MM 33 Teatro do Mar - Assoc. Contra-Regra

MUNICíPIO DE SINES
Câmara Municipal
Presidência
TEATRO DO MAR – ASSOCIAÇÃO CONTRA REGRA
MEDALHA DE MÉRITO MUNICIPAL Nº. 33
O Teatro do Mar foi criado em 1986, pelo actor e encenador Vladimir Franklin que assumiu a sua direcção artística até 1992.
Desde 1993 que o Teatro do Mar é dirigido por Julieta Aurora Santos, também fundadora do grupo.
Durante os primeiros anos, os objectivos fundamentais do grupo
foram, essencialmente, a formação dos seus elementos, no sentido
de uma evolução qualitativa do trabalho desenvolvido.
Realizaram-se, para além dos vários espectáculos, workshops e
acções de formação em várias disciplinas relacionadas com o teatro. Promoveram-se, com carácter de continuidade, oficinas de pesquisa e investigação de teatro e expressão dramática.
A trabalhar como companhia profissional de teatro itinerante, desde
1997, o Teatro do Mar está particularmente vocacionado para a
juventude.
Actualmente, possui uma estrutura permanente composta por doze
elementos, sendo pontualmente contratados outros actores, encenadores e artistas plásticos.
Sob a direcção artística de Vladimir Franklin ao palco subiram, entre
outras, as peças “Mulher”, “A Farsa de Inês Pereira”, “Alentejo” e
“Cartas Portuguesas”.
Depois, seguem-se produções como “O Tempo da Lenda das
Amendoeiras”, “À Sombra de Uma Flor”, “100 Anos do Cinema”,
“Onde Nascem os Ventos” e “O Elefante”.
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Em 1998, no âmbito do projecto Alentejo -Vasco da Gama, comemorativo dos 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia, o grupo participou na produção “Tempo de Cante, Vinho e Paixão”, com
espectáculos realizados em Nisa, Évora e Sines, aos quais assistiram cerca de quarenta e cinco mil espectadores.
Em 1999, a companhia leva à cena as peças “Tudo Está Bem
Quando Acaba Bem”, “O Cavalo Mágico” e “Ódionildizelâve”.
Ao longo dos anos o Teatro do Mar tem levado os seus espectáculos desde as aldeias mais pequenas do país, às salas mais conceituadas, como recentemente, o Teatro da Trindade em Lisboa.
Ao homenagear o Teatro do Mar, incluem-se todos aqueles que
desde o seu início - encenadores, actores e colaboradores – deram
o seu melhor contributo para um projecto cultural de qualidade que
dignifica Sines.
Assim, a Câmara Municipal de Sines, na sua reunião de 10/11/99 e
a Assembleia Municipal, na sua reunião de 16/11/99, deliberaram,
por unanimidade, atribuir ao Teatro do Mar a Medalha de mérito
Municipal.
Sines, 24 de Novembro de 1999
(condecorado pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal)
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ASSOCIAÇÃO DE CARNAVAL DE SINES
MEDALHA DE MÉRITO MUNICIPAL Nº. 32
O Carnaval de Sines tem longa tradição de folia e divertimento.
Uma notícia surgida na “Folha de Sines”, datada de 15 de Fevereiro
de 1926, narrava que “Sines vae assistir a uma deslumbrante festa
carnavalesca, que consta de uma recepção a Suas Magestades, o
rei e a rainha de Maduralandia...” . Contudo, acredita-se que a sua
origem é mesmo muito anterior a esta data.
O Carnaval de Sines foi, durante muitos anos, um acto mais ou
menos espontâneo da população e que consistia em cegadas, burricadas e mascaradas, formadas por grupos de jovens “assaltantes”
de varandas e janelas “famosas” das casas do centro da vila, armados de bagas de palmeira e tremoços, como munições, tentando ao
mesmo tempo mascarrar as jovens casamenteiras da época.
Esta era a forma singela de que a juventude se servia para brincar
ao Carnaval...
Por volta de 1956, surge um grupo de jovens, chamado “Os Carlos”
e que era composto por Carlos Vilhena, Carlos Manafaia, Carlos
Lopes Paulo, Carlos Águas, Carlos Gué-Gué e Agostinho Cunha,
entre outros, que se organizaram de forma a dar a estas manifestações de cariz popular, uma estrutura mais organizada.
No ano seguinte, com a entrada para o grupo de Vicente do Ó,
Edmundo Prata, Manuel Vilhena e António da Piedade, surge a primeira Comissão de Carnaval, organizada para gerir o esforço dos
trabalhadores que se disponibilizavam para a realização de cegadas e de bailes foliões que, nessa época, decorriam em todas as
colectividades da vila: o Nacional, o Lusitano, o Centro Recreativo
Sineense, a “Caninha”, a Esplanada Alentejana e o próprio Casão
do Carnaval.
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O Carnaval, tal como hoje ainda é, tinha uma diferença dos outros o corso, na segunda - feira à noite.
À medida que os anos passavam, o Carnaval de Sines era sempre
melhor, as pessoas empenhavam-se em arranjar melhores carros
alegóricos, mais foliões , mais mascarados...
