Capítulo 1 - Livros Digitais

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REINO ANIMAL
INVERTEBRADOS
Volume. 1
CIÊNCIAS - 7°ANO
I. E. E. Gomercinda Dornelles Fontoua
Autores:
Bianca Weise, Bruno Pereira, Carlos dos
Santos, Eduardo Teixeira, Evelyn Cardoso, Giulia
Corrêa, Guilherme Griguc, Gustavo Cardoso, Helena
Dimer, Isadora Vogg, João Arthur Rassier, João Pedro
Taffarel, Jonathan Cardoso, Júlia Barcelos, Késia Lages,
Larissa da Luz, Laura Marin, Laura Dimer, Luís Eduardo
Mendes, Matheus Rodrigues, Mireille Vasconcelos,
Nalanda Lagassner, Nicoly Guterres, Pedro Henrique da
Silva, Rafaela Fraga, Raíssa Nunes, Rogis Adriano da
Silva, Talita Soares.
Coordenação e Organização: Theo Pires
Ano da Publicação: 2015
Este livro foi montado a partir dos conteúdos estudados
na disciplina de Ciências pela turma do 7° Ano do
Instituto Estadual de Educação Gomercinda Dornelles
Fontoura, localizado na cidade de Encruzilhada do Sul,
RS.
SUMÁRIO
Capítulo 1. Características Gerais do Reino
Animal..................................Pág. 4
Capítulo 2. Vertebrados e
Invertebrados.....Pág. 8
Capítulo 3. Animais
Invertebrados..............Pág. 10
Capítulo 4.
Poríferos.....................................Pág. 13
Capítulo 5.
Cnidários....................................Pág. 22
Capítulo 6.
Platelmintos...............................Pág. 33
Capítulo 7.
Nematelmintos...........................Pág. 51
Capítulo 8.
Anelídeos...................................Pág. 66
Capítulo 9.
Moluscos....................................Pág. 71
Capítulo 10.
Artrópodes...............................Pág. 79
Capítulo
11.Equinodermos.........................Pág.98
Referências Bibliográficas.........................Pág.
100
Capítulo 1
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REINO ANIMAL
Os animais compõem um reino com mais de um milhão
de espécies. No entanto, fósseis encontrados revelam
que uma quantidade muito maior de espécies animais
já viveu na Terra, mas hoje estão extintas. Nós, os
seres vivos, somos muitos e temos as mais variadas
formas e tamanhos - desde corpos microscópicos,
como o ácaro, até corpos gigantescos como o da
baleia-azul. Alguns com forma, organização e
funcionamento do corpo simples, como uma esponjado-mar; outros, com a estrutura complexa de um
mamífero.
Apesar da grande diversidade, quase todos os
animais apresentam uma característica em comum:
são formados por milhares de células de diversos
tipos. Outro aspecto comum aos seres do reino
Animal é que obtêm o seu alimento a partir de
outros seres vivos. Os animais habitam quase todos
os ambientes conhecidos do nosso planeta. A
maioria das espécies é capaz de se locomover. No
entanto, há espécies que vivem fixas, ou seja,
sésseis, no ambiente, como as esponjas-do-mar.
Estes indivíduos, cuja maioria tem estrutura corporal
simétrica, podem se reproduzir de forma sexuada ou
assexuada, sendo a primeira a mais comum. A partir da
fecundação dos gametas, desenvolve-se a blástula
que, ao longo do desenvolvimento embrionário, dá
origem a tecidos e órgãos. O sistema digestório pode
ser incompleto ou completo, sendo que no primeiro
caso existe apenas uma abertura para a entrada de
alimentos e eliminação de resíduos. O transporte de
substâncias pode se dar por difusão ou pelo sistema
circulatório. Este, quando denominado aberto, cujo
fluido é denominado hemolinfa, possuem vasos com
extremidades abertas. Quando é do tipo fechado, o
transporte de substâncias se dá pelo sistema
circulatório, por meio de vasos sanguíneos. A
respiração pode ser cutânea, branquial, pulmonar ou
traqueal; e a eliminação de metabólitos se dá por
sistemas especializados, exceto no caso dos poríferos e
cnidários.
Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes
grupos principais: os vertebrados e os invertebrados.
Esse primeiro grupo, apesar de ser o mais conhecido,
representa apenas 5% de todas as espécies de animais
existentes. Os invertebrados, por sua vez, agrupam o
maior número de espécies, com cerca de 95%. Vale
destacar que essa classificação é artificial, sendo
utilizada apenas para fins didáticos.
Capítulo 2
VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS?
Os animais são estudados pela zoologia - campo da
ciência cujo nome origina-se da língua grega: zoo
significa "animal", e logia, "estudo". Para facilitar o
estudo, é importante classificar os animais. Uma das
formas de fazer essa classificação é dividi-los em dois
grandes grupos: vertebrados e invertebrados. No grupo
dos vertebrados estão os animais que, como os seres
humanos, possuem coluna vertebral. Já o grupo dos
invertebrados é formado por aqueles que não possuem
coluna vertebral. A coluna vertebral é um tipo de eixo
esquelético formado por peças articuladas entre si - as
vértebras-, que podem ser ósseas ou cartilaginosas. As
articulações permitem a flexibilidade do esqueleto
interno, facilitando a movimentação.
Observe a coluna vertebral do homem.
A coluna vertebral, associada ao sistema muscular,
garante que os animais movimentem-se em
mantenham a sua estrutura firme.
