CAP2 retificadores a diodo

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CAPÍTULO 2
RETIFICADORES A DIODO
2.1 - RETIFICADOR MONOFÁSICO DE MEIA ONDA A DIODO
a) Carga Resistiva Pura
A estrutura do retificador monofásico de meia onda alimentando uma carga resistiva está
representada na figura 2.1.
+
vD D
+
v(t)
iL
R vL
-
Fig. 2.1 - Retificador monofásico de meia onda com carga resistiva.
O diodo bloqueia o semiciclo negativo da tensão alternada de alimentação v(t). Desse
modo, somente os semiciclos positivos são aplicados à resistência de carga R.
As formas de onda relativas à estrutura em questão estão representadas na figura 2.2.
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
29
v
2 Vo
t





vL
2 Vo
t
iL
2 Vo
R
t
vD
t





 2 Vo
Fig. 2.2 - Formas de onda relativas à figura 2.1.
A tensão de alimentação é representada pela expressão (2.1).
v(t )  2 Vo sen (t )
(2.1)
A tensão média na carga é calculada pela expressão (2.2).
1
VLmed 
2


2 Vo sen (t ) d(t )
(2.2)
0
Assim,
VLmed 
2 Vo
2 Vo

 cos(t ) 

0
2

VLmed  0,45 Vo
ou
(2.3)
A corrente média na carga é obtida pela expressão (2.4).
1
I Lmed 
2


0
2 Vo
sen (t ) d(t )
R
 

11
I Lmed 
2 Vo sen (t ) d(t )

R  2
 0


Assim:
Eletrônica de Potência
I Lmed 
VLmed
R
(2.4)
(2.5)
(2.6)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
I Lmed 
Ou ainda:
30
0,45 Vo
R
(2.7)
A corrente de pico no diodo, igual à corrente de pico na carga, é dada pela expressão
(2.8).
I Dp 
2 Vo
R
(2.8)
A tensão de pico inversa no diodo é dada pela expressão (2.9).
VDp  2 Vo
(2.9)
Para o dimensionamento correto do diodo, é importante conhecer a sua corrente eficaz,
obtida a seguir.
I Lef 
I Lef 

Tomando-se:

0


0
2
 2 Vo 

 sen 2 (t ) d(t )
 R 
2 Vo 2
2 R
2
(2.10)

 sen
2
(t ) d(t )
(2.11)
0


 t sen ( 2t ) 
sen 2 (t ) d(t )   


4
2
0 2
I Lef 
Obtém-se:
1
2
(2.12)
Vo
V
 0,707 o
R
2R
(2.13)
b) Carga RL
A estrutura do retificador monofásico de meia onda alimentando uma carga RL está
representada na figura 2.3.
+ vD D
v(t)
iL
+
+
L vl
+
vL
R vR
Fig. 2.3 - Retificador monofásico de meia onda alimentando carga RL.
As formas de onda relativas à carga RL estão representadas na figura 2.4.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
31
Devido a presença da indutância, o diodo não se bloqueia quando t = . O bloqueio
ocorre no ângulo , que é superior a . Enquanto a corrente de carga não se anula, o diodo se
mantém em condução e a tensão de carga, para ângulos superiores a , torna-se instantaneamente
negativa.
A corrente de carga é obtida pela solução da equação diferencial (2.14)
2 V0 sen (t) = L
d i L (t)
 R i L (t)
dt
(2.14)
v
t





vL
iL

t


vD
t





Fig. 2.4 - Formas de onda relativas à figura 2.3.
A solução da equação diferencial (2.14) é representada pela expressão (2.15).
i L (t) 
Onde:
Eletrônica de Potência
  arc tg
2 Vo
R 2  X2
sen (t   )  I1( 0) e  t 
X
L
 X =L   
R
R
(2.15)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
32
A corrente da carga é composta de duas componentes distintas, representadas pelas
expressões (2.16) e (2.17).
i1 (t) 
2 Vo
R 2  X2
sen (t   )
(2.16)
i 2 (t )  I1(0) e  t / 
(2.17)
As duas componentes estão representadas graficamente na figura 2.5. Para t = 0, temse iL(t) = 0. Assim:
2 Vo
I1 0 
2
R X
i L (t) 
Portanto,
2
sen (  )
2 Vo
2
R X
2
(2.18)
sen (t  )  sen () e t /  
(2.19)
iL
I1(0)
i1
i2
t




-I1(0)
Fig. 2.5 - Corrente de carga relativa à figura 2.3.
A componente i2(t) representa a parcela transitória da corrente; a componente i1(t)
representa a resposta em regime permanente da carga RL submetida à tensão alternada da rede.
Para que se possa estabelecer o valor médio da tensão na carga, é necessário que se
conheça o ângulo . De acordo com a figura 2.4, i(t) = 0 quando t = . Levando-se estes
valores na expressão 2.19 obtém-se a expressão (2.20).
sen (  )  sen ( ) e  /   0
Como   
L
 tg  , pode-se escrever:
R
sen (  )  sen ( ) e  / tg   0
Eletrônica de Potência
(2.20)
(2.21)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
33
Esta função implícita, ao ser resolvida numericamente, dá como resultado a curva
mostrada na figura 2.6.
o

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
180
200
220
240
260
280
300
320
340
360
380
o

Fig. 2.6 - Ângulo de condução  em função do ângulo , para a figura 2.3.
Uma vez conhecido o ângulo de condução , pode-se determinar o valor médio da
tensão de carga.
O procedimento está descrito a seguir.
1
VLmed 
2
Assim,


2 Vo sen (t ) d(t )
(2.22)
0
VLmed 
2 Vo
 cos (t )0
2
VLmed 
2 Vo
(1  cos  )
2
(2.23)
Ou:
VLmed  0,225 Vo (1  cos )
(2.24)
De acordo com a expressão (2.24), a presença da indutância causa uma redução na
tensão média na carga.
A seguir é descrito o procedimento destinado a estabelecer o valor médio da tensão no
indutor. Na figura 2.7 estão representadas a tensão de carga, a corrente de carga, a tensão no
resistor vR(t) e a tensão no indutor vl(t).
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
34
vl
v
Sl
Im
vR
S2
m


i
t


Fig. 2.7 - Formas de onda para o circuito da figura 2.3.
De acordo com a expressão (2.14), quando i(t) alcança o seu valor máximo, tem-se
d i(t )
 0 . Por isto, nesse instante, quando t = m, tem-se vl(t) = 0 e vR(t) = v(t). A tensão
dt
média no indutor é calculada do seguinte modo:
t
tm

1

Vlmed   v l ( t ) dt  v l ( t ) dt
T

 0
tm

(2.25)
Vl ( t ) dt  Ldi
(2.26)


Assim:
0
 Im

1
 1
Vlmed   L di  L di   L I m  L I m 
T
 T
0
Im

(2.27)
Vlmed  0
(2.28)


