E.1.2 - Ciência do Solo COMPORTAMENTO GRANULOMÉTRICO DE UM LATOSSOLO AMARELO SOB DIFERENTES ECOSSISTEMAS, BELÉM/PA. Rosigrêde Lima da Silva1, Sávia Poliana da Silva2, Luma C. Souza3, Maria de Lourdes Ruivo 4. 1Bolsista PCI/Museu Paraense Emílio Goeldi-Belém/PA, Brasil. *E-mail: [email protected] em Ciências Agrárias/UFFRA, Belém-PA, Brasil. 3Doutoranda de Pós-Graduação em Agronomia. – UNESP, São Paulo-SP, Brasil, Bolsista da CAPES. 4Pesquisadora/ Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém/PA, Brasil. 2Doutora Palavras–chave: Análise de Solo, Classe Textural, Ecossistema Amazônico Introdução O impacto do uso e manejo do solo na sua qualidade física são fundamentais no desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis (Araújo et al., 2004). Desta forma, objetiva-se avaliar a influência de dois ecossistemas mediante avaliação granulométrica do solo, na área da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém /PA. Material e Métodos A pesquisa foi conduzida nas áreas de seringueira, floresta e sem cultivo agrícola da UFRA, município de Belém, PA. O solo da área foi classificado Latossolo Amarelo, textura média. Em cada área foi plotado um transecto aleatoriamente com 04 pontos de amostragem, nas profundidades: 0-5, 5-10 e 10-15 cm, totalizando em 24 amostras, estas foram utilizadas na análise granulométrica com o uso do método da pipeta (Embrapa, 1997). Utilizou-se o programa SAEG 8.0 para realização da análise estatística, as médias foram avaliadas pelo teste de Duncan a 5 % de probabilidade. Resultados e Discussão Nos dois ecossistemas estudados, observou-se um predomínio de classe textural do tipo areia em todos os sistemas de uso do solo e profundidades. Na área de monocultivo de seringueira, os valores médios de areia total variaram entre 81,61% e 86,77%, e os teores de argila foram baixos, variando de 3,56% a 3,75% (Figura 1 a). Não se observa uma variação para os valores de argila com o aumento de profundidade, e esses baixos valores de argila observa que são desfavoráveis para o conteúdo de matéria orgânica no solo. Na área de floresta, utilizada como referência, também se observa predominância da fração areia de 79,11% a 89,50%, comprovando que os diferentes sistemas de uso da terra não provocaram alterações significativas na textura do solo (Figura 1 c). Figura 1 - Frações granulométricas, areia total (>0,05mm), silte (<0,05 a 0,002) e argila (< 0,002); em três profundidades (5, 10 e 15 cm). a:monocultivo de seringueira, b: área de floresta, no campus da UFRA, Belém/Pa. Média de quatro repetições. Este comportamento é esperado, uma vez que a textura do solo não é prontamente sujeita à mudanças, sendo considerada uma propriedade básica do solo (Gregorich et al., 2006). cultivado e sob mata nativa. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 28(2): 337-345, 2004. Conclusão GREGORICH, E.G.; BEARE, M.H.; MCKIM, U.F.; SKJEMSTAD, J.O. Chemical and biological characteristics of physically uncomplexed organic matter. Soil Science Society of America Journal, Madison, v. 70, n. 3, p. 975-985, 2006. Constatou-se uma predominância da areia como classe textural em todos os ecossistemas e profundidades. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solo. 2a ed. Rio de Janeiro, 1997. 212p. Referências ARAÚJO, M.A.; TORMENA, C.A. & SILVA, A.P. Propriedades físicas de um Latossolo vermelho distrófico 67ª Reunião Anual da SBPC