Incid6ncia e localizagio das mordidas cruzadas em pacientes portadores de fissura de l6bio e/ou palato lncidenceand location of crossbitesin cleft lip and/or palate patients Claudinei dos Santos1 RobertoR6lE ' Luciane M. Menezesr Amo Lcl<st Gerson U. Ribeiros RESUMO O presenteestudo tevepor objetivo verificara incid€nciae localizagSoda mordida cruzadaem uma populagSode pacientesPortadoresde fissurade ldbio e/ou palato,bem como correlacionara presenqada mesmade acordocom os tiposde fissura,quais sejamp16,transe p6s-forameincisivo.Fizeramparte da amostra68 pacientes,nao sindrdrnicos,previamenteao inicio da terapiaortod6ntica,sendo32 do sexomasculinoe 36 do sexofeminino. Os individuosforam enquadradosde acordocom cincopossibi.lidades, a saber:ausEnciade mordida cruzada,presengade mordida cn:zada anterior,mordida cruzadaposteriorbilateral,mordida cruzadaanterior + posteriorr:nilaterale mordida cruzada total. Diante dos resultados,pode-seconstatarurna marcanteincid€nciade mordida cn:zada,acometendo75%da amostra.Ao analisara incid€nciadas cincopossibilidadesestudadas,observou-seque a mordida cruzadaPosteriorapresentou-secomo a situaqaoclinicamais comum na amostraesh:dada.O gnrpo de fissuratrans-forameincisivo foi o que seapresentoumais acometidopela mordida cruzada,com maior incid€ncia de mordida cruzadaanterior seguidapor mordida cruzadaposterior,mordida cruzadaanterior+ posteriore mordida cruzadatotal,em relagdoaosdemaisgrupos.O grupo p6s-forameincisivo foi o menosacometidopelamordida cruzada. UNITERMOS Fissurade liibio e/ou palato, Mordida cruzada. SUMMARY The Presentstudy aimed to verify the incidenceand location of crossbitein patients that had cleft lip and/or palate relating crossbiteto fissure type, namely cleft lip, cleft lip and palate and cleft palate only. The sample was of 68 patients (32 male and 36 female)who were non-syndromic patients and had not started orthodontic Featment.The patients were divided into the following 5 possibilities:no crossbite,anterior crossbite,bilateral Posteriorcrossbite,anterior crossbite+ rurilateralposterior crossbiteand completecrossbite.The results showed that 75ohof the patients observed had crossbite.The most common situation in thesepatients was posterior crossbite.The cleft lip and palate group was the one that presentedmore commonly crossbitesituations, with greaterincidenceof anterior crossbite,followed by posterior crossbite,anterior + posterior crossbiteand complete crossbite.The cleft lip and palate group exhibited lessincidenceof crossbite. UNITERMS Cleft lip and/or palate, Crossbite. I Cirurgiao-Dentista e Estagidrio do Centro de Atendimento a Pacientescom Deformidade Facjal - CAPADF. ':ProfessorAssistenteda Disciplina de Ortodontia da FO-UFSC.Coordenador do Centro de Atendimento a Pacientescom Deformidade Facial - CAPADF FO-UFSC. I Professorado Curso de EsPecializaCaoem Ortodontia da UFSC. Professorada Dlsciplina de Ortodontia da FO-PUCRS. r ProfessorAdiunto da Disciplina de Ortodontia da FO-UFSC. 5 Professor Assistente da Disoplina de Ortodontia da FO-UFSC. Incldencia e localizaqdo das mordidas cruzadas em pacientes portadores de fissura de libio e/ou oalato Introdugio Uma malformaqao pode ser definida como uma alteraqaomorfol6gica de um 6rgao, ou parte dele, resultante de urn desenvolvimento intrinsicamente anormal.T No espectro das malformag6escongdnitas que podem afetar a regiao da cabeqae pescoEo,figuram com alta incid€ncia as de 16bio e/ou palato.7,27As seqiielas trazidas pela presenqada fissura, bem como a sua repercussao nas estruturas crAnio-faciais, estao na depend€ncia da localizagSoe do grau de envolvimento que a mesma pode apresentar.Assim sendo,repercuss6es nos campos da cirurgia pliistica, fonoaudiologia, psicologia, nutrigSo, ortodontia, entre outras, poderdo ser verificadas no paciente portador de fissura de l6bio e/ou palato. Na Ortodontia, dentro das maloclusdes associadasaos diferentes tipos de fissura de Libio e/ou palato, as mordidas cruzadas sdo, inegavelmente,de destacadarelevAncia.Sdo um indicador valioso, por muitas vezes jd percebido na dentadura decidua, que sinalizam claramentepara os problemas que poderio advir no desenvolvimento da oclusdo e do esqueletocrAniofacjal.A localizaqio,o diagn6sticoe o conhecimento acercadas mordidas cruzadas conshtuem-se em inegdvel premissa para as estrat6giasdo tratamento ortod6ntico no pacienteportador de fissura de liibio e,/ou palato. O presente estudo teve por objetivo verificar a incid€ncia e localizaqdode mordidas cruzadas numa populaqdo de pacientes portadores de fissura de ldbio e/ou palato, bem como correlaciond-lasde acordo com os tipos de fissura, quais sejam pr6, trans ou p6s-forameincisivo. 