UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA COMPARADA KARINY CARI NASCIMENTO CONSEQUÊNCIAS E EVOLUÇÃO DA PLASTICIDADE FENOTÍPICA EM PLANTAS DIANTE DE DISTINTOS CENÁRIOS SIMULADOS DE MUDANÇAS GLOBAIS Maringá, PR 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA COMPARADA KARINY CARI NASCIMENTO CONSEQUÊNCIAS E EVOLUÇÃO DA PLASTICIDADE FENOTÍPICA EM PLANTAS DIANTE DE DISTINTOS CENÁRIOS SIMULADOS DE MUDANÇAS GLOBAIS Projeto apresentado ao Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor. Orientadora: Prof.ª Dr. Lindamir Hernandez Pastorini Maringá, PR 2015 RESUMO Devido aos crescentes impactos provocados pelas mudanças globais, o conhecimento das características que influenciam na sobrevivência dos organismos diante desse cenário, subsidiando medidas de conservação mais eficazes, é um dos maiores desafios da ecologia atual. A capacidade de aclimatação possibilitada pela plasticidade fenotípica é um mecanismo proposto para favorecer os organismos em meio a essas modificações, sendo que além das respostas em curto prazo, a evolução da plasticidade também pode ser direcionada pelas características ambientais. Plantas são extremamente plásticas, e respondem diferencialmente as essas alterações de acordo seus traços funcionais. O estabelecimento das plantas depende, dentre outros fatores, da disponibilidade de água e da concentração de nitrogênio no solo, os quais têm sofrido diversas alterações resultantes das atividades antrópicas, podendo selecionar organismos com maior capacidade de aclimatação a essas alterações. Apesar dessa hipótese, pouca atenção tem sido direcionada para testar empiricamente qual é a influência da plasticidade fenotípica na sobrevivência das espécies e como ocorrerá sua evolução em meio à intensificação de eventos extremos e imprevisíveis, uma vez que sobre condições estressantes a plasticidade pode se tornar mal adaptativa. Diante disso, o objetivo desse estudo será avaliar a influencia da plasticidade fenotípica na sobrevivência das espécies em meio às mudanças globais e como ocorrerá sua evolução nesse cenário. Para isso será conduzido um experimento fatorial com diferentes condições de água e nitrogênio, simuladas com base nas previsões para as mudanças globais e utilizados três pares de espécies congêneres com amplitude de distribuição distinta, sugerindo diferentes níveis de plasticidade. Os pares serão formados por gramíneas Panicum millegrana e P. tricholaenoides, herbáceas Porophyllum ruderale e P. obscurum e arbóreas Schinus terebinthifolius e S. weinmannifolius para inclusão de diferentes traços funcionais, possibilitando assim maior generalização dos resultados. A evolução da plasticidade será avaliada mediante seleção de P. ruderale em quatro condições: Constante, Variável previsível, Variável imprevisível e Variável extremo. Com essa pesquisa espera-se contribuir para a orientação de medidas de proteção mais eficazes focadas em espécies com maior ou menor grau de plasticidade, sejam estas economicamente importantes ou não, e para o melhor entendimento dos processos de seleção sobre a mesma. Palavras-chave: Água; Nitrogênio; Aclimatação; Seleção; Traços funcionais. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4 2. JUSTIFICATIVA......................................................................................................... 6 3. OBJETIVO GERAL.................................................................................................... 6 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................... 7 5. HIPÓTESES................................................................................................................. 7 6. METODOLOGIA......................................................................................................... 8 6.1 Área de estudo........................................................................................................ 8 6.2 Coleta de dados e materiais vegetais.................................................................... 9 6.3 Experimento 1........................................................................................................ 9 6.4 Experimento 2........................................................................................................ 11 6.5 Experimento 3........................................................................................................ 16 6.6 Avaliação morfoanatômica................................................................................... 16 7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................ 18 8. REFERÊNCIAS............................................................................................................ 18 4 1. INTRODUÇÃO As condições ambientais estão sendo profundamente modificadas pelas atividades humanas, as quais tem se intensificado nas últimas décadas, levando ao rompimento do equilíbrio prístino entre extinção e especiação, de forma que a sobrevivência de muitas espécies está ameaçada. Devido ao caráter direcional da intervenção humana (GUTSCHICK; BASSIRIRAD, 2003; IVES; CARPENTER, 2007), conhecer quais características influenciam na sobrevivência dos organismos diante desse cenário, subsidiando medidas de conservação mais eficazes, é um dos maiores desafios da ecologia atual (NICOTRA et al., 2010). A plasticidade fenotípica, que representa a capacidade de um determinado genótipo produzir diferentes fenótipos em resposta ao ambiente (AGRAWAL, 2001; LUSK et al., 2008; GIANOLI; VALLADARES, 2012), tem sido apontada como vantajosa considerando o seu papel no aumento do nicho das espécies (SULTAN et al., 1998) e na maior sobrevivência sob novas condições (LLORET et al., 2012). No entanto, em meio às modificações humanas das