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Avaliação de um programa de orientação fisioterapêutica ao cuidador do paciente com
acidente vascular cerebral
Evaluation of a program guidance physiotherapeutic the caregiver of the patient with
stroke
Evaluación de un programa de orientación fisioterapia para cuidadores de pacientes con
acidente cerebrovascular
RUNNIG TITLE: ORIENTAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AO CUIDADOR
Cintia Lessa Lima. Fisioterapeuta, Mestre em Ciências, Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual/ IAMSPE. São Paulo (SP), Brasil. E-mail: [email protected].
CV: http://lattes.cnpq.br/2638348468787769
Fernando Campos Gomes Pinto. Neurocirurgião, Professor Doutor, Doutor, Faculdade de
Medicina de São Paulo/FMUSP, Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual
/IAMSPE. São Paulo (SP), Brasil. E-mail: [email protected].
CV: http://lattes.cnpq.br/7173953524737522
Jamili Anbar Torquato. Fisioterapeuta, Doutora pela FM/FMUSP. Docente do programa de
mestrado em ciências da saúde, coordenadora da Pós-lato-sensu em Fisioterapia
cardiorrespiratória e Hospitalar Universidade e docente da graduação em fisioterapeuta
Universidade Cruzeiro do Sul.
CV: http://lattes.cnpq.br/4352186739658915
2
Fernando Campos Gomes Pinto
Serviço de Neurocirurgia do Hospital do Servidor Público Estadual
Av. Angélica 1968, cj. 21 - São Paulo - SP, CEP 01288-0200, + 55 11 3825-2444.
Cintia Lessa Lima
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual
Rua Fortunato 126 ap. 31, Vila Buarque, São Paulo CEP: 01224-030, + 55 11 3333-6201 / 11
9765-2824.
Jamili Anbar Torquato
Universidade Cruzeiro do Sul
Rua Galvão Bueno, 868, Liberdade, São Paulo, CEP: 01506000 / + 55 11 33853000/ 11
998188839.
3
Abstract:
Objective: To evaluate the effectiveness of a manual of guidelines for caregivers of
patients with cerebrovascular accident. Method: Cross-sectional prospective randomized
study approved by the Ethics Committee of the Hospital Municipal Dr. Mauro Fernando Pires
da Rocha, 001801581912.A protocol population was 40 patients with hemiplegic secondary
to stroke, with caregiver in the same residence. After developing the manual, applied 10 to
40 caregivers questions divided into two groups: A (with manual) and B (no manual). The
test was reapplied 7 days and after 18 months. Statistical analysis used the GraphPad Prism
5 with significance level p <0.05. Results: after 18 months: Group A 50% loss, 50% of the
sample and had no complications. Group B-70% loss, 20% without complications and 10%
with decubitus ulcer.Conclusion: Manual guidelines was effective to help the home
caregiver of patients with hemiplegic.
Descriptors: stroke; physical therapy specialty; rehabilitation
4
Resumo:
Objetivo: Avaliar a efetividade de um manual de orientações para cuidadores de
pacientes com Acidente Vascular Cerebral. Método: Estudo transversal prospectivo
randomizado aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires
da Rocha, protocolo 001801581912. A amostra foi de 40 pacientes com hemiplegia
secundária a um AVC, com cuidador na mesma residência. Após desenvolver o manual,
aplicou-se 10 questões aos 40 cuidadores divididos em dois grupos: A (com manual) e B (sem
manual). O teste aplicado foi reaplicado com 7 dias e após 18 meses. Analise estatística
utilizou o programa GraphPad Prism 5 com valor de significância p<0,05. Resultados: após
18 meses: Grupo A- 50% de perda e 50% da amostra não tiveram complicações. Grupo B70% de perda, 20% sem complicações e 10% com úlcera de decúbito.
Conclusão: O manual de orientação foi eficaz para auxiliar o cuidador domiciliar do
paciente com hemiplegia.
Descritores: acidente vascular cerebral; fisioterapia; reabilitação.