726 Revista da literatura Estudando as fissuras que mais comumente afetam os tecidos bucais, observa-se a exist€ncia de duas entidades separadas e distintas: fenda labial associadaou ndo ir fenda palatina e fenda palatina isolada. Na etiologia dessasmalformaq6es,um dos fatores mais importantes a considerar 6, sern drivida alguma, a hereditariedade. Entretanto, hd evidOncias cada vez mais fortes de que os fatores ambientaistamb6m sdo importantes.s E sabido que as t6cnicas cirfrgicas utilizadas atualrnente na queiloplastia e palatoplastia foram desenvolvidas para atingir seus objetivos com um minimo de traumatismo e um mdximo de conservacdo de tecidos.E sabido tambdm que proporcionam um resultado est6tico e funcional muito bom. Por6m, 6 conceito correto e acatado que os procedimentos cirrirgicos nos pacientesportadores de fissuras l6biopalatais sempre trazem alguma seqdela, cuja gravidade este na depend6ncia de uma s6rie de fatores, como: t6cnica cirrirgica empregada,6poca da cirurgia, gravidade da lesdo, seqii6ncia de tratamento, ambiente s6cio-econdmicoe, ainda, fatores individuais intrinsecos, ou seja, pertinentes A bagagem gen6tica do individuo.l Relagio entre tratamento cirurgico e crescimento Na reabilitagao da crianga com fissura de ldbio e/ou palato, dois procedimentos s6o de grande importAncia. O primeiro 6 o reparo do leibio e o segundo 6 o reparo funcional do palato.2a A conformagSoanat6mica da maxila no paciente fissurado encontra-sedeformada mesmo antesdo nascimento.Conseqiiente- Ortodontia Caicha v.Ill, ^.2, jul/ dez 1999 Claudinei dos Santos et al. mente, essasmalformag6esrequerem tratamentos cinirgicos jd numa idade bastante precoce.2T A reconstrugSocinirgica do liibio e palato 6, em geral, extremamenteben6fica. Em contrapartida, a cirurgia introd u z m u d a n E a sm o r f o l 6 g i c a s e n o v a s variiiveis no crescimento, as quais, quase invariavelmente, afetam o desenvolvimento facial.23 O reparo da fissura de liibio restaura, fisiologicamente,a continuidade da musculatura labial superior, a qual 6 continua com a musculafura peribucal.l6 O efeito imediato do reparo do l6bio produz aproximaqSo dos segmentos paiatinos com diminuiqSo da fenda palatal na sua extensio Antero-posterior.2oA fissura de arco resultante pode ser agrupada em tr€s formas gerais:2o - aproximagSo dos segmentos alveolares com contato, produzindo uma forma de arco sirndtrico; - sobreposigio do segmento alveolar, produzindo uma forma de arco colapsada; - aproximaqdo dos segmentos alveolares sem contato. O reparo do ldbio 6, geralmente, realizado aos 4 mesesde idade, antes de estar completa a ossificagdodos ossos da face. Restaura o esffncter l6bio-bucal com sua forqa compressiva. Se a habilidade do cirurgido e o tecido disponivel permitirem, estaforga ser6 restauradaao normal.loJrEntretanto, se qualquer um desses fatores mostrarem-sedeficientes, o liibio apresentare uma forqa compressiva aumentada.ll Este procedimento tem um efeito significante sobre a redugdo da fissura alveolar e palatala e sobre a relagdo e posicionamento dos segmentos maxilates,l6'28 sendo que a redugdo da largura da fissura pode ser resultado de v6rios fatores, dentre os quais citam-se:1s/6 - a reconstruqSoda continuidade muscular e o tecido cicahicial, formado devido a cirurgia de l6bio; - a agdo do mrisculo bucinador que exerceum efeito de modelagem, que provavelmente induz ao equilibrio das forgas muscularesintemas e externassobre o segmento parcialmente separado, Portanto, reposicionando as duas metades da maxiLa; - a reduqdo da largura da fissura palatal devido ao crescimento e possivel deslocamento para baixo e medial dos processos palatinos. Se o fechamento do l6bio reduz a largura da fissura, ou seja,torna menor a fissura de palato, pode-se consider6lo como um fator que contribui para a posterior cirurgia pleisticado palato.rs H6 um significante retardo no crescimento da dimensdo Antero-posteriore lateral imediatamente ap5s o tratamento cirrirgico. Por6m, esteatraso parece tender a suavizar-seap6s os 4 anos de idade. Notase que, numa fissura completa de ldbio e palato, a relagdo transversa encontra-se mais afetada que a relaqdo Antero-posterior.ls Numa fissura de liibio e palato unilateral completa,h6 uma alteragdoconstantena relagdoentre os segmentosmaior e menor, durante viirios est6giosdo desenvolvimento do arco. Nos