condições ambientais, a vantagem atribuída pela plasticidade, ainda é incerta (VALLADARES et al., 2000; CALLAWAY; PENNINGS; RICHARDS, 2003; GIANOLI, 2004; SULTAN, 2007; CRISPO et al., 2010). Além das respostas em curto prazo, as condições ambientais podem mudar a direção da seleção natural sobre a plasticidade fenotípica (SULTAN, 1995; VALLADARES et al., 2000). Isso porque, a plasticidade adaptativa, ou seja, com consequências positivas para o fitness, é maior em ambientes heterogêneos em relação aos mais constantes ou homogêneos (DONOHUE et al., 2001; CALLAWAY; PENNINGS; RICHARDS, 2003; GIANOLI, 2004). Entretanto, quando a heterogeneidade ocorre de forma severa ou imprevisível, impondo uma condição estressante, a plasticidade pode se tornar mal adaptativa (SULTAN, 2007; CRISPO et al., 2010). Plantas são extremamente plásticas (CALLAWAY; PENNINGS; RICHARDS, 2003) e respondem diferencialmente as variações ambientais de acordo com os traços funcionais que possuem (VIOLLE et al., 2007). As mudanças globais, que incluem ações generalizadas e ações locais com efeitos globais, alteram diversas propriedades do ambiente (MATESANZ; GIANOLI; VALLADARES, 2010), que interferem direta ou indiretamente na abundância dos recursos utilizados pelas plantas, na estabilidade e previsibilidade dos sistemas nos quais essas se encontram. A disponibilidade de água é um dos fatores ambientais mais determinantes para a colonização e sobrevivência das plantas, influenciando tanto suas respostas em curto prazo 5 como a evolução da plasticidade fenotípica (GIANOLI, 2004). O regime de precipitação global tem sofrido alterações com intensidade e consequências indeterminadas (OKI et al., 2006). O aumento da precipitação em altas latitudes, o decréscimo da precipitação em regiões subtropicais (ZHANG et al., 2007) e a intensificação de eventos climáticos extremos (ALLAN; SODEN, 2008) são as principais tendências observadas. Além das variações de precipitação a quantidade de nutrientes no solo, na água e na atmosfera também tem sido alterada. Em condições naturais, o nitrogênio é o macronutriente mais limitante nos ambientes terrestres (VITOUSEK, 1982; GRUBER; GALLOWAY, 2008). No entanto, nas últimas décadas vem ocorrendo grande aumento nas concentrações desse elemento (BASSIRIRAD, 2000), fato diretamente ou indiretamente ligado às atividades humanas, como a incorporação de adubos no solo por práticas agrícolas (TILMAN et al., 2001) e a queima de combustíveis fósseis (GALLOWAY et al., 1995). Existem ainda muitas incertezas sobre as respostas das espécies diante dessas modificações, sendo que a capacidade de aclimatação, possibilitada pela plasticidade fenotípica, pode ser determinante para a sensibilidade diferencial das plantas em relação às mesmas (BASSIRIRAD, 2000). Embora seja um mecanismo proposto para possibilitar a sobrevivência das espécies em meio às mudanças globais (VALLADARES et al., 2007), pouca atenção tem sido direcionada para testar experimentalmente qual é a influência da plasticidade fenotípica na sobrevivência das espécies e como ocorrerá sua evolução diante desse cenário (MATESANZ; GIANOLI; VALLADARES, 2010). A comparação entre espécies com distintos graus de plasticidade, submetidas a diferentes condições de água e nitrogênio, pode ser muito promissora nesse aspecto, especialmente utilizando plantas congêneres e traços funcionais variados. A utilização de espécies congêneres permite minimizar os efeitos genéticos para a variação da plasticidade interente ao distanciamento filogenético das mesmas. Associado a isso, experimentos com plantas que apresentam diferentes traços funcionais, possibilitam uma maior generalização dos resultados, considerando que esses traços podem influenciar em suas respostas ao ambiente, acarretando maior ou menor tolerância às essas variações. Procedimentos de seleção também são de grande utilidade porque, embora a evolução da plasticidade tenha sido comprovada (GIANOLI, 2004), os fatores que conduzem a essa evolução são pouco conhecidos. Os efeitos da previsibilidade e da intensidade das variações ambientais dificilmente podem ser separados em campo. Isso é especialmente problemático considerando que condições extremas e imprevisíveis são cada vez mais comuns e não se sabe como a plasticidade evoluirá diante desse cenário (GUTSCHICK; 6 BASSIRIRAD, 2003; MATESANZ; GIANOLI; VALLADARES, 2010). Para determinar qual é a influencia da plasticidade fenotípica na sobrevivência das espécies em meio às mudanças globais será conduzido um experimento fatorial com diferentes simulações de água e nitrogênio, baseadas em previsões para as mudanças globais. Serão utilizados três pares de espécies congêneres com amplitude de distribuição distinta, sugerindo diferentes níveis de plasticidade. Os pares serão formados por gramíneas Panicum millegrana e P. tricholaenoides, herbáceas Porophyllum ruderale e P. obscurum e arbóreas Schinus terebinthifolius e S. weinmannifolius para uma maior diferenciação de traços funcionais. A evolução da plasticidade fenotípica será avaliada em um experimento de seleção, no qual P. ruderale será cultivada em diferentes níveis de variabilidade ambiental. Sendo assim, o desenvolvimento desse estudo poderá contribuir para a orientação de medidas de proteção mais eficazes focadas em espécies com maior ou menor grau de plasticidade, sejam estas economicamente importantes ou não, e para o melhor entendimento dos processos de seleção sobre a mesma. 