REINO ANIMAL INVERTEBRADOS Volume. 1 CIÊNCIAS - 7°ANO I. E. E. Gomercinda Dornelles Fontoua Autores: Bianca Weise, Bruno Pereira, Carlos dos Santos, Eduardo Teixeira, Evelyn Cardoso, Giulia Corrêa, Guilherme Griguc, Gustavo Cardoso, Helena Dimer, Isadora Vogg, João Arthur Rassier, João Pedro Taffarel, Jonathan Cardoso, Júlia Barcelos, Késia Lages, Larissa da Luz, Laura Marin, Laura Dimer, Luís Eduardo Mendes, Matheus Rodrigues, Mireille Vasconcelos, Nalanda Lagassner, Nicoly Guterres, Pedro Henrique da Silva, Rafaela Fraga, Raíssa Nunes, Rogis Adriano da Silva, Talita Soares. Coordenação e Organização: Theo Pires Ano da Publicação: 2015 Este livro foi montado a partir dos conteúdos estudados na disciplina de Ciências pela turma do 7° Ano do Instituto Estadual de Educação Gomercinda Dornelles Fontoura, localizado na cidade de Encruzilhada do Sul, RS. SUMÁRIO Capítulo 1. Características Gerais do Reino Animal..................................Pág. 4 Capítulo 2. Vertebrados e Invertebrados.....Pág. 8 Capítulo 3. Animais Invertebrados..............Pág. 10 Capítulo 4. Poríferos.....................................Pág. 13 Capítulo 5. Cnidários....................................Pág. 22 Capítulo 6. Platelmintos...............................Pág. 33 Capítulo 7. Nematelmintos...........................Pág. 51 Capítulo 8. Anelídeos...................................Pág. 66 Capítulo 9. Moluscos....................................Pág. 71 Capítulo 10. Artrópodes...............................Pág. 79 Capítulo 11.Equinodermos.........................Pág.98 Referências Bibliográficas.........................Pág. 100 Capítulo 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REINO ANIMAL Os animais compõem um reino com mais de um milhão de espécies. No entanto, fósseis encontrados revelam que uma quantidade muito maior de espécies animais já viveu na Terra, mas hoje estão extintas. Nós, os seres vivos, somos muitos e temos as mais variadas formas e tamanhos - desde corpos microscópicos, como o ácaro, até corpos gigantescos como o da baleia-azul. Alguns com forma, organização e funcionamento do corpo simples, como uma esponjado-mar; outros, com a estrutura complexa de um mamífero. Apesar da grande diversidade, quase todos os animais apresentam uma característica em comum: são formados por milhares de células de diversos tipos. Outro aspecto comum aos seres do reino Animal é que obtêm o seu alimento a partir de outros seres vivos. Os animais habitam quase todos os ambientes conhecidos do nosso planeta. A maioria das espécies é capaz de se locomover. No entanto, há espécies que vivem fixas, ou seja, sésseis, no ambiente, como as esponjas-do-mar. Estes indivíduos, cuja maioria tem estrutura corporal simétrica, podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada, sendo a primeira a mais comum. A partir da fecundação dos gametas, desenvolve-se a blástula que, ao longo do desenvolvimento embrionário, dá origem a tecidos e órgãos. O sistema digestório pode ser incompleto ou completo, sendo que no primeiro caso existe apenas uma abertura para a entrada de alimentos e eliminação de resíduos. O transporte de substâncias pode se dar por difusão ou pelo sistema circulatório. Este, quando denominado aberto, cujo fluido é denominado hemolinfa, possuem vasos com extremidades abertas. Quando é do tipo fechado, o transporte de substâncias se dá pelo sistema circulatório, por meio de vasos sanguíneos. A respiração pode ser cutânea, branquial, pulmonar ou traqueal; e a eliminação de metabólitos se dá por sistemas especializados, exceto no caso dos poríferos e cnidários. Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes grupos principais: os vertebrados e os invertebrados. Esse primeiro grupo, apesar de ser o mais conhecido, representa apenas 5% de todas as espécies de animais existentes. Os invertebrados, por sua vez, agrupam o maior número de espécies, com cerca de 95%. Vale destacar que essa classificação é artificial, sendo utilizada apenas para fins didáticos. Capítulo 2 VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS? Os animais são estudados pela zoologia - campo da ciência cujo nome origina-se da língua grega: zoo significa "animal", e logia, "estudo". Para facilitar o estudo, é importante classificar os animais. Uma das formas de fazer essa classificação é dividi-los em dois grandes grupos: vertebrados e invertebrados. No grupo dos vertebrados estão os animais que, como os seres humanos, possuem coluna vertebral. Já o grupo dos invertebrados é formado por aqueles que não possuem coluna vertebral. A coluna vertebral é um tipo de eixo esquelético formado por peças articuladas entre si - as vértebras-, que podem ser ósseas ou cartilaginosas. As articulações permitem a flexibilidade do esqueleto interno, facilitando a movimentação. Observe a coluna vertebral do homem. A coluna vertebral, associada ao sistema muscular, garante que os animais movimentem-se em mantenham a sua estrutura firme. Capítulo 3 ANIMAIS INVERTEBRADOS A designação invertebrado