Enviado por ALESSANDRA

AULA REMOTA 07-12

Propaganda
AULA REMOTA FILOSOFIA 1º ANO
SEMANA: 07/12/2020
ESCOLA MARGARIDA PARDELHAS
PROFESSORA: ALESSANDRA RIBAS
Françoise Choay explana muito bem com sua definição de união da fotografia com
nossa identidade tanto pessoal quanto coletiva:
“[…] a fotografia é uma forma de monumento da sociedade privada, que permite a cada
um obter em segredo o regresso dos mortos, privados ou públicos, que fundam a sua
identidade”.
Ou seja, a fotografia concebe uma ideia enquanto uma imagem congelada no tempo em
que foi produzida, e desta forma é de um valor patrimonial incontável.
Passa pelo imaginário comum que a representação do tempo e espaço na fotografia é
exterior à mesma, de forma que nunca estaria em um pedaço de papel, que a linha temporal
ali presente nada seria além da captura de um instante. Seria o congelamento daquele
momento, uma quebra na linha cronológica da vida da pessoa ou objeto ali gravado. Algo sem
vida, só a lembrança de um passado, sem emoções e sem sonhos.
Porém, algo mais se passa naquele instante quando o obturador é disparado: uma
experiência é congelada. Mauricio Lissovsky delineia que “o que é congelado é o espaço e
não o tempo: ele ali continua latejando, pulsando e produzindo experiências”. Sob essa ótica,
devemos mudar a maneira como notamos uma fotografia, pois, embora as emoções ainda se
façam presentes, é provável que aquele bem tenha sofrido alterações temporais ou
depreciativas, e não obstante não represente mais aquele determinado passado em que foi
assentado – pois até mesmo os olhares que incidem naquela fotografia podem estar imbuídos
de concepções diversas, modificando, portanto, um curso histórico e criando a cada momento
uma trajetória singular, importa num fato social registrado e resguardado para as gerações
futuras.
Talvez, ao contrário do senso comum, a maior diferença
sentida seja em fotografias de patrimônios, em fotos antigas da
cidade ou em prédios e monumentos. Afinal, o patrimônio visto em
registro de um século atrás carrega uma carga emocional muito
mais forte do que aquele visto pessoalmente nos dias atuais.
Podemos estabelecer um paralelo com o futuro, de forma que um
registro hodierno, observado em um século ou dois, busque a
possibilidade de que um indivíduo o note como visto atualmente,
independente da forma como seja feita a conservação do mesmo.
Olá pessoal, tudo bem!!!
Nesta semana falamos um pouco sobre o que a filosofia pensa
sobre a fotografia e semana que vem veremos sobre o que a
filosofia fala sobre o cinema e a música.
Esta semana não terão atividade devolutiva, mas façam um resumo
do conteúdo ok.
Download