5
Resumem:
Objetivo: Evaluar la eficacia de un manual de directrices para los cuidadores de pacientes
con accidente cerebrovascular. Método: Estudio prospectivo y randomizado transversal
aprobado por el Comité de Ética del Hospital Municipal Dr. Mauro Fernando Pires da Rocha,
población protocolo 001801581912.A fue de 40 pacientes con hemiplejía secundaria a un
accidente cerebrovascular, con cuidador en el mismo domicilio. Después de desarrollar el
manual, aplicado 10 a 40 cuidadores preguntas divididas en dos grupos: A (con manual) y B
(sin manual). La prueba se volvió a aplicar 7 días y después de 18 meses. El análisis
estadístico utilizó el GraphPad Prism 5 con un nivel de significación p <0,05.Resultados:
después de 18 meses: Grupo una pérdida del 50%, el 50% de la muestra y no hubo
complicaciones. Grupo B-70% de pérdida, 20% sin complicaciones y 10% con úlcera de
decúbito. Conclusión: orientación Manual fue eficaz para ayudar al cuidador principal de
pacientes con accidente cerebrovascular.
Descriptores: accidente cerebrovascular; fisioterapia; rehabilitación
6
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença neurológica que causa
incapacidade física, é considerada a primeira causa de morte e incapacidade no País,
contribuindo para um grande impacto social e econômico. De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS) o AVC é o sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação
focal da função cerebral de suposta origem vascular com duração maior que 24 horas
podendo levar a morte sem outra causa, e apresenta sinais e sintomas neurológicos que
ocorreram de modo súbito, com perda da função encefálica focal ou generalizada.
1-3
Entre as doenças cerebrovasculares, na faixa etária de 20 a 59 anos, no Brasil, o AVC
corresponde a 80% das internações do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da elevada
incidência, as sérias consequências médicas e sociais, como: Sequelas físicas, de
comunicação, funcionais, emocionais e cerca de 68 mil mortes por ano no Brasil. Estas
sequelas causam certo grau de dependência, principalmente no primeiro ano, com
aproximadamente de 30 a 40% dos pacientes impedidos de retornar ao trabalho e
requerendo dispositivos para desempenhar as atividades de vida diárias (AVDs) . São comuns
casos de ansiedade, depressão, distúrbio do sono, alteração da função sexual, distúrbios
motores, sensoriais, cognitivos e de comunicação. 1-4
A recuperação motora e sensorial ocorre entre 6 meses a 1 ano. Quanto à linguagem
e funções cognitivas, ocorrem em longos períodos de tempo. Devido às sequelas físicas e
alterações psicossociais, são de fundamental importância, a participação e reorganização
familiar, proporcionando um melhor retorno e interação ao meio social. Assim, a
reabilitação que se iniciará no ambiente hospitalar, deverá ter continuidade na assistência
ambulatorial e na própria residência do paciente com enfoque na família. No SUS a portaria
GM/SAS 665, institui incentivo financeiro e de cuidados com AVC
5-11
Os manuais de orientação são instrumentos que auxiliam os familiares e cuidadores
de pacientes com necessidades especiais, facilitando a continuidade do que foi abordado
pelo profissional da saúde. A realização de cuidados como uso de coxins, mudança de
posicionamento a cada 2 horas, evitar posturas antálgicas, mobilizar o paciente
adequadamente são fundamentais para evitar complicações e acelerar a recuperação.
Quando o cuidador tem acesso a um manual ilustrado, que aborde a doença e os cuidados
com linguagem simplificada, é suposto que os cuidados sejam facilitados. Na literatura
7
existem publicações que abordam o tema AVC, porém para o presente estudo foi elaborado
pela autora, um manual ilustrado, didático, simples e direcionado especificamente para
cuidadores leigos e familiares de pacientes com sequelas motoras de AVC.
12-18
Foram
objetivos de a pesquisa apresentar um programa de orientações fisioterapêuticas através de
um manual ilustrado a cuidadores de pacientes portadores de sequela motora por AVC e
avaliar o efeito deste programa de orientação quanto ao grau de retenção do conhecimento
transmitido e prevenção de complicações tardias evitáveis.
MÉTODO
A pesquisa foi realizada em um Hospital Municipal da cidade de São Paulo, no
período de dezembro de 2007 a dezembro de 2009, após aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa do Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha. (protocolo
001801581912).
A população estudada foi constituída por pacientes com sequelas motoras de AVC e
seus cuidadores. Foram inclusos pacientes com sequela exclusivamente motora (hemiplegia)
secundária a um AVC recente; paciente com cuidador na mesma residência ou acompanhe o
paciente diariamente.