casosem que hii sobreposigdo do segmento maior sobre o menor, tanto antes como ap6s a cirurgia, comeqam a alterar seu relacionamentoentre o segundo e terceiro zrno,ou seja, ap6s a erupqSo da dentigdo decidua e, normalmente, assumem um relacionarnentode topo a topo.l5 127 Incidencia e localizaeao das mordtdas ctuzadas em pacientes portadores de fissura de liibio e/ou palato V6rias sdo as situag6es clinicas diante das fissuras de libio e palato unilaterais, podendo-se relatar: todo o segmento est6, aigumas vezes, posicionado medialmente, somente a porgao anterior estii alterada; e, em outros casos,a maxila permanece ndo afetada pela cirurgia de libio. A fissura com maior extensdo(sentido transverso) parece demonstrar rnaior tend6ncia ) contraqao na regiio anterior que as fissuras mais estreitas,uma vez que as fissuras estreitas j6 encontram-se cbntraidas previamente ao reparo do liibio.l8 A cirurgia do ldbio e do palato, durante a infAncia (geralmenteat6 2 anos de idade), pode resultar em forEa muscular e fibrose cicatricial, podendo alterar o futuro crescimentoda maxila, influenciando negattvamente a morfologia do arco dentdrio, a qual normalmente promove constrigdodo mesrno.27 Ap6s o reparo prim6rio da fissura bilateral completa de 16bio e palato, os segmentosmaxilaressio aproximados pela fungio Iabial restaurada, conseqiientementeexacerbando a constriqio maxilar, particularrnente na regido anterior.r'30A tensao do mrisculo palatal e a retragdocicatricialsdo fatoresagravantes.+ Contrariamente a diversos relatos, somente a cirurgia do l6bio parece nio ter qualquer efeito substancial na mordida. Ap6s esta intervengio, nio 6 observado qualquer desvio da mordida na denticdo decfdua em criangas com fissura labial, bem como palatal, at6 mesmo quando o processoalveolar estii envolvido.ls A deficidncia no crescimento da face mddia 6 uma caracterislicacomum em crianqascom fissura completa de ldbio e palato.r,sDurante a puberdade, a rnaxila iii deficientetendea uma piora no crescimento sagital, enquanto a mandibula, ao mes- 128 mo tempo, tem um surto de crescimento. Isto leva a um achatamento do perfil, ou mesmo a uma relativa protrusdo mandibular.a Atrav6s da revisdo das dimens6eslransversas da fissura completa unilateral de liibio e paiato, observori-seque o arco maxilar encontra-secontraido nessespacientes. A pr6pria fissura, bem como seu equilibrio funcional, influenciam a dimenido transversa, independente do procedimento cirfrgico. Esta constrigdo mostrou-se suave na regidode molares,mais pronunciada na regidoanteriore moderadi na regiao de caninos. Este estudo defende que a influEncia da fissura d marcadameite maior na regiio anterior do arco.2lContraditoriamente, em urn outro estudo pr6vio, verificou-se que a constriEio maxilai ocorre de forma mais pronunciada na regido posterior A pr6-maxila.lo Atrav6s da avaliaqdode uma populagdo de fissurados chineses,p6de-se constatar que mais de 70% das crianEasdemonstraram caracteristicasde severamaloclusio, jd no estiigio de dentigSo decidua ou mista precoce/indicando provdvel crescimento desfavoriivel fuhrro.s Quando a maxila de uma crianga normal 6 comparada com a de uma crianca com fissura de liibio e palato, sdo aparentes certas diferenqasbiisicas de morfologia entre elas. A fissura unilateral de ldbiJ e palato separa completamente o l6bio e o palato, dividindo a maxila em dois sesmentos bem definidos: um segmento ma'ior (lado ndo fissurado) e um segmento menor (lado fissurado).27Adimensdo transversa do arco na regido posterior, na presengada fissura, d significativamente maior que o norma1.12 A extremidade anterior do segmento maior, geralmente, est6 Ortodontia Gaicha v- III, n.2, iul/ dez 1999 Claudinei dos Santos et al. protruida. Estas alteraq6esresultam de uma divergOnciacausadapelo deslocamento dos segmentosmaxilares.aA diferenga 6 devida i tensdo oposta dos mrisculos pterig6ides, na auJ€ncia do mrisculo tensor do palato, embora deva tamb6m ser considerado o efeito da lingua, que exerce uma forga em direqdoao palato.r2 A simples fissura incompleta de palato prim6rio, onde a crista alveolar e palato apresentam-seintactos,caracteriza-secomo uma anomalia de fdcil reparo e favorece a obtengdo de resultados favordveis. Entretanto, na forma mais completa, raramente pode-se reconstruir completamente a fun96o e alcanqarurna apardnciasatisfat6ria.lo A fissura isolada de palato geralmente ndo apresenta problema de constrigdo do arco/ provavelmente pela integridade da crista alveolar, que se encontra localizada