diz respeito à ausência de uma coluna vertebral, bem como vértebras ou caixas cranianas. São animais invertebrados todos os insetos, aracnídeos, crustáceos, moluscos, bem como diversos outros animais tão diversos como centopeias, estrelasdo-mar, minhocas, sanguessugas, corais, esponjas ou medusas. Os invertebrados foram os primeiros animais a surgir na história da vida na Terra e foi a partir destes que evoluíram os animais vertebrados. Segundo a estrutura corpórea dos animais invertebrados, suas principais características são: Aeróbicos, pois retiram o oxigênio do ar ou da água conforme o meio em que vivem (há diversos tipos de sistema respiratório); Têm o corpo formado por muitas células, são assim pluricelulares; São eucariontes, pois suas células tem núcleo envolvido por membrana; Heterótrofos: necessitam ingerir outros seres vivos, uma vez que não possuem clorofila e não são capazes de produzir o próprio alimento; A maioria se reproduz de forma sexuada, ou seja, através de gametas, embora haja quem faça reprodução assexuada; Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos; A maioria tem simetria bilateral, ou seja, duas metades do corpo simétricas. Todavia, os equinodermos têm simetria radial. Os filos dos poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes e equinodermos são os representantes desse grupo. Assim, de parasitas a fontes de alimentos, esses seres fazem parte de nossa vida e dia a dia. Capítulo 4 PORÍFEROS Também são conhecidos como esponjas. O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos. CARACTERÍSTICAS GERAIS Esses animais não possuem tecidos bem definidos e não apresentam órgãos e nem sistemas. São exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem algumas espécies que vivem em água doce. Os poríferos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem formar colônias de coloração variadas. Podem ser encontrados desde as regiões mais rasas das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros. ALIMENTAÇÃO Alimentam-se de restos orgânicos ou de microrganismos que capturam filtrando a água que penetra em seu corpo. A abertura superior por onde são eliminados os resíduos é o ÓSCULO. Já a cavidade central na parte interna das esponjas é chamada de ÁTRIO. Por sua vez, servem de alimento para algumas espécies de animais, como certos moluscos, ouriçosdo-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas. RESPIRAÇÃO Na respiração do poríferos, cada célula retira do fluxo de água o oxigênio. REPRODUÇÃO A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada. Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas. Observe o esquema abaixo. Sexuada - Neste caso, quando os espermatozóides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova esponja. SUSTENTAÇÃO A sustentação das de uma esponja é conseguida a partir de minúsculas agulhas, que ficam na massa gelatinosa. RELAÇÕES DE COMENSALISMO Os poríferos são muito comuns relações de comensalismo. A estrutura do corpo das esponjas e as suas defesas contra predadores tornam esses animais excelentes refúgios para invertebrados menores e até mesmo para alguns peixes. Várias espécies dependem dessa proteção na sua fase jovem, do contrário suas populações não ficariam estáveis. USOS COMERCIAIS Devido à textura macia, as esponjas do mar são utilizadas para banhos. Também são utilizadas na área médica. Além disso, as empresas farmacêuticas estão realizando vários estudos com base em certos compostos encontrados em esponjas do mar. Capítulo 5 CNIDÁRIOS Surgidos há cerca de 600 milhões de anos, os cnidários foram os primeiros animais pluricelulares da Terra a apresentarem corpo com tecidos organizados e um princípio de aparelho digestório. São animais que vivem exclusivamente na água, a maioria habitando os mares e tendo como representantes mais conhecidos as águas-vivas, as anêmonas-do-mar e os corais. Há algumas espécies de cnidários, como as hidras, que vivem em água doce e limpa. CARACTERÍSTICAS GERAIS A característica mais específica dos cnidários é a presença de células especiais chamadas cnidoblastos, que produzem uma substância urticante, utilizada para defesa e captura de pequenos animais utilizados como alimento. Essas células estão localizadas, principalmente, nos tentáculos e ao redor da boca. Por serem longos, os tentáculos podem se movimentar em toda a volta do animal. Um único tentáculo pode conter milhares de cnidoblastos. O cnidoblasto possui uma cápsula chamada nematocisto, dentro da qual há um longo filamento oco e, muitas vezes, espinhoso, que fica enrolado. Quando o cnidoblasto é tocado, a cápsula se abre e o filamento é lançado para fora, atingindo uma possível presa e injetando-lhe substâncias tóxicas, podendo, inclusive, causar paralisação ou morte no caso de pequenos animais atingidos, como crustáceos, peixes ou vermes. Em seres humanos pode causar sérias queimaduras. ALIMENTAÇÃO O alimento é engolido e vai para uma cavidade que recebe substâncias digestivas. RESPIRAÇÃO A respiração dos cnidários é semelhantes