UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS – EST DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO – STA NÉLIO BARBERINI MERCÊS PESQUISA OPERACIONAL APLICADA À FINANÇAS: OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRA DE INVESTIMENTOS EM TRÊS PERFIS DE RISCO DISTINTOS NITERÓI 2019 NÉLIO BARBERINI MERCÊS PESQUISA OPERACIONAL APLICADA À FINANÇAS: OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRA DE INVESTIMENTOS EM TRÊS PERFIS DE RISCO DISTINTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Orientador: Profº. Dr. Aurélio Lamare Soares Murta NITERÓI 2019 icha catalográfica automática - SDC/BAC Gerada com informações fornecidas pelo autor F814e Mercês, Nélio Barberini PESQUISA OPERACIONAL APLICADA À FINANÇAS: OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRA DE INVESTIMENTOS EM TrêS PERFIS DE RISCO DISTINTOS: / Nélio Barberini Mercês ; Aurélio Murta, orientador. Niterói, 2019. 5 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração)-Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Niterói, 2018. 1. Pesquisa Operacional. 2. Finanças. 3. Programação Linear. 4. Carteira de Investimentos. 5. Produção intelectual. I. Murta, Aurélio, orientador. II. Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Administração e Ciências Contábeis. III. Título. CDD - Bibliotecária responsável: Carlos Roberto Santos de Lima - CRB7/5531 À Felippe e Natalie pelo suporte. Às memórias de meu falecido pai, Nélio Luiz das Mercês. Ao professor Aurélio Murta por todo o conhecimento passado. RESUMO O mercado de capital aberto é muito instável, devido à isso e também pelo fato de que muito pouco se discute sobre educação financeira no Brasil, poucos são os que têm segurança no momento de aplicar dinheiro em ações. Com base nisso, o objetivo deste trabalho consiste em apresentar ao leitor uma metodologia de Pesquisa Operacional capaz de minimizar os riscos envolvidos nesse tipo de investimento e tornar esse processo decisório muito mais fácil. Sendo assim, será desenvolvido um modelo de programação linear que consiste em três etapas: identificação das variáveis de decisão, formulação da função objetivo e dos critérios de restrição. Feito isso, o modelo será apresentado em um caso fictício em que um cliente busca ajuda de um consultor financeiro para aplicar seus recursos em ações. Esse cliente já tem pré selecionada 10 ações nas quais cogita investir, porém não sabe de que forma. Portanto, as aplicações desse cliente serão simuladas pelo Excel em três cenários distintos: risco conservador, risco moderado e risco agressivo. O objetivo do modelo será a maximização do lucro e, utilizando a ferramenta Solver, será proposto a melhor solução possível em cada um dos perfis de risco, para que o cliente possa investir com assertividade. ABSTRACT The publicly traded market is very unstable because of that and of how little discussion on the topic there is available to the general public only a small number of people feel confident to invest in the stock market. Based on this, the objective of this study is to present to the reader an Operational Research methodology capable of minimizing the risks involved in this type of investment and making the whole process much easier. Thus, a linear programming model that consists of three stages will be developed: identification of the decision variables, form for entering and the editing constraints. Once this is done, the model will be presented in a fictitious case where a client seeks help from a financial advisor to invest his or her money in stocks. This client has already pre-selected 10 shares in which he or she is considering to invest, but he does not know how. Therefore, this client's applications will be simulated by Excel in three different scenarios: conservative risk, moderate risk, and aggressive risk. The objective of the model will be profit maximization and, using the Solver tool, the best possible solution will be proposed in each of the risk profiles, so that the client can invest with assertiveness. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01: Fases da Pesquisa Operacional ................................................................................ 21 Figura 02: Disposição dos dados referentes ao problema em Excel ......................................... 33 Figura 03: Aplicação dos parâmetros do problema no Solver .................................................. 35 Figura 04: Resolução encontrada pelo Solver no cenário conservador .................................... 36 Figura 05: Resolução encontrada pelo Solver no cenário moderado ........................................ 36 Figura 06: Resolução encontrada pelo Solver no cenário agressivo ......................................... 37 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Ações que podem compor a carteira do cliente ...................................................... 29 Tabela 02: Rentabilidade média e desvio-padrão das ações ..................................................... 31 Tabela 03: Histórico de retorno das ações ................................................................................ 45 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 01: Fórmula geral referente à otimização de z ............................................................ 26 Equação 02: Restrição referente ao capital total a ser alocado na carteira ................................ 26 Equação 03: Restrição referente ao percentual máximo a ser alocado em cada ação............... 26 Equação 04: Restrição referente ao perfil de risco da carteira .................................................. 26 Equação 05: Restrição de não negatividade .............................................................................. 26 Equação 06: Formulação referente à maximização do lucro na carteira de investimetos ......... 32 Equação 07: Equação que garente que 100% do capital será investido na carteira.................. 32 Equação 08: Equações que garantem que será permitido investir no máximo 30% em cada ação ..... 32 Equação 09: Equação que especifica o perfil de risco da carteira de perfil conservador ......... 32 Equação 10: Equação que especifica o perfil de risco da carteira de perfil moderado ............. 33 Equação 11: Equação que especifica o perfil de risco da carteira de perfil agressivo.............. 33 Equação 12: Equação que garente que nenhuma solução envolverá número negativo ............ 33 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Estimativa de retorno financeiro em cada um dos cenários .................................. 37 Gráfico 02: Percentual de investimento alocado em cada ativo no cenário conservador ....................... 38 Gráfico 03: Percentual de investimento alocado em cada ativo no cenário moderado .......................... 39 Gráfico 04: Percentual de investimento alocado em cada ativo no cenário agressivo ........................... 39 Gráfico 05: Relação entre o retorno médio e o desvio-padrão dos ativos da carteira.............................. 40 Gráfico 06: Relação entre o risco e o retorno esperado pelo Solver em cada perfil de risco ... 41 10 SUMÁRIO 1. O PROBLEMA ..................................................................................................... 12 1.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12 1.2 OBJETIVOS......................................................................................................... 14 1.2.1 OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................... 14 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................. 14 1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15 1.4 RELEVANCIA DO ESTUDO............................................................................ 15 2.0 METODOLOGIA............................................................................................... 16 2.1 TIPO DE PESQUISA......................................................................................... 16 2.1.1 QUANTO AOS FINS........................................................................................ 16 2.1.2 QUANTO AOS MEIOS.................................................................................... 16 2.2 UNIVERSO E AMOSTRA................................................................................ 16 2.3 COLETA DE DADOS........................................................................................ 16 2.4 TRATAMENTO DE DADOS............................................................................ 17 2.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO........................................................................... 17 3.0 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................. 17 3.1 MERCADO DE AÇÕES.................................................................................... 17 3.2 PESQUISA OPERACIONAL............................................................................ 19 3.3 PROGRAMAÇÃO LINEAR.............................................................................. 21 3.3.1 CARACTERÍSTICAS DO MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR......... 22 3.3.2 O PROBLEMA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS.............................. 23 4.0 METODOLOGIA............................................................................................... 24 4.1 DETALHAMENTO ESPECÍFICO................................................................... 24 4.2 SOFTWARE ESCOLHIDO............................................................................... 26 5.0 ESTUDO DE CASO............................................................................................ 28 5.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA............................................................... 28 5.2 IDENTIFICAÇÃO E COLETA DE DADOS................................................... 30 5.3 DESENVOLVIMENTO DO MODELO NO SOLVER................................... 33 5.4 RELATÓRIO FINANCEIRO GERADO A PARTIR DOS RESULTADOS 37 6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 41 11 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 43 8.0 APÊNDICE A....................................................................................................... 45 12 1. O PROBLEMA 1.1 INTRODUÇÃO A população brasileira ainda tem pouca consciência de seu protagonismo em relação às suas finanças. Gastar recursos de maneira imediatista é uma questão cultural no país. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Anbima (2017), 62,34% dos brasileiros não conhecem nenhum tipo de investimento: De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) com o apoio do Datafolha, entre o público que se declara investidor, a maioria está na classe A (42%), com a classe C na ponta oposta (18%). No total, 62,34% disseram não conhecer nenhum tipo de investimento.