a lista) em janelas diferentes. O programa oferece uma terceira janela na qual aparecem estatísticas relativas aos dados usados para produção das listas. KeyWords Permite a seleção de itens de uma lista de palavras (ou mais) por meio da comparação de suas frequências com uma lista de referências. O resultado do contraste é uma lista de palavras-chave, ou palavras cujas frequências são estatisticamente diferentes no corpus de estudo e no corpus de referência. Concord Essa ferramenta produz concordâncias ou listagens das ocorrências de um item específico (chamado palavra de busca ou nódulo, que pode ser formado por uma ou mais palavras) acompanhado do texto ao seu redor (o contexto). Através dos sites em português como os seguintes: Gazeta Esportiva, Jornal Futebol Globo Esporte, Folha de São Paulo, assim como sites de jornais em espanhol representados por: El Heraldo, Ladiaria e Uy Press. Agencia Uruguaya em que foram coletados e exportados para o programa WordSmith Tools, executando o processo nas ferramentas descritas anteriormente. Depois de gerada a lista das palavras mais frequentes, escolhemos os 10 primeiros termos, que servirão como amostra para a elaboração dos verbetes do glossário sobre termos futebolísticos, que se pretende elaborar. 22 CAPÍTULO IV- COLETA E ANÁLISE DOS TERMOS FUTEBOLÍSTICOS Neste capítulo, faremos uma análise de como coletamos e analisamos os termos do futebol respaldados em aspectos relevantes representados pelos seguintes aspectos: 1) Critérios para a escolha dos termos para a análise, 2) Organização das fichas terminológicas; e 3) Critérios para a organização da microestrutura. 4.1 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS TERMOS PARA A ANÁLISE Com o intuito de extrair a lista de termos presente no corpus sobre futebol, com suas frequências de uso, utilizamos a ferramenta wordlist do programa WorldSmith Tools. A utilização dessa ferramenta se dá da seguinte forma: Abrimos o programa WST e clicamos na ferramenta Wordlist. Logo após, iremos carregar os textos para o programa, que devem estar sem formatação, na extensão txt, para serem reconhecidos pelo WST. (Figura 1- janela inicial do programa WordSmith Tools) 23 Para isso, temos que selecionar a opção setting > choose text now, selecionamos os textos almejados e os armazenamos na memória do programa. Depois desse passo, clicamos em ok. (Figura 2 – Janela do Wordlist, opção Setting and Choose Texts) (Figura 3 - Inserido na janela Choose Texts, os textos que são armazenados devem ser selecionados) 24 Finalmente, clicamos na opção Make a wordlist now e a lista de palavras aparece. Logo após, escolheremos a opção File na janela do Wordlist e clicamos em Save para salvar a lista de palavras. (Figura 4 –Tela Getting Started) (Figura 5- lista de palavras por ordem de frequência gerada pela ferramenta Wordlist) 25 Quando é finalizada a primeira parte referente à análise de corpus constituída em uma lista de palavras, inicia-se o processo de criação de palavraschave. No entanto, antes de começarmos a trabalhar com a ferramenta Keyword, é fundamental criar a lista de palavras de um corpus geral de referência. Nesta pesquisa, utilizamos como corpus de referência o Projeto Lácio-Web, especificamente o Lácio Ref., que é constituído de textos em português brasileiro, tendo como aspecto relevante a utilização de textos escritos conforme a norma culta. Trabalhamos, concomitantemente, com um corpus geral de referência em espanhol composto pelos jornais El Observador, Espectador, Ladiaria, Uruguay al dia, Uy press e pela revista digital Brecha. Para se adquirir a lista de palavras-chave basta abrirmos a tela inicial do WST, e clicarmos na ferramenta Keyword, escolhendo a opção file>new. Na janela Getting started, Selecionamos, primeiramente, a lista de palavras do corpus de estudo e depois a do corpus de referência. Depois disso, clicamos na opção Make a keyword list now para que a lista de palavras seja criada. (Figura 6 - Tela Getting Started no Keyword) 26 (Figura 7- Palavra-chave criada pelo recurso Keyword) As palavras-chave mais frequentes estão evidentes logo na primeira coluna da figura 7. A segunda e a terceira coluna mostram a frequência e a porcentagem das palavras no tocante ao corpus em análise. Já a quarta e a quinta, exibem