O BRASIL EM ALERTA PARA COMBATER A NOVA GRIPE

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Discurso
Deputado
proferido
Geraldo
pelo
Resende
(PMDB/MS) em Sessão no dia
11/08/2009.
O BRASIL EM ALERTA PARA COMBATER A NOVA GRIPE
Senhor presidente,
Senhoras e senhores deputados,
O tema que nos reúne aqui hoje é de extrema
importância para o país. Estamos diante da mais veloz e violenta
pandemia registrada neste início de Século. O vírus H1N1da
gripe A espalhou-se pelos cinco continentes em poucas semanas
e agora exige de nós brasileiros uma atenção especial e uma
ação meticulosamente planejada.
De acordo com dados oficiais, já foram registradas
203 mortes por conta da gripe A. Não é um número para se
alarmar. Numa reunião com o ministro José Gomes Temporão e
com técnicos da Saúde, da qual participei junto com outros dois
médicos da bancada sul-mato-grossense, o deputado Antônio
Cruz e o deputado Waldemir Moka, ficamos sabendo que a gripe
comum provocou a morte de aproximadamente 4.500 pessoas no
Brasil, só no ano passado. É bem menos do que a gripe A já
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causou de mortes. Mas nem por isso a situação é de
tranqüilidade.
O que surpreende nesse momento é a violência e a
velocidade com que o vírus age. Então, é preciso evitar alardes,
mas é fundamental estar alerta e adotar o protocolo sugerido
pelas autoridades de saúde e que está sendo difundido em larga
escala por todo o país e através de todos os meios de
comunicação.
Na prática, a melhor ação contra a gripe A é a
mudança de hábito das pessoas. Lavar as mãos constantemente,
com água e sabão. Evitar levar as mãos aos olhos, bocas e nariz.
Quando os sintomas da gripe, mesmo a comum, aparecerem,
evitar o contato com outras pessoas e procurar o médico
imediatamente. Caso os sintomas sejam os que caracterizam a
gripe A – febre intensa, igual ou superior a 38º, coriza, tosse, dor
na garganta e dores no corpo – a atenção deve ser redobrada.
Nesses casos, os exames e a avaliação médica podem sugerir a
administração do Tamiflu.
Sobre a questão desse medicamento, o único até
agora com capacidade para combater o vírus se for administrado
a tempo, sei que há uma forte divergência de duas linhas de
raciocínio. De um lado, os que defendem a administração
imediata do Tamiflu para todos: Homens, mulheres, idosos,
jovens e crianças. De outro lado, há aqueles que sugerem que o
medicamento não devesse ser ministrado às crianças, em
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especial, porque alegam que os efeitos colaterais trazem riscos
maiores do que os benefícios do remédio.
Há também um certo açodamento de setores que
defendem a distribuição em larga escala do medicamento. Mas
sobre isso, pelo menos, há um consenso entre os médicos de
que a distribuição indiscriminada não favoreceria em nada o
combate à gripe e ainda aumentaria o risco de que o vírus
desenvolvesse uma resistência e se modificasse, tornando sem
efeito o remédio.
Creio que a nossa discussão hoje aqui deve reservar
um espaço específico para avaliar em que condições o trabalho
de enfrentamento da nova gripe está acontecendo nas fronteiras
do Brasil com países vizinhos. Digo isto porque venho de um
estado que tem muitos quilômetros de fronteira seca com o
Paraguai e a com a Bolívia. E isso exigirá de nós um controle
redobrado da situação.
Um breve relatório repassado pela Secretaria de
Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul demonstra que a
situação está sob controle, mas os sinais de avanço do novo
vírus são inevitáveis. Há que haver um esforço técnico e
estrutural para que nessas regiões não faltem médicos,
equipamentos e remédios e ajudem a manter a situação estável.
Há, por fim, uma imensa quantidade de aspectos
que devem ser considerados nessa nossa reunião de hoje. De
todos eles, creio que o mais importante é coordenarmos os
nossos esforços para prover de estrutura os hospitais, postos e
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centros de saúde de tal forma que os efeitos dessa pandemia
não se tornem devastadores em nosso país. E não descuidarmos
em momento algum dos procedimentos de prevenção, que
dependem muito mais de atitude simples, como a limpeza das
mãos e dos ambientes coletivos, do que de qualquer outra coisa.
Muito obrigado.
Deputado GERALDO RESENDE
PMDB/MS
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