(ANBIMA, 2017) De acordo com Bodie, Kane e Marcus (2014), investir é comprometer dinheiro ou outros recursos no presente com a expectativa de colher benefícios futuros, e isso se aplica tanto a questões monetárias, como será tratado nesse estudo, quanto ao investimento de tempo para estudar um assunto, por exemplo. O essencial no momento de investir dinheiro, é saber tomar decisões, pois é necessário que se pese as vantagens e desvantagens de cada alternativa para escolher a melhor, sempre visando o desempenho econômico. Azevedo, Silva e Souza (2009) acrescentam que o processo decisório é uma das principais tarefas de um administrador, contudo, deixa claro que, muitas vezes, essa tarefa pode ser tornar muito complexa. A tomada de decisão é algo que compõe a função básica do administrador, porém muitas vezes difícil de ser realizada, devido à grande quantidade de informações. Todas as decisões envolvem a escolha de uma alternativa, através da comparação de custo e benefício entre as opções apresentadas. (AZEVEDO; SILVA; SOUZA, 2009, p. 6) Nesse cenário, podemos mencionar a pesquisa operacional, que consiste em um estudo de como formular e construir modelos matemáticos de decisão para problemas diversos como os de engenharia, de gestão/gerenciamento, de logística, finanças, entre outros, tendo como objetivo apontar, a partir das variáveis expostas, dados que ajudem a minimizar as incertezas, os riscos e a complexidade ligada ao processo de tomada de decisão. De acordo com Vidal (2003): A Pesquisa Operacional é uma área de estudo que diz respeito à alocação eficiente de recursos escassos; é tanto uma arte como uma ciência. A arte reside na habilidade de 13 exprimir os conceitos de eficiente, escasso, mínimo, máximo, crítico e ótimo, por meio de modelos matemáticos bem definidos para uma determinada situação; a ciência consiste na dedução de métodos matemáticos e computacionais para solucionar tais modelos. (VIDAL, 2003, p.4) Para que o método seja aplicado com eficácia, é necessário, a partir do problema, analisar os dados e elaborar um modelo matemático, estabelecendo três etapas, sendo elas: definição das variáveis de decisão, determinação da função objetivo e delimitação das restrições. Segundo Hillier e Lieberman (2013), as variáveis de decisão são as incógnitas a serem determinadas pela solução do modelo. Sendo assim, havendo n decisões quantificáveis a serem feitas, elas serão representadas como variáveis de decisão (por exemplo: X1, X2,..,XN). A medida de desempenho apropriada (por exemplo, o lucro) é, então, expressa como uma função matemática dessas variáveis de decisão, para que se chegue a um resultado. Essa função é chamada de função objetivo. Quaisquer restrições nos valores que podem ser atribuídos às variáveis de decisão são, comumente, expressas por meio de desigualdades ou equações (por exemplo, X1 + 2X2 + X3 >= 11). Essas expressões matemáticas para limitações são denominadas restrições. É importante frisar que há inúmeros modelos matemáticos aplicados à pesquisa operacional. No presente trabalho, utilizaremos o modelo de programação linear. De acordo com Hillier e Lieberman (2013), a programação linear é um modelo formado apenas por funções lineares e é considerado uma ferramenta-padrão que poupou milhões de dólares para muitas empresas ao redor do mundo, consistindo basicamente em: Em suma, o tipo mais comum de informação envolve o problema genérico de alocar da melhor forma possível (isto é, de forma ótima) recursos limitados para atividades que competem entre si. Mais precisamente, esse problema envolve selecionar o nível de certas atividades que competem por recursos escassos que são necessários para realizar essas mesmas atividades. A escolha do nível de atividades determina, então, quanto de cada recurso será consumido a cada atividade. (HILLIER/LIEBERMAN, 2013, p.20) Tendo em vista o problema e todo o risco envolvido no momento de se investir dinheiro em ações, busca-se nesse estudo analisar as variáveis de decisão para elaborar um modelo de programação linear, utilizando a pesquisa operacional, de forma a determinar a composição ótima de carteiras de investimentos para perfis conservador, moderado e agressivo, que minimize o risco do portfólio, sujeito a um nível de retorno esperado. 14 Para construção do modelo, será analisado o histórico de um ano de retorno de um conjunto de 10 ações. Feito isso, será criada uma persona de um investidor que possui até uma determinada quantia para se investir em cada ação, respeitando um determinado risco da carteira que será estabelecido para cada um dos cenários de risco que será simulado. Esse investidor selecionou previamente um conjunto de ações e deseja aplicar todo o seu dinheiro nelas. Para isso, buscou a ajuda de um analista financeiro que, ao conversar com o cliente, não soube identificar a que perfil de risco ele se encaixa. Por isso, decidiu ajuda-lo a montar três carteiras de investimentos distintas, variando apenas o percentual de risco máximo aceitado por cada uma delas, para que assim o cliente possa ver diferentes cenários e escolher a maneira que gostaria de investir. Dessa forma, serão montadas três carteiras que suportem, respectivamente, riscos conservador, moderado e agressivo. O que se espera é que o modelo de pesquisa operacional forneça três soluções de aplicação em investimento ótimas com os recursos disponíveis, respeitando todas as restrições expostas em cada uma delas, de forma a maximizar o lucro. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL Criar um modelo de programação linear que monte três carteiras de investimentos ótimas, respeitando-se os recursos disponíveis para se investir e a taxa de risco máximo da carteira aceitado pelo investidor em cada uma delas. Será criado a persona de um investidor que pretende aplicar e não sabe qual o seu perfil de risco, por isso será elaborado três cenários, sendo eles de risco conservador, moderado e agressivo para demonstração do estudo de caso, mas o modelo poderá ser aplicado em diferentes situações, variando o montante disponível, o perfil de risco, as restrições impostas, etc. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Contextualizar o mercado de ações no Brasil - Contextualizar a Pesquisa Operacional - Contextualizar o problema da carteira de investimentos - Criar uma metodologia para montar uma carteira de investimentos ótima em diferentes 15 perfis de risco - Apresentar um estudo de caso hipotético - Rodar os dados do estudo de caso no modelo criado - Identificar a otimização gerada pelo modelo 1.3 JUSTIFICATIVA A principal preocupação que deu origem a esse trabalho é baseada na falta de educação financeira da população brasileira, visto que a porcentagem de pessoas que aplicam seu dinheiro é muito baixa. Essa dificuldade se dá pois há, sem dúvida, falta de informação quando o assunto é investir, principalmente, quando se trata de renda variável. Além disso, será abordado a pesquisa operacional, um assunto em alta no mundo tecnológico em que vivemos, muito utilizado como facilitador de processos decisórios nas mais diversas áreas da administração e da engenharia de produção. Portanto, justifica a realização da pesquisa a necessidade da elaboração de uma metodologia que suporte inúmeras variáveis de decisão e que as compare, levando assim, à melhor carteira de investimentos possível com base nas restrições apresentadas em cada problema. 1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO Esta pesquisa é relevante tanto para o meio acadêmico quanto para elucidar questões relativas ao ato de investir. No meio acadêmico por pesquisa operacional tratar-se de um assunto que aborda pontos importantes presentes em diversas disciplinas da administração e da engenharia de produção. A partir desta pesquisa poderão surgir outros trabalhos científicos que enriqueçam o assunto e mostrem outros âmbitos. Ademais, é essencial que se fale mais de investimento em um país em que grande parcela da população sente insegurança no momento de aplicar seus recursos financeiros. A pesquisa operacional é uma ferramenta de extrema importância para minimizar esse sintoma de incerteza, visto que auxilia na solução de problemas e na tomada de decisão assertiva com a 16 ajuda de metodologias matemáticas e estatísticas precisas. 2. METODOLOGIA 2.1 TIPO DE PESQUISA Segundo taxonomia proposta por Vergara (2006), as pesquisas se classificam quanto aos meios e quanto aos fins. 2.1.1 QUANTO AOS FINS Quanto aos fins, a presente pesquisa se caracteriza como metodológica, pois a mesma irá aprimorar um método para que o problema de alocação de recursos em uma carteira de investimentos, de forma a maximizar o retorno e minimizar os riscos, seja resolvido, auxiliando no processo decisório. 2.1.2 QUANTO AOS MEIOS Quanto aos meios a pesquisa é bibliográfica e quantitativa. A pesquisa bibliográfica é importante para a fundamentação teórico-metodológica do trabalho, onde foram investigados os seguintes assuntos: cultura de investimentos no Brasil, pesquisa operacional, programação linear. A pesquisa quantitativa é importante para elaboração do caso hipotético a ser solucionado no presente trabalho. 2.2 UNIVERSO E AMOSTRA Será coletado o histórico de um ano de retorno das ações na bolsa de valores para realização do caso hipotético que será apresentado nesse trabalho. 2.3 COLETA DE DADOS A coleta de dados foi realizada por meio de: - Pesquisa bibliográfica em livros, artigos, dissertações, além da internet, em acessos a sites especializados. 17 - Pesquisa quantitativa para elaboração de um modelo de pesquisa operacional que permita um investidor alocar seus recursos da melhor maneira possível em suas carteiras de investimentos. As pesquisas bibliográfica e quantitativa justificam-se por permitirem que se estabeleça uma correlação entre os objetivos definidos neste trabalho e os meios para alcançá-los. 2.4 TRATAMENTO DE DADOS Os dados foram tratados de forma quantitativa, pela exploração do material obtido, tendo sempre em mente os objetivos estabelecidos para o estudo. Os dados obtidos foram transformados em elementos para a produção do texto científico. 2.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO A metodologia bibliográfica escolhida para a pesquisa possui as seguintes limitações: Serão utilizadas fontes secundárias para a pesquisa. Quando utilizamos pesquisas realizadas na Internet, devemos optar por sites oficiais para a obtenção de dados confiáveis. Estes dados podem não ser suficientes para a tomada da decisão final, sendo necessária a pesquisa dos dados primários. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 MERCADO DE AÇÕES A bolsa de valores é um mercado organizado onde são negociadas ações de empresas de capital aberto e outros valores mobiliários. Ou seja, tendo como objetivo arrecadar fundos e financiar projetos, algumas companhias decidem disponibilizar parcelas da participação na empresa em troca de dinheiro, como se o dono da empresa estivesse convidando novos sócios a participar do negócio, dessa forma, realizando uma abertura de capital. A partir desse momento, a empresa passa a aparecer na bolsa de valores e na outra ponta, os investidores manifestam seu interesse em comprar ou vender ações dessa empresa. Nesse momento, o preço da ação é definido com base em um cálculo que leva em conta a oferta e demanda dos papéis por parte dos investidores. 18 Pode-se definir então, dentro do universo da bolsa de valores, oferta como a quantidade ações disponíveis para compra, enquanto demanda seria a quantidade de ações que os investidores estão dispostos a comprar. Quando a demanda é maior do que a oferta, os preços das ações tendem a subir, já que os investidores se dispõem a pagar mais para obter um determinado item. Por outro lado, quando a oferta é maior do que a demanda, os preços tendem a cair. Essa relação de compra e venda foi bem definida pelo Dr. Alexander Elder (2002): Cada operação representa uma transação entre um comprador e um vendedor, que se encontram face a face, por telefone ou na Internet, com ou sem a intervenção de corretores. O comprador quer comprar tão barato quanto possível. O vendedor quer vender tão caro quanto possível. Ambos sentem a pressão da multidão de operadores que se aglomeram ao seu redor, prontos para abocanhar ou descartar suas presas. As operações se concretizam quando o comprador mais ganancioso, com medo de que os preços disparem, avança um passo e oferece um tostão a mais. Ou o vendedor mais receoso, com medo de que suas mercadorias encalhem, recua um passo e aceita um tostão a menos. Às vezes, um vendedor assustado “dá” sua mercadoria a um comprador calmo e disciplinado, em constante estado de alerta para as oportunidades. Todas as operações refletem os comportamentos da multidão. Cada novo preço na tela dos computadores representa um consenso monetário sobre o valor de um ativo entre os participantes do mercado. O valor das mercadorias e empresas com base em critérios fundamentalistas muda lentamente, mas os preços de mercado oscilam a todo instante, pois as condições de consenso são muito instáveis. (ELDER, 2002, p.8-9) Vale ressaltar que fazer parte de uma empresa pode trazer benefícios, mas também envolve riscos. O investidor que compra uma ação pode ganhar dinheiro a partir da valorização desse papel ou através da distribuição dos dividendos da empresa. Contudo, tanto a valorização quanto a desvalorização podem acontecer com base em diversos fatores: no curto prazo são as notícias, os rumores e dos demais ruídos que fazem o preço das ações oscilarem, já no longo prazo depende dos resultados da empresa por trás dessas ações. Por isso, devido à falta de conhecimento da população brasileira no que tange o ato de investir em renda variável aliado à todo o risco inerente a esse processo, poucas pessoas investem na bolsa de valores. Apesar disso, segundo o maior investidor de todos os tempos, Warren Buffet, investir no mercado financeiro é mais simples do que se imagina, porém é importante que se fique atento para não comprar ações de empresas cujo negócio você não entende. Alguns de outros princípios dele são: Busque sempre a simplicidade. Não faça com que os investimentos se tornem desnecessariamente difíceis. Atenha-se ao que você conhece e compre ações de 19 empresas sólidas com uma gestão forte e ética. As decisões de investimento que envolvem complexidade devem ser evitadas. Tome suas próprias decisões de investimento. Seja seu próprio consultor. Tenha cuidado com corretores e outros vendedores que oferecem agressivamente determinada ação ou fundo mútuo para aumentar as próprias comissões. É óbvio que esses indivíduos não estão pensando no seu interesse. (PARDOE, 2009, p. 10-11) 3.2 Pesquisa Operacional O início da atividade denominada Pesquisa Operacional, geralmente é atribuído às ações militares durante a Segunda Guerra Mundial. Durante as batalhas havia a necessidade de alocar de forma eficiente os escassos recursos para as diversas operações militares, sendo assim, os comandos britânico e norte-americano convocaram grande número de cientistas para lidar com este e outros problemas táticos e estratégicos no que tange as operações militares. Com a era industrial ocorrida no pós-guerra, começaram a surgir os problemas decorrentes da crescente complexidade e especialização nas organizações, tais como: Aumento da divisão do trabalho e segmentação das responsabilidades gerenciais; Unidades autônomas com seus próprios sistemas de valor; Perda de visão sistêmica da organização. Devido a tais fatores, as unidades da empresa, muitas vezes, possuíam objetivos diferentes e conflitantes. Tornou-se necessário, portanto, alocar os recursos para as diversas unidades de maneira mais eficiente para a organização como um todo. Percebeu-se dessa forma, que os problemas enfrentados pelas grandes empresas eram muito semelhantes ao enfrentados pelos militares. Assim, no início dos anos 1950, a Pesquisa Operacional fora introduzida nas diversas organizações dos setores comercial, industrial e governamental. Ainda de acordo com Longray(2013), o tema só foi ficar realmente em evidência a partir da década de 1960 quando importantes trabalhos de cunho científico foram publicados a respeito. Alves, Menezes e Zimmermann (2006) corroboram com a ideia de que a Segunda Guerra Mundial foi decisiva para difundir os conhecimentos de Pesquisa Operacional nas industrias, mas acrescenta que outro fator de extrema importância foi o crescente avanço tecnológico advindo da era computacional. A influência da Segunda Guerra Mundial foi decisiva para o ressurgimento da PO, e os desenvolvimentos que se seguiram nas 20 décadas que sucederam o grande conflito são devidos especialmente à difusão do computador nas universidades e empresas. Havia demandas da parte da indústria e dos governos (transportar, planejar e interceptar, etc.), novos conhecimentos em Matemática, Engenharia, Estatística, Economia e Computação eram publicados, e financiamentos de pesquisa nesta área de conhecimento surgiram. (ALVES; MENEZES, ZIMMERMANN, 2006, p. 3) De acordo com Chiavenato (2004), o estudo da Pesquisa Operacional é dividido em seis etapas distintas, para que o método possa ser aplicado com efetividade: PO é "a aplicação de métodos, técnicas e instrumentos científicos a problemas que envolvem as operações de um sistema, de modo a proporcionar, aos que controlam o sistema, soluções ótimas para o problema em foco". Ela se "ocupa de operações de um sistema existente...", isto é, "materiais, energias, pessoas e máquinas já existentes... ". O objetivo da PO é capacitar a administração a resolver problemas e tomar decisões. Embora haja diversidade nas definições sobre a PO, há unanimidade quanto ao seu objetivo: fornecer subsídios racionais para a tomada de decisões nas organizações. Ela pretende tornar científico, racional e lógico o processo decisório nas organizações. A metodologia da PO utiliza seis fases: 1. Formular o problema. Com a análise do sistema e seus objetivos e das alternativas de ação. 2. Construir um modelo matemático para representar o sistema. O modelo expressa o sistema como um conjunto de variáveis, das quais uma, pelo menos, está sujeita a controle. 3. Deduzir uma solução do modelo. A solução ótima de um modelo por meio do processo analítico ou do processo numérico 4. Testar o modelo e a solução. Construir o modelo que represente a realidade e que deve ser capaz de prever com exatidão o efeito das mudanças no sistema e a eficiência geral do sistema. 5. Estabelecer controle sobre a solução. A solução de um modelo será adequada enquanto as variáveis incontroladas conservarem seus valores e as relações entre as variáveis se mantiverem constantes. 6. Colocar a solução em funcionamento (implementação). A solução precisa ser testada e transformada em uma série de processos operacionais (CHIAVENATO, 2004, p.350-351). 21 Figura 1 – Fases da Pesquisa Operacional. Fonte: Adaptado de Moreira (2007). 3.3 PROGRAMAÇÃO LINEAR Conforme Barcelos, Evangelista e Segatto (2012), a Pesquisa Operacional é uma ciência que busca encontrar a melhor solução possível para um problema, considerando aspectos diversos, como restrição de tempo e custo. Ainda segundo os mesmos, várias técnicas foram desenvolvidas para modelar os problemas, senda elas: Programação Linear, Programação Dinâmica, Programação Inteira, Teoria dos Estoques, Teoria das Filas, Simulação, Teoria dos Jogos, Teoria dos Grafos, Planejamento com Pert/CPM e Análise de risco. Nesse estudo, será utilizado a técnica de Programação Linear, a a partir do método Simplex: [...]o Método Simplex disponibiliza um critério para solucionar problemas de programação linear, buscando definir o valor das variáveis (incógnitas) para que se satisfaçam, respectivamente, todas as restrições do problema. (Barcelos, Evangelista, Segatto, 2012, p. 386) A Programação Linear é simples e pode ser aplicada em uma considerável gama de questões, devido a isso, tornou-se um recurso muito difundido. Compreende-se por uma técnica de otimização utilizada para resolver problemas que sejam modelados por meio de funções lineares. Segundo Lisboa (2002), podemos afirmar que a programação linear tem como alvo otimizar uma função linear de variáveis sujeita a uma série de equações ou inequações lineares, chamadas de restrições. Conforme Bodanese, Oliveira, Scalabrin e Mores alguns procedimentos são fundamentais para aplicação desse método: 22 o método da programação linear deve observar os seguintes procedimentos, para solucionar um problema: Definir o problema - para isso, é preciso identificar o objetivo pretendido, as variáveis de decisão, ou seja, as variáveis que estão ligadas a esse objetivo, e ainda, quais as limitações e relações a que estas variáveis estão sujeitas. O objetivo, em geral, é maximizar ou minimizar um item, observando se os recursos disponíveis são escassos, ou seja, possuem condições restritivas. O modelo é codificado em uma linguagem simbólica, no caso, através de equações e inequações matemáticas lineares. Dessa forma, o mundo real será representado através de um modelo matemático, permitindo que sobre ele apliquem-se técnicas e métodos matemáticos que facilitem a solução do problema. (Bodanese, Oliveira, Scalabrin, Mores, 2005, p.5) 3.3.1 CARACTERÍSTICAS DO MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR De acordo com Lisboa (2002), todas as relações entre as variáveis das expressões matemáticas do modelo devem seguir o princípio de linearidade. Essa característica faz com que haja proporcionalidade das quantidades envolvidas. Por apresentar uma estrutura matemática mais simples, esse método não serve para representação de fenômenos não lineares, ainda assim, serve de base para a formulação de qualquer modelo de pesquisa operacional. Programação Linear (PL) é uma técnica matemática que permite analisar os recursos de produção no sentido de maximizar o lucro e minimizar o custo. É uma técnica de solução de problemas que requer a definição dos valores das variáveis envolvidas na decisão para otimizar um objetivo a ser alcançado dentro de um conjunto de limitações ou restrições, que constituem as regras do jogo. Tais problemas envolvem alocação de recursos, relações lineares entre as variáveis da decisão, objetivo a alcançar e restrições. Quase sempre, essa técnica focaliza problemas de busca a melhor maneira de alocar recursos escassos entre atividades concorrentes. O problema da alocação envolve situações como programar a produção para maximizar lucros, misturar ingredientes de um produto para minimizar custos, selecionar um portfólio excelente de investimentos, alocar pessoal de vendas em um território ou definir uma rede de transportes intermodais com o menor custo e maior rapidez. 