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JoéliaMacielBarbosa Projeto MTC.docx (2)-trabalho final

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FARMÁCIA
JOÉLIA MACIEL BARBOSA
JOSÉ HALDO GOMES COSTA
MARIA AGLICIA LOPES LIMA
MIKAELI LEMOS DA SILVA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E REAÇÕES ADVERSAS EM PACIENTES
ACOMETIDOS POR COVID-19
QUIXADÁ
2021
JOÉLIA MACIEL BARBOSA
JOSÉ HALDO GOMES COSTA
MARIA AGLICIA LOPES LIMA
MIKAELI LEMOS DA SILVA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E REAÇÕES ADVERSAS EM PACIENTES
ACOMETIDOS POR COVID-19 NO BRASIL
Projeto
de
pesquisa
apresentado
como
requisito para aprovação na disciplina de
Metodologia do Trabalho Científico do Curso
de Farmácia do Centro universitário Católica
de Quixadá.
----------------------------------------------------Orientador: Prof. Me. Danielle Rabelo Costa
QUIXADÁ
2021
JOÉLIA MACIEL BARBOSA
JOSÉ HALDO GOMES COSTA
MARIA AGLICIA LOPES LIMA
MIKAELI LEMOS DA SILVA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E REAÇÕES ADVERSAS EM PACIENTES COM
COVID-19 NO BRASIL
Projeto
de
pesquisa
apresentado
como
requisito para aprovação na disciplina de
Metodologia do Trabalho Científico do Curso
de Farmácia do Centro Universitário Católica
de Quixadá.
Aprovado em ___/____/____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Prof. Me. Danielle Rabelo Costa
Orientador (a)
__________________________________
Prof. Esp. Me. Dr.
Membro
__________________________________
Prof. Esp. Me. Dr.
Membro
QUIXADÁ
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
5
1.1 TEMA
6
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
6
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
6
1.4 HIPOTESES OU PRESSUPOSTOS
6
1.5 JUSTIFICATIVA
7
2 OBJETIVOS
8
2.1 OBJETIVO GERAL
8
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
8
3 REFERENCIAL TEÓRICO
9
3.1 COVID-19: CORRIDA PELO DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS E USO
9
RACIONAL DE MEDICAMENTOS
3.2 CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS DO SARS-COV-2
10
3.3 FARMACOVIGILÂNCIA
11
4 METODOLOGIA / MATERIAL E MÉTODOS
13
4.1 TIPO DE PESQUISA
13
4.2 CENÁRIO DA PESQUISA
13
4.3 UNIVERSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA
13
4.3.1 Critérios de inclusão e exclusão
14
4.4 COLETA DE DADOS
14
4.5 ANÁLISE DE DADOS
14
4.6 RISCOS E BENEFÍCIOS
14
5 CRONOGRAMA
15
6 ORÇAMENTO
16
7 REFERÊNCIAS
17
5
1 INTRODUÇÃO
O novo Coronavírus foi descoberto em uma cidade chinesa, Wuhan. Após o
surgimento de diversos casos de pneumonia sem uma causa específica, deu-se início à
diversas pesquisas nas quais detectaram a doença COVID-19, causada pelo novo Coronavírus.
Desde então, com sua rápida expansão global advinda do seu alto potencial replicativo, a
OMS registra o Brasil com uma alta semanal de 20% do vírus, com 494.153 infecções, sendo
232,5 novos casos por 100 mil habitantes, totalizando 381.475 óbitos acumulados no país
(PEREIRA, 2020).
Colapsando os sistemas de saúde e impactando significativamente na rapidez que as
pesquisas precisam ser feitas, a doença conta apenas com dados preliminares in vitro que
constataram atividade antiviral em alguns fármacos, pois a vacina ainda que sob pressão, é
imprescindível que seja produzida lentamente por fases para a sua maior eficácia.
Consequentemente, a terapia medicamentosa do uso experimental de diversos medicamentos
vem sendo distribuída incansavelmente pelo Governo, principalmente a junção da cloroquina
com a hidroxicloroquina relacionada com o antibiótico azitromicina. Em resposta a este
tratamento oncológico, os riscos à saúde por interações medicamentosas e reações adversas
são potencializados, como é o caso da cardiotoxicidade, uma disfunção de eletrofisiologia
causada por uma lesão de medicação/agente quimioterápico no sistema cardiovascular
(MELO et al., 2021).