Assim:
Conclui-se portanto que o valor médio da tensão na indutância é nulo. Este fato indica
também que S1 = S2. Mas S1 ou S2 representam o fluxo produzido no indutor. Desse modo, o
valor médio nulo da tensão indica que o indutor é desmagnetizado a cada ciclo de funcionamento
da estrutura.
A seguir, é descrito o procedimento que estabelece o valor da tensão média na
resistência de carga R.
VLmed  Vlmed  VRmed
Como Vlmed  0
(2.29)
obtém-se:
VLmed  VRmed
(2.30)
VLmed  VRmed  0,225 Vo (1  cos )
(2.31)
Portanto,
Por isto a corrente média na carga e no diodo é obtida pela expressão (2.32).
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
35
I Lmed 
0,225 Vo
(1  cos )
R
(2.32)
A corrente média na carga pode também ser obtida do seguinte modo:
1
I Lmed 
2


0


2 Vo
sen (t   )  sen (  ) e  t /  d(t )
Z
(2.33)
De modo análogo, pode-se estabelecer o valor eficaz da corrente de carga:


I Lef 
Seja:
I md 
Z I Lmed
2 Vo
E,
I ef 
Sendo:
Z  R 2  X2
Assim:
1
I md 
2
I ef 


2
 2 Vo

sen (t  )  sen () e  t /   d(t )

Z

0 
1
2
(2.34)
(2.35)
Z I Lef
2 Vo
(2.36)
(2.37)

 sen (t  )  sen () e t /   d(t )
0
1
2

 sen (t  )  sen () e 
t /  2
d(t)
(2.38)
0
Desse modo, Imd e Ief podem ser obtidos numericamente em função de . Tais funções
estão representadas na figura 2.8.
1,4
1,2
1,0
0,8
I ef
0,6
I md
0,4
0,2
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
o

Fig. 2.8 - Valores médio e eficaz da corrente de carga para a figura 2.3.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
36
c) Carga RL com Diodo de "Roda-Livre"
Para evitar que a tensão de carga torne-se instantaneamente negativa devido à presença
da indutância, emprega-se o diodo de "roda-livre". A estrutura adquire assim a forma apresentada
na figura 2.9.
D1
L
D RL
v(t)
R
Fig. 2.9 - Retificador de Meia Onda com Diodo de "Roda-Livre".
O circuito apresentado na figura 2.9 apresenta duas etapas de funcionamento,
representadas nas figuras 2.10.a e 2.10.b.
D1
D1
+
+
DRL
v
iL
-
+
L vl
+
R vR
-
+
L
DRL
v
vL
(a)
+
iL
vL
(b)
R
-
Fig. 2.10 - Etapas de funcionamento do retificador com diodo de "roda-livre".
A primeira etapa ocorre durante o semiciclo positivo da tensão v(t) de alimentação. O
diodo D1 conduz a corrente de carga e o diodo DRL, polarizado reversamente, encontra-se
bloqueado.
A segunda etapa ocorre durante o semiciclo negativo da tensão v(t). O diodo D1,
polarizado reversamente, se bloqueia. A corrente de carga, por ação da indutância, circula no
diodo de "roda-livre" DRL.
As formas de onda relativas ao retificador de meia onda com diodo de "roda-livre" estão
representadas na figura 2.11.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
37
v
2 Vo
t





vL
2 Vo
t
iL
t
Fig. 2.11 - Formas de onda para a estrutura da figura 2.9.
Se a corrente de carga se anula em cada ciclo de funcionamento da estrutura, a condução
é dita descontínua; caso contrário ela é dita contínua. O fato da condução tornar-se contínua ou
não, é conseqüência da constante de tempo da carga. Para constantes de tempo elevadas a
condução pode ser contínua. A condução contínua pode apresentar interesse prático, pois implica
numa redução das harmônicas da corrente de carga.
Para se fazer a análise matemática da corrente de carga, supõe-se a estrutura
funcionando em regime permanente e condução contínua. Tal situação está representada na figura
2.12.
Uma maneira simples de se obter a corrente de carga consiste no emprego da Série de
Fourier.
Decompondo-se vL(t) obtém-se:
v L (t ) 

2 Vo
2 Vo
2 2 Vo  cos( 2t ) cos( 4t ) cos( 6t )

sen (t ) 


 


2

3 5
5 7
 1 3

Eletrônica de Potência
(2.39)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
38
vL
2 Vo
t





iL
t
Fig. 2.12 - Tensão e corrente de carga para condução contínua.
Assim, a tensão e a corrente média de carga serão:
VLmed  0,45 Vo
(2.40)
0,45 Vo
R
(2.41)
I Lmed 
A expressão da corrente de carga será:
i(t )  I Lmed  i1(t )  i 2 (t )  i 4 (t )  i 6 (t )    i n (t )  
(2.42)
Onde:
Onde:
Eletrônica de Potência
i1(t ) 
2 Vo
sen (t  1 )
2  Z1
(2.43)
i 2 (t ) 
 2 2 Vo
cos( 2t   2 )
 1  3  Z2
(2.44)
i 4 (t ) 
 2 2 Vo
cos ( 4t   4 )
  3  5  Z4
(2.45)
i 6 (t ) 
 2 2 Vo
cos ( 6t   6 )
  5  7  Z6
(2.46)
i n (t ) 
 2 2 Vo
cos ( nt   n )
  ( n  1)  ( n  1)  Z n
(2.47)
n1
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
39
Z n  R 2  n 2  2 L2
 n  tg 1
(2.48)
nL
R
(2.49)
O valor eficaz da corrente de carga é dado pela expressão (2.50).
I Lef 
I Lmed 2  I L12  I L2 2  I L4 2  I L6 2  I Ln 2 
(2.50)
Onde:
I L1 
Vo
2 Z1
(2.51)
I L2 
2 Vo
3 Z 2
(2.52)
I L4 
2 Vo
15  Z 4
(2.53)
I Ln 
2 Vo
, n1
( n  1)( n  1)  Z n
(2.54)
Os valores médios das correntes nos diodos podem ser considerados iguais à metade do
valor calculado para a carga, quando a constante de tempo for elevada.
d) Uso do Transformador
Em muitas aplicações, o retificador é alimentado a partir de um transformador, que
apresenta as seguintes propriedades:
- permite a adaptação da tensão da fonte à tensão da carga;
- permite o isolamento galvânico entre a rede e a carga.
A estrutura do retificador monofásico de meia onda com diodo de “roda-livre”
alimentado por transformador está representada na figura 2.13.
N1
v(t)
i1
N2
D1
+
i2
v2 i DRL
-
R
iL
L
DRL
Fig. 2.13 - Retificador monofásico de meia onda alimentado por transformador.
Para simplificar a análise do funcionamento da estrutura, a corrente de carga i(t) será
considerada isenta de harmônicas, hipótese que só é rigorosamente verdadeira quando a
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
40
indutância de carga for infinita. O transformador será considerado de ganho unitário, sem perda
de generalidade.
As correntes envolvidas estão representadas na figura 2.14. A corrente magnetizante do
transformador será considerada nula.
iL
Io
t






i2
Io
t
i D RL
Io
t
I 2CC
Io
2
t
i 2CA
Io
2
t
Io
2
t
i1
Fig. 2.14 - Formas da onda para a estrutura da figura 2.13.
Decompondo-se a corrente secundária i2(t) em Série de Fourier obtém-se:
Seja
I
2I
2I
2I
i 2 (t )  o  o cos (t )  o cos (3t )  o cos (5t )  
2