a dos poríferos. Cada célula é responsável pela captura de oxigênio e liberação de gás carbônico. CIRCULAÇÃO Na circulação, a cavidade digestiva ajuda, pois permite a comunicação entre todas as células internas. Não há coração ou sangue. FORMATO DO CORPO O corpo dos cnidários apresenta-se de duas formas: O pólipo tem corpo cilíndrico, com a extremidade inferior fechada, por onde o animal se fixa a um substrato qualquer. A outra extremidade é aberta e nela há uma boca, geralmente rodeada por tentáculos. Eles podem viver isolados ou em colônias. A medusa possui um corpo gelatinoso em forma de guarda-chuva com a boca localizada na parte inferior, tem vida livre e nada ativamente. Possui tentáculos longos que estão distribuídos ao redor da boca e nas bordas do corpo. Algumas medusas são microscópicas, mas há espécies muito grandes, cujos tentáculos chegam a atingir vários metros de comprimento. SISTEMA NERVOSO Os cnidários são os primeiros animais a possuir células nervosas. Conseguem perceber alguns estímulos. REPRODUÇÃO Os cnidários podem se reproduzir sexuada ou assexuadamente. A forma de reprodução assexuada mais comum ocorre por brotamento. Esse tipo de reprodução é muito frequente nos pólipos. Na superfície de seu corpo formam-se pequenos brotos, que se desenvolvem e se desprendem do animal onde se formou, originando novas hidras. Em certas espécies coloniais de pólipos, os brotos permanecem presos ao animal original, formando grandes estruturas rochosas conhecidas como recifes de corais. A reprodução sexuada ocorre em pólipos e medusas. Os espermatozoides de um animal são liberados na água e podem fecundar os óvulos de outro animal da mesma espécie. Diversas espécies de cnidários possuem uma forma de reprodução conhecida por alternância de gerações, em que as medusas, que são sexuadas, dão origem aos pólipos, e estes, por sua vez, dão origem às medusas por reprodução assexuada. Capítulo 6 PLATELMINTOS Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme'). CARACTERÍSTICAS GERAIS Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados. Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro. Entre os muitos exemplos de platelmintos, os principais são as planárias, as tênias e os esquistossomos. CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS Sistema circulatório: ausente; Sistema excretor: presente; Sistema respiratório: ausente; Sistema nervoso: presente; Sistema sensorial: presente (através de células fotoreceptoras, os ocelos, esses organismos conseguem se orientar captando energia luminosa). A reprodução é bem diversificada, existem espécies que se reproduzem assexuadamente por fragmentação, outras sexuadamente com desenvolvimento direto ou indireto. PLANÁRIAS É encontrada em ambientes aquáticos, como na água doce, no fundo de lagos, em córregos, ou ambientes úmidos; Adultos têm comprimento de 2 centímetros; A cabeça da planária tem formato triangular, onde existem duas estruturas conhecidas como ocelos(olho primitivo, que não forma imagens, mas detecta luz); Região dorsal possui pigmento escuro, o que dificulta ser vista por predadores; A boca fica na parte ventral, aproximadamente no meio do corpo; ALIMENTAÇÃO Para comer, a planária aproxima-se do alimento(restos de animais e plantas), e captura-o com um tubo que sai da sua boca (faringe); RESPIRAÇÃO Não possui órgãos para respirar e para circulação. Esses processos são feitos de célula para célula, o que só é possível porque a planária é achatada e fina. REPRODUÇÃO Assexuada: ocorre uma divisão transversal, onde o verme estica-se e parte em dois. Cada parte desenvolve-se e origina uma nova planária completa. Isto só ocorre porque a planária possui grande capacidade de regeneração. Sexuada: duas planárias unem-se por meio dos poros genitais e trocam espermatozoides. Após a troca de espermatozoides, os vermes separamse, e os ovos resultantes da fecundação são eliminados no ambiente e deles saem novas planárias. A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema genital feminino quanto masculino. TÊNIA As tênias são platelmintos popularmente conhecidos por solitárias, pelo fato de que, normalmente, só existe um indivíduo parasitando o organismo das pessoas, causando uma doença conhecida por teníase. As tênias mais comuns são achatadas e longas, parecidas com uma fita, e chegam a atingir cerca de 8 metros de comprimento. Dois tipos de tênias costumam parasitar o homem: a Taenia solium e a Taenia saginata. CARACTERÍSTICAS GERAIS O corpo de uma tênia possui uma cabeça, ou escólex, que apresenta ventosas. Na Taenia solium, além das ventosas, também há ganchos, com os quais o animal se prende à parede do intestino do hospedeiro. CARACTERÍSTICAS GERAIS Não possui sistema digestório; Os nutrientes são absorvidos pela parede do corpo desse animal. A tênia fixa-se a parede do corpo do hospedeiro, de onde absorve os nutrientes necessários. A tênia é hermafrodita, e reproduz-se sexuadamente, por meio de um processo de autofecundação, ou seja, o óvulo e o espermatozoide