anteriormente A 6rea de fissura. Por6m, quando a constriqio estii presente, os processospalatinos podem ser posicionados com maior facilidade e os dentes podem ser movidos mais eficientemente,por ndo terem deficiOnciade suporte 6sseo.2a Padrio oclusal x tratamento cinirgico SegundoMoyersrT,a mordida cruzada 6 um termo que se usa para indicar uma relaqdobuco-lingual anorrnal dos dentes,dos arcos em oclus6o. Pode ser uni ou bilateral. Como fatores etiol6gicos da mordida cruzada incluem-se: reteneao prolongada de dentes deciduos, apinhamentos, perda prematura de dentes deciduos, sucqdo do polegar, deficidncia esquel6tica e fissura liibio-palatal.A freqiidncia de mordida cruzada na crianga com fissura de ldbio e/ou palato 6 influenciada tanto pelo tipo e ta- manho da fissura quanto pela 6poca e t6cnica da intervengSocirrirgica.2 Embora a freqii6ncia e o grau de disturbios no crescimento tenham sido grandemente reduzidos ap6s a introduqdo de modernos procedimentos cirrirgicos, alguns pacientesfissurados revelam colapso maxilar nas mais diversas relaq6es,tais como: sagital, transversal e vertical. Isto 6 manifestadopela parcial ou completa mordida cruzada anterior e/ou posterior.s A oclusdo dentdria tem sido estudada com o prop6sito de avaliar os resultados do tratamento cirrirgico da fissura de ldbio e/ou palato. A falha ou o sucessodo tratamento, normalmente, relaciona-secom a freqii€ncia com que as mordidas cruzadas aparecem.ll Devido ir contragSodo arco maxilar em criangas com fissura de l6bio e palato resultante da cirurgia de l6bio, o processo alveolar do segmento menor pode moverse pelas forgas musculares a um relacionamento lingual, em relagdo ao arco mandibular. Isto freqi.ientemente resulta em maloclus5ode mordida cruzada em um ou em ambos os segmentosalveolares.4 Na fissura r:ni ou bilateral completa de lSbio e palato, a integridade do aico maxilar est6 destruida e a posiqdo dos segmentos pode resultar num grande problema. Poderdo ocorrer alterag6escomo mobilidade dos segmentose falta de base 6ssea.Al6m disso, pode-se deparar com preseneade dentes supranumerdrios e/ou oligodontia.2aNos casos unilaterais pode ocorrer contraqdolateral total do segmento do lado da fissura. Por6m, nos casosde fissurasbilaterais,pode ocorrer a contraqdo dos dois segmentos,ou seja,conkagao bilateral. Em decorr6nciadisto, podem ocorrer mordida cruzada e erupqdo dent6ria 129 Incid€ncia e localizaqao das mordidas cnrzadas em pacientes poltadores de fissura de liibio e/ou Dalato ect6pica.Um fator agravante da fissura bi_ lateral de l6bio e palato 6 a ,,flutuag6o,,da pr6-maxila.2a As fissuras completas,uni ou bilaterais, de palato primdrio podem implicar perda da continuidade do arco dent6rio, do arco alveolar e do osso basal maxilar. euando este tipo de malformagdo congonita ocor_ re em combinagaocom uma fissura com_ pleta de paiato secunddrio, o segrnentola_ teral do lado afetado parece clinicamente rigido. Entretanto, devido A ausOnciade continuidade, esse segmento lateral 6 ca_ paz de realizar um movimento indeoen_ dente do restanteda maxila e do esquele_ to facial.27 Em muitos casos,a *,rr.,rLtr." Material O material empregado neste estudo foi colhido no arquivo de documentacdo do Centro de Atendimento a pacientescom Deformidade Facial - CAPADF, do Curso de Odontologia da LIFSC.A documentaqio estudada para cada caso envolveu o Dron_ tudrio clinico e os modelos de estudo. Fo_ ram, entao, analisadas as documentaqdes de 68 pacientes (sendo 32 do sexo -ui.r.r- M6todo As informag6es colhidas no prontuiirio diziam respeito a tipo de fissura, idade e sexo do paciente. Com relaEdoao tipo de fissura, tomou-se como basea classificagio proposta por Spina26,conforme descrita a se8ulr: sao representa,portanto, neo somenteuma mordida cruzada dentiiria e alveolar, mas tambem uma discrepAnciabasal.r3 Devido i tend€ncia de colapso do segmento esquel6tico,na regido anterior e poi_ terror do arco, essasfissurasfreqtientemente requerem procedimentos oriod6nticos de expansdomaxilar.l E de se acreditar que a aparente redu96o na largura maxilar e a mordida cruza_ - Fissura Trans-,forameIncisivo _ quando as estruturas afetadaspela fissura envolve_ laE6o) mandibula.2A erupgdo dos dentes na prd-maxila ldo produz qualquer ganho de osso, devido i alta freqiiOncia dJ den_ tes ausentesou maiformados. Os incisivos superiores freqrientemente erupcionam com inclinaqSopalatina, e mesmo com a pr6-maxila protruida pode resultar em mordida cruzada anterior.