atualizações em câncer - tratamento

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ATUALIZAÇÕES EM CÂNCER: TRATAMENTO
Elaine Jacob da Silva Carmo1 ; Cristiane Alves da Fonseca2,3 Andréia Juliana Leite
Rodrigues2,3, 4.
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Curso de Ciências Biológicas, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas,
UEG – Graduanda.
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Pesquisadora - Orientadora
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Curso de Ciências Biológicas, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas,
UEG.
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Aluna de pós-graduação – UFG /Doutorado/Agronomia/Genética e melhoramento.
RESUMO: A medicina tem avançado a passos largos e, se antes o câncer vinha como uma
sentença de morte, hoje a expectativa de cura é alta, principalmente quando a doença é
descoberta precocemente. A apresentação e a crítica dos esforços de um pesquisador de modo
científico e acadêmico são essenciais para o avanço dos conhecimentos sobre um determinado
tratamento. Existem quatro principais modalidades terapêuticas para o câncer: a cirurgia, a
radioterapia, a quimioterapia e a terapia biológica. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica
nas universidades, bem como na biblioteca do Hospital Araújo Jorge na cidade de Goiânia. O
trabalho foi organizado de forma a esclarecer ao leitor, em que consistia a técnica, qual
situação e/ou tipo de câncer ela seria mais indicada e suas possíveis combinações com outras
técnicas. Artigos publicados em revistas de divulgação científica também estiveram presentes
no trabalho, pois em sua maioria, tratavam de pesquisas de novos tratamentos que estão sendo
desenvolvidos atualmente e com boas perspectivas para o futuro.
Palavras-chave: câncer, tratamento.
Introdução
A medicina tem avançado a passos largos e, se antes o câncer vinha como uma
sentença de morte, hoje a expectativa de cura é alta, principalmente quando a doença é
descoberta precocemente. É possível a combinação de quimioterápicos que funcionam e
resultam em maiores chances de cura e controle dos tumores. Com quimioterápicos mais
ativos, os efeitos colaterais são menores e as complicações decorrentes desse processo já
podem ser controladas com o tratamento de suporte (Guilherme, 2002).
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O oncologista é o profissional que assume a responsabilidade do tratamento de
pacientes com câncer, devendo ter três metas: terapêutica, humanitária e científica. A meta
terapêutica inicial é curar pacientes e devolvê- los à sociedade e as metas humanas na
oncologia estão muito associadas às metas terapêuticas e científicas. Também é importante
compreender as limitações da ciência e reconhecer que, às vezes, não administrar nenhum
tratamento é a melhor opção (Bennett & Plum, 1996).
Existem quatro principais modalidades terapêuticas para o câncer: a cirurgia, a
radioterapia, a quimioterapia e a terapia biológica. Em virtude de as pessoas terem
dificuldades de encontrarem informações abrangentes sobre câncer, em uma mesma
publicação, este trabalho teve como finalidade apresentar cada modalidade de tratamento para
o câncer, bem como, apresentar o que está sendo pesquisado atualmente.
O objetivo desse trabalho foi escrever um artigo científico, atualizado e com
linguagem acessível o qual será disponibilizado em um site educativo (Educação e
Atualização em Cancerologia).
Material e Métodos
Neste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros da área de
oncologia e revistas de divulgação científica, nas bibliotecas da Universidade Federal de
Goiás, Universidade Católica de Goiás e Hospital Araújo Jorge. Cada modalidade terapêutica
constituiu um tópico, procurando-se abordar o tema de forma clara, objetiva e de fácil
entendimento para qualquer tipo de leitor. Buscou-se relatar cada área em que pesquisas têm
sido feitas.
Resultados
Cirurgia - A cirurgia é a mais antiga e mais definitiva quando o tumor é
localizado e nas condições anatômicas mais favoráveis, sendo um meio simples e seguro para
remover tumores sólidos quando o tumor é confinado a um local anatômico de origem.