Capítulo 3
ANIMAIS INVERTEBRADOS
A designação invertebrado diz respeito à ausência de
uma coluna vertebral, bem como vértebras ou caixas
cranianas. São animais invertebrados todos os insetos,
aracnídeos, crustáceos, moluscos, bem como diversos
outros animais tão diversos como centopeias, estrelasdo-mar, minhocas, sanguessugas, corais, esponjas ou
medusas. Os invertebrados foram os primeiros animais
a surgir na história da vida na Terra e foi a partir destes
que evoluíram os animais vertebrados.
Segundo a estrutura corpórea dos animais
invertebrados, suas principais características são:
Aeróbicos, pois retiram o oxigênio do ar ou da
água conforme o meio em que vivem (há
diversos tipos de sistema respiratório);
Têm o corpo formado por muitas células, são
assim pluricelulares;
São eucariontes, pois suas células tem núcleo
envolvido por membrana;
Heterótrofos: necessitam ingerir outros seres
vivos, uma vez que não possuem clorofila e não
são capazes de produzir o próprio alimento;
A maioria se reproduz de forma sexuada, ou seja,
através de gametas, embora haja quem faça
reprodução assexuada;
Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos
filos mais simples como os Poríferos;
A maioria tem simetria bilateral, ou seja, duas
metades do corpo simétricas. Todavia, os
equinodermos têm simetria radial.
Os filos dos poríferos, cnidários, platelmintos,
nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes e
equinodermos são os representantes desse
grupo. Assim, de parasitas a fontes de alimentos, esses
seres fazem parte de nossa vida e dia a dia.
Capítulo 4
PORÍFEROS
Também são conhecidos como esponjas. O corpo de
um porífero possui células que apresentam uma certa
divisão de trabalho. Algumas dessas células são
organizadas de tal maneira que formam pequenos
orifícios, denominados poros, em todo o corpo do
animal. É por isso que esses seres recebem o nome de
poríferos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Esses animais não possuem tecidos bem definidos e
não apresentam órgãos e nem sistemas. São
exclusivamente aquáticos, predominantemente
marinhos, mas existem algumas espécies que vivem
em água doce. Os poríferos vivem fixos a rochas ou a
estruturas submersas, como conchas, onde podem
formar colônias de coloração variadas. Podem ser
encontrados desde as regiões mais rasas das praias
até profundidades de aproximadamente 6 mil metros.
ALIMENTAÇÃO
Alimentam-se de restos orgânicos ou de
microrganismos que capturam filtrando a água que
penetra em seu corpo. A abertura superior por onde
são eliminados os resíduos é o ÓSCULO. Já a cavidade
central na parte interna das esponjas é chamada de
ÁTRIO. Por sua vez, servem de alimento para algumas
espécies de animais, como certos moluscos, ouriçosdo-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
RESPIRAÇÃO
Na respiração do poríferos, cada célula retira do fluxo
de água o oxigênio.
REPRODUÇÃO
A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou
sexuada.
Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento.
Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar
do corpo do animal e dar origem a novas esponjas.
Observe o esquema abaixo.
Sexuada - Neste caso, quando os espermatozóides
(gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo
ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em
outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo
(gameta feminino). Após a fecundação, que é interna,
forma-se uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve
e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja,
nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo,
numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova
esponja.
SUSTENTAÇÃO
A sustentação das de uma esponja é conseguida a
partir de minúsculas agulhas, que ficam na massa
gelatinosa.
RELAÇÕES DE COMENSALISMO
Os poríferos são muito comuns relações de
comensalismo. A estrutura do corpo das esponjas e as
suas defesas contra predadores tornam esses animais
excelentes refúgios para invertebrados menores e até
mesmo para alguns peixes. Várias espécies dependem
dessa proteção na sua fase jovem, do contrário suas
populações não ficariam estáveis.
USOS COMERCIAIS
Devido à textura macia, as esponjas do mar são
utilizadas para banhos. Também são utilizadas na área
médica. Além disso, as empresas farmacêuticas estão
realizando vários estudos com base em certos
compostos encontrados em esponjas do mar.
Capítulo 5
CNIDÁRIOS
Surgidos há cerca de 600 milhões de anos, os cnidários
foram os primeiros animais pluricelulares da Terra a
apresentarem corpo com tecidos organizados e um
princípio de aparelho digestório. São animais que
vivem exclusivamente na água, a maioria habitando os
mares e tendo como representantes mais conhecidos
as águas-vivas, as anêmonas-do-mar e os corais. Há
algumas espécies de cnidários, como as hidras, que
vivem em água doce e limpa.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
A característica mais específica dos cnidários é a
presença de células especiais chamadas cnidoblastos,
que produzem uma substância urticante, utilizada para
defesa e captura de pequenos animais utilizados como
alimento. Essas células estão localizadas,
principalmente, nos tentáculos e ao redor da boca. Por
serem longos, os tentáculos podem se movimentar em
toda a volta do animal. Um único tentáculo pode conter
milhares de cnidoblastos. O cnidoblasto possui uma
cápsula chamada nematocisto, dentro da qual há um
longo filamento oco e, muitas vezes, espinhoso, que
fica enrolado. Quando o cnidoblasto é tocado, a
cápsula se abre e o filamento é lançado para fora,
atingindo uma possível presa e injetando-lhe
substâncias tóxicas, podendo, inclusive, causar
paralisação ou morte no caso de pequenos animais
atingidos, como crustáceos, peixes ou vermes. Em
seres humanos pode causar sérias queimaduras.
ALIMENTAÇÃO
O alimento é engolido e vai para uma cavidade que
recebe substâncias digestivas.
