ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA LÍNGUA AZUL EM BOVINOS LEITEIROS DE MINAS GERAIS E ASSOCIAÇÕES COM PROBLEMAS REPRODUTIVOS ANTIBODIES AGAINST THE BLUE TONGUE VIRUS IN DAIRY CATTLE IN THE STATE OF MINAS GERAIS, BRAZIL AND ASSOCIATIONS WITH REPRODUCTIVE PROBLEMS Paulo Artur Konrad1;Rogério Oliveira Rodrigues2; Ângela Conceição Pereira Chagas3; Gustavo Fontes Paz4; Rômulo Cerqueira Leite5 RESUMO Com objetivo de verificar a freqüência de animais com sorologia positiva para Língua Azul e a existência de associações com aborto e repetição de cio, realizou-se um levantamento soro-epidemiológico em 15 rebanhos bovinos, de aptidão leiteira, com histórico de transtorno reprodutivo, localizados em diferentes regiões do Estado de Minas Gerais. Pesquisou-se anticorpos para Língua Azul em 1304 amostras de soro de fêmeas bovinas, com ou sem problemas reprodutivos. Os resultados demonstraram que 776 (59,51%), das amostras analisadas, apresentaram anticorpos para o agente, sugerindo ampla distribuição deste entre os rebanhos pesquisados. No entanto, não observou-se associação desta enfermidade com os problemas reprodutivos relatados, indicando a pouca importância desta enfermidade nos rebanhos estudados. Palavras-chave: bovinos, problemas reprodutivos, soroepidemiológico, língua azul. ABSTRACT With objective to verify the frequency of animals with positive serology for Blue tongue, and the existence of associations with abortion and estrus repetition, took place a seroepidemiological survey in 15 dairy herds, with report of reproductive disruption, located in different regions of the State of Minas Gerais, Brazil. It was researched antibodies for Blue Tongue in 1304 samples of serum from bovine females, with or without reproductive 1 Méd. Vet. Mestrando, DMVP-EV-UFMG, E-mail: [email protected] Méd. Vet. Mestrando, DMVP-EV-UFMG. 3 Resp. técn. laboratório de diagnóstico de doenças à vírus, DMVP-EV-UFMG. 4 Graduando em Med. Vet., Aluno de Iniciação científica, DMVP-EV-UFMG. 5 Med. Vet. Prof. Dr. DMVP-EV-UFMG, Escola de Veterinária, UFMG, MG. 2 Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. Konrad, P.A. et al. 118 problems. The results demonstrated that 776 (59,51%), of the analyzed samples, presented antibodies for the agent, suggesting wide distribution of this among the researched herds. However, it was not observed association of this illness with the reproductive problems reported, indicating the small importance of this illness in the studied herds. Key words: Bovine, Reproductive Problems, Seroepidemiological, Blue tongue. infectados apresentam sintomas clínicos INTRODUÇÃO após a infecção (LOBATTO, 1999). A Língua Azul (LA) é uma doença A transmissão da enfermidade infecciosa, não contagiosa de notificação ocorre através da picada de mosquitos do obrigatória, do gênero Culicoides contaminados com o Epizootias VLA, protótipo do gênero Orbivírus, Escritório presente na Internacional Lista de A (OIE), que pode apresentar conseqüências família sócio-econômicas ou sanitárias graves, com susceptíveis. Como as demais arboviroses, repercussões comércio a LA faz parte de uma complexa e dinâmica internacional de animais e produtos de interação envolvendo o hospedeiro, o vírus origem animal, sendo que, uma vez e o vetor. A manutenção do vírus ocorre introduzida em um país, a possibilidade de através sua erradicação é pequena. Provavelmente ruminantes e espécies de Culicoides. severas no todas as espécies ruminantes são suscetíveis Reoviridae, de um em ciclo animais essencial em A distribuição geográfica do VLA à infecção pelo Vírus da Língua Azul se (VLA), geralmente de forma inaparente subtropicais