Câncer de Mama O que é o Câncer de Mama?

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Câncer de Mama
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O que é o Câ n c e r
de Mama?
O câncer de mama propriamente dito é um tumor maligno.
Isso quer dizer que o câncer de mama é originado por uma
multiplicação exagerada e desordenada de células, que
formam um tumor. O tumor é chamado de maligno quando
suas células têm a capacidade de originar metástases, ou
seja, invadir outras células sadias à sua volta. Se estas
células chamadas malignas caírem na circulação sanguínea,
podem chegar a outras partes do corpo, invadindo outras
células sadias e originando novos tumores.
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas
mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo, pelos
seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da
sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente
raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa
etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
Dr. Filipe Lima - Diretor Técnico – CRM-PE - 10735
Quais são os fatores de
risco?
História familiar é um importante fator de risco para o
câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes
de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes
dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de
caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do
total de casos de cânceres de mama. A idade constitui
um outro importante fator de risco, havendo um aumento
rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca
precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa
tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência
da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não
ter tido filhos) constituem também fatores de risco para o
câncer de mama.
A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade
moderada, é identificada como fator de risco para o câncer
de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes,
tendo a pessoa idade inferior a 35 anos.
Quais os sintomas?
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou
tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Outros
sintomas de câncer na mama podem incluir secreções que
saem do mamilo, alterações na forma do mamilo, alteração
do tamanho ou da forma do seio, pele do seio mais esticada
ou abaulada em algum ponto, vermelhidão ou outra
alteração na pele. Podem também surgir nódulos palpáveis
na axila.
Como diagnosticar?
O melhor meio para se diagnosticar o câncer de mama é a
mamografia, que é capaz de detectar o tumor antes mesmo
que ele se torne palpável. Quando o diagnóstico é feito dessa
forma, ainda no início da formação do tumor, as chances de
cura tornam-se muito maiores, descartando a necessidade
de retirada da mama para o tratamento. Apesar de ser um
método eficaz, a mamografia não descarta o autoexame e o
exame clínico das mamas feito pelo médico ou enfermeiro,
já que alguns nódulos, apesar de palpáveis, não são
detectados pela mamografia.
A mamografia é um exame simples, com aparelhos de
Raio X especialmente desenvolvidos para isso, onde a
mulher coloca os seios entre duas placas de acrílico, que
irão comprimir um pouco a mama. A compressão da mama
é requisito essencial para o sucesso do exame, portanto,
deve-se evitar o período anterior ao da menstruação,
quando as mamas ficam um pouco doloridas, o que causará
um certo incômodo na hora do exame. Recomenda-se
que ele seja feito aproximadamente uma semana após o
período menstrual. A título preventivo, esse exame deverá
ser feito anualmente a partir dos 50 anos ou se houver
casos na família, desde os 40 anos de idade. O exame não é
prejudicial à saúde, sendo que a radiação recebida é pouco
maior do que a de uma radiografia dos pulmões.
O autoexame é um método de diagnóstico onde a própria
mulher faz um exame visual e de palpação na mama
em frente a um espelho. Este exame deve ser feito
aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se
a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês,
em qualquer época.
A cada período de seis meses, a mulher deve se submeter a
um exame de rotina com o ginecologista, que se tiver alguma
dúvida ou suspeita, deverá encaminhá-la ao mastologista,
que é um médico especializado em doenças das mamas.
Qualquer suspeita deverá ser verificada. Se um dos exames
anteriores for suspeito, será preciso efetuar uma biópsia
para confirmar ou não o diagnóstico. Este exame consiste
numa pequena cirurgia destinada a retirar um pedaço do
nódulo suspeito, ou mesmo o nódulo inteiro, para que este
seja analisado. Conforme o caso, isso pode ser feito através
de agulhas.
Qual é o tratamento?
A cirurgia para o tratamento do câncer de mama pode ser
conservadora ou radical. Será conservadora quando retira
apenas uma parte da mama (quadrantectomia) e será
radical quando retira toda a mama. O tipo de cirurgia varia
de caso para caso. No caso da retirada parcial, a cirurgia
deverá ser complementada pela radioterapia.
A radioterapia é um tratamento à base de aplicação de
radiação direcionada ao tumor ou ao local deste e tem
por objetivo, se antes da operação, reduzir o tamanho do
tumor, e se após, evitar a volta da doença. O tratamento
não apresenta complicações. O local das aplicações adquire
uma coloração parecida com a de uma queimadura de sol.
Outro tratamento utilizado nos casos de câncer é a
quimioterapia. A quimioterapia é o uso de medicamentos
extremamente potentes no tratamento do câncer. Também
é usado para completar a cirurgia, podendo começar antes
ou após a operação. Ao contrário da cirurgia e da radioterapia
que têm efeito local, a quimioterapia age em todo o corpo,
visando evitar a volta do tumor e o aparecimento em outros
órgãos. Em alguns casos, outro procedimento que pode ser
útil é a hormonioterapia. Durante muitos anos acreditou-se
que o surgimento do câncer de mama tivesse íntima relação
com os hormônios femininos, em especial, os estrogênios.
Hoje, sabe-se que nem sempre isso ocorre. Por isso é
feito um exame para averiguar a utilidade ou não desse
tratamento. O exame consiste na medição da dosagem
dos receptores de estrogênios das células do tumor. De
acordo com o resultado, avalia-se a necessidade ou não da
hormonioterapia, que consiste na ingestão de um a dois
comprimidos por dia durante não menos que dois anos.
Como fazer o autoexame?
É a técnica através da qual a mulher examina as suas
próprias mamas. A recomendação é que ele seja feito
mensalmente, após a menstruação. Para as mulheres
que não menstruam, como por exemplo, aquelas que já
se encontram na menopausa, ou as que se submeteram
à histerectomia (retirada do útero), ou ainda aquelas que
estão amamentando, deve-se escolher arbitrariamente
um dia do mês e realizar o autoexame todo mês neste dia.
Este artifício serve para que a mulher crie o hábito e não se
esqueça de realizar o autoexame das mamas.
Este exame permite a descoberta de nódulos de mama
tanto benignos quanto malignos. É imprescindível que
a mulher sempre procure um médico para avaliação de
qualquer alteração encontrada.
Referências Bibliográficas: www.inca.gov.br
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