As interações medicamentosas são respostas farmacológicas nas quais os efeitos de
um medicamento sofrem modificações quando entram em contato com a administração
simultânea de outro, provocando reações adversas de baixo ou alto grau de risco à saúde do
paciente. Estas interações quando associadas ao novo Coronavírus, por ainda ser uma doença
misteriosa na farmacoterapia, tendem a adiar o tempo de hospitalização, a elevar o custo do
tratamento e causar até mesmo a morte ao indivíduo, que já está vulnerável na
imunodeficiência
relacionada
à
enfermidade
(POLÍTICA
NACIONAL
DE
MEDICAMENTOS, 2021).
Nesse sentido, faz-se necessário direcionar a população quanto ao uso correto de tais
fármacos, como também apresentar a constância que os dados atuais possuem sobre a
insegurança desse tratamento precoce. Pois uma vez que esse problema continua pertinente,
ele implica diretamente na reabilitação da doença que mais adiante poderia evoluir por meio
de outras ações interventivas, acabando assim, por ser caracterizado como um obstáculo na
saúde pública em âmbito nacional e mundial (SILVA et al., 2020).
1.1 TEMA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E REAÇÕES ADVERSAS EM PACIENTES COM
COVID-19.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E REAÇÕES ADVERSAS EM PACIENTES COM
COVID-19 NO BRASIL.
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Durante a pandemia muitos problemas surgiram pelo o uso irracional dos
medicamentos, quais medidas devem ser aplicadas para a melhoria dessa situação? Quais os
problemas irão surgir para um paciente que tomou de forma irracional alguns medicamentos?
Quais são as consequências para um paciente que tem reações adversas ao ingerir um
medicamento?
1.4 HIPÓTESES OU PRESSUPOSTOS
Em relação às alternativas existentes para identificar/classificar as interações
medicamentosas e as reações adversas, está a prática e a inclusão do farmacêutico clínico nas
unidades hospitalares, com o objetivo da orientação ao uso racional de medicamentos e suas
possíveis reações adversas. Ainda, enfatiza-se a importância do treinamento no uso seguro e
eficaz dos fármacos, que é uma prática insuficiente e merece revisão nos níveis de ensino de
graduação, pós-graduação e desenvolvimento profissional contínuo. Ainda não foi
identificado um tratamento eficaz contra a doença, mas vários tratamentos são utilizados sem
evidências de sua eficácia, que em alguns casos acabam causando eventos indesejado.
1.5 JUSTIFICATIVA
Primeiramente, o tema refere-se ao uso de medicamentos que não ocasionam melhorias
na saúde para o tratamento de Covid-19 e os efeitos colaterais que causam, já que, tais
medicamentos não foram fabricados para esse determinado uso contra o vírus. Um fator que
contribui para a contestação do uso desses medicamentos surtirem efeito se baseia em que
esses fármacos usados para o tratamento influenciam na taxa de mortalidade. Segundo a
Conass, a taxa de incidência de corona vírus é de 7.272 para cada 100.000 habitantes,
enquanto a taxa de mortalidade é de 202,4 para cada 100.000 habitantes. Sem o uso desses
medicamentos, que apresentam riscos, a taxa de mortalidade seria bem menor (ASSIS, 2020).
Apesar dos benefícios que esses medicamentos possam trazer para outras comorbidades,
não há uso comprovado para o tratamento da Covid-19. Um exemplo é a hidroxicloroquina,
que segundo a revista New England Journal of Medicine, uma pesquisa brasileira analisou se
o medicamento teria benefícios no tratamento da doença e foi comprovado que não traz
benefício algum. Ainda sobre este medicamento, existe a alienação causada pelo próprio
presidente da república, Jair Bolsonaro, de que este “kit” seria a cura para o Covid-19, mas
que na verdade só trouxe o aumento de problemas de saúde devido ao uso continuo desse
fármaco.
Então, este estudo torna-se, também, relevante em decorrência ao alto índice pertinente
do uso incorreto desses fármacos. Apesar das ações das políticas nacionais de combate ao uso
irracional de medicamentos, esse problema continua implicando diretamente no quadro de
melhora que o paciente poderia ter com outras ações interventivas, caracterizando assim um
problema de saúde pública em âmbito nacional.