de um mesmo indivíduo se unem originando um zigoto. REPRODUÇÃO Para a sua reprodução, as tênias necessitam de dois hospedeiros: um deles é intermediário, (no caso da Taenia solium é o porco e no da Taenia saginata é o boi) e o outro é definitivo (homem). O animal adulto vive no intestino humano. As proglotes, cheias de ovos, se desprendem do corpo da tênia e costumam ser eliminadas junto com as fezes. Esses ovos podem atingir o solo, a água, as verduras, as pastagens e serem ingeridos pelo porco ou pelo boi. No intestino desses animais, cada ovo libera uma larva, que cai na corrente sanguínea e se instala na musculatura do porco ou do boi, transformando-se aí numa larva chamada cisticerco, dentro da qual há um pequeno escólex. O cisticerco tem um aspecto arredondado e esbranquiçado, por isso é conhecido, popularmente, como canjiquinha ou pipoca. Por abrigarem o estágio larval da tênia, é que o porco e o boi são os hospedeiros intermediários. CICLO DA TÊNIA O diagnóstico da teníase é feito através da análise do exame de fezes e da observação de pedaços da Tênia no bolo fecal. Quando o verme está na cabeça, os exames de raio x, ressonância magnética e a tomografia computadorizada são capazes de detectá-lo em seus vários estágios de desenvolvimento. MEDIDAS PREVENTIVAS Saneamento básico e educação sanitária; Inspeção adequada da carne de porco e de boi; Impedir o acesso de porcos e bois a locais onde haja fezes humanas; ESQUISTOSSOMO O esquistossomo é um platelminto causador da esquistossomose ou barriga-d água, uma verminose bastante perigosa e comum em áreas com saneamento precário. A fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho cerca de 1 cm. O macho possui um canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução, o chamado canal ginecóforo. CARACTERÍSTICAS GERAIS O macho e a fêmea vivem acasalados no interior de vasos sanguíneos do fígado e do baço. Dentro dos vasos, os esquistossomos alimentam-se e reproduzemse o que resulta em centenas de ovos colocados pela fêmea. Esses ovos são eliminados junto com as fezes e se entrarem em contato com água, transformam-se em larvas (miracídios). Este tem vida curta e precisa entrar em contato com caramujo de água doce, pois dentro do caramujo, cada miracídio transforma-se em outro tipo de larva ( cercárias); Que saem dos caramujos para entrar em contato com a pele humana. Pela circulação vai até fígado e o baço, causando problemas intestinais, e inchaço na barriga. CICLO DO ESQUISTOSSOMO COMBATE À ESQUISTOSSOMOSE Tratamento dos doentes; Saneamento básico; Educação sanitária; Destruição dos caramujos, através de venenos ou controle biológico; Capítulo 7 NEMATELMINTOS Os nematelmintos (do grego nematos: 'filamento', e helmin: 'vermes') são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras espécies, ainda desconhecidas. Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho. Os principais representantes são a lombriga, o ancilóstomo, o oxiúro, o bichogeográfico e a filária. LOMBRIGA É um verme cilíndrico, que mede de 20 a 40 centímetros de comprimento. Possuem tubo digestório completo. É um nematelminto que pode parasitar o intestino humano, alimentando-se dos nutrientes existentes. Não possuem sistema respiratório e o sistema nervoso e a musculatura são pouco desenvolvidos. CARACTERÍSTICAS GERAIS Machos e fêmeas acasalam-se no intestino da pessoa infectada. Uma fêmea pode depositar até 200 mil ovos por dia. Esses ovos são eliminados do organismo humano com as fezes, Contaminando o solo, a água e os vegetais. Quando o ser humano ingerir água ou alimentos contaminados, Os ovos vão originar pequenas larvas. Essas larvas chegam ao intestino, onde tornam-se adultas. Esse verme causa uma doença chamada ascardíase. COMBATE À ASCARDÍASE Educação sanitária; Tratamento de esgotos; Curar doentes; Não se alimentar de comida que caiu no solo antes de lavá-la; Promover o desenvolvimento de hábitos de higiene; ANCILÓSTOMO É um verme parasita do intestino humano, causador de uma doença chamada ancilostomose ou amarelão, e cuja larva vive na terra e penetra, perfurando a pele, no corpo das pessoas que lidam com terra (mineiros, agricultores) ou das pessoas que andam descalças. CARACTERÍSTICAS GERAIS Na cavidade bucal, o ancilóstomo possui estruturas cortantes que ajudam a fixá-lo na parede do intestino humano. Dessa forma o verme perfura a parede intestinal e alimenta-se do sangue do hospedeiro. A perda de sangue faz com que a pessoa fique anêmica, e consequentemente com a pele amarelada e por isso a doença é conhecida como amarelão. CICLO DO ANCILÓSTOMO COMBATE AO AMARELÃO Não andar descalço; Curar os doentes; Tratamento de esgoto; Educação sanitária; OXIÚRO São parasitas encontrados com frequência no intestino de crianças; São esbranquiçados e pequenos, medem alguns milímetros. Este animal parasita o intestino humano, conferindo prurido (coceira) na região anal, (seu sintoma mais característico), que ocorre em razão da migração das fêmeas à região anal para postura dos