a frequência e a porcentagem das palavras-chave em relação ao corpus de referência. As palavras que se evidenciam com mais frequência são indicadas pela ordem de chavicidade (keyness), isto é, são aquelas palavras cujas frequências são mais diferentes em relação ao corpus de referência. As mais constantes são comparadas e analisadas contrastivamente mediante a ferramenta Keyword, que serão as candidatas a termos. Outra ferramenta imprescindível para recolhermos o agrupamento de palavras em seu respectivo contexto enunciativo é o Concord, selecionando o item Clusters, que são definidos, consoante Sardinha (2004, p.111) como agrupamentos lexicais, assim como sequência fixas de palavras. Para localizarmos os Clusters, abrimos a ferramenta Concord no WST, carregamos novamente os textos do corpus de estudo, conforme os comandos 27 file>new>choose texts now. Depois que os textos são carregados, a janela getting started aparece. Na opção Search Word, digitamos a palavra de uso que queríamos analisar, neste caso, o termo bola, logo após clicamos em OK. (Figura 8- Janela inicial da ferramenta Concord) (Figura 9 - janela getting started da ferramenta Concord) 28 Realizado esse procedimento, a janela com todas as concordâncias com a palavra de uso aparecerá, especificando os seus respectivos contextos de uso. Para localizarmos os Clusters, configuramos a quantidade de palavras dos Clusters com a busca de frequência. Inerente ao Concord, evidenciamos outras ferramentas importantes que nos auxiliaram na análise contextual dos termos futebolísticos como collocates, patterns. O collocate conforme Sardinha (2004, p.110) é uma “lista de palavras que ocorrem ao redor da palavra de busca, em posições determinadas.” Em geral, os collocates são representados por conectivos como preposições, conjunções; adjuntos adnominais como artigos, adjetivos etc. Em se tratando dos patterns, ou palavras padrões, são representadas de acordo com Sardinha (2004, p.111): “lista de resumo dos colocados. Eles são agrupados na posição que são mais frequentes. Deve-se ter cuidado para não se ler a listagem como se os itens fossem multipalavras, pois não há garantia que houve os encadeamentos sequenciais aparentes na lista.” 4.2. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS TERMINOLÓGICAS Organizamos os termos selecionados em fichas terminológicas utilizando o programa Microsoft Word 2007. No geral, concatenamos as fichas terminológicas em uma pasta no computador para melhorar a sua organização. Através da comparação do corpus de estudo com o corpus de referência Lácio-Web, elencamos 10 palavras, candidatas a termos, conforme a maior frequência de uso. Como diapasão no processo de análise dos termos futebolísticos, valemos-nos da organização desses termos por intermédios das fichas terminológicas. Esses critérios de análise se fazem relevantes, pois é através dessas fichas que fizemos o registro completo e bem organizado referente a esses termos do glossário. A ficha terminológica é seccionada, levando-se em consideração a língua fonte e a língua-alvo. 29 Em se tratando do termo presente na língua fonte, a ficha terminológica é constituída dos seguintes elementos: a ficha com a sua numeração, a respectiva entrada, a classe gramatical do termo, a definição, o contexto na língua fonte e a fonte. Já na língua-alvo, constatamos a presença de elementos como o equivalente na língua espanhola, a fonte onde foi extraído o termo em análise, o contexto na língua alvo, ou seja, o exemplo de uso real com o respectivo termo presente, a fonte onde foi extraído, os colocados (caso haja) e a autora que elaborou a ficha terminológica. Como exemplo, temos abaixo a ficha terminológica do termo “futebol” que está elencado no glossário de termos do futebol: FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 7 Futebol s.m. 1 Esp. Jogo disputado por duas equipes de 11 jogadores cada, num campo que possui dois gols, e cuja finalidade é, sem usar as mãos, fazer com que a bola entre no gol do adversário. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=futebol “Se fizer um levantamento, 75% dos gols no futebol, hoje em dia, saem de bola parada.” Fonte: gazeta esportiva www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/ 08/sao-paulo/sao-paulo-pega-nauticoatras-de-pontos-perdidos-para-rivaisdireitos.html Fútbol Este miércoles comenzó la fase de grupos de fútbol femenino en Londres 2012. Fonte: uypress www.uypress.net/uc_30745_1.html Futebol de areia Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 30 4.3 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA MICROESTRUTURA O critério inicial da organização da microestrutura é semasiológico, pois parte do lema (entrada ou termo desse verbete) já existente para o significado, também já existente. A microestrutura constituinte do glossário semibilíngue de termos futebolísticos em português/espanhol, possui 10 verbetes2 constituídos da respectiva entrada, da classe gramatical do termo, do sinônimo (quando aparecer), da definição, do contexto enunciativo da língua fonte (por meio de exemplos com o termo presente), o termo equivalente em espanhol, a classe gramatical, o termo expresso em um contexto e a fraseologia (notória em um verbete). Caracterizaremos, a seguir, cada uma dessas partes do verbete, contextualizando através de três exemplos. A entrada é o lema ou cabeça do verbete. São palavras destacadas em vermelho, apresentando separação silábica (indicada por pontos) com a sílaba tônica grifada. A classe gramatical está destacada em negrito e itálico. Está presente para o consulente saber como será o uso da entrada em um determinado contexto. O sinônimo está evidente em alguns verbetes. Ele é importante para situar o leitor das diferentes possibilidades semânticas evidentes de um determinado termo, ampliando o seu repertório lexical e evitando redundância na utilização de um mesmo termo. A definição ou acepção é o enunciado o qual se explica algo, é a significação da entrada referente ao termo. A utilização do contexto da língua fonte é muito relevante, pois é através dele que situará o leitor do uso adequado do termo, em uma determinada sentença, expresso na língua espanhola. Outro elemento da microestrutura desse glossário é o termo equivalente na língua-alvo, ele serve para situar o consulente do seu significado ser igual ou semelhante no outro idioma. Além desses elementos, temos a classe gramatical (em alguns termos, serão acrescidos na língua-fonte e na língua-alvo o plural irregular) e o termo expresso em um contexto da língua-alvo, que já foram caracterizados anteriormente em relação à língua-fonte. Por último, evidenciamos a presença de fraseologia em um verbete. Esse elemento é caracterizado por uma 2 Verbetes: Consoante Diaz e Talavera (2011. p.VIII): “Conjunto de informações, significados, exemplos e locuções relacionados a determinada palavras.“ 31 estrutura linguística padrão suscetível de uma interpretação semântica que são independentes dos sentidos estritos inerentes a sua estrutura. Como resultado da análise dos termos futebolísticos referentes aos corpora investigados, temos os seguintes verbetes como parte integrante da microestrutura do glossário futebolístico em português/espanhol: Verbetes do glossário de termos futebolísticos em português/espanhol Ar.ti.lhei.ro, ra. s. 1. Bras.Fut. Jogador que habitualmente faz gol; GOLEADOR. 2. Jogador que faz o maior número de gols para a equipe (em partida ou campeonato). Em sua estreia no Barradão, o artilheiro William marcou os dois gols do Vitória diante do Guaratinguetá. Go.le.a.dor, do.ra. s. La alegría de la igualad duró pocos segundos, ya que el goleador del campeonato, Mosquito, desniveló nuevamente para Brasil, anticipándose luego de un centro. Bo.la. s.f. 1. Artefato esférico sólido us. em diferentes jogos (boliche, bilhar, gude, futebol etc.). 2. Bras.Fut. O jogo de futebol: Saiu para jogar bola. Até que, aos 39 minutos, aproveitando sobra de bola, Baier tocou na saída do goleiro e balançou as redes pra definir a vitória. Ba.lón. s.m. Ramírez estrelló un balón al travesaño. Cam.pe.ão, ã. s. Pessoa ou equipe que vence um campeonato ou torneio. Jogadores do Real Madrid, Campeão Espanhol Segundo o IFFHS, o Real Madrid foi o vencedor do campeonato mais difícil do planeta. [Pl.: -ões]. Cam.pe.ón, o.na. s. Finalmente, Uruguay no salió campeón en Bolivia. [Pl.: nes]. Fu.te.bol. s.m. Jogo disputado por duas equipes de 11 jogadores cada, num campo que possui dois gols, e cuja finalidade é, sem usar as mãos, fazer com que a bola entre no gol do adversário. “Se fizer um levantamento, 75% dos gols no futebol, hoje em dia, saem de bola parada.” [Pl.: -óis]. Fút.bol. s.m. Este miércoles comenzó la fase de grupos de fútbol femenino en Londres 2012. [Pl.: les]. Fútbol sudamericano. 