3
5
(2.55)
I
I 2CC  o
2
(2.56)
i 2CA (t ) 
2 Io
2I
2I
cos(t )  o cos(3t )  o cos(5t )  

3
5
(2.57)
Assim:
i 2 (t )  I 2CC  i 2CA (t )
Eletrônica de Potência
(2.58)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
41
A componente secundária contínua I2CC não apresenta reflexos no primário do
transformador. Desse modo, a corrente primária será igual à corrente secundária alternada, visto
que:
N1 i1(t )  N 2 i2CA (t )
N1  N 2
e que
A componente contínua secundária tende a saturar o transformador. Por isto esta
estrutura é reservada para pequenas potências.
Para uma potência de carga definida, é importante que se possa determinar a potência
nominal aparente do transformador de alimentação.
A potência de carga é dada pela expressão (2.59).
mas,
PL  VLmed I o
(2.59)
VLmed  0,45 V2
(2.60)
A potência primária aparente do transformador é dada pela expressão (2.61).
S1  V1 I1ef
(2.61)
Calculando-se o valor eficaz da corrente do primário, obtém-se:
I
I1ef  o
2
(2.62)
Assim:
V I
S1  1 o
2
(2.63)
Mas:
V1  V2 
VLmed
0,45
(2.64)
Assim:
S1  111
, VLmed I o
(2.65)
Ou:
S1  111
, PL
(2.66)
O valor eficaz da corrente secundária é dado por:
I
I 2ef  o
2
(2.67)
Portanto a potência aparente nominal do secundário será dada pela expressão (2.68).
S2  157
, PL
(2.68)
De acordo com a expressão (2.68) o transformador é mal aproveitado nesta estrutura,
sendo esta mais uma razão para que ela seja utilizada para pequenas potências.
O maior interesse desta estrutura reside na sua simplicidade e no seu baixo custo.
2.2 - RETIFICADOR MONOFÁSICO DE ONDA COMPLETA COM PONTO MÉDIO
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
42
a) Carga Resistiva Pura
A estrutura do retificador monofásico de onda completa a diodo com ponto médio está
representada na figura 2.15, para carga resistiva pura.
D1
+
v2
+v
2
-
v(t)
R
iL
D2
Fig. 2.15 - Retificador monofásico de onda completa a diodo com ponto médio.
A estrutura apresenta duas etapas de funcionamento, mostradas na figura 2.16.
D1
+
v
-
+
v2
+
v2
-
iL
R
D2
D1
v
+
v2
+
v2
+
R
iL
D2
Fig. 2.16 - Etapas de funcionamento para a estrutura da figura 2.15.
Durante o semiciclo positivo da rede, o diodo D1 conduz e D2 se mantém bloqueado.
Durante o semiciclo negativo, D1 se bloqueia e D2 conduz a corrente de carga.
As formas de onda correspondentes estão representadas na figura 2.17.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
43
v2
2 V2





v D1
t
t
-2 2 V2
v D2
t
-2 2 V2
vL
2 V2
t
iL
2 V2
R
t





Fig. 2.17 - Formas de onda para a figura 2.15.
O valor médio da tensão de carga é calculado pela expressão (2.69).
1
VLmed 



2 V2 sen (t ) d(t )
(2.69)
0
Integrando-se ,obtém-se:
VLmed  0,9 V2
(2.70)
Sendo V2 o valor eficaz da tensão de um dos enrolamentos secundários. A corrente
média na carga é dada pela expressão (2.71).
I Lmed 
0,9 V2
R
(2.71)
A corrente de pico na carga e nos diodos é dada pela expressão (2.72).
Ip 
Eletrônica de Potência
2 V2
R
(2.72)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
44
O valor da tensão de pico inversa dos diodos é dado pela expressão (2.73).
VDp  2 2 V2
(2.73)
O fato da tensão de pico inversa dos diodos ser igual ao dobro da tensão de pico de um
dos enrolamentos secundários é uma das desvantagens da presente estrutura.
O valor médio da corrente em um diodo é igual à metade do valor médio da corrente de
carga. Assim:
0,9 V2
2R
I Dmed 
(2.74)
O valor eficaz da corrente de carga é dado pela expressão (2.75).
V
I Lef  2
R
(2.75)
O valor eficaz da corrente em um diodo é dado pela expressão (2.76).
I Def 
V2
(2.76)
2R
b) Carga RL
A estrutura alimentando uma carga RL está representada na figura 2.18.
D1
v(t)
+
v2
+
v2
-
R
iL
L
D2
Fig. 2.18 - Retificador de onda completa alimentando carga indutiva.
As etapas de funcionamento são as mesmas já descritas para carga resistiva. A tensão e a
corrente de carga estão representadas na figura 2.19.
Para a obtenção da corrente de carga é recomendável o emprego da Série de Fourier.
Decompondo-se a tensão obtém-se a expressão (2.77).
4
2 4

v L (t )  2 V2  
cos( 2t ) 
cos( 4t )  

3

15



Eletrônica de Potência
(2.77)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
45
vL
iL



t
Fig. 2.19 - Tensão e corrente de carga para a figura 2.18.
A corrente de carga será então dada pela expressão (2.78).
 2

4
4
i L (t )  2 V2 

cos( 2t   2 ) 
cos( 4t   4 )   (2.78)
15 Z4
  R 3 Z2

Onde:
Zn  R 2  n2 2 L2
 n  tg 1
nL
R
(2.79)
(2.80)
Quando a constante de tempo da carga for elevada, pode-se ignorar as harmônicas de
ordem superior à fundamental no cálculo da corrente.
Segundo a expressão (2.77), a componente contínua da corrente é dada pela expressão
(2.81).
I Lmed 
2 2 V2 0,9 V2

R
R
(2.81)
A componente de primeira ordem, com freqüência dupla da freqüência da tensão de
alimentação é dada pela expressão (2.82).
i L2 (t ) 
4 2 V2
cos( 2t   2 )
3 Z 2
(2.82)
O valor eficaz da corrente de carga é dado pela expressão (2.83).
I Lef 
 8 V2 2
16 V2 2 



 2 2

9 2 Z 2 2 
 R
(2.83)
O valor médio da corrente num diodo é igual à metade do valor médio da corrente de
carga e é representado pela expressão (2.84).
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
46
I Dmed 
0,45 V2
R
(2.84)
Para o cálculo do valor eficaz da corrente em cada diodo a corrente de carga será
considerada isenta de harmônicas. A sua forma encontra-se representada na figura 2.20.
iD
I Lmed
t




Fig. 2.20 - Corrente nos diodos para a figura 2.18.
O valor eficaz da corrente será dado pela expressão (2.85).
1
2
I Def 