de todo o mundo. Apenas a nestas espécies, exceto nos ovinos, que Europa é hoje considerada livre da doença, podem ser severamente afetados, podendo apesar de terem ocorrido epidemias na apresentar altos índices de mortalidade e Península Ibérica com isolamento do vírus diminuição na produção. Nos ovinos, a LA (GIBBS & GREINNER, 1988). Os estudos freqüentemente se apresenta como uma históricos demonstram que a área de doença severa, caracterizada por lesões distribuição inflamatórias em tecidos vascularizados compreendida, aproximadamente, entre as como mucosas e bandas coronárias. Em latitudes 400N e 28,670S (COSTA, 2000). expande nas áreas geográfica do tropicais VLA e está contraste, nos bovinos, a LA é geralmente A infecção pelo VLA é comum em caracterizada por uma viremia prolongada e bovinos em áreas endêmicas e em algumas por uma doença branda ou assintomática. áreas epiendêmicas, embora a doença Provavelmente menos de 1% dos bovinos clínica seja rara. Os sinais clínicos incluem Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. 119 Anticorpos contra... além de perdas reprodutivas, lesões erosivas hipersensibilidade. A infecção congênita e vesiculares na cavidade oral, hiperestesia ocorre por via transplacentária e o tempo de e dobras gestação é que determina a possível proeminentes da região cervical. O pêlo evolução das lesões. Quando a infecção freqüentemente ocorre durante a organogênese, podem edema se formando se torna em áspero com exsudato seco. A exsudação é resultante de ocorrer ulcerações na derme. Lesões nos cascos mortalidade fetal, com aborto ou reabsorção secundárias (OSBURN, 1985). e coronite também são freqüentemente evidentes. A patologia é mal formações Diversos congênitas, inquéritos sorológicos mais pronunciada na pele quando ocorre foram realizados, demonstrando que o VLA edema e infiltração eosinofílica na derme. encontra-se distribuído por todo território Problemas a brasileiro em bovinos e outros ruminantes. infecção por orbivirus incluem morte Em bovinos, de acordo com os resultados embrionária, aborto, mal formação fetal, encontrados esterelidade temporária, infertilidade em brasileiros do ano de 1980 a 2000, as touros e eliminação do vírus no sêmen prevalências variam de 0,6% a 89%, sendo (OSBURN, (2003) as menores encontradas geralmente em estudando algumas doenças infecciosas em Estados localizados no Sul do País, e as bovinos leiteiros de Minas Gerais, não mais elevadas localizadas em sua maior evidenciou associação entre animais com parte na região Sudeste ou Nordeste sorologia positiva para LA, com relatos de (MELO et al., 2000). reprodutivos 1994). associados KONRAD, perdas reprodutivas, demonstrando pouca De em acordo diferentes com Estados levantamentos importância desta enfermidade para a sorológicos feitos em vários Estados do reprodução de bovinos. Brasil, percebe-se que a doença está O vírus atinge os bovinos através amplamente distribuída entre as diversas dos vetores, por via hematógena, tendo espécies de ruminantes. Pelos dados obtidos tropismo por hemácias e células epiteliais. com a sorologia e pela falta de relatos de Nos não casos clínicos da doença nas diferentes causam maiores danos à saúde, porém em espécies que se apresentam soropositivas, certas ocasiões são observados perda de tudo indica que a LA espalha-se pelos peso, queda na produção de leite, lesões rebanhos do país de forma silenciosa ulcerativas (CUNHA, 1988). animais nas adultos geralmente mucosas e na pele, possivelmente em decorrência de reação de Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. Konrad, P.A. et al. Essa pesquisa faz parte de um levantamento das