30 A PL é aplicável a programação de processos decisórios para obter custo mínimo ou rendimento máximo. A PL apresenta características como: a. Busca a posição ótima em relação a um objetivo. A finalidade é minimizar custos e maximizar benefícios em função do objetivo prefixado. b. Supõe a escolha entre alternativas ou combinação dessas alternativas. c. Considera limites ou restrições que cercam a decisão. 23 d. As variáveis devem ser quantificáveis e ter relações lineares entre si (CHIAVENATO, 2004, p.450-451). 3.3.2 O PROBLEMA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS O estudo abordado nesse trabalho, fora inicialmente desenvolvido por um economista chamado Harry Markowitz (1952), que percebeu que o risco de uma carteira não poderia ser dado pelo risco individual de cada ação, mas sim pela correlação existente entre elas, baseado nisso surgiu o cálculo da matriz de covariância, que leva em consideração a relação existente ente o retorno e o risco de cada ativo, analisados com um todo, uma vez que uma carteira de investimento não deve ser composta por um único investimento, é importante a diversificação como forma de alcançar um bom resultado. Ademais, foi Markowitz (1952) quem propôs que os ativos devem ser analisados ao longo do tempo e seu risco deve ser calculado com base no desvio-padrão, preceitos básicos utilizados pelo estudo aqui desenvolvido com auxílio do método explicado no capítulo anterior. Segundo Oliveira, Carvalho, Roma e Melo (2011), Markowitz (1952) inseriu no âmbito financeiro as bases para criação de carteiras diversificadas no intuito de maximizar o retorno para um dado nível de risco, minimizando consequentemente o risco: Markowitz (1952) contribuiu para o entendimento da relação risco/retorno a partir da publicação do seu artigo intitulado Portfolio Selection no The Journal of Finance na década de 1950. A teoria do portfólio defendida pelo autor admite que o risco de um ativo individual é diferente de seu risco quando incluído em uma carteira. A partir desta teoria, houve formulações nos pressupostos da definição de fronteira eficiente. Nesta questão, Markowitz (1952) mostrou que cada ponto nesta fronteira representa uma carteira eficiente e suas proposições ajudam na tomada de decisão. ( Oliveira, Carvalho, Roma, Melo, 2011, p.2) Assim, foi criada a teoria da carteira, que serviu de base para a concepção desse problema dentro do universo da programação linear. Vale ressaltar, que nesse estudo, não será desenvolvido o modelo de Marlowitz (2012), mas sim uma outra alternativa, pois de acordo com Belfiore e Fávero (2012), o modelo de Markowitz foi posteriormente simplificado, uma vez que possui alta complexidade: Sharpe (1964) propôs um modelo simplificado de otimização de carteiras com o objetivo de facilitar o cálculo da matriz de covariância. Semelhante ao modelo de Markowitz, o modelo de Sharpe também busca determinar a composição ótima da carteira que trará o maior retorno possível com menor risco. O modelo de Markowitz exige o cálculo extensivo da matriz de covariância, sendo 24 assim de alta complexidade computacional. De forma a facilitar a sua aplicação, modelos alternativos ao modelo original de Markowitz têm sido propostos. Partindo da teoria de Markowitz (1952) e Sharpe (1964), pode-se elaborar um modelo de programação linear que determina a composição ótima da carteira de investimentos que minimiza o risco do portfólio, sujeito a um nível de retorno esperado. Analogamente, pode-se buscar a melhor composição da carteira que maximiza o retorno esperado do portfólio, sujeito ao atendimento de um nível mínimo desse valor e a um risco máximo permitido (Belfiore e Fávero, 2012, p.37-38). 4. METODOLOGIA 4.1 DETALHAMENTO ESPECÍFICO Nesse trabalho será desenvolvido o problema da carteira de investimentos, no qual um consultor financeiro deverá auxiliar seu cliente a otimizar ao máximo os seus recursos, para que o seu retorno de investimentos seja maximizado. Dessa forma, simulará três carteiras de investimentos distintas, variando o perfil de risco entre elas para que o cliente decida como deve aplicar. A fim de responder de forma satisfatória essa solicitação, será usado o método de programação linear, uma vez que o problema atende a todos os pré-requisitos necessários para a utilização do modelo, sendo eles: a busca por uma solução ótima que atenda a função objetivo, a necessidade de escolha entre diferentes alternativas ou combinação delas, há critérios de restrições que cercam a decisão final, as variáveis são quantificáveis, não negativas e possuem relação de linearidade entre si. O analista financeiro fornecerá todos os dados para que o estudo seja realizado com êxito. Apesar do caso exposto nesse trabalho ser fictício, os dados utilizados no cálculo serão coletados de fontes reais e confiáveis e o modelo poderá vir a ser aplicado em situações cotidianas. O software utilizado para a realização do cálculo, será o Excel, pois possui a ferramenta Solver, recurso muito poderoso que possui o objetivo de maximizar ou minimizar algo da forma mais otimizada possível, justamente como demanda o problema em questão. Essa ferramenta pode considerar muitas variáveis de decisão e restrições através do método Simplex. Os dados utilizados na formulação do modelo de programação linear serão: o conjunto de ações que poderão fazer parte da carteira do cliente, o retorno médio de cada uma, assim como os seus respectivos desvios-padrão e o risco máximo assumido por cada carteira, tendo cada uma delas, respectivamente, os perfis conservador, moderado e agressivo. Após a coleta e análise desses dados, o primeiro passo para solucionar o problema é 25 definir as variáveis de decisão que, no caso exposto, serão os percentuais do recurso financeiro total do cliente a ser investido em cada ação, de forma a otimizar as suas carteiras. Como formularemos três cenários de riscos diferentes para que o cliente visualize como seus investimentos poderá se comportar em cada um deles e tome sua decisão, essas variáveis serão divididas em três grupos, sendo eles, respectivamente: O percentual de cada ação que será investido na carteira 1, na carteira 2 e na carteira 3, que serão respectivamente, as carteiras de perfil conservador, moderado e agressivo. Feito isso, o segundo passo é expressar a formula linear para que se obtenha a função objetivo. O resultado dessa expressão matemática irá fornecer a resposta do problema com o objetivo de minimizar o risco em cada uma das carteiras e maximizar o retorno financeiro do cliente. A fórmula será composta pela soma do produto do percentual investido em cada ação pelo retorno médio de cada uma. Vale ressaltar que a função objetivo será a mesma nos três cenários. Por último, a terceira etapa consiste em elaborar as equações que expressem de forma clara e objetiva os critérios de restrições existentes no problema. Antes da aplicação do estudo de caso, é necessário apresentar os parâmetros do modelo genérico de programação linear baseado em Belfiore e Fávero (2012), que será utilizado para desenvolver esse estudo de caso. Vale lembrar que será elaborado a simulação da composição de três carteiras de investimentos buscando maximizar o lucro do cliente em perfis de riscos distintos, porém, a formulação geral será a mesma para todas, conforme segue abaixo: Parâmetros do modelo: E(R) = retorno esperado da carteira de investimento µj = retorno esperado do ativo j na carteira ƿ = risco máximo assumido pelo investidor na carteira xjmax = percentual máximo permitido do ativo j a ser alocado na carteira σj = desvio-padrão do ativo j na carteira σ = desvio padrão ou risco médio da carteira 26 Variáveis de decisão: xj = Percentual do ativo J a ser alocado na carteira Formulação Geral: n Max E(R) = jxj (1) j 1 Restrições: n x j 1 j =1 (2) x j <= x max j = 1...n; j n j x j >= ƿ (3) (4) j 1 x j >= 0 4.2 j = 1...n; (5) SOFTWARE ESCOLHIDO Para a realização do trabalho, o software escolhido foi o Excel, especificamente por possuir o Solver, excelente ferramenta para otimização linear, como a do problema exposto, mas também pode ser usado para problemas de não linearidade. Além disso, o programa foi escolhido devido a sua facilidade de uso, pois o princípio de programação é o mesmo do Excel, diversas funções algébricas no Excel são aceitas na formulação do modelo e o programa permite alterar coeficientes da formulação facilmente, pois a modelagem pode ser toda feita na planilha, dessa forma, a planilha criada poderá ser usado diversas vezes para representar outras situações. O Solver utiliza o método Simplex para determinar a solução ótima de um problema de programação linear. O objetivo proposto nesse trabalho é maximizar o retorno de investimentos do cliente, minimizando seu risco de portfólio. De acordo com Barcelos, Evangelista e Segatto (2012): 27 Para a resolução de problemas por meio desses métodos de programação linear, pode-se fazer uso de algumas ferramentas computacionais; o MS Excel dispõe da ferramenta Solver, utilizada para a solução de problemas com muitas variáveis por intermédio do Método Simplex. Esse recurso faz parte de um pacote de programas algumas vezes chamado de ferramentas de teste de hipóteses, podendo-se encontrar um valor ideal (máximo ou mínimo) para uma fórmula