 I Lmed 
2
d(t )
(2.85)
0

 I Lmed 2 

t
 2
0
Assim:
I Def 
Ou:
I
I Def  Lmed
2
(2.87)
Ou:
I Def  0,707 I Lmed
(2.88)
Como:
I CAef 
(2.86)
4 V2
3 Z 2
Obtém-se:
Ki 
0,47 R
R 2  4 2 L2
(2.89)
I
Sendo Ki o fator de ondulação da corrente de carga, definido pela relação: K i  CAef
I Lmed
c) Estudo do Comportamento do Transformador
Para o estudo do comportamento do transformador, serão adotadas as convenções
indicadas na figura 2.21.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
47
i s1
i1 +
v(t)
-
+
v2
+
v2
-
D1
I
D2
i s2
Fig. 2.21 - Convenções para o estudo do comportamento do transformador.
A corrente de carga será considerada isenta de harmônicas. As diversas correntes
envolvidas estão representadas na figura 2.22. Para efeito de simplificação o número de espiras do
enrolamento primário será considerado igual ao número de espiras do enrolamento secundário.
A corrente eficaz de um enrolamento secundário é representada pela expressão (2.90).
I s1ef  I s2ef 
Assim:
1
2

I
2
d(t )
(2.90)
0
I s1ef  I s2ef  0,707 I
(2.91)
A potência aparente de um enrolamento secundário é dada pela expressão (2.92).
Ss1  V2ef Is1ef
(2.92)
VLmed
0,9
(2.93)
V2ef 
Mas
Assim:
Ss1 
0,707 VLmed I
 0,785 VLmed I
0,9
(2.94)
A potência secundária total aparente do transformador será dada pela expressão (2.95).
Como
S2  Ss1  Ss2
(2.95)
S2  157
, VLmed I
(2.96)
PL  VLmed I
(2.97)
S2  157
, PL
(2.98)
Obtém-se:
PL representa a potência transferida à carga. Segundo a expressão (2.98), o
transformador nesse tipo de estrutura é mal aproveitado, pois é exigido um dimensionamento em
potência aparente igual à 157% da potência de carga.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
48
iL
I
t

i s1





I
t
i s2
I
t
i1
I
t






-I
Fig. 2.22 - Formas de onda das correntes para a figura 2.21.
O retificador de onda completa a diodo apresenta as seguintes vantagens em relação ao
retificador de meia onda:
- Não existe componente contínua de corrente circulando no secundário, não aparecendo
então o fenômeno da saturação do transformador;
- A tensão média na carga é duas vezes maior;
- A corrente de carga apresenta menor distorção harmônica.
2.3 - RETIFICADOR MONOFÁSICO DE ONDA COMPLETA EM PONTE
a) Carga Resistiva
A estrutura do retificador monofásico de onda completa em ponte alimentando carga
resistiva está representada na figura 2.23.a.
Durante a primeira etapa de funcionamento, representada pela figura 2.23.b, a tensão da
fonte é positiva. Os diodos D1 e D4 são polarizados diretamente e conduzem a corrente de carga.
Os diodos D2 e D3 são polarizados reversamente e permanecem bloqueados.
Durante a segunda etapa de funcionamento, representada pela figura 2.23.c, os diodos
D1 e D4 permanecem bloqueados, enquanto D2 e D3 conduzem a corrente de carga.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
49
As formas de onda da tensão e da corrente de carga são idênticas às já estabelecidas para
o retificador de ponto médio e apresentadas na figura 2.17. Do mesmo modo, a tensão média e a
corrente média de carga são dadas pelas expressões (2.99) e (2.100).
D1
D2
+
iL
v(t)
D3
R vR
-
D4
(a)
D1
D1
D2
+
+
iL
v(t)
D3
R vR
-
D2
+
iL
v(t)
D4
+
D3
(b)
R vR
-
D4
(c)
Fig. 2.23 - Configuração e etapas de funcionamento para o retificador monofásico em ponte.
VLmed  0,9 Vo
I Lmed 
0,9 Vo
R
(2.99)
(2.100)
b) Carga RL
Para carga indutiva, as etapas de funcionamento são as mesmas apresentadas na figura
2.23. As formas de onda da corrente e da tensão de carga são idênticas àquelas estabelecidas para
o retificador de ponto médio, apresentadas na figura 2.19.
c) Estudo do Comportamento do Transformador
O retificador em ponte, contrariamente ao retificador com ponto médio, não depende de
um transformador para funcionar. Porém, em certas aplicações, nas quais se deseja isolamento
galvânico ou adaptação de tensão, o transformador é empregado. Para se analisar o
comportamento do transformador, a corrente de carga será considerada constante e os
enrolamentos secundário e primário serão considerados idênticos. O transformador será
considerado ideal. A estrutura associada ao transformador está representada na figura 2.24. As
formas de onda das correntes envolvidas estão representadas na figura 2.25.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
50
D1
i1
D2
i2
I
D3
D4
Fig. 2.24 - Retificador em ponte associado a um transformador.
iL
I
t
i2
I
t
-I
i1
I
t






-I
Fig. 2.25 - Correntes para a estrutura da figura 2.24.
O valor eficaz da corrente do enrolamento secundário do transformador é calculado pela
expressão (2.101).
I 2ef 
Assim:
1
2

I
2
d(t )
(2.101)
0
I 2ef  I
(2.102)
O valor eficaz da tensão secundária é dado pela expressão (2.103).
V2ef 
VLmed
0,9
(2.103)
A potência aparente do transformador será:
S2  V2ef I 2ef 
Eletrônica de Potência
VLmed I
0,9
(2.104)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
51
Assim:
S2  111
, VLmed I
(2.105)
Mas:
PL  VLmed I
(2.106)
Assim:
S2  111
, PL
(2.107)
Comparando-se a expressão (2.107) com a expressão (2.98), verifica-se que o retificador
em ponte proporciona um melhor aproveitamento do transformador que o retificador de ponto
médio.
d) Tensão de Pico Inversa dos Diodos
Seja a segunda etapa de funcionamento, representada na figura 2.26.
D1
-
v(t)
D3
D2
+
+
iL
R vR
-
D4
Fig. 2.26 - Segunda etapa de funcionamento do retificador.
De acordo com a figura, a máxima tensão inversa é igual ao valor de pico da tensão da
fonte. Assim:
VDp  2 V2
(2.108)
Sendo V2 o valor eficaz da tensão da fonte de alimentação ou do secundário do
transformador.
Comparando a expressão (2.108) com a expressão (2.73), verifica-se que a tensão de
pico inversa para o retificador em ponte é igual à metade da tensão de pico inversa para o
retificador de ponto médio.
2.4 - RETIFICADOR TRIFÁSICO COM PONTO MÉDIO
a) Comportamento com Carga Resistiva
A estrutura do retificador trifásico com ponto médio está representada na figura 2.27.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
52
v1(t)
R
D1
i1
v2(t)
N
S
D2
i2
v3(t)
T
+
D3
iR
R vR
-
i3
Fig. 2.27 - Retificador trifásico com ponto médio.
A estrutura apresentada na figura 2.27 pode ser considerada uma associação de três
retificadores monofásicos de meia onda. Cada diodo é associado a uma das fases da rede. Nesse
tipo de retificador é indispensável o emprego do neutro do sistema de alimentação.
As formas de onda representativas do comportamento da estrutura alimentando uma
carga resistiva estão representadas na figura 2.28. Cada diodo do retificador conduz durante um
intervalo de tempo que corresponde a 120 graus elétricos da tensão da rede.
v1
2Vo
v2
v3
v1
t