2. JUSTIFICATIVA O acúmulo de nitrogênio e as desordens de precipitação são componentes importantes das mudanças globais e acredita-se que a plasticidade fenotípica pode favorecer as plantas diante desse cenário. Nesse contexto, a comparação de espécies congêneres com distintos graus de plasticidade, submetidas a diferentes condições de água e nitrogênio, se torna de extrema importância para determinar qual é a influencia da plasticidade fenotípica em meio a essas variações. A partir desses dados, esse estudo contribuirá para a orientação de medidas de proteção mais eficazes, focadas em espécies com maior ou menor grau de plasticidade. Estes resultados também poderão ser aplicados para espécies economicamente importantes, indicando quais culturas seriam mais sensíveis a esses componentes das mudanças globais. Da mesma forma, apesar das evidências sobre o aumento da plasticidade em ambientes variáveis, a influência da previsibilidade e da intensidade dessas variações na evolução da plasticidade permanece incerta. Considerando que variações extremas e imprevisíveis tem se intensificado nos últimos anos, conhecer como ocorrerá sua evolução nessas condições possibilitará previsões mais claras sobre a plasticidade desses organismos. 3. OBJETIVO GERAL Avaliar qual a influência da plasticidade fenotípica para a sobrevivência das espécies em meio às mudanças globais e como ocorre sua evolução sob cenários ambientais distintos. 7 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Quantificar o crescimento e a produção de inflorescências de seis espécies com distintos potenciais plásticos cultivadas em diferentes condições de água e nitrogênio; Relacionar as características mensuradas em ambas às espécies com o ajuste dessas no ambiente; Determinar se o potencial plástico das espécies influencia seu desempenho no ambiente; Avaliar se em meio às alterações das condições ambientais espécies com maior ou menor grau de plasticidade serão favorecidas; Orientar iniciativas de proteção mais eficazes focadas em espécies com maior ou menor grau de plasticidade; Quantificar o crescimento e a produção de sementes de indivíduos de P. ruderale selecionados em condições constantes, variáveis previsíveis, variáveis imprevisíveis e variáveis extremas em duas condições teste simultaneamente; Comparar os resultados obtidos com a população natural dessa espécie; Identificar se ocorre e como ocorre a evolução em curto prazo da plasticidade fenotípica sob essas condições; Avaliar a germinabilidade de sementes de P. ruderale e P. obscurum; Verificar se a plasticidade da espécie influência na germinação de suas sementes; Analisar qualitativamente e quantitativamente a morfoanatomia de folhas e raízes nas espécies P. ruderale e P. obscurum cultivadas em diferentes condições de água e nutrientes. 5. HIPÓTESES Hipótese 1. A maior distribuição fitogeográfica das espécies P. millegrana, P. ruderale e S. terebinthifolius em relação as suas respectivas congêneres decorre do maior nível de plasticidade manifestado pelas primeiras; Hipótese 2. A plasticidade fenotípica influencia as respostas das espécies às mudanças globais; Hipótese 3. O maior potencial plástico favorecerá as espécies P. millegrana, P. ruderale e S. terebinthifolius quando as variações ambientais estiverem dentro dos seus respectivos limites de tolerância; 8 Hipotese 4. Em condições de grande estresse onde essa capacidade de aclimatação é diminuída e os custos de sua manutenção se tornam maiores, a plasticidade fenotípica será mal adaptativa; Hipótese 5. A plasticidade fenotípica está sujeita a mecanismos evolutivos; Hipótese 6. Sua evolução ocorrerá de maneira diferencial de acordo com o ambiente de seleção; Hipótese 7. O fitness das plantas obtidas das sementes produzidas em condições constantes será maior nessa condição; Hipótese 8. Os distintos potenciais plásticos serão manifestados desde a germinação; Hipótese 9. A plasticidade fenotípica diferencial ocorrerá para a morfoanatomia de folhas e raízes. 6. METODOLOGIA O desenvolvimento desse projeto consistirá na realização de três experimentos e na análise morfoanatômica, sendo as espécies utilizadas relativas a cada procedimento. Os procedimentos corresponderão a diferentes capítulos da tese. 6.1 Área de estudo O Parque Estadual de Vila Velha (PEVV) possui área de 3.803,28 ha, localizando-se no município de Ponta Grossa, PR, nos limites aproximados 25º12’20”-25º15’50”S e 49º57’50”-50º03’10”W, na região dos Campos Gerais (SCHWARTSBURD; LABIAK, 2007). De acordo com a classificação de Köeppen, essa região possui tipo climático Cfb – clima subtropical úmido mesotérmico (CERVI et al., 2007), com média de temperatura do mês mais quente inferior a 22 ºC, caracterizando um verão brando, e do mês mais frio inferior a 18 ºC, com ocorrência de geadas severas, sem estação seca definida, porém, com menor umidade no período do inverno; sua altitude varia de 800 a 1.100 m (SCHWARTSBURD; LABIAK, 2007). No interior do PEVV estão presentes três formações geológicas distintas, sendo essas: Arenito Furnas, Folhelos Ponta Grossa e Arenito Itararé (BODZIAK JÚNIOR; MAACK, 1946). Essas são rochas sedimentares paleozóicas, sendo as duas primeiras datadas do período Devoniano e a última do período Carbonífero (IAP, 2004). A variedade tipológica de solos encontrada nesse ambiente (MELO et al., 2004; SCHWARTSBURD; LABIAK, 2007), onde predominam solos sedimentares antigos derivados de arenitos e folhelhos (IAP, 2004), que deram origem a várias galerias e 9 afloramentos rochosos distintos (MELO et al., 2004; SCHWARTSBURD; LABIAK, 2007), resulta-se possivelmente, do controle de circulação da água de infiltração, drenagem e erosão do solo, propiciada pelo substrato rochoso e o relevo da região (UEPG, 2003). O PEVV encontra-se no domínio da floresta ombrófila mista, savana gramíneo lenhosa, com contribuição da floresta ombrófila densa, e localiza-se próximo as áreas de floresta estacional semidecidual (CERVI et al., 2007). Em sua extensão podem ser diferenciadas distintas zonas de vegetação atribuídas à variedade de condições de umidade e tipos de solos características desse ambiente. 