ovos. Irritabilidade, diarreia, náuseas, emagrecimento, vômitos e dores abdominais são os outros sintomas. CARACTERÍSTICAS GERAIS As crianças são as principais vítimas desta infecção, uma vez que nem todas possuem, ainda, noções básicas de higiene pessoal. Assim, o ato de coçar a região e não lavar as mãos pode causar a reinfecção ou infecção de seus colegas. A ingestão de água e alimentos contaminados pelos ovos deste animal podem, também, causar a oxiurose. Outra forma de transmissão é por meio da roupa de cama ou roupa de dormir contaminada. Em locais onde haja muitos ovos do verme, eles podem juntar-se a poeira e ser inalados. Os ovos também podem contaminar, por meio das fezes. COMBATE AO OXIÚRO Higiene é o mais importante. Não vestir roupas sujas de outras pessoas, representam as medidas mais importantes no combate à doença conhecida como oxiuríase ou oxiurose. FILÁRIA A filária (Wuchereria bancrofti), também conhecida por elefantíase, é uma doença causada por um verme nematódeo que parasita os vasos linfáticos do ser humano. Os sintomas são inchaço dos membros superiores e inferiores (braços e principalmente as pernas), podendo atingir a região escrotal e as mamas. CARACTERÍSTICAS GERAIS O ciclo de vida desse invertebrado patogênico ocorre com intervenção de dois hospedeiros: inicialmente passando por um vetor (o mosquito hematófago do gênero Culex), que ao picar o homem introduz larvas infectantes na corrente sanguínea. Essas larvas se desenvolvem em vermes adultos, com aproximadamente 10 centímetros de comprimento, migrando para o sistema linfático (os gânglios linfáticos), onde habitam e se reproduzem. A proliferação pode obstruir os ductos do sistema linfático, retendo a linfa e provocando um edema. Os ovos depositados se transformam em microfilárias que se difundem para os vasos sanguíneos, dissipando para diversos órgãos (músculos e cavidades serosas). A transmissão ocorre quando um indivíduo infectado é picado pelo mosquito, sugando junto ao sangue as microfilárias, transmitidas a outras pessoas, reiniciando o ciclo. A principal medida de controle é o combate ao mosquito vetor, utilização de telas nas janelas e portas das residências, uso de repelentes e tratamento dos indivíduos infectados. BICHO-GEOGRÁFICO O bicho-geográfico, também chamado de larva migrans, é um verme que possui o corpo alongado, cilíndrico e afilado nas extremidades. Esse verme parasita cães e gatos e os seus ovinhos são eliminados nas fezes desses animais. Ao fazerem cocô na areia ou na terra, cães e gatos que estão contaminados eliminam os ovos desses vermes. Quando caem na areia ou na terra, os ovos dos vermes irrompem, liberando as larvas do bicho-geográfico. Na areia, essas larvas se desenvolvem e quando atingem 0,5 milímetro já conseguem penetrar na pele de cães e gatos. Mas a larva não penetra apenas na pele desses animais, elas também penetram na pele das pessoas. Quando esses vermes estão dentro do corpo da pessoa, eles começam a andar sob a pele, formando um túnel tortuoso e avermelhado e provocando muita coceira. Esses túneis que a larva vai abrindo ao se locomover na pele lembram um mapa geográfico e é por esse motivo que esse verme se chama bichogeográfico. BICHO-GEOGRÁFICO A melhor forma de evitar o bicho-geográfico é impedir o acesso de cães e gatos em praias e tanques de areia de parques e escolas. Além disso, é importante sempre andar calçado e sentar-se em cadeiras ou esteiras, para que a pele não fique em contato com a areia. Outra forma de prevenção é realizar exames frequentes nos cães e gatos e também ministrar vermífugos a esses animais. Capítulo 8 ANELÍDEOS Filo do Reino Animal constituído por animais invertebrados triblásticos, celomados, de corpo cilíndrico, possuindo simetria bilateral e metamerização interna e externa do corpo, formado por vários anéis. Seus representantes, com ampla distribuição, habitam ambientes aquáticos ou terrestres. CARACTERÍSTICAS GERAIS Sistema Digestório: constituído por boca, faringe, papo, moela, intestino e ânus; Sistema Circulatório: fechado e com vasos contráteis (corações), que atuam impulsionando o sangue; Sistema Excretor: formado por metanefrídeos; Sistema Respiratório: realizado por difusão entre as camadas da epiderme (cutânea), ou branquiais, através de codificações do aparelho locomotor de algumas espécies; Sistema Nervoso: ganglionar, composto de diversos gânglios ligados entre si por cordões nervosos ventrais. Sistema Reprodutor: nos organismos dioicos, ocorre por processos sexuados; e nos monoicos, por fecundação cruzada. CLASSIFICAÇÃO DO FILO Classe Oligochaeta = são anelídeos com poucas cerdas no corpo, possuindo uma região epidérmica espaçada, o clitelo, sendo responsável pela síntese de um casulo que abrigará os ovos fecundados durante a reprodução. Exemplo: as minhocas. CLASSIFICAÇÃO DO FILO Classe Polychaeta (poly = várias; chaeta = cerdas) são anelídeos portadores de inúmeras cerdas inseridas em projeções laterais ao corpo, formando estruturas denominadas parapódios que auxiliam na