{ - Fissura Pds-forameIncisivo - quando as estruturas afetadaspela fissura envolve_ ram somente o palato secunddrio; - Fissuras Raras da.Face- neste grupo sdo englobadas fissuras do tipo oUtiqua, transversa,do ldbio inferior, do nariz, en_ tre outras. Por6m, nesta amostra ndo foi 130 Ortodontia Gaicha v.lll, ^.2, jul/ dez 1g9g Claudinei dos Santos et al. verificado nenhum caso de fissuras que comp6em as fissuras raras da face. Os modeios de esfudo foram avaliados por um fnico examinador e os padr6es oclusaisprevistos para este estudoiio des_ critos conforme a seguir: - PO1 - aus6ncia de mordida cruzada nas regi6es anterior e posterioU - PO2 - presenga de mordida cruzad,a anterior - quando os incisivos centrais su_ periores permanentes e/ou deciduos se encontravam em posiEdolingual, em rela_ Eio aos incisivos inferiores; - PO3 - presenea de mordida cruzada posterior bilateral - quando os caninos e os dentesposteriores a ele se encontravam em posiqdolingual em relag6oaos oponen_ tes inferiores, em ambos os herniarcos; - PO4 - presenga de mordida cruzada anterior + mordida cruzada unilateral _ quando os incisivos centrais superiores permanentes e/ou deciduos se encontra_ vam em posiE6oIingual em relagdoaos in_ cisivos inferiores, associadaa urna mordi_ da cruzada posterior unilateral; - PO5 - presenga de mordida cruzad,a total - quando da presengade mordida cruzada anterior e mordida cruzada poste_ rior bilateral, simultaneamente. Ap6s a coleta dos dados, estes foram organizados e analisadosde forma a veri_ ficar a incidOncia dos tipos de padrdes oclusais. Resultadose discussio Tomando-se como base os resultados obtidos nesse estudo, toma-se dificil fazer uma comparagdoprecisa com aqueles en_ contrados em relatos pr 6v iog,3it,r+.ts,rt,rs,zr devido i falta de padronizaEio quanto aos aspectos:material utilizado, procedimento cinirgico adotado, diferentes amostras,tamanho da amostra e diferentesm6todos de classificaqdodo padrio oclusal.2 Os dados encontrados nesse estudo mostram claramenteuma maior incid€ncia das fissuras mais complexas sobre as de_ vo, com 8,83%(Quadro 1). Essesresultados estdo de acordo com ouh-os estudos232s27 que observaram um claro predominio das fissurasde maior envolvimento anat6mico euadro I Diskibuiqio(o/.)da amostraestudadaquantoao sexo,idade e tipo de fissura sExo TOTAL M n 10 18 04 32 05,58 n 08 25 03 47,06 JO % 1 A7 1 26,47 ./" 77,75 36,76 04,4t 52,96 n o/" l+atlm 79 27,94 3a6m zzau2m 8a2m 12a10m 43 06 68 63,23 8,83 100 IJl Incid€ncia e localizaqaodas mordidas cruzadas em pacientes portadores de fissura de liibio e/ou palato sobre as demais. Entretanto, o valor obtido para a fissura p6s-forame ficou aqu6m do encontrado por Rocha e Wang,a que obtiveram para estafissura uma incid€niia de 25'/.. No Quadro 2 6 apresentada a incid6ncia de mordida cruzada na amostra esfudada. Esta maloclusdo foi observada em aprotmadamente 75"/"dos pacientes.Esse valor foi consideradobastante marcante e, de forma similar, tambdm foi encontrado em estudos pr6vi6sts,teque obtiveram 60 e 677", respectivamente, de incid€ncia de mordida cruzada em suas amostras.Entretanto, essevalor foi considerado discrepante quando comparado com outros ;elatos3.r7 que obtiveram incid6ncias de 35,5% e 43,7%,respectivamente. Ao comparar a incidEncia de mordida cruzada desseestudo com aquela de Dacientes normais, verifica-se uma diferenga marcante.A incid6ncia verificada neste estudo d substancialmentemaior que aquela relatada para pacientes normais, que normalmentevaria entre 7 e 15%.t1aEsies dados corroboram o fato de que a presen- Ea desta deformidade facial, seja por seu envolvimento anat6mico ou pelas seqiielas advindas do tratamento cirrirgico, correlaciona-sedireta e fortemente com o aparecimento deste tipo de maloclusdo. Nos pacientes fissurados, este quadro assume uma grande importAncia ao se considerar que esta condigdo clinica tende a se deteriorar com o crescirnento,a partir da dentadura mista, e exacerba-senu 6poca do surto de crescimento pubescen6.4.6 maloclus5o na construgaode um plano de e6es no crescimento facial e no desenvolvimento da oclusdo. Assim 6 que pode-se verificar aumento na discrepAnciado arco, erupq6es ect6picas, aumento nos problemas com a mastigagio, fonagdo,exacerbagdo de prognatismos, entre outros. Quadro 2 lncid6ncia (%) dos tipos de padrio oclusal de acordo com os tr€s tipos de fissuras avaliados PADRAO OCLUSAU TIPO DE FISSURA Pr6-forame Trans-forame n n 05 04 14 08 1,2 43 PO1 PO2 09 04 "/" 47,36 27,05 PO3 03 15,80 P04 PO5 02 01 79 10,53 Total r32 05,56 100 % 77,63 09,31 32,56 L8,60 27,90 100 P6s-forame o/" n 03 01 ?, 06 s0,00 76,67 33,33 100 Ortodontia Gaicha v.IIJ, ^. 