0

vR
2Vo
D1
D2
D3
t
5
6

6
Fig. 2.28 - Formas de onda para a estrutura da figura 2.27.
O valor da tensão média da carga é calculado pela expressão (2.109).
5 6
3
VLmed 
2
Eletrônica de Potência

6
2 Vo sen (t ) d(t )
(2.109)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
Assim:
53
VLmed 
3 2 Vo
5 6
 cos(t )

6
2
(2.110)
VLmed 
3 3 2 Vo
2
(2.111)
VLmed  117
, Vo
Ou:
(2.112)
A corrente média na carga é representada pela expressão (2.113).
117
, Vo
R
I Lmed 
(2.113)
A corrente média nos diodos é dada pela expressão (2.114).
I
I Dmed  Lmed
3
Assim:
I Dmed 
(2.114)
117
, Vo
3R
(2.115)
A corrente de pico é dada pela expressão (2.116).
I Dp 
2 Vo
R
(2.116)
A corrente instantânea em cada diodo está representada na figura 2.29. A partir dela será
obtida a corrente eficaz nos diodos.
iD
2 Vo
R
0

6
5 
6
t

Fig. 2.29 - Corrente em um diodo para carga resistiva.
O valor eficaz da corrente será:
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
54
1
2
I Def 
5 6
2
 2 Vo

sen (t ) d(t )

R

6 

(2.117)
I Def  0,59 I Lmed
Assim:
(2.118)
b) Comportamento com Carga Indutiva
No estudo do comportamento da corrente de carga na presença de indutância, será
adotado o mesmo procedimento do estudo relativo às estruturas precedentes. A freqüência da
componente fundamental da tensão de carga é igual a três vezes a freqüência da tensão de
alimentação.
No desenvolvimento da tensão de alimentação em Série de Fourier, serão ignoradas as
demais
harmônicas,
por
serem de
freqüências
elevadas,
de pequena amplitude e
conseqüentemente por produzirem correntes de valores desprezíveis em face do valor assumido
pela corrente média da carga.
Assim, a tensão da carga será expressa pela relação (2.119).
v L (t )  117
, Vo 
2  117
,
Vo sen (3t )
8
v L (t )  117
, Vo  0,3 Vo sen (3t )
Ou:
(2.119)
(2.120)
A corrente de carga desse modo será expressa pela relação (2.120).
i L (t ) 
117
, Vo

R
3  arc tg
Onde
0,3 Vo
2
2
2
R  9 L
sen (3t   3 )
3 L
R
(2.121)
(2.122)
O valor eficaz da corrente de carga é calculado pela expressão (2.123)
I Lef 
I Lmed 2  I3ef 2 
(2.123)
Onde
I Lmed 
117
, Vo
R
(2.124)
e
I 3ef 
0,3 Vo
2 R2  9 2 L2
(2.125)
Para o cálculo do valor eficaz da corrente em cada diodo, será ignorada a componente
alternada da corrente de carga. Desse modo, a corrente em cada diodo tem a forma apresentada
na figura 2.30.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
55
iD
I Lmed
t

3
0

3

Fig. 2.30 - Corrente em um dos diodos.
O valor eficaz da corrente em cada diodo será:
I Def 
1
2
2 3
 I Lmed 
2
d(t )
0
I
I Def  Lmed
3
Assim
(2.126)
(2.127)
O valor médio da corrente em cada diodo é calculado pela expressão (2.128).
I
I Dmed  Lmed
3
(2.128)
O fator de ondulação da corrente de carga é definido pela expressão (2.129).
I
K i  CAef
I Lmed
Assim:
Ki 
Portanto,
Ki 
(2.129)
0,3 Vo
R
, Vo
2 R2  9 2 L2 117
0,3
2  117
,


R
R 2  9 2 L2
(2.130)
(2.131)
Nos casos em que 92L2 >> R2, obtém-se:
Ki 
0,06 R
0,3
R


L
2  117
, 3  L
(2.132)
c) Tensão de Pico Inversa dos Diodos
Para o cálculo da tensão de pico inversa dos diodos, será considerada a etapa de
funcionamento na qual D2 conduz a corrente de carga. Será calculada a tensão nos terminais do
diodo D1. Tal etapa está representada na figura 2.31.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
56
v (t)
- 1
+
D1
-
v (t)
- 2
+
v D1 +
D2
iR
-
v3(t)
+
D3
iR
+
R vR
-
Fig. 2.31 - Segunda etapa de funcionamento da estrutura.
De acordo com a figura 2.31, a tensão nos terminais do diodo D 1 é dada pelas
expressões (2.133) e (2.134).
V1  VD1  V2
(2.133)
VD1  V2  V1
(2.134)
A composição fasorial das tensões V1 e V2 para a obtenção de VD1 está mostrada na
figura 2.32.
V3
V1
-V1
V2
VD1
Fig. 2.32 - Diagrama fasorial para o cálculo da tensão VD1.
Seja Vo o valor eficaz das tensões de alimentação. Seja V1  2 Vo o valor de pico da
tensão de alimentação. Assim, como resultado da figura 2.32 obtém-se o seguinte valor de pico
para a tensão do diodo D1.
VD1p  3 2 Vo
ou
VD1p  2,45 Vo
(2.135)
d) Estudo do Comportamento do Transformador
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
57
Para o estudo do comportamento do transformador que alimenta o retificador trifásico
de ponto médio, serão admitidas as simplificações já empregadas nas demais estruturas, ou seja:
- o transformador será considerado ideal e com relação de transformação igual a um;
- a corrente de carga será considerada isenta de harmônicas.
As correntes dos enrolamentos secundários estão representadas na figura 2.33. Em cada
enrolamento a corrente é composta de pulsos de corrente com duração de 120 o, sendo portanto
unidirecional. A corrente de cada enrolamento pode ser então decomposta numa componente
alternada com valor médio nulo e numa componente constante.
i S1
ILmed