locomoção. Esses animais são desprovidos de clitelo. A maioria das espécies deste grupo se reproduz sexuadamente, possuindo fertilização externa que resulta na formação de larvas livre nadantes. Exemplo: Nereis (organismo marinho). CLASSIFICAÇÃO DO FILO Classe Hirudínea = anelídeos sem cerdas e com ventosas bucais e na região posterior do corpo. São hermafroditas, com fecundação cruzada e desenvolvimento direto. Exemplo: sanguessuga. Capítulo 9 MOLUSCOS Os moluscos são animais de vida livre, que vivem em ambientes terrestres e aquáticos, de água doce ou salgada. Sendo provavelmente o segundo ou o terceiro filo de animais com maior número de espécies, atrás apenas do Filo Arthropoda (que lideram o ranking da escala zoológica) e talvez do Filo Nematoda. Esse filo reúne os animais de corpo mole (com ou sem concha), triblásticos, portadores de celoma, simetria bilateral e corpo dividido em três partes básicas: a cabeça, o pé e a massa visceral. - Na cabeça estão localizados os órgãos sensoriais e considerável concentração de gânglios cerebrais; - O pé é uma estrutura musculosa possuindo funções variadas de acordo com o grupo de animais, empregado no rastejamento, natação e captura de presas quando modificados em tentáculos; - A massa visceral aloja os principais órgãos, sendo revestida por uma dobra da epiderme denominada de manto ou pálio (região que produz a concha), contendo a abertura do sistema digestivo e excretor, e as brânquias (nas espécies marinhas) ou os pulmões (nas espécies terrestres). CARACTERÍSTICAS GERAIS Sistema Digestivo → completo (possuindo o intestino regiões diferenciadas e glândulas digestivas associadas). A digestão é predominantemente extracelular, embora também ocorra a intracelular; Sistema Circulatório → presente, do tipo aberto ou lacunar (em que o sangue sai dos vasos e cai nos espaços entre as células), e fechado (em que o sangue circula somente no interior dos vasos); Sistema Respiratório → presente (as trocas gasosas ocorrem em órgãos especializados, as brânquias ou pulmões). Esse sistema está acoplado ao circulatório, pois os gases são transportados pelo líquido sanguíneo; Sistema excretor → presente (realizada por meio de nefrídeos, estruturas especializadas na remoção de resíduos nitrogenados); CARACTERÍSTICAS GERAIS Sistema Nervoso → presente (composto por três ou quatro pares de gânglios nervosos ligados a nervos que se estendem por todo o corpo). Sistema Reprodutor → a reprodução é sexuada, com espécies monóicas e dióicas. Em algumas o desenvolvimento é direto, e nas demais ocorrem estágios larvais. PRINCIPAIS CLASSES Gastrópodes São representados por caracóis, lesmas e caramujos; Alguns são terrestres, outros aquáticos; Possui corpo dividido em cabeça, massa visceral e pé; Alimentam-se basicamente de plantas; Alguns poder ter uma concha que protege o corpo,como o casos dos caracóis e caramujos. As lesmas não possuem essa concha; PRINCIPAIS CLASSES Bivalves Apresentam uma concha protetora formada por duas partes que se encaixam; São representados por ostras, mariscos e mexilhões; Para se alimentar a maioria dos bivalves filtra a água a fim de obter pequenas partículas de matéria orgânica; Algumas espécies para se locomover rastejam, outras vivem fixas; Na reprodução, os gametas são lançados na água, onde se unem e formam um ovo, que depois da origem a uma larva; Na ostra, quando algum objeto estranho fica entre a concha e o manto, este produz o nácar (substância lisa e perolada) para envolvê-lo. O resultado é a formação das pérolas. PRINCIPAIS CLASSES Bivalves PRINCIPAIS CLASSES Cefalópodes São moluscos marinhos; Com respiração branquial; São considerados os invertebrados mais inteligentes, com um cérebro grande e excelente visão; Muitos possuem locomoção a jato, expulsando a água pelo sifão; São animais carnívoros. Os olhos existentes na cabeça, ajudam a localizar suas presas; Utilizam os braços para capturar a presa e encaminhá-la a boca; São representados principalmente pelo polvo, a lula, a sépia e o náutilo. As lulas e os polvos apresentam um curioso mecanismo de defesa. Quando ameaçados, eles lançam um jato de tinta escura, que confunde os predadores. Capítulo 10 ARTRÓPODES São animais cuja principal característica é a presença de apêndices articulados, ou seja, articulação dos membros locomotores, pés e pernas. Reúnem mais de 1 milhão de espécies catalogadas, com outras inúmeras a serem descobertas. Esses organismos possuem ampla dispersão geográfica, habitando os mais distintos ambientes: aéreo, terrestre e aquático, cada qual adaptado às condições adversas do ecossistema a que pertencem. CARACTERÍSTICAS GERAIS Sistema digestivo completo; Sistema circulatório aberto; Sistema respiratório diversificado: branquial, traqueal e pulmonar ou filotraqueal; Sistema excretor realizado por glândulas verdes, túbulos de malpighi ou glândulas coxais; Sistema nervoso constituído por vários gânglios nervosos fundidos; Sistema sensorial formado por olhos simples ou compostos e sensores táteis e químicos. A