RESPIRAÇÃO
A respiração dos cnidários é semelhantes a dos
poríferos. Cada célula é responsável pela captura de
oxigênio e liberação de gás carbônico.
CIRCULAÇÃO
Na circulação, a cavidade digestiva ajuda, pois permite
a comunicação entre todas as células internas. Não há
coração ou sangue.
FORMATO DO CORPO
O corpo dos cnidários apresenta-se de duas formas:
O pólipo tem corpo cilíndrico, com a extremidade
inferior fechada, por onde o animal se fixa a um
substrato qualquer. A outra extremidade é aberta
e nela há uma boca, geralmente rodeada por
tentáculos. Eles podem viver isolados ou em
colônias.
A medusa possui um corpo gelatinoso em forma
de guarda-chuva com a boca localizada na parte
inferior, tem vida livre e nada ativamente. Possui
tentáculos longos que estão distribuídos ao redor
da boca e nas bordas do corpo. Algumas
medusas são microscópicas, mas há espécies
muito grandes, cujos tentáculos chegam a atingir
vários metros de comprimento.
SISTEMA NERVOSO
Os cnidários são os primeiros animais a possuir células
nervosas. Conseguem perceber alguns estímulos.
REPRODUÇÃO
Os cnidários podem se reproduzir sexuada ou
assexuadamente.
A forma de reprodução assexuada mais comum
ocorre por brotamento. Esse tipo de reprodução é
muito frequente nos pólipos. Na superfície de seu
corpo formam-se pequenos brotos, que se
desenvolvem e se desprendem do animal onde
se formou, originando novas hidras. Em certas
espécies coloniais de pólipos, os brotos
permanecem presos ao animal original, formando
grandes estruturas rochosas conhecidas como
recifes de corais.
A reprodução sexuada ocorre em pólipos e
medusas. Os espermatozoides de um animal são
liberados na água e podem fecundar os óvulos de
outro animal da mesma espécie.
Diversas espécies de cnidários possuem uma forma de
reprodução conhecida por alternância de gerações, em
que as medusas, que são sexuadas, dão origem aos
pólipos, e estes, por sua vez, dão origem às medusas
por reprodução assexuada.
Capítulo 6
PLATELMINTOS
Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há
provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses
animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome
do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e
helmin: 'verme').
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil
espécies, vivem principalmente em ambientes
aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados
também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm
vida livre, outros parasitam animais diversos,
especialmente vertebrados.
Medindo desde alguns milímetros até metros de
comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório
incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a
boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as
fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo
digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária,
absorvendo, através da pele, o alimento previamente
digerido pelo organismo hospedeiro.
Entre os muitos exemplos de platelmintos, os principais
são as planárias, as tênias e os esquistossomos.
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
Sistema circulatório: ausente;
Sistema excretor: presente;
Sistema respiratório: ausente;
Sistema nervoso: presente;
Sistema sensorial: presente (através de células
fotoreceptoras, os ocelos, esses organismos
conseguem se orientar captando energia
luminosa).
A reprodução é bem diversificada, existem
espécies que se reproduzem assexuadamente
por fragmentação, outras sexuadamente com
desenvolvimento direto ou indireto.
PLANÁRIAS
É encontrada em ambientes aquáticos, como na
água doce, no fundo de lagos, em córregos, ou
ambientes úmidos;
Adultos têm comprimento de 2 centímetros;
A cabeça da planária tem formato triangular,
onde existem duas estruturas conhecidas como
ocelos(olho primitivo, que não forma imagens,
mas detecta luz);
Região dorsal possui pigmento escuro, o que
dificulta ser vista por predadores;
A boca fica na parte ventral, aproximadamente
no meio do corpo;
ALIMENTAÇÃO
Para comer, a planária aproxima-se do alimento(restos
de animais e plantas), e captura-o com um tubo que sai
da sua boca (faringe);
RESPIRAÇÃO
Não possui órgãos para respirar e para circulação.
Esses processos são feitos de célula para célula, o que
só é possível porque a planária é achatada e fina.
REPRODUÇÃO
Assexuada: ocorre uma divisão transversal, onde
o verme estica-se e parte em dois. Cada parte
desenvolve-se e origina uma nova planária
completa. Isto só ocorre porque a planária possui
grande capacidade de regeneração.
Sexuada: duas planárias unem-se por meio dos
poros genitais e trocam espermatozoides. Após a
troca de espermatozoides, os vermes separamse, e os ovos resultantes da fecundação são
eliminados no ambiente e deles saem novas
planárias. A planária adulta é hermafrodita, isto
é, apresenta tanto o sistema genital feminino
quanto masculino.
TÊNIA
As tênias são platelmintos popularmente conhecidos
por solitárias, pelo fato de que, normalmente, só existe
um indivíduo parasitando o organismo das pessoas,
causando uma doença conhecida por teníase. As tênias
mais comuns são achatadas e longas, parecidas com
uma fita, e chegam a atingir cerca de 8 metros de
comprimento. Dois tipos de tênias costumam parasitar
o homem: a Taenia solium e a Taenia saginata.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O corpo de uma tênia possui uma cabeça, ou escólex,
que apresenta ventosas. Na Taenia solium, além das
ventosas, também há ganchos, com os quais o animal
se prende à parede do intestino do hospedeiro.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Não possui sistema digestório; Os nutrientes são
absorvidos pela parede do corpo desse animal. A tênia
fixa-se a parede do corpo do hospedeiro, de onde
absorve os nutrientes necessários.