2, jul/dez 7999 Claudinei dos Santos et al. No Quadro 2 6 demonstrada a incid6ncia dos tipos de padrdo oclusal de acordo com os tr€s tipos de fissuras avaliados. Observa-seque em uma parcela bastante grande dos casos(79,06%)do grupo com fissura trans-forame incisivo foi anotada a presenEada mordida cruzada posterior. Por outro lado, nos outros dois grupos o percentual de mordida cruzada assemelhou-se em 30%. Estes dados estdo de acordo com outro estudo2que observou ser a mordida cruzada posterior muito comum nas fissuras trans-forame incisivo, por6m ndo muito freqiiente nas fissuras p6s-forame incisivo. Estes dados tamb6m concordam com outro relatol pois, quando da comparaqdoentre individuos de diversos tipos de fissuras,as maiores discrepAncias se verificaram nos pacientes portadores de fissura trans-forameincisivo, devido ao fato desse tipo de fissura ser mais extensa e exigir manipulaqio tecidual mais intensa e, acrescidoa isso, a constantemaior defici€ncia tecidual que est6 presente nestescasos. Em fung6o do tipo de fissura e da 6poca em que 6 procedido o reparo cirrirgico, diferentes situag6espodem se estabeiecer entre os segmentosmaxilares, impiicando tarnb6m o relacionamento destes com o arco mandibular. Nas formas mais brandas da fissura labial, onde nio existe comDrometimentodo rebordo alveoiar, as implicag6es ortod6nticas sao pequenas ou poderio nao ocorrer. Geralmente, sdo necessdriascorregdes de malposicionamentosdent6rios localizados. Algumas variag6es poderdo tamb6m ocorrer, como no caso de fissuras labiais bilaterais, reparadas precocemente, onde os incisivos presentesna porgdo pr6-maxiIar podem apresentar-secmzados.z A mor- dida cruzada anterior pode ser explicada, principalmente, pela erupEdodentdria com trajet6ria inclinada para lingual dos incisivos superiores permanentes, resultando numa deficiente dimensdo Antero-posterior.3'{ Este fator, aliado A posigao retrogniitica da maxila, leva a esta situaEao clinica. Dos tr€s grupos estudados, a fissura p6s-forame 6, sem drivida, a que apresentaa menor implicagSonesseaspecto. Portanto, estaapresentaum espectrode menor amplitude de seqiielasadvindas na presengada fissura. Pordm, i medida que avangao grau de envolvimento a partir da dvula em direqSoao forame incisivo, aumenta tamb6m o comprometimento funcional decorrente.2 Nos casoscom mordida cruzadaanterior e mordida cruzada posterior unilateral simultaneamente, apresentados no Quadro 2, observa-seque o grupo trans-forame apresentouquase o dobro da incid€ncia quando comparado ao grupo pr6-forame (18,60% e 1.0,53"/",respectivarnente), enquanto que no grupo p6s-forame nenhum caso foi anotado com este tipo de mordida cruzada. Nos casos que apresentarammordida cruzada total, demonstrados no Quadro 2, novamente,verifica-se que no grupo transforame incisivo foram anotados quase cinco vezes mais casos que no grupo pr6forame (27,90"/"e 5,56%,respectivamente), enquanto que no grupo p6s-forarne,novamente, nenhum caso foi anotado. A mordida cruzada total 6 bastante comum nas fissurasde maior envolvimento anat6mico. Quando o paciente atinge a idade adulta, tendo sido submetido ao reparo cirfrgico de l6bio e palato precocemente,sem qualquer intervengSoortod6ntica, estapode levar a maxila a um quadro de rnordida cru- IJJ hcidencia e localizacao das mordidas cruzadas em pacientes portadores de fissura de liibio e/ou palato zada total. Nestes casos, o procedimento prioriterio 6 a exparu6o do arco superior, e esta, igualmente, 6 de grande magnitude.2 Considerando-se a distribuiqdo geral dos padrdes oclusais estudados (Quadro 3), observa-seque essesachados estao de que tamacordo com estudospr6vl6s6Js're'21 b6m obtiveram maior inciddncia de mordida cruzada posterior, sendo que esta apresentou uma variagio na ordem de 2416a 49"/ot5,a mordida cruzada anterior ficou enfre 3,31se 74"h21, a rnordida cruzada anterior + posterior unilateral variou entre 6,313e 9"/o'8e a mordida cruzada total com 3,6o/o6. Novamente, conv6m ressaltar a dificuldade de comparar o resultado obtido nesse estudo com relatos pr6vios, devido i utilizaqdo de diferentesclassificaq6es,al6m da possibilidade desta poder diferir entre observadorese at6 mesmo do pr6prio observador, em diferentes periodos.tl Analisando-seindividualmente os resultados obtidos quanto ir localizaEdo,obser- va-se que a mordida cruzada anterior apresentou a menor incid€ncia, quando observada isoladamente. Por6m, 6 sabido que esta 6 uma