6.2 Coleta de dados e materiais vegetais Serão identificadas as espécies P. millegrana, P. tricholaenoides, P. ruderale, P. obscurum, S. terebinthifolius e S. weinmannifolius das quais serão coletados órgãos reprodutivos para herborização e sementes para o cultivo experimental. As sementes serão coletadas de 10 indivíduos por espécie, em média. A identificação em família, gêneros e espécies seguirá padrões da taxonomia clássica, feita com base em caracteres morfológicos, utilizando-se vários exemplares, com auxílio de literatura específica. O material botânico será coletado em campanhas, sendo observada a presença de frutos maduros. Serão coletadas partes reprodutivas do material botânico (flor e fruto em diferentes estágios de desenvolvimento), com ajuda de tesoura de poda manual. Estas amostras serão levadas para o laboratório de Botânica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde serão herborizadas (FIDALGO; BONONI, 1989) e depositados no HUEM (Herbário da Universidade Estadual de Maringá). A coleta de sementes será realizada manualmente para os três experimentos da maior quantidade de indivíduos e populações possíveis. 6.3 Experimento 1. Cultivo em casa de vegetação Para testar as hipóteses 1, 2, 3 e 4 será montado um experimento com três fatores, sendo esses: espécie, água e nitrogênio. Esses fatores serão divididos em seis níveis para espécie, quatro níveis para água e dois níveis para nitrogênio. Espécies - Panicum millegrana é uma gramínea que ocorre em toda extensão do território brasileiro incluindo áreas antropizadas. As mesmas características botânicas são compartilhadas por P. tricholaenoides, no entanto apesar desta ter uma ampla distribuição é comparativamente menor do que a anterior (FORZZA et al., 2010), sendo que para ambas 10 faltam informações botânicas básicas. Porophyllum ruderale, conhecida popularmente como arnica, é herbácea, anual (TAKEDA; FARAGO, 2001), com reprodução por sementes ocorrendo em cerca de 120 dias de idade (FONSECA; CASALI; BARBOSA, 2007). Potencialmente capaz de sobreviver em ambientes modificados é referida como ruderal e daninha (FERREIRA; LACA-BUENDIA, 1978). P. obscurum, congenérica a P. ruderale é bastante similar a anterior, com exceção ao seu caráter infestante, encontrando-se poucas informações a seu respeito. Schinus terebinthifolius conhecida popularmente como aroeirapimenteira é uma espécie arbórea muito promissora para práticas de recuperação de áreas degradadas (SABBI; ÂNGELO; BOEGER, 2010). Foi introduzida intencionalmente no sul da Florida (EUA) onde se tornou invasora, sendo que as características de rápido crescimento, fácil aclimatação e alelopatia a atribuíram grande vantagem sobre as espécies nativas (MORTON, 1978). S. weinmannifolius possui as mesmas características citadas para S. terebinthifolius, no entanto ocorre em um menor número de ambientes (FORZZA et al., 2010) e não tem históricos de invasora. Água - Baseado nas tendências observadas para precipitação serão feitas três simulações. Para simulação de ambientes com aumento de precipitação as plantas serão irrigadas alternadamente a cada 24 h em uma semana e a cada 48 h na semana seguinte. Ambientes com decréscimo de precipitação serão alcançados com irrigação semanal alternada entre 72 h e 1 vez por semana. Já, no tratamento de condições extremas as plantas receberão irrigação a cada 12 h em uma semana e ausência de irrigação na semana seguinte (GIANOLI, 2004). Como controle as plantas serão irrigadas a cada 48 h em uma semana e 72 h na semana seguinte. Os tratamentos diferirão apenas na frequência de irrigação, a qual será feita com um irrigador automático instalado de forma a fornecer a mesma quantidade de água para todas as plantas no tratamento, sendo estes isolados com sacos plásticos para aumentar a especificidade do procedimento. Nitrogênio - O substrato utilizado será areia lavada e mistura Provaso na proporção 4:1, que consistirá na concentração normal de nitrogênio (controle), esta mistura será comparada aos solos não antropizados no interior do PEVV onde as espécies ocorrem, sendo realizadas correções com acréscimo de areia ou de mistura comercial se necessário. A simulação de ambientes antropizados se dará pela avaliação do solo de áreas cultivadas, sendo adicionada uma quantidade de nitrato para igualar ao valor obtido. A aplicação será feita manualmente de acordo com a necessidade. Foi escolhido o nitrato e não o NPK, devido à característica 11 limitante e a elevada interferência humana sobre as quantidades de nitrogênio. A determinação dos nutrientes do solo será realizada pelo laboratório de química da UEM. Condução do experimento - Para condução desse experimento, serão coletadas sementes, mínimo de 500 por espécie no PEVV, do maior número de indivíduos e populações possíveis. Essas serão postas para germinar simultaneamente nos sacos plásticos, duas a cinco sementes por saco, para garantir a germinação, sendo realizado o desbaste caso mais de uma semente germine. A irrigação será realizada a cada 24 h até a expansão dos eofilos. Posteriormente as plântulas serão submetidas aos respectivos regimes de irrigação. Os sacos plásticos de 18x30 cm serão marcados diferencialmente, de acordo com o tratamento e a espécie. O experimento será totalmente casualizado, sendo as plântulas sorteadas aleatoriamente entre os tratamentos e cultivadas durante a realização do experimento, montado na estufa anexa ao T-10 da UEM. As plantas terão seu posicionamento aleatorizado no transplante das plântulas e 60 dias após esse momento para as espécies gramíneas e herbáceas e 150 dias após para as espécies arbóreas. Ou seja, na metade do período