A tênia é hermafrodita, e reproduz-se sexuadamente,
por meio de um processo de autofecundação, ou seja,
o óvulo e o espermatozoide de um mesmo indivíduo se
unem originando um zigoto.
REPRODUÇÃO
Para a sua reprodução, as tênias necessitam de dois
hospedeiros: um deles é intermediário, (no caso da
Taenia solium é o porco e no da Taenia saginata é o
boi) e o outro é definitivo (homem). O animal adulto
vive no intestino humano. As proglotes, cheias de ovos,
se desprendem do corpo da tênia e costumam ser
eliminadas junto com as fezes. Esses ovos podem
atingir o solo, a água, as verduras, as pastagens e
serem ingeridos pelo porco ou pelo boi.
No intestino desses animais, cada ovo libera uma larva,
que cai na corrente sanguínea e se instala na
musculatura do porco ou do boi, transformando-se aí
numa larva chamada cisticerco, dentro da qual há um
pequeno escólex. O cisticerco tem um aspecto
arredondado e esbranquiçado, por isso é conhecido,
popularmente, como canjiquinha ou pipoca. Por
abrigarem o estágio larval da tênia, é que o porco e o
boi são os hospedeiros intermediários.
CICLO DA TÊNIA
O diagnóstico da teníase é feito através da análise do
exame de fezes e da observação de pedaços da Tênia
no bolo fecal. Quando o verme está na cabeça, os
exames de raio x, ressonância magnética e a
tomografia computadorizada são capazes de detectá-lo
em seus vários estágios de desenvolvimento.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Saneamento básico e educação sanitária;
Inspeção adequada da carne de porco e de boi;
Impedir o acesso de porcos e bois a locais onde
haja fezes humanas;
ESQUISTOSSOMO
O esquistossomo é um platelminto causador da
esquistossomose ou barriga-d água, uma verminose
bastante perigosa e comum em áreas com saneamento
precário. A fêmea mede cerca de 1,5 cm de
comprimento e o macho cerca de 1 cm. O macho
possui um canal onde a fêmea se abriga na época da
reprodução, o chamado canal ginecóforo.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O macho e a fêmea vivem acasalados no interior de
vasos sanguíneos do fígado e do baço. Dentro dos
vasos, os esquistossomos alimentam-se e reproduzemse o que resulta em centenas de ovos colocados pela
fêmea. Esses ovos são eliminados junto com as fezes e
se entrarem em contato com água, transformam-se em
larvas (miracídios). Este tem vida curta e precisa entrar
em contato com caramujo de água doce, pois
dentro do caramujo, cada miracídio transforma-se em
outro tipo de larva ( cercárias); Que saem dos
caramujos para entrar em contato com a pele humana.
Pela circulação vai até fígado e o baço, causando
problemas intestinais, e inchaço na barriga.
CICLO DO ESQUISTOSSOMO
COMBATE À ESQUISTOSSOMOSE
Tratamento dos doentes;
Saneamento básico;
Educação sanitária;
Destruição dos caramujos, através de venenos ou
controle biológico;
Capítulo 7
NEMATELMINTOS
Os nematelmintos (do grego nematos: 'filamento', e
helmin: 'vermes') são vermes de corpo cilíndrico,
afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida
livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre;
outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive
o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo
de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a
existência de muitas outras espécies, ainda
desconhecidas. Ao contrário dos platelmintos, os
nematelmintos possuem tubo digestório completo, com
boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as
diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem
nítidas, como no caso dos principais parasitas
humanos. De modo geral o macho é menor do que a
fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior
possui forma de gancho. Os principais representantes
são a lombriga, o ancilóstomo, o oxiúro, o bichogeográfico e a filária.
LOMBRIGA
É um verme cilíndrico, que mede de 20 a 40
centímetros de comprimento. Possuem tubo digestório
completo. É um nematelminto que pode parasitar o
intestino humano, alimentando-se dos nutrientes
existentes. Não possuem sistema respiratório e o
sistema nervoso e a musculatura são pouco
desenvolvidos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Machos e fêmeas acasalam-se no intestino da pessoa
infectada. Uma fêmea pode depositar até 200 mil ovos
por dia. Esses ovos são eliminados do organismo
humano com as fezes, Contaminando o solo, a água e
os vegetais. Quando o ser humano ingerir água ou
alimentos contaminados, Os ovos vão originar
pequenas larvas. Essas larvas chegam ao intestino,
onde tornam-se adultas. Esse verme causa uma
doença chamada ascardíase.
COMBATE À ASCARDÍASE
Educação sanitária;
Tratamento de esgotos;
Curar doentes;
Não se alimentar de comida que caiu no solo
antes de lavá-la;
Promover o desenvolvimento de hábitos de
higiene;
ANCILÓSTOMO
É um verme parasita do intestino humano, causador de
uma doença chamada ancilostomose ou amarelão, e
cuja larva vive na terra e penetra, perfurando a pele,
no corpo das pessoas que lidam com terra (mineiros,
agricultores) ou das pessoas que andam descalças.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Na cavidade bucal, o ancilóstomo possui estruturas
cortantes que ajudam a fixá-lo na parede do intestino
humano. Dessa forma o verme perfura a parede
intestinal e alimenta-se do sangue do hospedeiro. A
perda de sangue faz com que a pessoa fique anêmica,
e consequentemente com a pele amarelada e por isso
a doença é conhecida como amarelão.