3
0
i S2
2 ILmed
3
1 ILmed
3
t

t

3
i S3
t
Fig. 2.33 - Correntes nos enrolamentos secundários do transformador.
corrente real no enrolamento.
componente alternada.
componente contínua.
Como as componentes contínuas das correntes secundárias não são refletidas no
primário, o circuito para as componentes contínuas, conseqüentemente, necessita para a sua
representação, somente dos enrolamentos secundários, como está representado na figura 2.34.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
58
D1
ILmed
1
3
D2
ILmed
2
3
3
I Lmed
D3
ILmed
3
Fig. 2.34 - Componentes contínuas das correntes secundárias.
As componentes contínuas das correntes secundárias produzem os fluxos 1, 2 e 3
representados na figura 2.34. Como eles são iguais em valor e direção, o transformador não se
torna saturado. Convém observar que esta conclusão não seria válida se no lugar de um
transformador trifásico de três colunas fosse empregado um trifásico de quatro colunas ou três
monofásicos. Neste dois últimos casos, haveria saturação do núcleo, a exemplo do retificador
monofásico de meia onda.
Na figura 2.35 está representada a estrutura completa do retificador alimentado por um
transformador, cujo enrolamento primário está ligado em .
iA
+ vp1 i p1
ip2
D1
+ i s1
vs1
-
i p3
D2
D3
I Lmed
Fig. 2.35 - Retificador associado a um transformador -.
As correntes dos enrolamentos primários do transformador estão representadas na figura
2.36. Há uma defasagem de trinta graus entre a componente fundamental da corrente de linha
iA(t) e a tensão do enrolamento primário vp1(t).
De acordo com a expressão (2.127) a corrente eficaz num enrolamento secundário, que é
igual a corrente eficaz num diodo, é dada pela expressão (2.136).
I
Isef  Lmed
3
Eletrônica de Potência
(2.136)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
59
i sl
I Lmed
vsl
t
2 ILmed
vpl
3
i pl
t
-1 ILmed
3
i p3
2 ILmed
3
t
-1 ILmed
3
i
ILmed A
iA1
t
-ILmed
Fig. 2.36 - Correntes para a estrutura na figura 2.35.
Assim a potência aparente secundária por fase será:
S2f  Vo Isef
(2.137)
Mas
Vo 
VLmed
117
,
(2.138)
Assim:
S2f 
VLmed I Lmed
 0,493 VLmed I Lmed
117
,
3
(2.139)
A potência aparente secundária total será:
S2  3S2f
(2.140)
Ou:
S2  1,48 VLmed I Lmed
(2.141)
Como:
PL  VLmed I Lmed
(2.142)
Obtém-se:
S2  1,48 PL
(2.143)
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
60
Para o cálculo do fluxo de potência aparente no primário do transformador, deve-se do
mesmo modo determinar o valor eficaz da corrente primária por fase.
A forma da corrente primária por fase está representada na figura 2.37.
i pl
2 ILmed
3

3
t

0
-1 I Lmed
3
Fig. 2.37 - Corrente de fase de um enrolamento primário do transformador.
O valor eficaz da corrente num enrolamento primário será dado por:
I Lef 
2
2 3

2
2
1 
 2 I Lmed 
 I Lmed 


 d(t ) 

 d(t )

 3 
 3 
2
 0

2 3


(2.144)
Realizando-se a integração, obtém-se:
I Lef 
2 I Lmed
3
(2.145)
Assim, a potência primária por fase será:
S1f  Vo I Lef 
VLmed
117
,
2 I Lmed
3
(2.146)
Ou:
S1f  0,402 VLmed I Lmed
(2.147)
Ou:
S1  1,21PL
(2.148)
O fluxo de potência aparente secundária é maior que o fluxo de potência aparente no
primário porque no secundário circulam, além das componentes alternadas, componentes
contínuas de corrente.
O fator de potência que a montagem apresenta à rede é definido pela expressão:
Assim:
P
FP  L
S1
(2.149)
FP  0,83
(2.150)
2.5 - RETIFICADOR TRIFÁSICO DE ONDA COMPLETA (PONTE DE GRAETZ)
a) Estudo Geral da Estrutura
A ponte de GRAETZ, uma das estruturas mais empregadas industrialmente, encontra-se
representada na figura 2.38.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
61
D1
v1(t)
D2
D3
v2(t)
+
iR
v3(t)
D4
D5
R vR
-
D6
Fig. 2.38 - Ponte de GRAETZ.
Para efeito de estudo, a ponte de GRAETZ pode ser considerada como uma associação
série de dois retificadores trifásicos de ponto médio, cuja representação se encontra na figura
2.39.
v1(t)
v2(t)
D1
D2
D3
v3(t)
D6
D5
A
+
R vAN
2
N
R vBN
2
+
B
D4
Fig. 2.39 - Associação série de dois retificadores de ponto médio.
Observando-se a figura 2.40 pode-se estabelecer as seguintes conclusões iniciais a
respeito da figura 2.39.
- cada diodo conduz durante um intervalo igual a 120o;
- existe sempre dois diodos em condução, um no grupo positivo e outro no grupo
negativo do conversor;
- ocorre uma comutação a cada 60o;
- a freqüência da componente fundamental da tensão é igual a 6 vezes a freqüência das
tensões de alimentação.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
62
v1
2Vo
v2
v3
v1
t

0

vAN
2Vo
D1
D2
D1
D3
t
vBN
t
D5
D6
D5
D4
D6
- 2Vo
vAB
3 2Vo
D1
D1
D2
D2
D3
D3
D1
D1
D5
D6
D6
D4
D4
D5
D5
D6

3
t
Fig. 2.40 - Formas de onda para a figura 2.39.
Para o cálculo do valor médio da tensão de carga, será considerada a figura 2.41.
vL
t

6
0

6
Fig. 2.41 - Observação de 1/6 de período para o cálculo da tensão de carga.
Seja
v L (t )  3 2 Vo cos(t )
Assim:
3
VLmed 

(2.151)
6
Eletrônica de Potência

 6
3 2 Vo cos (t ) d(t )
(2.152)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
63
Conseqüentemente,
VLmed  2,34 Vo
(2.153)
Sendo Vo o valor eficaz da tensão de fase de alimentação.
Para o cálculo das correntes nos diodos será considerada a figura 2.42.
iD
I Lmed
2
3
0
2
Fig. 2.42 - Corrente em um dos diodos da Ponte de GRAETZ.
Tendo-se em vista que a corrente de carga, mesmo para resistência pura, é praticamente
isenta de harmônicas, o cálculo a seguir não faz distinção quanto a natureza da carga.
A corrente média é dada pela expressão (2.154).
2 3
 I Lmed d(t )
1
I Dmed 
2
Assim:
(2.154)
0
I
I Dmed  Lmed
3
(2.155)
A corrente eficaz é dada pela expressão (2.156).
I Def 
Assim:
1
2
2 3
2
I
d(t )


Lmed

(2.156)
0
I
I Def  Lmed
3
(2.157)
A tensão de pico inversa dos diodos, a exemplo do retificador trifásico com ponto
médio, é dada pela expressão (2.158).
Ou:
VDp  3 2 Vo
(2.158)
VDp  2,45 Vo
(2.159)
A decomposição da tensão de carga em Série de Fourier dá como resultado a expressão
(2.160).
v L (t )  2,34 Vo  0,134 Vo cos(6t )  0,033 Vo cos(12t )  
Eletrônica de Potência
(2.160)
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
64
De acordo com a expressão (2.160), a harmônica fundamental, além de ser de amplitude
muito reduzida em relação à componente contínua da tensão de carga, possui freqüência igual a
seis vezes a freqüência da tensão de alimentação.
O valor eficaz da componente fundamental da corrente de carga será dada pela expressão
(2.161).
I6ef 
0,134 Vo
1