Para realizar esta pesquisa, foi elaborado pela autora, um manual impresso com
orientações fisioterapêuticas, ilustrado e com linguagem acessível à população a ser
estudada. As orientações deste manual foram baseadas na definição da doença, quadro
clínico, posicionamentos adequados ao paciente hemiplégico, exercícios, mudanças
transposturais e como evitar as complicações gerais. Em seguida, foram selecionados 40
cuidadores de pacientes com sequela motora por AVC. As informações dos acompanhantes
foram registradas em uma ficha (nome, sexo, idade, estado civil, número de filhos, grau de
parentesco, endereço residencial, telefone, profissão, escolaridade e meio de transporte
habitual).
A primeira etapa ocorreu durante o período de internação hospitalar e os
acompanhantes foram esclarecidos sobre o trabalho proposto. Aqueles que concordaram
com a participação, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os cuidadores
foram divididos, por randomização em dois grupos A e B com 20 cuidadores em cada grupo.
Em seguida receberam o primeiro teste, denominado de Teste A, composto por um
questionário de múltipla escolha sobre o assunto abordado. As questões abordadas aos
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cuidadores foram: 1) Qual é a principal característica do quadro clínico do AVC ? ; 2) Qual a
principal importância de movimentar o braço plégico com cuidado?; 3) Quais os cuidados
para se evitar lesões na pele ?; 4) O que deve ser feito com o paciente após o AVC, quando
apresenta dificuldade para realizar movimentos ativos independentemente?; 5) O que fazer
para evitar inchaço de mãos e pés?; 6) O que fazer para evitar que a ponta dos pés fiquem
par baixo com o paciente deitado de barriga para cima?; 7) Posição ideal para evitar
engasgos durante as refeições?; 8) Como deve ser posicionado o ombro, quando o paciente
deita virado para o lado afetado?; 9) Com o paciente sentado numa poltrona, como devo
apoiar o tronco evitando que ele caia para o lado?; 10) Quando não podemos levar o
paciente para uma clínica de reabilitação, o que devemos fazer?
Ambos os grupos A e B responderem o Teste A, contendo as 10 questões. Depois o
manual foi entregue apenas ao grupo A.
Após 7 dias, realizou-se a segunda etapa, foi entregue para ambos os grupos as
mesmas questões do teste, denominado de Teste B, todos responderam. O Grupo B recebeu
o manual nesta etapa. As dúvidas dos dois grupos foram esclarecidas pela pesquisadora.
A terceira etapa, avaliação tardia, ocorreu após 18 meses, através de contatos
telefônicos aos acompanhantes, obtiveram-se informações sobre o paciente: saúde/óbito,
presença ou não de úlcera por pressão e desenvolvimento ou não de pneumonia.
O conteúdo do manual foi avaliado pela equipe de fisioterapeutas do Hospital do
Servidor Público Estadual quanto a 3 itens: se o manual é completo para esta situação; se o
fornecimento do manual aumentaria a aderência do cuidador às orientações e se ajudaria a
prevenir as complicações de surgimento de úlcera por pressão, contraturas e infecções. A
avaliação de cada item poderia variar de 0 a 10.
Analise estatística foi através do programa estatístico GraphPad Prism 5 com valor de
significância p<0,05.
RESULTADOS
A população analisada foi de 40 cuidadores: sendo 29 do gênero feminino e 11 do
gênero masculino com idade media de 35 anos. A relação de parentesco entre esses era: 26
filhos (21 mulheres e 5 homens), 2 cônjuges e 12 outros. O grau de escolaridade foi: 26 com
ensino médio e 14 com ensino fundamental.
9
Os dois grupos foram divididos em 20 cuidadores do grupo A (com manual) e 20
cuidadores do grupo B (sem manual).
Não houve diferença significativa no Teste A, respondido pelos Grupos A e B com 100
e 90 % de acertos respectivamente, no primeiro dia após ambos os grupos receberem
orientações orais do fisioterapeuta. No grupo B, dois acompanhantes erraram apenas uma
questão.
Porém, observando os resultados do Teste B, aplicado após 7 dias que receberam as
orientações, nota-se diferença nos acertos das questões entre os dois grupos: Grupo A,
obteve 95% de acertos, apenas uma questão errada; Grupo B, apenas 2 cuidadores tiveram
100% de acerto, 8 acertaram 90%, 4 acertaram 80%; 5 acertaram 70% e 1 acompanhante,
acertou 50% ,p<0,05, este dado mostra o grau de retenção de conhecimento adquirido, o
grupo A com manual reteve o conhecimento e o grupo B sem manual teve maior dificuldade
em responder as questões após 7 dias, tendência a não reter o conhecimento recebido
apenas de forma oral. (Figura 1)
Ao observar as duas colunas do teste B (sem e com manual) podemos notar uma
diferença estatisticamente significativa, p = 0,000 para os dois testes de acordo com o teste
Kolmogorov-Smirnov.