CICLO DO ANCILÓSTOMO
COMBATE AO AMARELÃO
Não andar descalço;
Curar os doentes;
Tratamento de esgoto;
Educação sanitária;
OXIÚRO
São parasitas encontrados com frequência no intestino
de crianças; São esbranquiçados e pequenos, medem
alguns milímetros. Este animal parasita o intestino
humano, conferindo prurido (coceira) na região anal,
(seu sintoma mais característico), que ocorre em razão
da migração das fêmeas à região anal para postura dos
ovos. Irritabilidade, diarreia, náuseas, emagrecimento,
vômitos e dores abdominais são os outros sintomas.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
As crianças são as principais vítimas desta infecção,
uma vez que nem todas possuem, ainda, noções
básicas de higiene pessoal. Assim, o ato de coçar a
região e não lavar as mãos pode causar a reinfecção ou
infecção de seus colegas. A ingestão de água e
alimentos contaminados pelos ovos deste animal
podem, também, causar a oxiurose. Outra forma de
transmissão é por meio da roupa de cama ou roupa de
dormir contaminada. Em locais onde haja muitos ovos
do verme, eles podem juntar-se a poeira e ser inalados.
Os ovos também podem contaminar, por meio das
fezes.
COMBATE AO OXIÚRO
Higiene é o mais importante. Não vestir roupas sujas
de outras pessoas, representam as medidas mais
importantes no combate à doença conhecida como
oxiuríase ou oxiurose.
FILÁRIA
A filária (Wuchereria bancrofti), também conhecida por
elefantíase, é uma doença causada por um verme
nematódeo que parasita os vasos linfáticos do ser
humano. Os sintomas são inchaço dos membros
superiores e inferiores (braços e principalmente as
pernas), podendo atingir a região escrotal e as mamas.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O ciclo de vida desse invertebrado patogênico ocorre
com intervenção de dois hospedeiros: inicialmente
passando por um vetor (o mosquito hematófago do
gênero Culex), que ao picar o homem introduz larvas
infectantes na corrente sanguínea.
Essas larvas se desenvolvem em vermes adultos, com
aproximadamente 10 centímetros de comprimento,
migrando para o sistema linfático (os gânglios
linfáticos), onde habitam e se reproduzem. A
proliferação pode obstruir os ductos do sistema
linfático, retendo a linfa e provocando um edema. Os
ovos depositados se transformam em microfilárias que
se difundem para os vasos sanguíneos, dissipando para
diversos órgãos (músculos e cavidades serosas).
A transmissão ocorre quando um indivíduo infectado é
picado pelo mosquito, sugando junto ao sangue as
microfilárias, transmitidas a outras pessoas, reiniciando
o ciclo.
A principal medida de controle é o combate ao
mosquito vetor, utilização de telas nas janelas e portas
das residências, uso de repelentes e tratamento dos
indivíduos infectados.
BICHO-GEOGRÁFICO
O bicho-geográfico, também chamado de larva
migrans, é um verme que possui o corpo alongado,
cilíndrico e afilado nas extremidades.
Esse verme parasita cães e gatos e os seus ovinhos são
eliminados nas fezes desses animais. Ao fazerem cocô
na areia ou na terra, cães e gatos que estão
contaminados eliminam os ovos desses vermes.
Quando caem na areia ou na terra, os ovos dos vermes
irrompem, liberando as larvas do bicho-geográfico. Na
areia, essas larvas se desenvolvem e quando atingem
0,5 milímetro já conseguem penetrar na pele de cães e
gatos. Mas a larva não penetra apenas na pele desses
animais, elas também penetram na pele das pessoas.
Quando esses vermes estão dentro do corpo da
pessoa, eles começam a andar sob a pele, formando
um túnel tortuoso e avermelhado e provocando muita
coceira. Esses túneis que a larva vai abrindo ao se
locomover na pele lembram um mapa geográfico e é
por esse motivo que esse verme se chama bichogeográfico.
BICHO-GEOGRÁFICO
A melhor forma de evitar o bicho-geográfico é impedir
o acesso de cães e gatos em praias e tanques de areia
de parques e escolas. Além disso, é importante sempre
andar calçado e sentar-se em cadeiras ou esteiras,
para que a pele não fique em contato com a areia.
Outra forma de prevenção é realizar exames
frequentes nos cães e gatos e também ministrar
vermífugos a esses animais.
Capítulo 8
ANELÍDEOS
Filo do Reino Animal constituído por animais
invertebrados triblásticos, celomados, de corpo
cilíndrico, possuindo simetria bilateral e metamerização
interna e externa do corpo, formado por vários anéis.
Seus representantes, com ampla distribuição, habitam
ambientes aquáticos ou terrestres.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Sistema Digestório: constituído por boca, faringe,
papo, moela, intestino e ânus;
Sistema Circulatório: fechado e com vasos
contráteis (corações), que atuam impulsionando
o sangue;
Sistema Excretor: formado por metanefrídeos;
Sistema Respiratório: realizado por difusão entre
as camadas da epiderme (cutânea), ou
branquiais, através de codificações do aparelho
locomotor de algumas espécies;
Sistema Nervoso: ganglionar, composto de
diversos gânglios ligados entre si por cordões
nervosos ventrais.
Sistema Reprodutor: nos organismos dioicos,
ocorre por processos sexuados; e nos monoicos,
por fecundação cruzada.
CLASSIFICAÇÃO DO FILO
Classe Oligochaeta = são anelídeos com poucas
cerdas no corpo, possuindo uma região
epidérmica espaçada, o clitelo, sendo
responsável pela síntese de um casulo que
abrigará os ovos fecundados durante a
reprodução. Exemplo: as minhocas.