2
R 2  36  2 L2
(2.161)
O fator de ondulação da corrente de carga definido pela expressão:
I
K i  CAef
I Lmed
(2.162)
Será:
Ki 
Ki 
Ou
0,134 Vo
1
R


2
R 2  36  2 L2 2,34 Vo
0,134 R
2,34 2 R 2  36  2 L2
(2.163)
(2.164)
Como em geral:
36 2 L2  R 2
Obtém-se:
Ki 
0,007 R
0,134
R


L
2,34  2  6  L
(2.165)
b) Estudo do Comportamento do Transformador
A representação da estrutura completa incluindo o transformador está apresentada na
figura 2.43.
A conexão mais comum do transformador, representada na figura, é aquela em que o
primário é ligado em delta e o secundário ligado em estrela.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
65
iD1
D1
i1
i p1
i2
+ vp1 i p2
i3
+ vp2 i p3
D2
+ is1
vs1
+ vs3 - + vs2 -
D3
L
iL
R
D4
+ vp3 -
D5
D6
N1 : N 2
Fig. 2.43 - Ponte de GRAETZ associada a um transformador.
vL
D1 D1
D1 D1
D4 D 4
D4 D 4
i D1
I Lmed
t
t
i D4
I Lmed
t
i s1
I Lmed
t
i p1
I Lmed
t
i p3
I Lmed
t
i1
2I Lmed
I Lmed
t
Fig. 2.44 - Correntes nos enrolamentos do transformador.
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
66
Para efeito de análise, o transformador será considerado ideal. A relação de
transformação entre fases será considerada unitária.
Para os ciclos positivos da tensão vs1(t), a corrente no enrolamento secundário é igual à
corrente no diodo D1. Para os ciclos negativos da tensão vs1(t), a corrente é igual à do diodo D4.
As correntes de fase primárias são iguais às respectivas correntes secundárias por fase. A
corrente de linha primária i1(t) é dada pela expressão (2.166).
i1(t )  i p1(t )  i p3(t )
(2.166)
As demais correntes de linha são iguais a i1(t), na forma e no valor, mas defasadas de
120o e 240o em relação a esta.
A corrente eficaz no enrolamento secundário do transformador é calculada a seguir:
I sef 
Ou:
I sef  2 
Assim:
Isef 
5 3
2 3

1 
2
2

I
d
(

t
)

I
d
(

t
)
 Lmed 
 Lmed 


2

 0



2 3

1 
2
I Lmed  d(t )
2 
 0


2
I
3 Lmed
(2.167)
(2.168)
(2.169)
O valor eficaz da tensão de fase secundária é obtido em função do valor médio da tensão
de carga, pela expressão:
V
Vsef  Vo  Lmed
2,34
(2.170)
A potência aparente que circula nos enrolamentos secundários do transformador será:
S2  3Vo Isef
3 VLmed 2

I Lmed
2,34
3
Assim:
S2 
Ou ainda:
S2  1,05 PL
(2.171)
(2.172)
(2.173)
De acordo com a expressão (2.173), o retificador trifásico de seis pulsos ou a ponte de
GRAETZ é a estrutura retificadora que propicia o melhor aproveitamento do transformador.
Como as correntes primária e secundária são iguais, a potência aparente que a rede
entrega ao transformador é igual a S2.
Assim:
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
67
S1  S2
(2.174)
Desse modo, o fator de potência teórico que a estrutura apresenta à rede é dado pela
expressão (2.175).
P
1
FP  L 
 0,95
S1 1,05
(2.175)
_____________________________________________________________________________
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Para o retificador da figura abaixo funcionando em regime permanente, onde
v(t )  2  220 sen(t ) , f = 60Hz, Dp = DRL = SKN20/04, rT = 11m, V(T0) = 0,85V,
Rthjc = 2C/W, Rthcd = 1C/W e Ta = 30C:
iL
Dp
+
R
DRL
vL
-
L
E
a) Considere L = 0, R = 10 e E = +100V.
1.1) Calcule a corrente média na carga.
As formas de onda da tensão e corrente na carga são apresentadas na figura abaixo:
vL
t
iL
0
Eletrônica de Potência
1
2

t
2
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
68
1  arc sen
E
2 Vo
 arc sen
100
2 220
 0,33 radianos
 2    1    0,33  2,81 radianos
2  1
2

1

VLmed  
2 Vo sen (t ) d (t ) 
E d (t ) 
T
 1

2


2  0,33
2,81

1 
VLmed 
2  220 sen (t ) d(t ) 
100 d(t )  154,2V


2
0,33

2,81

I Lmed 

VLmed  E 154,2  100

 5,4 A 
R
10
1.2) Calcule a corrente média no diodo DRL.
Como o diodo de roda livre nunca entra em condução a corrente média neste é nula.
I Lmed  0 
b) Considerando-se L = 600mH, R = 5 e E = +50V.
Considerar-se-á condução contínua devido ao alto valor da constante de tempo da carga
e do pequeno valor de E frente ao pico da fonte de alimentação.
vL/30
iL
t
i Dp
t
i DRL

0
1.3) Calcule a corrente média na carga.
I Lmed 
Eletrônica de Potência
VLmed  E 0,45 Vo  E 99  50


 9,8A 
R
R
5
t
2
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
69
1.4) Calcule a corrente média no diodo Dp.
Como o diodo Dp conduz durante meio ciclo, a corrente média neste é igual a metade da
corrente média da carga.
I Dpmed 
I Lmed
 4,9A 
2
c) Considerando-se que R= 3 e E = 0.
v L /3
iL

0
2
4
3
t
1.5) Calcule a indutância crítica para a carga.
Considerar-se-á que após cinco constantes de tempo a corrente na carga se anula, logo:
t c  
Lc 
5 Lc
onde: t c 
R
R
3 

 5mH 
5  5  2    60
1.6) Para L = 600mH, calcule a resistência térmica do dissipador para o diodo D p.
iL
t
i Dp
0
Eletrônica de Potência

2
t
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
70
Considerar-se-á condução contínua, com a corrente isenta de harmônicas, devido ao alto
valor da constante de tempo da carga.
I Lmed 
0,45 Vo 0,45  220

 33A
R
3
Como o diodo Dp conduz durante meio ciclo, a potência dissipada neste será:
2
2
I

 33 
I

 33
PD  rT  Lmed   V( TO )  Lmed   1110  3     0,85     20W
 2
 2 
 2 
 2
Considerando a temperatura da junção igual a T j = 180oC.
R thda 
T
180  30
 R thjc  R thcd 
 2  1  4,5o C / W 
P
20
d) Considerando-se que é retirado o diodo DRL e que L = 60mH, R = 10 e E = 62V.
1.7) Calcule a tensão média na carga.
vL
t
iL
0