em uma célula, chamada célula de objetivo, conforme restrições, ou limites, sobre os valores de outras células de fórmula em uma planilha. Trabalha ainda com um grupo de células, chamadas variáveis de decisão ou simplesmente de células variáveis, que integram o cálculo das fórmulas nas células de objetivo e de restrição, ajustando os valores nas células variáveis de decisão para satisfazer os limites sobre células de restrição e produzir o resultado deseja do para a célula objetiva. (Barcelos, Evangelista e Segatto, 2012, p. 387) A primeira coisa que deve ser feita é habilitar a ferramenta Solver após abrir o Excel. Para isso, é necessário seguir alguns passos: Clicar no botão de menu do Office, clicar em “Opções”, feito isso clicar em “Suplementos, selecionar a opção “Solver” e prosseguir. Após a ativação, a funcionalidade deverá estar disponível na aba “Dados”. Para que o modelo rode na ferramenta, é necessária a criação de planilhas e fórmulas, trazendo os dados já prontos (variáveis de restrição, função objetivo e restrições) para a formulação no Excel. A planilha elaborada, conterá algumas tabelas e abas. A primeira tabela irá se referir aos coeficientes das variáveis de decisão e ao desvio-padrão de cada um deles. A segunda tabela será formada pelos critérios de restrição do problema que deverão ser respeitados no momento de alocar o capital financeiro do cliente. Na terceira tabela, será demonstrado a resolução do problema, a partir da função objetivo, que é: maximizar o retorno de investimentos do cliente. Haverá três abas contendo soluções distintas, pois será exposto três cenários de riscos diferentes ao cliente. Assim, será demonstrado a composição ótima da carteira de investimento em cada um dos cenários de risco, ou seja, em que ações é aconselhável se investir, a porcentagem do recurso financeiro total investido em cada uma dessas ações e, portanto, o retorno esperado pela carteira, que será descoberto a partir de uma soma dos produtos dos percentuais investidos em cada um desses ativos pelo retorno médio de cada um deles. Em capítulos mais a frente, será demonstrado em uma figura a forma como os dados foram dispostos no Excel. Por fim, haverá uma quarta aba na planilha, denominada “Retorno de ações”, aonde será demonstrado o retorno diário de cada uma das ações durante o período de 1 ano, 28 especificamente, de 24/04/2018 a 25/04/2019. Esse histórico, será de suma importância para o estudo, pois a partir desses dados que serão retirados diretamente da bolsa de valores, será possível auferir informações primordiais para que o estudo seja bem sucedido, como a média do retorno de cada uma das ações e seus respectivos desvios-padrão. Espera-se assim, compor carteiras de investimentos ótimas, conforme solicitado pelo cliente, respeitando as ações previamente selecionadas e todos os critérios de restrições impostos. Essas informações serão apresentadas para o cliente, para que ele possa decidir qual perfil de risco assumir, utilizando a ferramenta de pesquisa operacional para alavancar seus lucros, tomando decisões mais assertivas no momento de investir, minimizando o risco de prejuízos financeiros. 5. ESTUDO DE CASO 5.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA No presente trabalho, demonstraremos como compor de forma otimizada uma carteira de investimentos a partir de um caso hipotético em que um cliente busca a ajuda de um consultor financeiro para aplicar seu dinheiro em ações. Não sabe, porém, qual perfil de risco deseja assumir, por isso, será apresentado para ele como suas aplicações financeiras se comportariam em três cenários distintos, para isso será elaborada um modelo de pesquisa operacional que simule a composição de três carteiras de investimentos. Uma delas assumirá risco conservador, a outra moderado e a última agressivo. Além disso, o cliente pretende diversificar ao máximo seus investimentos e já selecionou previamente as 10 ações que mais lhe atrai de diferentes setores que busca investir, mas ainda não sabe de que forma deve alocar seu recurso financeiro em cada uma delas para ter o máximo retorno possível. Portanto, o consultor financeiro usará seus conhecimentos de pesquisa operacional como metodologia para levar seu cliente ao melhor caminho possível e maximizar seus lucros. Segue abaixo a lista de ações de diferentes setores já selecionadas pelo cliente para compor a sua carteira: 29 Tabela 1 - Ações que podem compor a carteira do cliente Ações Códigos Natura On NATU3.SA JBS On JBSSE.SA Qualicorp On QUAL3.SA Lojas Renner On LREN3.SA Klabin Unt KLBN11.SA Petrobras PETR4.SA Bradesco Pn BBDC4.SA Cielo On CIEL3.SA Ambev On ABEV3.SA Vale On VALE3.SA Fonte: Adaptado de UOL, Economia Como descrito matematicamente na formulação geral presente no capítulo anterior, nota-se que a função objetivo desse problema busca maximizar o retorno financeiro dos investimentos do cliente. O modelo que irá ser desenvoldido analisará individualmente cada um dos cenários de risco de investimento propostos, para que o cliente, indeciso quanto ao seu perfil de investidor, possa analisar as vantagens e desvantagens de cada um. O modelo lhe apontará o quanto ele deve investir em cada ação para maximizar o seu lucro, sempre levando em consideração, é claro, as restrições propostas. O que irá variar entre um cenário e outro, é o risco que o investidor estará disposto a correr. Dessa maneira, será possível analisar o quanto o seu retorno financeiro irá variar a partir de mudanças no perfil de risco da sua carteira e facilitará a tomada de decisão do cliente, pois assim, ele poderá avaliar se vale a pena correr um risco maior por um retorno maior, ou se não compensa. A primeira restrição descrita garante que 100% do capital disponível será investido e estarão distribuídos entre as ações pré-selecionadas. Portanto, em cada cenário de risco, a simulação será feita aplicando todo o dinheiro que o cliente disponibilizou para investimento. A segunda restrição garante que o limite máximo de risco aceito pelas carteiras conservadora, moderada e agressiva, será respeitado. As chamaremos durante o estudo de caso, respectivamente, de carteira 1, 2 e 3. Para chegar ao valor de cada um dos riscos assumidos em cada perfil, o analista financeiro analisou o histórico de um ano de retorno das ações previamente selecionadas pelo cliente, no período de 24/04/2018 até 25/04/2019. Dessa forma, 30 foi possível calcular qual o desvio-padrão de cada uma dessas aplicações financeiras durante esse tempo, e chegou-se a uma média desses desvios-padrão de aproximadamente 2,3%. Definiu-se, portanto, que a carteira 2, perfil moderado, aceitará, no máximo, esse risco médio. Para chegar ao valor do risco aceito pelas carteiras 1 e 3, o analista financeiro decidiu descontar aproximadamente 13% dessa média, variando para mais no caso da carteira agressiva, e para menos no caso da carteira conservadora. Portanto, a carteira conservadora assumirá um risco máximo de 2% e a agressiva de 2,6%. A terceira restrição impõe um limite percentual máximo, por carteira, que poderá ser aplicado em cada ação. Como forma de diversificar os investimentos e mitigar os riscos, uma vez que a rentabilidade de um capital aberto sofre muita flutuação, foi definido um percentual máximo de 30% do capital disponível que poderá ser alocado em cada uma das ações. De acordo com Junior, Pamplona e Montevechi (2002), tanto Markowitz (1952) quanto Sharpe (1964) contribuíram muito com o processo seleção de carteira de investimentos a partir do desenvolvimento de metodologias de compensação e avaliação dos riscos através da diversificaçãodas carteiras de investimentos, demonstrando que não se deve carregar todos os ovos na mesma cesta. Para finalizar, temos a restrição de não negatividade que garante que não trabalharemos com variáveis negativas no modelo de programação linear aqui estruturado. 5.2 IDENTIFICAÇÃO E COLETA DE DADOS O cliente solicitou a ajuda de um analista financeiro para montar sua carteira de investimentos. Para isso, deixou claro alguns pré-requisitos, tais como: todo o seu dinheiro deverá ser distribuído entre os ativos disponíveis, em cada um dos cenários, da melhor forma possível, podendo ser alocado apenas um máximo de 30% do seu capital em cada ação, respeitando os riscos máximos assumidos por cada uma e de forma a maximizar seu lucro, além disso, o seu dinheiro deverá ser investido apenas em qualquer uma das 10 ações do mercado de ações brasileiro que fora previamente selecionada por ele. Para atender a demanda solicitada, o analista financeiro buscou analisar o histórico de rentabilidade dessas ações durante o período de 24/04/2018 até 25/04/2019. A partir da análise da tabela contendo tais informações de histórico de retorno, foi possível auferir informações que serão primordiais para o desenvolvimento da solução ótima 31 do modelo de programação linear aqui proposto, tais como a média desses retornos que sofreram variação nesse período de 1 ano, assim como o desvio-padrão da rentabilidade de cada um desses ativos. Segue abaixo tabela demonstrando esses dados, os valores presentes na primeira linha e na segunda linha da tabela são, respectivamente, a rentabilidade média e o desvio padrão de cada ação. Tabela 2 - Rentabilidade média e desvio-padrão das ações Ambev Bradesco Cielo JBS Klabin Renner Natura On Petrobras Qualicorp Vale On -0,07% 0,13% -0,25% 0,31% -0,05% 0,15% 0,16% 0,21% 0,04% 0,16% 1,66% 2,10% 2,98% 2,55% 1,54% 2,24% 2,40% 2,66% 2,53% 2,17% Fonte: Elaborado pelo autor Dado essas informações, o analista financeiro dispunha de dados o suficiente para começar a formular o modelo de programação linear que irá dar ao seu cliente a solução ótima para o problema exposto. Podemos, portanto, começar a especificar com dados concretos as equações já expostas na formulação genérica deste trabalho. O primeiro passo é determinar quais são as variáveis de decisão, lembrando que as mesmas variáveis serão aplicadas para os três cenários de riscos que serão analisados nesse trabalho. Percentual de cada ação a ser alocado na carteira: x1 = Porcentagem da ação AMBEV a ser alocada na carteira x2 = Porcentagem da ação BRADESCO a ser alocada na carteira x3 = Porcentagem da ação CIELO a ser alocada na carteira x4 = Porcentagem da ação JBS a ser alocada na carteira x5 = Porcentagem da ação KLABIN a ser alocada na carteira x6 = Porcentagem da ação RENNER a ser alocada na carteira x7 = Porcentagem da ação NATURA a ser alocada na carteira x8 = Porcentagem da ação PETROBRAS a ser alocada na carteira x9 = Porcentagem da ação QUALICORP a ser alocada na carteira x10 = Porcentagem da ação VALE a ser alocada na carteira Após a definição das variáveis de decisão, a próxima etapa consiste em formular a função objetivo do problema de programação linear aqui exposto. Como o próprio nome já diz, 32 essa equação expressa a finalidade da metodologia, e pode ser maximizada ou minimizada, dependendo da solução que se busca. No caso, busca-se maximizar o retorno financeiro de um cliente, alocando seus recursos da melhor forma para atingir esse fim, dentre todas as combinações que seriam possíveis realizar. A função objetivo, em cada um dos cenários, será dada pela soma do produto do percentual aplicado em cada ação pela rentabilidade média de cada um desses ativos, conforme segue: max E(R): x1.