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Seminário - Obesidade.

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JULIANA MARTINS
MARIANA BARRETO
FERNANDA BORDIN
GRABRIELLE ARAÚJO
BRUNA SPATTI
FLAVIA SOMMER
OBESIDADE
Disciplina: Nutrição aplicada à enfermagem
Docente: Dulce Aparecida Sivieiro Franco
ARARAS – SP
2020
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Sumário
I.
OBESIDADE ......................................................................................................... 3
1.1.
Definição ....................................................................................................... 3
1.2.
Classificação ................................................................................................ 3
1.2.1.
Índice de massa corporal ......................................................................... 3
1.3.
Obesidade Abdominal .................................................................................... 4
1.4.
Obesidade Periférica ...................................................................................... 4
1.5.
Obesidade Homogênea ................................................................................. 4
II. RISCOS ................................................................................................................ 5
2.1.
Doenças cardiovasculares ............................................................................. 5
2.2.
Diabetes Mellitus tipo 2 .................................................................................. 5
2.3.
Doença renal crônica ..................................................................................... 5
2.4.
Câncer............................................................................................................ 5
2.5.
Apneia do sono .............................................................................................. 5
2.6.
Tratamentos .................................................................................................. 6
III.
ASPECTOS NUTRICIONAIS ............................................................................ 6
IV.
CUIDADOS DA ENFERMAGEM ....................................................................... 8
REFERÊNCIAS............................................................................................................9
ARARAS – SP
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2020
I.
OBESIDADE
1.1.
Definição
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma
doença crônica associada ao acúmulo excessivo de gordura corporal que pode
atingir graus capazes de afetar a saúde. A obesidade é uma doença multifatorial
como: herança genética, comportamental, ambientais, socioeconômicas e culturais.
1.2.
Classificação
A obesidade e sobrepeso é perceptível visualmente. No entanto, existem
alguns parâmetros para avaliar o estado nutricional e diagnosticar o excesso de
peso. Existem 3 graus para obesidade, nos quais são classificados através do IMC
(Índice de Massa Corporal).
1.2.1. Índice de massa corporal
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma razão simples entre o peso e a
altura que é frequentemente usada para classificar a obesidade em adultos.
Para calcular o IMC é necessário dividir o peso pela altura ao quadrado (P/A²) e,
segundo a OMS, a medida de obesidade mais útil a nível populacional. A
classificação da OMS de acordo com o IMC é apresentada no quadro 1, a obesidade
é definida por um IMC≥30.
Quadro 1 – Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco de
comorbidades (Programa Nacional de Combate à Obesidade – 2005)
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(ABESO, 2010)
Além da obesidade ser classificada pelo excesso de peso, é possível
identifica-la também por sua localização. Existem três tipos.
1.3.
Obesidade Abdominal
Esse tipo de obesidade também é conhecido como ‘’obesidade androide’’
ou “obesidade em forma de maçã’’, devido à grande semelhança do corpo das
pessoas com essa fruta. Na obesidade abdominal, a gordura se deposita
principalmente na cintura e no abdômen, porém, pode ainda se distribuir pelo peito e
rosto. Ela pode ser medida apenas pela circunferência da cintura, ou também pode
ser identificada por uma Tomografia Computadorizada ou uma Ressonância
Magnética de imagem.
Diversos estudos comprovam que um grande acúmulo de gordura na
região abdominal pode ser o primeiro passo para o aumento de risco de doença
cardiovascular e morte prematura. Também é possível desenvolver diabetes,
inflamações e trombose. Ela é mais comum em homens embora algumas mulheres
também possam ter.
1.4.
Obesidade Periférica
Esse tipo de obesidade também é conhecido como “obesidade ginóide”
ou “obesidade em forma de pera”. Nesse tipo de obesidade, a gordura se localiza
mais nas coxas, quadris e nádegas. Ela é mais comum nas mulheres por possuir
relação com o hormônio estrogênico, que é o hormônio feminino. Apesar de não ter
tanta gordura na região visceral, ainda há uma mudança na produção hormonal do
corpo, trazendo um risco onde a pessoa desenvolver problemas de saúde ligados ao
metabolismo, como a síndrome metabólica. Pacientes que possuem a síndrome
metabólica tem o risco duas vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares
em comparação as pessoas que não possuem, como insuficiência venosa e varizes
1.5.
Obesidade Homogênea
Nesse tipo de obesidade a gordura fica localizada no corpo todo. Pode
trazer inúmeros problemas para o indivíduo, pois a pessoa pode se descuidar por não
ter um impacto tão grande na aparência física como nos outros tipos de obesidade.
Ela é comum nos homens, como também nas mulheres.
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II.