Tendo em vista a atual situação do país, é necessário o esclarecimento da importância
desta pesquisa. O Brasil está carecendo de organização e informação da população para que
não se agrave mais casos desse vírus, tendo em mente a necessidade de medicamentos, macas,
aparelhos respiratórios, entre outros. Então tornam-se válidas as informações como
contribuição para a academia e para a população.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar as interações medicamentosas e os possíveis perigos das reações adversas
relacionados aos fármacos usados para o tratamento da COVID-19 no Brasil, segundo o
Ministério da Saúde.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Especificar as interações medicamento-medicamento que refletem em fármacos que
compõem o “kit” utilizado para tratar a doença COVID-19;
Elencar as orientações para o responsável manuseio medicamentoso precoce de
pacientes com COVID-19, segundo diretrizes do Ministério da Saúde;
Investigar as possíveis reações entre os fármacos do “kit COVID-19” entre pacientes
com e sem comorbidades.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 COVID-19: CORRIDA PELO DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS E USO
RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Nas últimas duas décadas, o mundo foi assolado por três grandes infecções por
coronavírus. A síndrome respiratória aguda severa (Sars), na Ásia, e a síndrome respiratória
do Oriente Médio (Mers) precederam a atual pandemia da Covid-19. A Covid-19, por sua vez,
manifestada como Síndrome Gripal (SG) ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), é a
enfermidade cujo contágio inicial, em humanos, se deu no final de 2019. O agente patogênico
é um novo coronavírus denominado coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave
(SARS-CoV-2) (KIM; GANDHI, 2020). Ainda que as doenças sejam causadas por tipos
diferentes de coronavírus, algumas lições foram aprendidas no manejo dos pacientes
infectados anteriormente, caso de estratégias de ventilação mecânica para dar suporte diante
de uma insuficiência respiratória, e alguns tipos de medicamentos, como hidroxicloroquina e
azitromicina. No entanto, nenhum medicamento se mostrou eficaz no combate ao
coronavírus. Até o momento não existem terapias farmacológicas com evidências cientificas
que demonstrem redução de complicações ou mortalidade. (GAUTRET et al., 2020).
A cloroquina e a hidroxicloroquina são drogas antigas utilizadas no tratamento da malária
e em pacientes com doenças autoimunes, como a lúpus, e têm apresentado resultados
promissores em experimentos de laboratório in vitro, com redução da atividade do
coronavírus, O uso da hidroxicloroquina associado à azitromicina (um tipo de antibiótico)
poderia zerar a carga viral em seis dias. No entanto, não existem estudos clínicos robustos e
bem feitos que demonstrem benefícios ou isenção de risco. Pelo contrário: arritmias cardíacas
(potencialmente fatais), pancreatite, hepatite e problemas na retina são alguns dos efeitos
colaterais. Nesse contexto, é fundamental que ocorram estudos clínicos com grupo controle,
definido como um grupo de tratamento padrão. Sem a presença de um grupo controle é
impossível determinar, de forma acurada, os possíveis benefícios e danos de qualquer nova
terapia (GAUTRET et al., 2020).
É imprescindível que a população saiba que evitar o uso do off label (consumo de drogas
farmacêuticas que não seguem as indicações homologadas para aquele fármaco) é uma prática
segura e racional. Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que,
por definição, tal uso não é autorizado pelo órgão regulador. No entanto, não é totalmente
errado, pois na maioria dos casos trata-se basicamente de um uso ainda não aprovado. A
agência ainda enfatiza que, esse uso acarreta custos e riscos de erros médicos à determinada
prescrição (agência nacional de vigilância sanitária, 2005; nobre, 2013).
Alguns conteúdos e declarações públicas exagerados, imprecisos ou equivocados, trazem
à tona esse uso generalizado de tratamentos não comprovados, mesmo depois das evidências
não indicarem eficácia ou inadequação em termos de risco-benefício, além dos estudos com
desenho de ensaio inadequado. São esses os desafios adicionais à prática clínica, trazidos por
esta pandemia (DESAI et al., 2020). Deve-se enfatizar que a avaliação rigorosa da segurança
e a eficácia do medicamento em ensaios clínicos randomizados são as razões para o
fornecimento de medicamentos eficazes e seguros. É uma dicotomia falsa sugerir uma escolha
entre o tratamento rápido e o exame científico apropriado. A pandemia inevitavelmente levará
consideráveis morbidades, mortalidades e perdas. Danos ao processo de avaliação do
medicamento não devem fazer parte de seu legado (agência nacional de vigilância sanitária,
2013).