µ1 + x2.µ2 + x3.µ3 + x4.µ4 + x5.µ5 + x6.µ6 + x7.µ7 + x8.µ8 + x9.µ9 + x10.µ10 (6) O próximo passo consistirá em elaborar as restrições. A primeira restrição, garante que 100% do capital disponível será investido: x1 + x2 + x3 + x4 + x5 + x6 + x7 + x8 + x9 + x10 = 100% (7) A segunda restrição garante que o cliente poderá investir, no máximo, 30% em cada ação: x1 =< 30%(percentual alocado na ação AMBEVE deve ser menor ou igual a 30%) x2 =< 30%(percentual alocado na ação BRADESCO deve ser menor ou igual a 30%) x3 =< 30%(percentual alocado na ação CIELO deve ser menor ou igual a 30%) x4 =< 30%(percentual alocado na ação JBS deve ser menor ou igual a 30%) x5 =< 30%(percentual alocado na ação KLABIN deve ser menor ou igual a 30%) x6 =< 30%(percentual alocado na ação RENNER deve ser menor ou igual a 30%) x7 =< 30%(percentual alocado na ação NATURA deve ser menor ou igual a 30%) x8 =< 30%(percentual alocado na ação PETROBRAS deve ser menor ou igual a 30%) x9 =< 30%(percentual alocado na ação QUALICORP deve ser menor ou igual a 30%) x10 =< 30%(percentual alocado na ação VALE deve ser menor ou igual a 30%) (8) A terceira restrição será separada em três grupos, pois é nesse momento que começa haver diferença entre um cenário e outro, dentre os três que simularemos na realização desse estudo de caso. Esse critério garante que as aplicações financeiras do investidor não podem fazer com que ele corra um risco acima de um valor máximo estipulado. - Cenário Conservador (Carteira 1): 33 σ1.x1 + σ2.x2 + σ3.x3 + σ4.x4 + σ5.x5 + σ6.x6 + σ7.x7 + σ8.x8 +σ9.x9 + σ10.x10 =< 2% (9) - Cenário Moderado (Carteira 2): σ1.x1 + σ2.x2 + σ3.x3 + σ4.x4 + σ5.x5 + σ6.x6 + σ7.x7 + σ8.x8 +σ9.x9 + σ10.x10 =< 2,3% (10) - Cenário Agressivo (Carteira 3): σ1.x1 + σ2.x2 + σ3.x3 + σ4.x4 + σ5.x5 + σ6.x6 + σ7.x7 + σ8.x8 +σ9.x9 + σ10.x10 =< 2,6% (11) Por fim, temos, em comum entre as três carteiras, a restrição de não negatividade: x j >= 0 j = 1...10; (12) 5.3 DESENVOLVIMENTO DO MODELO NO SOLVER Após a coleta de dados e posterior definição das variáveis de decisão, da função objetivo e das restrições, como exposto nos capítulos anteriores, o próximo passo consiste em aplicar esses dados no software escolhido, que nesse caso foi o Excel, usando a ferramenta Solver. Portanto, devemos armazenar todas as informações do problema reunidas até agora no Excel, em uma linguagem em que o Solver possa entender e definir a solução ótima. Abaixo segue a forma como os dados foram armazenados no software: Figura 2 - Disposição dos dados referentes ao probema em Excel Fonte: Elaborado pelo autor Como pode-se perceber pela imagem acima, foi imputado no Excel todos os dados necessários para aplicação do modelo de programação linear aqui proposto. No primeiro 34 quadro, tem-se o percentual de retorno médio de cada ação e os respectivos desvios-padrão calculados a partir da variação da rentabilidade de cada um desses ativos no período de 24/04/2018 a 15/04/2019. Esses dados foram calculados a partir da tabela 02, explicitada no capítulo anterior, que encontra-se em uma outra aba do documento em Excel elaborado, com o nome “Retorno ações”. Para chegar ao resultado médio do retorno, bastou utilizar a fórmula “MÉDIA” disponível no Excel e selecionar as células referente ao retorno de cada um dos ativos que constam no quadro, então tem-se que o retorno médio da ação AMBEV é dado pela seguinte equação “MÉDIA('Retorno ações'!B2:B248)”, do ativo BRADESCO é “MÉDIA('Retorno ações'!C2:C248)”, e assim sucessivamente até chegarmos na coluna K, correspondente à ação VALE. Logo após, tem-se as restrições do problema, sendo um deles o capital investido que é obrigatório ser 100%, e para isso foi usado uma fórmula para dizer matematicamente ao Excel que a soma de todas as variáveis de decisão do problema, que são as células da última linha da imagem acima marcadas de amarelo, devem ser iguais a 100%. Em seguida, tem-se o critério de que apenas um percentual máximo de 30% poderá ser alocado em cada ativo, como visto no segundo quadro. Além disso, no caso da carteira conservadora, como no exemplo acima, temse logo abaixo a definição de que o investidor só está disposto a correr até 2% de risco. Para isso, foi usado a fórmula “SOMARPRODUTO”, que soma e multiplica matrizes da mesma proporção, sendo no caso umas das matrizes as variáveis de decisão e a outra seus respectivos desvios-padrão. Por fim, temos o espaço reservado para a solução logo abaixo, portanto foram dispostas todas as variáveis de decisão ao lado esquerdo do símbolo “z = E(R)”, que representa a função objetivo do problema. É possível observar que as variáveis de decisão, a função objetivo, o risco efetivo corrido pela carteira e o capital total investido ainda encontram-se zerados, pois a solução do Solver ainda não foi ativada. Para chegar ao resultado final, ou seja, a resposta da função objetivo, novamente foi utilizada a fórmula “SOMARPRODUTO”, sendo uma das matrizes as variáveis de decisão e a outra seus respectivos retornos médios. Dessa maneira, ao aplicar a ferramenta Solver, o modelo nos dará a resposta de quanto se deve investir em cada ativo para que se tenha o maior percentual de retorno possível, respeitando todos os critérios definidos no modelo. Após ter os dados devidamente armazenados na planilha, o próximo passo consiste em imputá-los no Solver, para que se possa encontrar a solução ótima, ou seja, maximizar o retorno financeiro do cliente. Dito isso, a seguir a solução será ativada, para cada um dos três cenários montados para o problema, retornando a melhor resposta possível para cada um dos casos aqui 35 simulados. Para isso, foi definido no Solver a função objetivo e o que se espera (no caso, maximização do retorno financeiro), as variáveis de decisão que serão modificadas para que se atinja o objetivo, os critérios de restrições existentes no problema, por fim, selecionamos a caixa “Tornar Variáveis Irrestritas Não Negativas”, respeitando a restrição de não negatividade já explicada anteriormente (já que não é possível investir um percentual abaixo de zero em qualquer dos ativos) e selecionamos o método de resolução, no caso desse estudo, LP Simplex. Figura 3 - Aplicação dos parâmetros do problema no Solver Fonte: Elaborado pelo autor Após preparar o Solver, como visto na figura acima, o próximo passo é clicar em “Resolver”. Feito isso, será exibido no Excel o quanto o investidor deve aplicar em cada ativo, respeitando todos os critérios de restrições impostos, de forma a ter o melhor retorno possível. O resultado final pode ser encontrado a seguir, e a resposta definitiva, dada pelo resultado da 36 função objetivo será evidenciado por uma marcação vermelha, em cada um dos três cenários montados: Cenário Conservador: Figura 4 - Resolução encontrada pelo Solver no cenário conservador Fonte: Elaborado pelo autor Cenário Moderado Figura 5 - Resolução encontrada pelo Solver no cenário moderado Fonte: Elaborado pelo autor 37 Cenário Agressivo Figura 6 - Resolução encontrada pelo Solver no cenário agressivo Fonte: Elaborado pelo autor 5.4 RELATÓRIO FINANCEIRO GERADO A PARTIR DOS RESULTADOS O Solver nos retornou três resultados distintos, mostrando que quanto mais risco se corre no ato de investir, maior a probabilidade de se ter um retorno financeiro maior. Cabe, no entanto, ao consultor financeiro elaborar um relatório financeiro detalhado e aconselhar nosso cliente, mostrando a diferença obtida entre cada um dos cenários para que ele se possa chegar a melhor decisão possível. Gráfico 1 - Estimativa de retorno financeiro em cada um dos cenários Fonte: Elaborado pelo autor Como pode-se observar pelo gráfico acima, a diferença percentual entre os resultados obtido entre os cenários conservador e moderado é de aproximadamente 92,37%, entre os 38 cenários conversador e agressivo a diferença aumenta para aproximadamente 111,31% e, por sua vez, entre o cenário moderado e agressivo temos um aumento de apenas 9,84%. A seguir, seguem gráficos que mostram detalhadamente o quanto foi investido em cada um dos ativos selecionados previamente, de forma a obter esses resultados acima, que lembrando mais uma vez, são as melhores soluções possíveis dada as restrições impostas. Cenário Conservador: Gráfico 2 - Percentual do investimento alocado em cada ativo no cenário conservador Fonte: Elaborado pelo autor 39 Cenário Moderado Gráfico 3 - Percentual do investimento alocado em cada ativo no cenário moderado Fonte: Elaborado pelo autor Cenário Agressivo Gráfico 4 - Percentual do investimento alocado em cada ativo no cenário agressivo Fonte: Elaborado pelo autor A partir dos gráficos acima, é possível fazer algumas considerações. O ativo VALE, como pode-se observar, é recomendado que se invista com o máximo percentual permitido em todos os três cenários. Isso se dá pela sua melhor relação entre retorno médio e desvio-padrão, quando comparado com as demais ações. Tratando-se do retorno médio, a VALE perde apenas para JBS e PETROBRAS e empata com a NATURA, entretanto, possui o menor desvio-padrão 40 dentre essas opções. Ademais, é interessante notar que o Solver também aconselhou que se invista na JBS em todos os três cenários, uma vez que dentre todas essas ações, essa é a que tem o maior percentual de retorno médio. Apesar disso, no cenário conservador apenas 10,74% do capital disponível aparece aplicado na JBS, devido ao seu alto desvio-padrão, ou seja, seu grande percentual de risco. Nos cenários moderado e agressivo, foi possível investir o percentual máximo de 30% nessa ação, pois aceitam um percentual de risco mais elevado. É interessante também notar que como o cenário agressivo suporta correr um risco mais elevado, foi investido o máximo possível nas 4 ações que geram o maior retorno financeiro médio, apesar dos seus respectivos desvios-padrão. São elas: JBS, PETROBRAS, VALE E NATURA. A PETROBRAS é a ação que, dentro todas as selecionadas, possui o segundo maior percentual de risco, perdendo apenas para CIELO. Não é interessante investir na CIELO, no entanto, pois possui uma média de retorno financeiro negativa. Outro ponto interessante de se analisar ocorre entre a VALE