Entretanto, no caso de alguns tumores sólidos, a maioria dos pacientes já tem doença
metastática na época da apresentação (Salmon & Bertino, 1996), por isso o cirurgião
especializado no tratamento dos tumores deve conhecer bem a história natural da doença, ter
uma formação global em oncologia que lhe permita avaliar a indicação e oportunidade da
associação de outras armas terapêuticas e habilidade técnica para executar o ato operatório
dentro dos princípios da cirurgia oncológica atual (Gentil & Lopes, 1991).
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Segundo Gentil & Lopes (1991) as neoplasias malignas podem originar-se
praticamente em todos os órgãos e/ou estruturas. Desta forma os tipos de cirurgia oncológica
são bastante variáveis. Resumidamente podemos agrupá- los como se segue:
Diagnóstica-Biópsia: Biópsia é um ato cirúrgico em que se obtém material para
exame histopatológico e, conseqüentemente, o diagnóstico.
Para Estadiamento: Em determinadas circunstâncias, a cirurgia tem por objetivo
verificar o grau de disseminação da doença.
Intenção Curativa: A cirurgia é dita com intenção curativa ou radical quando
macroscopicamente o cirurgião julga ter removido toda a doença.
Intenção Paliativa: A cirurgia é dita paliativa quando se sabe que permanece
tumor no local da operação ou à distância. Na maioria das vezes, a possibilidade de curar o
paciente não existe. É uma cirurgia feita no sentido de aumentar a sobrevida e/ou melhorar a
sua qualidade.
Cirurgia Preventiva “Profilaxia ”: Existem algumas doenças que sabidamente são
pré-disponentes ao desenvolvimento de neoplasias (lesões pré-cancerosas).
Radioterapia - A radiação causa uma morbidade menos aguda e pode ser
curativa para alguns locais específicos, enquanto preserva a estrutura e funcionamento de um
órgão ou tecido. Na maioria das situações, o tratamento radioterápico é bem tolerado pelos
pacientes. Suas reações são dependentes da região em que está sendo realizada, do volume
tecidual incluído, da dose de
fatores individuais de maior ou menor sensibilidade à
radioterapia (Salmon & Bertino, 1996).
Náuseas ou vômitos, secundários ao chamado “mal das radiações”, não são muito
freqüentes atualmente, e aparecem, principalmente, quando o abdome superior ou o
mesogastro são irradiados. A irradiação de extremidades é menos correlacionada com
sintomas provenientes do “mal das radiações”. No surgimento de náuseas ou vômitos, o
tratamento com antieméticos de forma profilática pode ser instituído (Filho & Ferreira, 1991).
Quimioterapia - A quimioterapia consiste no emprego de substâncias químicas,
isoladas ou em combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas. São drogas que
atuam a nível celular interferindo no seu processo de crescimento e divisão. A maioria dos
agentes antineoplásicos não possui especificidade, ou seja, não destrói seletiva e
exclusivamente as células tumorais. Em geral, são tóxicos aos tecidos de rápida proliferação
caracterizados por uma alta atividade mitótica e ciclos celulares curtos. As drogas
antineoplásicas agem especialmente em células que estão em processo de divisão ativa;
portanto, são mais eficazes quando utilizadas precocemente, ou seja, quando o tumor é ainda
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pequeno e cresce exponencialmente. Os tumores de rápido desenvolvimento são os mais
suscetíveis à destruição pela quimioterapia (Bonassa, 1996).
Segundo Schwartsmann et al. (1991) existem basicamente quatro formas de
utilização de drogas antineoplásicas: a quimioterapia “de indução”, a “adjuvante”, a “primária
ou neo-adjuvante” e a utilizada de modo “regional”.
Quimioterapia de Indução: É aquela administrada aos pacientes com doença
avançada, sem possibilidade de cura com modalidades locorregionais. Esta pode ser
administrada com o fim de prolongar a sobrevida livre de recidiva, ou mesmo com finalidade
curativa em tumores avançados com grande sensibilidade à quimioterapia.