3.2 CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS DO SARS-COV-2
O SARS-CoV-2 é um retrovírus pertencente à família Coronaviridae, que possui um
genoma de RNA de fita única de sentido positivo. Seus genomas são tipicamente compostos
por uma tampa de 50-metilguanosina no início, 30-poly-A no final, e um total de 6 a 10
genes. A ordem de seus genes em geral é altamente conservada, sendo o primeiro relacionado
à replicação e transcrição e o restante à estrutura.
O gene relacionado à replicação e transcrição é traduzido em duas grandes poliproteínas
não estruturais, por dois quadros de leitura abertos. Os dois quadros de leitura abertos, ainda
que sobrepostos, são traduzidos por frameshifting ribossômico. Por outro lado, as proteínas
estruturais, incluindo o pico (S), o envelope (E) e a membrana (M), que constituem o
revestimento viral e a proteína nucleocapsídeo (N) e empacota o genoma viral, são traduzidas
a partir dos RNAs subgenômicos. Algumas dessas proteínas sofrem glicosilação no aparelho
de Golgi para formar glicoproteínas. Entre todas as proteínas estruturais, o alvo terapêutico
potencial mais importante é o pico (S), responsável pela ligação do vírus às células
hospedeiras. A proteína S é iniciada pela protease da célula hospedeira e é reconhecida pelo
receptor celular. A serina protease humana TMPRSS2 é responsável por preparar a proteína S
do SARS-CoV-2 e a enzima conversora de angiotensina II (ECAII) está envolvida como um
receptor para a entrada do vírus. Como diversas variantes da ECAII foram identificadas, a
correlação entre a doença, a suscetibilidade e o polimorfismo de sequência foi hipotetizada
(DA PAZ SILA FILHO et al., 2020).
No entanto, em estudos anteriores de casos confirmados, não houve heterogeneidade
entre os resíduos envolvidos na proteína S viral, indicando que o SARS-CoV-2 pode se
associar a um local altamente conservado do genoma humano. As características do receptor
celular ECAII também podem explicar as peculiaridades patogênicas do SARS-CoV-2. Foi
relatado que a ligação da proteína S viral à ECAII induz um ciclo de retroalimentação
negativa que resulta, em última instância, na regulação negativa da ECAII. A diminuição da
ECAII, subsequentemente, direciona o seu substrato angiotensina I para a sua enzima
relacionada, a ECA. O aumento da atividade da ECA resulta, consequentemente, nos níveis
elevados de angiotensina II. Uma vez que a angiotensina II se liga ao seu receptor AGTR1A,
a permeabilidade vascular pulmonar é aumentada (tu et al., 2020).
As características genéticas do SARS-CoV-2 influenciaram na escolha de reapresentação
de algumas classes de medicamentos em teste, notadamente os antivirais e alguns agentes
imunossupressores, bem como, em um primeiro momento, levaram ao questionamento do uso
de alguns medicamentos, como inibidores da ECA e bloqueadores de receptor de angiotensina
(BRA), o que posteriormente não foi comprovado em estudo observacional (DE SIQUEIRA
COSTA et al., 2020).
3.3 FARMACOVIGILÂNCIA
A OMS define farmacovigilância como “a ciência e as atividades relacionadas com a
descoberta, avaliação, compreensão e prevenção de eventos adversos ou quaisquer outros
problemas relacionados aos medicamentos”. Em tempos de pandemia, torna-se indispensável
intensificar o monitoramento da segurança dos casos clínicos, visto que são utilizados no
tratamento das infecções por coronavírus várias e diferentes terapias que incluem o uso de
novos medicamentos, como remdesivir, e de medicamentos ‘reaproveitados’, como
hidroxicloroquina, azitromicina e lopinavir/ritonavir, e também de várias vacinas de
diferentes tipos, que permanecem em desenvolvimento (FERNANDES et al., 2020).