possíveis diagnóstico de doenças à vírus 120 do causas Departamento de Medicina Veterinária infecciosas ocorrentes em 15 rebanhos de Preventiva da Escola de Veterinária da aptidão leiteira no Estado de Minas Gerais Universidade Federal de Minas Gerais que interferem com a reprodução, causando (UFMG). a A técnica utilizada para diagnosticar correlação da presença de anticorpos e o os animais soro positivos para Língua Azul, episódio. foi a de Imunodifusão em Gel de Agarose aborto ou infertilidade e fazendo (IDGA), descrita por JOCHIM et. al. MATERIAL E MÉTODOS (1969), modificada por COSTA, (2000). O trabalho foi realizado no Estado Foi providenciado concomitantemente, de Minas Gerais, que possui o maior dados reprodutivos de cada animal e este rebanho leiteiro e a maior produção de leite deveria fornecer, o número de parto/animal, do País (IBGE, 2001). Foram estudadas 15 a ocorrência de abortos e o número de propriedades, sendo os critérios para a inseminações na última gestação. escolha dos rebanhos, o interesse de Para verificar a associação das participação na pesquisa por parte do variáveis a análise estatística foi realizada produtor, histórico pelo teste de dispersão de freqüências (χ2), reprodutivo dos últimos anos, o controle com p≥0,01. Para identificar os animais sanitário dos rebanhos e a constatação de positivos transtornos reprodutivos nos animais. respectiva percentagem, os dados foram a existência de Amostras de sangue foram coletadas uma única vez em todas as fêmeas em para a enfermidade, com analisados utilizando-se computador PC e o pacote estatístico S.A.S., versão 1997. reprodução, independente do histórico do animal. Foram coletadas 1304 amostras RESULTADOS E DISCUSSÃO oriundas de rebanhos de várias regiões do Os resultados encontrados nos Estado. As coletas foram realizadas entre os exames sorológicos mostram que grande meses de setembro de 2001 e janeiro de parte dos 2002, por flebóclise na veia coccígea, positivos para LA (59,51%), porém esta realizadas em um único dia em cada alta positividade deve ser analisada com propriedade e permanecendo, armazenadas cautela pois, segundo CAMPBELL & o animais pesquisados foram e conservadas a -20 C, até a realização do GRUBMAN, (1985), muitas dessas reações exame correspondente, no laboratório de podem ser falsas positivas, pela Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. 121 Anticorpos contra... possibilidade de reações cruzadas entre os infecção, fato que pode ter contribuído para diversos sorotipos desse vírus e outros elevar o número de animais soro positivos. membros do gênero Orbivírus. A época de coleta dos soros pode também Em todas as propriedades ter contribuído para aumentar a trabalhadas foram encontrados animais com percentagem de animais soropositivos, isso anticorpos para o agente (Tab. 1), indicando é, ela coincidiu com o período de chuvas no que ele esta amplamente disseminado nos Estado, quando a temperatura e a umidade rebanhos do Estado. Sua ampla distribuição elevadas, provavelmente, favoreceram a no país já foi demonstrada por outros multiplicação e a manutenção dos vetores autores (CUNHA et al., 1988; CASTRO et (Culicóides al., 1992; WARD, 1996; MELO, 1997; endemicidade da doença (LOBATO, 1996). LOBATO, 1999; LOBATO, 2000) o que Outro fator para justificar a alta spp), facilitando a deste percentagem de animais com sorologia trabalho, reforçando a necessidade do positiva para LA é o fato de tratar-se de controle da animais que vivem grande parte do tempo enfermidade que poderia provocar prejuízos estabulados ou em criações intensivas. consideráveis à produção. Segundo CUNHA et al. (1988) e WARD foi confirmado