CLASSIFICAÇÃO DO FILO
Classe Polychaeta (poly = várias; chaeta =
cerdas) são anelídeos portadores de inúmeras
cerdas inseridas em projeções laterais ao corpo,
formando estruturas denominadas parapódios
que auxiliam na locomoção. Esses animais são
desprovidos de clitelo. A maioria das espécies
deste grupo se reproduz sexuadamente,
possuindo fertilização externa que resulta na
formação de larvas livre nadantes. Exemplo:
Nereis (organismo marinho).
CLASSIFICAÇÃO DO FILO
Classe Hirudínea = anelídeos sem cerdas e com
ventosas bucais e na região posterior do corpo.
São hermafroditas, com fecundação cruzada e
desenvolvimento direto. Exemplo: sanguessuga.
Capítulo 9
MOLUSCOS
Os moluscos são animais de vida livre, que vivem em
ambientes terrestres e aquáticos, de água doce ou
salgada. Sendo provavelmente o segundo ou o terceiro
filo de animais com maior número de espécies, atrás
apenas do Filo Arthropoda (que lideram o ranking da
escala zoológica) e talvez do Filo Nematoda.
Esse filo reúne os animais de corpo mole (com ou sem
concha), triblásticos, portadores de celoma, simetria
bilateral e corpo dividido em três partes básicas: a
cabeça, o pé e a massa visceral. - Na cabeça estão
localizados os órgãos sensoriais e considerável
concentração de gânglios cerebrais; - O pé é uma
estrutura musculosa possuindo funções variadas de
acordo com o grupo de animais, empregado no
rastejamento, natação e captura de presas quando
modificados em tentáculos; - A massa visceral aloja os
principais órgãos, sendo revestida por uma dobra da
epiderme denominada de manto ou pálio (região que
produz a concha), contendo a abertura do sistema
digestivo e excretor, e as brânquias (nas espécies
marinhas) ou os pulmões (nas espécies terrestres).
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Sistema Digestivo → completo (possuindo o
intestino regiões diferenciadas e glândulas
digestivas associadas). A digestão é
predominantemente extracelular, embora
também ocorra a intracelular;
Sistema Circulatório → presente, do tipo aberto
ou lacunar (em que o sangue sai dos vasos e cai
nos espaços entre as células), e fechado (em que
o sangue circula somente no interior dos vasos);
Sistema Respiratório → presente (as trocas
gasosas ocorrem em órgãos especializados, as
brânquias ou pulmões). Esse sistema está
acoplado ao circulatório, pois os gases são
transportados pelo líquido sanguíneo;
Sistema excretor → presente (realizada por meio
de nefrídeos, estruturas especializadas na
remoção de resíduos nitrogenados);
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Sistema Nervoso → presente (composto por três
ou quatro pares de gânglios nervosos ligados a
nervos que se estendem por todo o corpo).
Sistema Reprodutor → a reprodução é sexuada,
com espécies monóicas e dióicas. Em algumas o
desenvolvimento é direto, e nas demais ocorrem
estágios larvais.
PRINCIPAIS CLASSES
Gastrópodes
São representados por caracóis, lesmas e
caramujos;
Alguns são terrestres, outros aquáticos;
Possui corpo dividido em cabeça, massa visceral
e pé;
Alimentam-se basicamente de plantas;
Alguns poder ter uma concha que protege o
corpo,como o casos dos caracóis e caramujos. As
lesmas não possuem essa concha;
PRINCIPAIS CLASSES
Bivalves
Apresentam uma concha protetora formada por
duas partes que se encaixam;
São representados por ostras, mariscos e
mexilhões;
Para se alimentar a maioria dos bivalves filtra a
água a fim de obter pequenas partículas de
matéria orgânica;
Algumas espécies para se locomover rastejam,
outras vivem fixas;
Na reprodução, os gametas são lançados na
água, onde se unem e formam um ovo, que
depois da origem a uma larva;
Na ostra, quando algum objeto estranho fica
entre a concha e o manto, este produz o nácar
(substância lisa e perolada) para envolvê-lo. O
resultado é a formação das pérolas.
PRINCIPAIS CLASSES
Bivalves
PRINCIPAIS CLASSES
Cefalópodes
São moluscos marinhos;
Com respiração branquial;
São considerados os invertebrados mais
inteligentes, com um cérebro grande e excelente
visão;
Muitos possuem locomoção a jato, expulsando a
água pelo sifão;
São animais carnívoros. Os olhos existentes na
cabeça, ajudam a localizar suas presas;
Utilizam os braços para capturar a presa e
encaminhá-la a boca;
São representados principalmente pelo polvo, a
lula, a sépia e o náutilo.
As lulas e os polvos apresentam um curioso
mecanismo de defesa. Quando ameaçados, eles
lançam um jato de tinta escura, que confunde os
predadores.
Capítulo 10
ARTRÓPODES
São animais cuja principal característica é a presença
de apêndices articulados, ou seja, articulação dos
membros locomotores, pés e pernas. Reúnem mais de
1 milhão de espécies catalogadas, com outras
inúmeras a serem descobertas.
Esses organismos possuem ampla dispersão
geográfica, habitando os mais distintos ambientes:
aéreo, terrestre e aquático, cada qual adaptado às
condições adversas do ecossistema a que pertencem.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Sistema digestivo completo;
Sistema circulatório aberto;
Sistema respiratório diversificado: branquial,
traqueal e pulmonar ou filotraqueal;
Sistema excretor realizado por glândulas verdes,
túbulos de malpighi ou glândulas coxais;
Sistema nervoso constituído por vários gânglios
nervosos fundidos;
Sistema sensorial formado por olhos simples ou
compostos e sensores táteis e químicos.