Todos os profissionais de saúde, cidadãos, agências de serviços de saúde e fabricantes de
medicamentos podem relatar suspeitas de reações adversas à Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), através do Sistema VigiMed – Sistema Eletrônico para Notificação de
Suspeitas de Eventos Adversos do Uppsala Monitoring Centre, acessado pelo link. O Sistema
VigiMed foi implantado no final de 2018 e se encontra em final de implementação nas
vigilâncias sanitárias regionais e nos serviços de saúde, com previsão de conclusão ao final de
2020 nas indústrias farmacêuticas (boletim farmacoterapêutica, 2019). O gerenciamento de
farmacovigilância analisa e processa notificações de RAMs suspeitas todos os dias para
identificar sinais. Quando um sinal é identificado, uma rede nacional e internacional de
investigação é acionada. Se houver evidências suficientes para confirmar o sinal, algumas
medidas podem ser tomadas, dependendo do caso, com a publicação de alerta ou carta aos
profissionais da saúde; alteração de bula; adoção de medidas cautelares ou até suspensão da
comercialização do produto (boletim farmacoterapêutico, 2019).
A análise e o processamento das notificações de suspeitas de RAM e vacinas para a
identificação de sinais são realizados diariamente pela Gerência de Farmacovigilância.
Quando um sinal é identificado, uma rede nacional e internacional de investigação é acionada.
Caso haja evidências suficientes para a confirmação do sinal, algumas medidas podem ser
adotadas, dependendo do caso, com a publicação de alerta e/ou carta aos profissionais da
saúde; alteração de bula; adoção de medidas cautelares ou até suspensão da comercialização
do produto (boletim farmacoterapêutico, 2019).
4 METODOLOGIA
Será utilizado para a obtenção de dados, de medidas e das consequências das Reações
Adversas a Medicamentos (RAMs) o sistema Vigiflow, reconhecido pela Anvisa em 2019.
Logo
após
sendo
reformado
para
o
Brasil
com
a
denominação
Vigimed
(http://antigo.anvisa.gov.br/vigimed):
Vigiflow: sistema de registro, processamento e compartilhamento de relatórios de efeitos
adversos.
Vigimed: sistema novo para profissionais de saúde e cidadãos relatarem eventos adversos
a medicamentos e vacinas.
4.1 TIPOS DE PESQUISA
4.1.1 Quanto aos objetivos – Estudo transversal com etapas descritivas.
4.1.2 Quanto à natureza – Abordagem quantitativa.
4.1.3 Quanto ao local de realização – ocorrerá no Brasil.
4.1.4 Quanto ao procedimento de coleta de dados – Revisão Bibliográfica.
4.2 CENÁRIO DA PESQUISA
A pesquisa ocorrerá no Brasil, onde os dados serão coletados a partir dos sistemas
eletrônicos de farmacovigilância do país, com a colaboração imprescindível de 71 hospitais
distribuídos em 16 estados, que são responsáveis pelo envio dos relatórios das RAMs para tais
sistemas. São os estados mais assíduos com o envio dos casos: São Paulo (53,4%), Rio de
Janeiro (11,9%) e Rio Grande do Sul (9,2%).
4.3 UNIVERSO/POPULAÇÃO/AMOSTRA
A população será composta por pacientes acometidos com a doença COVID-19 no
Brasil. A amostra será do tipo intencional, pois serão escolhidos apenas pacientes que se
encaixarem nos critérios de inclusão.
4.3.1 Critérios de Inclusão e Exclusão
Participaram deste estudo pacientes com COVID-19 que apresentaram RAMs e foram
notificados no Sistema Brasileiro de Farmacovigilância entre 1º de março de 2020 e 15 de
agosto de 2020.
Critérios de Inclusão:
- Ser paciente com COVID-19 notificado no VigiMed no período do estudo estipulado;
Critérios de Exclusão:
- Não inclui pacientes com conteúdo relacionado a erros de medicamentos ou reclamações
técnicas inseridas de forma incorreta no VigiMed.
4.4 COLETA DE DADOS
Os dados serão coletados em sistemas eletrônicos de farmacovigilância do Brasil.
O método usado para a busca dos relatórios foi o uso do banco de dados, usando palavraschaves no título da notificação, como: “SARS-Cov”, “Hidroxicloroquina”, “Pneumonia”,
“Cloroquina”, “Covid-19” e “Reações adversas”.