de cultivo em ambos os grupos, para evitar a influencia de fatores relacionados ao posicionamento das plantas no experimento. Variáveis mensuradas - Serão mensurados: biomassa fresca e seca da planta, raiz e parte aérea, comprimento da raiz e parte aérea, razão raiz parte aérea e número de inflorescências por planta. Estas serão obtidas após a floração das plantas, sendo tomadas de 30 indivíduos de cada espécie para cada tratamento. Análise dos dados - Para avaliar se as espécies apresentam plasticidade será utilizado um índice de plasticidade fenotípica, que varia de zero a um, o qual será calculado para cada característica mensurada, como a diferença entre o valor máximo e o mínimo entre os dois tratamentos extremos, dividido pelo valor máximo obtido (VALLADARES et al., 2000). O efeito das espécies, água e nutrientes, juntamente com suas interações, será testado com uma ANOVA trifatorial. A normalidade do conjunto dos dados será avaliada através do teste de Shapiro-Wilk, enquanto a homocedasticidade será testada pelo teste de Levene. Os testes serão realizados no software Statistica 7.0. 6.4 Experimento 2. Seleção da plasticidade fenotípica em quatro ambientes modelos O experimento de seleção (figura 1) será utilizado para testar as hipóteses 5, 6 e 7. Este será montado anteriormente ao experimento 1 na casa de vegetação experimental da UEM. Somente a espécie P. ruderale será utilizada, considerando o seu fácil cultivo e o maior conhecimento sobre o seu tempo de reprodução, sendo esse bastante curto (cerca de 12 120 dias) (FONSECA; CASALI; BARBOSA, 2007), o que permitirá a seleção de um maior número de gerações. Figura 1. Visão geral do experimento e protocolo de seleção. Na estufa, as plantas serão cultivadas em diferentes ambientes com regimes de irrigação específicos (Constante I, Variável previsível, Variável imprevisível e Variável extremo), sendo obtidas sementes do maior número de gerações possíveis. Cinquenta indivíduos escolhidos aleatoriamente serão utilizados para fundar cada linhagem em cada geração. Sementes da população natural serão utilizadas para comparação (Controle). Efeitos ambientais maternos serão minimizados na penúltima geração onde as plantas serão cultivadas em condições idênticas (Comum). Na última fase do experimento (Teste), as sementes de todas as gerações experimentais e das populações naturais serão divididas entre dois ambientes (Constante I e Constante II), sendo a plasticidade medida como a diferença das características avaliadas entre os mesmos (modificado de STANTON; ROY; THIEDE, 2000). Para amostragem de uma maior variedade de genótipos, a coleta de sementes para esse experimento será realizada em diversos locais, e não apenas no Parque Estadual de Vila Velha, já que a variabilidade genética é um dos pressupostos para que ocorra a seleção, tornando os resultados mais confiáveis. As sementes serão coletadas de 50 populações separadas entre 3 km a 450 km, no estado do Paraná. Serão coletadas sementes de um a dois indivíduos para cada população, mínimo de 50 sementes por população, totalizando 2.500 sementes. Parte dessas sementes (1.500), somente as que consistirão no controle desse experimento, serão colocadas sob lâmpada incandescente (40W) para secagem por uma semana, e então armazenadas em sacos pretos sob temperatura ambiente a fim de assegurar a máxima viabilidade até sua utilização (KLEIN; FELIPPE, 1991). 13 Ambientes modelos Constante I - Para simulação de populações que ocorrem em ambientes constantes ou homogêneos, onde teoricamente a plasticidade deve ser menor, as plantas de P. ruderale serão cultivadas em condições fixas de água, sendo irrigadas a cada 48 h durante toda realização do experimento. Variável previsível - A simulação de ambientes variáveis e previsíveis se dará através da alternância cíclica das plantas entre distintos períodos de irrigação. Essas serão irrigadas a cada 24 h durante cinco dias, a cada 72 h durante nove dias, a cada 48 h durante 10 dias e a cada 72 h durante seis dias, repetindo o ciclo por cinco vezes a cada geração. Dessa forma, as sementes coletadas em condições variáveis simularão populações que ocorrem em ambientes heterogêneos onde se espera que a plasticidade seja maximizada caso haja algum mecanismo seletivo sobre a plasticidade fenotípica nesses indivíduos. Variável imprevisível - Ambientes variáveis imprevisíveis serão simulados por meio da alternância aleatória das plantas entre os mesmos períodos de irrigação citados para o ambiente Variável previsível. O tempo total de cada frequência de irrigação ao fim da geração (150 dias) será igual ao utilizado no ambiente previsível (SCHEINER, 2002). Variável extremo – Para simular condições ambientais extremas, as plantas serão irrigadas a cada 12 h durante cinco dias, sem irrigação durante nove dias, a cada 48 h durante 10 dias e sem irrigação durante seis dias, repetindo esse ciclo cinco vezes durante a geração de forma a evitar o confundimento dos fatores imprevisibilidade e intensidade. Sistematizações Irrigação - Para todos os tratamentos as plantas receberão a mesma quantidade de irrigação ao fim do experimento (75 períodos de irrigação), diferindo apenas na previsibilidade e na severidade dessa distribuição. Substrato - O substrato (igual ao descrito para o experimento 1) será o mesmo para todos os ambientes modelos, não recebendo adição de nitrogênio. Cruzamentos - Assim que constatado o início do florescimento serão realizadas polinizações cruzadas aleatórias, ensacando as flores que receberem e doarem grãos de pólen até o fim do período de floração. Os cruzamentos serão feitos de forma manual com auxilio de um pincel, sendo todas as polinizações realizadas dentro do respectivo tratamento. Para assegurar a eficácia