32 Go.lei.ro, ra. s. Bras.Esp. Em esportes como futebol, handebol e polo, jogador que defende o gol de seu time, usando as mãos para segurar ou afastar a bola. [Em futebol, de todos os jogadores só o goleiro pode usar as mãos, no espaço restrito à grande área.]. Mal colocado, o goleiro pulou estranho e não conseguiu impedir que a bola estufasse as suas redes pela segunda vez. Ar.que.ro, ra. s. A los 53' pudo ser el descuento celeste: peleó Suárez en el área rival, ganó el balón pero el arquero Butland retuvo la chance. Go.le.ro, ra. s. Dominó el esférico cerca del área grande y con un toque exquisito lo tiró por arriba del golero de Nacional, que se salvó, ya que pegó en el horizontal. Se.le.ção. s.f. 1. Esp. Equipe formada pelos melhores atletas em uma modalidade de esporte. 2. Esp. Equipe de jogadores de qualquer modalidade de esporte, ger. futebol, que defendam um país. Scolari não teve ofertas para comandar seleções de médio e grande porte após a Eurocopa, que acabou em julho. [Pl.: ões]. Se.lec.ción. s.f. En la primera parte, ambas selecciones que competían por el bronce en la noche de ayer, viernes, no mostraban buen juego. [Pl.: -nes]. Tor.ce.dor, ra. s. Aquele que torce por uma equipe, atleta etc. O torcedor do Corinthians tem a partir de agora uma oportunidade de conhecer os bastidores da conquista da Copa Libertadores da América. Hin.cha. com. Tres mil hinchas de Belgrano de Córdoba, dos horas después de terminado el partido, estaban anclados en una de las tribunas al no poder salir del estadio. Tra.ve. s.f. Esp. Cada uma das barras verticais do gol que sustentam o travessão. O centroavante cabeceou com liberdade e acertou a trave do estático arqueiro anfitrião. Ar.co. s.m. Los locales comenzaron manejando el balón en el mediocampo y por momentos llegando con insinuaciones al arco de Álvaro García. Trei.na.dor, ra. s. Diz-se de profissional que treina; TÉCNICO. Embora o treinador sempre lembre que lateral precisa defender, ele tomou gosto pelo gol após o chute certeiro contra a Ponte, e garante que seu estilo de jogo pode garantir mais comemorações à torcida. En.tre.na.dor, ra. s. El entrenador Oscar Tabárez confirmó en la mañana de este miércoles el equipo que debutará el jueves ante Emiratos Árabes. 33 Za.guei.ro, ra. s. Bras. Fut. Jogador de defesa que atua em uma das zagas; BEQUE. O atacante driblou o zagueiro e finalizou com categoria para fazer 1 a 0. Za.gue.ro, ra. s. El espigado zaguero derecho rochense la hizo bien al cortar un ataque rival en su zona y mandarse a territorio enemigo con pelota al pie. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como foi explicitada, ao longo desse trabalho, a elaboração do glossário semibilíngue de português/espanhol se faz relevante, pois visa contribuir com a conscientização de usuários da língua portuguesa, dos profissionais da área, dos turistas, dos tradutores e do público em geral no contexto da Copa do Mundo de 2014. Para que alcancemos o cerne do trabalho, a elaboração desse glossário, foi importante que nos familiarizássemos com o Corpus, com o auxílio de ferramentas essenciais para a sua constituição. A primeira ferramenta foi a seleção dos corpora de jornais em português e jornais em espanhol (corpus de estudo). Já a segunda foi de caráter comparativo, cotejando com os textos presentes no outro corpus (corpus de referência do Lácio-Web, Lácio Ref.). Outra ferramenta imprescindível na elaboração desse glossário foi a utilização do software WordSmith Tools. A sua função essencial consiste em recensear os termos futebolísticos que apareceram mais frequentes tanto na análise comparativa entre o corpus de estudo e o corpus de referência. A elaboração da ficha terminológica também foi essencial, corroborando como alicerce fundamental na elaboração da microestrutura desse glossário. Através da comparação do corpus de estudo com o corpus de referência Lácio-Web, elencamos 10 palavras, das candidatas a termos, conforme a maior frequência de ocorrência e chavicidade. O presente trabalho nos possibilitou responder as seguintes perguntas feitas referentes ao tópico questões de pesquisa: 1) Quais são os 10 termos do futebol que corroboram para a conscientização de usuários da língua portuguesa, os tradutores, os profissionais da área, jornalistas esportivos, turistas e o público em geral no contexto da Copa do Mundo de 2014? 