reprodução é sexuada, sendo as espécies dióicas com fecundação interna ou externa. O desenvolvimento e direto ou indireto, com metamorfose gradual (hemimetábolos) ou completa (holometábulos). Possuem corpo revestido por um exoesqueleto, que auxilia na sustentação, proteção e evita perda de água. O exoesqueleto não aumenta de tamanho, então para crescer o artrópode elimina esse exoesqueleto (muda); CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES Os artrópodes podem ser classificados em cinco classes principais: Crustáceos; Aracnídeos; Insetos; Quilópodes e Diplópodes; Crustáceos A maioria dos crustáceos é marinha, ou seja, vive nos mares e oceanos. Algumas espécies, porém, têm seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos: Camarão, lagosta, siri, caranguejo e craca. O tamanho desses animais varia bastante de uma espécie para outra. O corpo dos crustáceos, é dividido em cefalotórax, parte do corpo formada por cabeça e tórax fundidos, e abdome. Esses animais possuem um número variável de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância que forma a carapaça dura dos siris e caranguejos. Crustáceos Aracnídeos A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e carrapatos. Algumas espécies peçonhentas de aranhas e escorpiões podem causar a morte, principalmente de crianças pequenas. O número de acidentes envolvendo o veneno desses animais é grande no Brasil. O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais têm quatro pares de patas e não possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos (palpos), que são apêndices sensoriais, e também um par de quelíceras, apêndices em forma de pinça. A aranha apresenta no abdome as suas glândulas fiandeiras, que produzem os fios utilizados para construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem. ARANHAS São sempre carnívoras e caçam suas vítimas, normalmente insetos, usando sua grande agilidade ou teias como armadilhas. A caranguejeira, a armadeira, a aranha-marrom e a viúva-negra são alguns exemplos de aranhas. As aranhas-caranguejeiras são as maiores aranhas que existem na Terra. Ela tem vinte centímetros de diâmetro, incluindo as pernas. As caranguejeiras, embora amedrontem pelo tamanho, são aranhas relativamente inofensivas: possuem pelos urticantes que podem provocar reações alérgicas numa pessoa. As armadeiras são muito agressivas e podem saltar sobre as suas vítimas. Vivem entre bananeiras, terrenos baldios e podem entrar nas residências, escondendo-se em lugares mais escuros. A sua picada causa dor local e pode provocar vômitos, diarreia, queda da pressão arterial e convulsões. A Aranha-marrom é um tipo de aranha tem hábitos noturnos e vive entre folhas secas, cascas de árvores e também pode entrar nas residências, escondendo-se em lugares mais escuros. A sua picada não é muito dolorida, mas o veneno é muito perigoso. Provoca grandes feridas, febre, vômitos e, nos casos mais graves e raros, pode destruir os glóbulos vermelhos do sangue, causando anemia, comprometer as funções do fígado e até levar à morte. As viúvas-negras possuem este nome porque ao final do acasalamento, em muitas espécies do grupo, a fêmea arranca a cabeça do macho e o devora. Seu veneno provoca dor intensa, e pode causar, em algumas situações, sudorese, taquicardia, hipertensão e contrações musculares e, em situações graves, choque anafilático. Carrapatos Vivem na superfície do corpo de um hospedeiro (animais domésticos, animais silvestres e o homem) e são também hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Sendo assim, possuem uma grande importância como vetores de agentes patogênicos, como protozoários, bactérias e vírus, entre outros. Escorpiões São animais invertebrados que apresentam corpo, quatro pares de pernas e cauda, na ponta da qual há bolsas de veneno e um ferrão. Embora existam inúmeras espécies desses animais, nem todas possuem um veneno tóxico o bastante para causar acidentes graves com sua picada. Os escorpiões podem viver tanto em lugares desertos quanto nas matas. Vivem também debaixo de pedras, tijolos, telhas e nas fendas das árvores. Insetos São artrópodes com seis patas distribuída em três pares ligadas ao tórax. Os insetos apresentam o corpo subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas, dois pares de asas, na maioria das vezes, mas há espécies com apenas um par e outras sem asas. Os metâmeros são desiguais em tamanho e, durante o desenvolvimento embrionário, alguns deles podem se fundir. Essa fusão acontece na formação da cabeça, resultando em uma peça de pequeno tamanho. Nela a boca é ventral e rodeada por pares de peças bucais de função mastigadora e outros apêndices articulados, modificados para apreensão do alimento, os chamados palpos maxilares. Na cabeça encontram-se ainda um par de antenas articuladas (de função sensorial) e, lateralmente, duas manchas correspondentes aos olhos. São olhos compostos de diversas unidades hexagonais, conhecidas como omatídeos, responsáveis pela composição da imagem de objetos vistos pelos insetos. Insetos Os insetos têm sexos separados e a sua fecundação é interna. São animais ovíparos, que podem apresentar três tipos de desenvolvimento: Direto, sem metamorfose: desenvolvido ametábolo (a = sem, metábolo = mudança). Ex.: traça-dos-livros. Do ovo eclode um jovem semelhante ao adulto. Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: desenvolvimento hemimetábolo (hemi = meio). Exs.: gafanhoto, barata, percevejo. Do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante ao adulto (ou imago), mas que não tem asas desenvolvidas. Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento holometábolo (holo = total). Exs: Borboletas, moscas e pulgas. Do ovo eclode uma larva, também chamada lagarta, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período que se alimenta ativamente, para depois entrar em estágio denominado pupa, quando ocorre a metamorfose: a larva se transforma no adulto ou imago, que emerge completamente formado. As larvas de algumas espécies de borboleta ou de mariposas produzem um casulo que protege a pupa. Depois de adulto, o inseto holometábolo não sofre mais mudas e, portanto, não cresce mais. A fase da larva pode durar de meses até mais de um ano, e a fase adulta pode durar de uma semana á alguns meses. A duração dessas fases depende da espécie. O corpo dos insetos é revestido por uma armadura muito resistente que chamamos de exoesqueleto. O exoesqueleto é constituído principalmente por quitina, um carboidrato do grupo dos polissacarídeos. Como o exoesqueleto é uma estrutura muito rígida, o inseto só consegue crescer após a troca desse exoesqueleto, processo que chamamos muda ou ecdise. Quilópodes Os principais representantes dos quilópodes são as lacraias e as centopeias. Esses animais apresentam um par de antenas e o corpo dividido em anéis, sendo que de cada anel sai um par de patas. Alguns quilópodes podem apresentar até duzentos pares de patas. Os animais desse grupo são vistos principalmente no período da noite e podem ser encontradas em locais úmidos, embaixo de troncos, folhas apodrecidas etc. Os quilópodes são animais carnívoros e se alimentam de vermes, insetos, minhocas e até pequenos vertebrados como pássaros e ratos. Os quilópodes possuem, logo atrás da cabeça, ferrões que servem para injetar veneno. Diplópodes Os diplópodes são representados pelos embuás ou piolhos-de-cobra, assim como os quilópodes, eles apresentam um par de antenas e o corpo dividido em anéis, com dois pares de patas em cada anel. Há diplópodes que podem apresentar até quatrocentos pares de patas. Esses animais podem ser encontrados em ambientes úmidos, embaixo de folhas e troncos em decomposição. Eles, ao contrário dos quilópodes, são herbívoros (alimentam-se de vegetais). Os diplópodes não possuem ferrões, mas sua estratégia de defesa consiste em se enrolar e ficar imóvel, além de produzir uma substância mal cheirosa que serve para afugentar seus predadores. Capítulo 11 EQUINODERMOS A palavra “equinodermos”vem do grego e significa echinos = espinho; dermatos = pele, ou seja, os equinodermos são animais que possuem o corpo todo recoberto por espinhos. Estes, além de terem função de defesa, também atuam na locomoção do animal. Os equinodermos são animais marinhos como as estrelas-do-mar, bolachas-do-mar e ouriços-do-mar, que podemos ver quando visitamos alguma praia. Os biólogos dizem que os equinodermos são de vida livre, ou seja, vivem soltos na água do mar, com exceção do lírio-do-mar, cuja maioria vive fixada a rochas no fundo do mar. As estrelas-do-mar são facilmente encontradas, deslocando-se no fundo do oceano, assim como os ouriços-do-mar. Por vezes alguns ouriços são encontrados próximos a rochas, onde cavam buracos que servirão de abrigo. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Possuem tubo digestório completo; Reprodução sexuada; Apresentam pouco desenvolvimento do sistema nervoso; Possuem endoesqueleto (interno), do qual saem espinhos móveis; Possuem uma característica bem curiosa: a capacidade de regeneração. Por possuírem essa capacidade, esses animais conseguem regenerar partes do corpo que foram danificadas. Possuem uma dieta bem variada, sendo que os ouriços-do-mar gostam de se alimentar de algas marinhas e pequenos animais. Já as estrelas-domar se alimentam de ostras, mexilhões, outros equinodermos, corais e anêmonas-do-mar. Esses animais respiram através de pequenas brânquias que se encontram ao redor da boca do animal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SHIMABUKURO, Vanessa (ed. resp.). Projeto Araribá: ciências. 7º Ano. 3ª edição. São Paulo: Ed. Moderna, 2013. FAVALLI, Leonel Delvai; PESSOA, Karina Alessandra; ANGELO, Elisangela Andrade. Projeto Radix Ciências 7º Ano. 1ª edição. São Paulo: Ed. Scipione, 2012. GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. 5ª série. 1ª edição. São Paulo: Ed. FTD, 2002. Sites: Brasil Escola - www.brasilescola.com Mundo Educação – www.mundoeducacao.com Só Biologia - www.sobiologia.com.br Escola Kids - www.escolakids.com