A reprodução é sexuada, sendo as espécies
dióicas com fecundação interna ou externa. O
desenvolvimento e direto ou indireto, com
metamorfose gradual (hemimetábolos) ou
completa (holometábulos).
Possuem corpo revestido por um exoesqueleto,
que auxilia na sustentação, proteção e evita
perda de água. O exoesqueleto não aumenta de
tamanho, então para crescer o artrópode elimina
esse exoesqueleto (muda);
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES
Os artrópodes podem ser classificados em cinco
classes principais: Crustáceos; Aracnídeos;
Insetos; Quilópodes e Diplópodes;
Crustáceos
A maioria dos crustáceos é marinha, ou seja, vive nos
mares e oceanos. Algumas espécies, porém, têm seu
hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres,
como o tatuzinho-de-jardim. Podemos citar como
exemplos de crustáceos mais conhecidos: Camarão,
lagosta, siri, caranguejo e craca. O tamanho desses
animais varia bastante de uma espécie para outra. O
corpo dos crustáceos, é dividido em cefalotórax, parte
do corpo formada por cabeça e tórax fundidos, e
abdome. Esses animais possuem um número variável
de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de
antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos
apresenta carbonato de cálcio, uma substância que
forma a carapaça dura dos siris e caranguejos.
Crustáceos
Aracnídeos
A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e
carrapatos. Algumas espécies peçonhentas de aranhas
e escorpiões podem causar a morte, principalmente de
crianças pequenas. O número de acidentes envolvendo
o veneno desses animais é grande no Brasil.
O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e
abdome. Esses animais têm quatro pares de patas e
não possuem antenas. Apresentam um par de
pedipalpos (palpos), que são apêndices sensoriais, e
também um par de quelíceras, apêndices em forma de
pinça.
A aranha apresenta no abdome as suas glândulas
fiandeiras, que produzem os fios utilizados para
construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos
onde esses animais vivem.
ARANHAS
São sempre carnívoras e caçam suas vítimas,
normalmente insetos, usando sua grande agilidade ou
teias como armadilhas. A caranguejeira, a armadeira,
a aranha-marrom e a viúva-negra são alguns exemplos
de aranhas.
As aranhas-caranguejeiras são as maiores aranhas
que existem na Terra. Ela tem vinte centímetros de
diâmetro, incluindo as pernas. As caranguejeiras,
embora amedrontem pelo tamanho, são aranhas
relativamente inofensivas: possuem pelos urticantes
que podem provocar reações alérgicas numa pessoa.
As armadeiras são muito agressivas e podem saltar
sobre as suas vítimas. Vivem entre bananeiras,
terrenos baldios e podem entrar nas residências,
escondendo-se em lugares mais escuros. A sua picada
causa dor local e pode provocar vômitos, diarreia,
queda da pressão arterial e convulsões.
A Aranha-marrom é um tipo de aranha tem hábitos
noturnos e vive entre folhas secas, cascas de árvores e
também pode entrar nas residências, escondendo-se
em lugares mais escuros. A sua picada não é muito
dolorida, mas o veneno é muito perigoso. Provoca
grandes feridas, febre, vômitos e, nos casos mais
graves e raros, pode destruir os glóbulos vermelhos do
sangue, causando anemia, comprometer as funções do
fígado e até levar à morte.
As viúvas-negras possuem este nome porque ao final
do acasalamento, em muitas espécies do grupo, a
fêmea arranca a cabeça do macho e o devora. Seu
veneno provoca dor intensa, e pode causar, em
algumas situações, sudorese, taquicardia, hipertensão
e contrações musculares e, em situações graves,
choque anafilático.
Carrapatos
Vivem na superfície do corpo de um hospedeiro
(animais domésticos, animais silvestres e o homem) e
são também hematófagos, ou seja, se alimentam do
sangue de seus hospedeiros. Sendo assim, possuem
uma grande importância como vetores de agentes
patogênicos, como protozoários, bactérias e vírus,
entre outros.
Escorpiões
São animais invertebrados que apresentam corpo,
quatro pares de pernas e cauda, na ponta da qual há
bolsas de veneno e um ferrão. Embora existam
inúmeras espécies desses animais, nem todas possuem
um veneno tóxico o bastante para causar acidentes
graves com sua picada. Os escorpiões podem viver
tanto em lugares desertos quanto nas matas. Vivem
também debaixo de pedras, tijolos, telhas e nas fendas
das árvores.
Insetos
São artrópodes com seis patas distribuída em três
pares ligadas ao tórax. Os insetos apresentam o corpo
subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par
de antenas, dois pares de asas, na maioria das vezes,
mas há espécies com apenas um par e outras sem
asas. Os metâmeros são desiguais em tamanho e,
durante o desenvolvimento embrionário, alguns deles
podem se fundir. Essa fusão acontece na formação da
cabeça, resultando em uma peça de pequeno tamanho.
Nela a boca é ventral e rodeada por pares de peças
bucais de função mastigadora e outros apêndices
articulados, modificados para apreensão do alimento,
os chamados palpos maxilares.
Na cabeça encontram-se ainda um par de antenas
articuladas (de função sensorial) e, lateralmente, duas
manchas correspondentes aos olhos. São olhos
compostos de diversas unidades hexagonais,
conhecidas como omatídeos, responsáveis pela
composição da imagem de objetos vistos pelos insetos.