Quimioterapia Adjuvante: consiste no uso de drogas antineoplásicas após a
remoção do tumor primário, quando não existem evidências de doença metastática no
estadiamento.
Quimioterapia Primária ou Neo-Adjuvante: se caracteriza pelo uso de drogas
antineoplásicas como modalidade de tratamento inicial em pacientes passíveis de tratamento
locorregional.
Quimioterapia de Modo Regional: Drogas antineoplásicas podem ser utilizadas de
modo regional, quando forem instaladas dentro do fluido cerebroespinhal (por exemplo, em
pacientes com meningite carcinomatosa), na cavidade peritoneal ou no espaço pleural.
Terapia Biológica - A terapia biológica para câncer inclui, além do transplante de
medula óssea, os novos usos de modificadores de resposta biológica como as linfocinas ou
anticorpos monoclonais e agentes como ácido retinóico que podem fazer com que as células
tumorais sofram diferenciação e se tornem inofensivas. Essas abordagens, embora ainda em
desenvolvimento, são promissoras para o futuro (Bennett & Plum, 1996).
Novas Terapias – As pesquisas para novas terapias abrangem todas as
modalidades de tratamento das neoplasias, indo desde isótopos radioativos até aos vírus. Cada
terapia pesquisada destina-se para um tipo de câncer bem do estágio de desenvolvimento da
doença. Muitas já apresentam resultados animadores, outras estão apenas começando.
Conclusão
Cada tipo de câncer pode ter várias abordagens terapêuticas, dependendo do seu
estágio de desenvolvimento, bem como das condições de saúde do paciente. Em alguns casos,
a combinação de diferentes terapias, aumenta as chances de cura e diminui a possibilidade de
reincidência. Para todos os tipos de câncer, quanto mais cedo for o diagnóstico e iniciado o
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tratamento, maior será o sucesso da terapia adotada. Terapias tradicionais estão sendo
aprimoradas e recebendo a contribuição de novas descobertas, o que dá novas esperanças a
milhares de pessoas em todo o mundo.
A realização deste trabalho portanto objetivou a dispersão do conhecimento sobre o
tratamento medicamentoso do câncer, proporcionando à população, principalmente aos
pacientes e seus familiares, informações necessárias para que se possa conhecer. O artigo
apresenta-se disposto de forma clara, com poucos termos técnicos, favorecendo, assim, uma
maior assimilação e acessibilidade da população leiga. Sua disponibilização na internet é fator
preponderante para que esta informação seja repassada, uma vez que se tornou uma
importante ferramenta de pesquisa.
Referências Bibliográficas
Bennett, J. C.; Plum, F. 1996. Tratado de Medicina Interna. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 20ª ed. vol. 1, p. 1113-1115.
Bonassa, E. M. A. 1996. Enfermagem em Quimioterapia. São Paulo: Atheneu, 279p.
Filho, A. B.; Ferreira, P. R. 1991. Princípios de Tratamento Radioterápico. In Schwartsmann,
G. et al. (org). Oncologia Clínica – princípios e prática. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 97105.
Gentil, F. C.; Lopes, A. 1991. Princípios de Cirurgia Oncológica. In Schwartsmann, G. et al.
(org). Oncologia Clínica – princípios e prática. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 84-96.
Guilherme, A. 2002. Conhecimento e Tecnologia Contra o Câncer. Boa Vida 9: 28-29.
Salmon, S. E.; Bertino, J. R. 1996. Fundamentos da Terapia do Câncer. In Bennett, J. C.;
Plum, F. (org). Tratado de Medicina Interna. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 20ª ed.
vol. 1, p. 1145-1147.
Schwartsmann, G.; Filho, M. A. M.; Silver, R. 1991. Princípios da Quimioterapia
Antineoplásica. In Schwartsmann, G. et al. (org). Oncologia Clínica – princípios e prática.
Porto Alegre: Artes Médicas, p. 106-131.
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