4.5 ANÁLISE DE DADOS – Abrange o tratamento quantitativo, que faz uso de tabelas,
gráficos e testes estatísticos.
4.6 RISCOS E BENEFÍCIOS

Há riscos previsíveis, nos quais não são decorrentes da pesquisa, mas sim do assunto
abordado, onde algumas reações foram classificadas como graves em pacientes
acometidos. Temos dados de 352 (56,4%) reações consideradas como graves, sendo
37,8% destas como “prolongamento do intervalo cardíaco”. Quanto ao desfecho, 393
reações (62,3%) foram resolvidas, 137 (21,7%) estavam em recuperação e 68 (11,3%)
reações tiveram seus desfechos ignorados.

Um dos pontos relevantes no programa de monitoramento de medicamentos é o
fornecimento para a população de outras informações de segurança de medicamentos, que
não puderam ser visualizadas em ensaios clínicos de pré-comercialização, principalmente
para reações adversas raras e perigosas.

Os materiais pessoais obtidos ficarão em sigilo, será usado apenas o quadro clínico do
paciente relacionado às RAMs.
5 CRONOGRAMA
Parte do projeto que apresenta a programação da execução do projeto; é uma matriz
tempo versus realização das etapas/atividades.
ATIVIDADES
Escolha do tema e
do orientador
FE
MA
AB
MA
JU
AG
SE
OU
NO
DE
V
R
R
I
N
O
T
T
V
Z
X
Encontros com o
X
orientador
Pesquisa
bibliográfica
X
X
preliminar
Leituras e
elaboração de
X
X
X
X
resumos
Elaboração do
projeto
Entrega do projeto
de pesquisa
Qualificação do
projeto de pesquisa
Revisão
bibliográfica
X
X
X
complementar
Coleta de dados
X
complementares
Redação do artigo
X
Revisão e entrega
X
oficial do trabalho
Apresentação do
X
trabalho em banca
6 ORÇAMENTO
Os custos da pesquisa serão de responsabilidade exclusiva do (a) pesquisador (a).
Valor Unitário(R$)
Quantidade
Valor Total(R$)
0
0
0
Uso da energia
15,00
4
60,00
Uso da internet
20,00
4
80,00
ITEM
Uso do notebook
TOTAL
140,00
REFERÊNCIAS
ASSIS, Lucas Igor Silva et al. Avaliação de possíveis interações medicamentosas do" kit
covid-19" preconizado pelo ministério da saúde e entre medicamentos utilizados pelo grupo
de risco. 2020.
MELO, José Romério Rabelo et al. Reações adversas a medicamentos em pacientes com
COVID-19 no Brasil: análise das notificações espontâneas do sistema de farmacovigilância
brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, p. e00245820, 2021.
DA PAZ SILVA FILHO, Paulo Sérgio et al. Riscos da automedicação em idosos acometidos
pelo coronavírus e outras síndromes respiratórias. Research, Society and Development, v. 9,
n. 7, p. e458974211-e458974211, 2020.
DA SILVA, Wellington Manoel et al. Caracterização das alterações cutâneas provocadas pelo
novo Coronavírus SARS-CoV-2: uma revisão das novas evidências. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, v. 12, n. 9, p. e4118-e4118, 2020.
SILVA, Lucas Gabriel; DE FREITAS, Leda Terezinha. Ivermectina: a panacéia do tratamento
profilático do COVID-19/Ivermectin: the panacea for prophylactic treatment of COVID19. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 5, p. 49599-49612, 2021.
FERNANDES, Cibelle Antunes et al. Desafios e recomendações para o cuidado intensivo de
adultos críticos com doença de coronavírus 2019 (COVID-19). Health Residencies JournalHRJ, v. 1, n. 1, p. 21-47, 2020.
DE SIQUEIRA COSTA, Silvia et al. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV) e
com o Coronavírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV)(Chan et al.,
2020). Entretanto, SARS-CoV-2 possui de 10 a 20 vezes mais. ACHADOS DE
BIOMATEMÁTICA E A BIOINFORMÁTICA NA SAÚDE HUMANA, p. 37, 2021.
FORMIGA, Tássia Camila Mathias et al. Consequências da polifarmacia em pacientes
portadores da insuficiência cardíaca e cardiomiopatia dilatada: uma revisão de literatura.
2020.
Download