2) Quais são os critérios adotados para a elaboração da microestrutura de um glossário semibilíngue de termos futebolísticos? 3) Quais são os elementos que servirão para a confecção do glossário em português/espanhol? Ao longo desta pesquisa, concluímos que os 10 termos (artilheiro, bola, campeão, futebol, goleiro, seleção, torcedor, trave, treinador e zagueiro) que 35 permeiam esse glossário são importantes porque foram escolhidos pela ordem de maior frequência de uso no corpus comparado. Já, em relação aos critérios adotados da microestrutura, três foram imprescindíveis: a escolha dos termos, a organização das fichas terminológicas e a organização da microestrutura. Na escolha dos termos, foi relevante o uso do programa WordSmith Tools, para que pudéssemos obter os termos mais frequentes. Os elementos que servirão para a confecção do glossário em português/espanhol são na língua-fonte: a entrada, a classe gramatical, o sinônimo, a definição ou acepção e o contexto da língua fonte; já, na língua-alvo, temos: o termo equivalente, a classe gramatical e a fraseologia. Em suma, esse trabalho tem como bojo tanto a elaboração de um futuro glossário semimultilíngue em português/espanhol/inglês/francês de termos futebolísticos e, também, a contribuição na conscientização do público-alvo no contexto da Copa do Mundo de 2014. 36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABRIL, Enciclopédia – volume 5. Futebol – História. Editora Abril S.A., 1972. AULETE, Caldas. Novíssimo Aulete dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon, 2011. AULETE, Caldas. Caldas Aulete: minidicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. BARROS, Lídia Almeida. Curso Básico de Terminologia. São Paulo: EDUSP, 2004. DIAZ, Miguel; TALAVERA, García. Dicionário Santillana para estudantes: espanhol – português, português – espanhol. São Paulo: Moderna, 2011. FINATTO, Maria José; KRIEGER, Maria da Graça. Introdução à Terminologia teoria & prática. São Paulo: Contexto, 2004. LEPRE, Larissa. Elaboração de Glossários Bilíngues para Interpretação de Textos em Inglês com Base em um Corpus Paralelo. Dissertação de Mestrado. Florianópolis: UFSC, 2007. MEDEIROS, Francisca Rafaela. Elementos para a microestrutura de um glossário semitrilíngue dos termos da audiodescrição. Dissertação de Mestrado. Fortaleza: UECE, 2012. NEVEU, Franck. Dicionário de Ciências da Linguagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. ISBN 978-85-326-3583-9 PONTES, Antônio Luciano. Dicionário para uso escolar: O que é como se lê. Fortaleza: EdUECE, 2009. SARDINHA, Tony Berber. Linguística de Corpus. Barueri, São Paulo: 2004. Manole, TAGNIN, Stella; TEIXEIRA, Elisa Duarte. Elaboração de glossários confiáveis 37 para o tradutor a partir de corpora. Encontro de Férias, USP, São Paulo: SBS, 2009. TAGNIN, Stella. A produção de glossários direcionados pelo corpus e orientados ao tradutor como metodologia de formação de tradutores. ANAIS DO X ENCONTRO NACIONAL DE TRADUTORES & IV ENCONTRO INTERNACIONAL DE TRADUTORES (ABRAPT-UFOP, Ouro Preto, de 7 a 10 de setembro de 2009). WELKER, Herbert Andreas. Dicionários – uma pequena introdução à lexicografia. Brasília: Thesaurus, 2004. 38 FONTE Aulete Digital - Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguêsa. Disponível em: http://aulete.uol.com.br/. Acesso em: agosto de 2012. Brecha revista digital. Disponível em: http://www.brecha.com.uy/. Acesso em: agosto de 2012. El Heraldo/Sección/Desportes. Disponível em: http://www.diarioelheraldo.com.uy/. Acesso em: agosto de 2012. El observador. Disponível em: http://www.elobservador.com.uy. Acesso em: agosto de 2012. Espectador.com. Disponível em: http://www.espectador.com.uy. Acesso em: agosto de 2012. Folha de São Paulo/Seção/Esporte. Disponível em: http://www.folha.uol.com.br/. Acesso em: agosto de 2012. Gazeta Esportiva. agosto de 2012. Disponível em: Globo Esporte/Seção/Futebol. Acesso em: agosto de 2012. http://www.gazetaesportiva.net/. Acesso em: Disponível em: http://globoesporte.globo.com/. La diária. Disponível em: http://ladiaria.com.uy/. Acesso em: agosto de 2012. La diária/Sección/Deportes. agosto de 2012. Uruguay al dia. agosto de 2012. Disponível em: http://ladiaria.com.uy/. Disponível em: http://www.uruguayaldia.com.uy/. Acesso em: Acesso em: Uy. Press. Disponível em: http://www.uypress.net. Acesso em: agosto de 2012. 