Insetos
Os insetos têm sexos separados e a sua fecundação é
interna. São animais ovíparos, que podem apresentar
três tipos de desenvolvimento:
Direto, sem metamorfose: desenvolvido
ametábolo (a = sem, metábolo = mudança). Ex.:
traça-dos-livros. Do ovo eclode um jovem
semelhante ao adulto.
Indireto, com metamorfose gradual ou
incompleta: desenvolvimento hemimetábolo
(hemi = meio). Exs.: gafanhoto, barata,
percevejo. Do ovo eclode uma forma chamada
ninfa, que é semelhante ao adulto (ou imago),
mas que não tem asas desenvolvidas.
Indireto, com metamorfose completa:
desenvolvimento holometábolo (holo = total).
Exs: Borboletas, moscas e pulgas. Do ovo eclode
uma larva, também chamada lagarta, bastante
distinta do adulto.
Essa larva passa por um período que se alimenta
ativamente, para depois entrar em estágio denominado
pupa, quando ocorre a metamorfose: a larva se
transforma no adulto ou imago, que emerge
completamente formado. As larvas de algumas
espécies de borboleta ou de mariposas produzem um
casulo que protege a pupa. Depois de adulto, o inseto
holometábolo não sofre mais mudas e, portanto, não
cresce mais. A fase da larva pode durar de meses até
mais de um ano, e a fase adulta pode durar de uma
semana á alguns meses. A duração dessas fases
depende da espécie.
O corpo dos insetos é revestido por uma armadura
muito resistente que chamamos de exoesqueleto. O
exoesqueleto é constituído principalmente por quitina,
um carboidrato do grupo dos polissacarídeos. Como o
exoesqueleto é uma estrutura muito rígida, o inseto só
consegue crescer após a troca desse exoesqueleto,
processo que chamamos muda ou ecdise.
Quilópodes
Os principais representantes dos quilópodes são as
lacraias e as centopeias. Esses animais apresentam um
par de antenas e o corpo dividido em anéis, sendo que
de cada anel sai um par de patas. Alguns quilópodes
podem apresentar até duzentos pares de patas. Os
animais desse grupo são vistos principalmente no
período da noite e podem ser encontradas em locais
úmidos, embaixo de troncos, folhas apodrecidas etc. Os
quilópodes são animais carnívoros e se alimentam de
vermes, insetos, minhocas e até pequenos vertebrados
como pássaros e ratos. Os quilópodes possuem, logo
atrás da cabeça, ferrões que servem para injetar
veneno.
Diplópodes
Os diplópodes são representados pelos embuás ou
piolhos-de-cobra, assim como os quilópodes, eles
apresentam um par de antenas e o corpo dividido em
anéis, com dois pares de patas em cada anel. Há
diplópodes que podem apresentar até quatrocentos
pares de patas. Esses animais podem ser encontrados
em ambientes úmidos, embaixo de folhas e troncos em
decomposição. Eles, ao contrário dos quilópodes, são
herbívoros (alimentam-se de vegetais). Os diplópodes
não possuem ferrões, mas sua estratégia de defesa
consiste em se enrolar e ficar imóvel, além de produzir
uma substância mal cheirosa que serve para afugentar
seus predadores.
Capítulo 11
EQUINODERMOS
A palavra “equinodermos”vem do grego e significa
echinos = espinho; dermatos = pele, ou seja, os
equinodermos são animais que possuem o corpo todo
recoberto por espinhos. Estes, além de terem função
de defesa, também atuam na locomoção do animal.
Os equinodermos são animais marinhos como as
estrelas-do-mar, bolachas-do-mar e ouriços-do-mar,
que podemos ver quando visitamos alguma praia. Os
biólogos dizem que os equinodermos são de vida livre,
ou seja, vivem soltos na água do mar, com exceção do
lírio-do-mar, cuja maioria vive fixada a rochas no fundo
do mar. As estrelas-do-mar são facilmente
encontradas, deslocando-se no fundo do oceano, assim
como os ouriços-do-mar. Por vezes alguns ouriços são
encontrados próximos a rochas, onde cavam buracos
que servirão de abrigo.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Possuem tubo digestório completo;
Reprodução sexuada;
Apresentam pouco desenvolvimento do sistema
nervoso;
Possuem endoesqueleto (interno), do qual saem
espinhos móveis;
Possuem uma característica bem curiosa: a
capacidade de regeneração. Por possuírem essa
capacidade, esses animais conseguem regenerar
partes do corpo que foram danificadas.
Possuem uma dieta bem variada, sendo que os
ouriços-do-mar gostam de se alimentar de algas
marinhas e pequenos animais. Já as estrelas-domar se alimentam de ostras, mexilhões, outros
equinodermos, corais e anêmonas-do-mar. Esses
animais respiram através de pequenas brânquias
que se encontram ao redor da boca do animal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SHIMABUKURO, Vanessa (ed. resp.). Projeto Araribá:
ciências. 7º Ano. 3ª edição. São Paulo: Ed. Moderna,
2013.
FAVALLI, Leonel Delvai; PESSOA, Karina Alessandra;
ANGELO, Elisangela Andrade. Projeto Radix Ciências 7º Ano. 1ª edição. São Paulo: Ed. Scipione,
2012.
GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. 5ª série. 1ª edição. São Paulo: Ed.
FTD, 2002.
Sites:
Brasil Escola - www.brasilescola.com
Mundo Educação – www.mundoeducacao.com
Só Biologia - www.sobiologia.com.br
Escola Kids - www.escolakids.com
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