situagdo de grande preocupagdonos centros de recuperagdode pacientesfissurados e, contrariamente,esta 6 observadacom grande freqii6ncia.Suabaixa incid6ncia, quando comparada com os outros grupos, 6 devida somente ao m6todo que foi usado no presente estudo. visto que esta tambdm se encontra presente nos casosde mordida cruzada total (mordida cruzada anterior + posterior bilateral) e nos casosde mordida cruzada anterior + posterior unilateral. Somente quando vista sozinha 6 que ela apresentaa menor incidOncia. Hd um conserso geral de que a cartilagem do septo nasal e o v6mer podem contribuir para o crescimento, para a manutengdo da forma facial normal, al€m de serem componentes estruturais essenciais do sistemade crescimentoda maxila. A hip6tese propoe que a uniio funcional do v6mer com o septo nasal cartilaginoso e com o processo palatino da maxila difere Quadro 3 Distribuigao da amostra de acordo com o tipo de fissura e os tipos de padrdes oclusaisempretados neste eshrdo TIPO DE FISSURAi PADRAOOCLUSAL Pr6-forame Trans-forame P6s-forarne Sub-total Total 134 rPOl SEXO MF 04 05 02 03 02 01 08 09 L7 PO2 SEXO MF 01 03 01 03 01 03 06 9 PO3 sExo MF 02 01 08 06 02 12 07 19 PO4 SEXO MFMF 01 01 01 07 PO5 SEXO 08 01 04 02 08 05 08 - 10 Ortodontia Caicha v. Lll,. ^.2" ju,l/ dez 1999 Claudiner dos Santos et al. (%) 50 40 30 20 10 0 Pr6-forame Transforame P6s-forame GRUPOS de acordo com o tipo de fissura. Desta forma explica-seo fato de que a fissura transforame 6 a mais acometida oela mordida cruzada anterior e posterior,pois a maxila 6 incapaz de obter uma completa expressdo de crescimento devido ) falta de contato corn a regiio septo-vomeral.30 Normalmente, os processospalatinos enconkam-sebastanteinclinados Dara vestibular devido, provavelmente, a falta de crescimentopara baixo do septo nasa1.12 Naturalrnente, as forqas de oclus6o ndo podem ser consideradasisoladamente, ao contriirio, esta deve ser reconhecidacomo um complexo dinAmico integrado, o qual, sob condigOesnormais, € mantido em estado preciso.lePortanto, a maior inciddncia de mordida cruzada foi encontrada, conforme esperado, enhe criangas que apresentaram rnaior envolvimento de tecido 6sseono traqo da fissura.l8 Parece provdvei que, quando a mordida cruzada se desenvolve,esta ocorre numa idade bastante precoce.A inJlu€ncia da contragio inicial do tecido de cicatrizaeaopode ser leve, por6m o efeito cicatriciai pode tomar-se marcante durante o periodo de riipido crescimentomaxilar.zl O que se verifica na clinica didria com estes pacientes 6 que a maioria deles, quando consegueter acessoa um centro de atendimento multidisplinar, geralmente por volta do infcio do 2" periodo transit6rio da dentadura mista, jii evidenciaram sinais claros de atresia maxilar e retrognatismo do terqomddio da face,remetendo-os, desta forma, aos mais diversos graus de mordida cruzada, decorrendo um progn6stico de tratamento ortod6ntico mais complicado.23Isto sugere que o tratamento ortod6ntico deve ser feito t6o cedo ouanto possivel,visto que, nos casosde mordida cruzada,n6o existe expectativade autocorregdo.la Conclusdes Com basenos resultados obtidos, podese concluir que: - a incid€ncia de mordida cruzada numa populagSo de pacientes portadores de fissura de l6bio e/ou palato foi bastante marcante.A mordida cruzada posterior foi a que apresentou maior incid€ncia, seguida pela mordida cruzada total, mordida 135 lncidencia e localizacao das mordidas cruzadas em pacientes poltadores de fissura de liebio e/ou Palato cruzada anterior + postedor unilateral e, por ultimo, pela mordida cruzada anterior; - pacientes acometidos pela fissura trans-forameincisivo revelaram, sobre as denais, um maior envolvimento em relaEdoaos tipos de mordida cruzada. Os pacientesacometidos por esta fissura apresentaram maior incid€ncia de mordida cntzada anterior, posterior, total e anterior + posterior que os demais tipos de fissu ras; - a fissura p6s-forame incisivo foi a que aDresentoua menor incid6ncia de mordida cruzada. BrBLlocRAFtcAs REFERENcTAS 1. ABDO, R.C.C. Aniilise morfol6gica do arco maxilar suPerior em portadores de fissura trans-forame incisivo unilateral operados: Estudo longitudinal (3 a 9 anos de idade). Bauru: Tese - Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de Sao Paulo, 1988. 2. ATHANASIOU, A. E.; MAZAHERI, M.; ZARRINNIA, K. Frequencyof crossbitein surgically treated cleft lip and/ or palate children .J. Pedod v.10, p. 340-51,1986. 3. BERCLAND, O; SHIDHU, S. Oclusal changes from the deciduos to the early mixed dentition in unilateral complete cfefts. Cleft Palate I. v.11, p 377-26,1974. 