39 Uy. Press/Sección/Desportes. Disponível em: http://www.uypress.net. Acesso em: agosto de 2012. 40 APÊNDICE FICHAS TERMINOLÓGICAS Ficha Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fontes Colocados Autora 1 Goleiro s.m. 1 Bras. Esp. Em esportes como futebol, handebol e polo, jogador que defende o gol de seu time, usando as mãos para segurar ou afastar a bola. [Em futebol, de todos os jogadores só o goleiro pode usar as mãos, no espaço restrito à grande área.] http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=goleiro Mal colocado, o goleiro pulou estranho e não conseguiu impedir que a bola estufasse as suas redes pela segunda vez. Fonte: Gaz.Esp. http://www.gazetaesportiva.net/noticia/ 2012/08/america-mg/americamgaproveita-expulsao-no-1- tempo-e-sereabilita-ante-o-abc.html 1º Arquero, 2º Golero 1º A los 53' pudo ser el descuento celeste: peleó Suárez en el área rival, ganó el balón pero el arquero Butland retuvo la chance. Fuente: uypress 2º Dominó el esférico cerca del área grande y con un toque exquisito lo tiró por arriba del golero de Nacional, que se salvó, ya que pegó en el horizontal. Fuente: Ladiaria http://www.uypress.net/uc_30983_1.ht ml http://ladiaria.com.uy/articulo/2012/8/lo -dejo-rengo/ Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 41 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 2 Zagueiro s.m. 1 Bras. Fut. Jogador de defesa que atua em uma das zagas; BEQUE. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=zagueiro O atacante driblou o zagueiro e finalizou com categoria para fazer 1 a 0. Fonte: Folha.uol. http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1 134317-barcos-marca-duas-vezes-epalmeiras-vence-o-botafogo-norio.shtml Zaguero El espigado zaguero derecho rochense la hizo bien al cortar un ataque rival en su zona y mandarse a territorio enemigo con pelota al pie. Fuente: Ladiaria. http://ladiaria.com.uy/articulo/2012/3/c uatro-tarariras/ Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 42 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 3 Bola s.f. 1 Artefato esférico sólido us. em diferentes jogos (boliche, bilhar, gude, futebol etc.) 2 Bras. Fut. O jogo de futebol: Saiu para jogar bola. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=bola Até que, aos 39 minutos, aproveitando sobra de bola, Baier tocou na saída do goleiro e balançou as redes pra definir a vitória. Fonte: gazeta esportiva www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/ 08/atletico-pr/paulo-baier-marca-eatleticopr-respira-ao-vencer-asaal.html Balón Ramírez estrelló un balón al travesaño. Fuente: uypress www.uypress.net/uc_30983_1.html Posse de bola, saída de bola e tocar a bola Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 43 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 4 Treinador s.m. 1 Diz-se de profissional que treina; TÉCNICO. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=treinador Embora o treinador sempre lembre que lateral precisa defender, ele tomou gosto pelo gol após o chute certeiro contra a Ponte, e garante que seu estilo de jogo pode garantir mais comemorações à torcida. Fonte: globo esporte http://globoesporte.globo.com/futebol/ti mes/santos/noticia/2012/07/aposdesencantar-bruno-peres-da-palestrae-avisa-gol-nao-foi-acidente.html Entrenador El entrenador Oscar Tabárez confirmó en la mañana de este miércoles el equipo que debutará el jueves ante Emiratos Árabes. Fuente: uypress www.uypress.net/uc_30711_1.html Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 44 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 5 Trave s.f. 1 Esp. Cada uma das barras verticais do gol que sustentam o travessão. