Avaliação da mutagenicidade do captopril em linfócitos T do sangue

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Avaliação da mutagenicidade do captopril em
linfócitos T do sangue periférico humano
Prado, JM¹; Cesarino, D¹; Da Silva, CC¹,²; Da Cruz, AD¹,²
¹ Núcleo de Pesquisas Replicon – Departamento de Biologia – UCG
² Laboratório de Citogenética Humana e Genética Molecular
[email protected]
Palavras-chave: xenobióticos, alterações cromossômicas, clastogenicidade, medicamentos, toxicidade.
Com o crescente desenvolvimento industrial, a população humana tem sido exposta à inúmeros agentes químicos
que em conjunto são capazes de causar danos ao material genético, chamados de agentes genotóxicos, tais como
alguns tipos de fármacos, aditivos alimentares e pesticidas. A presente preocupação levou ao desenvolvimento
de técnicas citogenéticas capazes de avaliar efeitos mutagênicos e carcinogênicos de tais compostos, sendo
recomendáveis para a regulamentação do consumo e liberação no meio ambiente. O presente estudo teve como
objetivo a utilização dos testes de micronúcleos em células binucleadas e quebras cromossômicas em sangue
periférico humano, para avaliar o efeito mutagênico do Captopril nas concentrações: 0µg/mL (grupo controle
negativo); 92,5µg/mL; 185µg/mL; 370µg/mL e 740µg/mL (grupo exposto). O Captopril apresentou uma possível
ação inibitória da proliferação celular visto que, quando comparado ao grupo controle negativo, a concentração de
92,5µg/mL apresentou 50% de redução no seu índice mitótico, enquanto as concentrações de 185µg/mL e 370µg/
mL sofreram uma redução de 70%, confirmando um aumento da citotoxicidade do fármaco. A concentração
de 740µg/mL foi considerada a mais citotóxica já que o ciclo celular sofreu total inibição (IM=0%). A presença
de micronúcleos foi observada somente na concentração de 92,5µg/mL, onde a média de freqüência foi de
0,02 micronúcleos por célula, sendo considerada uma freqüência dentro do limite estabelecido para indivíduos
saudáveis de 0,03 micronúcleos por célula. O resultado da análise do teste de micronúcleos aponta à possibilidade
de que o Captopril não apresente ação mutagênica nas concentrações testadas. A média da freqüência das
aberrações cromossômicas instáveis para as concentrações de 92,5µg/mL e 185µg/mL foram, 0,09±0,02 e
0,04±0,01, respectivamente, indicando a possibilidade de ação clastogênica do Captopril nestas concentrações.
O grupo controle negativo não apresentou alterações cromossômicas e a concentração de 740µg/mL impediu a
proliferação dos linfócitos já que não foram observadas metáfases. Efeitos Genotóxicos do Captopril não puderam
ser observados durante o teste de micronúcleos, entretanto, o teste de aberrações cromossômicas detectou a
clastogenicidade do Captopril nas doses de 92,5 µg/mL e 185 µg/mL, evidenciando a importância da utilização
dos dois testes em análises citogenéticas na avaliação de xenobióticos.
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