Resultados obtidos com intervalo de 7 dias entre o Teste A e o Teste B
Media sem manual-Teste A - 9,9 (SD10-9) e Teste B -8,5(SD10-6) p<0,05 *
Media com manual-Teste A - 10 (SD10-10) e Teste B -9,9(SD10-9)
10
Foi utilizado o Mann – Whitney Test para comparar a diferença entre as notas e os
sexos feminino e masculino, pessoas com estado civil estável e não estável e grau de
escolaridade.
Ao analisar os testes de ambos os gêneros, observou-se que houve diferença
significativa, p = 0,034, com melhor desempenho das mulheres. Não houve diferenças nos
testes entre as pessoas com estado civil não estável e estável p = 0,391. Na comparação do
grau de escolaridade, notou-se diferença entre os acertos das questões dos testes, p =
0,009, prevalecendo o maior nível escolar.
Como o grau de parentesco tem três níveis (filho, cônjuge e outros), o Kruskal-Wallis
Test foi utilizado para avaliar se existiu diferença entre as notas: não houve diferença, p =
0,360.
Após 18 meses, os 40 cuidadores foram entrevistados pelo telefone quanto a:
ocorrência ou não de óbito, presença ou não de úlcera por pressão e episódios de
pneumonia. Os resultados estão na figura 2 e a diferença encontrada foi o desenvolvimento
de úlcera por pressão em 2 pacientes do grupo B, sem relatos de complicação no grupo A.
Grupo A- 50% de perda amostral por óbito, não atender telefone, mudou numero e 50% da
amostra não tiveram complicações.
Grupo B- 70% de perda amostral por óbito, não atender telefone, 20% sem ulcera ou
infecção pulmão,10% com úlcera.
11
Quanto à avaliação do manual solicitada aos fisioterapeutas do Hospital do Servidor
Publico Estadual (HSPE), podemos observar na figura 3.
Questão 1: Para esta situação o manual é completo? (0 – 10)
Questão 2: O fornecimento do manual aumentaria a aderência do cuidador às orientações ?
(0 – 10)
Questão 3: Auxilia na prevenção de complicações como: úlcera por pressão, contraturas e
infecções? (0 – 10)
A avaliação do manual por 25 fisioterapeutas do HSPE em relação a 3 itens: manual
completo, aderência do cuidador as orientações e se auxiliaria a prevenir complicações.
Observam-se as notas dos 25 fisioterapeutas que variou de 7 a 10 e a quantidade de
fisioterapeutas para cada nota.
Figura 3 – Resultado da avaliação do manual por fisioterapeutas.
DISCUSSÃO
Com o avanço da organização mundial da saúde (OMS), no âmbito da construção do
SUS (Sistema Único de Saúde), instituído pela Constituição Federal de 1988, salienta-se o
lema ”Saúde é direito do cidadão e dever do Estado”, surge um desafio na capacitação do
profissional: atuação em programas de saúde incluindo educação e comunicação de
qualidade. 19
A educação em saúde pode ser entendida como qualquer atividade relacionada com
aprendizagem, para alcançar a saúde. Ocorrem através de 3 modalidades de aplicação:
trabalho individual, em grupo específico e com comunidade. No caso deste trabalho, a
12
escolha de aplicação individual foi feita porque o atendimento e orientação eram realizadas
a beira do leito e a atenção era exclusiva para aquele acompanhante.
19-22
A formação universitária, especificada pelo MEC (Ministério de Educação), destaca o
fisioterapeuta como profissional capaz de atuar em todos os níveis de atenção à saúde, não
apenas no atendimento direto ao paciente. Porém, segundo Marla Flinkler Neuwald e Luis
Fernando Alkvarenga, a falta de iniciativa ou falta de didática, dificulta a transmissão de
conhecimento e orientações aos acompanhantes e pacientes.