do procedimento, minimizado a contaminação genética entre os tratamentos, será 14 utilizado um pincel para cada tratamento, os quais serão isolados por meio de plásticos transparentes, sendo o jaleco trocado para a realização do processo em cada tratamento (STANTON; ROY; THIEDE, 2000). Posicionamento - Para evitar a influência de outros efeitos não controlados durante a realização do experimento, como fatores advindos da localização das plantas na estufa, os blocos que consistirão em cada tratamento terão seu posicionamento aleatorizado no plantio das sementes e 60 dias após esse momento. Os procedimentos descritos acima serão utilizados para todas as gerações. Coleta de sementes - As sementes serão retiradas de todos os indivíduos dos tratamentos escolhidos (mínimo de 500 sementes por tratamento), na proporção relativa ao número de sementes produzidas, a fim de simular as condições naturais onde indivíduos com maior número de sementes fornecem maior contribuição genética para as próximas gerações. Essas sementes serão coletadas de todas as gerações (três gerações). Dessa forma as sementes serão preservadas até a última coleta para o teste de plasticidade. Plantio - A cada novo plantio, as sementes serão postas para germinar simultaneamente nos sacos plásticos, cinco sementes por saco, para garantir a germinação, sendo realizado o desbaste caso mais de uma semente germine. Essas serão mantidas sob as mesmas condições irrigadas a cada 24 h até a expansão dos eofilos para então serem submetidas aos respectivos regimes de irrigação. Os sacos plásticos (número de 200 a 1200 de acordo com a etapa do experimento) de 18x30 cm serão marcados diferencialmente, de acordo com o tratamento e geração. Plântulas reservas serão mantidas em 3 sacos extras para cada tratamento caso haja necessidade de reposição de plantas que morrerem ao longo do experimento. Ambientes auxiliares Controle - O ambiente controle será o de ocorrência natural da espécie, ou seja, representará a plasticidade “selvagem” da população sem sofrer nenhuma manipulação experimental. Para isso serão utilizadas as sementes coletadas das populações de P. ruderale em campo, retiradas da mesma amostra utilizada para o cultivo experimental em casa de vegetação, as quais estarão armazenadas em sacos pretos (como descrito anteriormente) para manter a máxima viabilidade até sua utilização no experimento. Essas pertencerão, portanto, a mesma fonte genética dos indivíduos cultivados experimentalmente, permitindo uma comparação confiável da plasticidade natural com a selecionada ao fim do experimento. 15 Comum - Para minimizar o impacto dos efeitos maternos (ROACH; WULFF 1987; GALLOWAY, 1995; KAWECKI; EBERT, 2004), na geração antecedente ao teste, todas as plantas serão distribuídas aleatoriamente e cultivadas em um ambiente comum, sendo irrigadas a cada 72h. Constante II - Será simulado também um segundo ambiente com condições constantes a fim de possibilitar a comparação entre a plasticidade dos indivíduos advindos da população natural e das respectivas gerações e tratamentos de P. ruderale. Isso porque, a plasticidade fenotípica será obtida pela diferença das características mensuradas em cada grupo quando esses estiverem expostos a duas condições constantes distintas. Dessa forma, as plantas de P. ruderale serão cultivadas em condições fixas de água, irrigadas a cada 12h, sendo mantidas a concentrações altas de nitrogênio, determinadas com um experimento piloto. Teste de plasticidade Para condução desse teste as sementes serão separadas de acordo com sua fonte de coleta, ou seja, retiradas da população em campo e dos indivíduos selecionados de acordo com o tratamento e geração. Dessa forma, as sementes serão transferidas para os sacos plásticos individuais distribuídos aleatoriamente entre as duas condições constantes, sendo utilizado o mesmo número de sementes de cada fonte para ambas as condições. Assim, a plasticidade obtida será resultante das diferenças nas características avaliadas entre os indivíduos expostos aos tratamentos constante I e constante II. Variáveis mensuradas - Serão mensurados: biomassa fresca e seca da planta, raiz e parte aérea, comprimento da raiz e parte aérea, razão raiz parte aérea e número de frutos por planta. Estas medidas serão obtidas após a frutificação das plantas, sendo tomadas de 50 indivíduos para a população natural e para cada linhagem e geração nos ambientes Constante I e Constante II. Análise dos dados - Para testar a ocorrência de evolução da plasticidade fenotípica será utilizado um índice de plasticidade fenotípica, que varia de zero a um, o qual será calculado para cada característica mensurada, como a diferença entre o valor máximo e o mínimo entre os diferentes tratamentos, dividido pelo valor máximo obtido (VALLADARES et al., 2000). 16 6.5 Experimento 3. Germinação O experimento de germinação será conduzido para testar a hipótese 8, sendo estabelecidos três fatores, espécies (P. ruderale e P. obscurum), luz (escuro constante e fotoperíodo de 12h) e temperatura (15ºC, 20°C, 25°C e 30°C). Para tal, serão utilizadas câmaras de germinação com temperatura e fotoperíodo controlados e alumínio para envolver as placas de Petri no tratamento de escuro, no qual as sementes serão examinadas sob luz verde de segurança. As sementes coletadas de P. ruderale e P. obscurum no PEVV serão levadas para o laboratório de Fisiologia da UEM, onde serão distribuídas aleatoriamente em placas de Petri recobertas com duas folhas de papel Germitest, umedecidas com água destilada, sendo utilizadas amostras de 100 sementes por tratamento, distribuídas em cinco repetições de 20 sementes (OLIVEIRA; PIÑA-RODRIGUES; FIGLIOLIA, 1989; GARCIA; DINIZ, 2003). Caso não haja ampla disponibilidade de