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Isoimunização RH

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obstetrícia | isoimunização rh
DEFINIÇÃO
Ocorre pela produção de anticorpos maternos contra
antígenos presentes no sangue fetal, devido a algum tipo de
incompatibilidade sanguínea. Os antígenos ABO e Rh são os
principais responsáveis por este processo.
FISIOPATOLOGIA
b)
c)
d)
Anemia fetal que leva a hipóxia tissular e posterior
vasodilatação periférica. A anemia também resulta
em uma diminuição da viscosidade do sangue.
Hidropsia fetal resultante do extravasamento de
líquido para o terceiro espaço pela disfunção
hepática
Kernicterus pela impregnação das células cerebrais
por bilirrubina
ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL
ATENÇÃO: Em gestantes com gestação anterior com feto
acometido, não devemos mais acompanhar pelo
coombs pois não terá mais tanta predição pro risco de anemia.
Devem ser acompanhadas através da dopplervelocimetria a
cada 1 a 2 semanas a partir da 18ª semana de gestação
AVALIAÇÃO DA ANEMIA FETAL (PREDIÇÃO)
MÉTODOS NÃO-INVASIVOS
INCOMPATIBILIDADE ENTRE O CASAL
Os seguintes parâmetros podem ser utilizados:
a)
Os IgG’s produzidos a partir da 2ªgesta ultrapassarão a
barreira placentária e se aderirão à membrana dos eritrócitos
fetais induzindo sua hemólise e a fagocitose.
Por razões desconhecidas a avidez dos anticorpos IgG
tende a aumentar se o intervalo entre as exposições é
prolongado (quanto maior o intervalo entre as gestações,
maior a chance de a doença ser mais grave)
Avaliar se há incompatibilidade sanguínea entre o casal ou
seja, a mãe tem que ser Rh negativo e o feto Rh positivo e para
isso o pai deve ser obrigatoriamente Rh positivo
COOMBS INDIRETO
c)
De forma resumida a dopplervelocimetria irá avaliar o
pico de velocidade do fluxo de sangue nos vasos
(especialmente na artéria cerebral média). Nos fetos com
anemia ocorre a diminuição da viscosidade e por isso a
velocidade tende a ser maior.
Apenas reforçando: já na primeira gestação há a
produção de anticorpos, do tipo IgM e que NÃO
atravessam a barreira placentária. Já na 2ª gestação haverá a
produção de anticorpos IgG, que aí sim atravessam a barreira
placentária.
ATENÇÃO: Poderemos encontrar os anticorpos
produzidos sobre o nome de “anti-D”. Isso pois o que
determina a “positividade” do RH são antígenos, e no caso do
RH positivo o antígeno D é o responsável.
REPERCUSSÕES FETAIS
Vamos destacar as principais:
a)
Hemólise com consequente hipertensão porta e
hipoproteinemia;
b)
Avaliação ultrassonográfica: não tem muito valor
pois só se altera tardiamente. Uma USG normal
também não exclui a chance de doença nem fala
muito sobre o que pode ou não vir a acontecer.
Cardiotocografia: Altera somente em fases
avançadas quando já não se tem muito o que fazer.
Inclusive as alterações clássicas (oscilação
sinusoide) indicam mau prognóstico.
Dopplervelocimetria: é considerada o método de
escolha pela maioria dos autores.
Se o pai da criança for Rh positivo, os títulos de anticorpos
(Coombs indireto) maternos deverão ser quantificados, e o
exame, repetido no segundo trimestre da gestação (por volta
de 28 semanas).
ATENÇÃO: A gestante com Coombs indireto positivo
deverá ser submetida à titulação dos anticorpos.
Outra estratégia para os casos de Coombs indireto
negativo seria a administração da imunoglobulina já as
28 semanas, o que “liberaria” a paciente da avaliação repetida
do coombs.
MÉTODOS INVASIVOS
Podem ser utilizados:
a)
Espectrofotometria no líquido amniótico: avalia
indiretamente a hemólise através da estimativa da
concentração de bilirrubina no líquido amniótico por
diferença de comprimento de onda do líquido. As
onda são dispostas em um gráfico denominado
Gabriel Cavalcante de Azevedo
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obstetrícia | isoimunização rh
b)
“Curvas de Liley”. Não tem evidencias pra sua
realização antes de 26sem.
Cordocentese: método PADRÃO-OURO de avaliação
da anemia fetal, pois permite a dosagem direta do
hematócrito e hemoglobina além de confirmar a
tipagem sanguínea fetal e quantificar os anticorpos
eritrocitários presentes na circulação fetal (Coombs
direto). Todavia pelo seu risco e complexidade não é
o método ideal de avaliação, sendo reservado a casos
específicos
PREVENÇÃO
A fototerapia é a conduta preconizada nestes casos, raramente
sendo necessária a exsanguineotransfusão
PROFILAXIA
Uma vez que tais anticorpos são naturais, não há profilaxia
disponível para a incompatibilidade ABO.
Curvas de Lilley? Dividem os comprimentos em 3 zonas:

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Zona 1: doença leve ou são Rh negativo, a
amniocentese deve ser repetida em 3 a 4 semanas
Zona 2: comprometimento moderado, repetir exame
em 1-2 semanas
Zona 3: grave, paciente deve ser submetido a
transfusões seriadas ou antecipar o parto (se IG
possível
Quando indicar a cardocentese?
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
Hidropsia fetal;
Dopplerfluxometria com velocidade aumentada;
Espectrofotometria na zona 3 ou progressão das
medidas.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Como avaliar se deu certo (durante a gestação)? Para
avaliar a necessidade de administração da
imunoglobulina com 28 semanas e após o parto, podemos
solicitar Coombs indireto. Caso ele seja negativo, a dose deve
ser repetida, pois significa que houve consumo de todo o
anticorpo exógeno administrado
ATENÇÃO: A incompatibilidade do sistema ABO confere
proteção parcial contra a isoimunização Rh. Por já
apresentarem anticorpos naturais, as hemácias ABO
incompatíveis são rapidamente destruídas antes de
estimularem o sistema imunológico materno (os antígenos do
sistema Rh não serão capazes de estimular o sistema
imunológico)
Teste de Kleihauer? identifica e quantifica hemácias
fetais na circulação materna. Pode ser utilizado para
avaliação do sucesso da profilaxia. Se a profilaxia com a
imunoglobulina anti-D tiver sido efetiva, o teste de Kleihauer se
mostrará negativo
INCOMPATIBILIDADE ABO
O grupo ABO é composto por apenas dois antígenos: A e B. Ao
contrário do observado na incompatibilidade Rh, não existe a
necessidade de exposição prévia da mãe a sangue A, B ou AB
pois já são naturalmente encontrados no organismo materno
REPERCUSSÕES FETAIS
Seus efeitos costumam ser brandos e aparecem normalmente
após o nascimento (icterícia de início precoce nas primeiras 24
horas do parto)
Gabriel Cavalcante de Azevedo
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