23
A comunicação é um fator de destaque que dificulta a compreensão, prejudicando o
aprendizado. Devido a esse fator, a linguagem usada na presente pesquisa foi acessível,
evitando termos técnicos e quando usados, explicados logo em seguida. Nos dois grupos
avaliados, um dos fatores de exclusão, foi o nível de escolaridade inferior a 4 a série, pois
dificultaria a compreensão da leitura posteriormente à orientação. Apesar disso, é
importante evidenciar que, foi orientado um acompanhante por paciente, mas, em alguns
quartos, havia dois ou três acompanhantes com nível de escolaridade inferior ao necessário
para a pesquisa, por isso foram excluídos da avaliação. Porém, tais familiares ficaram
durante as orientações demonstrando grande interesse pela pesquisa. Alguns desses,
analfabetos, observaram as orientações, as manipulações e as figuras do manual e
repetiram os mesmos em seguida.
Apesar do nível de escolaridade de grande parte dos acompanhantes ser baixo, foi
notável o interesse pelo presente trabalho.
Os acompanhantes desses pacientes, como de qualquer outra doença incapacitante,
necessitam de muita atenção e orientações, pois são pessoas leigas que estão convivendo
com uma realidade que para a maioria é absolutamente nova e que após a alta hospitalar
terão difícil acesso a centros de reabilitação perto da região que residem entre outras.
Estes pacientes quando apresentam o quadro clínico estável, recebem alta para suas
residências, às vezes precocemente na visão dos acompanhantes que lidam com uma
situação extremamente delicada e assustadora. Entretanto, atualmente a política de
incentivo é a alta hospitalar o mais cedo possível, um desafio à equipe multidisciplinar, que
nem sempre está preparada para orientar os familiares. 20-3
Muitas vezes, os familiares não sabem como manipular e nem se podem manipular,
têm medo de lesionar e acabam evitando o toque, mobilizando pouco, ou de forma
13
inadequada, facilitando o aparecimento de contraturas, úlcera por pressão, ou machucando
por movimentar de maneira inadequada.
Após as orientações teóricas e práticas, os acompanhantes apresentaram-se mais
tranquilos, esclarecidos, interessados em aprender e realizar os exercícios com o paciente,
confiantes e principalmente acolhidos.
O fisioterapeuta, assim como os outros profissionais da área da saúde, necessita
mudar a visão exclusiva vinculada à reabilitação e indivíduos e expandir, atuando em
atividades de atenção primária à saúde. Devem conquistar seu espaço da saúde pública,
agindo também como educadores e promovendo ideias que contribuem no controle de
enfermidades.
19-23
Desta maneira, os profissionais que desejam atuar na prática social concreta, além
de sensibilizados com a importância da enfermidade, devem se comprometer com a
questão pedagógica, valorizando a intercomunicação entre o saber popular e científico,
promovendo a integração da família ao processo de reabilitação.
19,20
Devido à importância da participação da família e da comunidade no processo de
reabilitação, países mais desenvolvidos criaram estratégias que visam descentralizar o
atendimento, envolvendo membros da comunidade. Organizações Internacionais, como a
CBR (Community Based Rehabilitation), criados objetivando lidar com os desafios da
doença, tem como meta primaria o tratamento fisioterapêutico. Os programas visam
promover o envolvimento de toda a família no cuidado e melhora da saúde do paciente,
apresentando sessões de treinamento do familiar para aumentar a efetividade dos
atendimentos da fisioterapia e suprir o baixo número de profissionais. 20
A ideia de se realizar este projeto surgiu pela necessidade de desenvolver um
trabalho educativo para esta população, que se depara com uma situação completamente
nova em relação à saúde física do seu familiar, na ausência de centros de reabilitação perto
de suas residências e com medo do que aconteceria futuramente com seu ente querido
instalado em casa.
Quando foi abordada a proposta aos familiares, esclarecendo qual seria a
participação dos mesmos no trabalho, enfatizando os objetivos (orientação e cuidados do
paciente em casa), a aceitação foi de 100 %. Porém, muitos deles antes de responderem,
questionaram qual seria o custo da sua participação, pois não é corriqueiro este tipo de
oferta em qualquer serviço, seja ele privado ou público.
14
O manual utilizado no trabalho, foi melhor elaborado e hoje tem o nome “Exercícios
e Posturas – Para o paciente com Sequelas de Acidente Vascular Cerebral e outras Doenças
Neurológicas” , Livro lançado em dezembro de 2010, pelos autores Cintia Lessa Lima e
Fernando Campos Gomes Pinto. O livro apresenta linguagem semelhante e a mesma
proposta do manual aplicado no hospital onde foi feito o estudo, que é orientar a população
geral. Contudo, o novo material, está disponível para toda a população.