e a NATURA, pois ambas possuem o mesmo retorno médio, contudo, o Solver prioriza o investimento na VALE, uma vez que o seu desvio-padrão é menor. Dito isso, fica evidente o quanto essa ferramenta é eficaz para a resolução desse problema, pois nos três exemplos que foram criados, o modelo respeitou todos os critérios de restrição e alocou o dinheiro do cliente da melhor forma possível, buscando sempre atender a função objetivo estabelecida, que é a maximização do lucro. Segue abaixo a relação entre o retorno financeiro médio e os respectivos desvios-padrão de cada um dos ativos: Gráfico 5 - Relação entre retorno médio e o desvio-padrão dos ativos da carteira Fonte: Elaborado pelo autor 41 6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para que o consultor financeiro possa aconselhar o cliente a respeito da melhor opção de investimento dente os três cenários montados, é importante analisar a relação entre o risco corrido e o retorno obtido em cada um dos três perfis de risco. Como visto anteriormente, o Solver encontrou um percentual de retorno de aproximadamente 0,1043%, 0,20065% e 0,22040% para, respectivamente, os perfis conservador, moderado e agressivo. Além disso, para que se alcance tal resultado em cada um desses perfis, de acordo com o Solver o investidor correria um risco de 2% no perfil conservador, 2,3% no perfil moderado e 2,45% no perfil agressivo. Vale ressaltar que, no perfil agressivo, foi estabelecido que o cliente estaria disposto a correr um risco de no máximo 2,6%, ainda assim, de acordo com a solução da ferramenta o risco corrido seria menor. Ou seja, isso significa que considerando os ativos previamente selecionados e as outras restrições impostas, 2,45% é o máximo de risco que o cliente deverá correr para ter o maior retorno possível. Gráfico 6 - Relação entre o risco e o retorno esperado pelo Solver em cada perfil de risco Relação entre Risco e Retorno 3,0000% 2,5000% 2,45% 2,30% 2,00% 2,0000% 1,5000% 1,0000% 0,5000% 0,1043% 0,20065% 0,2204% Cenário Moderado Cenário Agressivo 0,0000% Cenário Conservador Retorno Risco Fonte: Elaborado pelo autor Como pode-se auferir pelos dados dispostos acima, fica claro que quanto mais risco se corre, maior o retorno financeiro estimado. Vale a pena, no entanto, investir no perfil agressivo? Isso depende do perfil de risco de cada investidor, contudo, o analista financeiro analisou matematicamente os dados para dar seu parecer ao seu cliente. Pode-se calcular pelos dados do gráfico acima que do perfil conservador para o perfil moderado, corre-se 15% a mais de risco para se obter uma estimativa de retorno 92,37% mais 42 elevada. Quanto trata-se do perfil conservador para o agressivo, temos um aumento de aproximadamente 111,31% no retorno financeiro e o risco aumenta em 22,5%. Por fim, fazendo a mesma comparação entre o cenário moderado e agressivo, tem-se que o percentual de retorno aumenta apenas aproximadamente 9,84% e o risco, por outro lado, aumenta um valor aproximado de 6,52%. Tendo em vista os valores expostos, pode-se observar que no perfil moderado o aumento na rentabilidade é proporcionalmente muito maior do que o aumento do percentual de risco, quando comparado com o cenário conservador. Já no perfil agressivo, em relação ao cenário moderado, tem-se um aumento mais inexpressivo no percentual de retorno, ainda assim, esse aumento é maior do que o aumento na margem de risco, apesar de muito mais próximo. Já que o cliente buscou ajuda e não tem muita experiência no ato de investir em ações, o consultor financeiro aconselhou que se invista no perfil moderado, já que não valeria a pena aplicar o dinheiro no perfil conservador, pois se correria 2% de risco em torno de uma expectativa de rentabilidade muito menor. Vale lembrar no entanto, que trata-se de uma escolha pessoal do investidor e o mesmo poderá variar seus investimentos ao longo do tempo e usar a planilha e toda a metodologia desenvolvida nesse estudo para auxílio próprio. Segundo Junior, Pamplona e Montevechi (2002) são vários os fatores levados em consideração no momento de se definir o perfil de risco de cada um: O risco que uma pessoa está disposta a assumir pode variar muito dependendo de fatores como idade, nível social, estado civil, número de filhos, perspectivas futuras e vários outros fatores. Deste modo nunca existirá uma carteira de ações que agrade a todos, já que quanto maior o retorno desejado maior será o risco a se assumir. A composição de uma carteira pode variar muito devido ao fato de existirem diferentes tipos de investidores que desejam assumir diferentes riscos e retornos (Junior, Pamplona e Montevechi, 2002, p.3) Dito isso, cabe ao cliente analisar todo o parecer financeiro disponibilizado e decidir o seu perfil enquanto investidor. O papel do consultor financeiro foi apenas fornecer toda essa análise para que o processo decisório do seu cliente seja muito mais fácil. O mais importante é que independente do perfil de risco que se escolha nesse caso, agora ficou evidente o quanto deve-se investir exatamente em cada ativo para que se obtenha o melhor resultado possível dentro dos parâmetros de restrições impostas. 43 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, A. C . B.; MENEZES, M. A. F. de, ZIMMERMANN, F.J. P. Pesquisa Operacional: Um texto essencial para Engenharias, Computação e Ciências Econômicas. 2006. P241. Disponível em <http://www.inf.ufpr.br/ess07/Meus_Programas/PO/livro/00_CapaSum.pdf> Acesso em: 10 abr. 2019. AZEVEDO, N. C. de; SILVA, A. P. F. da; SOUZA, E. X. de. Mensuração e utilização de informações de custos no setor de transporte rodoviário de carga: num estudo realizado em empresas da região metropolitana de Recife. In: CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO, 6., 2009. Disponível em <http://www.convibra.com.br/artigo.asp?ev=20&p=&lang=pt&id=2272>. BARCELOS, B. O.; EVANGELISTA, M. L. S.; SEGATTO, S. S. 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São Paulo: FEA/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, 2003. 45 APÊNDICE A – Tabela de histórico de retorno das ações no período de 24/04/2018 a 25/04/2019 Tabela 3 - Histórico de retorno das ações do período de 24/04/2018 a 25/04/2019 Data 25/04/19 24/04/19 23/04/19 22/04/19 18/04/19 17/04/19 16/04/19 15/04/19 12/04/19 11/04/19 10/04/19 09/04/19 08/04/19 05/04/19 04/04/19 03/04/19 02/04/19 01/04/19 29/03/19 28/03/19 27/03/19 26/03/19 25/03/19 22/03/19 21/03/19 20/03/19 19/03/19 18/03/19 15/03/19 14/03/19 13/03/19 12/03/19 11/03/19 08/03/19 07/03/19 06/03/19 01/03/19 28/02/19 27/02/19 26/02/19 25/02/19 22/02/19 21/02/19 20/02/19 19/02/19 Retorno Ambev Retorno Bradesco Retorno Cielo Retorno JBS Retorno Klabin Retorno Lojas Renner Retorno Natura On Retorno Petrobras Retorno Qualicorp Retorno Vale On 3,33% 1,18% -0,63% 7,73% 5,29% 5,79% 10,05% 0,72% 6,60% 0,28% -0,67% -4,43% -3,55% -0,55% -0,82% 2,12% -0,29% -1,11% -0,06% -3% 0,97% 2,43% 4,11% 3,84% 0,93% 0% -1,57% 0,87% 1,06% 1,21% 2,46% 0,83% -2,79% 4,11% -0,92% 2,20% -3,15% -0,58% 0,69% -2,43% 0,18% 1,37% -7,30% -4,50% -1,15% 5,21% 0,88% 3,18% 0,89% 0,63% -2,74% -1,38% -1,44% -1,80% 3,44% -0,94% -0,78% 0,11% 1,41% -1,60% 0,63% -0,17% 0,11% 8,48% 0,44% -0,05% -0,09% 3,05% -0,70% 3,45% 2,11% -0,23% -2,49% 1,64% -2,51% -0,63% -0,22% 0,39% 0,38% -0,29% -1,10% -0,91% -1,39% 4,44% -1,27% -0,81% 1,30% -7,75% -1,64% -0,60% -1,71% -1,59% -3,50% -1,29% 0,55% -1,85% -2,04% -2,71% -1,24% 0,06% -0,79% -1,43% 3,85% 1,24% -2,66% 0,35% 4,17% -1,30% 0,31% -1,13% 1,96% -0,38% 1,63% -2,03% -2,31% -0,63% -1,83% -0,31% 0,50% -1,95% -0,52% 0,14% -0,97% 3,92% 0,58% -2,70% -1,47% 1,63% 0% 2,71% 0,69% 1,11% -0,53% 5,20% 2,32% 0% 0,50% 1,09% 1,72% -0,38% 2,85% 2,59% 5,77% 1,15% -3,39% 1,85% 1,33% 3,38% 1,55% 0,73% 0,42% -1,12% -3,28% -1,64% -0,85% -0,16% -0,68% -2,65% -1,65% 0,29% -0,30% -1,28% -4,89% -2,28% -0,11% -1,19% 0,24% 1,04% 0,83% -1,84% -0,06% 0,81% 1,26% 1,95% 3,17% -0,02% 0,20% -0,21% -0,57% 3,28% 0,48% 1,71% -0,32% 2,91% -1,16% 3,55% 1,82% 0% 2,22% 3,31% 1,27% 5,08% 2,46% 5,81% 1,29% 3,15% 2,06% 2,63% 5,28% -0,60% -2,65% -3,46% -2,71% -3,31% -0,06% -3,07% -0,73% -4,51% -5,82% -1,35% 2,85% 0,65% 0% 4,71% 1,43% 0,69% 9,73% 4,72% 2,11% 1,47% -1,20% 0,22% -3,52% 1,05% -2,21% -1,48% -3,37% 1,26% -1,30% -1% -1,53% -3,53% -3,96% -2,46% -0,92% -0,77% -7,78% -5,46% -3,76% -1,65% -0,12% -2,20% -3,99% -2,20% 0,12% -2,14% -2,36% -1,42% -0,93% 0,65% -1,11% -2,71% -2,97% -0,07% -1,42% -0,99% -1,20% -0,79% -0,56% -2,58% -0,69% -2,15% 2,96% -3,60% -1,74% -0,31% 0,37% 1,60% -0,67% 2,85% 3,28% 0,53% 2,56% 4,71% 0,28% 1,34% -0,39% 1,73% 0,62% -0,18% 0,60% 0,42% -1,50% 3,13% 1,14% -0,48% -1,21% 0,21% -0,55% -0,32% -1,42% 0,22% -0,93% 1,98% -1,89% -0,36% -3,02% 0,32% 0,06% 0,02% -0,59% 0,96% -1,64% 3,07% 1,64% -1,75% -0,92% 2,18% 2,91% 1,46% -0,64% 0,29% -1,35% 3,40% -1,29% -1,05% 2,42% -0,90% 1,74% 0,18% 3,13% 4,06% 2,58% 0,76% -0,67% 4,04% -0,21% 4,05% -0,06% 2,11% -0,60% 1,39% 1,59% 0,61% 1,92% 2,45% 3,02% -0,37% 4,43% -0,02% 1,69% 1,95% 0,71% -0,19% -2,46% 0,11% -1,56% -0,95% 0,04% -0,13% -2,73% -0,75% -1,02% -5,10% -1,45% 0,37% -0,78% 0,22% -2,16% 2,80% -2,32% -1,66% -0,64% 5,14% -0,72% 0,12% -1,82% -1,33% -1,55% -0,76% -6,15% -2,63% -2,34% -2,40% -1,26% -1,75% 0,37% -0,07% -0,13% 0,58% -0,70% -1,11% -2,02% 0,44% -2,61% -0,79% -1,55% 1,88% 3,33% -0,78% 0,54% 1,79% 4,22% -1,93% 2,40% 0,02% -1,54% -0,45% -0,73% 0,17% 0,38% -1,01% -1,62% -1,69% 0,94% -0,69% 0,48% -1,58% 0,33% 0,28% 0% -0,82% 4,13% 2,08% -0,82% 3,23% 5,93% -0,99% 0,47% 3,55% 0,94% 0,87% -1,80% -2,18% -1,24% -0,23% 2,76% 1,33% -1,51% -0,92% -0,93% -1,65% 2,59% -3,79% 0,27% -2,69% -4,36% -1,24% -1,87% 0,68% 0,71% 0,85% 1,50% -1,40% 2,10% 0,81% 3,36% 2,32% 2,44% 0,53% 46 Data 18/02/19 15/02/19 14/02/19 13/02/19 12/02/19 11/02/19 08/02/19 07/02/19 06/02/19 05/02/19 04/02/19 01/02/19 31/01/19 30/01/19 29/01/19 28/01/19 24/01/19 23/01/19 22/01/19 21/01/19 18/01/19 17/01/19 16/01/19 15/01/19 14/01/19 11/01/19 10/01/19 09/01/19 08/01/19 07/01/19 04/01/19 03/01/19 02/01/19 28/12/18 27/12/18 26/12/18 21/12/18 20/12/18 19/12/18 18/12/18 17/12/18 14/12/18 13/12/18 12/12/18 11/12/18 10/12/18 07/12/18 06/12/18 05/12/18 04/12/18 Retorno Ambev Retorno Bradesco Retorno Cielo Retorno JBS Retorno Klabin Retorno Lojas Renner Retorno Natura On Retorno Petrobras Retorno Qualicorp Retorno Vale On -1,62% -2,28% -2,74% 1,21% -1,25% 0,20% -1,24% -0,30% -3,01% -1,37% -0,54% -0,65% -3,01% 2,21% 0,99% -1,14% 2,91% -0,41% -0,13% 0,48% 1,09% 3,81% 2,91% 0,83% 0,22% 2,67% 0,40% 3,45% 1,10% 0,37% -1,50% -1,55% -0,81% -1,17% -0,44% -2,60% -0,66% 1,28% 1,44% 2,69% -0,21% 2% 0,09% 1,39% -2,83% 3,86% 1,65% 3,54% 2,76% 5,43% -2,64% 2,69% -0,58% 4,34% 0,70% -2,70% -1,15% -0,82% -1,15% -2,11% -2,83% 1,06% -0,93% -0,56% -1,73% 0,35% -0,81% 