Com o lema “renovar o Carnaval de outros tempos”, em 1988 formou-se uma nova comissão. O sucesso foi tão grande que o percurso delimitado a partir do centro da vila já não chegava para acolher todas as pessoas que iam ver o corso.
1989 foi o ano da mudança, do grande espectáculo de cor e alegria
para a Avenida General Humberto Delgado, local onde ainda hoje
desfilam as centenas de figurantes, sempre orgulhosos dos seus
trajes e danças.
Na história mais recente do Carnaval ficam inúmeros nomes de
voluntários que trabalham com o orgulho de artistas “competindo”
pela qualidade e originalidade da sua obra, das suas ideias e do
seu trabalho. Uma mão cheia de homens e mulheres de boa vontade que, com a sua dedicação fazem do Carnaval de Sines um
espectáculo de três dias de folia, de que todos os sineenses se
podem e devem orgulhar.
Pelo trabalho realizado ao longo destes anos, pelo contributo dado
à projecção de Sines e do País, pelo exemplo e dedicação voluntário de centenas de sineenses, que têm construído e enriquecido o
Carnaval de Sines, a Câmara Municipal de Sines, na sua reunião de
10/11/99 e a Assembleia Municipal, na sua reunião de 16711/99,
deliberaram, por unanimidade, atribuir à Associação de Carnaval de
Sines a Medalha de Mérito Municipal.
Sines, 24 de Novembro de 1999
(condecoração pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal)
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CÉU LOPES PAULO
MEDALHA DE MÉRITO MUNICIPAL Nº. 28
Céu Lopes Paulo, nasceu em Sines, aos 25 de Fevereiro de 1942.
Filha de Ermelinda Matos Baltazar e José Baltazar, Céu Lopes Paulo começou aos cinco anos o seu percurso escolar, em S. Bartolomeu de Messines, onde viveu alguns meses.
De regresso a Sines, completou a instrução primária na escola nº 1.
Os estudos prosseguiram no Liceu Nacional de Beja e Liceu Nacional de Évora.
Na área desportiva, Céu Lopes Paulo participou em festivais de
ginástica, torneios de badminton e de volei.
Na memória guarda recordações de “baronesa”, personagem que
interpretou numa récita de gala, na peça “O Morgado de Fafe em
Lisboa” de Camilo Castelo Branco, no Teatro Garcia de Resende.
Considera hoje, muito importante ter sido aluna do professor e
escritor Virgílio Ferreira, que lhe transmitiu o gosto pela leitura.
O gosto de ser professora fez com que Céu Lopes Paulo decidisse
ingressar na Escola do Magistério Primário. Aí, participou em muitas
actividades e iniciativas culturais. Nesta escola um outro professor,
Dr. Bruno, marcou Céu Lopes Paulo que ainda hoje o considera
“um verdadeiro artista plástico”...
Terminou o curso de Professora na Escola do Magistério Primário,
em 1961.
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Durante trinta e três anos ensinou as crianças do concelho de
Sines. Deu aulas na Escola de Morgavel de 1969 a 1974 e, nos
vinte e cinco anos seguintes, na Escola nº 1. Entre 1990 e 1992,
dedicou-se ao projecto inter-ministerial para a promoção do sucesso
educativo.
Foi membro da Assembleia Municipal e candidata por algumas
vezes em eleições autárquicas, pelo Partido Socialista.
Participou activamente na Rádio Sines, onde produziu, realizou e
apresentou programas infantis. De 1989 a 1991 Céu Lopes Paulo
passou a dedicar também as manhãs de Domingo às crianças.
Chegou a directora de programação e informação em 1994.
Em 1994, Céu Lopes Paulo aposentou-se. Apesar de ser demasiado cedo para abandonar os seus alunos, a professora tinha, e tem,
ainda muitas coisas para fazer na vida.
O tempo livre, começou a ocupá-lo com passeios pela cidade e a
passar para a tela os seus encantos. Em Fevereiro de 97 fez a sua
primeira Exposição de pintura, no Centro Cultural Emmérico Nunes.
Simultaneamente, Céu Lopes Paulo começou a escrever histórias
de infância, de recordações, de episódios com os “meninos e meninas” a quem ao longo da vida ensinou o A,E,I,O,U. Destes trabalhos
nasceu o livro “O céu da Céu”, que a autora “ternamente e com muito gosto dedica aos alunos e aos filhos”.
Céu Lopes Paulo, sente-se bem com a vida e consigo própria. E ao
companheiro, com quem casou em Abril de 1966, que afirma dever
este actual estado de espírito. Carlos Lopes Paulo é uma referência
na sua vida. Ajudou-a a crescer como mulher e como mãe. Os três
filhos, são o seu orgulho ... com um Ó muito grande!
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Por todo o seu empenho e dedicação à educação e ensino dos
mais jovens, a Câmara Municipal de Sines, na sua reunião de
10/11/99 e a Assembleia Municipal, na sua reunião de 16/11/99,
deliberaram, por unanimidade, atribuir a Céu Lopes Paulo a Medalha de Mérito Municipal.
Sines, 24 de Novembro de 1999
(Condecorada pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal)
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