Em relação ao perfil do cuidador de pacientes com sequela de AVC, notou-se que em
outros estudos a prevalência também foi do sexo feminino, tendo como grau de parentesco
prevalente de filha ou esposa. O primeiro estudo avalia o perfil psicológico do cuidador do
paciente com sequela de AVC e seus objetivos foram: identificar as mudanças na rotina da
vida familiar, tempo dedicado à assistência, perdas salariais, ajustes emocionais, lazer,
apoio financeiro e afetivo e queixas do estado de saúde do cuidador. Grande parte dessas
mudanças foi identificada na rotina diária dos familiares e cuidadores que prestavam
assistência à pessoa internada no hospital do Campo Limpo (local da pesquisa). Alguns
cuidadores conseguiam “trocar o plantão” com outra pessoa para descansar um período,
enquanto outros permaneciam tempo integral ao lado do paciente. Certos familiares
solicitavam ajuda de outros para acompanhar o paciente durante o seu horário de trabalho.
Outros trabalhavam o dia todo, tendo o tempo noturno livre para assistir o doente. Mas,
mesmo com as divisões entre os familiares, os que não trabalhavam fora eram os mais
solicitados. Toda essa necessidade de remanejar pessoas para cuidar do paciente, alterar
horário de trabalho entre outras mudanças na rotina de vida, causam cansaço físico e
emocional, além da preocupação com o paciente e as intermináveis dúvidas sobre as
futuras mudanças na vida de toda a família.20,21,24-6
Algumas vezes a família recebe pouca orientação da equipe multidisciplinar sobre os
cuidados com doente. Conhecendo as atividades do cuidador e suas dificuldades, é possível
a elaboração de um projeto interdisciplinar, facilitando a vida do cuidador. A utilização de
programas que visam promover o envolvimento da família no cuidado e ganho da saúde do
paciente podem trazer benefícios não apenas ao doente, mas a todos envolvidos.
22
Outro trabalho realizado na cidade de Fortaleza em um hospital público objetivou
identificar a problemática da família do paciente com sequela de AVC e discutir as
principais dificuldades da família em casa. A amostra foi de 154 famílias, 104 mulheres, 122
alterações de vida diária e 115 acompanhantes não receberam orientações. Esses resultados
15
alertam toda a equipe multidisciplinar para o papel de educadores, orientando a família
sobre os cuidados após a alta hospitalar, que é o objetivo deste trabalho. 27
Segundo autores, para subsidiar Políticas de Saúde são necessárias medidas cabíveis
quanto à orientação dos familiares para realizar cuidados específicos com os pacientes
dependentes. O impacto da doença na família pode causar problemas afetivos, financeiros
e outros que alterem a estrutura familiar, demonstrando urgência para implantar ações da
equipe multidisciplinar, melhorando a qualidade de vida da família diante da nova situação.
26-8
Existem também as equipes de Internação Domiciliar, que realizam um trabalho
multidisciplinar especializado, visitando os pacientes em suas residências de acordo com a
necessidade da família e disponibilidade do serviço, porém esse tipo de atendimento, ao
contrário da necessidade da família, é de curto período, poucas vezes na semana e nem
todas as famílias tem acesso para esclarecer as dúvidas. 29
Espera-se assim que a postura familiar e da equipe interdisciplinar seja positiva,
havendo uma interação mútua, junto ao paciente, participando ativamente do processo de
reabilitação. 26-8
A assistência da família é fundamental para a reabilitação do paciente com sequela
de AVC. Essa deve ser bem orientada por toda equipe que atende ao doente, desde a
internação, alta hospitalar e acompanhamento ambulatorial. É fundamental que a família
siga as orientações em todas as etapas da reabilitação, com os devidos cuidados e
realização dos exercícios. Assim conseguiremos acelerar o processo de recuperação do
paciente e promover um ganho para toda a sua família.
30
CONCLUSÃO
Foi apresentado aos cuidadores de pacientes portadores de sequela motora por AVC
um programa de orientação fisioterapêutica através de um manual ilustrado.
O programa de orientação com manual ilustrado mostrou-se eficaz quanto ao grau de
retenção do conhecimento transmitido aos cuidadores, detectado pela melhor pontuação
do grupo com manual nos testes aplicados p<0,05.
A prevenção de complicações tardias evitáveis como úlcera por pressão mostrou-se
eficaz no grupo que recebeu o manual e no grupo sem manual houve ocorrência de
complicações.
16
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