RISCOS
A obesidade é um fator de risco para diversas doenças. Entre elas
podemos citar
2.1.
Doenças cardiovasculares
Pessoas obesas têm até 2 vezes mais chances de desenvolverem
doenças cardíacas. As principais doenças cardiovasculares relacionadas ao
sobrepeso e obesidade são: doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca,
hipertensão, tromboembolismo e fibrilação atrial.
2.2.
Diabetes Mellitus tipo 2
Mais de 80% das pessoas com a doença são obesas. Isso se dá devido
ao excesso de alimentos ricos em carboidratos e açucares. Hábitos como esse faz
com que o organismo não produza, ou seja resistente a Insulina.
2.3.
Doença renal crônica
O sobrepeso pode sobrecarregar os rins e aumentar a pressão arterial de
determinadas estruturas dentro do órgão.
2.4.
Câncer
A obesidade é o segundo maior fator de risco para desenvolvimento de
câncer. O excesso de gordura aumenta a produção de hormônios, auxiliando o
crescimento de células cancerígenas.
2.5.
Apneia do sono
O aumento da circunferência do pescoço causado pelo excesso de
gordura, dificulta a passagem de ar durante o sono, resultando em parada
respiratória durante alguns minutos/segundos durante o sono.
Além dos problemas listados, ainda podemos citar a hipertensão arterial
sistêmica, osteoartrite, distúrbios do colesterol ou triglicerídeos, problemas no
sistema locomotor. Atualmente é possível citar também que, a obesidade pode
acabar se tornando um grande fator complicador para quem contrai a covid-19. A
obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição
da autoestima e depressão.
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2.6.
Tratamentos
A obesidade sendo uma doença crônica e progressiva, seu tratamento
deve ser contínuo para que ela possa ser bem controlada. O tratamento é dado
através de mudanças no estilo de vida, principalmente em aspectos nutricionais. Em
um grau mais elevado de obesidade e, quando o tratamento não tem resultados
eficazes, é necessário intervenção cirúrgica.
III.
ASPECTOS NUTRICIONAIS
Ao se focalizar a obesidade pelos aspectos vinculados a alterações nos
hábitos alimentares, o processo de industrialização dos alimentos tem sido apontado
como um dos principais responsáveis pelo crescimento da obesidade. Isso deu- se
devido à fatores econômicos pela criação de novos mercados e repetidos ganhos de
produtividade industrial no âmbito da indústria agroalimentar. Apesar do Brasil ser
também um país agrícola, não fugiu da produção de alimentos industrializados que
possuem um alto valor calórico, devido à quantidade de carboidratos simples e
gorduras ruins em sua composição.
Em aspectos nutricionais, a redução de peso é atingida a partir da
orientação de uma dieta hipocalórica, com quantidades adequadas dos principais
nutrientes (proteínas, minerais e vitaminas), baixa ingestão de gorduras e
carboidratos (açucares, doces, chocolates, massas, pães, batatas e refrigerantes) e
maior consumo de fibras. Atualmente, existe a pirâmide alimentar brasileira que
pode auxiliar em uma melhor nutrição.
De acordo com o Ministério da Saúde, a pirâmide alimentar brasileira,
figura 1, criada em 1999 pela pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi, foi criada para
melhorar os hábitos alimentares dos brasileiros, servindo como um guia para a boa
alimentação com alimentos e porções indispensáveis para o dia a dia. Em 2013 foi
adaptada.
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Figura 1 - Pirâmide alimentar brasileira 2013
(UOL, 2015)
Uma boa qualidade de vida depende de uma alimentação adequada. As
necessidades nutricionais variam para cada pessoa, no caso dos obesos, é preciso
conhecer os alimentos e seus grupos para adequar a sua alimentação. A perda de
peso deve ser gradual, em torno de 0,5kg a 1,0kg por semana, para assegurar que a
maior parte do peso perdido seja de tecido adiposo, garantindo a manutenção da
massa corpórea magra. Quando a diminuição do peso ocorre mais lentamente,
inibe-se a perda de proteínas endógenas e, em contrapartida, aumenta-se a perda
de gordura corpórea. Para atingir esse objetivo, necessita-se de um déficit
energético diário (balanço negativo) de 500kcal a 1000kcal.
A Organização Mundial de Saúde recomenda para indivíduos
moderadamente obesos (IMC < 35,0kg/m2), uma redução de peso de 5% a 15%,
que pode ser alcançada por meio de uma dieta adequada em termos nutricionais, de
mais fácil manejo e manutenção. No caso de indivíduos com obesidade muito grave
(IMC > 40,0kg/m2), recomenda-se redução de 20% a 30% do peso corpóreo. A dieta
deve ser adequada em termos nutricionais, sendo que os macronutrientes devem
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estar em proporções equilibradas em relação ao valor energético total (VET).