para pelos evitar achados epidemias Uma das explicações para justificar (1996), são estes os animais mais o elevado número de animais soro positivos susceptíveis aos vetores, talvez pela alta para LA, no presente trabalho, é o fato de concentração os bovinos infectados com o vírus poderem características das propriedades, tais como: apresentar viremia prolongada (100 dias). umidade elevada e presença de água parada Isso de favorecendo a presença e multiplicação dos mosquitos mosquitos. Estas afirmações feitas pelos transmissores e, conseqüentemente, eleva o autores coincidem com os resultados do número de bovinos infectados. Além disso, trabalho, pois foi justamente o rebanho após a infecção com o VLA os bovinos alojado em sistema “Free-stall”, onde a desenvolvem resposta imune humoral, que concentração de animais e a presença de pode ser detectada de 14 - 28 dias. Os água distribuída no piso das instalações é anticorpos ser maior, que ocorreu a maior percentagem de detectáveis aos testes sorológicos, conforme animais com sorologia positiva (75,51%) descrito JOCHIM para esta enfermidade. A alta ocorrência de (1979), por pelo menos três anos após a animais com sorologia positiva para LA é aumenta contaminação a de probabilidade mais neutralizantes por PEARSON podem & dos animais ou pelas Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. Konrad, P.A. et al. O tipo de exploração dos bovinos, o um indicativo de que o vírus está circulando manejo e as instalações, influenciaram na no ambiente de forma intensa. A análise realizada 122 para cinética da distribuição da LA nos rebanhos. Sorologia correlacionar aborto e repetição de cio com é uma ferramenta a sorologia dos animais, demonstrou não importante no diagnóstico de doenças, no existir associação entre estas variáveis. entanto para esta enfermidade ela não é Mesmo a sorologia demonstrando alta definitiva e necessita de outras técnicas freqüência de animais infectados nos mais precisas como isolamento, PCR, entre rebanhos trabalhados, a análise demonstrou outras. que a enfermidade não está interferindo na reprodução destes animais (Tab 2). Os resultados confirmam que a REFERÊNCIAS CAMPBELL, C.H.; GRUBMAN, M.J. enfermidade está se espalhando pelos Current knowledge on the biochemistry and rebanhos do país de forma silenciosa immunology of bluetongue. In: PANDEY, conforme afirmou CUNHA (1988) e que o R. Infection and immunity in farm vírus não causa maiores danos a bovinos aniamals. Basel, Karger, 1985. p. 58-79. adultos (OSBUM, 1985) a não ser em casos de epidemias, ainda em menor escala, que em ovinos. No entanto, os prejuízos causados pelas restrições de mercado, impostos à indústria dos produtos derivados de bovinos e o embargo e imposição de testes para exportação de animais e sêmen CASTRO, R.S.; LEITE, R.C.; ABREU, J.J. et al. Prevalence of antibodies to selected viruses in bovine embryo donors and recioients from Brazil, and its implications in international embryo trade. Trop. Anim. Hlth. Prod., v.24, n.3, p.173-176, 1992. para países livres da doença, tornam uma doença de grande importância para os bovinos. (GIBBS & GREINNER, 1988). COSTA, J.R.R. Língua Azul: produção e padronização de antígeno para prova de CONCLUSÕES imunodifusão em gel de ágar e A LA esteve presente em todos os prevalência nas mesorregiões sudoeste e rebanhos trabalhados e sua distribuição foi sudeste do Estado do Rio Grande do Sul, uniforme, no entanto não houve associação 1999. Belo Horizonte: UFMG - Escola de entre sorologia positiva com episódios de Veterinária, 2000. (Dissertação Mestrado). abortos e outros transtornos reprodutivos. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. 