1

2
O valor de  será determinado com o Ábaco de Puschlowski (Capítulo 3).
a
E
62

 0,2
2 Vo
2  220
L 
2  60  0,06 


cos   cos  arc tg
  cos  arc tg
  0,4



R
10
Do Ábaco obtém-se:  = 232o = 4,05
Eletrônica de Potência
t
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
1  arcsen
71
E
62
 arcsen
 0,2 radianos
2 Vo
2  220
2   1


1
VLmed 
2 Vo sen (t ) d(t ) 
E d(t )


T
1




2  0,2
4,05

1 
VLmed 
2  220 sen (t ) d(t ) 
62 d(t )  103V 

2 
 0,2

4,05


_____________________________________________________________________________
2) Considere a estrutura da figura abaixo, funcionando em regime permanente, onde f =
60Hz e  = 2f. Tiristores: D1 = D2 = D3 = SKN20/06, rT = 11m, V(T0) = 0,85V, Rthjc = 2C/W,
Rthcd = 1C/W e Ta = 40C.
v1 ( t )
v 2 ( t )
D1
D2
iL
v1 (t )  2  220 sen (t )
+
v 3 ( t )
R
D3
vL
L
-
E
v 2 (t )  2  220 sen (t  120 )
v 3 (t )  2  220 sen (t  120 )
2.1) Calcule a resistência térmica do dissipador para cada diodo (R = 4, L = 225mH e
E = 50V).
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
72
vL
t
iL
t
<
i D1
2
3
>
t
0
2
Considerar-se-á condução contínua, com a corrente isenta de harmônicas, devido ao alto
valor da constante de tempo da carga.
I Lmed 
117
, Vo  E 117
,  220  5

 51,85A
R
4
I
51,85
Corrente média em cada diodo: I Dmed  Lmed 
 17,3A
3
3
Pelo ábaco da Fig. 1.27, obtém-se que: PD  24W com Ta = 40oC. Com a forma de onda
rec. 120o tem-se que Rthca = 3,8oC/W.
Logo : R thda  Rthca  Rthcd  3,8  1  2,8o C / W 
2.2) Calcule o valor da corrente média em cada diodo (R = 10, L = 225mH e E = 0V).
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
73
vL
t
iL
t
<
>
2
3
i D1
t
0
2
Considerar-se-á condução contínua devido ao alto valor da constante de tempo da carga.
I
117
, Vo 117
,  220
I Dmed  Lmed 

 8,6A 
3
3R
3 10
2.3) Calcule o valor da tensão média na carga (R = 10, L = 0 e E = 250V).
vL
1
0
2
3

Tomando como referência a tensão v1(t):
1  arcsen
E
250
 arcsen
 0,93 radianos
2 Vo
2  220
2    1    0,93  2,21radianos
3 
Eletrônica de Potência
2
2
 1 
 0,93  3,03 radianos
3
3
t
2
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
74
3
 2

3
VLmed 
2 Vo sen (t ) d(t )  E d(t )

T
 1

2


3,03
2,21

3 
VLmed 
2  220 sen (t ) d(t )  250 d(t )  275,2V 

2 
0,93

2,21


_____________________________________________________________________________
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 - Considere a seguinte estrutura:
50mH
380V
50A

200V
Considere os seguintes parâmetros dos diodos : V(TO) = 0,85V; rT = 11m; Rjc = 2oC/W;
Rcd = 1oC/W.
Considerando o transformador ideal, calcular:
(a) A potência perdida em cada diodo;
(b) A resistência térmica dos dissipadores, tomando T j = 150oC e Ta = 40oC;
(c) As tensões e correntes do transformador
_____________________________________________________________________________
2 - Seja a seguinte estrutura:
D
v(t )
v(t )  2  220 sen (t )
R
T j  150 o C
Ta  50 o C
R ja  7,7 o C / W
Determinar o menor valor de R que mantém a temperatura de junção inferior a 150oC.
_____________________________________________________________________________
3 - Seja a seguinte estrutura:
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
75
D
+
v(t )  2  110 sen (t )
f  60Hz
L  50mH
E  70V
L
v(t )
vL
E
-
(a) Descrever o funcionamento e apresentar as formas de onda;
(b) Determinar o valor da tensão média na carga;
(c) Determinar a corrente média na carga e a potência média entregue à fonte E;
(d) Calcular as correntes média e eficaz no diodo.
_____________________________________________________________________________
4- Seja o seguinte circuito:
D
v(t )
R
v(t )  2  220 sen (t )
f  60 Hz
R  10
Calcular:
(a) a tensão média na carga;
(b) a corrente média na carga;
(c) a corrente eficaz na carga;
(d) a tensão de pico inversa do diodo;
(e) a potência dissipada no resistor R;
(f) obter a série de Fourier da tensão e da corrente de carga;
(g) encontrar o valor da corrente de pico no diodo.
_____________________________________________________________________________
5 - Considere a seguinte equação diferencial:
2 Vo sen (t )  L
d i(t )
 R i(t )
dt
Obter a expressão da corrente i(t). Esta questão diz respeito ao retificador monofásico
de meia onda com carga RL.
_____________________________________________________________________________
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
76
6 - Seja o seguinte circuito:
D
v(t )  2  220 sen (t )
R  10
L  50mH
f  60Hz
L
v(t )
R
Calcular:
(a) a tensão média na carga;
(b) a corrente média na carga;
(c) o ângulo ;
(d) o ângulo ;
(e) a corrente eficaz na carga;
(f) a potência dissipada no resistor R;
Comparar os resultados deste exercício com aqueles obtidos no exercício 4.
_____________________________________________________________________________
7 - Seja a seguinte estrutura:
v1(t)
v2(t)
v3(t)
D1
D2
R
D3
v1
E



t


-E
v2
t


v3
t


Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
77
Determinar:
(a) a forma da tensão de carga;
(b) a forma da corrente de carga;
(c) o valor médio da tensão de carga;
(d) o valor médio da corrente de carga;
(e) o valor eficaz da corrente de carga;
(f) a potência média consumida pela carga;
(g) a corrente média em um diodo;
(h) a corrente eficaz em um diodo;
(i) a forma da tensão sobre o diodo D1;
(j) o valor máximo da tensão em um diodo;
(k) Seja:
E  200V
R  5
Tj  120 o C
Ta  50 o C
V(TO )  0,8V
rT  10m
Qual deve ser a resistência térmica entre a junção de um diodo e o ambiente ?
_____________________________________________________________________________
8 - Seja a seguinte estrutura, onde i(t )  2 Isen (t ) .
i( t )
D
R
(a) Funciona como retificador ?
(b) Determinar as etapas de funcionamento.
(c) Determinar as formas de onda das correntes e das tensões envolvidas.
(d) Determinar a expressão da potência dissipada no resistor R.
_____________________________________________________________________________
9 - Seja a seguinte estrutura, onde i(t )  2 I sen (t )
Eletrônica de Potência
Cap. 2 - Retificadores a Diodo
78
i( t )
C
R
Fazer o mesmo estudo proposto para o exercício número oito.
_____________________________________________________________________________
Eletrônica de Potência
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