Carboidratos- 55% a 60% do VET, proteínas- 15% do VET e lipídios- 30% do VET.
A composição ideal da dieta é aquela que promove saciedade com a
menor ingestão energética possível. A dieta deve ser à base de alimentos de baixa
densidade energética, isto é, restrita em alimentos-fonte de açúcares (carboidratos
simples) e álcool e rica em alimentos-fonte de fibra alimentar, vitaminas, sais
minerais e água. Um aspecto importante na determinação do balanço energético é a
presença de fibras na dieta, elas absorvem gorduras dos alimentos. Limita o
consumo calórico por diminuir a densidade energética dos alimentos, levando à
satisfação antes que uma grande quantidade de energia seja consumida. A
Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, recomenda-se uma ingestão de 20g
por dia, através de uma dieta rica em frutas, hortaliças, leguminosas e grãos
integrais.
Nem todos os indivíduos respondem satisfatoriamente às mudanças da
dieta, como já citado, pode ser resultado de variações na resposta metabólica, em
parte devido à heterogeneidade genética existente. A perda de peso em pessoas
obesas através do consumo de dieta hipocalórica pode produzir perda considerável
de massa corpórea magra, às vezes em níveis de risco. Sendo assim, a dieta
combinada com exercício físico constitui uma abordagem mais adequada, pois inibe
a perda de tecido magro e aumenta a de tecido adiposo
IV.
CUIDADOS DA ENFERMAGEM
O predomínio diante ao grande crescimento de obesos no Brasil nos
últimos 30 anos, de acordo com Braga VAS, o nível de Atenção Primária à Saúde
(APS), que tem papel necessário na gestão do cuidado das pessoas, com a atuação
de suas equipes multidisciplinares e, em especial, o papel do enfermeiro.
A partir da primeira consulta, o paciente começa a frequentar o hospital
para submeter-se aos testes laboratoriais, a fim de serem pesquisados a origem ou
a causa desencadeante ao problema. O médico faz os pedidos de exames
encaminhando-os, com o paciente, para a enfermeira fazer a orientação e os
encaminhamentos necessários. Além dos exames de rotina a todos os pacientes,
nos obesos são feitos testes relacionados aos sistemas ou órgãos cuja afecção
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pode causar obesidade ou aqueles que podem ser lesados por ela. Após a matrícula
do paciente, a contribuição da enfermagem é constante junto ao paciente, visto que
a orientação é feita pela enfermeira.
Os enfermeiros devem fortalecer e estimular a educação em saúde em
todos os níveis populacionais para sensibilizar as pessoas que associada à
obesidade que visem à melhoria da qualidade de vida, pois existem vários fatores de
risco para a saúde, apoiar o autocuidado, assim como promover a prestação de
cuidado aos indivíduos que já se encontram com obesidade, principalmente se
houver comorbidades associadas. Além disso, devem acompanhar aqueles que se
submeteram a procedimentos cirúrgicos relacionados à obesidade. É papel do
enfermeiro realizar ações de vigilância nutricional, acompanhar as ações dos
auxiliares de enfermagem e dos agentes comunitários, realizar consulta de
enfermagem, solicitar exames complementares, aferir os dados antropométricos e
peso e altura, avaliar os casos de riscos e quando for necessário buscar o apoio
especializado, utilizar o serviço de nutrição, o clínico ou outros profissionais.
O trabalho educativo-participativo é longo e exige capacitação na
formação do profissional. No trabalho com os pacientes com obesidade, tendo em
vista a problemática, não é de retorno imediato. Destaca-se que este não é um
trabalho fácil e previsível. O conhecimento do enfermeiro é indispensável para
garantir um bom acompanhamento aos pacientes com obesidade.
REFERÊNCIAS
1. https://teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-02102006-130223/pt-br.php
2. https://www.cursosaprendiz.com.br/enfermeiro-obesidade-infantil/
3. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342017000100806&lng=en&tlng=en
4. https://www.maispfizer.com.br/quais-sao-os-riscos-da-obesidade-e-do-sobrepeso
5. https://abeso.org.br/conceitos/obesidade-e-sobrepeso/
6. https://www.tuasaude.com/obesidade/
7. https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/21162/4/IntroduoDesenvolvimentoConclusesBibliog
rafia.pdf
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8. https://www.minhavida.com.br/amp/saude/materias/33962-obesidade-graus-i-ii-eiii-calculo-do-imc-tratamentos-e-cuidados
9. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302012000600018
10. http://rmmg.org/artigo/detalhes/1521
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