123 Anticorpos contra... CUNHA, R.G.; SOUZA, D.M.; TEIXEIRA, LOBATO, Z.I.P. Vírus de língua azul: A. C. Incidência de anticorpos para o vírus construção de recombinantes em vírus da Língua Azul em soros de caprinos e vaccínia e resposta imune. Belo Horizonte: ovinos do Estado do Rio de Janeiro. Arq. UFMG – Escola de Veterinária, 1996. 200p. Flum. Med. Vet. v.3, n.2, p. 53-56, 1988. (Tese Doutorado). GIBBS, E.C. LOBATO, Z.I.P. Língua Azul: a doença nos Bluetongue and epizzotic hemorragic disease bovinos. Rev. Bras. Reprod. Anim., v. 23 n. In: The Arbovirus Epidemiology and 4 p. 515 – 523, 1999. E.P.J.; GREINNER, Ecology. Flórida: T.P. Mpnath Ed, CRC Press Inc, 1988, v. 3, p. 39-70. LOBATO, Z.I.P. Diarréia Bovina à Vírus. In: I Encontro Integrado de Médicos DE Veterinários da Zona da Mata/Mg. I GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Simpósio de Manejo Sanitário e Reprodutivo Agropecuário e Pesquisa da Pecuária de Bovinos, 2000, Juiz de Fora. Anais... Juiz Municipal, de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2000. 83p INSTITUTO BRASILEIRO 2001.Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br, 05/03/2003. MELO, C.B.; OLIVEIRA, A.M.; T.L. FIGUEREDO, H.C.P. et al. Prevalência de Immunodiffusion of bluetongue. Am. J. anticorpos contra herpesvirus bovino 1, Vet. Res., v.30, p.33-41, 1969. vírus da diarréia bovina a vírus e vírus da JOCHIM, M.M., CHOW, leucose enzoótica bovina em bovinos do estado de Sergipe, Brasil. Rev. Bras. KONRAD, P.A. Inquérito Sorológico de Agentes Infecciosos que afetam Reprod. Anim. v.21 n.2, p. 160-161, 1997. a Reprodução de Bovinos Leiteriros em Minas Gerais, 2001/2002. Belo Horizonte: MELO, C.B., OLIVEIRA, A.M., UFMG- Escola de Veterinária, 2003. . AZEVEDO, E.O. et al. Anticorpos para o (Dissertação Mestrado) vírus da língua azul em bovinos do sertão da Paraíba. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., v.52, n.1, 2000. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. Konrad, P.A. et al. 124 OSBURN, B. I. Role of the immune system PEARSON, J.E.; JOCHIM, M.M. Protocol in bluetongue host viral interactions, of the immunodiffusion test for bluetongue. separate related 22.ed. American Association Veterinary orbiviruses, s.d. Alan R. Liss. Inc., 1985. p. Diagnosticians, 1979. p.463-471: Annual 417-422. Proceedings OSBURN, B.I. Bluetongue virus. Vet. Clin. WARD, M.P. Climatic factors associated North. Am.: Food anim. Pract. v. 10, p. whit the infection of herds of cattle with 547-560, 1994. bluetongue viruses. Vet. re. comm., v.20, p. de Bluetongue and 273-283, 1996. TABELA 1 - Resultados do teste de Imunodifusão em Gel de Àgar para Língua Azul em 15 rebanhos bovinos leiteiros de Minas Gerais, 2001-2002. Número de animais Número de bovinos coletados positivos A 31 16 51,61 B 106 72 67,92 C 43 15 34,88 D 64 37 57,81 E 253 167 66,00 F 98 74 75,51 G 44 27 61,36 H 124 72 58,06 I 65 44 67,69 J 23 14 60,87 K 120 61 50,83 L 143 74 51,75 M 112 57 50,89 N 55 31 56,36 O 23 15 65,21 Total 1304 Propriedades Percentagem 776 Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003. 125 Anticorpos contra... TABELA 2 - Resultados sorológicos encontrados para LA e associação com problemas reprodutivos ocorridos em 15 rebanhos bovinos leiteiros de Minas Gerais, 2001-2002. Negativos para Língua Positivos para Língua Total de Azul (%) Azul (%) animais Animais analisados 528 (40,49) 776 (59,51) 1304 Animais com Aborto 113 (21,40) 163 (21,00) 276 Animais com repetição de cio 133 (25,18) 200 (25,77) 333 VARIÁVEIS Diferenças não significativas (P>0,01) Revista da FZVA Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 117-125. 2003.