4. CAPELOZZA, F", L.; ALMEIDA A, M.; URSI, W. RaPid maxillary expansion in cleft lip and palate Patients./: c/rn orthod. p 34-39. Ia 1994. 5. CHEN, 5.O. Sagittal skeletal and dental changes of reverse headgear treatment in Chinese boys with complete unilateral cleft lip and palate. Angle Orthod. \, 66, p.363372, Nov 1996. 5. COSTA, B- Preval6ncia de mordida cruzada em Pacientes portadores de fissura trans-forame incisivo unilateral. Bauru: Monografia - Sociedade de Promoqao Social do Fissurado Ldbio-Palatal/Hospital de Pesquisa e Reabilitacao de Lesdes Liibio-Palatais da Universidade de Seo Paulo, 1987. 7. ENLOW, D. Crescimento Facial. 3" ed.. Porto Alegre: Artes M€dicas. p. 319-20, 7993. 8. GONCALVES, M. F. Preval€ncia de mordida cruzada em u m a p o p u l a C a oi n f a n t i l d e 6 a 1 2 a n o s d e i d a d e . Monografia apresentadaA F.O U F.R.J.,Rio de Janeiro, 1983. 9. HACERTY, R. F. et alii. Dental arch collapse in cleft palate. Angle Orthod..v.34, p.25-26, Ja .1964. 136 10. HORTON, C.E. and others. The prevention of maxillary collapse in congenital lip and palate cases. Cleft ?alate.l. e.1,, p. 25-30, 1964. 11. HUDDARTi BODENHAM, R. S. The evaluation of arch form and occlusion in unilateral cleft Palate subjects. def Palate I. v.9, p. 194-209,7972. 12. HUDDART; MACCAULEY, F. J.; DAVIS, M. E. H. Maxillary alch dimensions in normal and unilategl cleft palate subjects. Clelt Palate I. v.6, p, 477-87,7969. 13. ISAACSON, R.J.; MURPHY, T.D. Some effects of rapid maxillary expansion in deft lip and palate patjents. Angle Orthod. v.34, p. 143-154,Jul. 1964. 14. KUTIN, C. & HAMES, R. R. Posterior cross-bitesin the deciduos and mixed dentitions. Am. I. Orthod., v.56, p. 419-504,Nov. 1969. 15. MAZAHERI, M.; HARDING, R. L.; COOPER, J. A; MEIER, J. A; JONES, T. S. Changes in arch form and dimensions of cleft patients. Am. I. Orthod. v.60, p.7932, l!1. 7972. 16. MAZAHERI, M.; HARDING, R. L; NANDA, S. The effects of surgery on maxillary growth and cleft width. Plast Reconstr.SurE. v. 40, p.22-30, Jul. 1967. 17. MOYERS, R. Ortodontia.3' ed. Trad. D6cio Rodrigues Martins. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,1979.p.243. 18. NORDEN, E. et alii. The deciduos dentition after only primary surgical operations for clefts of the lip, jaw and palate. Am. I. Orthod., v.63, p.229-36, Mar. 1973. 19. PRUZANSKY, S; ADUSS, H. Arch form and the deciduos occfusion in complete unilateral clett. Cleft Palate I. v.7, p.41r-18, 1964. 20. PRUZANSKY, S; ADUSS, H. Pr€valence of arch collapse and malocclusion in complete unilateral cleft lip and palate. Eur. Orthod. Soc. Rep. CongL v. 43, p.365-382, 1967. 21. RANTA, R.; OIKARI, T.; HAATAIA, J. Prevalenceof crossbite in deciduos and mixed dentition in finnish children with operated cleft palate. Proc. Fhn. Dent. Soc. v.70, p. 2O-24,1974. 22. ROCHA, R. & TELLES, C. S. O. Problema das fissuras labio-palatais(Diagn6stico e AspectosClinicos). Soc. Bras. de Ortodontia, Rio de Janeiro, v. 1, n. 6, p. 178-192, 1990. 23. ROCHA, R. & WANG, J. Estudo da incidancia dos tipos de fissura l6bio-palatal nos pacientes da Associageo para Reparaceodas Les6es L6bio-palatais (ARLELP), em Florian6polis, Santa Catarina. Soc. Bras. de Ortodontia. v. 2, ^. 6, p. 179-782, 1994. 24. ROSENTEIN,S.W. A new concept in the early orthopedic treatment of cleft lip and palate. Am. I. Orthod. p.219229, lur.. 1969. 25. SHAFER, w. C. Patologia Bucal.3^ ed. Rio de Janeiro: lnteramericana, 7979, p. 69. 26. SPINA, V. e Col. ClassificaCaodas fissuras palatars, sugestao de modificacSo.Revista Hosp. Clin. Fac. Med.geo P a l r l o v, . 2 7 , ^ . 1 , p . 5 - 6 , 7 9 7 2 . 27. SlLv A, F , O. G.; ABDO, R.C.C. The influence of unilateral cleft lip and palate on maxillary dental arch morphology. Angle Orthod. v. 62, ^. 4, p. 283-90,Aug. 1992. Ortodontia Gadcha v. lll, ^. 2, iul/dez 7999 Claudinei dos Santo6 et al. 28. SUBTELNY,J. D. Orthodontic treaknent of deft liD and palate,birth to adulthood.Angte Orthod.v.36, i.223292, Oct. 1966. 29. TINDLUND, R. S. Orthopedic prctraction of the midface in the deciduos dentition - Results covering 3 years out of treatment.I. Cr-anio-Max-Fac. Surg. 1r.17, p.77-19, 1989. 30. WADA, T.; MIZOKAWA, N.; ERGEN,G. Maxillarv dental arch growth in differenr types of cleft. Aeft fante 1. v. 21, n. t p. 18G92,Jul. 1984. 31. WADA, T.; MIYAZAKI, T. crowth and changesin maxillary arch form in complete unilateral cleft lip and palate children. Cleft PalaE I. v.12, p, j1S-30,1925. 137