0,16% -2,88% 3,77% 3,65% 1,52% 3,38% 2,14% 1,29% 0,32% -0,13% -1,57% -2,98% -2,05% -2,95% -4,71% -7,42% -6,34% -2,76% -4,97% -4,39% -2,15% -2,19% -4,88% 1,03% 0,04% -4,61% -0,27% 3% -1,15% -1,20% 0,08% 1,61% -0,09% 1,88% 2,22% -2,58% 1,01% 1,42% 0,74% 0,29% 0,89% -0,12% -3,39% 3,43% -1,24% 0,75% -1,46% 2,47% 0,35% 1,39% 0,86% 2,27% 1,65% -2,56% 5,65% 3,02% -1,37% -1,38% 0,18% -2,41% -0,16% 0,44% -2,36% 0,56% -0,23% 1,49% 4,08% 1,40% -0,37% 1,44% 0,99% 0,90% 9,03% -0,45% -1,29% 4,87% -0,68% -1,17% 0,71% 0,71% 2,42% 2,02% 0,85% 4,60% 0,81% 1,97% 2,28% -0,16% 1,87% 2,41% -3,01% -3,28% -2,52% -0,12% 1,01% 4,60% 2,77% 2,56% 2,89% 2,38% 0,43% -0,25% 0,90% -2,05% 1,71% -1,35% 3,53% 0,38% 1,86% 0,27% 0,76% 0,26% 1,03% -2,67% -0,45% -2,35% -0,51% -0,65% -1,40% -1,33% -1,80% -1,32% -0,89% 0% -1,15% 2,21% 1,26% 1,37% -1,94% -0,50% 0,51% 1,73% 0,95% 0,84% 1,02% -0,57% 0,97% 0% 1,39% 5,81% 0,95% 2,09% 0,98% 0,28% 0,33% 2,34% 1,90% -0,93% 3,72% 0,53% 1,37% 6,04% 3% 0,56% 0,48% -2,48% 4,20% 0,16% 2,21% -0,98% -0,04% -1,64% 0,57% 0,91% -0,19% -3,67% -0,55% 2,92% -0,37% -0,64% -0,08% -1,01% -0,48% 1,45% 1,18% 1,77% 1,68% 3,85% -1,82% -1,59% -0,56% 4,23% 0,42% 2,61% -0,65% -3,43% 2,63% -1,32% -2,23% -1,82% -1,07% 3,80% -1,36% 2,87% -0,31% 9,48% -0,33% -0,11% 0,14% 0,60% -0,86% 0,29% -1,10% 1,42% 1,72% 4,22% -0,81% 1,99% 1,46% 2,05% 2,08% 2,56% 2,44% -2% 0,61% -3,38% 1,57% 0,41% 3,22% -2,44% -0,60% 1,68% 0,96% -0,42% 1,19% -0,89% -3,51% 0% -2,30% -3,42% 1,58% -2,97% -0,54% 1,35% -0,78% 7,98% 2,62% 1,61% -3,84% 1,15% 0,28% -1,75% 6,51% 1,11% 1,02% -2,39% 1,58% 2,58% -1,26% 0,78% 2,45% 0,59% -4,09% 5,01% 4,50% 8,32% 3,88% 2,71% 2,71% 3,11% 6,08% 5,82% 0,18% 1,85% 3,07% 2,18% 2,57% 2,45% 2,89% 1,93% 4,66% 2,30% 3,03% -0,26% 2,46% -2,03% -1,74% -1,15% 2,21% 0,57% -0,05% -0,71% -1,86% -0,20% -1,29% -2,42% -2,21% -2,43% -2,18% 1,57% 3,48% -1,63% -0,83% -0,26% -0,76% 0,55% 3,16% 0,44% 4,53% 0,54% 0,28% -1,90% 2,11% -1,23% 0,53% -4,54% -1,21% -1,70% 1,65% -1,17% -3,42% -0,83% -0,40% -1,28% -1,43% 2,03% -3,19% 0,86% 0,18% -1,02% 1,14% -2,50% -2,78% -0,68% 1,86% -0,95% 0,59% 3,50% 0,46% 0% -3,80% -0,29% 1,21% 0,25% -1,77% 2,51% -1,99% -1,87% -1,87% 0% -0,78% -2,85% 0,57% -1,59% -1,13% 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21/09/18 20/09/18 19/09/18 Retorno Ambev Retorno Bradesco Retorno Cielo Retorno JBS Retorno Klabin Retorno Lojas Renner Retorno Natura On Retorno Petrobras Retorno Qualicorp Retorno Vale On -1,06% -1,72% 1,47% 1,61% 0,06% 0,18% 1,61% 1,89% 1,15% 2,48% 1,68% -1,18% 6,85% 0,17% -1,76% -0,86% 1,31% 1,15% -2,39% 1,54% -0,30% 1,25% -2,30% 2,09% 0% -0,15% 2,75% -0,83% 1,65% -0,57% 0,91% 2,04% 6,05% 0,52% -1,45% 0,03% 2,75% -0,59% 4,88% 4,77% 2,41% 4,09% -1,71% 2,97% 0,46% 3,84% -0,73% 5,28% 1,06% -0,40% -0,31% -1,44% -5,41% 2,39% 0,35% -3,06% 0,29% -0,49% -2,66% -0,46% -1,82% -0,22% -0,22% -2,60% -2,22% 1,11% 0,13% -3,10% -2,59% -6,83% 0,73% 0,41% -1,07% -1,50% 0,57% -0,13% 0,13% 0,28% -0,93% -0,90% -0,49% -1,11% 1,19% 4,33% 0,29% -1,94% 2,65% -3,19% -1,89% -1,52% -0,24% -0,43% -5,03% -3,30% -1,69% 1,02% 1,22% 0,78% 0% -1,39% 2,93% 4,85% -0,81% -1,58% 0,57% 3,46% 1,04% 2,79% 3,85% 1,79% 1,71% 1,40% -5,21% 1,74% -1,68% 1,64% 1,47% 3,55% -1,08% -1,97% -1,19% -1,80% -1,52% -1,10% 0% 2,61% 1,38% 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Retorno Vale On 2,34% 0,81% -2,33% 4,94% 0,29% 2,59% 1,57% 4,38% 0,19% 4,18% 0,71% 2,85% 4,57% 1,97% -1,48% 4,29% -0,53% 3,25% 4,52% -0,29% -0,55% 0,43% -0,70% 0,33% -0,71% 3,51% 0,75% 0,43% 1,05% 2,64% -0,65% -0,40% -2,07% -1,62% -1,31% -2,11% -1,80% -1,27% -3,83% 0,62% 1,43% 0,04% 1,05% -1,91% -0,79% 0% -0,87% 2,43% -0,38% 1,64% -0,55% -3,01% -1,03% 0,11% 0,23% -1,69% -1,21% -3,95% -0,06% -1,18% -0,16% 0,39% 2,69% 1,73% -0,92% 0,59% -1,02% 1,42% 4,10% -0,49% 0,99% 2,86% -4,01% -0,96% 0,23% 3,15% 0,10% 1,82% 0,46% 2,55% 0,72% 0,62% -0,88% 0,54% -0,46% 2,05% 1,63% 0% -0,26% 0,29% -3,33% -2,24% -0,20% -2% -1,09% -2,21% -0,21% -1,84% -2,23% -3,79% -1,17% -0,88% -1,52% 0,96% 2,76% -0,99% -0,48% -1,35% -0,51% 0,80% -0,79% 1,36% -0,92% 1,51% -1,02% 0,14% -0,17% 2,45% -1,25% -1,74% -1,30% -4,27% -0,46% -2,53% -0,37% -4,11% -1,19% -2,59% -4,49% -1,18% 0,79% 1,21% 0,39% 0% -1,19% 0,99% -1,08% 5,18% 2,96% -0,77% -0,16% -0,62% 0% -1,04% 0,97% -1,62% -0,40% -1,92% -0,73% -0,04% 0,31% 2,68% 1,87% 1,16% 1,50% 3,13% 4,34% 2,24% 2,83% 2,81% 0,69% 0,89% 0,54% 2,93% 2,79% -0,03% 1,71% 1,95% -0,31% 1,50% 0,21% -2,50% 0,81% -2,33% 4,26% -2,28% 0,43% -2,18% -6,23% 0,09% -0,42% 2,46% 2,50% 5,47% 1,94% 2,01% 5,86% 3,56% 3,03% 3,03% -0,89% -2,43% -0,35% 2,05% 0,57% -2,73% -0,30% -3,49% -4,57% 0,56% -0,16% 0,63% -1,43% -1,35% 1,20% 2,17% 0,87% -0,54% -2,26% 1,26% 0,89% -3,05% -2,07% 0,11% -0,21% -2,75% -0,87% -2,59% -0,90% 2,17% -2,11% 0% 1,15% -3,16% -0,16% -0,47% -1,19% -0,52% -0,72% -1,37% 0,05% -1,20% -1,79% 2,80% -0,26% -1,09% -2,04% -4,65% -5,07% -4,45% 1,41% 1,70% 5,09% 2,65% 1,04% 0,40% 1,14% -0,05% 3,27% 0,92% 1,22% 1,94% 1,63% 4,70% 0,68% 2,13% 4,03% 2,30% 3,44% 1,10% -1,87% -4,98% -2,62% -3,26% -2,01% -3,46% -7,06% -3,69% -4,88% -0,25% 0,57% -1,04% 3,57% -3,92% -0,10% -1,38% -1,48% 0,99% -2,76% -1,07% -0,05% -2,39% 5,42% -0,22% -0,10% -0,32% -1,25% -2,75% -2,39% -0,66% -0,67% -1,51% -3,98% -1% -0,71% -0,06% -2,73% -1,57% -3,77% 0,67% -0,29% 0% -0,69% -4,02% -3,21% -0,66% -0,32% -0,13% -0,33% -2,06% 0,05% 3,82% -0,28% 1,41% -0,25% 2,73% 1,26% 3,43% 0,87% 1,94% -0,82% 0,03% -0,76% 1,43% -0,94% -1,52% 1% 2% -0,14% -0,41% 0,21% 1,31% 1,46% 0,67% -0,35% 0,10% -0,34% 1,47% 3,24% -3,25% -1,47% -1,93% -9,75% -0,88% 0,25% -1,03% -0,92% -0,85% -0,15% 0,94% -0,56% 0,74% -0,63% -5,50% 0,10% 2,13% -0,64% 0,61% -1,08% 1,65% -0,40% 1,11% -0,06% 0,21% 0,35% -3,29% -1,47% 1,85% 1,70% 1,27% 5,24% -2,55% -3,38% -2,34% -1,62% -0,50% -0,40% -2,76% 2,36% 1,99% -0,37% 1,82% -2,07% 3,14% -0,24% 0,22% 2,10% 1,53% 0,57% 0,86% 1,72% 1,48% -0,70% 0,95% 1,19% 3,26% -1,70% 2,08% -1,12% 3,45% -0,75% -1,14% -0,47% -1,77% 0,55% -3,46% -2,88% -0,16% -2,78% 1,81% -0,48% 3,47% 0,94% -2,14% -1,52% 1,86% -0,03% 4,84% 1,51% -1,44% 0,64% 1,26% -0,24% 0,10% 1,24% 3,52% -1,12% 1,94% 3,92% -3,93% -2,14% -2,46% -3,95% -1,50% -0,49% -1,60% 2,53% -1,31% -0,68% 1,48% 1,16% 2,88% 0% 3,32% 1,40% 1,79% 2,90% 2,29% -0,10% 1,40% 2,77% 0,45% 4,73% 2,66% 1,27% -1,89% -1,50% -1,27% -1,13% -0,62% -0,28% 1,10% 2% 3,05% -1,26% 0,87% 2,34% 0,10% 0,89% -0,92% 2,12% 2,20% -0,06% 0,95% 0,15% 0,30% 1,28% 3,16% -1,40% 3,27% -1,54% -0,29% -1,90% -2,85% 0,46% -2,46% -1,75% -1,92% 0,75% -1,11% 0,55% -1,49% 5,58% 5,35% -1,17% 1,37% 0,86% -1,06% 0,56% -1,61% 49 Data 06/07/18 05/07/18 04/07/18 03/07/18 02/07/18 29/06/18 28/06/18 27/06/18 26/06/18 25/06/18 22/06/18 21/06/18 20/06/18 19/06/18 18/06/18 15/06/18 14/06/18 13/06/18 12/06/18 11/06/18 08/06/18 07/06/18 06/06/18 05/06/18 04/06/18 01/06/18 30/05/18 29/05/18 28/05/18 25/05/18 24/05/18 23/05/18 22/05/18 21/05/18 18/05/18 17/05/18 16/05/18 15/05/18 14/05/18 11/05/18 10/05/18 09/05/18 08/05/18 07/05/18 04/05/18 03/05/18 02/05/18 30/04/18 27/04/18 26/04/18 Retorno Ambev Retorno Bradesco Retorno Cielo Retorno JBS Retorno Klabin Retorno Lojas Renner Retorno Natura On Retorno Petrobras Retorno Qualicorp Retorno Vale On -2,07% 0,04% -0,25% -2,51% 0,82% 0,33% 1,01% 0% 4,80% 1,13% 1,66% -0,21% 0% -0,93% 0,10% 0,17% -1,39% -3,20% -0,32% 3,48% 0,06% 1,40% -0,19% 3,66% 0,15% -0,50% -0,17% 5,43% 1,82% 0,15% -0,28% 4,64% -1,05% 0,11% -0,36% 3,45% -1,18% 0,17% 2,92% -1,64% 0,89% -0,67% -1,34% -0,11% -0,10% -1,26% 1,09% 1,63% -1,79% -1,67% -0,17% 1,86% 0,73% 4,26% 0,62% 3,05% -1,91% 3,55% -0,22% 1,06% 0,33% 3,41% 2,18% -2,30% -1,07% 2,81% 4,26% 0,30% 2,95% 1,91% -0,77% -1,62% 2,10% -2,14% 0,97% -5,07% -2,95% 3,18% -0,33% -0,39% -0,71% -0,54% 2,08% -1,48% -0,56% 2,46% -0,72% 2,17% 3,03% 2,50% 0,33% -0,15% 0,46% 1,50% 1,24% 0,64% 1,42% 3,90% 0% -1,77% 0,17% 1,91% -3,46% 0,11% -1,42% -0,67% -0,36% 0,07% -1,13% 1,69% -2,21% -4,15% -2,58% 2,31% 0% -2,49% -1,68% -6,85% -2,26% -3,28% -1,38% 2,14% 2,19% -0,11% -1,26% 2,77% 0,23% 5,12% 2,26% 1,06% 1,40% 5,18% 5,98% 2,13% -1,97% 2,22% -0,48% 6,34% 4,73% -1,85% -0,11% -3,22% -0,99% 2,41% -1,55% -0,61% -2,55% -3,14% -1,51% 0,16% -1,11% 1,78% -0,85% -0,80% 0,63% -0,85% -1,85% -0,86% -2,17% -4,99% 1,18% -4,06% 5,14% -0,11% -1,01% -1,60% -0,92% -0,46% -1,02% 0,31% -0,90% -2,04% -5,39% 0,92% -0,05% -2,67% -1,48% -1,88% 1,43% -0,29% -0,58% -0,26% -2,47% -0,23% 1,17% 1,86% -1,22% 0,32% 0,87% 1,67% 0,16% -1,89% -3,78% -0,68% -0,44% -0,82% -3,11% 1,05% -1,53% -0,08% -0,63% -0,87% 2,63% 4,14% -2,56% 1,35% 2,63% -3,24% 0,40% -6,40% -2,30% -1,77% -1,23% -2,65% -2,54% -0,45% -4,22% -3,49% 1,74% -3,03% -1,16% -1,67% -1,52% 0,81% 2,22% -0,48% 0,71% -1,57% -2,76% 4,36% -1,40% -4,81% -2,95% -4,01% 0,57% -3,42% -5,73% -5,36% -5,63% 2,30% 0,50% 1,04% -1,97% -0,66% -0,19% 0,23% 6,50% 8,48% -1,49% -0,45% 1,27% 2,43% 2,01% 1,12% 0,52% 1,42% 3,50% -1,86% 2,20% 4,21% 0,51% -0,61% 2,73% -2,30% 1,99% 1,26% 2,18% -1,66% 2,31% 0,94% -0,86% 0,41% -2,31% -3,38% -0,10% -2,30% -1,49% 1,13% 2,42% -1,78% -1,98% -4,23% -1,52% -1,56% -3,06% -3,26% -2,45% -1,60% -4,87% -0,80% -0,84% -1,99% -1,04% 1,26% 0% -2,82% -1,89% -1,39% -2% -1,87% 1,40% 0,16% 3,09% -0,11% -1,16% 3,24% 2,04% -1,71% -1,12% 1% -0,50% -2,63% 0,30% -0,31% -0,69% -2,55% -3,11% -5,83% -7,98% -0,76% -0,74% 2,87% 0,30% -0,42% -1,50% 4,90% 0,80% -1,36% 5,31% -1,25% -1,60% -1,43% -1,42% 1,27% -0,09% 0,37% -0,17% -2,34% -2,26% -3,23% -2,18% 0,45% -0,29% 1,72% -0,68% -0,89% -0,17% -1,16% -0,95% -1,10% -1,95% -4,16% -2,97% -1,38% -1,12% -2,13% -3,45% -5,26% -4,63% -0,93% 0,23% 1,62% -1,18% 2,39% 2,05% 1,47% -3,41% 2,24% 4,85% 2,29% -1,15% -0,59% -2,31% 1,88% 3,93% -3,44% 5,21% 2,10% -6,08% 0,70% -0,64% -1,43% 0,39% 1,69% -0,28% -1,03% -0,22% 3,14% -6,32% 3,12% 0,23% -1,79% -0,11% -0,45% -0,47% -3,26% 1,65% -1,20% -0,50% 2,39% -0,50% 2,01% 1,40% 5,44% 1% 0,52% 0,45% 3,91% 3,05% 2,29% -2,36% 0,80% -1,65% 3,93% 1,35% -2,02% 0,68% 8,16% 1,39% 2,15% 0,45% -0,52% 2,43% -0,85% 0% -0,80% -1,05% 1,15% -2% -0,10% -0,71% -0,91% 1,78% -0,48% -0,86% -0,35% -2,18% 1,71% -0,93% -0,93% -0,44% 0,09% -3,22% -1,90% 0,29% 5,43% -0,25% -0,80% 0,85% 1,24% -0,31% -2,05% -6,20% -2,89% -0,19% 0,34% -2,78% -0,66% -1,43% 0,78% -2,83% -2,57% -0,10% -0,46% -0,61% -1,44% 2,70% -1,61% -2,22% 0,08% 0,65% -1,54% 1,32% -2,23% 0,14% -0,73% -3,42% 1,14% 1,71% 0,66% -0,56% 1,09% -2,32% -2,93% 2,17% 1,80% 2,68% 0,35% 0,33% -0,72% 0,60% 0% 1,04% 2,79% 2,72% 0,75% -0,12% 4,14% -1,06% 1,56% 50 Data Retorno Ambev Retorno Bradesco 25/04/18 -0,60% 1,22% 24/04/18 -0,60% 0,18% Fonte: Elaborado pelo autor Retorno Klabin Retorno Lojas Renner Retorno Natura On Retorno Petrobras -1,64% 0,30% -2,94% 0,18% -2,99% 5,42% -0,75% -0,87% -3,22% -1,17% 0,71% -0,36% 5,16% 1,71% Retorno Cielo Retorno JBS -0,52% 3,21% Retorno Qualicorp Retorno Vale On