sementes, a amostragem será reduzida, utilizando-se no mínimo cinco sementes por repetição. Os testes serão realizados, inicialmente, em temperatura de 25°C, sob fotoperíodo de 12h e escuro contínuo. Posteriormente, será verificada a germinabilidade das sementes sob as diferentes temperaturas procedendo-se como acima descrito. A germinação será avaliada diariamente sendo consideradas germinadas as sementes que apresentarem 3mm de protrusão da raiz primária. Variáveis mensuradas - Com os resultados obtidos serão calculados a porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação (FERREIRA; BORGHETTI, 2004) e coeficiente de uniformidade da germinação (CUG) (SANTANA; RANAL, 2004). Análise dos dados - O efeito das espécies, luz e da temperatura, juntamente com suas interações, será testado com uma ANOVA trifatorial. A normalidade do conjunto dos dados será avaliada através do teste de Shapiro-Wilk, enquanto a homocedasticidade será testada pelo teste de Levene. Os testes serão realizados no software Statistica 7.0. 6.6 Avaliação morfoanatômica - Folhas e raízes A avaliação morfoanatômica será feita para o teste da hipótese 9, utilizando-se os indivíduos de P. ruderale e P. obscurum cultivados no experimento 1 quando as plantas atingirem a maturidade (presença de estruturas reprodutivas). 17 Morfologia - serão coletadas cinco folhas do nó padronizado da planta de 10 indivíduos de cada tratamento para as duas espécies, totalizando 160 folhas. Estas serão prensadas entre jornais e secas em estufa até o alcance de um peso constante. Variáveis mensuradas - Serão obtidos a massa seca foliar (gramas) em balança analítica de precisão e a área foliar (cm2) com o programa Image-Pro Plus. Dividindo-se a área pela massa seca da folha será obtida a área foliar específica (AFE). Anatomia - serão analisados os nomofilos e as raízes das plantas de P. ruderale e P. obscurum, sendo utilizadas cinco réplicas de cada órgão para cada combinação. A análise será feita em microscópio de luz, sendo o material fixado em glutaraldeído (JOHANSEN, 1940; KRAUS; ARDUIN, 1997), armazenado em álcool 70% (JOHANSEN, 1940), desidratado em série alcoólico etílica, incluído em historresina Leica e secionado em micrótomo de rotação. As seções serão feitas no limbo (região mediana) do nó padronizado da planta e nas raízes (região apical) e coradas com azul de toluidina (O’BRIEN; FEDER; MCCULLY, 1964). Variáveis mensuradas - Os nomofilos terão determinados a espessura da folha, a espessura da cutícula/camada cuticular, epiderme de ambas as faces, o mesofilo e os parênquimas paliçádico/esponjoso. Para tal, serão efetuadas três medidas por indivíduo em diferentes seções utilizando-se do programa Image-Pro Plus no qual serão mensuradas as imagens previamente fotografadas com as escalas específicas para cada caso. Para as raízes serão mensurados área total da raiz, área do cilindro central, diâmetro dos vasos do xilema e área de espaços intercelulares do parênquima. Em três seções por indivíduo será mensurado o diâmetro de três vasos e de três espaços intercelulares com programa Image-Pro Plus utilizando-se imagens previamente fotografadas com as escalas específicas para cada caso. Análise dos dados - O efeito das espécies, água e dos nutrientes, juntamente com suas interações, será testado com uma ANOVA trifatorial. A normalidade do conjunto dos dados será avaliada através do teste de Shapiro-Wilk, enquanto a homocedasticidade será testada pelo teste de Levene. Os testes serão realizados no software Statistica 7.0. 18 7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Atividades/Semestres 1°Sem. 2°Sem. 1°Sem. 2°Sem. 1°Sem. 2°Sem. 1°Sem. 2°Sem. 1°Sem. 2015 2015 2016 2016 2017 2017 2018 2018 2019 Coleta: sementes X X Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X X X Realização experimento 1 X X X Realização experimento 2 X X X Realização experimento 3 X Análise morfoanatômica X X X X Análise dos dados X X X X X X X X X X Redação da tese X X X Entrega da tese X Defesa da tese X 8. REFERÊNCIAS AGRAWAL, A. A. Phenotypic Plasticity in the Interactions and Evolution of Species. Science, v.294, n.5541, p.321-326, 2001. ALLAN, R. P.; SODEN, B. J. Atmospheric warming and the amplification of precipitation extremes. Science, v.321, n.5895, 1481-1484, 2008. BASSIRIRAD, H. Kinetics of nutrient uptake by roots: responses to global change. New Phytologist, v.147, n.1, p.155-169, 2000. BODZIAK, Jr. C.; MAACK, R. Contribuição ao conhecimento dos solos dos Campos Gerais no Estado do Paraná. Brazilian Archives of Biology and Technology, s/v., s/n., p.127-163, 2001. CALLAWAY, R. M.; PENNINGS, S. C.; RICHARDS, C. L. Phenotypic plasticity and interactions among plants. Ecology, v.84, n.5, p.1115-1128, 2003. CERVI, A. C. et al. A vegetação do Parque Estadual de Vila Velha, município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Bol. Mus. Bot. Mun., Curitiba, v.69, s/n., p.01-52, 2007. CRISPO, E. et al. The evolution of phenotypic plasticity in response to anthropogenic disturbance. Evolutionary Ecology Research, v.12, n.1, p.47-66, 2010. DONOHUE, K. et al. Adaptive divergence in plasticity in natural populations of impatiens capensis and its consequences for performance in novel habitats. Evolution, v.55, n.4, p.692702, 2001. FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Armed, 2004. FERREIRA, M. B.; LACA-BUENDIA, J. P. del C. Espécies consideradas plantas daninhas em áreas cultivadas no Estado de Minas Gerais. Planta Daninha, v.1, n.2, p.16-26, 1978. FIDALGO, O.; BONONI, V. L. R. (org.) Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Meio Ambiente, p.62, 1989. FONSECA, M. C. M.; CASALI, V. W. D.; BARBOSA, L. C. A. Influência da época e do horário de colheita nos teores de óleo essencial e de taninos em couve-cravinho (Porophyllum ruderale) (Jacq.) Cassini. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.9, n.2, p.75-79, 2007. FORZZA, R. C. et al. Lista de espécies da flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. GALLOWAY, J. N. et al. Nitrogen fixation: anthropogenic enhancement-environmental response. Global Biogeochemical Cycles, v.9, n.2 ,p.235-252, 1995. 19 GALLOWAY, L. F. Response to natural environmental heterogeneity: maternal effects and selection on life-history characters and plasticities in Mimulus guttatus. Evolution, v.49, n.6, p.1095-1107, 1995. GARCIA, Q. S.; DINIZ, I. S. S. Comportamento germinativo de Vellozia da Serra do CipóMG. Acta Botânica Brasílica, v.17, n.4, p.487-484, 2003. GIANOLI, E. Plasticity of traits and correlations in two populations of Convolvulus arvensis (Convolvulaceae) differing in environmental heterogeneity. International Journal of Plant Sciences, v.165, n.5, p.825-832, 2004. GIANOLI, E.; VALLADARES, F. Studing phenotypic plasticity: the advantages of a broad approach. Biological Journal of the Linnean Society, v.105, n.1, p.1–7, 2012. GRUBER, N.; GALLOWAY, J. N. An Earth-system perspective of the global nitrogen cycle. Nature, v.451, n.7176, p.293-296, 2008. GUTSCHICK, V. P.; BASSIRIRAD, H. Extreme events as shaping physiology, ecology, and evolution of plants: toward a unified definition and evaluation of their consequences. New Phytologist, v.160, n.1, p.21-42, 2003. IAP - Instituto Ambiental do Paraná. 2004. Plano de Manejo do Parque Estadual de Vila Velha. Curitiba. IVES, A. R.; CARPENTER, S. R. Stability and Diversity of Ecosystems. Science, v.317, n.5834, p.58-62, 2007. JOHANSEN, D. A. Plant microtechnique. New York: McGraw-Hill, 1940. KAWECKI, T. J.; EBERT, D. Conceptual issues in local adaptation. Ecology Letters, v.7, n.12, p.1225-1241, 2004. KLEIN, A.; FELIPPE, G. M. Efeito da luz na germinação de sementes de ervas invasoras. Pesquisa agropecuária brasileira, v.26, n.7, p.955-966, 1991. KRAUS, J. E.; ARDUIN, M. Manual básico de métodos em morfologia vegetal. Seropédica: Rio de Janeiro: Editora Universidade Rural, 1997. LLORET, F. et al. Extreme climatic events and vegetation: the role of stabilizing processes. Global Change Biology, v.18, n.3, p.797-805, 2012. LUSK, C. H. et al. Why are evergreen leaves so contrary about shade?. Trends in Ecology and Evolution, v.23, n.6, p.299-303, 2008. MATESANZ, S.; GIANOLI, E.; VALLADARES, F. Global change and the evolution of phenotypic plasticity in plants. Annals of the New York Academy of Sciences, v.1206, s/n, p.35–55, 2010. MELO, M. S. de et al. A geologia no plano de manejo do Parque Estadual de Vila Velha, PR*. Revista Brasileira de Geociências, v.34, n.4, p.561-570, 2004. MORTON, J. F. Brazilian pepper—its impact on people, animals and the environment. Economic Botany, v.32, n.4, p.353-359, 1978. NICOTRA, A. B. et al. Plant phenotypic plasticity in a changing climate. Trends in Plant Science, v.15, n.12, p.684-692, 2010. O’BRIEN, T. P.; FEDER, N.; MCCULLY, M. E. O. Polychromatic staining of plant cell walls by toluidine blue. Protoplasma, v.59, n.2, p.368-373, 1964. OKI, T. et al. Global hydrological cycles and world water resourses. Science, v.313, n.1068, 1068-1072, 2006. ROACH, D. A.; WULFF, R. D. Maternal effects in plants. Annual Review of Ecology and Systematics, v.18, p.209-235, 1987. SABBI, L. B. C.; ÂNGELO, A. C.; BOEGER, M. R. Influência da luminosidade nos aspectos morfoanatômicos e fisiológicos de folhas de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) implantadas em duas áreas com diferentes graus de sucessão, nas margens do Reservatório Iraí, Paraná, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v.65, n.2, p.171-181, 2010. 20 SANTANA, D. G.; RANAL, M. A. Análise da germinação: um enfoque estatístico. 1.ed. Brasília: UnB, 2004. SCHEINER, S. M. Selection experiments and the study of phenotypic plasticity. Journal of Evolutionary Biology, v.15, n.6, p.889-898, 2002. SCHWARTSBURD, P. B.; LABIAK, P. H. Pteridófitas do Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, Brasil, Hoehnea, v.34, n.2, p.159-209, 2007. STANTON, M. L.; ROY, B. A.; THIEDE, D. A. Evolution in stressful environments. I. Phenotypic variability, phenotypic selection, and response to selection in five distinct environmental stresses. Evolution, v.54, n.1, p.93-111, 2000. SULTAN, S. E. Development in context: the timely emergence of eco-devo. Trends in Ecology and Evolution, v.22, n.11, p.575-582, 2007. SULTAN, S. E. et al. Physiological response to complex environments in annual Polygonum species of contrasting ecological breadth. Oecologia, v.115, n.4, p.564578, 1998. SULTAN, S. E. Phenotypic plasticity and plant adaptation. Acta Bot. Neerl., v.44, n.4, p.363– 383, 1995. TAKEDA, I. J. M.; FARAGO, P. V. Vegetação do parque estadual de Vila Velha. Curitiba: Serzegraf; 2001. TILMAN, D. et al. Forecasting agriculturally driven global environmental change. Science, v.292, n.5515, p.281-284, 2001. UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa. Caracterização do Patrimônio Natural dos Campos Gerais do Paraná. p.239. Ponta Grossa: UEPG, 2003. VALLADARES, F. et al. Plastic Phenotypic Response to Light of 16 Congeneric Shrubs from a Panamanian Rainforest. Ecology, v.81, n.7 p.1925-1936, 2000. VALLADARES, F.; GIANOLI, E.; GÓMEZ, J. M. Ecological limits to plant phenotypic plasticity. New Phytol., v.176, n.4, p.749-763, 2007. VIOLLE, C. et al. Let the concept of trait be functional!. Oikos, v.116, n.5, p.882-892, 2007. VITOUSEK, P. Nutrient Cycling and Nutrient Use Efficiency. Am. Nat., v.119, n.4, p.553572, 1982. ZHANG, X. et al. Detection of human influence on twentieth-century precipitation trends. Nature, v.448, n.7152, 461-465, 2007.