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=trave O centroavante cabeceou com liberdade e acertou a trave do estático arqueiro anfitrião. Fonte: gazeta esportiva www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/ 08/ceara/em-noite-de-itamar-cearavence-em-alagoas-e-deixa-o-crb-paratras.html Arco Los locales comenzaron manejando el balón en el mediocampo y por momentos llegando con insinuaciones al arco de Álvaro García. Fuente: uypress www.uypress.net/uc_30781_1.html Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 45 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 6 Artilheiro s.m. 1 Bras. Fut. Jogador que habitualmente faz gol; GOLEADOR. 2 Bras. Fut. Jogador que faz o maior número de gols para a equipe (em partida ou campeonato). http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=artilheiro Em sua estreia no Barradão, o artilheiro William marcou os dois gols do Vitória diante do Guaratinguetá. Com os 2 a 0 da noite desta terça, os baianos seguem na perseguição ao líder Criciúma. Fonte: gazeta esportiva www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/ 08/vitoria/com-dois-de-william-emestreia-no-barradao-vitoria-venceguara.html Goleador La alegría de la igualad duró pocos segundos, ya que el goleador del campeonato, Mosquito, desniveló nuevamente para Brasil, anticipándose luego de un centro. Fuente: ladiaria http://ladiaria.com.uy/articulo/2011/11/ corazon-espinado/ Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 46 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 7 Futebol s.m. 1 Esp. Jogo disputado por duas equipes de 11 jogadores cada, num campo que possui dois gols, e cuja finalidade é, sem usar as mãos, fazer com que a bola entre no gol do adversário. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=futebol “Se fizer um levantamento, 75% dos gols no futebol, hoje em dia, saem de bola parada.” Fonte: gazeta esportiva www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/ 08/sao-paulo/sao-paulo-pega-nauticoatras-de-pontos-perdidos-para-rivaisdireitos.html Fútbol Este miércoles comenzó la fase de grupos de fútbol femenino en Londres 2012. Fonte: uypress www.uypress.net/uc_30745_1.html Futebol de areia Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 47 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 8 Torcedor s.m. 1 Aquele que torce por uma equipe, atleta etc. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=torcedor O torcedor do Corinthians tem a partir de agora uma oportunidade de conhecer os bastidores da conquista da Copa Libertadores da América. Fonte: gazeta esportiva www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/ 08/corinthians/corinthians-lanca-livrocom-fotos-dos-bastidores-dalibertadores.html Hinchas Tres mil hinchas de Belgrano de Córdoba, dos horas después de terminado el partido, estaban anclados en una de las tribunas al no poder salir del estadio. Fuente: uypress www.uypress.net/uc_17480_1.html Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 48 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 9 Campeão s.m. 1 Pessoa ou equipe que vence um campeonato ou torneio. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=campe%E3o Jogadores do Real Madrid, Campeão Espanhol Segundo o IFFHS, o Real Madrid foi o vencedor do campeonato mais difícil do planeta. Fonte: globo esporte http://globoesporte.globo.com/futebol/f utebolinternacional/noticia/2012/07/campeon ato-espanhol-e-o-mais-forte-domundo-brasileiro-e-o-3.html Campeón Finalmente, Uruguay no salió campeón en Bolivia. Fuente: uypress www.uypress.net/uc_26412_1.html Mª Eliane Gomes Barbosa Lima 49 FICHA Entrada Classificação Gramatical Definição Fonte Contexto na língua fonte Fonte Equivalente Contexto na língua alvo Fonte Colocados Autora 10 Seleção(ões) s.f. 1 Esp. Equipe formada pelos melhores atletas em uma modalidade de esporte. 2 Esp. Equipe de jogadores de qualquer modalidade de esporte, ger. futebol, que defendam um país. http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=a ulete_digital&op=loadVerbete&pesquis a=1&palavra=sele%E7%E3o Scolari não teve ofertas para comandar seleções de médio e grande porte após a Eurocopa, que acabou em julho. Fonte: folha uol http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1 133609-scolari-400-jogos-nopalmeiras-tem-futuro-indefinido.shtml Selección(es) En la primera parte, ambas selecciones que competían por el bronce en la noche de ayer, viernes, no mostraban buen juego. Fuente: uypress http://www.uypress.net/uc_21357_1.ht ml Mª Eliane Gomes Barbosa Lima